Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Fenômenos de
Transporte
DR. RODRIGO ORGEDA
ESP. HENRYCK CESAR MASSAO HUNGARO YOSHI
Fenômenos de
Transporte
Professor Dr. Rodrigo Orgeda
Professor Esp. Henryck Cesar
Massao Hungaro Yoshi
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor e
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos
Silva Filho, Pró-Reitor Executivo de EAD William
Victor Kendrick de Matos Silva, Pró-Reitor de
Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin, Presidente
da Mantenedora Cláudio Ferdinandi.
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a
Distância; YOSHI, Henryck Cesar Massao Hungaro; ORGEDA, NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Rodrigo. Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James
Prestes e Tiago Stachon; Diretoria de Graduação
Fenômenos de Transporte. Henryck Cesar Massao Hungaro
Yoshi; Rodrigo Orgeda. e Pós-graduação Kátia Coelho; Diretoria de
Maringá-PR.: Unicesumar, 2020. Reimpressão, 2021. Permanência Leonardo Spaine; Diretoria de
368 p. Design Educacional Débora Leite; Head de
“Graduação - Híbridos”. Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza
1. Fenomeno. 2. Transporte . 3. Química 4. EaD. I. Título. Filho; Head de Metodologias Ativas Thuinie Daros;
Head de Curadoria e Inovação Tania Cristiane Yoshie
ISBN 978-85-459-2113-4 Fukushima; Gerência de Projetos Especiais Daniel
CDD - 22 ed. 541.3
CIP - NBR 12899 - AACR/2 F. Hey; Gerência de Produção de Conteúdos
Diogo Ribeiro Garcia; Gerência de Curadoria
Carolina Abdalla Normann de Freitas; Supervisão
Impresso por:
do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de
Almeida Toledo; Supervisão de Projetos Especiais
Yasminn Talyta Tavares Zagonel; Projeto
Gráfico José Jhonny Coelho e Thayla Guimarães
Cripaldi; Fotos Shutterstock
Coordenador de Conteúdo Fabio Augusto Genti-
line e Crislaine Rodrigues Galan.
Designer Educacional Janaina de Souza Pontes e
NEAD - Núcleo de Educação a Distância e Amanda Peçanha dos Santos.
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação Revisão Textual Cintia Prezoto Ferreira e Erica
CEP 87050-900 - Maringá - Paraná Fernanda Ortega.
unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 Editoração Lavígnia da Silva Santos.
Ilustração Welington Vainer Satin de Oliveira e
Natalia de Souza Scalassara.
Realidade Aumentada Maicon Douglas Curriel,
Thiago Marçal Surmani, Matheus Alexander de Oli-
veira Guandalini e Kleber Ribeiro da Silva.
PALAVRA DO REITOR
Caro(a) aluno(a), este livro iniciará seus estudos acerca dos chamados fenô-
menos de transporte, disciplina fundamental para a maioria dos cursos de
engenharia, uma vez que busca explicar como a transferência de momento
(mecânica dos fluidos), de calor e de massa acontecem na natureza. Este
entendimento permite desenvolver processos e equipamentos para diversas
aplicações, mas, mais do que isso, desenvolverá a habilidade de observar e
analisar os fenômenos da natureza.
Suponha que você, buscando concentrar-se melhor na leitura deste livro,
resolva preparar uma xícara de chá. Para isso, você precisará de água, a qual
é fornecida até a sua casa através de longos sistemas de abastecimento que
contam com tubulações, bombas, válvulas e caixas d’água. Entender quais
são as energias associadas ao escoamento de um fluido (neste caso, o fluido
é a água) é um clássico problema de mecânica dos fluidos.
Após colocar a água em um recipiente, será necessário aquecê-la. Isto pode
ser feito de diferentes maneiras, mas consiste, essencialmente, em adicio-
nar energia à água, até alcançar a temperatura desejada – um problema de
transferência de calor. Por fim, resta apenas colocar o saquinho de chá junto
da água, iniciando um processo de infusão – moléculas que dão aroma e
sabor saem das ervas do chá e são transportadas para a água. Tal processo
está relacionado à transferência de massa.
Você poderia então se perguntar: que potência seria necessária para
que a bomba seja capaz de escoar a água da estação de tratamento até
as torneiras de casa? Haverá diferença se você fizer o chá em um dia
mais frio ou em um dia mais quente? Quanto tempo levará até que a
infusão esteja completa? Quanto o chá terá esfriado por estar exposto
ao ambiente? O estudo dos fenômenos de transporte procura responder
a perguntas como essas, estando presente desde situações mais simples
do cotidiano até aplicações complexas por estar inseparavelmente li-
gado à natureza.
O objetivo deste livro é dar um enfoque prático à disciplina de Fenô-
menos de Transporte, apontando os caminhos que você, futuro Enge-
nheiro(a), deverá seguir caso necessite se aprofundar em qualquer um
dos assuntos aqui abordados. Assim, aproveite o processo de aprendi-
zagem e entenda que só não gostamos daquilo que sabemos pouco.
Siga o fluxo de leitura mesmo que naquele momento você não tenha
entendido algum termo. Lá na frente, ele fará sentido. E se mesmo lá
na frente você não entender? Não hesite em buscar outras fontes. Saber
pesquisar é uma das competências que esperamos de um profissional de
Engenharia. Quando tudo se conectar na sua mente, você comprovará
que o conhecimento é realmente libertador!
CURRÍCULO DOS PROFESSORES
13
Introdução à
Mecânica
dos Fluidos
61
Pressão e Estática
dos Fluidos
97
Introdução à
Cinemática
Transferência
dos Fluidos
de Calor
137 257
Equação da
Trocadores
Energia no
de Calor
Regime Permanente
169 297
Introdução à
Escoamento em
Transferência
Condutos Forçados
de Massa
209 331
113 Manômetro de Bourdon
188 Bombas e turbinas na equação da energia
219 Escoamento dos fluidos
281 Efeito do isolamento em tubos cilíndricos
304 Trocadores de calor de tubo e casco
Utilize o aplicativo
Unicesumar Experience
para visualizar a
Realidade Aumentada.
Dr. Rodrigo Orgeda
Esp. Henryck Cesar Massao Hungaro Yoshi
Introdução aos
Fenômenos
de Transporte
PLANO DE ESTUDOS
Conceitos Fundamentais
Definindo os Fenômenos
Balanço Material
de Transporte
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Definir o que são os fenômenos de transporte: transfe- de transporte, como conversão de unidades e fração
rência de momento (mecânica dos fluidos), calor e massa. mássica.
• Estruturar os conceitos básicos necessários para li- • Estudar o conceito de balanço material, abordando estraté-
dar com os problemas relacionados aos fenômenos gias de resolução e aplicações, como reciclo, bypass e purga.
Definindo
os Fenômenos
de Transporte
Lei Equação
Lei da Conservação da Massa Equação da Continuidade
Segunda Lei de Newton Teorema do Momento
Primeira Lei da Termodinâmica Equação da Energia
Fonte: adaptado de Welty, Rorrer e Foster (2017).
Exemplificando: imagine que o sistema em questão seja uma pia de cozinha. Ao abrir
a torneira, você permite uma entrada de água no sistema. A água que desce pelo ralo,
por sua vez, é a saída de água do sistema. Se você tampar o ralo, você fecha a saída
do sistema, de modo que a pia começa a encher – este é o acúmulo do sistema. Esta
situação ilustra a lei de conservação da massa.
Evidentemente, estamos desconsiderando outras possíveis saídas ou entradas de
água (como a evaporação da água para a atmosfera), mas o intuito aqui é observar a
natureza das leis de conservação: tudo que entra no sistema, ou sai, ou fica. Apesar de
soar como um conceito bastante simples ou, até mesmo, óbvio, as leis de conservação
são instrumentos essenciais para o entendimento dos fenômenos de transporte.
UNIDADE 1 15
Uma segunda observação fundamental acerca dos fenômenos de transporte é:
se há um desequilíbrio de uma propriedade em um meio, a natureza tende a redis-
tribuí-la, até que um equilíbrio seja estabelecido – a esta tendência é dado o nome
de força motriz, frequentemente descrita no contexto dos fenômenos de transporte
como os “gradientes”:
• Mecânica dos Fluidos: gradiente de momento.
• Transferência de Calor: gradiente de temperatura.
• Transferência de Massa: gradiente de concentração.
Até aqui, você esteve apenas conhecendo o que são os chamados fenômenos de trans-
porte e de que maneira os observamos na natureza. A partir de agora, iniciaremos
um estudo mais direcionado à definição de alguns conceitos básicos para entender e
interpretar os problemas que você irá encontrar durante todo o curso. Aproveitaremos
esta primeira unidade para tratar com mais rigor os chamados balanços materiais,
conhecimento que irá ajudar você a se familiarizar com o uso das leis de conservação.
UNIDADE 1 17
Conceitos
Fundamentais
UNIDADE 1 19
1 EXEMPLO Temos os seguintes fatores de conversão: uma milha são 5280 pés; um pé são 12
polegadas; uma polegada são 2,54 centímetros. Sabendo que a altura do Everest é de,
aproximadamente, 5,49 milhas, converta este valor para metros.
Solução:
Note que cada uma destas “frações” é igual a um: se uma milha equivale a 5280 pés,
a divisão de 5280 pés por uma milha é igual a um. Isto comprova que não estamos
alterando a altura (dimensão) do Monte Everest, apenas convertendo-a entre dife-
rentes unidades de medida.
Uma maneira prática de acompanhar se você está fazendo as conversões adequadas é
escrever todas as conversões em uma única expressão e “cortar” as unidades que se “cance-
lam”, da mesma forma que provavelmente fez quando estudou matemática e física básicas:
Você pode estar se perguntando: todos estes cálculos não poderiam ter sido resolvidos
por uma série de regra de três? A pergunta é fantástica e significa que seu raciocínio
está no caminho certo! Apesar de podermos utilizar uma série de regra de três para
chegarmos no mesmo resultado, a maneira prática apresentada anteriormente nos
ajuda a visualizar como as unidades irão se cancelar e qual será nossa unidade final.
Acredite, isso será muito útil em cálculos mais complexos, pois será um indicador
para saber se o resultado está correto. Dessa forma, os demais exemplos e problemas
presentes neste material serão preferencialmente resolvidos dessa maneira.
Fração mássica: a massa de uma substância dividida pela massa total de todos os
componentes da mistura (ou solução) em que ela está presente.
massa de A
fração mássica do componente A ( x A )
massa total
Fonte: adaptado de Himmelblau e Riggs (2003).
Vamos iniciar com um exemplo simples sobre fração mássica de uma solução com
dois componentes.
UNIDADE 1 21
2 EXEMPLO Uma solução contém os componentes A e B, sendo 360 g de A e 700 g de B. Qual é a
composição mássica desta solução?
Solução:
massa de A 360 g
fração mássica do componente A x A 0, 34
massa total 360 g 700 g
massa de B 700 g
fração mássica do componente B xB 0, 66
massa total 360 g 700 g
Uma vez compreendido o conceito de fração mássica, fica fácil entender o conceito
de fração molar, pois são bastante semelhantes.
Fração molar: o número de mols de uma substância dividido pelo número total
de mols da mistura (ou solução) em que ela está presente.
mols de A
fração molar do componente A y A
mols totais
Fonte: adaptado de Himmelblau e Riggs (2003).
Solução:
mols de A 1 mol
fração molar do componente A y A 0, 11
mols totais 1 mol 5 mols 3 mols
mols de B 5 mols
fração molar do componente B yB 0, 55
mols totais 1 mol 5 mols 3 mols
mols de C 3 mols
fração molar do componente C yC 0, 33
mols totais 1 mol 5 mols 3 mols
y A yB yC 1
m
n=
MM
4 EXEMPLO A tabela a seguir mostra os dados de fração mássica e massa molar de cada composto
presente em uma solução. Dessa forma, calcule a composição molar sabendo que a
solução possui uma massa total de 100 g.
Solução:
Composto Massa Molar (g/gmol) Fração Mássica
A 50 0,20
B 40 0,30
C 20 0,45
D 25 0,05
Total - 1
UNIDADE 1 23
Para o composto A, temos que:
massa de A
xA =
massa total
massa
= de A 0=
, 2 . 100 20 g
Sabendo que:
m
n n . MM m
MM
Temos que:
Veja que, se conhecemos a composição da mistura, podemos lançar mão de uma base
de cálculo arbitrária para calcular a massa molar média da mistura. Tente calcular este
valor para a mistura do exemplo anterior. O resultado procurado é de 27,78 g/mol,
que também poderia ser calculado simplesmente dividindo a massa da mistura pelo
número de mols (afinal, esta é a definição da qual partimos para o desenvolvimento
da última equação).
Ao longo deste material, a composição de gases sempre será assumida como dada
em base molar, a menos que seja especificado o contrário. Da mesma maneira, a
composição de líquidos e sólidos será assumida como dada em base mássica, como
é geralmente usada na indústria, a menos que seja especificado o contrário.
UNIDADE 1 25
Balanço
Material
Sistemas
100 kg H2O
UNIDADE 1 27
No contexto da engenharia, é comum o uso da palavra “sistema” para se referir a uma
parte arbitrária do processo que você deseja analisar. Dessa forma, nosso sistema, aqui,
coincide com o próprio tanque. É também usual se referir às “fronteiras do sistema”,
linhas imaginárias (que podem coincidir com partes dos equipamentos e processos)
que dão forma ao seu sistema.
Ainda, um sistema pode ser dito aberto ou fechado: aberto, se existe matéria
entrando ou saindo do sistema; fechado, se a matéria não entra nem sai do sistema.
Nosso tanque é, portanto, um sistema fechado.
Nesse caso, se aplicarmos a equação de balanço material para nosso sistema,
teremos:
00 0
Este resultado é, evidentemente, uma conclusão lógica simples. Se não entra nem sai
água do tanque, não haverá variação na quantidade de água dentro dele. Em outras
palavras, a taxa de acúmulo de matéria do sistema é nula.
Agora, suponha que este tanque faz parte de um processo industrial, que despeja
dentro dele 50 kg de água por hora. Deste mesmo tanque, são também retirados 50 kg
de água por hora.
Fronteira
do sistema
50 kg H2O/h 50 kg H2O/h
100 kg H2O
Pela definição dada anteriormente, nosso tanque agora é um sistema aberto, pois
existe matéria cruzando a fronteira do sistema. Ao aplicar novamente a equação de
balanço material, temos:
kg H 2O kg H 2O
50 50 0
h h
Como a vazão de entrada é igual à de saída, o acúmulo de água no sistema ainda é nulo.
Sistemas nestas condições podem ser chamados de sistemas em estado estacionário.
20 kg H2O/h 50 kg H2O/h
100 kg H2O
UNIDADE 1 29
É fácil concluir que, se sai mais água do que entra, a quantidade de água no tanque
diminuirá com o tempo. Na equação de balanço:
kg H 2O kg H 2O kg H 2O
20 50 30
h h h
Isto é, a taxa de acúmulo de água no sistema é de -30 kg H₂O por hora. Observe que,
no contexto de balanços materiais, é comum o uso da palavra “acúmulo” tanto para
valores positivos (que elevariam o nível de água do tanque) quanto negativos (que
diminuem o nível de água no tanque). Com essa informação, você poderia, então,
responder a seguinte pergunta: quanto tempo levará até que a quantidade de água
no interior do tanque seja de 40 kg?
Vamos começar identificando a variação de água no interior do tanque:
40 kg H 2O 100 kg H 2O 60 kg H 2O
Para atingir uma quantidade de 40 kg de água dentro do tanque, deve-se retirar 60 kg.
Por definição, temos que:
Massa
Vaz ão M ássica =
Tempo
Observe que a taxa de acúmulo de água do sistema é, evidentemente, uma vazão, pois
tem dimensões de massa por tempo (estudaremos mais detalhadamente o conceito
de vazão na Unidade 4). Podemos, portanto, aplicar a equação da seguinte forma:
kg H 2O - 60 kg H 2O
-30 =
h Tempo
60 kg H 2O h
Tempo
30 kg H 2O
Tempo = 2 h
Evidentemente, não é absurdo chegar a esta conclusão sem fazer quaisquer contas
no papel. Se existem 100 kg de água dentro de um tanque, do qual são removidos 30
kg de água por hora (taxa de acúmulo negativa), o tempo necessário para que haja
apenas 40 kg de água no tanque (remover 60 kg) é de 2 horas. Problemas de balanço
material são resolvidos de maneira puramente lógica: não se trata de decorar equações,
mas sim de ter habilidade em analisar o problema e saber como abordá-lo.
Agora que você compreende os princípios dos balanços materiais, iremos aprimorar
as suas capacidades analíticas estudando processos mais complexos, com múltiplos
componentes, etapas e correntes de processo.
Imagine que estamos trabalhando com uma solução com concentração de 50% em
massa de soda cáustica (NaOH em H₂O). Isto significa que em 1000 kg de solução
há 500 kg de soda e 500 kg de água. Uma corrente de processo entra em um tanque,
enquanto outra sai deste mesmo tanque, como na figura a seguir:
Fronteira
do sistema
UNIDADE 1 31
Observe que se trata de um sistema aberto em regime estacionário. Poderíamos
analisar o sistema da seguinte forma:
• Dentro do tanque: 1000 kg de solução
• 500 kg de água + 500 kg de soda
• Entra no tanque: 100 kg de solução por hora
• 50 kg de água por hora + 50 kg de soda por hora
• Sai do tanque: 100 kg de solução por hora
• 50 kg de água por hora + 50 kg de soda por hora
kg solução kg solução
100 100 0
h h
Evidentemente, estando em estado estacionário, a taxa de acúmulo é nula (a massa
de solução dentro do tanque permanece a mesma ao longo do tempo).
O balanço por componente, por outro lado, considera apenas o componente em análise
para todas as correntes. Por exemplo, fazendo o balanço material para a água, teremos:
kg soda kg soda
50 50 0
h h
Este é um raciocínio bastante valioso para solucionar problemas de balanço material.
Observe o exemplo a seguir, em que passamos a trabalhar com mais de um compo-
nente e mais de duas correntes.
A B
30 kg solução/min 50 kg solução/min
SAÍDA
C
Solução:
UNIDADE 1 33
A B -C 0
kg solução kg solução
30 + 50 -C=0
min min
kg solução
C = 80
min
Sendo xsac,i a fração mássica de sacarose na corrente “i”, podemos escrever esta equação
da seguinte forma:
xsac, A . A xsac, B . B - xsac,C . C 0
kg sacarose
xsac,C = 0, 2437
kg solução
UNIDADE 1 35
Na prática, você não é obrigado a seguir estes passos à risca nem os decorar, mas
abordar os problemas de maneira ordenada e analítica ajuda a identificar possíveis
pontos fracos, aprimorando suas habilidades de interpretação e resolução. Faremos,
agora, um exemplo com uma complexidade maior aplicando esta estratégia.
6 EXEMPLO Duas correntes de processo, F1 e F2, são misturadas. A corrente resultante (W) é então
direcionada para uma segunda etapa, que visa a purificação de um dos componentes,
obtendo, assim, duas correntes de produto, P1 e P2. Conhecendo as informações a
seguir, qual a vazão e a composição da corrente F1? As composições estão dadas em
quantidades mássicas.
• Corrente F2:
• Vazão: metade de F1
• Composição: 80% A, 20% B
• Corrente P1:
• Vazão: 1200 kg/h
• Composição: 60% A, 40% B
• Corrente P2:
• Vazão: 300 kg/h
• Composição: 5% B, 95% C
Solução:
Passo 2: esboços podem, geralmente, ser feitos de forma bastante simples por meio de
diagramas de blocos, em que as setas são as correntes de processo e os blocos são as etapas.
F1 P1
W
E1 E2
F2 P2
Fronteira do
Sistema 2
W
E1 E2
Fronteira do
Sistema 1
Fronteira do
F2 Sistema Global P2
• Fronteira do Sistema 1:
• Correntes de entrada: F1 e F2
• Corrente de saída: W
• Fronteira do Sistema 2:
• Corrente de entrada: W
• Correntes de saída: P1 e P2
• Fronteira do Sistema Global:
• Correntes de entrada: F1 e F2
• Corrente de saída: P1 e P2
Note que a escolha de um sistema não invalida o outro – muito pelo contrário, talvez
seja necessário estabelecer diferentes fronteiras até se obter os resultados procurados,
os quais devem validar todos os sistemas possíveis de serem estabelecidos. Do con-
trário, o princípio da conservação da massa não seria obedecido, indicando alguma
falha ou ineficiência do processo.
UNIDADE 1 37
Passo 4: a princípio, nenhuma informação parece faltar, pois não estamos preocu-
pados com quem são os componentes A, B ou C, nem com o que são, na prática, as
etapas E1 e E2. Estamos preocupados apenas com valores de vazão e composição,
então estas informações deverão ser suficientes.
Passo 5: como o problema já nos forneceu valores de vazão, não precisamos adotar
uma base de cálculo. Caso o enunciado fosse “a vazão de P1 é quatro vezes a de P2”,
poderíamos adotar um valor arbitrário para a vazão P2, e com ela chegaríamos às
mesmas composições em todas as correntes. Contudo, a vazão de F1 mudaria para
cada base de cálculo adotada.
Aqui, temos quatro das variáveis desconhecidas (referentes à corrente W), junto de
quatro equações independentes. Como nosso número de equações é igual ao número
de incógnitas, o sistema é possível e determinado (graus de liberdade iguais a zero).
Observe que, para o balanço global, todas as variáveis referentes à corrente interme-
diária W não estão presentes. Temos apenas as quatro variáveis desconhecidas para a
corrente F1, junto de quatro equações independentes. Isto é, como o problema solicita
apenas a caracterização da corrente F1, podemos utilizar este sistema para que não
precisemos trabalhar com a corrente intermediária W.
Passo 8: usando as equações para o sistema global (exceto uma das equações de ba-
lanço por componentes, por ser dependente das demais) e substituindo as variáveis
conhecidas.
F1
F1 1200 300
2
F1
x A, F 1 . F1 0, 80 . 0, 60 . 1200 0, 00 . 300
2
F1
xB , F1 . F1 0, 20 . 0, 40 . 1200 0, 05 . 300
2
x A, F 1 xB , F 1 xC , F 1 1
( x A, F 1 0, 40) . F1 720
( x A, F 1 0, 40) . 1000 720 x A, F 1 0, 320
( xB , F 1 0, 10) . F1 495
( xB , F 1 0, 10) . 1000 495 xB , F 1 0, 395
X C , F 1 1 X A, F 1 X B , F 1
X C , F 1 1 0, 32 0, 395 X C , F 1 0, 285
UNIDADE 1 39
Passo 10: podemos conferir o resultado com a equação de balanço para o compo-
nente C, que não utilizamos.
xC , F 1 . F1 xC , F 2 . F 2 xC , P1 . P1 xC , P 2 . P2
1000
0, 285 . 1000 0 . 0 . 1200 0, 95 . 300
2
285 285
Neste tópico final, abordaremos brevemente três aspectos importantes quando tra-
tamos dos balanços materiais em termos de aplicação industrial. Essencialmente, são
manobras realizadas nas correntes de processo que permitem seu funcionamento
de maneira eficiente, contínua e controlável. Os balanços materiais entram com o
papel de mensurar estas manobras e passam a ter um nível de complexidade maior.
Reciclo: corrente do processo que é alimentada em uma etapa anterior àquela que
a originou (veja Figura 6).
Fonte: adaptado de Himmelblau e Riggs (2003).
Reciclo
7 EXEMPLO Deseja-se concentrar uma corrente (F) contendo uma solução de 10% Hidróxido de
Sódio (NaOH) em água por meio de um processo integrado de evaporação, cristaliza-
ção e filtragem. Para atingir maior eficiência no processo, a corrente líquida que passa
pelo filtro é retornada na forma de reciclo (R). O diagrama a seguir ilustra o processo
e apresenta as concentrações em cada corrente. Qual a razão entre as vazões R e P?
R
50% NaOH
50% H2O
E
30% NaOH
70% H2O
Processo
F A P
10% NaOH 96% NaOH
90% H2O 4% H2O
W
100% H2O
Passo 7: mais de um sistema pode ser avaliado. Aqui, faremos em dois deles: no ponto
em que o reciclo é adicionado à alimentação (ponto A) e o global.
UNIDADE 1 41
• No ponto A:
FRE
xNaOH , F . F xNaOH , R . R xNaOH , E . E
x H 2O , F . F x H 2O , R . R x H 2O , E . E
• Global:
F P W
xNaOH , F . F xNaOH , P . P xNaOH ,W . W
xH 2O, F . F xH 2O, P . P xH 2O,W . W
R 100 kg / h
9, 60
P 10, 42 kg / h
R
50% NaOH
50% H2O
R/P ≈ 9,60
F
10% NaOH Processo
90% H2O P = 10,42 kg/h
96% NaOH
4% H2O
W
100% H2O
F W R P
xNaOH , F . F xNaOH ,W . W xNaOH , R . R xNaOH , P . P
xH 2O, F . F xH 2O,W . W xH 2O, R . R xH 2O, P . P
UNIDADE 1 43
Resolvendo as duas primeiras equações com os valores conhecidos, e utilizando a
relação R/P ≈ 9,60:
F W R P
F W 9, 60 . P P
F W 10, 60 . 10, 42 F W 110, 452
Como você pode observar, para obter a mesma quantidade de produto, o processo
sem reciclo exigiria uma alimentação seis vezes maior devido às perdas pela corrente
R, que não foi reaproveitada. A indústria sempre irá buscar minimizar o desperdício.
Bypass
8 EXEMPLO Certo processo industrial é alimentado por uma corrente composta de 30% compo-
nente X e 70% componente Y. O processo é responsável por remover apenas com-
ponente Y, e a corrente de saída precisa sair com 80% de X e 20% de Y para atender
às especificações de operação dos equipamentos. Contudo, um cliente solicita um
produto contendo 60% X e 40% Y. Para atender a este pedido, o engenheiro de pro-
cessos sugere o uso de uma corrente de bypass, conforme o diagrama a seguir. Calcule
a razão entre as vazões B e F que deve ser utilizada para atender ao pedido.
B
F E P
30% X Processo 60% X
70% Y 1 S 2 40% Y
80% X
20% Y
W
100% Y
Solução:
UNIDADE 1 45
Passo 7: os quatro principais sistemas que devemos prestar atenção são os pontos 1
e 2, o processo e o sistema global.
Para o sistema global, temos as seguintes equações:
F P W
x X , F . F x X , P . P x X ,W . W
xY , F . F xY , P . P xY ,W . W
x X , F . F x X , P . P x X ,W . W
0, 30 . 100 0, 60 . P 0, 00 . W
P 50 kg / h W 50 kg / h
Agora, para as equações do ponto 2:
BS P
B S 50 B 50 S
x X , B . B x X ,S . S x X , P . P
0, 30 . B 0, 80 . S 0, 60 . 50
0, 30 . (50 S ) 0, 80 . S 30
15 0, 30 . S 0, 80 . S 30
0, 50 . S 15
S 30 kg / h B 20 kg / h
9 EXEMPLO Certo processo para a formação de água a partir dos gases hidrogênio (H2) e oxigênio
(O2) foi implantado. Uma corrente (F), contendo ambos os componentes, é alimentada
a um reator. Em seguida, a corrente de saída passa por um condensador, que remove
água líquida do processo como produto.
Para evitar a perda de material, procurou-se utilizar os gases remanescentes (que
não reagiram) como uma corrente de reciclo do processo. Contudo, ao testar a nova
configuração, observou-se que os níveis de argônio (Ar) – que é um gás inerte – no
processo começaram a subir. Isto aconteceu porque a corrente contendo hidrogênio
e oxigênio apresentava, também, baixos traços do gás. Como forma de solucionar o
problema, você, engenheiro de processos, sugere utilizar uma corrente de purga (P).
Considerando o diagrama a seguir, qual deve ser a razão entre as vazões P e F, se a
concentração de argônio na corrente de reciclo não pode ser superior a 7,5%?
Reciclo
P
92,5% H2 e O2
7,5% Ar
F Reator Condensador W
99,7% H2 e O2 100% Água
0,3% Ar
Passos 1 a 4: o diagrama nos fornece todas as informações necessárias para analisar
o problema. Note que, apesar de envolver um reator, o problema não está preocupado
com a reação química, de modo que ela não será necessária. Além disso, é importante
observar que o reciclo possui a mesma composição da purga, apesar de não estar
especificado.
UNIDADE 1 47
Passo 7: note que não conhecemos as composições de H2 e O2 separadamente.
Contudo, se fizermos o balanço global e o balanço por componente para o argônio,
teremos duas equações independentes:
F P W
x Ar , F . F x Ar , P . P x Ar ,W . W
100 P W
0, 003 . 100 0, 075 . P 0, 000 . W
P 4 kg / h W 96 kg / h
P 4
0,004 4%
F 100
Isto é, para manter a concentração de argônio no reciclo igual a 7,5%, deve-se purgar
uma vazão equivalente a 4% da vazão de alimentação.
Com isso, terminamos nossa introdução aos balanços materiais. Como você
pode ter notado, apesar de não demandarem cálculos sofisticados, os balanços de
massa trabalham fortes habilidades de interpretação do problema, análise crítica e
organização. Aprimorar estas qualidades facilitará o seu estudo dos fenômenos de
transporte, que começaremos propriamente na unidade a seguir.
2. Deseja-se produzir 1000 kg/h de uma solução de soda cáustica, com concentra-
ção molar de 14,89%. Devido ao alto calor de dissolução da soda em água, este
processo deve ser feito em duas etapas, de modo que parte da água alimentada
siga por uma corrente de bypass e retorne no tanque de diluição. Considerando
o diagrama a seguir, calcule a razão entre as vazões mássicas das correntes E
e B. As porcentagens são todas molares. Considere que MMNaOH = 40 g/mol,
MMH2O = 18 g/mol.
B=?
Água de 31,03%
Alimentação E=? NaOH Solução Produto
Tanque de Tanque de
Dissolução Diluição
F=? P = 1000 kg/h
100% H2O 14,89% NaOH
Soda Cáustica
S=?
100% NaOH
49
3. A dessalinização da água do mar e de águas salobras é comum em países de-
sérticos ou com pouca disponibilidade de água potável, como no Oriente Médio
e na África. A dessalinização de água pode ser realizada por meio de processos
de osmose reversa. Admitindo que estão presentes apenas sal e água e consi-
derando a figura a seguir, determine:
a) A vazão de água do mar necessária para alimentar o processo (F).
b) A vazão de salmoura removida (W).
c) A porcentagem da salmoura que sai das células de osmose reversa e é reciclada.
Reciclo de Salmoura
R=?
E
Água do Mar 4,0% Sal Células de S Salmoura Removida
F=? Osmose W=?
3,1% Sal Reversa 5,25% Sal
Água Dessalinizada
P = 2000 kg/h
0,05% Sal
50
LIVRO
51
HAUKE, G. An introduction to fluid mechanics and transport phenomena. 1. ed. Holanda: Springer
Netherlands, 2008.
HIMMELBLAU, D. M.; RIGGS, J. B. Engenharia química – princípios e cálculos. 7. ed. São Paulo: Editora
LTC – GEN (Grupo Editorial Nacional), 2003.
PARTINGTON, J. R. Antoine Laurent Lavoisier, 1743-1794. Nature, [S.l.], v. 152, p. 207-208, ago. 1943.
52
1. O processo descrito pode ser resumido pelo diagrama:
M
100% KCI
F P = 300 lb
0,9% KCI 10% KCI
99,1% H2O 90% H2O
F M P
xKCl , F . F xKCl ,M . M xKCl , P . P
x H 2O , F . F x H 2O , M . M x H 2O , P . P
Temos duas variáveis desconhecidas e duas equações independentes. Substituindo os valores conhecidos e
resolvendo as equações:
F M 300 M 300 F
0, 009 . F 1 . M 0, 10 . 300
0, 009 . F (300 F ) 30
0, 991 . F 270
F 272, 45 lb M 27, 55 lb
272, 45 lb 1 kg
F 123, 56 kg
2, 205 lb
27, 55 lb 1 kg
M 12, 49 kg
2, 205 lb
53
2. O diagrama contém todas as informações que conhecemos sobre o problema. Contudo, as composições
das correntes de solução foram dadas em frações molares. Como estamos mais interessados em trabalhar
com valores mássicos, calcularemos inicialmente as composições mássicas.
Para a corrente P, temos, em base molar, 14,89% NaOH e, portanto, 85,11% H2O. Assumindo a base de cálculo
de 100 mol de solução P, podemos calcular a massa molar da solução P da seguinte forma:
Veja que, como conhecemos a composição molar para a base de cálculo empregada, teremos 14,89 mols de
NaOH e 85,11 mols de H2O:
g g
14, 89 mol . 40 85, 11 mol . 40
MM P mol mol
100 mol
MM P 21, 2758 g / mol
Este valor pode ser utilizado para converter a vazão mássica em molar:
54
Como conhecemos as frações molares, temos as seguintes vazões por componente na corrente de produto:
mol mol
PNaOH ,molar 0, 1489 . 47000 7000
h h
mol mol
PH 2O,molar 0, 8511 . 47000 40000
h h
Convertendo estes valores em vazões mássicas:
mol g kg
PNaOH ,mássica 7000
= = . 40 280
h mol h
mol g kg
PH 2O,mássica = 40000 . 18 = 720
h mol h
Isto é, a corrente de produto P possui 28% NaOH e 72% H2O em massa. Agora, podemos fazer o balanço no
sistema global, em termos das vazões mássicas:
F S P
xNaOH , F . F xNaOH ,S . S xNaOH , P . P
x H 2O , F . F x H 2O , S . S x H 2O , P . P
Temos duas incógnitas (F e S) e duas equações independentes. Além disso, como F e S são correntes puras, a
solução é bastante simples:
0 . F 1 . S 0, 28 . 1000
S 280 kg / h
1 . F 0 . S 0, 72 . 1000
F 720 kg / h
55
Agora, como conhecemos F, podemos fazer o balanço no tanque de dissolução, do qual sai a corrente interme-
diária I. Como não se sabe a composição e vazão mássica desta corrente, faz-se o balanço material em termos
molares. Teremos o sistema:
ES I
X NaOH , E . E X NaOH ,S . S X NaOH , I . I
X H 2O , E . E X H 2O , S . S X H 2O , I . I
Podemos calcular a vazão molar de S:
kg mol mol
=S 280
= 7000
h 40 g h
E 7000 I
0 . E 1 . 7000 0, 3103 . I
mol
7000 0, 3103 . I I 22558, 81
h
mol
E I 7000 E 15558, 81
h
Observe que também podemos calcular a vazão mássica de E, por ser uma corrente de água pura:
mol g kg
E 15558, 81 18 280
h mol h
Fazendo o balanço no ponto em que a corrente F se divide, temos:
F BE
kg kg
720 B 280
h h
kg
B 440
h
56
Assim, podemos enfim calcular a razão pedida pelo problema:
E 280
63, 63%
B 440
3. O diagrama nos fornece todas as composições das correntes e a vazão de água dessalinizada que deve ser
atingida. Dessa forma, as únicas variáveis desconhecidas são as demais vazões.
F P W
xSal , F . F xSal , P . P xSal ,W . W
xH 2O, F . F xH 2O, P . P xH 2O,W . W
Portanto, temos duas equações independentes e duas variáveis desconhecidas (F e W). Resolvendo estas
equações com os valores conhecidos, teremos:
F 2000 W
0, 031 . F 0, 0005 . 2000 0, 0525 . W
0, 031 . (2000 W ) 1 0, 0525 . W
62 0, 031 . W 1 0, 0525 . W
W 2837, 21 kg / h F 4837, 21 kg / h
57
Com isso, chegamos às respostas pedidas nos itens (a) e (b).
Em seguida, para chegar à porcentagem da salmoura que é reciclada, precisamos definir sua vazão. Para isto,
faremos um balanço no ponto em que o reciclo se une à alimentação do sistema, formando a corrente resul-
tante que entra na célula de osmose (E) com concentração de 4,0% em sal:
FRE
xSal , F . F xSal , R . R xSal , E . E
x H 2O , F . F x H 2O , R . R x H 2O , E . E
Como agora conhecemos F, temos novamente duas equações independentes e apenas duas variáveis desco-
nhecidas (R e E). Logo:
4837, 21 R E
0, 031 . 4837, 21 0, 0525 . R 0, 04 . E
149, 95 0, 0525 . R 193, 49 0, 04 . R
R 3483, 2 kg / h E 8320, 41 kg / h
Agora, precisamos apenas saber a vazão de saída de salmoura do processo (S). Ela pode ser obtida fazendo
o balanço nas células de osmose reversa ou, até mesmo, no ponto que se divide entre o reciclo e a salmoura
removida:
E PS
8320, 41 2000 S
S 6320, 41 kg / h
S R W
S 3483, 2 2837, 21
S 6320, 41 kg / h
R 3483, 2
55, 11%
S 6320, 41
58
59
60