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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DO CEARÁ-
CAMPUS MARACANAÚ
ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO

KARINE EDWIGES SILVA MENDES

RELÁTORIO DE METROLOGIA - PRÁTICA COM MICRÔMETRO

MARACANAÚ

2017
2

Sumário:
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 3
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................................ 4
2.1 INSTRUMENTOS UTILIZADOS: MICRÔMETRO .................................................................... 4
2.2 TIPOS DE ERROS .................................................................................................................. 5
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ......................................................................................... 6
5. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 21
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................... 22
3

1. INTRODUÇÃO

Através desse relatório apresentarei os resultados das medições


obtidas, de uma peça cilíndrica existente no laboratório de metrologia,
com a utilização do micrômetro. A prática possibilitou o desenvolvimento
dos conhecimentos teóricos obtidos em sala de aula, realizando as
medições em peça real. Utilizando as técnicas de medida de um mesmo
elemento em diversos pontos, repetidas vezes, para obterem-se as
indicações. Com os resultados obtidos calculamos a indicação média, o
erro sistemático e o erro aleatório.
4

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 INSTRUMENTO UTILIZADO: MICRÔMETRO:

O micrômetro é um dos instrumentos mais utilizados na indústria mecânica,


tendo sido aperfeiçoado ao longo dos anos com o emprego de novos materiais
e novas técnicas de fabricação. O principio básico de construção do
micrômetro é o deslocamento de uma haste mediante o giro de um parafuso
roscado (fuso) o qual está acoplado a um tambor e a um cilindro fixo. Um
dispositivo característico do micrômetro é a catraca ou tambor de fricção, cuja
função é manter a força constante na peça a ser medida, minimizando assim a
variação das suas indicações em função da força aplicada.

Figura 01. Micrometro


<http://www.industriahoje.com.br/o-que-e-um-micrometro >Disponível em 25/jul/17

Principais partes do micrômetro:


ARCO: é construído de aço especial e tratado termicamente, e munido de
protetor antitérmico, para evitar a dilatação pelo calor das mãos.
ISOLANTE TÉRMICO: fixado ao arco, evita sua dilatação, pois isola a
transmissão de calor das mãos para o instrumento.
FACES DE MEDIÇÃO: Tocam a peça a ser medida e, para isso,
apresentam-se rigorosamente planos e paralelos. Em alguns instrumentos, os
contatos são de metal duro, de alta resistência ao desgaste.
BAINHA: Onde é gravada a capacidade de medição do instrumento, sendo
esta gravada.
TAMBOR: é onde se localiza a escala centesimal. Ele gira ligado ao fuso
micrométrico.
5

TRAVA: Permite imobilizar o fuso numa medida predeterminada.


CATRACA: assegura uma pressão de medição constante.
Os modelos de micrômetro a seguir foram usados na prática:

Analógico: É para uso comum, sua leitura pode ser


efetuada no tambor.

Digital eletrônico: Ideal para leitura rápida, livre de erros


de paralaxe, próprio para uso em controle estatístico de
processos.

2.2 TIPOS DE ERRO

O erro de medição é definido como o grau de concordância entre um valor


medido e um valor verdadeiro (vv) de um mensurando. Podemos definir o
mensurando como sendo o objeto de medição, ou seja, a grandeza específica
submetida a medição.
Geralmente, ocorrem erros de vários tipos. Estes erros são agrupados em
três grupos: o erro sistemático, erro aleatório e o erro grosseiro.
Erro sistemático é um componente do erro de medição que, em medições
repetidas, permanece constante ou varia de uma maneira previsível. O erro
sistemático pode ser causado por desgaste do sistema de medição, por um dos
ajustes, por fatores construtivos, pelo método de medição, por condições
ambientais etc. Pode-se aplicar uma correção para compensar o erro
sistemático quando ele é conhecido.
Para obter o erro sistemático, utiliza-se a seguinte formula:
= −
Onde;
Es = Erro sistemático;
Im= média de um número finito de indicações;
VV= Valor verdadeiro do mensurando.

Erro aleatório é o componente do erro de medição que, em medições


repetidas, varia de maneira imprevisível. Para um número grande de medições
observam-se variações de valores em torno de um valor médio que se
6

manifesta de forma imprevisível. Como na prática o número de medições é


finito, é possível apenas estimar o erro aleatório.
= −
Onde;
Eai = Erro aleatório da i-ésima indicação;
Ii = Indicação i-ésima;
Im= média de um número finito de indicações.
Erro grosseiro não está definido no VIM, uma vez que ele é devido aos
fatores externos e não aos instrumentos.
A sua origem pode ser fortemente identificada: leitura errônea, defeito no
sistema de medição, manipulação indevida, anotação errada etc.

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Os materiais utilizados foram: uma peça cilíndrica, micrômetro universal


com resolução de 0,01 mm, micrômetro digital e um paquímetro digital para
encontra as alturas dos cilindros da peça.

Figura 2 – Peça

A professora explicou a maneira correta de manejar o micrômetro,


ensinou como o zeramos e o procedimento de zerá-lo foi feito da seguinte
forma: fizemos com que a linha horizontal e o zero da bainha se coincidissem
com a linha e o zero do tambor. Após isso ela nos passou o seguinte roteiro
para a prática:
7

1º Medida de 10 pontos de cada diâmetro com o micrômetro analógico,


para encontra a Im (indicação média);
2º Usar o micrômetro digital para obter o valor verdadeiro do
mensurando (VV) em mm;
3º Usar o micrômetro digital para obter o VV em polegada milesimal;
4º Calcular erro aleatório e sistemático.
5º Usar o paquímetro digital para obtermos as alturas dos cilindros, para
podermos fazer a representação gráfica da peça.
Após orientações as medições foram feitas e os dados analisados, para
obtenção do erro sistemático e aleatório, conforme tabelas abaixo:

Indicações dos parâmetros que foram medidos

 Dados da medição do diâmetro A:


Medições(Ii) Diametro 'A' (mm) Ea
I1 14,5 0,047
I2 14,47 0,017
I3 14,44 -0,013
I4 14,45 -0,003
I5 14,45 -0,003
I6 14,45 -0,003
I7 14,45 -0,003
I8 14,44 -0,013
I9 14,44 -0,013
I10 14,44 -0,013
I MÉDIO 14,453
VV(mm) 14,51
Es -0,057
VV(polegada
milesimal) 0,573
Onde:
VV (mm) =Valor Verdadeiro em mm.
8

I(MÉDIO) = Im = indicação média


Es = Erro sistemático :
= − → = , − , ;
=− ,
Então;
Erro sistemático é de - 0,057mm.

Ea = Erro aleatório:
= −

 Ea1 = Erro aleatório da medição 1;


1= 1− → 1 = 14,5 − 14,453;
= ,
 Ea2 = Erro aleatório medição 2;
2= 2− → 2 = 14,47 − 14,453;
= ,
Ea3 = Erro aleatório 3;
3= 3− → 3 = 14,44 − 14,453;
=− ,
 Ea4 = Erro aleatório 4;
4= 4− → 4 = 14,45 − 14,453;
=− ,
 Ea5 = Erro aleatório 5;
5= 5− → 5 = 14,45 − 14,453;
=− ,
 Ea6 = Erro aleatório 6;
6= 6− → 6 = 14,45 − 14,453;
=− ,
 Ea7 = Erro aleatório 7;
7= 7− → 7 = 14,45 − 14,453;
=− ,
 Ea8 = Erro aleatório 8;
8= 8− → 8 = 14,44 − 14,453;
9

=− ,
 Ea9 = Erro aleatório 9;
9= 9− → 9 = 14,44 − 14,453;
=− ,
 Ea10 = Erro aleatório 10;
10 = 10 − → 10 = 14,44 − 14,453;
=− ,
Os erros aleatórios das indicações do diâmetro “A” variaram de -0,013 a
0,047 mm.
 VV (polegada milesimal) = Valor verdadeiro em polegada milesimal
é de 0,573”.
Imagens das medições:

Medição com micrômetro analógica Medição com micrômetro digital em mm e em polegada milesimal

 Dados da medição do diâmetro B:


Medições(Ii) Diametro 'B' (mm) Ea
I1 20,19 0,018
I2 20,19 0,018
I3 20,18 0,008
I4 20,15 -0,022
I5 20,19 0,018
I6 20,12 -0,052
I7 20,12 -0,052
I8 20,2 0,028
I9 20,19 0,018
I10 20,19 0,018
I MÉDIO 20,172
VV(mm) 20,13
Es 0,042
VV(polegada
milesimal) 0,792

Onde:
VV(mm) =Valor Verdadeiro em mm.
10

I(MÉDIO) = Im = indicação média


Es = Erro sistemático :
= − → = , − , ;
= ,
Então;
Erro sistemático é de 0,042 mm.

Ea = Erro aleatório:
= −

 Ea1 = Erro aleatório da medição 1;


1= 1− → 1 = 20,19 − 20,172;
= ,
 Ea2 = Erro aleatório medição 2;
2= 2− → 2 = 20,19 − 20,172;
= ,

 Ea3 = Erro aleatório 3;


3= 3− → 3 = 20,18 − 20,172;
= ,
 Ea4 = Erro aleatório 4;
4= 4− → 4 = 20,15 − 20,172;
=− ,
 Ea5 = Erro aleatório 5;
5= 5− → 5 = 20,19 − 20,172;
= ,
 Ea6 = Erro aleatório 6;
6= 6− → 6 = 20,12 − 20,172
=− ,

 Ea7 = Erro aleatório 7;


7= 7− → 7 = 20,12 − 20,172
=− ,
11

 Ea8 = Erro aleatório 8;


8= 8− → 8 = 20,2 − 20,172;
= ,
 Ea9 = Erro aleatório 9;
9= 9− → 9 = 20,19 − 20,172;
= ,

 Ea10 = Erro aleatório


10 = 10 − → 10 = 20,19 − 20,172;
= ,

Os erros aleatórios das indicações do diâmetro “B” variaram de -0,052 a


0,028 mm.
 VV (polegada milesimal) = Valor verdadeiro em polegada milesimal
é de 0,792”.
Imagens das medições:

Medição com micrômetro analógica Medição com micrômetro digital em mm e em polegada milesimal

 Dados da medição do diâmetro C:


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Medições(Ii) Diametro 'C' (mm) Ea


I1 13,93 0,00
I2 13,93 0,00
I3 13,91 -0,02
I4 13,94 0,01
I5 13,92 -0,01
I6 13,94 0,01
I7 13,93 0,00
I8 13,94 0,01
I9 13,93 0,00
I10 13,93 0,00
I MÉDIO 13,93
VV(mm) 13,89
Es 0,04
VV(polegada
milesimal) 0,55

Onde:
VV (mm) =Valor Verdadeiro em mm.
I(MÉDIO) = Im = indicação média
Es = Erro sistemático :
= − → = , − , ;
= ,
Então;
Erro sistemático é de 0,04 mm.

Ea = Erro aleatório:
= −

 Ea1 = Erro aleatório da medição 1;


1= 1− → 1 = 13,93 − 13,93;
=
 Ea2 = Erro aleatório medição 2;
2= 2− → 2 = 13,93 − 13,93;
=

 Ea3 = Erro aleatório 3;


3= 3− → 3 = 13,91 − 13,93;
=− ,
13

 Ea4 = Erro aleatório 4;


4= 4− → 4 = 13,94 − 13,93;
= ,
 Ea5 = Erro aleatório 5;
5= 5− → 5 = 13,92 − 13,93;
=− ,
 Ea6 = Erro aleatório 6;
6= 6− → 6 = 13,94 − 13,93;
= ,

 Ea7 = Erro aleatório 7;


7= 7− → 7 = 13,93 − 13,93;
=

 Ea8 = Erro aleatório 8;


8= 8− → 8 = 13,94 − 13,93;
= ,

 Ea9 = Erro aleatório 9;


9= 9− → 9 = 13,93 − 13,93;
=

 Ea10 = Erro aleatório


10 = 10 − → 10 = 13,93 − 13,93;
=

Os erros aleatórios das indicações do diâmetro “C” variaram de -0,02 a


0,01 mm.
 VV (polegada milesimal) = Valor verdadeiro em polegada milesimal
é de 0,55”.
Imagens das medições:
14

Medição com micrômetro analógica Medição com micrômetro digital em mm e em polegada milesimal

 Dados da medição do diâmetro D:


Medições(Ii) Diametro 'D' (mm) Ea
I1 19,91 -0,01
I2 20,02 0,10
I3 19,92 0,00
I4 19,93 0,01
I5 19,91 -0,01
I6 19,87 -0,05
I7 19,87 -0,05
I8 19,89 -0,03
I9 19,92 0,00
I10 19,95 0,03
I MÉDIO 19,919
VV(mm) 20,1
Es -0,181
VV(polegada
milesimal) 0,79

Onde:
VV (mm) =Valor Verdadeiro em mm.
I(MÉDIO) = Im = indicação média
Es = Erro sistemático :
= − → = , − , ;
=− ,
Então;
Erro sistemático é de -0, 181 mm.

Ea = Erro aleatório:
= −
15

 Ea1 = Erro aleatório da medição 1;


1= 1− → 1 = 19,91 − 19, 919;
=− ,
 Ea2 = Erro aleatório medição 2;
2= 2− → 2 = 20,02 − 19, 919;
= ,

 Ea3 = Erro aleatório 3;


3= 3− → 3 = 19,92 − 19, 919;
=
 Ea4 = Erro aleatório 4;
4= 4− → 4 = 19,93 − 19, 919;
= ,
 Ea5 = Erro aleatório 5;
5= 5− → 5 = 19,91 − 19, 919;
=− ,
 Ea6 = Erro aleatório 6;
6= 6− → 6 = 19,87 − 19,919;
=− ,

 Ea7 = Erro aleatório 7;


7= 7− → 7 = 19,87 − 19,919;
=− ,

 Ea8 = Erro aleatório 8;


8= 8− → 8 = 19,89 − 19,919;
=− ,

 Ea9 = Erro aleatório 9;


9= 9− → 9 = 19,92 − 19,919;
=

 Ea10 = Erro aleatório


10 = 10 − → 10 = 19,95 − 19,919;
= ,
16

Os erros aleatórios das indicações do diâmetro “D” variaram de -0,05 a


0,10 mm.
 VV (polegada milesimal) = Valor verdadeiro em polegada milesimal
é de 0,79”.
Imagens das medições:

Medição com micrômetro analógica Medição com micrômetro digital em mm e em polegada milesimal

 Dados da medição do diâmetro E:

Medições(Ii) Diametro 'E' (mm) Ea


I1 13,92 0,00
I2 13,93 0,01
I3 13,92 0,00
I4 13,94 0,02
I5 13,92 0,00
I6 13,91 -0,01
I7 13,93 0,01
I8 13,91 -0,01
I9 13,91 -0,01
I10 13,93 0,01
I MÉDIO 13,922
VV(mm) 13,91
Es 0,012
VV(polegada
milesimal) 0,5495
Onde:
VV (mm) =Valor Verdadeiro em mm.
I(MÉDIO) = Im = indicação média
Es = Erro sistemático :
= − → = , − , ;
= ,
Então;
Erro sistemático é de 0,012 mm.
17

Ea = Erro aleatório:
= −

 Ea1 = Erro aleatório da medição 1;


1= 1− → 1 = 13,92 − 13,922;
=
 Ea2 = Erro aleatório medição 2;
2= 2− → 2 = 13,93 − 13,922;
= ,

 Ea3 = Erro aleatório 3;


3= 3− → 3 = 13,92 − 13,922;
=
 Ea4 = Erro aleatório 4;
4= 4− → 4 = 13,94 − 13,922;
= ,
 Ea5 = Erro aleatório 5;
5= 5− → 5 = 13,92 − 13,922;
=
 Ea6 = Erro aleatório 6;
6= 6− → 6 = 13,91 − 13,922;
=− ,

 Ea7 = Erro aleatório 7;


7= 7− → 7 = 13,93 − 13,922;
= ,

 Ea8 = Erro aleatório 8;


8= 8− → 8 = 13,91 − 13,922;
=− ,

 Ea9 = Erro aleatório 9;


9= 9− → 9 = 13,91 − 13,922;
=− ,
18

 Ea10 = Erro aleatório;


10 = 10 − → 10 = 13,93 − 13,922;
= ,

Os erros aleatórios das indicações do diâmetro “E” variaram de -0,01 a


0,02 mm.
 VV (polegada milesimal) = Valor verdadeiro em polegada milesimal
é de 0,5495”.
Imagens das medições:

Medição com micrômetro analógica Medição com micrômetro digital em mm e em polegada milesimal

Após todas as medições executadas, a representação gráfica do


mensurando foi realizado no software AutoCAD 2017.

Representação gráfica em 3D do mensurando.


19

Vista frontal da peça

Vista lateral esquerda da peça


20

Vista lateral direita da peça


21

4. CONCLUSÃO

Aprendemos a manusear o micrômetro, a conhecer suas medidas, as


técnicas utilizadas e como ele é essencial em medições. Foi possível
perceber a eficiência do instrumento, que permite a leitura de
centésimos de milímetros, reduzindo os erros e as incertezas nas
medições.
22

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

INDUSTRIAHOJE – O que é micrômetro? Disponível em <


http://www.industriahoje.com.br/o-que-e-um-micrometro> Acesso em
25/jul/2017.

INTRODUÇÃO a Teoria de Erros. Disponível em<


http://www.fis.ita.br/labfis24/erros/errostextos/erros2.htm> Acesso em
12/jul/2017.

LIRA, Francisco Adval de. Metrologia na indústria. 8°edição.


Ed.Erica,2012.

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