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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

CAMPUS ANGICOS
DISCIPLINA: GESTAO AMBIENTAL E DA QUALIDADE
PROFESSORA: MARCILIO LUIS VIANA CORREIA
ALUNO: ALISSON SILVA VIEIRA
MATRICULA: 2020021834

ESTUDO DE CASO: Luminosidade Natural Casa Lucky Drops Tóquio/Japão


Arquiteto Masahiro Ikeda
- MATERIAIS: TIJOLOS ECOLÓGICOS E CIMENTOS ECOLÓGICOS

ANGICOS – RN
2021
SUMÁRIO:

1. Introdução;
2. Luminosidade Natural Casa Lucky Drops Tóquio;
3. Importância da iluminação natural;
4. Qual o nível de iluminância ideal;
5. Normas Brasileiras NBR 5413 e NBR 8995-1;
6. Benefícios da iluminação natural;
7. Vantagens da iluminação natural;
8. Desvantagens da iluminação natural;
9. Dicas;
10. Tijolo ecológico;
11. Tipos de tijolos ecológicos;
12. Vantagens do tijolo ecológico;
13. Desvantagens do tijolo ecológico;
14. Qual a vantagem de construir com tijolo ecológico?
15. Qual a durabilidade de um tijolo ecológico?
16. CIMENTOS ECOLÓGICOS;
17. Cimento ecológico;
18. O que é preciso para produzir um cimento ecológico e sustentável?
19. Quais as aplicações do cimento ecológico?
20. Vantagens;
21. Desvantagens;
22. Casas construídas com cimento e tijolos ecológicos.
INTRODUÇÃO

A iluminação natural é uma técnica onde se utiliza a luz solar como principal
fonte de claridade dos ambientes internos, explorando ao máximo as condições
climáticas da região.
A luz é estudada de dois aspectos complementares, e ambos interferem na
qualidade visual: como arte, com efeitos plásticos de cor, texturas, sombras e, como
ciência, como uma necessidade fisiológica para tarefas visuais ou para sensibilizar o
olho humano. Em todos esses aspectos, a luz natural é melhor.

Luminosidade Natural Casa Lucky Drops Tóquio/Japão Arquiteto Masahiro


Ikeda

A principal estratégia do projeto consistiu em criar um edifício que iluminasse


naturalmente o interior e preservasse a privacidade dos seus ocupantes, através de uma
pele translúcida de vidro que reveste toda a estrutura. Para fins de conforto ambiental,
privacidade e melhor aproveitamento, a casa os ambientes se encontram enterrados. A
parte visível da rua é o pé-direito duplo e o acesso.
Importância da iluminação natural na arquitetura

Cada vez mais os projetos arquitetônicos priorizam a iluminação natural. Além


de ser uma forma de economizar energia e dinheiro, proporciona bem-estar e mais saúde
para os moradores.
Engenheiros e arquitetos utilizam a luz do sol para iluminar os ambientes
internos, servindo-se ao máximo das condições naturais da região. Para isso, é preciso
analisar a localização do terreno, observando a posição do sol ao se pôr e ao nascer.
Assim, é possível saber quais cômodos terão mais claridade.
  Conforme a localização, o aspecto da luz do dia exerce uma função diferente.
Em alguns lugares é preciso se proteger dele, enquanto em outros é necessário aumentar
a nossa exposição. Portanto, nós sempre criamos proteções como brises ou varandas,
recursos que permitem a entrada do sol, mas que bloqueiam a radiação solar direta para
o ambiente não ficar superaquecido. 
Benefícios da iluminação natural a luz do sol influencia o comportamento
humano. Ela regula nosso ciclo biológico e promove uma sensação de bem-estar. Com
ela, nosso corpo e cérebro ficam mais ativos e têm suas funções intensificadas. 
Da mesma forma, ela também contribui para o ecossistema, pois diminui a
necessidade de luzes artificiais e ar condicionado. Por fim, sua presença proporciona
vitamina D, um antibiótico natural para o nosso organismo. 
Em nossos empreendimentos, a luz tem papel essencial. Ela ressalta os espaços,
tornando-os ainda mais vivos.
Qual o nível de iluminância ideal?
O nível de iluminância, medido em lux, ideal para cada ambiente, é definido
na NBR/ISO 8995-1, que estabelece critérios especificamente para ambientes de
trabalho e substituiu a NBR 5413.
A natureza das atividades realizadas é que determina se a iluminância deve ser
maior ou menor. Atividades que precisam de maior concentração e acuidade
visual estão relacionadas a projetos luminotécnicos que proporcionem maiores níveis de
iluminância.
Aliás, a existência de normas regulatórias tão robustas, voltadas para a garantia
da boa iluminação dos ambientes de trabalho. Esta é mais uma prova de como esse fator
é importante para a produtividade e eficiência. Vamos entender um pouco mais sobre o
que as normas dizem.

Normas Brasileiras NBR 5413 e NBR 8995-1

Pela NBR 5413, ambientes de trabalho como escritórios e áreas administrativas


possuem três níveis mínimos de iluminância, que variam de acordo com a natureza da
atividade desenvolvida: 500 – 750 – 1000 lux

Em geral escolhe-se o valor do meio, no caso, 750 lux. O valor maior de


iluminância deve ser escolhido quando houver trabalho visual crítico, erros de difícil
correção ou capacidade de visão dos trabalhadores é baixo. Já o valor mais baixo pode
ser usado em casos onde a tarefa é executada ocasionalmente e a precisão e velocidade
não são importantes.

Na NBR 8995, é importante a leitura da seção 4.7, que trata especificamente da


iluminação natural em projetos luminotécnicos. Nessa seção a norma estabelece que a
iluminação natural pode prover toda ou parte da iluminação necessária para a execução
dos trabalhos, estabelecendo alguns critérios e direcionamentos.

Na seção referente à indústria elétrica, é especificado que para montagem de


bobinas pequenas, o ambiente deve ter 1500 lux de iluminação mantida, e ainda valores
mínimos de ofuscamento e índice de reprodução de cores.

A NBR 8995 é mais completa e também mais complexa, estabelecendo critérios


com mais detalhes e rigor. Ambas as normas são referências importantes e o bom
entendimento das duas é fundamental para entender como elaborar um projeto de
iluminação.

Vantagens:
 Conforto visual;
 Iluminação natural ajuda a melhorar a saúde;
 Eficiência energética;
 Menor impacto no meio ambiente.

Desvantagens:
 Dificuldades para a limpeza;
 Dependência das condições externas;
 Necessidade de manutenção;
 Estudos sobre a orientação solar.

Dicas:

Outros pontos que devem ser observados durante a fase de projeto, a fim de garantir a
melhor iluminação
 Avaliar o quanto pode-se incluir de vidros na construção;
 Verificar o posicionamento da luz do sol nas várias horas do dia para prever um
sistema de iluminação e sombreamento eficiente;
 Pensar no reflexo que o sol fará dentro e fora de casa para decidir na escolha do
piso. Por exemplo: o concreto vai refletir a luz solar, enquanto a grama irá
absorver;
 Decidir as cores claras e escuras. Para ambientes menores, deve-se opta por
cores mais claras, pois costumam ajudar a iluminar.

TIJOLO ECOLOGICO E CIMENTO ECOLOGICO

Tijolo ecológico
Tijolo ecológico é um modelo de tijolo que promove impacto ambiental
positivo, reduzindo o consumo de materiais diversos na área de construção e aplicando
conceitos de sustentabilidade na sua fabricação e durante a execução da obra.

O tijolo ecológico possui esse nome pois é produzido a partir de resíduos


gerados pela construção, permitindo reaproveitamento de grande parte destes materiais.

TIPOS DE TIJOLOS ECOLOGICOS

Encaixe a seco, de argila: Permitem o encaixe entre peças, que podem ser
executadas com pouca ou nenhuma argamassa. Em alguns locais, recebem vergalhões
de reforço, para melhorar a capacidade de suporte. Esses blocos cerâmicos não são
estruturais, apenas de vedação.

Reaproveitamento de resíduos: Tijolos feitos com resíduos como cinzas do


bagaço da cana-de-açúcar, couro, borracha, materiais de descarte da maricultura, fibra
de coco do babaçu, dentre outros.

Solo-cimento: Blocos que, segundo os apoiadores, podem não utilizar matérias-


primas diferenciadas dos demais, mas que economizam energia de produção ao
adquirirem resistência mecânica sem a necessidade do aquecimento em forno (processo
a frio de manufatura do tijolo).

Qual revestimento aplicar?


Quem não quer deixar os tijolos aparentes, pode aplicar qualquer tipo de
revestimento, entre os quais gesso, cerâmica e pintura, dentro das condições de
aplicação especificadas pelas normas técnicas de revestimentos.
No entanto, Ângulo alerta que, quando há incorporação de resíduos ao produto,
pode haver incompatibilidade entre superfícies. “Num tijolo de polímero reciclado – que
não molha facilmente – a aderência do revestimento ao material é dificultada, o que
afeta a durabilidade do sistema”, ele exemplifica. “Por isso, é importante analisar a
avaliação de desempenho do sistema de vedação/revestimento, feita com base na NBR
15.575, da ABNT”, finaliza.

Vantagens e desvantagens

Vantagens:

A utilização de blocos cerâmicos ecológicos pode trazer as seguintes vantagens,

considerados diferentes pontos de vista:

 Redução da demanda energética: é um fator importantíssimo em termos de


sustentabilidade, pois o setor de geração possui impacto enorme da produção de
gases do efeito estufa.
o Muitas soluções sustentáveis, desde a arborização até o posicionamento

de esquadrias e brises em relação às posições solares, busca influir em

demanda de energia.

 Aproveitamento de resíduos diversos: reduz problemas ambientais pela


dificuldade de descarte de grandes volumes, recolocando esses resíduos na
cadeia produtiva e gerando valor para os mesmos.
o Alguns desses resíduos, pela quantidade ou por sua natureza, poderiam

se tornar contaminantes de água e de solo.

 Geração de oportunidades locais: cada resíduo só será efetivamente útil para a


produção de blocos com uso local, pois o preço dos tijolos convencionais é
baixo frente a outras soluções, e o transporte poderia baixar sua competitividade.
Desse modo, um bloco ecológico em uma região do Brasil pode nem ser visto
em outra.
 Contribuir na habitação popular: as soluções não convencionais em peças
de alvenaria podem viabilizar assentamentos e melhorar as condições de vida de
pessoas em habitações precárias.
 Melhoria da produtividade: a eliminação de juntas de assentamento promove um
ambiente de construção mais limpo e produtivo em paredes de alvenaria de
vedação vertical que não possuem instalação elétrica ou hidrossanitária.
 Facilidade de execução: os formatos de tijolos ecológicos com furação vertical
são intuitivos, demonstrando claramente como devem ser encaixados.
 Redução dos resíduos de construção: quando há a dispensa de cordões de
argamassa vertical e horizontal. Não se dispensam, em alguns usos, os pilaretes
de canto.

Desvantagens do tijolo ecológico:

O uso de um bloco ecológico pode apresentar desvantagens similares às de um bloco

convencional ou outras particulares a eles:

 Desconfiança por parte dos usuários: toda solução inovadora precisa demonstrar


sua relevância e aspectos positivos para que venha a ter adesão.
o Como ainda há a cultura de considerar blocos cerâmicos convencionais

como materiais estruturais na visão popular e edificar residências de

pequeno porte inclusive sem pilares em concreto armado, um usuário

leigo pode acreditar ter uma casa mais segura ao usar um bloco comum.

 Aspectos de custo: o bloco cerâmico é muito barato em nosso país, o que acaba
impedindo algumas soluções de racionalização de vingar, como o próprio
sistema de encaixe com instalação embutida, que demanda mais mão-de-obra.
 Melhoria de um sistema construtivo não eficiente: a construção convencional
com bloco cerâmico, independente se é ecológico ou não, não é uma boa solução
construtiva, demandando muita mão-de-obra, levando a muitas perdas de
material, dentre outros inconvenientes.
o Resolve-se dois problemas: a questão de rejeitos locais abundantes e

demanda energética, mas não o contexto em si. Seria útil a criação de

painéis construtivos, por exemplo, ou blocos de maior área com

materiais alternativos, que poderiam ser uma evolução dessas soluções.

 A perda de matérias-primas que poderiam contribuir em outras áreas: voltando à


questão de construção com bloco cerâmico ser ineficiente, colocar qualquer
resíduo nela pode contribuir para usar materiais nobres em uma aplicação não-
nobre.
o O uso de borracha, por exemplo, teria a finalidade mais nobre de

melhorar as propriedades em revestimentos asfálticos modificados, por

exemplo.

 Impossibilidade de uso em paredes de contraventamento: similar aos blocos


convencionais, não se pode usar blocos ecológicos em paredes de
contraventamento, que contribuem estruturalmente em edifícios de concreto
armado.

Qual a vantagem de construir com tijolo ecológico?

Conheça alguns benefícios de utilizar o tijolo ecológico na sua obra:


 Redução de resíduos;
 Redução dos custos da obra;
 Redução no tempo de execução;
 Redução de impactos ambientais;
 Proporciona melhor isolamento térmico e acústico.

Qual a durabilidade de um tijolo ecológico?

Podemos afirmar que o tijolo ecológico e obras construídas com ele é para durar
centenas de anos. A prova da durabilidade e eficiência desse material é que existem
obras feitas com solo que datam de vários séculos e estão de pé até hoje.

CIMENTO ECOLOGICO

A busca por materiais alternativos e sustentáveis para a construção civil é um


dos desafios que acompanha o crescimento deste mercado no país. Segundo relatório
da Organização das Nações Unidas (ONU), o setor consome 40% de toda energia, extrai
30% dos materiais do meio natural e gera 25% dos resíduos sólidos. Além disso, a
indústria de insumos é uma das principais emissoras de gases do efeito estufa.
O cimento ecológico é desenvolvido a partir de resíduos provenientes de
diversas indústrias – siderúrgica, de fundição, termelétrica e de carvão vegetal. A
substituição do clínquer – material de argila e calcário utilizado na produção de cimento
convencional – por estes materiais reduz em 95% as emissões de carbono e em 80% o
gasto de energia em relação ao processo de produção tradicional.

O que é preciso para produzir um cimento ecológico e sustentável?


A base do cimento é uma mistura de calcário moído com argila. Após
misturados, estes elementos aquecidos em fornos rotativos com temperaturas de até
1500ºC, resultando em um material granulado e duro, chamado clínquer, que é moído
junto com outros materiais como a gipsita (gesso) para a obtenção do cimento.

Quais as aplicações do cimento ecológico?


De acordo com a NBR16697 de 07/2018, o cimento sustentável CP III é um
material de uso geral que pode ser empregado em diversos tipos de obras e aplicações,
se destacando em obras de concreto-massa. Confira a lista abaixo:
 Argamassa de assentamento de tijolos e blocos;

 Colocação e rejuntamento de azulejos e ladrilhos;

 Fabricação de concreto simples, magro, protendido, roldo, armado, dentre

outras;

 Elementos pré-moldados e artefatos de concreto;

 Peças de grandes dimensões;

 Construção de barragens;

 Fundações de máquinas;

 Pilares, inclusive de pontes;

 Obras em ambientes agressivos;

 Tubos e canaletas para condução de líquidos agressivos, esgotos e efluentes

industriais;

 Concretos com agregados reativos;

 Obras submersas;

Vantagens e desvantagens

Vantagens:
Além do custo de fabricação menor e menor emissão de poluentes, o cimento
sustentável também é uma alternativa com qualidade superior ao cimento comum. A
soma destes fatores resulta em um produto que está ganhando rapidamente o mercado e
já representa 29% de todo o cimento consumido no Brasil, fazendo com que a nossa
indústria cimenteira seja a mais sustentável do mundo.
 Baixo calor de hidratação, gerando menos fissuras;

 Maior durabilidade;
 Resistente a sulfatos, podendo ser usado em ambiente com alto índice de
corrosão, como obras marítimas e locais com líquidos agressivos como esgotos e
efluentes industriais;
 Maior a impermeabilidade;
 Maior estabilidade;
 Menor emissão de CO2 e outros gases poluentes durante a fabricação;
 Menor uso de energia elétrica no processo de produção;
 Menor uso de combustíveis fósseis durante a fabricação;
 Menor custo de produção;

Desvantagens

Desvantagens do tijolo ecológico:

 Requer pedreiro qualificado, com conhecimento da técnica de aplicação;


 Apesar de funcionar perfeitamente bem em climas secos, os tijolos ecológicos,
quando aplicados em locais de climas úmidos ou de maior exposição à umidade,
ainda não é totalmente indicado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

PEREIRA, Caio. Tijolo ecológico: o que é, tipos, vantagens e desvantagens. Escola


Engenharia, 2019. Disponível em: https://www.escolaengenharia.com.br/tijolo-
ecologico/. Acesso em: 14 de agosto de 2021.
https://ecotaprs.com.br/construcao/cimento-sustentavel/
https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/tijolo-ecologico/
https://www.archdaily.com.br/br/946142/interiores-brasileiros-16-projetos-que-
valorizam-a-iluminacao-natural
https://grupomb.ind.br/mbobras/obras-realizadas/iluminancia-produtividade-e-
iluminacao-no-ambiente-de-trabalho/
https://www.mapadaobra.com.br/inovacao/tijolo-ecologico-uma-solucao-sustentavel/

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