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Subsídios para A Elaboração Das Normas de Convivência
Subsídios para A Elaboração Das Normas de Convivência
Outubro de 2013
Imagem: Conferência Nacional de Educação – Etapa Estadual - São Paulo, realizada em Serra
Negra, SP. 2º semestre de 2013.
Diretor de Escola
Secretário de Escola
Coordenação Pedagógica
Organizadores
Contribuição
São Paulo
Outubro de 2013
Subsídios para a elaboração das Normas de Convivência
Sumário
AGRADECIMENTOS 2
APRESENTAÇÃO 3
NOTA INTRODUTÓRIA 4
NORMAS DE CONVIVÊNCIA 27
DOS PROCEDIMENTOS 28
DOS DEVERES DOS ALUNOS 38
DOS DIRETOS DOS ALUNOS 41
DAS PROIBIÇÕES 45
ANEXOS 47
Manual do Aluno 47
DECRETO Nº 54.454 DE 10 DE OUTUBRO DE 2013 - Diretrizes para elaboração do Regimento 51
PORTARIA Nº 5.941, DE 15 DE OUTUBRO DE 2013 Normas para elaboração do Regimento
Escolar 55
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Subsídios para a elaboração das Normas de Convivência
Agradecimentos
A presente publicação se tornou possível após a inestimável colaboração de colegas
da Rede Municipal de Educação de São Paulo:
Os Organizadores
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Apresentação
Em continuidade as recentes mudanças apresentadas pela Secretaria Municipal de
Educação da Cidade de São Paulo a partir da divulgação do Programa de
Reorganização Curricular e Administrativa, Ampliação e Fortalecimento da Rede
Municipal de Ensino – Mais Educação São Paulo, as unidades educacionais são
chamadas para um novo desafio: A construção e reelaboração de seus regimentos
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Subsídios para a elaboração das Normas de Convivência
NOTA INTRODUTÓRIA
O presente compêndio busca agrupar materiais e orientações pertinentes a
elaboração dos Regimentos Escolares no campo referente as Normas de Conduta
dos Alunos.
Países de Common Law1¹ se organizam com poucas leis escritas e muita jurisdição.
Independente da prática legislativa, o estudo é incessante.
Note que os estudos iniciais sobre o tema não invalidam, nem tampouco são
invalidados pelo exposto. São complementares.
1
Common law (do inglês "direito comum") é o direito que se desenvolveu em certos países por meio das decisões
dos tribunais, e não mediante atos legislativos ou executivos. Constitui portanto um sistema ou família do direito,
diferente da família romano-germânica do direito, que enfatiza os atos legislativos. Nos sistemas de common law, o
direito é criado ou aperfeiçoado pelos juízes: uma decisão a ser tomada num caso depende das decisões adotadas
para casos anteriores e afeta o direito a ser aplicado a casos futuros. Nesse sistema, quando não existe um
precedente, os juízes possuem a autoridade para criar o direito, estabelecendo um precedente. (fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Common_law ); (...)
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Subsídios para a elaboração das Normas de Convivência
É importante não misturar alguns conceitos ou repeti-los, mas isso cabe ao grupo que
irá elaborar como, por exemplo, tratar do mesmo assunto (bullying) tanto em Deveres,
como Direitos e Proibições.
Ou seja, em relação aos Direitos, o sujeito pode se fazer valer deles. Os Deveres devem
ser seguidos. Note, por exemplo, a diferença entre o “Dever” e “Direito” quanto à
participação da publicação de jornais (...), sucessivamente nos itens XV e XVII em cada
Livro a seguir. Se o legislador acha que todo aluno tem que fazer, torna-se um dever,
caso lhe seja facultativo, mas garantido, o direito deve ser preservado em Regimento.
Para um bom andamento até mesmo da leitura do Regimento, pois devemos sempre
lembrar que ele deve ser entendido, ou melhor, apreendido pelo educando, quanto
mais direta a linguagem e não repetitiva, melhor se torna. Em outras palavras, se algo
é um dever, por consequência é um direito e obrigação, não necessitando sua
repetição entre as seções. Exemplo: Não devo roubar, garante o direito de não ser
roubado e limita a obrigação.
Se um aluno “cabula” a aula, por exemplo, qual a sanção prevista ao grupo a que ela
se aplica? Foi intencional? Qual motivo? Foi a primeira vez? Teve outras ocorrências
envolvendo esse fato? Cada resposta pode levar a um grau de sanção. Um mesmo
ato pode levar para uma medida educacional, advertência verbal, suspensão etc.
Depende da proporcionalidade.
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Resumo
Este trabalho descreve a técnica de educação moral intitulada "comunidade justa",
proposta por Kohlberg e seus colaboradores da Universidade de Harvard, e que tem
fundamento na teoria de julgamento moral do mesmo autor. Partindo da técnica
anteriormente proposta, de discussão de dilemas hipotéticos em grupo, resume as
observações feitas em programa do tipo "comunidade justa", realizado em cidade do
meio-oeste americano e apresenta uma análise estatística em que se verifica o
aumento dos escores de maturidade moral de alunos participantes do programa.
Discute-se também a aplicação desses programas para o contexto brasileiro.
Palavras chave: julgamento moral, desenvolvimento moral, educação moral,
comunidade justa cidadania
Kohlberg and the "Just Community": developing ethical sense and citizenship in the
schools
Abstract
This article describes the "just community" technique for moral education, proposed
by Kohlberg and his collaborators at Harvard University, which is based on this
author's theory of moral judgment. Starting from the older technique of hypothetical
moral dilemma discussions, the article goes on to summarize observations made in
a "just community" program run in a midwest school, and presents a statistical
analysis which reveals significant gains in moral maturity scores of the participants.
The application of such programs to the Brazilian context is also discussed.
Key words: moral judgment, moral development, moral education, just community.
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A moralidade tem sido estudada por psicólogos do ponto de vista afetivo (Psicanálise),
do ponto de vista comportamental (behaviorismo, teoria de aprendizagem social) e do
ponto de vista cognitivista (Piaget e Kohlberg). Uma apresentação dessas teorias está
publicada no livro Psicologia do Desenvolvimento, de Biaggio (1975; 1988).
O pioneiro do ponto de vista cognitivista foi Piaget, que publicou o livro O julgamento
moral na criança em 1932. Entretanto, este autor prosseguiu suas pesquisas sobre
o desenvolvimento intelectual em geral, não tendo mais elaborado novas idéias sobre
a moralidade. Outros pesquisadores têm usado seu quadro de referência em
pesquisas, entre eles C. Camino (1980) e Lourenço (1990), mas a contribuição
teórica de Kohlberg dominou os estudos sobre desenvolvimento moral nas últimas
três décadas.
Lawrence Kohlberg iniciou publicamente seus trabalhos sobre julgamento moral com
sua defesa de tese de doutorado em 1958, na Universidade de Chicago, tendo alguns
anos depois se fixado na Universidade de Harvard, até sua morte em 1987, aos 59
anos de idade.
A teoria de julgamento moral de Kohlberg é única pelo fato de postular uma seqüência
universal, da qual os estágios mais altos (5 e 6) constituem o que ele chamou de
pensamento pós-convencional. Ao contrário da maior parte das explicações sociais e
psicológicas, que consideram a internalização de valores da sociedade como o ponto
terminal do desenvolvimento moral (perspectivas de Durkheim , Freud e do
behaviorismo), para Kohlberg a maturidade moral é atingida quando o indivíduo é
capaz de entender que a justiça não é a mesma coisa que a lei; que algumas leis
existentes podem ser moralmente erradas e devem, portanto, ser modificadas. Todo
indivíduo é potencialmente capaz de transcender os valores da cultura em que ele foi
socializado, ao invés de incorporá-los passivamente. Este é o ponto central na teoria
de Kohlberg e que representa a possibilidade de um terreno comum com teorias
sociológicas cujo objetivo é a transformação da sociedade. O pensamento pós-
convencional, enfatizando a democracia e os princípios individuais de consciência,
parece essencial à formação da cidadania.
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Kohlberg e seus colaboradores (Blatt & Kohlberg, 1975, Turiel, 1966) identificaram
oconflito cognitivo como o processo através do qual procede a maturação em direção
a estágios mais elevados (Turiel, 1966). Blatt e Kohlberg (1975) descreveram
técnicas de dinâmica de grupo através das quais a maturidade de julgamento moral
pode ser estimulada.
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Blatt e Kohlberg (1975) relatam que os efeitos desse programa permanecem a longo
prazo, e que são mais marcantes quando se trabalha com pré-adolescentes. A pré-
adolescência seria assim um período crítico para o desenvolvimento moral. Kohlberg
reiterou o valor dessa técnica em seu livro de 1984, embora tenha passado a utilizar
a técnica da "comunidade justa" (Power, Higgins & Kohlberg, 1989), descrita a seguir.
Apesar do interesse pelo enfoque acima descrito, e sua aplicabilidade a uma variedade
de currículos (estudos sociais, literatura, saúde, etc), críticos, tanto do "campo" de
Kohlberg - incluindo ele próprio - como de fora, preocuparam-se com a questão dos
possíveis efeitos das discussões verbais de dilemas hipotéticos sobre o
comportamento real das pessoas. Acharam adequado complementar essa técnica
com a utilização de dilemas morais reais do cotidiano escolar, pois o desenvolvimento
da capacidade de raciocínio e de chegar a decisões morais racionais poderia não
garantir que os indivíduos se comportassem consistentemente de maneira
moralmente responsável. Nesse sentido, a educação moral deveria enfrentar
problemas morais com conseqüências para o sujeito e para os outros. Também
deveria levar em conta o contexto social no qual os indivíduos tomam decisões e agem.
A moralidade é, por natureza, social, e o desenvolvimento de sujeitos morais nunca
pode ser atingido sem o desenvolvimento de uma sociedade moral.
Em seu trabalho sobre "comunidade justa" (Power, Higgins & Kohlberg, 1989), os
autores resgataram a posição teórica de Durkheim (1925/1973) - posição essa que
Kohlberg antes havia criticado por refletir mera internalização de valores da
sociedade. No que diz respeito à educação moral, tanto Piaget como Kohlberg
enfatizavam as relações com companheiros, ao passo que a ênfase de Durkheim era
numa construção sólida do espírito de comunidade na sala de aula. Durkheim
evidenciou que a escola dá instrução moral não apenas em seu currículo explícito,
mas também através de seu "currículo oculto". O "currículo oculto" de uma escola
consiste de suas regras e procedimentos disciplinares, estrutura de autoridade,
distribuição de prêmio e castigo, e normas e valores compartilhados. Durkheim
conseguiu transformar o currículo oculto em um processo intencional de educação
moral.
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A experiência do presídio forneceu tanto uma teoria como uma prática para a criação
da "comunidade justa". Mas quando Kohlberg transferiu o trabalho da prisão para a
escola, havia uma diferença fundamental: na prisão, o objetivo central era a reforma
moral dos prisioneiros, mas as escolas têm como foco a aprendizagem de conteúdos
acadêmicos e a preparação para o trabalho. Se a educação moral não fosse apenas
um acessório de luxo na escola, deveria haver uma revolução na maneira de pensar
a educação.
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Nessa ocasião, Kohlberg e a equipe de professores discutia quais itens seriam mais
propícios a uma discussão moral na reunião. Na véspera da reunião, professores e
alunos se encontravam em pequenos grupos, chamados de "grupos conselheiros",
como maneira de introduzir as questões que precisavam ser resolvidas na reunião da
comunidade. A vantagem dos grupos era a de ser um forum muito conducente à
participação e discussão moral profunda.
A teoria da comunidade justa enfatiza que não pode haver um exercício eficaz de
autoridade sem a presença de uma comunidade viável à qual todos os membros têm
o sentimento de pertencer.
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mas, apesar disso, achou que ele tinha reagido exageradamente. Recomendaram que
Norman dividisse o custo do conserto do gravador com o aluno. A reunião começou
com alguns alunos repreendendo Norman pela indignidade de um professor perder o
controle emocional. Finalmente, um aluno interveio a favor de Norman:
"Esta foi a primeira vez que Norman fez esse tipo de coisa, tá ok. E ele admitiu que foi
uma coisa fora do comum para um adulto e professor... Mas ele admitiu, e está
sentado aqui, como qualquer outro... Ele é humano como nós, e sujeito a emoções
também. E ele tem sua vida lá fora, também, e tem uma vida pessoal. E pensem nisso,
nessa escola todo mundo é igual, etc, mas vocês esquecem que os professores
também..."
Power distingue, como faz Moos (1979, em Power, 1979), quatro partes de um
sistema ambiental: o ambiente físico, fatores organizacionais, o fator humano, e a
atmosfera ou clima social.
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Power (1979) acha que isso é possível, pois as normas surgem de propostas de
indivíduos e são mantidas vivas através deles. O processo de desenvolvimento de
normas coletivas é um processo em que as prescrições de um indivíduo tornam-se
as prescrições compartilhadas de um grupo. Além disso, os estágios nos permitem
avaliar a "moralidade" ou "justiça" das normas coletivas. Assim é que se pode aplicar
o esquema de seis estágios de Kohlberg às normas coletivas.
Inicialmente, como em qualquer nova escola, a fase das normas era a zero.
Estudantes e professores tinham suas maneiras pessoais de resolver conflitos e
tinham que entrar numa discussão de seus pontos de vista até poderem compartilhar
normas e valores. Muitos alunos, ao entrar na Cluster, tinham um histórico de
problemas de disciplina. (Para dificultar ainda mais as coisas, a sua primeira
impressão da escola era a de que se tratava de uma escola muito livre, onde se podia
fazer o que se quisesse). No entanto , ao final do primeiro semestre já havia regras
pondo limites a perturbações da ordem, uso de álcool e drogas, roubo, etc. Embora
os alunos chegassem a entender a necessidade de regulamentos para aliviar a
severidade desses problemas, eles não estavam dispostos a se comprometer em
manter suas decisões. Assim, eles votaram em regras que incluíam punições para
violações, mas deixaram a fiscalização do cumprimento das regras para os
professores. Portanto, quanto ao esquema, não passaram da fase 3. O problema do
roubo não era considerado grave pelos alunos, conforme verbalizou um estudante: "A
escola não é lugar para se ter confiança em ninguém , nem na Cluster, comunidade
ou não. Se você quer uma coisa, você tira". Assim, quanto ao estágio, as regras ainda
estavam no estágio 2 de Kohlberg (hedonismo instrumental relativista), mas já
apareciam elementos de estágio 3, quando manifestavam a necessidade de se
proteger dos abusos dos outros e de proteger a reputação da escola e a imagem do
grupo. Gradualmente, a Escola Cluster foi-se tornando uma verdadeira comunidade.
"...Porque você tem uma responsabilidade com os colegas nesta escola. Mesmo se
você não gostar muito deles, você está na escola e está com eles todos os dias, você
sabe. Você deve pensar neles como colegas e parte da escola e da comunidade,
portanto você deveria dar carona."
"Você pode dar carona, para ser simpático, nunca faz mal a ninguém fazer um favor".
Quando perguntada se o outro teria a expectativa de conseguir a carona:
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"Ele provavelmente ficaria chocado se alguém aqui fosse tão simpático. As pessoas
aqui não são generosas e amigas".
O programa, intitulado Y.E.S. ("Your Excellence in School), estava em seu quarto ano
de funcionamento, e destinava-se a adolescentes de risco (isto é, com problemas de
aprendizagem e de comportamento; problemas com drogas e com a lei; famílias
desfeitas e potencial de abandono escolar). Os estudantes eram oriundos das quatro
últimas séries escolares, correspondendo à 8ª série e três séries do segundo grau
no Brasil. Tratava-se de uma escola pública com aproximadamente 2000 alunos. Em
1994, trinta e dois alunos estavam inscritos no programa Y.E.S. Os alunos eram
encaminhados ao programa por pais, professores, ou apresentavam-se
voluntariamente por terem ouvido falar do programa através de colegas participantes.
Mesmo no caso dos estudantes encaminhados, a participação é voluntária e isto é
explicado aos pais. É interessante notar que dos 32 estudantes, apenas três eram de
sexo feminino, o que confirma resultados de pesquisas psicológicas na área de clínica,
que apontam os meninos como apresentando maior incidência de problemas do que
as meninas, na infância e na adolescência, ao passo que na vida adulta, a maior
procura de psicoterapia é por mulheres.
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Outros assuntos discutidos foram punições para alunos que brigaram em sala de aula.
Estes haviam sido suspensos pela Direção Geral da escola, e cabia aos participantes
do programa YES resolverem se eles poderiam voltar para o programa ou se
deveriam ficar na escola maior. Aqui também há uma evolução, desde a opinião de
que não poderiam retornar, pois dariam mau nome ao grupo, até uma atitude
conciliatória de dar aos alunos em questão uma segunda oportunidade. É interessante
notar que essa segunda atitude foi sugerida e apoiada inicialmente pelas meninas do
programa, que talvez fossem mais amadurecidas ou evidenciassem o que Gilligan
(1980) chamou de moral do "cuidado" (i.e., "care orientation").
Foram ainda discutidos temas como a greve dos professores, que interrompeu as
atividades por três semanas, e o planejamento para um piquenique de fim de ano à
beira do Lago Michigan. Para este foi discutida a questão de levar ou não anzóis para
pescar, disciplina, refeição, etc.
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A avaliação do programa Y.E.S. tornou-se difícil pelo fato de ser um programa flexível,
quanto à entrada e saída dos alunos no programa, e o fato de eles serem oriundos
de mais de uma escola, e de séries escolares diferentes, da oitava à décima segunda
(esta é a última série do segundo grau). Foram analisados dados disponíveis, na
escola, dos alunos sobre os quais havia informação através de pré-testes, nas
variáveis julgamento moral, freqüência e pontualidade na escola, auto-estima,
rendimento escolar e atitudes em relação à escola.
245 238 -7
130 139 +9
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250 250 0
t = 4.55, p<.001
Observa-se que a maior parte dos sujeitos está entre os estágios 2 e 3 de Kohlberg,
tendo havido crescimento dentro dessa faixa por parte de 12 dentre os 15 sujeitos,
sendo as médias significativamente diferentes.
Quanto ao rendimento acadêmico, não foi possível obter informação deste, por
ocasião da entrada dos alunos no projeto, porém dentre os 32 alunos que finalizaram
o programa em 1994, 20 tiveram conceitos A ou B, estando incluídos, portanto, no
quadro de honra da escola.
Aplicações no Brasil
Tanto a técnica de discussão de dilemas em grupo (Blatt & Kohlberg, 1975) quanto
a "comunidade justa"(Power, Higgins & Kohlberg, 1989) são alternativas promissoras
para o desenvolvimento moral de pré-adolescentes, adolescentes e jovens.
Iniciou-se um estudo piloto, com alunos de oitava série da referida escola, com os
quais se realizou um programa de discussão de dilemas morais, coordenadas por
duas psicólogas que atuam no projeto. Essas duas psicólogas também se reuniram
com grupos de professores, preparando-os para conduzirem eles próprios as
discussões de dilemas com seus alunos. Incluiu-se no estudo a testagem da eficácia
de dilemas não apenas com conteúdo relevante à moral, mas também com conteúdos
ecológicos e de não-violência. Mudanças na Direção e equipe coordenadora tornaram
inviável o prosseguimento do projeto nesta escola, embora se considere que as
sementes do trabalho foram lançadas e que algum aproveitamento deve ter havido,
embora não fosse possível mensurá-lo adequadamente. Em 1996, o projeto,
focalizando valores ecológicos, foi testado com alunos do curso de Biologia de uma
universidade, tendo-se em vista preparar tais universitários para futuramente
utilizarem a técnica de discussão de grupo com seus alunos durante o estágio
curricular ou posteriormente.
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Referências
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Subsídios para a elaboração das Normas de Convivência
Turiel, E. (1977). Conflict and transition in adolescent moral development. In: The
resolution of desequilibrium through structural reorganization. Child Development,
48, 634-637. [ Links ]
Recebido em 31.07.96
Revisado em 04.10.96
Aceito em 07.11.96
1 Este artigo relata as experiências da autora durante o programa de pós-doutorado na Universidade Notre Dame, Indiana, Estados Unidos, sob patrocínio
da CAPES, durante o primeiro semestre de 1994. A autora agradece a colaboração da Dra. Nise Pellanda e das bolsistas Gertrudes Angélica Oliveira
Vargas, Angela Cecconi Viñas e Luciana Karine de Souza pela participação na etapa de aplicação do programa de comunidade justa em escola de Porto
Alegre, escola essa a cuja equipe, alunos e professores também somos gratos.
2 Pesquisadora I-A do CNPq.
3 Endereço para correspondência: R. Ramiro Barcelos, 1600 Sala 115 90035-003 Porto Alegre RS Brasil..
All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License
PRC
prcrev@ufrgs.br
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Normas de Convivência
Ao Diretor Regional de Educação
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DOS PROCEDIMENTOS
Artigo
O Regimento Escolar, para além dos seus efeitos próprios, deve proporcionar a
assunção, por todos os que integram a vida da escola, de regras de convivência que
assegurem o cumprimento dos objetivos do projeto educativo, a harmonia das
relações interpessoais e a integração social, o pleno desenvolvimento físico, intelectual
e cívico dos alunos, a preservação da segurança destes e do patrimônio da escola e
dos restantes membros da comunidade educativa, assim como a realização
profissional e pessoal dos docentes e não docentes.
Infração
Artigo
Qualificação da infração
Artigo
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Artigo
Artigo
Medidas corretivas
a) A advertência escrita;
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para que deva evitar tal tipo de conduta e a responsabilizá-lo pelo cumprimento dos
seus deveres como aluno.
6 — A aplicação das medidas corretivas previstas nas alíneas b), c), d) e do n.º ..... é
da competência do diretor da escola que, para o efeito, pode ouvir o professor da
turma a que o aluno pertença.
Artigo
a) A repreensão registrada;
b) A suspensão por dois dias;
c) A suspensão da escola até 10 dias úteis;
d) A transferência compulsória de escola.
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3.1 – os alunos que se encontram na faixa etária especificada na letra a (nº 3),
quando do incumprimento dos deveres previstos no artigo tal deste Regimento,
estão sujeitos apenas a aplicação de medidas corretivas, conforme estabelecido no
artigo tal .....
3.2 – os alunos que se encontram na faixa etária especificada na letra b (nº 3),
quando do incumprimento dos deveres previstos no artigo tal deste Regimento,
estão sujeitos a aplicação, além das medidas corretivas, as medidas Disciplinares
Sancionatótias nomeadas nas letras a, b e c do artigo número tal...
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Subsídios para a elaboração das Normas de Convivência
Artigo
3 — Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, por cada infração apenas pode
ser aplicada uma medida disciplinar sancionatória.
Artigo
Expediente Disciplinar
Artigo....
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8 — Da audiência é lavrada ata de que consta o extrato das alegações feitas pelos
interessados.
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Artigo.....
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Subsídios para a elaboração das Normas de Convivência
Artigo.....
7 - Sempre que a notificação prevista no número anterior não seja possível, é realizada
através de carta registrada com aviso de recepção, considerando-se o aluno, ou,
quando este for menor de idade, os pais ou o respectivo responsável legal, notificado
na data da assinatura do aviso de recepção.
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Subsídios para a elaboração das Normas de Convivência
Artigo
Artigo
Recurso hierárquico
Artigo...
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CAPÍTULO VII
Artigo....
Divulgação do Regimento
Artigo....
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XIV – É dever do aluno contribuir para manter o ambiente escolar livre de bebidas
alcoólicas, drogas lícitas ou ilícitas, substâncias tóxicas, armas, instrumentos ou
engenhos possíveis de causar danos físicos aos demais membros da comunidade
educativa.
XVI – É dever do aluno não praticar atos de violência tipificados como “Bullying”que
consistem num conjunto de comportamentos agressivos, intencionais e repetitivos,
adotados por um ou mais alunos contra outro(s) em desvantagem de poder ou força
física, sem motivação evidente, com propósito de maltratar, intimidar, humilhar,
discriminar, aterrorizar, roubar, tiranizar, constranger, causando dor, angustia,
sofrimento e exclusão social. Tal forma de violência se manifesta de diversas
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XII - O aluno tem direito de ser esclarecido sobre o Regimento da escola e, por meios
a definir por este e em termos adequados à sua idade e ao ano frequentado, sobre
todos os assuntos que justificadamente sejam de seu interesse, nomeadamente
sobre o modo de organização do curso, os planos de ensinos e objetivos fundamentais
de cada disciplina ou área de conhecimento, os processos e critérios de avaliação,
bem como sobre normas de utilização e de segurança dos materiais e equipamentos
e das instalações, e, em geral, sobre todas as atividades e iniciativas relativas ao
projeto educativo da escola.
XIII - O aluno tem direito de ser esclarecido e notificado, com a devida antecedência
sobre a possibilidade de ser encaminhado para programa de recuperação de estudos
em razão do aproveitamento escolar, bem como sobre a possibilidade de recorrer em
caso de reprovação escolar.
XIV - O aluno tem direito de ser esclarecido pela direção da escola sobre as condutas
consideradas adequadas e quais as que podem resultar em sanções disciplinares,
para que tome ciência das possíveis consequências da sua atitude tanto no exercício
de seus direitos quanto no cumprimento dos seus deveres previsto neste Regimento
e demais regulamentos escolares.
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Subsídios para a elaboração das Normas de Convivência
XVIII - O aluno tem direito, no âmbito da autonomia escolar, de participar nos assuntos
e decisões que, direta ou indiretamente lhe afetam. O exercício do direito de
participação poderá se expressar mediante duas formas: a) direta, quando o aluno
pessoalmente, sem mediação, toma parte das discussões e decisões que interferem
no funcionamento da vida escolar; assembleias, plebiscitos, referendos e consultas
são configurações concretas dessa forma de participação; b) indireta, quando a
participação se dá por meio da representação que se expressa nas organizações
estudantis – Grêmios e outras – ou em órgãos auxiliares que integram a estrutura
escolar – Conselho de Escola e outros – e em outras formas de delegação da vontade
coletiva.
XIX - O aluno tem direito de ter assegurado o ingresso e a posse de material de uso
pessoal na escola, exceto nos casos em que representam perigo para si ou para os
outros, ou perturbem o ambiente escolar.
XX - O aluno, caso opte por não usar o uniforme escolar, tem direito a decidir sobre
as vestimentas pessoais que portará, assim como sobre os distintivos e adereços de
uso estritamente pessoal, exceto nos casos que sua apresentação represente perigo
a si ou aos demais, ou quando divulgar ideias racistas, preconceituosas, difamatórias,
obscenas, ou cuja circulação perturbe o ambiente escolar.
XXI - O aluno tem direito de ver seus materiais e objetos pessoais resguardados
contra furtos e danos ocasionados por outrem, estando desautorizado o ingresso e a
posse de objetos alheios às atividades educativas ou que possuam valor de qualquer
natureza.
XXIII - O aluno tem direito de ser assistido, de forma pronta e adequada, em caso de
acidente ou doença súbita, ocorrido ou manifestada no decorrer das atividades
escolares.
XXV - O aluno tem direito a conviver num ambiente educacional onde sua pessoa seja
salvaguardada das práticas de violência denominadas de “Bullying” que consistem
num conjunto de comportamentos agressivos, intencionais e repetitivos, adotados por
um ou mais alunos contra outro(s) em desvantagem de poder ou força física, sem
motivação evidente, com propósito de maltratar, intimidar, humilhar, discriminar,
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DAS PROIBIÇÕES
VIII – Destruir ou danificar materiais didáticos ou objetos pessoais dos outros alunos,
assim como subtraí-los mediante roubo ou furto;
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Subsídios para a elaboração das Normas de Convivência
XIV – Praticar atos de violência tipificados como “Bullying” que consiste num conjunto
de comportamentos agressivos, intencionais e repetitivos, adotados por um ou mais
alunos contra outro (s) em desvantagem de poder ou força física, sem motivação
evidente, com propósito de maltratar, intimidar, humilhar, discriminar, aterrorizar,
roubar, tiranizar, constranger, causando dor, angustia, sofrimento e exclusão social.
Tal forma de violência se manifesta de diversas maneiras, como por exemplo,
promover ou participar de atos de perseguição da vítima, xingamentos, desenhos
depreciativos, ofensas morais, verbais, sexuais, pelo ato frequente de ocultar, danificar
e subtrair materiais de uso pessoal, coagir a vítima a praticar atos contra a sua
vontade, inclusive mediante a ameaça de qualquer espécie, instigar atos de violência,
inclusive por meios tecnológicos, colocar a vítima em adversidade contra alguém, ou
provocar a ocorrência de ação disciplinar contra ela, em razão de atos por esta não
cometido ou que tenha sido notificado de maneira exagerada, maus-tratos físicos e
psicológicos reais e virtuais, sendo este último denominado de ciberbullying,
decorrente das modernas ferramentas tecnológicas - como a internet, o celular, as
câmeras fotográficas -, e da falsa crença do anonimato e na impunidade;
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Subsídios para a elaboração das Normas de Convivência
ANEXOS
Manual do Aluno
"A única finalidade da vida é mais vida. Se me perguntarem o que é essa vida, eu lhes
direi que é mais liberdade e mais felicidade. São vagos os termos. Mas nem por isso
eles deixam de ter sentido para cada um de nós. À medida que formos mais livres,
que abrangermos em nosso coração e em nossa inteligência mais coisas, nessa
medida nos sentiremos maiores e mais felizes. A finalidade da educação se confunde
com a finalidade da vida".
Anísio Teixeira
Não se esqueça que esse Manual irá acompanhá-lo durante todo o ano de 2012!
Cuide bem dele!
Direitos é tudo aquilo que você deve receber da escola: você tem direito a ser
respeitado, direito a uma educação de qualidade, direito a receber uniforme escolar
etc. Para saber mais sobre seus direitos, vá até a página X.
Você também possui deveres que, se não são cumpridos, prejudicam os direitos de
todos os demais alunos. É importantíssimo que você conheça seus deveres: vá para
a página XX.
Além de direitos e deveres, nossa convivência deve se basear numa ética. A ética é
o caminho que nos indica a melhor forma de vivermos juntos! Afinal conviveremos
200 dias do ano. Vá até a página XX para entender melhor a ética.
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Subsídios para a elaboração das Normas de Convivência
Direitos
O pessoal que trabalha na escola é responsável pelo esforço de garantir os seus
direitos.
Confira a lista de seus direitos:
Liberdade de expressão! Ou seja, você é livre para expressar suas crenças e seus
valores, desde que não ofenda os outros e nos momentos adequados.
Recorrer dos resultados de avaliações! Acha que está por dentro da matéria e foi
mal na avaliação? Peça para o professor revisar o processo avaliativo.
Deveres
A vida em sociedade possui uma série de regras que precisamos cumprir para
vivermos em harmonia. Não podemos fazer o que quisermos na hora que
preferirmos.
Na Escola também é assim! Além dos direitos, você tem uma série de deveres que
precisam ser respeitados para que o direito de todos a uma educação de qualidade
se realize de fato.
A palavrinha chave aqui é “Colaborar”! O que significa colaborar? “Co” significa
“junto” e “laborar” significa “trabalhar”. Ou seja, colaborar quer dizer “trabalhar
junto”. Quando você cumpre os deveres da vida escolar, colabora com seus colegas,
com os professores e com todo o pessoal que trabalha na escola.
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pagamos ao governo? Isso significa que nós mesmos pagamos pelas carteiras,
cadernos, portas etc. que utilizamos. É nosso dever conservar essas coisas para
que outras pessoas, no futuro, possam reutilizá-las.
Zelar pela saúde e pela integridade física dos colegas. Você não deve portar
material que represente perigo às pessoas na Escola. Nada de trazer para a Escola
isqueiros, drogas, cigarros, bebidas alcóolicas, canivetes ou outras armas.
Respeitar a diversidade. Somos todos diferentes. Uns mais baixos, outros mais
altos, alguns magrinhos, outros mais gordinhos, muitos com a pele clara e muitos
com a pele escura. Você sabia que discriminar pessoas por sua sua aparência ou
suas escolhas é crime?
Responsabilidade. Quando alguém faz uma bobagem, precisa reconhecer que fez. E
precisa tentar melhorar. Não se pode acusar outras pessoas de algo que nós
mesmos fizemos. Seja responsável por seus atos!
Então perceberemos que nossa convivência respeitosa pode ser construída não por
obrigação, não por causa de regras, mas sim por nossa vontade, porque queremos
que nossa escola seja um ambiente de felicidade para todos.
Gentileza!
Por que ser gentil? Lembre-se que “gentileza gera gentileza”
Você certamente gosta de ser bem tratado. Todo mundo gosta. A indelicadeza e a
hostilidade não favorecem o diálogo e machuca as pessoas.
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Respeito!
Respeito é bom e todo mundo gosta
Estamos aqui para aprender as lições, mas não só. Estamos aqui também para
aprender a lidar com as pessoas e respeitar o nosso próximo. Lembre-se que
brincadeira só é brincadeira quando é divertido para as duas partes. Quando só um
lado se diverte, provavelmente está acontecendo algum tipo de desrespeito.
Aprender a aprender!
Ninguém nasce sabendo. Pouquíssimas pessoas aprendem com facilidade.
Aprender alguma coisa envolve muito esforço, mas não podemos desistir. Lembre-
se que quanto mais você aprender, mais livre será. Sabe por que? Porque quanto
mais coisas aprendemos mais conhecimento temos para tomar nossas decisões.
Não se esqueça também que quando sabemos pouco sobre determinado assunto,
somos facilmente enganados.
Valorização da diversidade!
Havíamos dito que é uma obrigação respeitar a todos, independente de seu aspecto
físico ou de religião. Agora, convidamos você a refletir como seria um mundo onde
todos fossem do mesmo jeitinho. Chato, sem graça? Então, podemos respeitar o
outro não porque discriminação é crime, mas simplesmente por amor e porque
podemos aprender muito com as diferenças.
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Fixa diretrizes gerais para a elaboração dos regimentos educacionais das unidades
integrantes da Rede Municipal de Ensino, bem como delega competência ao Secretário
Municipal de Educação para o estabelecimento das normas gerais e complementares que
especifica.
FERNANDO HADDAD, prefeito do município de São Paulo, no uso das atribuições que
lhe são conferidas por lei e considerando o disposto na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, na Lei nº 14.660, de 26 de dezembro de 2007, na Deliberação
CME nº 03/97, na Indicação CME nº 04/97 e no Parecer CME nº 142/09,
D E C R E T A:
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de funcionamento específica.
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Art. 6º As diretrizes fixadas neste decreto aplicam-se, no que couber, aos Centros de
Convivência Infantil (CCIs) e aos Centros Integrados de Proteção à Saúde (Cips),
vinculados administrativamente às Secretarias, Autarquias e à Câmara Municipal e
pedagogicamente à Secretaria Municipal de Educação, nos termos da Lei nº 13.326,
de 13 de fevereiro de 2002, e do Decreto nº 42.248, de 5 de agosto de 2002.
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Art. 1°- As Unidades Educacionais que compõem a Rede Municipal de Ensino de São
Paulo deverão estabelecer suas normas regimentais iniciando pela indicação de sua
identificação, contendo os seguintes itens:
I – Denominação;
II – Tipo de Atendimento;
III – Patrono ou equivalente atribuído à Unidade Educacional;
IV – Endereço da Escola;
V – Ato de Criação;
VI – Ato de Autorização de Funcionamento.
Capítulo II
Da Natureza e dos Fins
Art. 2° - A Educação pública municipal é gratuita, laica, direito da população e dever
do poder público e estará a serviço das necessidades e características de
desenvolvimento e aprendizagem dos educandos, isenta de quaisquer formas de
preconceitos e discriminações de sexo, raça, cor, situação socioeconômica, credo
religioso e político, dentre outras.
Art. 3° - As Unidades Educacionais municipais têm por finalidade promover a Educação
Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio às crianças, jovens e adultos
fundamentada nos princípios voltados à construção do conhecimento, indispensável
ao exercício ativo e crítico da cidadania, na vida social, cultural, política e profissional.
Capítulo III
Da Organização das Etapas e Modalidades e da Duração do Ensino
Art. 4° - As Unidades Educacionais Municipais, no âmbito de sua atuação, manterão
diferentes etapas e modalidades de ensino, na seguinte conformidade:
I – A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, será oferecida nos CEIs,
nos CEMEIs e nas EMEIs e atenderá crianças de zero a 5 (cinco) anos de idade, na
conformidade com o disposto no artigo 34, constante do Anexo Único desta Portaria
e organizar-se-á em períodos anuais com, no mínimo, 200 (duzentos) dias letivos e
800 (oitocentas) horas de efetivo trabalho escolar.
II – O Ensino Fundamental, segunda etapa da educação básica, terá duração de 9
(nove) anos e organizar-se-á anualmente, com mínimo de 200 (duzentos) dias e 800
(oitocentas) horas de efetivo trabalho escolar, e é destinado às crianças e jovens a
partir dos 6 (seis) anos de idade completos ou a completar na forma a ser
estabelecida em Portaria específica, estruturado em 3 (três) ciclos de aprendizagem
e desenvolvimento, na conformidade do disposto no artigo 35 deste Anexo.
III - O Ensino Médio, terceira etapa da Educação Básica, será ofertado nas EMEFMs,
sendo organizado em 3 (três) séries anuais com duração mínima de 200 (duzentos)
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dias e 800 (oitocentas) horas de efetivo trabalho escolar cada uma, na conformidade
do artigo 37 deste Anexo.
IV - As EMEFs poderão manter classes de Educação de Jovens e Adultos – EJA,
preferencialmente no período noturno, destinadas ao atendimento de jovens e adultos
que não tiveram acesso ao Ensino Fundamental em idade própria.
IV.1 – A Educação de Jovens e Adultos – EJA constitui-se modalidade de ensino com
duração de 8(oito) semestres, e organizar-se-á semestralmente, com o mínimo de
100 (cem) dias e 400 (quatrocentas) horas de efetivo trabalho escolar, estruturado
em 4 (quatro) Etapas na conformidade do disposto no artigo 36 deste Anexo.
IV.2 - Além da oferta da Educação de Jovens e Adultos nas Escolas Municipais de
Ensino Fundamental – EMEFs na forma descrita no inciso anterior, poderão ser
organizados cursos oferecidos a forma modular nos termos do contido no Paracer
CME nº 234/12.
IV.3 - A modalidade poderá, ainda, ser oferecida nos Centros Integrados de Educação
de Jovens e Adultos – CIEJAS, com organização específica na conformidade do
estabelecido em normatização própria .
V. A Educação Especial constitui-se modalidade de ensino destinada aos educandos
com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação sendo ofertada nas Unidades Educacionais da Rede
Municipal de Ensino, respeitado o princípio da inclusão, nas salas comuns, nas Salas
de Apoio e Acompanhamento à Inclusão- SAAIs, nas Instituições de Educação Especial
Conveniadas com a SME, nas Escolas Municipais de Educação Bilíngue para Surdos
– EMEBSs e nas Unidades-Polo de Educação Bilíngue para educandos surdos ou
ouvintes, com atendimento específico que assegure e respeite o desenvolvimento e o
rítmo de aprendizagem desses educandos.
Capítulo IV
Dos Objetivos
Art. 5º- A Educação Pública nas Escolas da Rede Municipal de São Paulo tem por
objetivo a formação da consciência social, crítica, solidária e democrática, na qual o
educando vá gradativamente se percebendo como agente do processo de construção
do conhecimento e de transformação das relações entre os homens em sociedade,
por meio da ampliação e recriação de suas experiências, da sua articulação com o
saber organizado e da relação da teoria com a prática, respeitadas as especificidades
das seguintes etapas ou modalidades de ensino:
I - Educação Infantil – assegurar às crianças de zero a 5(cinco) anos de idade o seu
desenvolvimento integral em seus aspectos físico, afetivo, intelectual, linguístico e
social, complementando a ação da família e da comunidade, o acesso a processos de
construção de conhecimento e a aprendizagem de diferentes linguagens, bem ainda,
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Seção III
Da Educação de Jovens e Adultos
Art. 36 – A Educação de Jovens e Adultos na forma regular será organizada em
Etapas na periodicidade semestral, conforme segue:
I – Etapa de Alfabetização – duração de dois semestres – objetiva a alfabetização e
o letramento como forma de expressão, interpretação e participação social, no
exercício da cidadania plena, ampliando a leitura de mundo do jovem e do adulto e
favorecendo sua formação integral, por meio da aquisição de conhecimentos, valores
e habilidades para as múltiplas linguagens, a leitura, escrita e a oralidade,
possibilitando que se articulem entre si e com todos os componentes curriculares,
bem como, auxiliem na solução de problemas matemáticos.
II – Etapa Básica – duração de dois semestres – as aprendizagens relacionadas à
Língua Portuguesa, à Música, à Expressão Corporal e demais linguagens, assim como
o aprendizado da Matemática, das Ciências, da História e da Geografia devem ser
desenvolvidos de forma articulada, tendo em vista a complexidade e a necessária
continuidade do processo de alfabetização.
III – Etapa Complementar – duração de dois semestres – representa o momento da
ação educativa para jovens e adultos com ênfase na ampliação das habilidades,
conhecimentos e valores que permitam um processo mais efetivo de participação na
vida social.
IV - Etapa Final – duração de dois semestres – objetiva enfatizar a capacidade dos
jovens e dos adultos em intervir em seu processo de aprendizagem e em sua própria
realidade, visando à melhoria da qualidade de vida e ampliação de sua participação
na sociedade.
§ 1º – A EJA poderá, ainda, organizar-se na forma Modular com periodicidade anual,
segundo organização própria.
§ 2º - Os Centros Integrados de Educação de Jovens e Adultos – CIEJAs, deverão
organizar-se segundo normatizações específicas.
Seção IV
Do Ensino Médio
Art. 37 - O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, será organizado em séries
anuais, e terá duração de 3 (três) anos, e terá como finalidade a consolidação da
formação básica do cidadão, capacitando-o ao exercício da cidadania e ao
desenvolvimento de habilidades básicas para o mundo do trabalho.
Capítulo IV
Do Processo de Avaliação
Seção I
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Dos Princípios
Art. 38 - A avaliação tem como princípio o aperfeiçoamento da ação educativa e da
gestão escolar, com vistas ao atendimento das condições necessárias para a
aprendizagem e desenvolvimento dos educandos.
Parágrafo Único: A avaliação abrangerá as dimensões institucional, externa e interna
e, na Unidade Educacional, assumirá um caráter formativo e comporá o processo de
aprendizagem e desenvolvimento como fator integrador entre as famílias e o processo
educacional.
Art. 39 - A avaliação, como parte do processo de ensino e aprendizagem, contribuirá
para tornar o educando e seus responsáveis conscientes de seus avanços e de suas
necessidades, tendo como finalidade principal a tomada de decisão do professor, para
redimensionar as ações na direção do alcance dos direitos e objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento, observadas as devidas especificidades.
Seção II
Da Avaliação Institucional
Art. 40 – Anualmente, a comunidade educacional avaliará e sistematizará os
impactos das ações pedagógicas e administrativas planejadas para o ano letivo e a
sua relação com ao alcance das metas para melhoria da qualidade de ensino e de
aprendizagem.
Art. 41 – Os resultados obtidos na Avaliação Institucional orientarão o replanejamento
das ações e os ajustes do Projeto Político-Pedagógico e indicarão as necessidades e
demandas para as diferentes instâncias de gestão da Secretaria Municipal de
Educação.
Seção III
Da Avaliação do Processo de Aprendizagem e Desenvolvimento
Art. 42 – A avaliação, parte integrante do processo de aprendizagem e
desenvolvimento deverá constituir-se em instrumento de orientação para a equipe
docente, discente e para os pais/responsáveis na percepção dos avanços dos
educandos.
§ 1º - A avaliação na Educação Infantil deverá assumir papel relevante efetivando-se
por meio da observação e da documentação pedagógica, com o objetivo de compor o
registro histórico do processo cotidiano vivido pelas crianças, sem classificá-las.
§ 2º - Para adequar-se ao disposto na Lei federal nº 12.796, de 04/04/13, no que
concerne a avaliação do desenvolvimento dos educandos, as Unidades de Educação
Infantil deverão observar ao contido na Orientação Normativa específica a ser
publicada pela Secretaria Municipal de Educação.
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ausências e promoção dos educandos, quando for o caso, de acordo com o Projeto
Político-Pedagógico e os princípios estabelecidos nas diretrizes do Regimento
Educacional. Parágrafo Único – As Reuniões de que trata este artigo serão devidas
exclusivamente nas unidades que mantêm o Ensino Fundamental e o Médio.
Art. 53 – O Conselho de Classe será composto pela Equipe Gestora e Docente da
Unidade Educacional podendo ser ampliado de acordo com o Projeto Político-
Pedagógico e reunir-se-á bimestralmente, observadas as diretrizes estabelecidas em
Portaria específica.
Capítulo VI
Das Ações de Apoio à Educação Integral
Art. 54 - A fim de assegurar as condições necessárias ao adequado desenvolvimento
das crianças, jovens e adultos, a Unidade Educacional deverá desenvolver ações de
apoio ao processo educativo, realizadas por meio de:
a) iniciativas próprias articuladas com o Projeto Político-Pedagógico da Unidade
Educacional;
b) programas e projetos desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Educação e/ou
com outras Secretarias ou órgãos públicos, definidos de acordo com as necessidades
da realidade local;
c) programas e projetos realizados em parceria com instituições não governamentais.
Art. 55 - Todas as ações de apoio ao processo educativo deverão ser acompanhadas
e avaliadas sistematicamente pelos profissionais diretamente envolvidos da Unidade
Educacional.
Parágrafo Único - Compete à Unidade Educacional estabelecer critérios, observadas
as normas legais vigentes, que contribuam para a constante melhoria das ações de
apoio ao processo educativo e ampliação da jornada dos educandos por meio de sua
participação em atividades organizadas pela Unidade, oferecidas pelos órgãos
públicos e/ou instituições da sociedade civil Art. 56 - Caberá à Unidade Educacional
viabilizar a implantação e implementação de programas e Metas Educacionais
estabelecidos pela Secretaria Municipal de Educação.
Capítulo VII
Das Normas Convívio
Art. 57 – As Normas de Convívio, discutidas e elaboradas pelo conjunto da
comunidade escolar e aprovadas pelo Conselho de Escola/CEI/CIEJA e pelo Órgão
Regional competente fundamentam-se nos direitos e deveres que devem ser
observados por todos e apoiados em princípios legais, de solidariedade, ética,
diversidade cultural, autonomia e gestão democrática.
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II – 100 (cem) dias de efetivo trabalho escolar e carga horária de 400 (quatrocentas)
horas de cada semestre das Etapas da Educação de Jovens e Adultos.
Parágrafo Único – Na hipótese de ocorrência de déficit, quer em relação ao mínimo
de dias de efetivo trabalho escolar previstos neste artigo, quer em relação à carga
horária estabelecida para cada componente curricular/disciplina, a escola deverá
efetuar a reposição de aulas e/ou dias de efetivo trabalho escolar.
Art. 73 – Serão considerados como dias de efetivo trabalho escolar, aqueles que
envolvem atividades previstas no Projeto Político-Pedagógico da Unidade Educacional,
de participação obrigatória para o educando e orientada por profissional habilitado.
Art. 74 - As aulas somente poderão ser suspensas em decorrência de situações que
justifiquem tal medida, nos termos da legislação vigente, ficando a reposição para
devido cumprimento dos mínimos legais fixados.
Art. 75 - As Unidades Educacionais definirão no seu calendário de atividades, reunião
com pais ou responsáveis, bimestralmente, para o acompanhamento do processo
educativo.
Parágrafo Único - Nas reuniões de acompanhamento referidas no “caput”, os
professores deverão apresentar dados de avaliação e frequência dos educandos, de
acordo com os registros do trabalho desenvolvido.
Capítulo II
Da Matrícula
Art. 76 - A matrícula para todas as Etapas/Modalidades de Ensino será efetuada
conforme normas fixadas pela Secretaria Municipal de Educação.
§ 1° - A matrícula será realizada de forma ininterrupta em todas as Etapas/
Modalidades de Ensino, inclusive na EJA, respeitada a compatibilização de vagas
realizada no sistema informatizado.
§ 2° - A Equipe Escolar e o Conselho de Escola darão ampla divulgação do edital de
matrícula, fixando-o nas dependências da escola e em locais acessíveis à população.
§ 3° - Efetivada a matrícula de educandos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, a Unidade Educacional deverá
informar, imediatamente, às respectivas Diretorias Regionais de Educação para o
acompanhamento pelos Centros de Apoio e Acompanhamento à Inclusão - CEFAIs e
possíveis encaminhamentos.
Art. 77 - A matrícula inicial será efetuada mediante requerimento do pai ou
responsável, ou do próprio educando, se maior observados os critérios definidos em
Portaria específica expedida pela Secretaria Municipal de Educação - SME.
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Da Apuração da Assiduidade
Art. 87 - Caberá a Equipe Gestora em conjunto com a Equipe Docente definir ações
que visem à promoção da permanência e frequência das crianças, jovens e adultos,
na Educação Infantil, no Ensino Fundamental e no Ensino Médio.
Art. 88 – Cada Unidade Educacional deverá realizar controle sistemático da
frequência dos educandos às atividades escolares e adotar as medidas necessárias,
nos casos de educandos com frequência irregular.
Art. 89 – O controle da frequência às atividades educacionais deverá ser registrado
diariamente pelos respectivos professores, nos Diários de Classe, e enviadas a Equipe
Gestora para análise e tomada de decisão nos casos de constatação de frequência
irregular do educando.
§ 1º - Constatada frequência irregular o professor deverá comunicar à Equipe
Gestora para a adoção das medidas cabíveis, previstas no Regimento Educacional.
§ 2º - Os dados relativos à apuração da assiduidade deverão ser comunicados ao
educando e aos pais/responsáveis, no decorrer do período letivo, na periodicidade
bimestral ou sempre que houver necessidade.
Art. 90 - A apuração da assiduidade, em cada ano/bimestre/semestre letivo far-se-
á:
I – Na Educação Infantil, Infantil I e II, pelo cálculo da porcentagem em relação ao
número de dias de efetivo trabalho educacional, exigida a frequência mínima de 60%
(sessenta por cento) do total de horas;
II - No Ensino Fundamental regular - Ciclo de Alfabetização, 4º e 5º anos do Ciclo
Interdisciplinar e nas Etapas de Alfabetização e Básica da EJA, pelo cálculo da
porcentagem em relação ao número de dias letivos, exigida a frequência mínima de
75% (setenta e cinco por cento) do total de dias previstos no período letivo;
III - No Ensino Fundamental regular - 6º ano do Ciclo Interdisciplinar e demais anos
do Ciclo Autoral, nas Etapas Complementar e Final da EJA e nas séries do Ensino
Médio, exigida a frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total das
aulas previstas no período letivo e de 50% (cinquenta por cento) das aulas previstas
em cada componente curricular/disciplina;
IV- Na EJA Modular a frequência exigida para a promoção deverá ser de 100% (cem
por cento) em cada módulo, por componente curricular.
§ 1º - No caso do educando se matricular em outra época que não a do início do
período letivo, a apuração da frequência deverá incidir sobre o período que se inicia a
partir de sua matrícula até o final do período letivo, calculando-se os percentuais sobre
as atividades desse período.
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Edição e Revisão:
Rodrigo Merli
Christian Sznick
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