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RESUMO MORFO E PI FISIOLOGIA

2016

SIDERLEU JUNIOR, MARIANA LIMA, FERNANDA LOPEZ, BRUNA BORSARI, MARINA BOZELI, VICTORIA NOGUEIRA ,
GABRIEL TOLEDO, GABRIEL BIANCHI, MARIANA PASSOS.
Sumário
Roteiro morfo 03/08 .......................................................................................................... 6

1) Anatomia ................................................................................................................... 6

2) Divisão do sistema nervoso com base em critérios anatômicos e funcionais ......... 19

3) Neurônio ................................................................................................................. 20

4) Células da glia ......................................................................................................... 23

5) Medula .................................................................................................................... 29

6) Lâmina medula espinhal. ........................................................................................ 30

7)Defina gânglio nervoso: ........................................................................................... 32

8)Histologia do gânglio nervoso: ................................................................................ 32

Roteiro PI 03/08 .............................................................................................................. 35

1)Compreender a estrutura da membrana plasmática e sua função. ........................... 35

2)Definir osmose ......................................................................................................... 35

3)Identificar e diferenciar os transportes passivo e ativo. ........................................... 35

4) ?? ............................................................................................................................. 37

5) O que acontece com uma hemácia submetida à cada uma das soluções de NaCl: 0,9%; 0,4% e 1,5%.
Existe movimentação na água? ................................................................................... 37

6) ?? ............................................................................................................................. 37

7)Defina o que é homeostasia ..................................................................................... 37

8) ?? ............................................................................................................................. 37

Roteiro morfo 10/08 ........................................................................................................ 37

1) 2)3)Anatomia ....................................................................................................... 37

3) Superfície Inferior do Sistema Nervoso Central .................................................... 37

Lobo frontal ............................................................................................................... 37

Lobo temporal: .......................................................................................................... 39

4) Anatomia ................................................................................................................. 71

5) O aluno deverá citar os 12 pares de cranianos e descrever a localização de seus núcleos. 87

6) Observe as lâminas contendo cortes histológicos dos órgãos do Sistema Nervoso Central – Cérebro e
Cerebelo. Identifique o córtex e a medula. O córtex, formado pela substância cinzenta é a camada mais
externa. A área central destes órgãos é preenchida pela substância branca. ............... 88
7) Você já identificou as substâncias branca e cinzenta no cérebro e cerebelo. Agora, descreva a
composição celular destas 2 regiões............................................................................ 92

8) Lâmina língua. ........................................................................................................ 93

9) Defina: sarcolema, sarcoplasma, retículo sarcoplasmático, sistema de túbulos transversais, sarcômeros e


placa motora. Como estas estruturas participam da contração do músculo esquelético.93

Roteiro PI 10/08 .............................................................................................................. 94

1- Qual a resposta que ocorre quando há ativação dos nervos parassimpáticos sobre as fibras
circulares do esfíncter pupilar? Como se denomina? ............................................ 94

2-Qual resposta ocorre quando há a estimulação dos nervos autônomos simpáticos sobre as fibras radiais
presentes no esfíncter pupilar? Como se denomina? .................................................. 94

3-Compreender a função do Reflexo Patelar.

97

4-Descrever o processo molecular do mecanismo de contração muscular ( o citoesqueleto tem um papel


fundamental nesse processo). ...................................................................................... 98

5-Descrever o papel do retículo sarcoplasmático e dos íons cálcio no processo de contração muscular.
..................................................................................................................................... 98

6-Descrever o processo de liberação dos neurotransmissores. ................................... 99

7-Listar os componentes de um arco reflexo. ............................................................. 99


8-De acordo com a figura do Homúnculo e as avaliações realizadas, em quais locais a distancia de apenas
alguns milímetros de dois estímulos já é suficiente para que possamos distingui-los? Quais locais do nosso
corpo a distancia tem que ser aumentada para percebermos estímulos? Por que isso ocorre? 100

10) Listar os efeitos do sistema nervoso autônomo parassimpático e do sistema nervoso autônomo
simpático sobre as seguintes estruturas? ................................................................... 101

10) Listar os efeitos do Sistema Periférico Autônomo Parassimpático e do Sistema Nervoso Autônomo
Simpático sobre as seguintes estruturas ou órgãos ................................................... 104

Roteiro morfo 17/08 ...................................................................................................... 104

1)Anatomia ................................................................................................................ 104

2) Lâmina .................................................................................................................. 124

3)Descrever os meios diagnósticos para avaliação da área cardíaca ........................ 126

4) Imagens de Raio x e Tomografia .......................................................................... 127

Roteiro PI 17/08 ............................................................................................................ 129

1-Compreenda a estrutura das células do musculo estriado cardíaco ....................... 129

2- Defina as junções comunicantes e relacione o seu papel nas células musculares cardíacas. Relacione as
mesmas com os discos intercalares. .......................................................................... 131

3- Qual o papel da movimentação dos íons Na +, Ca+, e K+ no potencial de ação da célula do coração e
como atravessam a membrana celular. ...................................................................... 131

4- Defina ciclo cardíaco. ........................................................................................... 132

5- Ondas produzidas pelo ECG: ................................................................................ 132

6- Relacione a duração total do ciclo cardíaco com a frequência cardíaca. .............. 133

7- Descreva o controle do Sistema Nervoso Autônomo sobre o coração. ........... 133

5) O eletrocardiograma registra os potenciais elétricos gerados pelo impulso cardíaco e, assim, ondas são
produzidas: onda P, complexo QRS e onda T. Relate quando cada onda é produzida e qal período do ciclo
cardíaco ocorrerá imediatamente após a sua formação. ............................................ 134

7) Descreva o controle do Sistema Nervoso Autônomo sobre o coração. ................ 136

Roteiro morfo 24/08 ...................................................................................................... 137

1)Anatomia ................................................................................................................ 137

2)Descrever a circulação renal a partir da artéria renal até a volta do sangue pela veia renal. 152

3) Descrever os limites do trígono da bexiga ............................................................ 154

4) Reconheça as regiões do rim; o néfron e seus componentes. ............................... 155


5) Focalize a lâmina no 13 ou 37 do Rim (H.E.). Identifique nas objetivas de menor aumento: 156

6) Lâmina 14= Bexiga ............................................................................................... 160

7 Identificar em uma radiografia simples do absome em AP (antero-posterior), as seguintes projeções:


................................................................................................................................... 161

8) Identificar as estruturas anatômicas do Sistema Urinário em um exame contrastado das Vias Urinárias
(UGE - Urografia Excretora)..................................................................................... 163

Roteiro PI 24/08 ............................................................................................................ 164

1)Resultados .............................................................................................................. 164

2) Relate os três processos renais que determinam a composição da urina e a função de cada um. 165

3) Qual a variação fisiológica do pH da urina? Por que há esta variação? ............... 165

4) Qual homônio controla a concentração urinária? onde é produzido e secretado? 166

Roteiro morfo 31/08 ...................................................................................................... 166

1)Anatomia ................................................................................................................ 166

TRAQUÉIA: ................................................................................................................. 166

1. Superfície anterior ........................................................................................... 167

Superfície posterior : em contato com a superfície anterior do esôfago em todo seu trajeto. 167

Superfície lateral ..................................................................................................... 167

Brônquios ...................................................................................................................... 169

BRONQUIOLOS .......................................................................................................... 170

PULMÃO ...................................................................................................................... 171

Cavidade torácica .......................................................................................................... 176

PLEURA ....................................................................................................................... 177

Pleura parietal se divide em ...................................................................................... 177

2) Cavidade Torácica: ............................................................................................... 200

3) Anatomia do nariz e seios da face......................................................................... 209

4) Focalize a lâmina no 10 do Pulmão (H.E). ........................................................... 211

Os alvéolos pulmonares são pequenas estruturas encontradas nos sacos alveolares, ductos alveolares e
bronquíolos respiratórios, constituindo a última porção da árvore brônquica, sendo os responsáveis pela
estrutura de aspecto esponjoso do parênquima pulmonar. São pequenas bolsas, morfologicamente
semelhantes a um favo de mel, abertas de um dos lados, possuindo uma parede altamente vascularizada.
Esta última é comum a dois alvéolos vizinhos, dando origem ao septo interalveolar que consiste em duas
camadas de penumócitos (principalmente do tipo II), separadas pelo interstício de tecido conjuntivo com
fibras reticulares e elásticas, substância fundamental e células do tecido conjuntivo, e capilares. 219

É neste compartimento que ocorre a hematose pulmonar. O ar ali presente, é separado do sangue capilar
por quatro membranas; são elas: o citoplasma do pneumócito tipo I, a lâmina basal desta célula, a lâmina
basal do capilar e o citoplasma da célula endotelial. O oxigênio do ar alveolar passa para o sangue capilar
através deste conjunto de membranas; o gás carbônico irá se difundir em direção contrária. Estima-se que
os pulmões contenham aproximadamente 300 milhões de alvéolos, aumentando de forma considerável a
superfície de trocas gasosas....................................................................................... 219

Células endoteliais dos capilares ............................................................................ 219

Pneumócitos tipo II ................................................................................................. 220

5) Radiografia de tórax .............................................................................................. 221

Roteiro PI 31/08 ............................................................................................................ 224

1)Relate todos os músculos envolvidos na mecânica respiratória, assim como seus movimentos durante a
inspiração e expiração. .............................................................................................. 224

2) Pressões que causam a movimentação do ar para os pulmões.............................. 225

3)Esquematize o diagrama dos quatro volumes pulmonares (volume corrente/volume de reserva


inspiratória/volume de reserva expiratório/volume residual).................................... 228

4) Descrever o significado de cada volume pulmonar e de cada capacidade pulmonar.228

5) Definir hematose e caracterizar o tipo de transporte associado a este processo ... 229
Roteiro morfo 03/08

1) Anatomia
2) Divisão do sistema nervoso com base em critérios anatômicos e funcionais

O sistema nervoso central é aquele localizado dentro do esqueleto axial (cavidade craniana e canal
vertebral); o sistema nervoso periférico é aquele que se localiza fora deste esqueleto. O encéfalo é a parte do
sistema nervoso central situado dentro do crânio neural; e a medula é localizada dentro do canal vertebral. O
encéfalo e a medula constituem o neuro-eixo. No encéfalo temos cérebro, cerebelo e tronco encefálico.
Pode-se dividir o sistema nervoso em sistema nervoso da vida de relação, ou somático e sistema nervoso da
vida vegetativa, ou visceral. O sistema nervoso da vida de relação é aquele que se relaciona com organismo
com o meio ambiente. Apresenta um componente aferente e outro eferente.

O componente aferente conduz aos centros nervosos impulsos originados em receptores periféricos,
informando-os sobre o que passa no meio ambiente. O componente eferente leva aos músculos estriados
esqueléticos o comando dos centros nervosos resultando em movimentos voluntários.

O sistema nervoso visceral é aquele que se relaciona com a inervação e com o controle das vísceras. O
componente aferente conduz os impulsos nervosos originados em receptores das vísceras a áreas especificas
do sistema nervoso. O componente eferente leva os impulsos originados em centros nervosos até as vísceras.
Este componente eferente é também denominada de sistema nervoso autônomo e pode ser dividido em
sistema nervoso simpático e parassimpático.

3) Neurônio
Neurônio: É a célula nervosa que é responsável pela condução do impulso nervoso, possui a capacidade de
responder aos estímulos do meio, como a luz e o calor, através de alterações da diferença de potencial
elétrico existente entre as superfícies interna e externa de sua membrana plasmática (Despolarização e
repolarização da membrana), se propagando ao longo da célula e de seus prolongamentos. Aqueles que
contêm fibras que levam as informações do sistema nervoso central para a periferia são nervos eferentes ou
motores. Os que conduzem os impulsos nervosos da periferia para o encéfalo, são nervos aferentes ou
sensoriais.

Corpo Celular, Dendritos e Axônios: O neurônio é formado por um corpo celular denominado pericário,
de onde partem os prolongamentos e que acomoda o núcleo do neurônio, dendritos, prolongamentos
numerosos responsáveis por receber os estímulos do ambiente, células epiteliais sensoriais e outros
neurônios, e o axônio, um prolongamento único condutor dos impulsos nervosos à outras células.

Bainha de mielina: função principal da bainha de mielina é o isolamento elétrico de um axônio no


momento do potencial de ação, isolamento o qual, ocorre devido a sua composição altamente lipídica. O
deslocamento desse potencial é realizado de forma saltatória de um nódulo de Ranvier a outro, constituindo
assim o Mecanismo de Propagação Saltatória do impulso nervoso, sistema essencial devido a sua rapidez de
transmissão nervosa,esta agilidade de comunicação não ocorrre em fibras amielínicas.
Uma região que mostra claramente a mielina destruída é chamada lesão ou placa. A esclerose múltipla é
uma doença causada pela perda da bainha de mielina (desmielinização) dos neurônios.

Podemos encontrar na bainha de mielina fendas, conhecidas como incisuras de Schimdt – Lanternamm, as
quais podemos dizer serem áreas defeituosas da mileina, aonde permaneceu algum citoplasma durante o
processo de espiralização, não completando o total empacotamento da membrana.
Nódulos de Ranvier.: A bainha de mielina não é contínua, pois ela apresenta intervalos reguladores,
formando os nódulos de Ranvier.

Propagação do impulso nervoso, Despolarização e repolarização da membrana:

Polarização: Num estado de repouso (ausência de estímulos) a superfície interna da membrana celular do
neurónio encontra-se carregada negativamente em relação à superfície externa da membrana, que se
encontra carregada positivamente. A diferença de potencial elétrico entre as duas faces da membrana
(potencial de membrana) deve-se, principalmente, à distribuição desigual dos ions de sódio (Na+) e potássio
(K+) dentro e fora do neurónio, por ação da bomba de sódio e potássio (bomba Na+/K+). Nestas condições
o neurónio tem um potencial de repouso.

Despolarização: Quando o neurónio recebe um estímulo, a polaridade da membrana celular é trocada,


devido à passagem do impulso nervoso, e o neurónio passa a ter um potencial de ação.

Repolarização: Após a passagem do impulso nervoso, a membrana celular volta ao seu estado inicial
polarizado e o neurónio retoma ao seu estado de repouso - potencial de repouso.

Mecanismo: A membrana plasmática do neurônio transporta alguns íons ativamente, do líquido extracelular
para o interior da fibra, e outros, do interior, de volta ao líquido extracelular. Assim funciona a bomba de
sódio e potássio, que bombeia ativamente o sódio para fora, enquanto o potássio é bombeado ativamente
para dentro. Porém esse bombeamento não é equitativo: para cada três íons sódio bombeados para o líquido
extracelular, apenas dois íons potássio são bombeados para o líquido intracelular. Como a saída de sódio não
é acompanhada pela entrada de potássio na mesma proporção, estabelece-se uma diferença de cargas
elétricas entre os meios intra e extracelular: há déficit de cargas positivas dentro da célula e as faces da
membrana mantêm-se eletricamente carregadas. O potencial negativo criado no interior da fibra nervosa
devido à bomba de sódio e potássio é chamado potencial de repouso da membrana, ficando o exterior da
membrana positivo e o interior negativo. Dizemos, então, que a membrana está polarizada.

Ao ser estimulada, uma pequena região da membrana torna-se permeável ao sódio (abertura dos canais de
sódio). Como a concentração desse íon é maior fora do que dentro da célula, o sódio atravessa a membrana
no sentido do interior da célula. A entrada de sódio é acompanhada pela pequena saída de potássio. Esta
inversão vai sendo transmitida ao longo do axônio, e todo esse processo é denominado onda de
despolarização. Imediatamente após a onda de despolarização ter-se propagado ao longo da fibra nervosa, o
interior da fibra torna-se carregado positivamente, porque um grande número de íons sódio se difundiu para
o interior e uma pequena quantidade de potássio saiu.

Essa positividade determina a parada do fluxo de íons sódio para o interior da fibra, fazendo com que a
membrana se torne novamente impermeável a esses íons. Por outro lado, a membrana torna-se ainda mais
permeável ao potássio, que migra para o meio interno. Devido à alta concentração desse íon no interior,
muitos íons se difundem, então, para o lado de fora. Isso cria novamente eletronegatividade no interior da
membrana e positividade no exterior – processo chamado repolarização, pelo qual se reestabelece a
polaridade normal da membrana.
4) Células da glia
Células da glia: As células da glia fazem parte do sistema nervoso. São células auxiliares que possuem a
função de suporte ao funcionamento do sistema nervoso central (SNC). Estima-se que haja no SNC 10
células glia para cada neurônio, mas devido ao seu reduzido tamanho, elas ocupam a metade do volume do
tecido nervoso. Elas diferem em forma e função e são elas: oligodendrócitos, astrócitos, células de Schwann,
células ependimárias e micróglia. Para cada neurônio há uma proporção de 10 células da glia.

Oligodendrócitos: Os oligodendrócitos são as células da neuróglia, responsáveis pela formação, e


manutenção das bainhas de mielina dos axônios, no SNC (sistema nervoso central). Em suas características
físicas os oligodendrócitos mostram-se um corpo celular arredondado e pequeno, com poucos
prolongamentos, curtos, finos e pouco ramificados, o colesterol é uma das substâncias mais importante da
bainha.

Células de Schwann: São células da neuroglia que atuam no Sistema Nervoso Periférico para a formação de
bainha de mielina nos axônios periféricos, também estão relacionadas à regeneração de fibras nervosas. Ao
enrolar-se em volta do axónio, as camadas de membrana bifosfolipidica ficam praticamente em contacto
uma com a outra, em forma de "fatia de cebola" com o axónio no centro.

OBS: apenas um oligodendrócito contribui para formação de mielina em vários neurônios ao contrario
da célula de Schwann que mieliniza apenas um axônio.
Astrócitos: Os astrócitos são células da neuróglia, são as mais abundantes do sistema nervoso central e são
as que possuem as maiores dimensões, possuem um formato de estrela. Existem dois tipos de astrócitos: os
protoplasmásticos e os fibrosos. Os protoplasmásticos predominam na substância cinzenta, têm
prolongamentos mais numerosos, curtos, delicados e ramificados que os dos fibrosos, no qual predominam
na substância branca. Os astrócitos, desempenham funções muito importantes, como a sustentação e a
nutrição dos neurônios.

1- As fibrilas gliais são proteínas dos astrócitos têm função de sustentação mecânica: os astrócitos e seus
prolongamentos constituem uma trama ancorada nos vasos, na qual se apóiam os neurônios e outras células.

2-Os prolongamentos astrocitários recobrem a superfície externa dos vasos, desde artérias e veias até
capilares. A interação dos astrócitos com as células endoteliais dos capilares é essencial para a modificação
destas, para constituir a barreira hemo-encefálica.

3- Na substância cinzenta os prolongamentos dos astrócitos protoplasmáticos envolvem os neurônios,


mantendo um microambiente adequado às funções metabólicas destes.

4- Os prolongamentos dos astrócitos protoplasmáticos funcionariam como isolantes elétricos de certas


sinapses, impedindo que a difusão de neurotransmissores excite indesejavelmente sinapses vizinhas.

5- Astrócitos captam neurotransmissores liberados e facilitam o retorno dos precursores aos neurônios para
reutilização.

OBS: Muitos prolongamentos dos dois tipos de astrócito terminam em vasos sangüíneos por uma expansão
à maneira de trombeta, o pé sugador.
Microglia: A micróglia é a menor célula da neuróglia, que constitui o sistema nervoso humano. Elas
possuem elevado poder fagocitário e atuam na defesa do sistema nervoso, A micróglia é, normalmente, uma
célula alongada, mas que sofre retração de seus prolongamentos. Quando um neurônio morre acometido por
um vírus, como na poliomielite, as células microgliais fagocitam ativamente os restos necróticos, formando
um pequeno nódulo glial. Esse fenômeno é denominado neuronofagia.

Quando ativadas, retraem os prolongamentos, assumindo atividade fagocítica e apresentadora de antígeno,


atuando, assim, na inflamação e reparação do tecido nervoso. Localizam-se tanto na substância branca
quanto na cinzenta, e secretam citocinas.
Células Ependimárias: Ependimócitos ou células ependimárias são células cubóides ou prismáticas, são
células epiteliais colunares que revestem os ventrículos do cérebro( cavidade essa compreendida entre
o cerebelo e ponte, bulbo e parte do mesencéfalo) e o canal central da medula espinhal. Em algumas regiões,
estas células são ciliadas, facilitando a movimentação do líquido cefalorraquidiano.
5) Medula

Subst. Branca e cinzenta na Medula

Na medula, a substância cinzenta localiza-se por dentro da branca e apresenta a forma de uma borboleta, ou
de um “H”. Nela distinguimos de cada lado, três colunas que aparecem nos cortes como cornos e que são as
colunas anterior, posterior e lateral. A coluna lateral só aparece na medula torácica e parte da medula
lombar. No centro da substância cinzenta localiza-se o canal central da medula.

A substância cinzenta é formada por uma grande quantidade de corpos celulares de neurônios. Já a
substância branca é formada por uma porção de prolongamentos de neurônios, em especial os axônios.
Como os axônios de alguns neurônios apresentam-se envolvidos por mielina, essa substância dá um aspecto
esbranquiçado à substância branca no qual é formado pelos oligodendrócitos já que ele é responsável pela
bainha de mielina do sistema nervoso central
6) Lâmina medula espinhal.
Na substância cinzenta os corpos celulares de neurônios, os núcleos das células da glia e as fibras nervosas -
não é preciso diferenciar os tipos de células da glia.

Na substância branca há fibras mielínicas e axônios.

O corte de medula espinal apresenta 2 regiões distintas: a substância cinzenta, central, em forma de H ou
borboleta, e a substância branca, periférica. Substância branca = é constituída de fibras nervosas mielínicas
(axônio + bainha de mielina). Substância cinzenta é constituída por corpos celulares e células da glia.
7)Defina gânglio nervoso:
gânglios nervosos são acúmulos de corpos celulares de neurônios situados fora do sistema nervoso central.

8)Histologia do gânglio nervoso:

Definir fibras nervosas mielínicas, amielínicas e nervos

Fibras nervosas: uma fibra nervosa compreende um axônio e, quando presente, seu envoltório de origem
glial. O principal envoltório das fibras nervosas é a bainha de mielina (camadas de substâncias de lipídeos e
proteína), que funciona como isolamento elétrico. Quando envolvidos por bainha de mielina, os axônios são
denominados fibras nervosas mielínicas. Na ausência de mielina as fibras são denominadas de amielínicas.
Ambos os tipos ocorrem no sistema nervoso central e no sistema nervoso periférico, sendo a bainha de
mielina formada por células de Schwann, no periférico e no central por oligodendrócitos. A bainha de
mielina permite uma condução mais rápida do impulso nervoso e, ao longo dos axônios, a condução é do
tipo saltatória, ou seja, o potencial de ação só ocorre em estruturas chamadas de nódulos de Ranvier.

Nervos: após sair do tronco encefálico, da medula espinhal ou dos gânglios sensitivos, as fibras nervosas
motoras e sensitivas reúnem-se em feixes que se associam a estruturas conjuntivas, constituindo nervos
espinhais e cranianos.
Capsula de tecido conjuntivo que delimita externamente a estrutura;

Neurônios (corpos celulares) envolvidos por células satélites;

Fibras nervosas.
Roteiro PI 03/08
1)Compreender a estrutura da membrana plasmática e sua função.
Separa o meio intracelular do extracelular e é a principal responsável pelo controle da penetração e saída de
substâncias da célula. A espessura da membrana plasmática não é visível ao microscópio óptico, só podendo
ser vista no microscópio eletrônico.
O volume das células se altera de acordo com a concentração das soluções em que elas são colocadas.
A membrana plasmática é responsável pela manutenção da constância do meio intracelular, que é diferente
do meio extracelular.
Devido a presença de receptores específicos, a membrana tem a capacidade de reconhecer outras células e
diversos tipos de moléculas.
Muitos sistemas enzimáticos encontram-se presos ás membranas, o que possibilita uma ordenação
sequencial da atividade de cada enzima, aumentando a eficiência do sistema. As moléculas enzimáticas
fixam-se ás membranas numa sequencia que o produto de uma enzima é processado pela enzima ao lado, e
assim, suscetivelmente, até a obtenção do produto final da cadeia enzimática.
A membrana plasmática é constituída principalmente de de lipídios, proteínas e hidratos de carbono.

2)Definir osmose
Processo de movimento efetivo da água, causado pela diferença de concentração da própria água, a qual
atravessa a membrana celular no sentido de equilibrar a concentração dentro e fora da célula. É um tipo de
transporte passivo (difusão simples).

3)Identificar e diferenciar os transportes passivo e ativo.


O transporte passivo ocorre sempre a favor do gradiente, no sentido de igualar as concentrações nas duas
faces da membrana, ou seja, é o movimento molecular aleatório de substâncias, molécula a molécula,
através dos espaços intramoleculares da membrana ou em combinação com uma proteína transportadora. A
energia causadora da difusão é a energia da movimentação cinética normal da matéria. Pode ser: difusão
simples e difusão facilitada.
- Difusão simples: o movimento cinético das moléculas ou dos íons corre através de abertura na membrana
ou através dos espaços intermoleculares, sem que ocorra qualquer interação com as proteínas
transportadoras da membrana. A intensidade da difusão é determinada pela quantidade de substância
disponível, pela velocidade do movimento cinético, e pelo número e tamanho das aberturas na membrana,
pelas quais as moléculas e os íons podem se mover.
A difusão simples pode ocorrer através da membrana celular por duas vias: interstícios da bicamada lipídica,
no caso da substância que se difunde ser lipossolúvel, e pelos canais aquaporinas que penetram por toda a
espessura da membrana, por meio de alguma das grandes proteínas transportadoras.
- Difusão facilitada: necessita de uma interação com uma proteína transportadora. Essa proteína ajuda a
passagem de moléculas ou dos íons, através da membrana, por meio de ligação química com eles,
transportando-os dessa forma em movimentos de vaivém através da membrana.
Já o transporte ativo significa o movimento dos íons ou de outras substâcias, através da membrana em
combinação com uma proteína transportadora, de modo tal que a proteína transportadora faz com que a
substância se mova em direção oposta à de um gradiente de energia, como passando de um estado de baixa
concentração para um estado de alta concentração. Esse movimento requer uma fonte adicional de energia,
além da energia cinética.
O transporte ativo pode ser dividido em: primário e secundário.
- Transporte ativo primário: bomba de sódio e potássio
As substancias transportadas por esse processo são o sódio, o potássio, o cálcio, o hidrogênio, o cloreto e
outros íons.
A bomba de sódio e potássio bombeia íons de sódio para fora, através da membrana celular e ao mesmo
tempo bombeia íons potássio de fora para dentro. Essa bomba é responsável pela manutenção das diferenças
de concentração entre o sódio e o potássio através da membrana celular, bem como o estabelecimento da
voltagem elétrica negativa dentro das células.
A proteína transportadora tem duas proteínas globulares distintas: alga e beta. A célula alfa contem três
locais receptores para a ligação de íons sódio na porção da proteína que se projeta para dentro da célula; ela
contém dois locais receptores para os íons potássio na sua porção externa; a porção interna dessa proteína,
perto do local de ligação do sódio, tem a atividade ATPase.
Quando dois íons potássio se ligam à parte externa da proteína transportadora e 3 íons sódio se ligam à parte
interna, a função de ATPase da proteína é ativada. Isso cliva uma molécula de ATP, gerando uma ADP.
Com essa energia liberada, a molécula extruda os 3 íons sódio para fora e os 2 íons potássio para dentro.

- Transporte ativo secundário: cotransporte e contratransporte


Cotransporte: o sódio é transportado para fora da célula, por transporte ativo primário, o que gera um grande
gradiente de concentração dos íons sódio no meio extracelular. Esse gradiente representa reservatório de
energia, pois o excesso de sódio está tentando difundir para o meio intracelular. Sob condições apropriadas,
essa energia da difusão do sódio empurra outras substancias junto com ele. Para que essa substancia vá junto
com o sódio é necessário uma proteína transportadora.
Contratransporte: os íons sódio tentam novamente atravessar para o meio intracelular. Porém, a substância a
ser transportada está no meio intracelular e deve ser transportada para o meio extra. Com isso, o íon sódio se
liga à proteína transportadora onde se projeta para o exterior da membrana, enquanto a substancia a ser
contratransportada se liga à projeção da proteína transportadora no interior da célula. Quando ambos se
ligaram, corre alteração conformacional, e a energia liberada pelo sódio, faz com q a outra substancia seja
transportada para o exterior e ele pra o interior.
4) ??
5) O que acontece com uma hemácia submetida à cada uma das soluções de NaCl: 0,9%; 0,4% e 1,5%.
Existe movimentação na água?
A solução de NaCl 0,9% é isotônica e portanto a hemácia submetida a ela apresenta morfologia normal, sem
alterações. A solução de NaCl 0,4% é hipotônica, nela a hemácia apresenta-se túrgida devido à entrada de
agua na célula. A solução de NaCl 1,5% é hipertônica, provocando a saída de água da hemácia, que assim
apresenta volume reduzido. Há movimentação de água, pois quando dois meios possuem tonicidades
diferentes, a tendência é que o solvente atravesse a membrana em direção à solução de maior tonicidade, até
que haja um equilíbrio de forças.

6) ??
7)Defina o que é homeostasia
Manutenção de condições quase constantes no meio interno. Todos os órgãos e tecidos do corpo humano
executam funções que contribuem para manter essas condições relativamente constantes. Todos os sistemas
contribuem para a homeostasia.
8) ??

Roteiro morfo 10/08


1) 2)3)Anatomia
ROTEIRO 03/08

3) Superfície Inferior do Sistema Nervoso Central

Lobo Temporal Lobo Frontal

Lobo frontal
1. Sulco olfatório  direção ântero-posterior;
2. Sulcos orbitários

3. Giro Orbitário
4. Giro reto
Lobo temporal: na face inferior do lobo temporal encontramos:

1. Giro Temporal Inferior


2. Giro Occipito-temporal Lateral:
3. Giro Occipito-temporal Medial:
4. Giro Para-hipocampal:
5. Úncus  parte anterior do Giro Para-Hipocampal que se curva em torno do sulco do hipocampo
6. Istmo do giro do cíngulo giro estreito que liga o giro do cinguo ao giro para hipocampal
O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, e uma pequena linha mediana
situada na porção anterior do III ventrículo.

Os dois hemisférios cerebrais são incompletamente separados pela fissura longitudinal do cérebro, cujo o
assoalho é formado por uma larga faixa de fibras comissurais, denominada corpo caloso, principal meio de
união entre os dois hemisférios. Os hemisférios possuem cavidades, os ventrículos laterais direito e
esquerdo, que se comunicam com o III ventrículo pelos forames interventriculares.
Cada hemisfério possui três pólos: Frontal, Occipital e Temporal; e três faces: Súpero-lateral (convexa);
Medial (plana); e Inferior ou base do cérebro (irregular), repousando anteriormente nos andares anterior e
médio da base do crânio e posteriormente na tenda do cerebelo.

Sulcos e Giros:

Durante o desenvolvimento embrionário, quando o tamanho do encéfalo aumenta rapidamente, a substância


cinzenta do córtex aumenta com maior rapidez que a substância branca subjacente. Como resultado, a região
cortical se enrola e se dobra sobre si mesma. Portanto, a superfície do cérebro do homem e de vários animais
apresenta depressões denominadas sulcos, que delimitam os giros ou circunvoluções cerebrais. A existência
dos sulcos permite considerável aumento do volume cerebral e sabe-se que cerca de dois terços da área
ocupada pelo córtex cerebral estão “escondidos” nos sulcos.
Em qualquer hemisfério, os dois sulcos mais importantes são o sulco lateral e o sulco central.
Sulco Lateral: é o sulco que separa o lobo frontal do lobo temporal. Ele é subdividido em ascendente,
anterior e posterior.

Sulco Central: separa o lobo parietal do frontal. O sulco central é ladeado por dois giros paralelos, um
anterior, giro pré-central, e outro posterior, giro pós-central. As áreas situadas adiante do sulco central
relacionam-se com a MOTRICIDADE, enquanto as situadas atrás deste sulco relacionam-se com a
SENSIBILIDADE.

Outro sulco importante situado no telencéfalo, na face medial, é o Sulco Parieto-occipital, que separa o
lobo parietal do occipital.

Os lobos cerebrais recebem o nome de acordo com a sua localização em relação aos ossos do crânio.
Portanto, temos cinco lobos: Frontal, Temporal, Parietal, Occipital e o Lobo da Ínsula, que é o único
que não se relaciona com nenhum osso do crânio, pois está situado profundamente no sulco lateral.
A divisão dos lobos não corresponde muito a uma divisão funcional, exceto pelo lobo occipital que parece
estar relacionado somente com a visão.

O lobo frontal está localizado acima do sulco lateral e adiante do sulco central. Na face medial do cérebro, o
limite anterior do lobo occipital é o sulco parieto-occipital. Na sua face súpero-lateral, este limite é
arbitrariamente situado em uma linha imaginaria que se une a terminação do sulco parieto-occipital, na
borda superior do hemisfério, à incisura pré-occipital, situada na borda ínfero-lateral, cerca de 4 cm do pólo
occipital. Do meio desta linha imaginaria parte uma segunda linha imaginaria em direção no ramo posterior
do sulco lateral e que, juntamente com este ramo, limita o lobo temporal do lobo parietal.

Face Súpero-lateral:
Lobo Lobo Lobo Lobo Lobo da
Frontal Temporal Parietal Occipital Ínsula

Lobo Frontal:

Sulcos:
Sulco Pré-central: mais ou menos paralelo ao sulco central.
Sulco Frontal Superior: inicia-se na porção superior do sulco pré-central e dirigi-se anteriormente no lobo
frontal. É perpendicular a ele.
Sulco Frontal Inferior: partindo da porção inferior do sulco pré-central, dirige-se para frente e para baixo.

Giros:
Giro Pré-central: localiza-se entre o sulco central e o sulco pré-central. Neste giro se localiza a área motora
principal do cérebro (córtex motor).
Giro Frontal Superior: localiza-se acima do sulco frontal superior.
Giro Frontal Médio: localiza-se entre o sulco frontal superior e inferior.
Giro Frontal Inferior: localiza-se abaixo do sulco frontal inferior. O giro frontal inferior do hemisfério
esquerdo é o centro cortical da palavra falada
Lobo Temporal:

Sulcos:
Sulco Temporal Superior: inicia-se próximo ao pólo temporal e dirige-se para trás paralelamente ao ramo
posterior do sulco lateral, terminando no lobo parietal.
Sulco Temporal Inferior: paralelo ao sulco temporal superior é geralmente formado por duas ou mais
partes descontinuas.

Giros:
Giro Temporal Superior: localiza-se entre o sulco lateral e o sulco temporal superior.
Giro Temporal Médio: localiza-se entre os sulcos temporal superior e o temporal inferior.
Giro Temporal Inferior: localiza-se abaixo do sulco temporal inferior e se limita com o sulco occípito-
temporal.
Afastando-se os lábios do sulco lateral, aparece o seu assoalho, que é parte do giro temporal superior. A
porção superior deste assoalho é atravessada por pequenos giros transversais, os giros temporais transversos,
dos quais o mais evidente é o giro temporal transverso anterior. Esse é importante pois se localiza o centro
cortical da audição.

Lobo Parietal:

Sulcos:
Sulco Pós-central: localiza-se posteriormente ao giro pós-central. É paralelo ao sulco central.
Sulco Intraparietal: geralmente localiza-se perpendicular ao sulco pós-central (com o qual pode estar
unido) e estende-se para trás para terminar no lobo occipital.

Diferentemente dos outros lobos, o lobo parietal apresenta um giro e dois lóbulos:
Giro Pós-central: localiza-se entre o sulco central e o sulco pós-central. É no giro pós-central que se
localiza uma das mais importantes áreas sensitivas do córtex, a área somestésica.
Lóbulo Parietal Superior: localiza-se superiormente ao sulco intra-parietal.
Lóbulo Parietal Inferior: localiza-se inferiormente ao sulco intraparietal. Neste, descrevem-se dois giros: o
giro supramarginal, curvando em torno da extremidade do ramo posterior do sulco lateral, e o giro angular,
curvando em torno da porção terminal e ascendente do sulco temporal superior.

Lobo Occipital:

O lobo occipital ocupa uma porção relativamente pequena da face súpero-lateral do cérebro, onde apresenta
pequenos sulcos e giros irregulares e inconstantes. Os principais sulcos e giros desse lobo são visualizados
na face medial do cérebro.

Lobo da Ínsula:

O lobo da ínsula é visualizado afastando-se os lábios do sulco lateral. A ínsula tem forma cônica e seu ápice,
voltado para baixo e para frente, é denominado de límen da ínsula.
Sulco Central da Ínsula: parte do sulco circular, na porção superior da ínsula, e dirige-se no sentido antero-
inferior. Divide a ínsula em duas partes: giros longos e giros curtos.
Sulco Circular da Ínsula: circunda a ínsula na sua borda superior.

Giros:

Giros Longos da Ínsula: estão localizados posteriormente ao sulco central da ínsula.

Giros Curtos da Ínsula: estão localizados anteriormente ao sulco central da ínsula.

RESUMO DOS GIROS DA FACE SÚPERO-LATERAL DO CÉREBRO


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

FACE SÚPERO-LATERAL DO CÉREBRO


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

LOBO DA ÍNSULA

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Face Medial:

Corpo Caloso
Lobo Frontal Lobo Occipital
Fórnix
Lobo Parietal
Septo Pelúcido
Corpo Caloso, Fórnix e Septo Pelúcido:

Corpo Caloso: é a maior das comissuras inter-hemisféricas. É formado por um grande número de fibras
mielínicas que cruzam o plano sagital mediano e penetram de cada lado no centro branco medular do
cérebro, unindo áreas simétricas do córtex de cada hemisfério. Em corte sagital do cérebro, podemos
identificar as divisões do corpo caloso: uma lâmina branca arqueada dorsalmente, o tronco do corpo caloso,
que se dilata posteriormente no esplênio do corpo caloso e se flete anteriormente em direção da base do
cérebro para constituir o joelho do corpo caloso. Este se afina para formar o rostro do corpo caloso, que se
continua em uma fina lâmina, a lâmina rostral até a comissura anterior. Entre a comissura anterior e o
quiasma óptico encontra-se a lâmina terminal, delgada lâmina de substância branca que também une os
hemisférios e constitui o limite anterior do III ventrículo.

DIVISÕES DO CORPO CALOSO E FÓRNIX – FACE ÍNFERO-MEDIAL DO CÉREBRO

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Fórnix: emergindo abaixo do esplênio do corpo caloso e arqueando-se em direção à comissura anterior, está
o fórnix, feixe complexo de fibras que, entretanto, não pode ser visto em toda a sua extensão em um corte
sagital do cérebro. É constituído por duas metades laterais e simétricas afastadas nas extremidades e unidas
entre si no trajeto do corpo caloso. A porção intermédia em que as duas metades se unem constitui o corpo
do fórnix e as extremidades que se afastam são, respectivamente, as colunas do fórnix (anteriores) e os
ramos do fórnix (posteriores). As colunas do fórnix terminam no corpo mamilar correspondente cruzando a
parede lateral do III ventrículo. Os ramos do fórnix divergem e penetram de cada lado no corno inferior do
ventrículo lateral, onde se ligam ao hipocampo. No ponto em que as pernas do fórnix se separam, algumas
fibras passam de um lado para o outro, formando a comissura do fórnix.

FÓRNIX E HIPOCAMPO

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

VISTA SUPERIOR DO FÓRNIX E HIPOCAMPO


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Septo Pelúcido:

Entre o corpo caloso e o fórnix estende-se o septo pelúcido, constituído por


duas delgadas lâminas de tecido nervoso que delimitam uma cavidade muito estreita, a cavidade do septo
pelúcido. O septo pelúcido separa os dois ventrículos laterais.

Lobo Frontal e Parietal:


SEPTO PELÚCIDO – VISTA MEDIAL DO CÉREBRO

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Na parte medial do cérebro, existem dois sulcos que passam do lobo frontal para o lobo parietal:

Sulco do Corpo Caloso: começa abaixo do rostro do corpo caloso, contorna o tronco e o esplênio do corpo
caloso, onde se continua já no lobo temporal, com o sulco do hipocampo.

Sulco do Cíngulo: tem seu curso paralelo ao sulco do corpo caloso, do qual é separado pelo giro do cíngulo.
Termina posteriormente em dois sulcos: ramo marginal do giro do cíngulo, porção final do sulco do giro do
cíngulo que cruza a margem superior do hemisfério, e o sulco subparietal, que continua posteriormente em
direção ao sulco parieto-ocipital.

Sulco Paracentral: Destaca-se do sulco do cíngulo em direção á margem superior do hemisfério, que
delimita, com o sulco do cíngulo e o sulco marginal, o lóbulo paracentral.
Giro do Cíngulo: contorna o corpo caloso, ligando-se ao giro para-hipocampal pelo istmo do giro do
cíngulo. É percorrido por um feixe de fibras, o fascículo do cíngulo.

Lóbulo Paracentral: localiza-se entre o sulco marginal e o sulco paracentral. Na parte anterior e posterior
deste lóbulo localizam-se as áreas motoras e sensitivas relacionadas com a perna e o pé.

Pré-cúneos: está localizado superiormente ao sulco parieto-occipital, no lobo parietal.

Giro Frontal Superior: já foi descrito acima, no estudo da face lateral do cérebro.

Lobo Occipital:
Sulco Calcarino: inicia-se abaixo do esplênio do corpo caloso e tem um trajeto arqueado em direção ao
pólo occipital. Nos lábios do sulco calcarino localiza-se o centro cortical da visão.

Sulco parieto-occipital: é o sulco que separa o lobo occipital do lobo parietal.

Cúneos: localiza-se entre o sulco parieto-occipital e o sulco calcarino. É um giro complexo de forma
triangular. Adiante do cúneos, no lobo parietal, temos o pré-cúneos.

Giro Occipito-temporal Medial: localiza-se abaixo do sulco calcarino. Esse giro continua anteriormente
com o giro para-hipocampal, do lobo temporal.

Face Inferior:
Lobo Temporal Lobo Frontal

TESTE SEUS CONHECIMENTOS

Lobo Temporal:

Sulco Occipito-temporal: localiza-se entre os giros occipito-temporal lateral e occipito-temporal medial.

Sulco Colateral: inicia-se próximo ao pólo occipital e se dirige para frente. O sulco colateral pode ser
contínuo com o sulco rinal, que separa a parte mais anterior do giro para-hipocampal do resto do lobo
temporal.

Sulco do Hipocampo: origina-se na região do esplênio do corpo caloso, onde continua com o sulco do
corpo caloso e se dirige para o pólo temporal, onde termina separando o giro parahipocampal do úncus.

Sulco Calcarino: é melhor visualizado na face medial do cérebro. Na face inferior, separa a porção posterior
o giro para-hipocampal do istmo do giro do cíngulo.
Giro Occipito-temporal Lateral: está localizado na região lateral da face inferior do cérebro circundando o
giro occipito-temporal medial e o giro para-hipocampal.

Giro Occipito-temporal Medial: é visualizado também na face medial do cérebro, porém ocupa uma área
significativa na face inferior. Está localizado entre o giro occipito-temporal lateral, giro para-hipocampal e o
istmo do cíngulo.

Giro Para-hipocampal: se liga posteriormente ao giro do cíngulo através de um giro estreito, o istmo do
giro do cíngulo. Assim o úncus, o giro para-hipocampal, o istmo do giro do cíngulo e o giro do cíngulo
constituem o lobo límbico, parte importante do sistema límbico, relacionado com o comportamento
emocional e o controle do sistema nervoso autônomo. A porção anterior do giro para-hipocampal se curva
em torno do sulco do hipocampo para formar o úncus
Lobo Frontal:

A face inferior do lobo frontal apresenta as seguintes estruturas: o sulco olfatório, profundo e de direção
ântero-posterior; o giro reto, que localiza-se medialmente ao sulco olfatório e continua dorsalmente como
giro frontal superior. O resto da face inferior do lobo frontal é ocupada por sulcos e giros muito irregulares,
os sulcos e giros orbitários.

FACE INFERIOR DO CÉREBRO


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

RESUMO DOS GIROS DA FACE MEDIAL DO CÉREBRO


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Rinencéfalo:

O bulbo olfatório é uma dilatação ovoide e achatada de substância cinzenta que continua posteriormente
com o tracto olfatório, ambos alojados no sulco olfatório. O bulbo olfatório recebe filamentos que
constituem o nervo olfatório. Posteriormente, o tracto olfatório se bifurca formando as estrias olfatórias
lateral e medial, que delimitam uma área triangular, o trígono olfatório. Através do trígono olfatório e
adiante do tracto óptico localiza-se uma área contendo uma série de pequenos orifícios para passagem de
vasos, a substância perfurada do anterior.

RINENCÉFALO – A ANATOMIA DO NERVO OLFATÓRIO


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Morfologia dos Ventrículos Laterais:

Os hemisférios cerebrais possuem cavidades revestidas de epêndima e contendo líquido cérebro-espinhal, os


ventrículos laterais esquerdo e direito, que se comunicam com o III ventrículo pelo forame interventricular.
Exceto pelo forame, cada ventrículo é uma cavidade fechada que apresenta uma parte central e três cornos
que correspondem aos três pólos do hemisfério cerebral. As partes que se projetam para o pólo frontal,
occipital e temporal respectivamente, são o corno anterior, posterior e inferior. Com exceção do corno
inferior, todas as partes do ventrículo laterais têm o teto formado pelo corpo caloso.

MORFOLOGIA DO VENTRÍCULO LATERAL


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MORFOLOGIA DO VENTRÍCULO LATERAL


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Organização Interna dos Hemisférios Cerebrais:

Cada hemisfério possui uma camada superficial de substância cinzenta, o córtex cerebral, que reveste um
centro de substância branca, o centro medular do cérebro, ou centro semioval. No interior dessa substância
branca existem massas de substâncias cinzenta, os núcleos da base do cérebro.

Centro branco medular do cérebro: é formado por fibras mielínicas. Distinguem-se dois grupos de fibras: de
Projeção e de Associação. As fibras de projeção ligam o córtex cerebral a centros subcorticais; as fibras de
associação unem áreas corticais situadas em pontos diferentes do cérebro.

As Fibras de Projeção se dispõem em dois feixes: o fórnix e a cápsula interna.

O Fórnix une o córtex do hipocampo ao corpo mamilar e contribui um pouco para a formação do centro
branco medular. Já foi melhor descrito anteriormente nesta página.

A Cápsula Interna contém a grande maioria das fibras que saem ou entram no córtex cerebral. Estas fibras
formam um feixe compacto que separa o núcleo lentiforme, situado lateralmente, do núcleo caudado e
tálamo, situados medialmente. Acima do nível destes núcleos, as fibras da cápsula interna passam a
constituir a coroa radiada.

Distingue-se na cápsula interna um ramo anterior, situada entre a cabeça do núcleo caudado e o núcleo
lentiforme, e um ramo posterior, bem maior, situada entre o núcleo lentiforme e o tálamo. Estas duas
porções da cápsula interna encontram-se formando um ângulo que constitui o joelho da cápsula interna.
As fibras de associação são divididas em fibras de associação intra-hemisféricas e inter-hemisféricas.

Dentre as Fibras de Associação Intra-hemisféricas, citarei os quatro fascículos mais importantes:


Fascículo do Cíngulo – Une o lobo frontal e o temporal.
Fascículo Longitudinal Superior – Une os lobos frontal, parietal e occipital. Também pode ser chamado
de fascículo arqueado.
Fascículo Longitudinal Inferior – Une o lobo occipital e temporal.
Fascículo Unciforme – Une o lobo frontal e o temporal.
Dentre as Fibras de Associação Inter-hemisféricas, ou seja, aquelas que atravessam o plano mediano para
unir áreas simétricas dos dois hemisférios, encontramos três comissuras telencefálicas: Corpo Caloso,
Comissura do Fórnix e Comissura Anterior, já estudadas acima.

Núcleos da Base:

Núcleo Caudado: é uma massa alongada e bastante volumosa de substância cinzenta, relacionada em toda
a sua extensão com os ventrículos laterais. Sua extremidade anterior é muito dilatada, constitui a cabeça do
núcleo caudado, que proemina do assoalho do corno anterior do ventrículo lateral. Ela continua
gradualmente com o corpo do núcleo caudado, situado no assoalho da parte central do ventrículo lateral.
Este se afina pouco a pouco para formar a cauda do núcleo caudado, que é longa e fortemente arqueada,
estendendo-se até a extremidade anterior do corno inferior do ventrículo lateral. Em razão de sua forma
fortemente arqueada, o núcleo caudado aparece seccionado duas vezes em determinados cortes horizontais e
frontais do cérebro. A cabeça do núcleo caudado funde-se com a parte anterior do núcleo lentiforme.

NÚCLEO CAUDADO, NÚCLEO LENTIFORME E CORPO AMIGDALOIDE

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Núcleo Lentiforme: tem a forma e o tamanho aproximado de uma castanha-do-pará. Não aparece na
superfície ventricular, situando-se profundamente no interior do hemisfério. Medialmente relaciona-se com
a cápsula interna, que o se separa do núcleo caudado e do tálamo; lateralmente relaciona-se com o córtex da
ínsula, do qual é separado por substância branca e pelo claustro.
O núcleo lentiforme é divido em putâmen e globo pálido por uma fina lâmina de substância branca, a lâmina
medular lateral. O putâmen situa-se lateralmente e é maior que o globo pálido, que se dispõem medialmente.
Em secções transversais do cérebro, o globo pálido tem uma coloração mais clara que o putâmen em virtude
da presença de fibras mielínicas que o atravessam. O globo pálido é subdividido por uma lâmina de
substância branca, a lâmina medular medial, em partes externa e interna (ver figura abaixo).

Claustro: é uma delgada calota de substância cinzenta situada entre o córtex da ínsula e o núcleo
lentiforme. Separa-se do córtex da ínsula por uma fina lâmina branca, a cápsula extrema. Entre o claustro e o
núcleo lentiforme existe uma outra lâmina branca, a cápsula externa (ver figura abaixo).
Corpo Amigdaloide: é uma massa esferoide de substância cinzenta de cerca de 2 cm de diâmetro situada
no pólo temporal do hemisfério cerebral. Faz uma discreta saliência no tecto da parte terminal do corno
inferior do ventrículo lateral. O corpo amigdaloide faz parte do sistema límbico e é um importante regulador
do comportamento sexual e da agressividade (ver figura acima).

Núcleo Accumbens: massa de substância cinzenta situada na zona de união entre o putâmen e a cabeça do
núcleo caudado.

Núcleo Basal de Meynert: de difícil visualização macroscópica. Situa-se na base do cérebro, entre a
substância perfurada anterior e o globo pálido, região conhecida como substância inominata. Contem
neurônios grandes ricos em acetilcolina.

NÚCLEOS DA BASE – SECÇÃO TRANSVERSAL DO CÉREBRO


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Ao fim desse conteúdo, gostaria de ilustrar ainda uma imagem com algumas áreas importantes considerando
o telencéfalo como um todo. Como dito anteriormente, a divisão por lobos e sulcos é apenas didática, pois o
cérebro funciona como um todo independente dos lobos, porém algumas áreas são específicas e bem
localizadas, tais como as indicadas na figura abaixo:
4) Anatomia

OBS: O cérebro é formado por dois hemisférios, o direito e o esquerdo. Estes dois hemisférios comunicam-
se entre si através de fibras ou conjuntos de axônios e dendritos que trafegam de um hemisfério para outro.
Estas comunicações chamam-se de comissuras, e geralmente localizam-se na linha média (exatamente entre
os dois hemisférios).

Corpo Caloso: O corpo caloso é uma estrutura do cérebro que conecta os hemisférios cerebrais direito e
esquerdo, é a principal comissura do SNC. Muito da comunicação inter-hemisférica do cérebro, entre o 3º e
4º ventrículos, é conduzida através do corpo caloso. O corpo caloso é formado por rostro, joelho, corpo e
esplênio e sua função é permitir a transferência de informações entre um hemisfério e outro fazendo com
que eles atuem harmonicamente.
Comissura do Fórnix: Os ramos do fórnix divergem e penetram de cada lado no corno inferior do
ventrículo lateral, onde se ligam ao hipocampo. No ponto em que as pernas do fórnix se separam, algumas
fibras passam de um lado para o outro, formando a comissura do fórnix.CO
Comissura anterior: comissura telencefálica, interconecta partes dos lobos temporais e algumas fibras
olfatórias
OBS: Na base de cada hemisfério cerebral existem importantes aglomerados de células nervosas, os
chamados núcleos de base. São centros especiais que se encarregam de estabelecer intercomunicações e
ligar as diversas áreas cerebrais entre si.

Núcleo Caudado: núcleo telencefálico, participa dos circuitos dos núcleos da base envolvidos com o
controle motor dos movimentos do globo ocular (corpo do caudado) e com funções cognitivas (cabeça do
caudado). Pode ser observado em cada hemisfério.
Núcleo Lentiforme: Mergulha profundamente nos hemisférios cerebrais. Corresponde ao putâmen e
ao globo pálido. É uma grande massa de substância cinzenta, em forma de cone, disposta lateralmente
à cápsula interna.

Claustro: Por sua anatomia aparenta ter função de comunicação intra e inter hemisfério, pouco se sabe sobre
ele.
Corpo amigdaloide: também chamado núcleo amigdalóide, é um dos núcleos da base. É uma pequena
estrutura em forma de amêndoa, situada dentro da região antero-inferior do lobo temporal, se interconecta
com o hipocampo, os núcleos septais, a área pré-frontal e o núcleo dorso-medial do tálamo. Essas conexões
garantem seu importante desempenho na mediação e controle das atividades emocionais de ordem maior,
como amizade, amor e afeição, nas exteriorizações do humor e, principalmente, nos estados de medo e ira e
na agressividade. A amigdala é fundamental para a auto-preservação, por ser o centro identificador do
perigo, gerando medo e ansiedade e colocando o animal em situação de alerta, aprontando-se para se evadir
ou lutar. Enquanto o hipocampo reconhece a pessoa a amigdala detecta se você gosta ou não da pessoa, se
ela é boa ou ruim.
OBS: Divisões do DIENCÉFALO

Tálamo: O tálamo é uma das regiões do diencéfalo. É um importante centro nervoso localizado no cérebro
humano. Transmissão de impulsos sensitivos originários da medula espinhal, do cerebelo, do tronco
encefálico e de outras regiões do cérebro até o córtex cerebral.
Desempenha um papel importante na cognição (obtenção de conhecimentos) e na consciência.

1. O núcleo geniculado lateral recebe os axónios do nervo óptico e os transmite para o córtex
visual (no lobo occipital).
2. O núcleo geniculado medial tem idêntica função na via auditiva.
3. A pequena adesão intertalâmica formação do diencéfalo, tálamo. Contém os núcleos medianos do
tálamo, que participam das vias do sistema límbico.
Hipotálamo: localizado abaixo do tálamo e acima da hipófise (no interior central dos dois hemisférios
cerebrais). Ele é uma pequena parte do diencéfalo, sendo considerado uma das mais importantes estruturas
do sistema nervoso central.
O hipotálamo faz parte integrante do diencéfalo, entre o quiasma óptico e os corpos mamilares, e dispõem-
se nas paredes do III ventrículo, inferiormente ao sulco hipotalâmico que o separa do tálamo.

 Corpos Mamilares: são duas eminências arredondadas de substância cinzenta evidentes na parte
anterior da fossa interpeduncular.
 Quiasma Óptico: localiza-se na parte anterior do assoalho ventricular. Recebe fibras mielínicas do
nervo óptico, que ai cruzam em parte e continuam nos tratos óptico que se dirigem aos corpos
geniculados laterais, depois de contornar os pedúnculos cerebrais.
 Túber Cinéreo: é uma área ligeiramente cinzenta, mediana, situada atrás do quiasma e do trato
óptico, entre os corpos mamilares. No túber cinéreo prende-se a hipófise por meio do infundíbulo.
 Infundíbulo: é uma formação nervosa em forma de um funil que se prende ao túber cinéreo,
contendo pequenos prolongamentos da cavidade ventricular, o recesso do infundíbulo. A
extremidade superior do infundíbulo dilata-se para constituir a eminência mediana do túber cinéreo,
enquanto a extremidade inferior continua com um processo infundibular, ou lobo nervoso da
hipófise. A hipófise esta contida na sela túrcica do osso esfenoide.
Epitálamo: Seu elemento mais evidente é a glândula pineal, glândula endócrina de forma piriforme,
ímpar e mediana, que repousa sobre o tecto mesencefálico. A base do corpo pineal se prende
anteriormente a dois feixes transversais de fibras que cruzam um plano mediano, a comissura posterior e
a comissura das habênulas, entre as quais penetra na glândula pineal um pequeno prolongamento da
cavidade ventricular, o recesso pineal.

Trígono da Habênula – área triangular na extremidade posterior da tênia do tálamo junto ao corpo pineal.

Corpo Pineal – é uma estrutura semelhante a uma glândula, de aproximadamente 8 mm de comprimento,


que se situa entre os colículos superiores. Embora seu papel fisiológico ainda não esteja completamente
esclarecido, a glândula pineal secreta o hormônio melatonina, sendo assim, uma glândula endócrina. A
melatonina é considerada a promotora do sono e também parece contribuir para o ajuste do relógio biológico
do corpo.

Comissura Posterior – é um feixe de fibras arredondado que cruza a linha mediana na junção do aqueduto
com o terceiro ventrículo anterior e superiormente ao colículo superior. Marca o limite entre o mesencéfalo
e diencéfalo.
Subtalamo: Compreende a zona de transição entre o diencéfalo e o tegumento do mesencéfalo, corresponde
a uma pequena área que fica na região posterior e inferior do diencéfalo, abaixo do sulco hipotalâmico, em
contato com o mesencéfalo.

OBS: O tronco encefálico constitui-se do Mesencéfalo, Ponte e Bulbo.

Mesencéfalo: É a menor parte do tronco encefálico. Interpõe-se entre a ponte e o diencéfalo. É atravessado
por um estreito canal, o aqueduto cerebral, que une o III ao IV ventrículo. Esta é uma área muito importante,
pois é por onde passam todos os estímulos que saem e vão para o cérebro, além de conter diversas estruturas
que controlam a postura e ativação do córtex cerebral.

Ponte: Situada abaixo do mesencéfalo e acima do Bulbo. Possui diversos núcleos de importantes nervos
cranianos, como o trigémeo, motor ocular externo, facial e auditivo.

Bulbo: O bulbo é uma transição entre a medula espinhal e a ponte, sendo também o local de origem de
alguns nervos cranianos: Localizam-se no bulbo os seguintes nervos: glossofaríngeo (IX par craniano), vago
(X par craniano), acessório (XI par craniano) e hipoglosso (XII par
SNC 1

7- Corpo Caloso

8- Septo Pelucido

9- Fórnix

11- Tálamo ( O ponto branco acima do número 11 é a aderência intertalâmica

12- Comissura Anterior

13- Hipotálamo

14- Hipófise

15- Glandula Pineal

16- Comissura Posterior

17- Cerebelo

20- Mesencéfalo

21- Ponte
22- Bulbo

SNC 2

4 – Corpo Caloso ou Tronco do Corpo Caloso

5- Septo Pelucido

6- Joelho do Corpo Caloso

7- Comissura Anterior

8- Aderência Intertalâmica

9- Comissura Posterior

10- Tálamo

14- Glândula pineal


15- Hipotálamo

16- Hipófise

17- Corpo Mamilar

5) O aluno deverá citar os 12 pares de cranianos e descrever a localização de seus núcleos.


6) Observe as lâminas contendo cortes histológicos dos órgãos do Sistema Nervoso Central – Cérebro e
Cerebelo. Identifique o córtex e a medula. O córtex, formado pela substância cinzenta é a camada mais
externa. A área central destes órgãos é preenchida pela substância branca.

Lâmina no 21 - Cerebelo (H.E.)Possui uma extensa superfície pregueada. A camada


superficial ou córtex, possui uma nítida organização trilaminar: uma camada molecular
externa, palidamente corada e com poucas células, uma camada granulosa interna com grande
quantidade de pequenos neurônios de núcleos bem corados, e intermediária de grandes
neurônios, as células de Purkinje, piriformes e com prolongamentos dendríticos que se
estendem para a camada molecular. A região medular tem aspecto homogêneo, sendo
constituída exclusivamente por fibras mielínicas; envia ramificações que ocupam o eixo das
inúmeras pregas que formam o córtex cerebelar.
Lâmina no 20 - Cérebro (H.E.) ou Lâmina no 18 (caixa histotech)
A camada superficial ou córtex possui seis camadas mal definidas que diferem na densidade da
população neuronal. A mais externa é palidamente corada, chamada camada molecular. As células
piramidais são as mais numerosas, tem forma triangular, pronunciado prolongamento dendrítico e
aumentam de tamanho à medida que se situam em um plano mais profundo. Note também núcleos
arredondados das células gliais. Mais internamente encontram-se fibras nervosas que formam a
substância branca.
Olhe a substância branca delimitada pelo quadrado. Você consegue diferenciar a substância branca da
cinzenta pela branca ter esses espaços em branco, não tendo corpos celulares, então não tendo o núcleo e
nucléolo. Na substância branca tem axônios somente.
7) Você já identificou as substâncias branca e cinzenta no cérebro e cerebelo. Agora, descreva a composição
celular destas 2 regiões.

Os neurônios não se distribuem igualmente por todo o tecido nervoso. Seus corpos celulares (que contêm o
núcleo da célula) e os dendritos (que são arborizações locais) se agrupam em algumas regiões do encéfalo e
da medula espinhal, que por isso adquirem uma coloração mais intensa. Não cinzenta, curiosamente, e sim
rosada - mas como o tecido nervoso perde a cor ao ficar fixado muito tempo, aos poucos essas regiões vão
se tornando cinzentas. Por isso são chamadas genericamente de substância cinzenta. Na substância cinzenta,
os corpos celulares dos neurônios podem ficar agrupados em camadas (e então ela se chama córtex), em
aglomerados globosos (e então ela se chama núcleo), ou podem ficar dispersos, sem nenhuma organização
particular (e nesse caso se diz que a estrutura é uma rede, ou retículo, ou formação reticular).
Outras regiões do tecido nervoso podem conter quase exclusivamente axônios de neurônios. Quando esses
axônios são revestidos de mielina, o tecido ganha uma coloração esbranquiçada (na verdade, amarelada -
mas esse tecido também desbota com a fixação, ficando esbranquiçado): daí o nome de substância branca
que essas estruturas recebem. A substância branca, portanto, é uma região de conectividade entre partes do
sistema nervoso. No sistema nervoso central, os feixes de axônios na substância branca são chamados,
dependendo do calibre, de tratos ou fascículos; já no sistema nervoso periférico, feixes de axônios são
chamados de nervos.
8) Lâmina língua.

9) Defina: sarcolema, sarcoplasma, retículo sarcoplasmático, sistema de túbulos transversais, sarcômeros e


placa motora. Como estas estruturas participam da contração do músculo esquelético.

Sarcolema: membrana delgada que reveste a fibra muscular esquelética


Sarcômero: segmento de miofibrila situado entre os dois discos Z conseguintes
Sarcoplasma: líquido intracelular entre as miofibrilas.
Retículo sarcoplasmático: retículo endoplasmático especializado do músculo esquelético. Circunda as
miofibrilas de cada fibra muscular. Concentra íons cálcio.
Sistema de Túbulos Transversais: rede complexa de invaginações tubulares do sarcolema. É responsável
pela contração uniforme de cada fibra.
Placa Motora: local no qual o nervo se insere na fibra muscular.

O mecanismo de contração é iniciada quando o impulso nervoso é carreado ao longo do axônio do neurônio
motor pela chegada do impulso nervoso e a consequente despolarização da membrana pré-sináptica, que
causa a fusão das vesículas sinápticas com a membrana pré-sináptica e exocitose da acetilcolina na fenda
sináptica. A acetilcolina se liga aos seus receptores na membrana pós-sináptica, provocando a
despolarização do sarcolema, dos túbulos T e do retículo sarcoplasmático. Esses eventos provocam a
liberação de Ca2+ do retículo sarcoplasmático para o sarcoplasma em torno das miofibrilas. O Ca2+ liga-se
à subunidade TnC da troponina modificando sua conformação. A mudança conformacional na troponina
aprofunda a tropomiosima no sulco da actina e libera o seu sítio ativo. O ATP presente na cabeça da miosina
é hidrolizado em ADP e Pi. O Pi é liberado, resultando não somente no aumento da força de ligação entre
actina e miosina, mas também na alteração conformacional da cabeça de miosina. O ADP é também liberado
e o filamento delgado é puxado em direção ao centro do sarcômero (força de contração). Uma nova
molécula de ATP se liga à cabeça de miosina levando a uma liberação da ponte entre actina e miosina.

Roteiro PI 10/08

1- Qual a resposta que ocorre quando há ativação dos nervos parassimpáticos sobre as fibras
circulares do esfíncter pupilar? Como se denomina?

A estimulação parassimpática contrai o musculo circular da íris, provocando a constrição da pupila, processo
denominado miose.
As eferências parassimpáticas que controlam a pupila são estimuladas por via reflexa quando luz excessivas
entra nos olhos; esse reflexo reduz o diâmetro pupilar, diminuindo a quantidade de luz que incide sobre a
retina. Por sua vez, os eferentes simpáticos são estimulados durante períodos de excitação e aumentam o
diâmetro pupilar.
O processo de focalização do cristalino é quase que inteiramente controlado pelo Parassimpático. O
cristalino é nas suas condições normais mantido no estado achatado pela tensão elástica intrínseca dos seus
ligamentos radiais. A excitação parassimpática contrai o musculo ciliar que é o corpo anular das fibras
musculares lisas que circundam as pontas exteriores dos ligamentos radias do cristalino. Essa contração
libera a tensão nos ligamentos e permite que o cristalino fique mais convexo, promovendo a focalização dos
objetos próximos.

2-Qual resposta ocorre quando há a estimulação dos nervos autônomos simpáticos sobre as fibras radiais
presentes no esfíncter pupilar? Como se denomina?

A estimulação simpática contrai as fibras meridionais da íris, provocando a dilatação da pupila, processo
denominado midríase.

1- Compreender a função do Reflexo Fotomotor.


Figura 1. Reflexo Pupilar

A função deste reflexo é regular a quantidade de estímulo luminoso que entra no órgão (olho) e atinge
receptores, os bastonetes, os quais são muito sensíveis à luz.

O reflexo pupilar à luz é um teste para um arco reflexo que inclui a retina (camada do olho sensível à luz), o
nervo óptico (CN II), grupamentos de neurônios no diencéfalo e neurônios motores do nervo oculomotor,
CN III (os quais suprem o músculo da íris que comprime o tamanho da pupila).

O teste é realizado através da iluminação do olho com uma fonte luminosa brilhante. Uma resposta normal
de um animal à luz brilhante no olho é a compressão rápida da íris em ambos os olhos, deixando a pupila
pequena. Normalmente, essa compressão pupilar reduzirá a quantidade de luz que entra no olho e protegerá
a retina contra a luz brilhante. Como o brilho de luz em um olho causa a constrição em ambos os olhos, o
arco reflexo deve atravessar para o outro lado do corpo. A constrição pupilar no olho iluminado é chamada
de resposta pupilar direta, e a constrição pupilar na pupila oposta (olho iluminado indiretamente) é chamada
de resposta consensual.

A falha de uma ou de ambas as pupilas em contrair-se constitui um reflexo pupilar anormal. Uma lesão de
nervo óptico (CN II) produz perda da constrição em ambas as pupilas quando se ilumina o olho afetado; no
entanto, quando se ilumina o olho normal, ambas as pupilas se contraem se a lesão for ao nervo oculomotor
(CN III) ou no tronco cerebral, a pupila afetada não se contrairá independentemente de qual olho se ilumina,
mas o olho não afetado irá se contrair normalmente quando se ilumina qualquer um dos olhos.

COMO OCORRE?

Parte das fibras dos tratos ópticos que se originam dos bastonetes se projetam nos núcleos pré-tectais de
Ranson, localizados nos colículos superiores do teto mesencefálico do Tronco Encefálico (área de projeção
aferente); destes, se projetam bilateralmente para os núcleos motores viscerais de Edinger-Westphal do CN
III (área de projeção eferente).

As fibras motoras viscerais originadas nestes núcleos (via eferente parassimpática) formam o componente
motor autonômico parassimpático do CN III (nervo oculomotor). Quando os núcleos são estimulados, o
componente parassimpático do CN III é excitado e o simpático é inibido. A ativação parassimpática via
colinérgica-colinérgica (o 1º neurônio eferente pré-ganglionar e o 2º neurônio eferente pós-ganglionar, cujo
corpo se localiza no gânglio ciliar, também chamado de oftálmico, secretam acetilcolina), causa a contração
do efetor parassimpático músculo circular da íris. A inibição simpática via colinérgica-adrenérgica (o 1º
neurônio eferente pré-ganglionar secreta acetilcolina, já 2º neurônio eferente pós-ganglionar, cujo corpo se
localiza nos gânglios cervicais para-vertebrais, secreta noradrenalina), causa o relaxamento do efetor
simpático músculo radial da íris. Estas duas ações diminuem a resposta do diâmetro pupilar (miose). O
inverso também é verdadeiro, ou seja, uma diminuição da luz incidente sobre a retina causa aumento do
diâmetro pupilar (midríase).
3-Compreender a função do Reflexo Patelar.

Figura 2. Reflexo Patelar

O reflexo patelar tem como importância fornecer informações sobre o funcionamento do nervo sensitivo,
sobre sua conexão com a medula espinal.
O MÚSCULO QUADRÍCEPS fica na parte anterior da coxa, fazendo parte da musculatura EXTENSORA
do membro inferior, e toda musculatura da parte posterior faz o MOVIMENTO ANTAGÔNICO DE
FLEXÃO do membro inferior.
A batida do martelo estimula receptores neuronais, que estão entre as fibras musculares do tecido muscular,
que emite um impulso AFERENTE devido ao estímulo mecânico. Esse impulso AFERENTE, percorre o
trajeto de um nervo misto, pelas fibras aferentes até chegar na MEDULA ESPINHAL e na SUBSTÂNCIA
CINZENTA DA MEDULA, fazendo duas sinapses:

1. A primeira com um neurônio de associação que tem exatamente esta função na medula espinhal, de
levar o impulso proveniente de estruturas periféricas diretamente a um neurônio motor. O neurônio de
ASSOCIAÇÃO, neste caso faz uma sinapse com a fibra EFERENTE que irá levar o impulso ao MÚSCULO
ANTAGÔNICO, para que o membro inferior possa reagir de forma inconsciente, pois não houve
participação de centros nervosos conscientes, mas ainda assim há o afastamento deste segmento da perna do
impulso " nocivo ", havendo então um estímulo EFERENTE para as fibras dos músculos antagônicos, em
conjunto com outros músculos o movimento de se afastar do estímulo nocivo ocorra.
2. A segunda, diretamente com a fibra motora do MÚSCULO QUADRÍCEPS , pois há a necessidade
do movimento da musculatura da parte anterior da coxa para que o movimento de afastamento ao estímulo "
nocivo " possa ocorrer.

4-Descrever o processo molecular do mecanismo de contração muscular ( o citoesqueleto tem um papel


fundamental nesse processo).

Cada fibra muscular contem milhares de miofibrilas, composta por muitos filamentos de miosina e actina,
longas moléculas de proteínas polimerizadas responsáveis pela contração muscular. O segmento de
miofibrila situado entre dois discos Z é denominado sarcômero.
No estado relaxado de um sarcômero, as extremidades dos filamentos de actina, que se estendem de dois
discos Z, mal se sobrepõem. Já no estado contraído, os filamentos de actina são tracionados por dentre os
filamentos de miosina de forma que suas extremidades se sobrepõem em sua extensão máxima. Desse modo,
a contração muscular ocorre por mecanismo de deslizamento de filamentos, resultante da força gerada pela
interação das pontes cruzadas dos filamentos de miosina com os filamentos de actina. Quando um potencial
de ação passa pela fibra muscular, ele faz com que o retículos sarcoplasmáticos libere grande quantidade de
ions cálcio, que rapidamente circulam pela miofibrilas e ativam as forças entre os filamentos de miosina e
actina e a contração muscular se inicia. A degradação de ATP a ADP fornece energia para que o processo
continue. A cabeça da miosina tem sua função como enzima ATPase, o que permite que a cabeça clive o
ATP e utilize a energia derivada das ligações de alta energia do fosfato do ATP para energizar o processo de
contração.
Os filamentos de actina são compostos por actina, tropomiosina e troponina. A viga mestra do filamento de
actina é um filamento duplo e de duas moléculas de proteína F actina. Esses filamentos se entrelaçam em
forma de hélice. Cada filamento em dupla hélice da actina F é composto por moléculas de actina G
polimerizadas e ligada a ela existe uma molécula de ADP. Essas moléculas de ADP são locais ativos onde
interagem as pontes cruzadas dos filamentos de miosina para produzir a contração muscular.

5-Descrever o papel do retículo sarcoplasmático e dos íons cálcio no processo de contração muscular.

Os túbulos T-reticulo sarcoplasmático cursam transversalmente às miofibrilas. Eles começam na membrana


celular e penetram por toda a fibra muscular. Comunicam-se com o liquido extracelular circundante da fibra
muscular, sendo uma extensão interna da membrana celular. Assim, quando um potencial se propaga pela
membrana da fibra, a alteração também se propaga ao longo dos túbulos T para o interior da fibra muscular.
Dentro dos túbulos vesiculares do reticulo sarcoplasmático existe excesso de íons cálcio em alta
concentração e estes são liberados de cada vesícula quando ocorre um potencial de ação no túbulo T
adjacente. A medida que o potencial progride pelo túbulo T, a variação da voltagem é detectada pelos
receptores de di-idropiridina (canal de rianodina), ligadas aos canais de liberação de cálcio nas cisternas
adjacentes do reticulo sarcoplasmático adjacente. Esses canais permanecem abertos por poucos
milissegundos, que libera cálcio para o sarcoplasma que banha as miofibrilas e causa a contração.

Na ausência do complexo troponina-tropomiosina, o filamento puro de actina se liga as cabeças de miosina.


Se o complexo for adicionado ao filamento de actina, o ligamento entre a actina pura e miosina não ocorre, e
assim a contração não acontece. Por isso, os efeitos inibidores do complexo troponina-tropomiosina devem
ser inibidos, o que acontece quando há grande quantidade de ions cálcio. Quando os íons cálcio se ligam a
troponina C, o complexo troponina suspostamente passa por alteração conformacional que de algum modo
traciona a molécula de tropomiosina, deslocando para dentre dois filamentos de actina, descobrindo os locais
ativos da actina de modo que as pontes cruzadas da cabeça da miosina sejam atraídas e a contração prossiga.

6-Descrever o processo de liberação dos neurotransmissores.


A membrana do terminal pré-sináptico é chamada membrana pré-sináptica, a qual tem vários canais de
cálcio dependentes de voltagem. Quando o potencial de ação se despolariza a membrana pré-sináptica esse
canais de cálcio se abrem e permitem a passagem de inúmeros cálcio para o terminal sináptico. A
quantidade de substancia transmissora que é liberada na fenda sináptica é diretamente proporcional a
quantidade de cálcio que entram.

Quando os ions cálcio entram no terminal pré-sináptico, se ligam a moléculas de proteínas especiais,
presentes na superfície interna da membrana pré-sináptica, chamada sítios de liberação. Essa ligação
provoca a abertura dos sítios de liberação permitindo que algumas vesículas contendo neurotransmissores
liberem seu conteúdo na fenda sináptica, após cada potencial de ação. No caso das vesículas que contem
acetilcolina, de 2.000 a 10.000 neurotransmissores são estão presentes na vesícula, havendo vesículas
suficientes no terminal pré-sináptico para manter a neurotransmissão, promovida pelo potencial de ação.

7-Listar os componentes de um arco reflexo.

Arco Reflexo é uma resposta do Sistema Nervoso a um estimulo, de importância fundamental para a postura
e locomoção do animal e para examinar o Sistema Nervoso. É composto por cinco componentes:

1. Receptor, o qual vai captar alguma energia ambiental e a transformar em potencial de ação. (ex: luz,
calor, estiramento de receptores musculares);
2. Nervo sensorial, o qual vai conduzir o potencial de ação do receptor ate a sinapse no SNC na medula
pela raiz dorsal;
3. Sinapse, a qual permite a passagem do potencial de ação de uma fibra para outra fibra;
4. Nervo motor, o qual irá conduzir o potencial de ação do SNC para o órgão efetuador da medula pela
raiz ventral. Transforma um impulso elétrico em uma ação mecânica;
5. Órgão alvo ou efetuador, o qual irá efetuar a ação mecanica e, normalmente, é um musculo.

8-De acordo com a figura do Homúnculo e as avaliações realizadas, em quais locais a distancia de apenas
alguns milímetros de dois estímulos já é suficiente para que possamos distingui-los? Quais locais do nosso
corpo a distancia tem que ser aumentada para percebermos estímulos? Por que isso ocorre?

A representação motora e sensorial tátil do corpo, que se distribui ao longo das áreas centrais do córtex
cerebral. O homúnculo (homem pequeno) é uma representação distorcida do corpo, onde determinadas áreas
recebem mais inervação (como é o caso da face e da mão em humanos) de acordo com a sua importância e
necessidade de precisão de movimentos e sensações. As regiões do corpo mais sensíveis ao toque requerem
um número desproporcional de células nervosas no centro de sensações do cérebro para processar o
estímulo.

Número atribuído no Gráfico


Erro de detecção (mm)
Parte do corpo estimulada 1
5
Frente 1
6
Bochecha 2
0
Lábios 3
12
Lóbulo da orelha 4
22
Parte dorsal do braço 5
15
Parte ventral do braço 6
10
Parte dorsal do antebrazo 7
28
Parte ventral do antebrazo 8
8
Parte dorsal da mão 9
4
Palma da mão 10
5
Parte dorsal do meñique 11
3
Parte lateral do meñique 12
8
Parte palmar do meñique 13
5
Parte dorsal do índice 14
1
Parte lateral do índice 15
7
Parte palmar do índice 16
10
Dorso do pescoço 17
34
Perna 18
20
Pé 19

A cada nervo inerva um campo segmentario da pele denominado dermatoma. No referente à


sensação táctilnota-se que há partes do corpo que têm uma capacidade de distinguir dois pontos como
separados de forma mais precisa. Se analisa-se a cortiça somática, pode ser visto que há certos pontos do
corpo representados com uma maior área, enquanto há outros locais nos quais a área na cortiça somática é
muito pequeno, isto vai em direta proporção com a quantidade de receptores sensoriais especializados
conteúdos na zona periférica respetiva do corpo. Assim por exemplo no lábio e nos dedos existem muitas
terminações nervosas especializadas, a diferença do tronco em onde se encontram muito poucas. Desta
maneira vemos que aqueles pontos com uma maior área na cortiça e que ao mesmo tempo têm maior
quantidade de receptores específicos em uma zona determinada do corpo, possuem uma maior sensibilidade
que aqueles que estão na posição oposta.

10) Listar os efeitos do sistema nervoso autônomo parassimpático e do sistema nervoso autônomo simpático
sobre as seguintes estruturas?
10) Listar os efeitos do Sistema Periférico Autônomo Parassimpático e do Sistema Nervoso Autônomo
Simpático sobre as seguintes estruturas ou órgãos
Órgão/Estrutura SNAS SNAPS
Olhos (pupilas) Midríase Miose
Glândulas Sudoríparas Estimula Palma das mãos
Vasos Sanguíneos Periféricos Contrição Pouco Efeito
Coração (Músculo) Taquicardia Bradicardia
Aumenta a força de
contração
Pulmão (Brônquios) Broncodilatação Broncoconstrição
Sistema Digestório Inibe Estimula
- Secreção
- Peristaltismo
Glândula suprarrenal (região Estimula catecolaminas ------
medular) (adrenalina e
noradrenalina)
Fígado Glicogenólise Liberação de bile
Gliconeogênese
Músculos Esqueléticos Força de contração ------
Glicogenólise
Metabolismo Basal Aumenta até 100% ------
Rins Liberação de renina Estimula
Diminuição do débito
urinário
Ereção Peniana ------
Ejaculação Estimula ------
Tecido Adiposo Lipólise ------

Roteiro morfo 17/08


1)Anatomia
Coração: O coração fica apoiado sobre o diafragma, perto da linha média da cavidade torácica, no
mediastino. Cerca de 2/3 de massa cardíaca ficam a esquerda da linha média do corpo. O coração é uma
massa muscular cavitária, dividida em quatro câmaras (dois átrios e dois ventrículos) para formar uma
bomba aspirante (átrios) e outra propulsiva (ventrículos), possuindo uma forma cônica.
Faces do coração

Face Esternocostal (Anterior): Formada principalmente pelo ventrículo direito.

Face Diafragmática (Inferior): Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e parcialmente pelo
ventrículo direito; ela está apoiada sobre o diafragma, músculo que separa a cavidade torácica da cavidade
abdominal.

Face Pulmonar (Esquerda): Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo; ela ocupa a impressão
cárdica do pulmão esquerdo.

Ápice: É a extremidade pontuda do coração, dirigida para frente, para baixo e para a esquerda.

Base: A porção mais larga do coração, oposta ao ápice, dirigida para trás, para cima e para a direita.

Sulcos do Coração
Sulco Coronário ou Atrioventricular: Fica entre os átrios e ventrículos, é ocupado por artérias e veias
coronárias, este sulco circunda o coração e é interrompido anteriormente pelas artérias aorta e pelo tronco
pulmonar.

Sulco interventricular anterior: Septo interventricular na face anterior ou esternocostal é ocupado pelos
vasos interventriculares anteriores.

Sulco interventricular posterior: Septo interventricular na face diafragmática

Septo interventricular: Separa o ventrículo esquerdo do direto.

Septo interatrial: Separa o átrio esquerdo do direito.

OBS: O septo interventricular na face anterior corresponde ao sulco interventricular anterior e na face
diafragmática ao sulco interventricular posterior que foi estudado acima. O septo interventricular e o
interatrial são septos verticais.
Cordas Tendíneas: São feixes fibrosos que unem as cúspides aos músculos papilares; O ápice das cúspides
é preso por elas, as quais se inserem em pequenas colunas cárneas chamadas de Músculos Papilares.
OBS: Localizam-se nas paredes das 4 câmaras cardíacas. Formam-se na espessura das paredes das câmaras
cardíacas e desembocam na própria câmara em que se localizam.

Forames das veias mínimas: São vários pequenos orifícios, são as terminações de pequenos canais venosos
do próprio coração e encontram-se nos átrios e ventrículos, estes forames são por onde passam as veias
mínimas. A drenagem do coração é realizada pelas veias mínimas, que liberam o sangue diretamente nas
câmaras cardíacas e pelo seio coronário.
Fossa Oval: É uma depressão encontrada na parede medial do átrio direito no septo interatrial, sendo um
resquício do forame oval, no qual era a comunicação interatrial na vida fetal. Limitada anteriormente,
posteriormente e superiormente pelo limbo da fossa oval.

Ventriculos: Os ventrículos são câmaras musculares piramidais situadas anteriormente aos átrios. Eles são a
verdadeira bomba cardíaca responsável pela circulação sistêmica. Suas paredes musculares são robustas o
que lhes permitem grande força de propulsão. O ventrículo direito está separado do ventrículo esquerdo
pelo septo interventricular (estudado acima), membrana muscular espessa responsável por essa divisão.
Ventrículo Direito: A cavidade ventricular direita possui um formato triangular e possui 3 porções
bem distintas: a via de entrada, que compreende o aparelho valvar atrioventricular, a porção trabecular ou
apical, e a via de saída. Sua maior superfície fica na parte anterior do coração.

Ventrículo direito é a cavidade do coração responsável pelo bombeamento do sangue na circulação


pulmonar. Recebe o sangue venoso do átrio direito. Deságua no tronco da artéria pulmonar, de quem é
separado pela válvula pulmonar.

Valva atrioventricular direita (tricúspide): o orifício atrioventricular direito, é uma abertura que permite a
passagem do sangue do átrio para o ventrículo, fechando esse orifício observa-se uma valva, chamada
de valva tricúspide, ou valva atrioventricular direita. É composto por três válvulas:

 a cúspide anterior é a mais longa


 a cúspide posterior é a segunda de cumprimento
 a cúspide septal é a mais curta

O assoalho do átrio direito é a valva tricúspide, que se abre no ventrículo direito.


Valva do tronco Pulmonar: Valva pulmonar é a valva que separa o ventrículo direito cardíaco do tronco da
artéria pulmonar. Se encontra aberta na sístole cardíaca, permitindo a passagem do sangue do ventrículo
para a circulação pulmonar. Quando ocorre o relaxamento do ventrículo, na diástole cardíaca, esta valva se
fecha, impedindo o refluxo do sangue. É composta de uma anel de sustentação, que fixa três componentes
ou cúspides:

Cúspide semilunar direita, Cúspide semilunar anterior e Cúspide semilunar esquerda.

Sístole Ventricular

Diástole Ventricular
Músculos papilares: O Ventrículo direito contém 3 músculos papilares, que se projetam para a cavidade e
suportam as cordas tendíneas que se ligam as bordas dos folhetos da valva tricúspide. É dividida em
posterior e anterior.

Trabéculas Cárneas: as trabéculas cárneas, feixes irregulares de miocárdio que se salientam na superfície
interna do ventrículo, são fibras musculares que compõe os ventrículos.
Trabécula Septo marginal: É em forma de "Y" e se situa no septo ventricular, no limite entre a porção
trabecular e a via de saída.

Ventrículo Esquerdo: O ventrículo esquerdo é mais longo e mais cônico do que o VD, forma o ápice do
coração. O sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo através do óstio atrioventricular
esquerdo onde localiza-se a Valva Bicúspide (mitral). Do ventrículo esquerdo o sangue sai para a maior
artéria do corpo, a aorta ascendente, passando pela Valva Aórtica.

O ventrículo esquerdo recebe sangue oxigenado do átrio esquerdo. A principal função do ventrículo
esquerdo é bombear sangue para a circulação sistêmica (corpo). A parede ventricular esquerda é mais
espessa que a do ventrículo direito. Essa diferença se deve à maior força necessária para bombear sangue
para a circulação sistêmica.

Valva atrioventricular esquerda ou mitrial ou bicúspide: Permite a passagem do sangue para do Átrio
esquerdo para o Ventrículo Esquerdo. Esta valva fecha o orifício durante a sístole ventricular impedindo
que o sangue reflua ao átrio e se abre durante a diástole permitindo que o sangue escoe para o ventrículo. É
dividido em anterior e posterior.
Valva da Aorta: Do ventrículo esquerdo o sangue sai para a maior artéria do corpo, a aorta ascendente,
passando pela Valva Aórtica. Constituída por três válvulas semilunares: direita, esquerda e posterior.

A artéria aorta sai do ventrículo direito, está separada do ventrículo pela valva aórtica.
2) Lâmina

- O endocárdio é a camada mais interna, formado por endotélio (epitélio pavimentoso simples) e tecido
conjuntivo subendotelial.

- O miocárdio é a mais espessa das camadas, consiste em músculo estriado cardíaco.

- O epicárdio ou pericárdio visceral, mais externamente, é formado por tecido conjuntivo fibrogorduroso
recoberto por mesotélio (epitélio pavimentoso simples).

- As células musculares são denominadas miócitos. São cilíndricas, alongadas e ramificadas, unindo-se
umas às outras através de suas extremidades em locais conhecidos como discos intercalares (veja-os como
linhas bem coradas transversais à fibra muscular)---- Os discos intercalares são estruturas que unem as
células do ponto de vista mecânico e elétrico, sendo formadas por junções tipo gap, desmossomos e zônulas
de adesão;

- O citoplasma é acidofílico;

- O núcleo é único (ocasionalmente dois), ovóide e central; possui estriações transversais;

- Há numerosos capilares no tecido conjuntivo circunjacente – observe as hemácias empilhadas em seu


interior.
3)Descrever os meios diagnósticos para avaliação da área cardíaca
Índice cardiotorácico: Medido por intermédio da divisão entre o maior diâmetro transverso da silhueta
cardíaca e o maior diâmetro transverso torácico. O resultado da divisão das medidas cardíaca e torácica deve
ser inferior a 0,55. Realizado através de raio-x de tórax em projeção Póstero-Anterior (PA).

O diâmetro máximo cardíaco é tomado traçando-se a maior medida de cada lado do coração a partir da linha
média (ver figura). O resultado da divisão das medidas cardíaca e torácica deve ser inferior a 0,55.
4) Imagens de Raio x e Tomografia

Raio X (Antero- posterior)


Raio X (latero-lateral)

Tomografia
Roteiro PI 17/08
1-Compreenda a estrutura das células do musculo estriado cardíaco
O tecido muscular estriado cardíaco, apresenta miócitos estriados com um ou dois núcleos centrais. Esse
tecido ocorre apenas no coração e apresenta contração independente da vontade do indivíduo (contração
involuntária). No músculo cardíaco essa contração é vigorosa e rítmica.
Essas células musculares são menores e ramificadas, intimamente unidas entre si por estruturas
especializadas e típicas da musculatura cardíaca: os discos intercalares, que fazem a conexão elétrica entre
todas as células do coração. Assim, se uma célula receber um estímulo suficientemente forte, ele é
transmitido a todas as outras células e o coração como um todo se contrai. Essa transmissão do estímulo é
feita por canais de passagem de água e íons entre as células, que facilita a difusão do sinal iônico entre uma
célula e outra, determinando a onda rítmica de contração das células. Os discos intercalares possuem
estruturas de adesão entre células que as mantêm unidas mesmo durante o vigoroso processo de contração da
musculatura cardíaca.

As células musculares cardíacas são capazes de auto-estimulação, não dependendo de um estímulo nervoso
para iniciar a contração. As contrações rítmicas do coração são geradas e conduzidas por uma rede de
células musculares cardíacas modificadas que se localizam logo abaixo do endocárdio, tecido que reveste
internamente o coração. Existem numerosas terminações nervosas no coração, mas o sistema nervoso atua
apenas regulando o ritmo cardíaco às necessidades do organismo.

Esse tecido é o principal constituinte da parede do coração. Embora ele seja estriado, seu controle é
involuntário (ele é inervado pelos dois ramos do sistema nervoso autônomo – o simpático e o
parassimpático). As fibras do músculo cardíaco são quadrangulares e apresentam um ou dois núcleos
localizados no centro da fibra. Já as células musculares esqueléticas contêm vários núcleos distribuídos pela
periferia da célula.

As fibras cardíacas são interconectadas umas com as outras. Essas fibras estão organizadas paralelamente, e
fisicamente conectadas por junções que permitem a condução de um estímulo de uma fibra para a outra.
Entre as fibras, há a interposição de um disco intercalar, que nada mais é do que o espessamento da
membrana da célula. Esse disco é característico do tecido muscular cardíaco. Sua função é aumentar a força
do músculo é facilitar a condução do impulso de uma fibra para a outra. Quando uma fibra do tecido é
estimulada, todas as outras também o serão.

O tecido muscular cardíaco normal se contrai e se relaxa de forma rápida, contínua e rítmica por volta de 75
vezes por minuto. Para esse trabalho, a demanda por oxigênio é bem maior do que a do tecido muscular
esquelético. As mitocôndrias também são maiores e em grande número quando comparadas às dos músculos
esqueléticos.

2- Defina as junções comunicantes e relacione o seu papel nas células musculares cardíacas. Relacione as
mesmas com os discos intercalares.
As junções comunicantes encontram-se nas partes laterais dos discos intercalares. São responsáveis
pela continuidade iônica entre células musculares vizinhas. A passagem de íons permite que cadeias de
células musculares se comportem como se fossem um sincício, pois o sinal para a contração passa como
uma onda de uma célula para outra.

3- Qual o papel da movimentação dos íons Na +, Ca+, e K+ no potencial de ação da célula do coração e
como atravessam a membrana celular.
Quando o potencial de ação cursa pela mmembra do miocárdio, o potencial de ação se difunde para o
interior das fibras musculares, passando ao longo da membrana dos túbulos transversos (T). o potencial dos
túbulos T age nas membranas dos túbulos sarcoplasmáticos longitudinais para causar liberação de ions
cálcio pelo reticulo sarcoplasmático no sarcoplasma muscular. Esse ions cálcio se dispersam para as
miofibrilas, quando catalisam as reações químicas que promovem o deslizamento dos filamentos de miosina
e actina, produzindo a contração muscular.

A entrada de cálcio ativa canais de liberação de cálcio na membrada do retivculo sarcoplasmático, o que
desencadeia a liberação de cálcio para o sarcoplasma. Em seguida, os ions cálcio interagem com a troponina
para iniciar a formação de pontes cruzadas e contração.

Sem esse cálcio adicional, a força da contração miocárdica ficaria consideravelmente reduzida. No interior
dos túbulos T existe em grande quantidade de mucopolissacarídeo com carga eletronegativa que se ligam a
ions cálcio, também em grande quantidade mantendo-os sempre disponíveis para se difundirem pelo interior
das fibras do miocárdio, quando ocorre potencial de ação nos túbulos T.

A força da contração cardiaca depende da concentração de ions cálcio nos líquidos extracelulares. A
abertura dos túbulos T passam através da membrana da célula miocárdica para o espaço extracelular,
permitindo que esse liquido circule pelos túbulos T.

Ao final do platô do potencial de ação cardíaco, o influxo de cálcio para o musculo cardíaco é bruscamente
interrompido, e os ions cálcio no sarcoplasma são bombeados de volta para fora das fibras musculares, tanto
para o reticulo sarcoplasmático como para o liquido extracelular dos túbulos T. o transporte de cálcio de
volta para o reticulo sarcoplasmático é realizado com o auxilo da bomba cálcio-ATPase. Os ions cálcio são
removidos da celula também por trocador de sódio-calcio. O sódio que entra na celula durante essa troca é
então transportado para fora da célula pela bomba de sódio-potassio-ATPase. Como resultado, a
concentração cessa ate que ocorra novo potencial de ação.
4- Defina ciclo cardíaco.
O conjunto de eventos cardíacos que ocorre entre o início de um batimento e o início do próximo é
denominado ciclo cardíaco. O ciclo é iniciado pela geração espontânea de potencial de ação no nodo sinusal.

5- Ondas produzidas pelo ECG:


Quando o impulso cardíaco passa através do coração, uma corrente elétrica também se propaga do coração
para os tecidos que o circundam e pequena parte da corrente se propaga até a superfície do corpo.
O eletrocardiograma normal é composto pela onda P, pelo complexo QRS e pela onda T. O complexo QRS
apresenta, com frequência, mas não sempre, três ondas distintas: a onda Q, a onda R e a onda S.
 A onda P é produzida pelos potenciais elétricos gerados quando os átrios se despolarizam, antes de a
contração atrial começar. O complexo QRS é produzido pelos potenciais gerados quando os
ventrículos se despolarizam antes de sua contração, isto é, enquanto a onda de despolarização se
propaga pelos ventrículos. Portanto, tanto a onda P como os componentes do complexo QRS são
ondas de despolarização.
 A onda T é produzida pelos potenciais gerados enquanto os ventrículos se reestabelecem do estado
de despolarização. Esse processo no músculo ventricular normalmente ocorre 0,25 a 0,35 segundo
após a sua despolarização, e a onda T é conhecida como onda de repolarização.

Assim, o eletrocardiograma é formado por ondas de despolarização e por onda de repolarização.

A onda P ocorre no início da contração dos átrios, e o complexo QRS de ondas ocorre no início da contração
dos ventrículos. Os ventrículos permanecem contraídos até que a repolarização tenha ocorrido, ou seja, até o
final da onda T. A onda de repolarização ventricular é a onda T do eletrocardiograma normal.
 Intervalo P-Q: é o tempo decorrido entre o início da onda P e o início do complexo QRS corresponde
ao intervalo entre o começo da estimulação elétrica dos átrios e o começo da estimulação dos
ventrículos. O intervalo P-Q normal é cerca de 0,16 segundos.
 Intervalo Q-T: a contração do ventrículo dura, aproximadamente, do início da onda Q até o final da
onda T. Esse período é denominado intervalo Q-T e tem, normalmente, cerca de 0,35 segundos.

6- Relacione a duração total do ciclo cardíaco com a frequência cardíaca.

O Ciclo cardíaco consiste no período de relaxamento, a diástole, a qual o sangue se enche de sangue,
seguido pelo período de contração, a sístole. A duração total do ciclo cardíaco incluindo a sístole e a diástole
é reciproca da frequência cardíaca, ou seja, se a frequência cardíaca é 72 batimentos/minuto, a duração do
ciclo cardíaco é de 1/72 batimentos/minuto.
Quando a frequência cardíaca aumenta, a duração de cada ciclo cardíaco diminui.
7- Descreva o controle do Sistema Nervoso Autônomo sobre o coração.

CONTROLE DA RITMICIDADE E CONDUÇÃO CARDÍACAS PELOS NERVOS SIMPÁTICOS E


PARASSIMPÁTICOS

Os nervos parassimpáticos (os vagos) distribuem-se principalmente para os nodos sinusal e A-V, em menor
escala para o músculo dos dois átrios e menos ainda para o músculo ventricular. Os nervos simpáticos, por
outro lado, distribuem-se a todas as partes do coração, com forte representação para o músculo ventricular,
assim como para todas as outras áreas.

Efeito da estimulação parassimpática (vagal) sobre o ritmo cardíaco e a condução cardíaca. A


estimulação dos nervos parassimpáticos para o coração (os vagos) faz com que o hormônio acetilcolina seja
liberado nas terminações vagais. Esse hormônio tem dois efeitos principais sobre o coração. Em primeiro
lugar, ele diminui a frequência do ritmo do nodo sinusal e, segundo, ele diminui a excitabilidade das fibras
juncionais A-V entre a musculatura atrial e o nodo A-V, lentificando, assim, a transmissão do impulso
cardíaco para os ventrículos.

Efeito da estimulação simpática sobre o ritmo cardíaco e a condução cardíaca. A estimulação dos
nervos simpáticos libera o hormônio norepinefrina nas terminações nervosas simpáticas e aumenta a
frequência de descarga do nodo sinusal; depois ela aumenta a velocidade da condução e, também, o nível de
excitabilidade em todas as partes do coração; por fim, ela aumenta muito a força de contração de toda a
musculatura cardíaca, tanto atrial como ventricular.
5) O eletrocardiograma registra os potenciais elétricos gerados pelo impulso cardíaco e, assim, ondas são
produzidas: onda P, complexo QRS e onda T. Relate quando cada onda é produzida e qal período do ciclo
cardíaco ocorrerá imediatamente após a sua formação.
O ECG normal é composto pela:
Onda P: produzida pelos potenciais elétricos gerados quando
Ondas de
os átrios se despolarizam, antes de a contração atrial começar. despolarização
Complexo QRS: produzido pelos potenciais gerados quando os
ventrículos se despolarizam antes de sua contração.
Onda T: produzida pelos potenciais gerados, enquanto os Onda de
repolarização
ventrículos se restabelecem do estado de despolarização.

- Intervalo P-Q ou P-R: é o intervalo entre o início da onda P ao início do Complexo QRS. Ou seja, é o
começo da estimulação dos átrios e o começo da estimulação dos ventrículos. Tem duração de 0,16
segundos.
- Intervalo Q-T: contração do ventrículo dura aproximadamente do início da onda Q até fim da onda T. Tem
duração de 0,32 segundos.

Derivações Bipolares dos Membros


O termo bipolar quer dizer que o ECG é registrado por dois eletrodos posicionados em lados diferentes do
coração (neste caso, nos membros). Derivação não é só um fio conectado ao corpo, mas a combinação de
dois fios e seus eletrodos para formar um circuito completo entre o corpo e o eletrocardiógrafo.
Derivação I: o terminal negativo do eletrocardiógrafo é conectado ao braço direito, e o terminal positivo, ao
braço esquerdo.
Derivação II: o terminal negativo do eletrocardiógrafo é conectado ao braço direito, e o terminal positivo, à
perna esquerda.
Derivação III: o terminal negativo do eletrocardiógrafo é conectado ao braço esquerdo, e o terminal positivo,
à perna esquerda.

Triângulo de Einthoven
Os dois ápices da parte superior do triêngulo representam os pontos pelos quais os dois braços se conectam
eletricamente aos líquidos situados ao redor do coração, e o ápice inferior é o ponto pelo qual a perna
esquerda se conecta a esses líquidos.

Derivações Precordiais (Torácicas)


São obtidas unindo-se o terminal de Wilson (T) onde o eletrodo negativo é colocado. O eletrodo explorador,
positivo, é colocado sucessivamente sobre as seis posições da superfície torácica:
V1: Quarto espaço intercostal, à direita do esterno.
V2: Quarto espaço intercostal, à esquerda do esterno.
V3: A meio caminho entre os pontos V2 e V4.
V4: Quinto espaço intercostal esquerdo, na linha clavicular
média.
V5: Quinto espaço intercostal esquerdo, na linha axilar
anterior.
V6: Quinto espaço intercostal esquerdo, na linha axilar média.
Derivações Unipolares
Dois dos membros são conectados ao terminal negativo do eletrocardiógrafo por meio de resistências
elétricas, e o terceiro membro é conectado ao terminal positivo. Quando o terminal positivo está no braço
direito, a derivação é denominada aVR; quando está no braço esquerdo, aVL; e quando está na perna
esquerda, aVF.
7) Descreva o controle do Sistema Nervoso Autônomo sobre o coração.
Controle do coração pela inervação simpática e parassimpática:
- Nervos simpáticos: podem aumentar o débito cardíaco (DC) em mais de 100%;
- Nervos parassimpáticos: podem diminuir o DC até quase zero.
Estimulação simpática do miocárdio:
- Maior força de contração (até 2X);
- Maior volume bombeado de sangue;
- Maior pressão de ejeção;
- Aumento da frequência cardíaca (FC);
- Aumenta a frequência de descargas do nodo sinusal (sinoatrial);
- Aumento da velocidade da condução;
- Grande aumento da força de contração da musculatura cardíaca;
- Norepinefrina: estimula os receptores adrenérgicos beta-1 que tem efeito na FC; aumento da
permeabilidade ao Na-Ca.

Inibição simpática do miocárdio:


- Menor bombeamento cardíaco;
- Diminuição da FC;
- Diminuição da força de contração (até 30%).

Estimulação parassimpática (vagal) do miocárdio:


- A forte estimulação nervosa parassimpática pode chegar a parar os batimentos por alguns segundos, mas
há um “escape” e ele volta a bater de 20 a 40X/min.
- Contração miocárdia pode diminuir 20 a 30%.
- As fibras vagais se encontram principalmente nos átrios, com poucas fibras nos ventrículos.
- Estímulo vagal: redução da frequência cardíaca e não muito a força de contração; bombeamento
ventricular pode diminuir em 50% ou mais;
- Liberação de acetilcolina pelas terminações vagais possui 2 efeitos principais:
1- Diminuir o ritmo do nodo atrial;
2- Reduzir a excitabilidade das fibras juncionais A-V entre a musculatura atrial e o nodo A-V = lenta
transmissão do impulso cardíaco.

Controle da ritmicidade cardíaca e condução de impulsos pelos nervos cardíacos simpáticos e


parassimpáticos:
- Parassimpático (vago): distribuem-se para os nodos S-A e A-V, pouco menos para musculatura atrial e
muito pouco para músculo ventricular.
- Simpático: distribuem-se por todas as porções do coração, com forte representação no músculo ventricular.

Inervação simpática dos vasos sanguíneos:


- Fibras nervosas simpáticas estão distribuídas pelos vasos sanguíneos da maioria dos tecidos, exceto nos
capilares (não inervados).
- A inervação de pequenas artérias permite a estimulação simpática para aumentar a resistência ao fluxo
sanguíneo, com consequente diminuição do fluxo pelos tecidos.
- A inervação de vasos maiores, especialmente as veias, diminui seu volume, o que pode impulsionar o
sangue para o coração.

Inervação parassimpática dos vasos sanguíneos:


- O sistema nervoso autônomo parassimpático desempenha apenas papel secundário na regulação da função
vascular na maioria dos tecidos.

Roteiro morfo 24/08


1)Anatomia
Sistema Urinário

Este aparelho pode ser dividido em órgãos secretores, que produzem a urina (rins), e órgãos excretores, que
são encarregados de processar a drenagem da urina para fora do corpo (ureteres, bexiga e uretra).
Rins: Os rins são órgãos pares, em forma de grão de feijão, localizados logo acima da cintura, entre o
peritônio e a parede posterior do abdome, ou seja, fora da cavidade peritoneal, sendo considerado um órgão
retroperitoneal. Sua coloração é vermelho-parda. Há um rim em cada lado da coluna, sendo que o direito
está localizado logo abaixo do fígado e o esquerdo abaixo do baço. Acima de cada um encontra-se
a glândula adrenal ou supra-renal.

O esquerdo é um pouco mais comprido e mais estreito do que o direito. O rim direito normalmente situa-se
ligeiramente abaixo do rim esquerdo devido ao grande tamanho do lobo direito do fígado.

Margem medial (côncava) e lateral (convexa).

Hilo Renal: Na borda medial se situa o Hilo, neste se abre no seio renal, onde estão localizados os vasos
renais e a pelve renal, além de pequena quantidade de gordura. No hilo renal, identifica-se a veia renal,
ventralmente; a artéria renal em posição intermediária e a pelve renal (parte dilatada do ureter) dorsalmente,
esses três formam o pedículo renal, além de alguns nervos e vasos linfáticos.

Seio Renal: É uma expansão do Hilo Renal, é ocupado pela pelve renal, cálices, nervos, vasos sanguíneos e
linfáticos e uma variável quantidade de gordura.

Face anterior e posterior: As duas faces são lisas, porém a anterior é mais abaulada e a posterior
mais plana.

Pólo ou extremidade superior e inferior: Superior (Glândula Supra-Renal) e Inferior (a nível de L3).
Fáscia Renal ou Gerota: Externamente a cápsula renal, encontra-se uma cápsula adiposa conhecida como
gordura perirrenal, envolvendo ela encontra-se uma fáscia renal fibrosa. Esta fáscia separa a gordura
perirrenal da gordura extraperitoneal, denominada gordura pararrenal. A fáscia fibrosa renal consiste em um
folheto posterior forte e um anterior mais delicado, reunindo-se lateralmente ao rim, fundindo-se com os
tecidos retroperitoneais, à medida que se estendem. A fáscia renal tem como principal função ancorar o rim
na parede posterior do abdome.
Cápsula fibrosa e adiposa: Da camada mais externa ao rim para a mais interna, respectivamente são: fáscia
renal, cápsula adiposa (gordura perirrenal) e cápsula fibrosa no qual protege o órgão de traumatismos,
movimentos bruscos e golpes.

Córtex Renal: Possui uma coloração mais clara e é periférica, tanto ela como a medula possuem parte dos
néfron, nela as partes que a constituem são:

 Corpúsculo renal
 Túbulo proximal
 Túbulo distal
 Coletor cortical

Medula Renal: Medula renal é a parte mais interna do rim localizado entre o córtex renal e a pélvis. Ela
contém numerosos tubos coletores de urina. As partes dos néfrons que se localizam na medula são:

 Alça de henle
 Coletor medular
Pirâmide Renal: A medula consiste em 8-18 estruturas cuneiformes, as Pirâmides Renais. A base
(extremidade mais larga) de cada pirâmide olha o córtex, e seu ápice (extremidade mais estreita), chamada
papila renal, aponta para o hilo do rim. O córtex e as pirâmides renais da medula renal constituem a parte
funcional, ou parênquima do rim. No parênquima estão as unidades funcionais dos rins, os néfrons.

Papila Renal: É a extremidade mais estreita da Pirâmide Renal, o ápice. Os ductos coletores da urina
abrem-se na extremidade da papila e ela projeta-se em um cálice menor.
Coluna Renal (Bertin) : coluna renal é a porção do córtex renal que fica entre as duas pirâmides renais.
Lobos Renais: Uma pirâmide medular mais o tecido cortical adjacente (Córtex a cima dela) mais o tecido
cortical lateral (Coluna Renal) constitui um lobo renal.

Segmentos Renais: cinco segmentos renais: superior, anterossuperior, anteroinferior, inferior e posterior.
Para para cada segmento renal uma artéria deve existir para irrigar aquela região, da artéria renal saem várias
artérias segmentares tendo origem próxima do hilo ou no próprio hilo.
Pelve Renal, Cálice menor e maior: É responsável pela coleta de urina, a pelve vai se ramificando em
direção à medula, formando cálices maiores e cálices menores.

OBS: O cálice renal menor recebe urina dos ductos papilares de uma papila renal e a transporta até um
cálice renal maior. Do cálice renal maior, a urina drena para a grande cavidade chamada Pelve Renal e
depois para fora, pelo Ureter, até a bexiga urinária.

Ureter: A urina depois de drenada para a Pelve Renal a partir dos cálices, ela irá em direção ao ureter e
depois para a bexiga. São dois tubos que transportam a urina dos rins para a bexiga.Os ureteres são capazes
de realizar contrações rítmicas denominado peristaltismo. A urina se move ao longo dos ureteres em
resposta à gravidade e ao peristaltismo.

Ureter Abdominal e Pélvico: Descendo obliquamente para baixo e medialmente, o ureter percorre por
diante da parede posterior do abdome, (Ureter Abdominal) abrindo-se no óstio do ureter situado no assoalho
da bexiga urinária (Pélvico)

Ureter Intramural: É a menor parte do Ureter, com a bexiga cheia, a parte intramural do ureter fica
comprimida e, portanto vedada, evitando assim um possível refluxo da urina.
Bexiga Urinária: A bexiga urinária funciona como um reservatório temporário para o armazenamento da
urina. Quando vazia, a bexiga está localizada inferiormente ao peritônio e posteriormente à sínfise púbica:
quando cheia, ela se eleva para a cavidade abdominal.

A saída da bexiga urinária contém o músculo esfíncter chamada esfíncter interno, que se contrai
involuntariamente, prevenindo o esvaziamento. Inferiormente ao músculo esfíncter, envolvendo a parte
superior da uretra, está o esfíncter externo, que controlado voluntariamente, permitindo a resistência à
necessidade de urinar.

É um órgão muscular oco, elástico que, nos homens situa-se diretamente anterior ao reto.
Nas mulheres está à frente da vagina e abaixo do útero.
Úvula: É mais proeminente em idosos do sexo masculino por causa do lobo médio da próstata.
Ligamento umbilical mediano: Era o Uraco no qual virou o ligamento umbilical mediano, que fica entre os
ligamentos umbilicais mediais.

M. detrusor da bexiga: O músculo detrusor é um músculo liso da parede da bexiga urinária. Durante
a micção, ele se contrai para expulsar a urina da bexiga. Em outros momentos, ele se mantém relaxado para
permitir que a bexiga se encha.

Prega interuretérica: É uma proeminência existente entre os dois óstio ureterais.


Óstio do ureter: O óstio ureteral é a chegada dos ureteres na bexiga.

Trígono: O trígono da bexiga é uma região triangular ínfero posterior neste órgão e limitado pelos óstio
ureterais (esquerdo e direito) e óstio interno da uretra (inferior), onde os ureteres se abrem. A úvula é uma
pequena elevação do trígono.
2)Descrever a circulação renal a partir da artéria renal até a volta do sangue pela veia renal.
Os rins recebem 20-25% do débito cardíaco em repouso, por meio das artérias renais direita e esquerda.

Dentro do rim, a artéria renal divide-se em diversas artérias segmentares, que suprem segmentos diferentes
dos rins. Cada artéria segmentar dá origem a diversos ramos que entram no parênquima e passam pelas
colunas renais entre os lobos dos rins, como as artérias interlobares. Nas bases das pirâmides renais, as
artérias interlobares curvam-se entre o córtex e a medula renais, tornando-se aqui conhecidas como artérias
arqueadas. As divisões das artérias arqueadas produzem uma série de artérias interlobulares. Estas artérias
são assim denominadas porque passam entre os lóbulos dos rins. As artérias interlobulares entram no córtex
renal e dão origem a ramos chamados de arteríolas aferentes.

Cada néfron recebe uma arteríola aferente, que se divide em uma rede capilar enovelada, chamada de
glomérulo. Os capilares glomerulares, então, se reúnem para formar uma arteríola eferente, que transporta o
sangue para do glomérulo. Os capilares glomerulares são únicos entre os capilares no corpo, porque estão
posicionados entre duas arteríolas, e não entre uma arteríola e uma vênula. Como formam redes capilares e,
além disso, exercem um papel importante na formação da urina, os glomérulos são considerados parte tanto
do sistema circulatório quanto do sistema urinário.

As arteríolas eferentes se dividem para formar os capilares peritubulares, que circundam as partes tubulares
do néfron, no córtex renal. Estendendo-se a partir de algumas arteríolas aferentes, encontram-se capilares
que formam alças longas, chamados de arteríolas retas, que suprem as partes tubulares do néfron, na medula
renal.

Os capilares peritubulares, consequentemente, se reúnem para formar as vênulas peritubulares e, em


seguida, as veias interlobulares, que também recebem sangue proveniente das arteríolas retas. Em seguida, o
sangue drena por meio das veias arqueadas para as veias interlobares, correndo entre as pirâmides renais. O
sangue deixa o rim por meio de uma única veia renal, que deixa o hilo renal e leva sangue venoso para veia
cava inferior.

Muitos nervos renais se originam do gânglio celíaco e passam pelo plexo renal, em direção aos rins, junto
com as artérias renais. Os nervos renais são uma subdivisão da parte simpática da divisão autônoma do
sistema nervoso. A maioria são nervos vasomotores que regulam o fluxo de sangue pelo rim, provocando
vasodilatação ou vasoconstrição das arteríolas renais.
3) Descrever os limites do trígono da bexiga
Quando a bexiga está cheia, sua superfície interna fica lisa. Uma área triangular na superfície posterior da
bexiga não exibe rugas. Esta área é chamada trígono da bexiga e é sempre lisa. Este trígono é limitado por
três vértices: os pontos de entrada dos dois ureteres e o ponto de saída da uretra. O trígono é importante
clinicamente, pois as infecções tendem a persistir nessa área.
4) Reconheça as regiões do rim; o néfron e seus componentes.

O néfron é a unidade morfofuncional ou unidade produtora de urina. O néfron é formado por dois
componentes principais:

1. Corpúsculo renal:
 Capsula de Bowman;
 Glomérulo – rede de capilares sanguíneos enovelados dentro da cápsula glomerular.
2. Túbulo renal:
 Túbulo contorcido proximal;
 Alça de henle;
 Túbulo contorcido distal;
 Túbulo coletor.
5) Focalize a lâmina no 13 ou 37 do Rim (H.E.). Identifique nas objetivas de menor aumento:
- A cápsula de tecido conjuntivo denso que reveste externamente o rim;

- A região cortical mais intensamente corada e a região medular que é mais extensa e de coloração mais
clara.

Passe para a objetiva de maior aumento e identifique:

Na cortical:

- Corpúsculos Renais (de Malpighi) - estruturas esféricas entremeadas a uma rede tortuosa de túbulos renais.
São formados pelo glomérulo (parte vascular) que está envolvido pela Cápsula de Bowmann (parte
epitelial);
- Túbulo Contorcido Proximal - constituem a maior parte do parênquima cortical. Em corte transversal são
arredondados ou ovóides, com luz estreita, revestidos por epitélio cúbico simples com citoplasma acidófilo.
Sua borda interna tem aspecto irregular - borda em escova - por conter microvilosidades;

- Túbulo Contorcido Distal - de luz mais ampla e células com citoplasma menos corado e desprovidas de
microvilosidades.

Na medular:

- Alça de Henle - o segmento descendente ou delgado possui luz estreita e epitélio pavimentoso simples, e o
segmento ascendente ou espesso de maior diâmetro com células cúbicas pouco acidófilas.
Morfo
Roterio 4- Histologia

6) Lâmina 14= Bexiga


 Mucosa- Formada por Urotélio= Epitélio de transição
 OBS: não há Submucosa
 Lâmina Própria- Formada por tecido conjuntivo
 Muscular- Músculo liso organizado em camadas (longitudinalmente)
 Serosa- porção superior da bexiga, formada por tecido conjuntivo mais mesotélio e
Adventícia- porção inferior da bexiga, formada por tecido conjuntivo

7 Identificar em uma radiografia simples do absome em AP (antero-posterior), as seguintes projeções:


RIM E/D, URETERE/D, BEXIGA e URETRA
1-Rim esquerdo; 2- Rim direito; 3-Pelve renal esquerda, 4-Pelve renal direita; 5-Papila renal ;6-
Ureter esquerdo; 7- ureter direito; 8- Bexiga urinária.

8 – Identificar as estruturas anatômicas do Sistema Urinário em um exame contrastado das Vias Urinárias
(UGE - Urografia Excretora).

-Grupamento calicial superior D/E

-Grupamento calicial médio D/E

-Grupamento calicial inferior D/E

-Pelve renal D/E

-Junção ureteropielocalicial D/E

- Ureter D/E

-Junção vesicoureteral D/E

-Bexiga Urinária

-Uretra (Masculina/Feminina)
Lembrar que deverá nomear em todas estruturas os lados esquerdo e direito, não coloquei todos os lados
para que fique mais fácil de visualizar a imagem

8) Identificar as estruturas anatômicas do Sistema Urinário em um exame contrastado das Vias Urinárias
(UGE - Urografia Excretora).

-Grupamento calicial superior D/E


-Grupamento calicial médio D/E
-Grupamento calicial inferior D/E
-Pelve renal D/E
-Junção ureteropielocalicial D/E
- Ureter D/E
-Junção vesicoureteral D/E
-Bexiga Urinária
-Uretra (Masculina/Feminina)
Roteiro PI 24/08
1)Resultados

Ingestão de isotônico

Cor passou de amarelo ouro para amarelo claro como o decorrer de 60 min

Fluxo urinário aumentou como o decorrer de 60 min respectivamente 0,4; 0,6; 1,66

Ph: manteve acido 5

Concentração de [NaCl] aumentou como o decorrer de 60 min respectivamente 66,6; 66,6;133,3

Ingestão de agua

Cor passou de amarelo ouro, amarelo claro, amarelo transparente como o decorrer de 60 min

Fluxo urinário aumentou como o decorrer de 60 min respectivamente 0,53; 1,06; 4

Ph: manteve acido 5, após 60 min passou para 6


Concentração de [NaCl] diminuiu como o decorrer de 60 min respectivamente 200; 66,6;66,6

Ingestão de café

Cor manteve amarelo ouro como o decorrer de 60 min

Fluxo urinário diminuiu como o decorrer de 60 min respectivamente 0,73; 0,60;0,4

Ph ficou mais acido: 7,6,5 respectivamente com o decorrer do tempo

Concentração de [NaCl] diminuiu como o decorrer de 60 min respectivamente 133,3; 66,6;66,6

Sem ingestão de líquidos

Única micção com 60 min cor amarelo

Ph: 7

Fluxo: 0,45

Concentração de [NaCl]: 66,6

2) Relate os três processos renais que determinam a composição da urina e a função de cada um.
A formação de urina começa com a filtração de grande quantidade de líquido dos capilares glomerulares
para dentro da cápsula de Bowman. Quando o filtrado glomerular entra nos túbulos renais, flui
sequencialmente pelas partes sucessivas do túbulo – o túbulo proximal, a alça de Henle, o túbulo distal, o
túbulo coletor e finalmente o ducto coletor – antes de ser excretado como urina.

Ao longo desse trajeto, algumas substâncias são seletivamente reabsorvidas de volta ao sangue, enquanto
outras são secretadas a partir do sangue para dentro da luz tubular.

No túbulo proximal são reabsorvidos: 65% do sódio e da água; cloro; todos os aminoácidos e glicose. Há a
secreção de sais biliares, oxalato e urato.

Na alça de Henle na parte descendente é reabsorvido: 20% da água, ureia e sódio. Já na parte ascendente é
reaborvido: sódio, cloreto, potássio, magnésio, cálcio e potássio. Essa área é impermeável água.

O túbulo distal é reabsorvido: sódio, potássio e cloreto.

Finalmente, a urina que é formada e todas as substâncias na urina representam a soma e três processos
básicos renais – a filtração glomerular, a reabsorção tubular e a secreção tubular – do seguinte modo:
Excreção urinária = filtração glomerular – reabsorção tubular + secreção tubular.

3) Qual a variação fisiológica do pH da urina? Por que há esta variação?


O PH da urina pode variar de 4,5 a 8,0, dependendo do estado acidobásico do líquido extracelular. Os rins
controlam o equilíbrio acidobásico excretando urina ácida ou básica. Excreta urina ácida, quando há redução
da quantidade de ácido do líquido extracelular, enquanto excretando uma urina básica, remove base dos
líquidos extracelulares.

4) Qual homônio controla a concentração urinária? onde é produzido e secretado?


O hormônio que controla a concentração urinária é o ADH (hormônio antidiurético ou vasopressina). Esse
hormônio é secretado em caso de desidratação, aumento da osmolaridade ou redução da pressão arterial,
fazendo com que os rins conservem agua no corpo, concentrando e reduzindo o volume da urina.
(reabsorção da água)

A vasopressina é produzida no hipotálamo e seus axônios se estendem até a neurohipófise e essa última
secreta esse hormônio.

Roteiro morfo 31/08


1)Anatomia
Roteiro 31/09

Exercício 1
ANATOMIA SISTEMA RESPIRATÓRIO

TRAQUÉIA:
A traquéia é tubo membranoso e cartilaginoso, que se estende da porção inferior da laringe, no nível da 6º
vértebra cervical, até a borda superior da 5º vértebra torácica, onde se bifurca em dois brônquios, um para
cada pulmão.

Mede aproximadamente 11cm no sentido longitudinal com um diâmetro aproximado de 2 a 2,5 cm, variando
de acordo com o tamanho do indivíduo.
1. Superfície anterior: É convexa e recoberta, no pescoço, pelo istmo da glândula tireóide e pelas veias
tireoidianas inferiores.

Os músculos esterno-tireóideo e esterno-hióideo, a fáscia cervical e as veias jugulares anteriores também se


encontram anteriormente a traquéia.

No tórax, está coberta pelo manúbrio do esterno, o Timo, o tronco venoso braquiocefálico, a crossa da
aorta, o tronco braquiocefálico e a artéria carótida comum esquerda.

Superfície posterior : em contato com a superfície anterior do esôfago em todo seu trajeto.
Superfície lateral : Tem relação no pescoço com as artérias carótidas comuns, com os lobos da glândula
tireóide, as artérias tireoidianas inferiores e os nervos recorrentes.

No tórax a traquéia está alojada no mediastino superior, e se relaciona lateralmente com pleura pulmonar e o
nervo vago direito e tronco braquiocefálico, à direita; à esquerda ela toca o nervo laríngeo recorrente, a
crossa da aorta e a artéria carótida comum esquerda e subclávia esquerda.
A traquéia e as porções extra-pulmonares dos brônquios são compostas por anéis de cartilagem hialina,
tecido fibroso, uma membrana mucosa e glândulas secretoras.

O número exato de anéis cartilaginosos não existe, variando de acordo com o indivíduo em 16 ou 12 anéis,
cada anel forma um arco que ocupa dois terços da circunferência da traquéia, estando abertos na porção
posterior onde são unidos por um tecido fibroso e fibras musculares.

A traquéia possui dois anéis, o primeiro e o último, bem peculiares, com características distintas dos demais.
O primeiro anel traqueal é mais largo de todos, está conectado a cartilagem cricóide pelo ligamento
cricotireóideo. O último anel traqueal , denominado Carina, é mais espesso e largo na linha média, em
consequência de sua borda inferior se prolongar em um processo em formato triangular, que se curva para
baixo e atrás dos dois brônquios. Acaba de cada lado com um anel imperfeito, o qual se aproxima do início
dos brônquios. As cartilagens traqueais são unidas por uma membrana fibrosa.
Brônquios
A primeira porção de brônquios é denominada de brônquios principais e fazem a ligação da traquéia com os
pulmões.
Os brônquios principais são compostos de 2 ramos : Brônquio direito e esquerdo,

O Brônquio Direito é mais largo, menor e mais vertical que o esquerdo. Possui um comprimento médio de
2,5cm e penetra no pulmão direito no nível da 5º vértebra torácica.

O Brônquio Esquerdo possui menor calibre, porém é mais longo e mais horizontal que o direito. Tem
comprimento de 5 cm, aproximadamente. Penetra no pulmão esquerdo ao nível da 6º vértebra torácica.

Após penetrarem no hilo pulmonar, os brônquios principais vão se subdividindo: brônquios secundários ou
Lobares; brônquios terciários ou Segmentares.
BRONQUIOLOS
Os brônquios vão se dividindo em tubos cada vez menores denominados bronquíolos.
Histologicamente, a parede dos bronquíolos contém músculo liso e em seus ramos menores a cartilagem
desaparece.
As ramificações dos bronquíolos são: bronquíolo condutor bronquíolo terminalbronquíolo respiratório
Os bronquíolos respiratórios originam os ductos alveolares que posteriormente formam os alvéolos
(minúsculos sáculos de ar).
PULMÃO
Órgão par  duas vísceras situadas uma de cada lado no interior do tórax

Eles estendem-se do diafragma até um pouco acima das clavículas e estão justapostos às costelas.
o Pulmão direito é o mais espesso e mais largo que o esquerdo e um pouco mais curto pois o diafragma é
mais alto no lado direito para acomodar o fígado.

DIVISÕES ANATOMICAS DO PULMÃO

 Ápice do Pulmão: está voltado cranialmente e tem forma levemente arredondada. Apresenta um
sulco percorrido pela artéria subclávia, denominado sulco da artéria subclávia. No corpo, o ápice do
pulmão atinge o nível da articulação esterno clavicular.
 Base do Pulmão: a base do pulmão apresenta uma forma côncava, apoiando-se sobre a face superior
do diafragma. A concavidade da base do pulmão direito é mais profunda que a do esquerdo por causa
dofígado.
 Margens do Pulmão: anterior, posterior e inferior.
A borda anterior é delgada e estende-se à face ventral do coração.A borda anterior do pulmão esquerdo
apresenta uma incisura produzida pelo coração, a incisura cardíaca.

A borda posterior projeta-se na superfície posterior da cavidade torácica.

A borda inferior apresenta duas porções: uma que é delgada e projeta-se no recesso costofrênico e outra
que é mais arredondada

 Faces do Pulmão

1. Face Costal : é relativamente lisa e convexa, voltada para a superfície interna da cavidade torácica
2. Face Diafragmática (face inferior): é a face côncava que assenta sobre a cúpula diafragmática.
3. Face Mediastinal (face medial): é a face que possui uma região côncava onde se acomoda o coração.
Dorsalmente encontra-se a região denominada hilo ou raiz do pulmão.

O Hilo do Pulmão é formado pelas estruturas que chegam e saem dele: os brônquios principais, artérias
pulmonares, veias pulmonares, artérias e veias bronquiais e vasos linfáticos.
Os brônquios ocupam posição caudal e posterior, enquanto que as veias pulmonares são inferiores e
anteriores. A artéria pulmonar ocupa uma posição superior e mediana em relação a essas duas estruturas.

Lobos Pulmonares

O pulmão direito apresenta-se constituído por três lobos: superior , médio e inferior

Esses são divididos por duas fissuras: fissura oblíqua, que separa lobo inferior dos lobos médio e superior
;e fissura horizontal, que separa o lobo superior do lobo médio.

O pulmão esquerdo é dividido em 2 lobos: superior e inferior. Anteriormente e inferiormente, o lobo


superior do pulmão esquerdo apresenta uma estrutura que representa resquício embrionário do que poderia
ter originado o lobo médio, denominado língula do pulmão.

Os lobos esquerdos são divididos por uma única fissura , a fissura oblíqua. Cada lobo pulmonar é
subdividido em segmentos pulmonares, que constituem unidades pulmonares completas, consideradas
autônomas sob o ponto de vista anatômico.
 Segmentos Pulmonares:

Pulmão Direito
* Lobo Superior: segmento apical, anterior e posterior;
* Lobo Médio: segmento medial e lateral;
* Lobo Inferior: segmento superior, basal anterior, basal posterior, basal medial e basal lateral.

Pulmão Esquerdo
* Lobo Superior: segmento apical ,posterior, anterior, lingular superior e lingular inferior;
* Lobo Inferior: segmento basal anterior, basal posterior, basal medial e basal lateral.
Cavidade torácica
Contém os dois pulmões, cada um em seu saco pleural, o coração em seu saco pericárdico, e diversos outros
órgãos e estruturas importantes.
A base da cavidade é formada pelo diafragma que tem o formato de uma cúpula ,com sua superfície
convexa voltada para a cavidade torácica (para cima).
Um septo longitudinal, o mediastino, divide a cavidade em duas câmaras laterais. Cada uma dessas câmaras
é forrada por uma túnica serosa denominada pleura.

A cavidade torácica está revestida por uma camada de tecido conjuntivo frouxo, a fáscia endotorácica. Esta
fáscia cobre:
1. As superfícies ventrais dos corpos das vértebras torácicas e o músculo longo do pescoço

2. As superfícies internas das costelas, suas cartilagens costais, e os músculos intercostais

3. A superfície dorsal do esterno e o músculo transverso do tórax

4. A superfície torácica do diafragma, onde ela é conhecida como a fáscia frenicorporal.


No plano mediano, a fáscia endotorácica é refletida das superfícies dorsal e ventral da cavidade para formar
o tecido conjuntivo do mediastino. Esta camada de fáscia divide a cavidade torácica em compartimentos
direito e esquerdo.

A fáscia que cobre as superfícies internas das costelas e os músculos intercostais é bem desenvolvida e
contém uma alta proporção de fibras elásticas; ela é mais espessa onde cruza os espaços intercostais do que
onde ela é aplicada às costelas em si.

PLEURA
É uma membrana serosa de dupla camada que envolve e protege cada pulmão.

A camada externa é aderida à parede da cavidade torácica e ao diafragma, e é denominada Pleura Parietal.

A camada interna, Pleura Visceral, reveste os próprios pulmões (adere-se intimamente à superfície do
pulmão e penetra nas fissuras entre os lobos).
Entre as pleuras visceral e parietal encontra-se um pequeno espaço, a cavidade pleural, que contém pequena
quantidade de líquido lubrificante, secretado pelas túnicas. Esse líquido reduz o atrito entre as túnicas,
permitindo que elas deslizem facilmente uma sobre a outra, durante a respiração.

Pleura parietal se divide em:

Pleura costal – mais superficial, intimamente relacionado as estruturas que formam a parede torácica
(cartilagens costais, costelas, esterno, vértebras torácicas e discos intervertebrais).

Pleura diafragmática - Reveste a superfície superior (torácica) do diafragma.

Pleura mediastinal - Delimita lateralmente o mediastino.

Cúpula da pleura – parte apical, 2 a 3 cm acima da extremidade medial da clavícula

Na área de transição entre a pleura costal e a pleura diafragmática, acaba se formando um recesso, uma área
profunda e com declive posteriormente, chamado de recesso costofrênico ou recesso costodiafragmático.
Entre a pleura costal e a mediastinal forma-se o recesso costomediastinal, que não tem a profundidade do
recesso costofrênico.

A função do sistema respiratório é facultar ao organismo uma troca de gases com o ar atmosférico,
assegurando permanente concentração de oxigênio no sangue, necessária para as reações metabólicas, e em
contrapartida servindo como via de eliminação de gases residuais, que resultam dessas reações e que são

representadas pelo gás car bônico.


Este sistema é constituído pelos tratos (vias) respiratórios superior e inferior. O trato respiratório superior é
formado por órgãos localizados fora da caixa torácica: nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe e parte
superior da traquéia. O trato respiratório inferior consiste em órgãos localizados na cavidade torácica: parte
inferior da traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões. As camadas das pleura e os músculos que
formam a cavidade torácica também fazem parte do trato respiratório inferior.O intercâmbio dos gases faz-
se ao nível dos pulmões, mas para atingi-los o ar deve percorrer diversas porções de um tubo irregular, que
recebe o nome conjunto de vias aeríferas.

As vias aeríferas podem ser divididas em: NARIZ, FARINGE, LARINGE, TRAQUEIA, BRÔNQUIOS
e PULMÕES.

NARIZ

O nariz é uma protuberância situada no centro da face, sendo sua parte exterior denominada nariz externo e
a escavação que apresenta interiormente conhecida por cavidade nasal.

O nariz externo tem a forma de uma pirâmide triangular de base inferior e cuja a face posterior se ajusta
verticalmente no 1/3 médio da face.
As faces laterais do nariz apresentam uma saliência semilunar que recebe o nome de asa do nariz.

O ar entra no trato respiratório através de duas aberturas chamadas Narinas. Em seguida, flui pelas
cavidades nasais direita e esquerda, que estão revestidas por mucosa respiratória. O septo nasal separa essas
duas cavidades. Os pelos do interior das narinas filtram grandes partículas de poeira que podem ser inaladas.
Além disso, a cavidade nasal contêm células receptoras para o olfato.

A cavidade nasal é a escavação que encontramos no interior do nariz, ela é subdividida em dois
compartimentos um direito e outro esquerdo. Cada compartimento dispõe de um orifício anterior que é a
Narina e um posterior denominado Coana. As Coanas fazem a comunicação da cavidade nasal com a
faringe. É na cavidade nasal que o ar torna-se condicionado, ou seja, é filtrado, umedecido e aquecido.
Na parede lateral da cavidade nasal encontramos as Conchas Nasais (cornetos) que são divididas em
Superior, Média e Inferior.

PAREDE LATERAL DO NARIZ

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
O esqueleto ósseo do nariz é formado pelo osso frontal, ossos nasais e maxilares.

A cavidade nasal contêm várias aberturas de drenagem, pelas quais o muco dos seios paranasais é drenado.
Os Seios Paranasais compreendem os seios maxilares, frontal, etmoidal e o esfenoidal.

Seios Paranasais ou Seios da Face – Vistas Lateral e Anterior


FARINGE

A faringe é um tubo que começa nas coanas e estende-se para baixo no pescoço. Ela se situa logo atrás das
cavidades nasais e logo a frente às vértebras cervicais. Sua parede é composta de músculos esqueléticos e
revestida de túnica mucosa. A faringe funciona como uma passagem de ar e alimento.A faringe é dividida
em três regiões anatômicas: Nasofaringe, Orofaringe e Laringofaringe.
A porção superior da faringe, denominada parte nasal ou Nasofaringe, tem as seguintes comunicações: duas
com as coanas, dois óstios faríngeos das tubas auditivas e com a orofaringe. A tuba auditiva se comunica
com a faringe através do ósteo faríngeo da tuba auditiva, que por sua vez conecta a parte nasal da faringe
com a cavidade média timpânica do ouvido.
A parte intermediária da faringe, a Orofaringe, situa-se atrás da cavidade oral e estende-se do palato mole
até o nível do hioide. A parte da orofaringe tem comunicação com a boca e serve de passagem tanto para o
ar como para o alimento.

A Laringofaringe estende-se para baixo a partir do osso hioide, e conecta-se com o esôfago (canal do
alimento) e anteriormente com a laringe (passagem de ar). Como a parte oral da faringe, a laringofaringe é
uma via respiratória e também uma via digestória.

FARINGE – VISTA LATERAL


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

FARINGE – VISTA POSTERIOR


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

TESTE SEUS CONHECIMENTOS SOBRE SISTEMA RESPIRATÓRIO

LARINGE

A laringe é um órgão curto que conecta a faringe com a traqueia. Ela se situa na linha mediana do pescoço,
diante da quarta, quinta e sexta vértebra cervicais.

A Laringe tem três Funções:

Atua como passagem para o ar durante a respiração;

Produz som, ou seja, a voz (por esta razão é chamada de caixa de voz);

Impede que o alimento e objetos estranhos entrem nas estruturas respiratórias (como a traqueia).
A laringe desempenha função na produção de som, que resulta na fonação. Na sua superfície interna,
encontramos uma fenda antero-posterior denominada vestíbulo da laringe, que possui duas pregas: prega
vestibular (cordas vocais falsas) e prega vocal (cordas vocais verdadeiras).

A laringe é uma estrutura triangular constituída principalmente de cartilagens, músculos e ligamentos.

A parede da laringe é composta de nove peças de cartilagens. Três são ímpares (Cartilagem Tireóidea,
Cricoidea e Epiglótica) e três são pares (Cartilagem Aritenoidea, Cuneiforme e Corniculada).

A Cartilagem Tireóidea consiste de cartilagem hialina e forma a parede anterior e lateral da laringe, é
maior nos homens devido à influência dos hormônios durante a fase da puberdade. As margens posteriores
das lâminas apresentam prolongamentos em formas de estiletes grossos e curtos, denominados cornos
superiores e inferiores.

LARINGE – VISTA ANTERIOR DAS CARTILAGENS


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

A Cartilagem Cricoide localiza-se logo abaixo da cartilagem tireoide e antecede a traqueia.

A Epiglote se fixa no osso hioide e na cartilagem tireoide. A epiglote é uma espécie de “porta” para o
pulmão, onde apenas o ar ou substâncias gasosas entram e saem dele. Já substâncias líquidas e sólidas não
entram no pulmão, pois a epiglote fecha-se e este dirige-se ao esôfago.

LARINGE – VISTA POSTERIOR DAS CARTILAGENS


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

A Cartilagem Aritenoide articula-se com a cartilagem cricoide, estabelecendo uma articulação do tipo
diartrose. As cartilagens aritenoides são as mais importantes, porque influenciam as posições e tensões das
pregas vocais (cordas vocais verdadeiras).

A Cartilagem Corniculada situa-se acima da cartilagem aritenoide.

A Cartilagem Cuneiforme é muito pequena e localiza-se anteriormente à cartilagem corniculada


correspondente, ligando cada aritenoide à epiglote.

CARTILAGENS – CRICOIDE, ARITENOIDE E CORNICULADA


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

TRAQUEIA

A traqueia é um tubo de 10 a 12,5 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro. Constitui um tubo que faz
continuação à laringe, penetra no tórax e termina se bifurcando nos 2 brônquios principais. Ela se situa
medianamente e anterior ao esôfago, e apenas na sua terminação, desvia-se ligeiramente para a direita.

O arcabouço da traqueia é constituído aproximadamente por 20 anéis cartilagíneos incompletos para trás,
que são denominados cartilagens traqueais.

Internamente a traqueia é forrada por mucosa, onde abundam glândulas, e o epitélio é ciliado, facilitando a
expulsão de mucosidades e corpos estranhos.

Inferiormente a traqueia se bifurca, dando origem aos 2 brônquios principais:direito e esquerdo.

A parte inferior da junção dos brônquios principais é ocupada por uma saliência antero-posterior que recebe
o nome de carina da traqueia, e serve para acentuar a separação dos 2 brônquios.

TRAQUEIA – VISTA ANTERIOR


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

BRÔNQUIOS

Os brônquios principais fazem a ligação da traqueia com os pulmões, são considerados um direito e outro
esquerdo. A traqueia e os brônquios extrapulmonares são constituídos de anéis incompletos de cartilagem
hialina, tecido fibroso, fibras musculares, mucosa e glândulas.

O brônquio principal direito é mais vertical, mais curto e mais largo do que o esquerdo. Como a traqueia, os
brônquios principais contém anéis de cartilagem incompletos.

Os brônquios principais entram nos pulmões na região chamada HILO. Ao atingirem os pulmões
correspondentes, os brônquios principais subdividem-se nos Brônquios Lobares.

Os brônquios lobares subdividem-se em Brônquios Segmentares, cada um destes distribuindo-se a um


segmento pulmonar.

Os brônquios dividem-se respectivamente em tubos cada vez menores denominados Bronquíolos. As


paredes dos bronquíolos contém músculo liso e não possuem cartilagem.
Os bronquíolos continuam a se ramificar, e dão origem a minúsculos túbulos denominados Ductos
Alveolares.

Estes ductos terminam em estruturas microscópicas com forma de uva chamados Alvéolos.

Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias respiratórias. Um capilar pulmonar
envolve cada alvéolo.

A Função dos Alvéolos é trocar oxigênio e dióxido de carbono através da membrana capilar alvéolo-
pulmonar.

HEMATOSE – TROCA DE GASES


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
* Tabelas esquematizando os brônquios lobares e segmentares de cada pulmão. As imagens podem ser
visualizadas a seguir.

SEGMENTOS PULMONARES – VISTA ANTERIOR

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

SEGMENTOS PULMONARES – VISTA POSTERIOR


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

BRÔNQUIOS SEGMENTARES
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

PULMÕES

Os pulmões são órgãos essenciais na respiração. São duas vísceras situadas uma de cada lado, no interior do
tórax e onde se dá o encontro do ar atmosférico com o sangue circulante, ocorrendo então, as trocas gasosas
(HEMATOSE). Eles estendem-se do diafragma até um pouco acima das clavículas e estão justapostos às
costelas.O pulmão direito é o mais espesso e mais largo que o esquerdo. Ele também é um pouco mais curto
pois o diafragma é mais alto no lado direito para acomodar o fígado. O pulmão esquerdo tem uma
concavidade que é a incisura cardíaca.Cada pulmão têm uma forma que lembra uma pirâmide com um ápice,
uma base, três bordas e três faces.
Ápice do Pulmão: Está voltado cranialmente e tem forma levemente
arredondada. Apresenta um sulco percorrido pela artéria subclávia, denominado sulco da artéria subclávia.
No corpo, o ápice do pulmão atinge o nível da articulação esterno-clavicular

Base do Pulmão: A base do pulmão apresenta uma forma côncava, apoiando-se sobre a face superior do
diafragma. A concavidade da base do pulmão direito é mais profunda que a do esquerdo (devido à presença
do fígado).

Margens do Pulmão: Os pulmões apresentam três margens: uma Anterior, uma Posterior e uma Inferior.

Bordas do Pulmão: A borda anterior é delgada e estende-se à face ventral do coração. A borda anterior do
pulmão esquerdo apresenta uma incisura produzida pelo coração, a incisura cardíaca. A borda posterior é
romba e projeta-se na superfície posterior da cavidade torácica. A borda inferior apresenta duas porções: (1)
uma que é delgada e projeta-se no recesso costofrênico e (2) outra que é mais arredondada e projeta-se no
mediastino

Peso: Os pulmões tem em média o peso de 700 gramas.


Altura: Os pulmões tem em média a altura de 25 centímetros.

Faces: O pulmão apresenta três faces:

a) Face Costal (face lateral): é a face relativamente lisa e convexa,


voltada para a superfície interna da cavidade torácica.

b) Face Diafragmática (face inferior): é a face côncava que assenta sobre a cúpula diafragmática.

c) Face Mediastínica (face medial): é a face que possui uma região côncava onde se acomoda o coração.
Dorsalmente encontra-se a região denominada hilo ou raiz do pulmão. pulmonar.

Divisão: Os pulmões apresentam características morfológicas diferentes.

O Pulmão Direito apresenta-se constituído por três lobos divididos por duas fissuras. Uma fissura obliqua
que separa lobo inferior dos lobos médio e superior e uma fissura horizontal, que separa o lobo superior do
lobo médio.

O Pulmão Esquerdo é dividido em um lobo superior e um lobo inferior por uma fissura oblíqua.
Anteriormente e inferiormente o lobo superior do pulmão esquerdo apresenta uma estrutura que representa
resquícios do desenvolvimento embrionário do lobo médio, a língula do pulmão.

Cada lobo pulmonar é subdividido em segmentos pulmonares, que constituem unidades pulmonares
completas, consideradas autônomas sob o ponto de vista anatômico.

Pulmão Direito

* Lobo Superior: apical, anterior e posterior


* Lobo Médio: medial e lateral
* Lobo Inferior: apical (superior), basal anterior, basal posterior, basal medial e basal lateral

Pulmão Esquerdo
* Lobo Superior: apicoposterior, anterior, lingular superior e lingular inferior
* Lobo Inferior: apical (superior), basal anterior, basal posterior, basal medial e basal lateral

PULMÕES – LOBOS E FISSURAS

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Pleuras:
A superfície externa de cada pulmão e a parede
interna da caixa torácica são revestidos por uma membrana serosa dupla, chamada pleura. A membrana na
superfície externa de cada pulmão é denominada Pleura Visceral, e a que reveste a parede da cavidade
torácica é chamada Pleura Parietal.

Entre as pleuras visceral e parietal encontra-se um pequeno espaço, a Cavidade Pleural, que contém
pequena quantidade de líquido lubrificante, secretado pelas túnicas. Esse líquido reduz o atrito entre as
túnicas, permitindo que elas deslizem facilmente uma sobre a outra, durante a respiração.

Hilo do Pulmão:

A região do hilo localiza-se na face mediastinal de cada pulmão sendo formado pelas estruturas que chegam
e saem dele, onde temos: os Brônquios Principais, Artérias Pulmonares, Veias Pulmonares, Artérias e
Veias Bronquiais e Vasos Linfáticos.

Os brônquios ocupam posição caudal e posterior, enquanto que as veias pulmonares são inferiores e
anteriores. A artéria pulmonar ocupa uma posição superior e mediana em relação a essas duas estruturas. A
raiz do pulmão direito encontra-se dorsalmente disposta à veia cava superior. A raiz do pulmão esquerdo
relaciona-se anteriormente com o Nervo Frênico. Posteriormente relaciona-se com o Nervo Vago.

HILO PULMONAR DIREITO


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

HILO PULMONAR ESQUERDO


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

2) Cavidade Torácica:
É a segunda maior cavidade do corpo. As costelas, a coluna vertebral e o osso do peito constituem a
cavidade torácica. A cavidade torácica é revestida por uma membrana serosa. Esta parte da cavidade
torácica é chamada de pleura parietal. A membrana cuja função é cobrir o pulmão é conhecida como a
pleura visceral. O coração, esôfago e grandes vasos também são abrangidos pela membrana conhecida como
pleura mediastinal. A pressão entre a pleura parietal e pleural visceral é menor do que a pressão exterior
atmosférica. Assim, isso garante o processo de respiração pelos pulmões que são lubrificados pelo fluido
secretado pela membrana serosa.

A cavidade torácica é o espaço interior do tórax e está dividida em três partes: duas cavidades
pleurais(Pulmões e Pleuras) e o mediastino(Coração, grandes vasos, tráqueia e esôfago).
Pleura visceral e Parietal: A pleura é a serosa que envolve o pulmão e é constituída por dois folhetos,
o parietal e o visceral, que são contínuos na região do hilo do pulmão, separadas pelo liquido pleural. Ambos
são formados por mesotélio e uma fina camada de tecido conjuntivo, que contém fibras colágenas e
elásticas. (Normalmente essa cavidade Pleural è virtual)

A pleura parietal fica em contato com a caixa torácica e é rica em terminações nervosas sensitivas
provenientes dos nervos frênico, dos nervos intercostais e de ramos do plexo braquial. Por isso, a pleura
parietal, ao contrário da pleura visceral, é sensível à dor. Portanto, dor de característica pleurítica indica
acometimento da pleura parietal (Pleurite).

A pleural visceral fica em contato com o Pulmão.

Obs: O liquido pleural, no qual separa o folheto visceral e parietal, em excesso é chamado de Derrame
Pleural.
OBS: Diferentes partes da pleura parietal receberam nomes especiais que indicam sua posição.

Pleura Costal: O segmento da pleura parietal que está intimamente relacionado as estruturas que formam a
parede torácica recebe o nome de pleura costal (cobre as faces internas da parede torácica.)

Pleura Diafragmática: Cobre a superfície superior do diafragma de cada lado do mediastino, exceto ao
longo de suas fixações costais e no local onde o diafragma está fundido ao pericárdio.

Pleura Mediastinal: A parte mediastinal (pleura mediastinal) recobre as faces laterais do mediastino, a
divisória de tecidos e órgãos que separam as cavidades pulmonares e seus sacos pleurais.

Cúpula da Pleura ou Pleura Cervical: A cúpula da pleura recobre o ápice do pulmão e é reforçada pela
membrana suprapleural.
Obs: Os pulmões não se estendem até os limites da cavidade pleural e, nestes pontos, ela forma os recessos
pleurais, que são locais onde a pleura parietal está mais afastada da pleura visceral.

Recesso Costodiafragmático ou Costofrênico: Durante a inspiração normal a margem inferior do pulmão


não se estende até a reflexão pleural, isto permite que a pleura costal e a pleura diafragmática se toquem.
Este espaço onde elas se tocam chama-se recesso costofrênico.

Recesso Costomediastinal: a pleura mediastinal se encontra com a pleura costal tanto anterior quanto
posteriormente ao mediastino

Recesso Frenicomediastinal:
Ligamento Pulmonar: É um dobramento mesentérico da pleura que se estende entre as porções inferiores
da superfície mediastinal do pulmão e o pericárdio. Logo acima do diafragma o ligamento termina em uma
lâmina falciforme livre. Sua função é manter a parte inferior do pulmão posicionada.

Fáscia endotorácica: A pleura parietal é ligada por ela, é a membrana mais externa da cavidade torácica .
Músculo Intercostal Externo: São músculos curtos, planos, delgados e bastante tendinosos.

Origem: Borda inferior do lábio externo da 1ª a 12ª costela

Inserção: Borda superior da costela subjacente

Ação: Possui como ação o reforço dos espaços intercostais, além de atuar na inspiração elevando as costelas

Músculo Intercostal Interno: São curtos, planos e delgados. Suas fibras cruzam posteriormente e no
sentindo contrário, de forma perpendicular ao músculo intercostal externo, formando um “X”.

Origem: Borda inferior do lábio interno da 1ª até 11 ª costela.

Inserção: Borda superior da costela subjacente

Ação: Esse músculo é responsável por reforçar os espaços intercostais e atuar na expiração, abaixando as
costelas.
Diafragma : O diafragma é um músculo estriado esquelético extenso que separa a cavidade torácica da
abdominal. Localiza-se junto às vértebras lombares, as costelas inferiores e ao esterno. Conta com três
aberturas principais que possibilitam a passagem do esôfago, nervos, artéria aorta, vasos do sistema linfático
e vasos do tórax.

Quando em estado de relaxamento, o diafragma possui formato de abóbada. Durante a inspiração, este
músculo se contrai e ao distender-se aumenta a capacidade do tórax. Neste processo. o ar tende a entrar nos
pulmões para compensar o vazio gerado. No momento em que este músculo entra em relaxamento, o ar
acumulado é expulso.
Músculo esternocleidomastoideo: Fixa e endireita a cabeça; flecte as vértebras cervicais caudais, estende
as vértebras cervicais craniais e a articulação da cabeça; inervado de um só lado, inclina a cabeça para frente
e a gira para o lado oposto, auxilia na inspiração pela fixação da cabeça.
Músculo Escaleno: São músculos do pescoço que se divide em anterior, médio e posterior, são
quadrangulares situados profundamente na face lateral do pescoço, em baixo do músculo
esternocleidomastóideo. Eleva a costela (inspiração)

Músculo Oblíquo interno do abdome: Ação: bilateralmente flexiona a coluna e auxilia na respiração e na
expiração forçada.

Músculo Obliquo Externo do Abdome: Comprime o abdome, flete e rota o tronco para o lado oposto;
auxilia a expiração forçada.
3) Anatomia do nariz e seios da face.
O nariz é a única parte do sistema respiratório visível externamente. Ele tem a função:

 Umidificar e aquecer o ar
 Filtrar o ar e limpa-lo das partículas estranhas.
 Serve como câmera de ressonância para fala
 Abriga receptores olfatórios

O nariz é divido em parte externa e cavidade nasal. Cavidade externa consiste em osso frontal e nasal
superior. A cartilagem do septo forma a margem anterior do nariz, chamada dorso do nariz. O ápice (ponta)
do nariz é formado por cartilagem alares maiores, a asa é formada com tecido conjuntivo denso.

Cavidade Nasal: é dividas em metades direita e esquerda pelo septo nasal na linha mediana: essa parede é
formada pela lamina perpendicular do osso etmoide, pelo vômer e pela cartilagem do septo nasal.
Posteriormente a cavidade nasal é continua com a parte nasal da faringe por meio das aberturas nasais as
coanos.

O teto da cavidade nasal é formado pelos ossos etmoide e esfenoide; seu assoalho é composto pelo palato
duro. A entrada do nariz é chamada de vestíbulo.

Conchas nasais: projetando-se medialmente existem três estruturas espiraladas cobertas por mucosas:
conchas nasais superior e média dos ossos etmoides e nasal inferior que é um osso da face. Os sulcos
inferiores a essas conchas são chamadas de meato nasal. A medida em que o ar é inalado ocorre a
turbulência resultante aumentando a quantidade de contato entre a mucosa nasal e esse ar inspirado. As
partículas inaladas ficam acumulada nessa área mucosa. As conchas nasais funcionam durante a inspiração
filtrando, aquecendo e umidificando o ar. Durante a inspiração elas recuperam esse calor e essa umidade.

Seios paranasais: a cavidade nasal é circundada por cavidades cheias de ar que são os seios paranasais,
situados nos ossos frontal, esfenoide, etmoide e maxilas. Esses seios se abrem na cavidade nasal e são
revestidos por mucosa respiratória e desempenham a mesmas funções de processamento de ar realizadas
pelas cavidades nasais.
4) Focalize a lâmina no 10 do Pulmão (H.E).
- Identifique a pleura, membrana serosa que envolve o pulmão.

- Note a grande quantidade de alvéolos, que são as pequenas cavidades semelhantes à favos de colmeia,
separadas entre si por uma delgada parede, os septos interalveolares.

- Observe os condutos respiratórios, estruturas tubulares reconhecíveis pelo tipo de epitélio que possuem e
pela presença ou não de cartilagem. São eles:

. Brônquios: formados por epitélio pseudo-estratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes ou por
epitélio cilíndrico ciliado simples; tecido conjuntivo; tecido muscular liso; tecido conjuntivo com glândulas
seromucosas; cartilagem hialina e tecido conjuntivo externamente (os brônquios são vistos em maior
quantidade de lâmina no 57).

. Bronquíolo: epitélio cilíndrico ciliado simples a cúbico simples ciliado ou não; tecido conjuntivo e músculo
liso;

. Bronquíolo respiratório: tubo curto, ramificado, cuja parede delgada é revestida por epitélio simples que se
interrompe pela presença de alvéolos.

. Pesquise e observe imagens da estrutura da parede interalveolar. Cite os tecidos, estruturas vasculares e
células presentes. Descreva as características morfológicas e funcionais dos macrófagos, pneumócitos tipo I
e tipo II. Explique o mecanismo de trocas gasosas.
Os alvéolos pulmonares são pequenas estruturas encontradas nos sacos alveolares, ductos alveolares e
bronquíolos respiratórios, constituindo a última porção da árvore brônquica, sendo os responsáveis pela
estrutura de aspecto esponjoso do parênquima pulmonar. São pequenas bolsas, morfologicamente
semelhantes a um favo de mel, abertas de um dos lados, possuindo uma parede altamente vascularizada.
Esta última é comum a dois alvéolos vizinhos, dando origem ao septo interalveolar que consiste em duas
camadas de penumócitos (principalmente do tipo II), separadas pelo interstício de tecido conjuntivo com
fibras reticulares e elásticas, substância fundamental e células do tecido conjuntivo, e capilares.
É neste compartimento que ocorre a hematose pulmonar. O ar ali presente, é separado do sangue capilar por
quatro membranas; são elas: o citoplasma do pneumócito tipo I, a lâmina basal desta célula, a lâmina basal
do capilar e o citoplasma da célula endotelial. O oxigênio do ar alveolar passa para o sangue capilar através
deste conjunto de membranas; o gás carbônico irá se difundir em direção contrária. Estima-se que os
pulmões contenham aproximadamente 300 milhões de alvéolos, aumentando de forma considerável a
superfície de trocas gasosas.
Células endoteliais dos capilares
São as que estão em maior número e possuem o núcleo mais alongado.
Pneumócitos tipo I

Também denominada célula alveolar pavimentosa, com núcleo achatado, fazendo uma discreta saliência
para o interior do alvéolo. O citoplasma desta célula é extenso, fazendo com que os núcleos fiquem muito
separados um dos outros; há a presença de desmossomos, ligando as células vizinhas e também, zonas de
oclusão, impedindo a passagem de fluídos intersticiais para o alvéolo. Sua principal função consiste na
formação de uma barreira para possibilitar as trocas gasosas e ao mesmo tempo, impedir a passagem de
líquido.

Pneumócitos tipo II
Também denominadas células septais, estão localizados entre os pneumócitos tipo I, formando
desmossomos e junções que unem estas células. São células arredondadas que ficam sobre a membrana
basal do epitélio alveolar. Possuem um núcleo maior e mais vesiculoso em relação às outras células; o
citoplasma não se adelgaça, possuem reticulo plasmático rugoso desenvolvido e microvilos na sua superfície
livre; possuem corpos multilamelares elétron-densos responsáveis pelo aspecto vesiculoso do citoplasma
quando visto na microscopia óptica. Sintetizam substâncias liberadas pela porção apical dos pneumócitos
tipo II. São os corpos lamelares que produzem a substância presente na superfície alveolar, formando uma
camada extracelular nos alvéolos, chamada de surfactante pulmonar.

MACRÓFAGOS ALVEOLARES

Os macrófagos alveolares, também chamados de células da poeira, são provenientes da diferenciação dos
monócitos do sangue após atravessarem as células endoteliais. São células que exercem função fagocitária
tanto no tecido intersticial do septo alveolar quanto no lúmen do alvéolo, sobre partículas orgânicas como
inorgânicas. Após completarem a fagocitose do agente invasor, os macrófagos podem alcançar os
bronquíolos sendo eliminados como componente mucociliar, ou penetrar no septo intralveolar, alcançando
os vasos linfáticos e atingindo os linfonodos correspondentes.
5) Radiografia de tórax
Roteiro PI 31/08
1)Relate todos os músculos envolvidos na mecânica respiratória, assim como seus movimentos durante a
inspiração e expiração.
Os pulmões podem ser contraídos e expandidos: por movimentos de subida e descida do diafragma para
aumentar ou diminuir a cavidade torácica; e pela elevação e depressão das costelas para aumentar e diminuir
o diâmetro anteroposterior da cavidade torácica.

Na respiração normal, durante a inspiração, a contração diafragmática puxa as superfícies inferiores dos
pulmões para baixo. Já durante a expiração, o diafragma relaxa, e a retração elástica dos pulmões, da parece
torácica e das estruturas abdominais comprime os pulmões e expele o ar. Durante a respiração vigorosa, as
forças elásticas não são poderosas o suficiente para produzir a rápida expiração necessária; assim, a força
extra é obtida pela contração da musculatura abdominal, que empurra o conteúdo abdominal para cima,
contra a parte inferior do diafragma, comprimindo os pulmões.
O segundo método, eleva a caixa torácica para que os pulmões se expandam, pois as costelas se inclinam
para baixo, possibilitando que o esterno recue em direção à coluna vertebral. Quando a caixa torácica é
elevada, o esterno também se eleva para longe da coluna, aumentando o diâmetro anteroposterior do tórax
durante a respiração máxima.

Os músculos mais importantes que elevam a caixa torácica: intercostais externos, músculos
esternocleidomastóideo, serráteis anteriores e escalenos.
Os músculos esternocleidomastóideos elevam o esterno; já os músculos serráteis anteriores elevam muitas
costelas e os escalenos elevam as duas primeiras costelas. Os intercostais externos, conforme se contraem,
puxam as costelas superiores para frente com relação às inferiores e isso alavanca as costelas.

Os músculos que puxam a caixa torácica para baixo: o reto abdominal e os intercostais internos.

O músculo reto abdominal puxa para baixo as costelas inferiores, ao mesmo tempo em que, em conjunto
com outros músculos abdominais, também comprime o conteúdo abdominal para cima contra o diafragma.
Já os intercostais internos funcionam como músculos expiratórios que se angulam entre as costelas e
produzem a alavanca oposta aos intercostais externos.

2) Pressões que causam a movimentação do ar para os pulmões

PRESSÕES RESPIRATÓRIAS (cmH20)

1. Pressão intra-alveolar

Inspiração: negativa (sub-atmosférica)

Expiração: positiva (supra-atmosférica)

2. Pressão intra-pleural

Inspiração: muito negativa (-5cmH2O)

Expiração: pouco negativa (-3cmH2O)

Média: zero

SEMPRE NEGATIVA

3. Pressão transpulmonar # pressão interna dos pulmões (30cmH2O)

4. Pressão transmural: pressão da parede das vias aéreas.

A expiração tranqüila é passiva com retorno ao normal dos tecidos distendidos;

Tem > duração que a inspiração;


Os músculos da inspiração relaxam, aumentando a pressão intratorácica conforme as costelas e o diafragma
pressionam os pulmões enquanto retornam às suas posições pré-inspiratórias;

Essa pressão aumentada permite que o fluxo aéreo saia dos pulmões (Palv>Patm);

As costelas ficam + verticalizadas e há ↑ espaços intercostais.

O pulmão é uma estrutura elástica que sofre colapso à semelhança de um balão e expele todo seu ar pela
traquéia toda vez que não houver uma força para mantê-lo insuflado. Além disso, não existe qualquer
inserção entre o pulmão e a parede da caixa torácica, exceto no local em que é suspenso no hilo, do
mediastino. Com efeito, o pulmão literalmente flutua na caixa torácica, circundado por uma camada muito
delgada de líquido pleural, que lubrifica os movimentos dos pulmões no interior da cavidade. Além disso, o
bombeamento contínuo desse líquido para os canais linfáticos mantém leve sucção entre a superfície visceral
da pleura pulmonar e a superfície pleural parietal da cavidade torácica. Por conseguinte, os dois pulmões
aderem à parede torácica como se estivessem colados, embora possam deslisar livremente, quando bem
lubrificados, à medida que o tórax se expande e se retrai.

Pressão pleura! e suas mudanças durante a respiração

A pressão pleural refere-se à pressão existente no estreito espaço entre a pleura pulmonar e a pleura da
parede torácica. Conforme assinalado acima, aí existe normalmente leve sucção, o que significa pressão
ligeiramente negativa. No início da inspiração, a pressão pleural normal é de aproximadamente -5 cm de
água, que é a quantidade de sucção necessária para manter os pulmões abertos em seu nível de repouso. A
seguir, durante a inspiração normal, a expansão da caixa torácica traciona a superfície dos pulmões com
maior força e cria pressão ainda mais negativa, atingindo valor médio de cerca de -7,5 cm de água.

Fig. 37.2 Variações do volume pulmonar, da pressão alveolar, da pressão pleural e da pressão transpulmonar
durante a respiração normal.

Essas relações entre a pressão pleural e a variação do volume pulmonar estão ilustradas na Fig. 37.2, que
mostra, no painel inferior, a negatividade crescente da pressão pleural, de -5 a - 7,5 durante a inspiração, e,
no painel superior, o aumento de 0,5 litro do volume pulmonar. A seguir, durante a expiração, esses eventos
são essencialmente invertidos.

Pressão alveolar

A pressão alveolar refere-se à pressão existente no interior dos alvéolos pulmonares. Quando a glote está
aberta, e não ocorre fluxo de ar para dentro ou para fora dos pulmões, as pressões em todas as partes da
árvore respiratória, ao longo dos alvéolos, são exatamente iguais à pressão atmosférica, considerada como 0
centímetro de água. Para provocar a entrada de ar durante a inspiração, a pressão nos alvéolos deve cair para
um valor ligeiramente inferior à pressão atmosférica. O segundo painel da Fig. 37,2 ilustra a redução da
pressão alveolar para cerca de menos 1 cm de água durante a inspiração normal. Essa pressão negativa muito
pequena é, entretanto, suficiente para determinar a entrada de cerca de 0,5 1 de ar nos pulmões nos 2
segundos necessários para a inspiração.

Durante a expiração, ocorrem eventos opostos: a pressão alveolar se eleva para cerca de +1 cm de água,
forçando a saída do 0,5 1 de ar inspirado dos pulmões durante os 2 a 3 segundos da expiração.

Pressão transpulmonar. Por fim, no terceiro painel da Fig. 37.2, verifica-se a diferença de pressão entre a
pressão alveolar e a pressão pleural. Trata-se da denominada pressão transpulmonar, que é a diferença de
pressão entre os alvéolos e as superfícies externas dos pulmões. Na verdade, trata-se de uma medida das
forças elásticas dos pulmões que tendem a ocasionar seu colapso a cada ponto da expansão, denominada
pressão de retração.
3)Esquematize o diagrama dos quatro volumes pulmonares (volume corrente/volume de reserva
inspiratória/volume de reserva expiratório/volume residual).

4) Descrever o significado de cada volume pulmonar e de cada capacidade pulmonar.


Volumes Pulmonares

Volume corrente: É o volume de ar inspirado ou expirado em cada respiração normal; é de cerca de 500 ml
no homem adulto.
Volume de reserva inspiratório: É o volume extra de ar que pode ser inspirado, além do volume corrente
normal, quando a pessoa inspira com força total; geralmente é de cerca de 3000 ml.
Volume de reserva expiratório: É o máximo volume extra de ar que pode ser expirado na expiração
corrente normal; é de cerca de 1100 ml.
Volume residual: É o volume de ar que fica nos pulmões após a expiração mais forçada; esse volume é de
cerca de 1200 ml.

Capacidades Pulmonares

Capacidade inspiratória: É igual ao volume corrente mais o volume de reserva inspiratório.


CI = Vc + VRI

Capacidade residual funcional: é igual ao volume de reserva expiratório mais o volume residual.
CRF= VRE + VR
Capacidade vital: é igual ao volume de reserva inspiratória mais o volume corrente mais o volume de
reserva expiratório.

CV = VRI + VC + VRE

Capacidade pulmonar total: é igual à capacidade vital mais o volume residual.

CPT = CV + VR

5) Definir hematose e caracterizar o tipo de transporte associado a este processo


Hematose é a troca gasosa entre alvéolos e capilares alveolares, realizada por difusão. A capacidade da
membrana respiratória de trocar um gás entre os alvéolos e o sangue pulmonar é expressa em termos
quantitativos pela capacidade de difusão da membrana respiratória, que é definida como o volume de gás
que se difundirá através da membrana a cada minuto, para a diferença parcial de 1 mmHg.

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