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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

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Sumário
Sumário ........................................................................................................... 1

NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 2

1- O QUE É DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL? .................................... 3

2 - HISTÓRICO E CONCEITO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL .. 5

3- DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES AS BASES DO DESENVOLVIMENTO


SUSTENTADO ........................................................................................................... 9

4 – DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO E SUAS SUB- DIMENSÕES:


ECONÔMICA, ECOLÓGICA, ESPACIAL, CULTURAL ........................................... 13

 DIMENSÃO ECONÔMICA ................................................................... 13

 DIMENSÃO ECOLÓGICA .................................................................... 14

 DIMENSÃO ESPACIAL ........................................................................ 15

 DIMENSÃO CULTURAL ....................................................................... 15

5 – AS POLÍTICAS AMBIENTAIS PÚBLICAS NO BRASIL ........................... 16

6 – INTERRELAÇÕES DA ECONOMIA E O MEIO AMBIENTE.................... 17

 RESPONSABILIDADE SOCIAL E A SUSTENTABILIDADE ................ 19

7 – IMPORTANTES OBSERVAÇÕES SOBRE O ASSUNTO ....................... 20

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo
serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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1- O QUE É DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL?

Este conceito surgiu durante a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e


Desenvolvimento, na qual foram discutidos meios de harmonizar o meio ambiente
com o desenvolvimento econômico, tendo respeito ao meio ambiente.

O esgotamento dos recursos naturais pode ser evitar a partir da tomada de


consciência de sua importância, bem como de um planejamento estruturado para
conservá-los.

Trata -se de equilibrar o ritmo de crescimento econômico e rever práticas com o


objetivo de preservar recursos naturais imprescindíveis para a sobrevivência de
gerações futuras. É preciso uma preocupação com a disponibilidade dos recursos
naturais presentes para as gerações futuras, respeitando, ao mesmo tempo, o
crescimento e desenvolvimento econômico. O estudo da relação entre homem e
natureza para entender o que levou e desencadeou a preocupação com o
desenvolvimento da sustentabilidade nas atividades humanas é de extrema
importância.

O ser humano se relaciona com a natureza sempre aconteceu de forma bastante


discrepante: de um lado o homem, com toda a sua inteligência gananciosa,
tentando alimentar os seus desejos de consumo e conforto; do outro, a natureza,
com toda a sua exuberância e riqueza, fonte para todas as ações humanas.

No estudo da existência do planeta Terra, pode-se ter uma ideia da extensão


dos períodos das transformações que permitiram a existência do ser humano
hoje. Muito foi destruído e criado até chegar ao estágio atual. A ocupação humana
teve impacto na biosfera e na disponibilidade dos recursos naturais.

Um ponto preocupante dessa inter-relação é o uso exacerbado dos recursos,


causando problemas ambientais ocorreu com o surgimento das cidades e a
satisfação das necessidades dos homens, sempre utilizando os recursos ambientais.

A história das cidades e da civilização é longa. Estima-se que as primeiras


cidades teriam surgido entre quinze e cinco mil anos atrás. A nossa sociedade tem

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vivido, atualmente, uma gama de problemas decorrentes diretamente da sua
forma de tratar e se relacionar com a natureza.

O uso não consciente conduziu o homem a explorar intensamente os recursos


disponíveis na natureza esquecendo que grande parte deles, além de não
serem renováveis, quando retirados da natureza em quantidades excessivas,
deixam na mesma uma lacuna, às vezes irreversível, cujas consequências são
sentidas em gerações posteriores, principalmente em relação às mudanças
climáticas.

A Revolução Industrial, movimento que teve início na Inglaterra a partir da segunda


metade do século XVIII, deu origem a um conjunto de mudanças tecnológicas com
profundo impacto no processo produtivo nos âmbitos econômico e social. Ao longo
do processo, a era agrícola foi superada, a máquina foi substituindo o trabalho
humano. Dessa forma, uma nova relação entre capital e trabalho se impôs, novas
relações entre nações se estabeleceram e surgiu o fenômeno da cultura de massa,
por exemplo.

Devido a uma combinação de fatores, como o liberalismo econômico, a acumulação


de capital e uma série de invenções, tais como o motor a vapor, essa
transformação foi possível. Com isso o capitalismo tornou-se o sistema econômico
vigente. O volume de produção aumentou extraordinariamente: a produção de bens
deixou de ser artesanal e passou a ser maquino-faturada.

Com o advento da Revolução Industrial, as populações passaram a ter acesso


a bens industrializados e deslocaram-se para os centros urbanos em busca de
trabalho fácil e abundante. Assim, também, as fábricas passaram a concentrar
centenas de trabalhadores, que vendiam a sua força de trabalho em troca de um
salário. Antes, o progresso econômico era sempre lento (levou séculos para que a
renda per capita aumentasse sensivelmente) e, após, a renda per capita e a
população começaram a crescer de forma acelerada nunca antes vista na
história. Por exemplo, entre 1500 e 1780, a população da Inglaterra aumentou
de 3,5 milhões para 8,5; já entre 1780 e 1880, ela saltou para 36 milhões,
devido à drástica redução da mortalidade infantil.

As cidades atraíram os camponeses e artesãos, e se tornaram cada vez mais


numerosos e mais importantes com a Revolução Industrial. A maneira como

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as populações vivem nos países que foram industrializados se alterou drasticamente.
Por volta de 1850, na Inglaterra, pela primeira vez em um grande país, havia
mais pessoas vivendo em cidades do que no campo.

Haviam aglomerações nas cidades e em subúrbios de casas velhas e


desconfortáveis, se comparadas com as habitações dos países industrializados hoje
em dia. O trabalho do operário era muito diferente do trabalho do camponês:
tarefas monótonas e repetitivas. A vida na cidade moderna significava mudanças
incessantes.

Atualmente estão surgindo novos hábitos, gostos, produtos e com isso, necessidade
de se fazer adaptações. Com esse objetivo, algumas conferências foram realizadas
na tentativa de se desenvolver conceitos e decidir medidas para melhorar a
qualidade de vida e tentar manter a sustentabilidade. Surgiram também
organizações não governamentais interessadas em defender a causa da
sustentabilidade.

2 - HISTÓRICO E CONCEITO DO DESENVOLVIMENTO


SUSTENTÁVEL

Este tema é recorrente nos últimos anos, dada sua preocupação sobe o aspecto
econômico que a escassez das energias não renováveis proporciona, ou mesmo
pelo despertar da consciência humana a respeito da necessidade de preservação
do planeta para as gerações vindouras. A partir do conceito básico de
desenvolvimento sustentável, cujo objetivo principal é o de se obter um
desenvolvimento que seja ao mesmo tempo eficaz e que não venha a
comprometer as gerações futuras. Em algumas atividades podem trabalhar sob
pressão, levando-os à situação de estresse.

Atualmente, a geração de energia, principalmente elétrica, oriunda de fontes


renováveis vem despertando o interesse de vários países, por se tratar de uma
forma de obtenção mais barata e que não agride o meio ambiente. Por conta das
modernas tecnologias que possibilitam maior escala de economia, essa forma
“limpa” de obtenção de energia pode se mostrar bastante competitiva. O homem

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vem explorando os recursos naturais desde a época pré-histórica e depois essa
exploração aumentou com a revolução industrial, chegando aos dias atuais.

Quando utilizadas para geração de energia, as fontes renováveis auxiliam na


diminuição da exploração dos recursos esgotáveis ou não renováveis, pois
realizam uma exploração sustentável; assim também, com a exploração
harmônica de fontes renováveis, pode-se cuidar de ecossistemas que são
impactados negativamente pela geração de substâncias poluentes emitidas no
meio ambiente quando são transformados em energias úteis para o homem,
como alguns recursos não renováveis, como petróleo, carvão e gás.

Considerando os recursos naturais, podemos dizer que os recursos não


renováveis, além de estarem em processo de esgotamento, são os que mais
provocam impactos negativos trazem para a natureza, já que sua exploração
exige tecnologias especiais para extração, muitas vezes de alto custo, em virtude
das condições de obtenção cada vez mais remotas, além de emitirem mais
poluentes. Geralmente, seu transporte também costuma oferecer riscos extras,
como, por exemplo, caso do petróleo.

Alguns recursos não renováveis, depois de serem utilizados, são ainda uma
grande ameaça poluente, como é o caso dos resíduos radioativos provenientes
de energia nuclear. Nos dias de hoje, os níveis de contaminação por poluentes
oferecem grande preocupação; na geração de energia elétrica, as emissões de
dióxido de carbono são, quando se utilizam os seguintes recursos, da ordem
de: carvão natural, 980 g/kWh; óleo combustível, 818 g/kWh e gás, 430 g/kWh
aproximadamente.

Esses poluentes gerados contribuem fortemente para o e feito estufa e a


destruição da camada de ozônio. A responsabilidade pela adoção de medidas para
reduzir os pontos negativos é das autoridades públicas. Também lhes é conferido a
responsabilidade pela gestão dos recursos naturais, no combate à pobreza e à
exclusão social.

Essa ideia procura conciliar a necessidade de desenvolvimento econômico da


sociedade com a promoção do desenvolvimento social e com o respeito ao
meio ambiente, que atualmente é um tema indispensável na pauta de discussão
das mais diversas organizações, e nos mais diferentes níveis de organização

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da sociedade, como nas discussões sobre o desenvolvimento dos municípios
e das regiões, correntes no dia a dia de nossa sociedade.

O desenvolvimento sustentável é aquele preocupado com a disponibilidade dos


recursos naturais hoje para que estejam garantidos para as gerações futuras. A
adoção de uma ou outra linha de divisão do desenvolvimento sustentável
depende do contexto. Assim, não só os aspectos ecológicos, mas também outros
importantes devem ser considerados no contexto das atividades humanas para o
desenvolvimento sustentável.

É importante frisar que o desenvolvimento sustentável visa conciliar


Desenvolvimento econômico – que é o desenvolvimento de riqueza material
dos países ou regiões, assim como o bem-estar econômico de seus habitantes
–; desenvolvimento social – que consiste na evolução dos componentes da
sociedade (capital humano) e na maneira como estes se relacionam (capital
social) – e preservação ambiental – que é minimizar a utilização dos bens ambientais
(recursos naturais), conservando-os o máximo possível.

Vários estudiosos sobre o assunto afirmam que todo desenvolvimento é social,


acrescentando que sem a alteração do capital social e do humano não há
desenvolvimento.

É importante frisar que o desenvolvimento sustentável visa conciliar


Desenvolvimento econômico – que é o desenvolvimento de riqueza material
dos países ou regiões, assim como o bem-estar econômico de seus habitantes
–; desenvolvimento social – que consiste na evolução dos componentes da
sociedade (capital humano) e na maneira como estes se relacionam (capital
social) – e preservação ambiental – que é minimizar a utilização dos bens ambientais
(recursos naturais), conservando-os o máximo possível.

Existem cinco dimensões do que se pode chamar desenvolvimento sustentável,


a saber:

A dimensão social, que é entendida como a criação de um processo de


desenvolvimento sustentado por uma civilização com maior equidade na
distribuição de renda e de bens, de modo a reduzir o abismo entre os padrões
de vida dos ricos e dos pobres.

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A dimensão econômica deve ser alcançada através do gerenciamento e alocação
mais eficiente dos recursos e de um fluxo constante de investimentos públicos
e privados.

A dimensão ecológica deve e pode ser alcançada com o aumento da


capacidade de utilização dos recursos, limitação do consumo de combustíveis
fósseis e de outros recursos e produtos que são facilmente esgotáveis, redução
da geração de resíduos e de poluição por meio da conservação de energia,
de recursos e da reciclagem.

A dimensão espacial deve ser dirigida para a obtenção de uma configuração


rural-urbana mais equilibrada e uma melhor distribuição territorial dos
assentamentos humanos e das atividades econômicas.

A dimensão cultural inclui a procura por raízes endógenas de processos de


modernização e de sistemas agrícolas integrados, que facilitem a geração de
soluções específicas para o local, o ecossistema, a cultura e a área.

A construção do conceito de sustentabilidade é um processo em andamento e longe


do final.

No momento atual, as instituições estão cada vez mais preocupadas em atingir


e demonstrar um desempenho mais satisfatório em relação ao meio ambiente.
Considerando este panorama, a gestão ambiental tem se configurado como uma
das mais importantes atividades em qualquer empreendimento. A problemática
ambiental envolve também o gerenciamento dos assuntos pertinentes ao meio
ambiente, por meio de sistemas de gestão ambiental, da busca pelo
desenvolvimento sustentável, da análise do ciclo de vida dos produtos e da
questão dos passivos ambientais.

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3- DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES AS BASES DO
DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO

Após a problemática da relação entre homem e natureza, ocorreram conferências,


agendas e criação de leis importantes na tentativa de reverter os problemas
causados e anteriormente demonstrados.

Com a intenção de introduzir a ideia do desenvolvimento sustentável, um modelo


de crescimento econômico menos agressivo para o meio ambiente, foi realizada,
a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
(CNUMAD), também conhecida como ECO 92 no ano de 1992, no Rio de Janeiro.
Este evento contou com representantes de 175 países e de organizações não
governamentais (ONGs) Essa conferência foi considerada o evento ambiental
mais importante do século XX, pois foi a primeira grande reunião internacional
realizada a pós o fim da Guerra Fria.

A Agenda 21 é um dos mais importantes documentos referentes ao meio


ambiente e foi gerado na reunião de 178 nações na Conferência das Nações
Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), em 1992. As
dimensões da sustentabilidade são parte do conteúdo da Agenda 21 global,
modelo para que os países a aplicassem e escrevessem também sua agenda
21 nacional e local. Todas essas dimensões que formam parte de um
desenvolvimento sustentável são mostradas por pesquisadores e governantes.

O Protocolo de Kyoto foi um tratado resultante de uma série de eventos e


que culminou com a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança
Climática (UNFCCC) na ECO-92 no Rio de Janeiro. É baseado em um tratado
internacional no qual as nações signatárias assumem compromissos mais
rígidos com o objetivo de reduzir a emissão dos gases que provocam o efeito
estufa como dióxido de carbono, enxofre etc. Esses gases são considerados, de
acordo com a maioria das investigações científicas, como causa do aquecimento
global.

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Em 1997 esse documento foi discutido e negociado em Kyoto no Japão. Foi
aberto para assinaturas em 16 de março de 1998 com ratificação em 15 de
março de 1999. Entrou em vigor oficialmente em 16 de fevereiro de 2005.

No tratado do Protocolo de Kyoto, um calendário é proposto pelo qual os


países desenvolvidos têm a obrigação de reduzir a quantidade de gases
poluentes em, pelo menos, 5,2% até 2012.

Os países signatários teriam que colocar em prática planos para reduzir a emissão
desses gases entre 2008 e 2012. A ideia é de que a redução das emissões de
gases ocorra em diversas atividades econômicas e que os países participantes
estejam abertos a cooperarem entre si.

Entre essas atividades podemos citar: melhoria dos setores de energia e transportes,
respeitando a sustentabilidade; estímulo para o uso de e fontes de energia
renováveis; priorização dos mecanismos financeiros e de mercado que estejam de
acordo com os objetivos da convenção; gerenciamento de resíduos e controle das
emissões de metano; política agressiva de proteção de florestas e sumidouros de
carbono.

O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL, é um dos mecanismos de


flexibilização criados pelo Protocolo de Kyoto, tem por objetivo auxiliar o
processo de redução de emissão de gases do efeito estufa (GEE) ou de captura
de carbono (ou sequestro de carbono).

Os países que têm metas em relação ao Protocolo de Kyoto estão divididos em dois
subgrupos: (1) aqueles países que necessitam diminuir suas emissões e,
portanto, podem tornar-se compradores de créditos provenientes do MDL, como
a Alemanha, Japão, Holanda; e (2) os países que estão em transição econômica
e por isso podem ser anfitriões de projetos do tipo Implementação Conjunta
(que é outro mecanismo do Protocolo de Kyoto), como a Ucrânia, Rússia, Romênia
etc.

O objetivo é dar apoio aos países em desenvolvimento para que possam


implementar projetos de redução o u captura de emissão de gases causadores do
efeito estufa, obtendo os Certificados de Emissões Reduzidas (CERs).

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Sobre o calor o protocolo de Kyoto apresenta uma peculiaridades interessantes: os
países desenvolvidos estão obrigados a perseguir um corte de 5% das emissões
de dióxido de carbono e os que são considerados em desenvolvimento (Brasil e
Índia, por exemplo) têm que diminuir as emissões quanto for possível mas sem
limites preestabelecidos. As empresas de países industrializados estão autorizadas a
financiar o desenvolvimento “limpo” em países de terceiro mundo.

Existem várias áreas e projetos dos países de terceiro mundo que podem ser
investidos. Em média, cada 6 dólares investidos nesses projetos permitem à
empresa produzir 1 tonelada a mais de dióxido de carbono. Isso pode gerar
grandes negócios para as empresas brasileiras, que não irão mais encarar os
projetos ambientalistas como uma obrigação que só gera prejuízo.

Mesmo fora do Protocolo de Kyoto, mu itas empresas nos Estados Unidos


estão preocupadas com o perigo que representa o aquecimento global e, dessa
forma, já adotam medidas para reduzir suas emissões de dióxido de carbono ou a
de seus produtos. Alguns exemplos de empresas são mencionados a seguir: a
General Motors, investiu milhões de dólares no desenvolvimento de veículos
movidos a hidrogênio; a General Eletric, por exemplo, conta com uma divisão de
energia eólica; a American Electric Power, a maior distribuidora de eletricidade
do país, decidiu adotar as normas do tratado e comprometeu-se a reduzir suas
emissões de dióxido de carbono em 10% até 2006; desafiando a posição da Casa
Branca, o governo do estado de Massachusetts anunciou um plano de diminuir
suas emissões em 10% até 2020.

Na União Europeia, que é a maior defensora do Protocolo, seus países


estabelecem cotas de redução de emissões ainda mais ambiciosas do que as
definidas pelo acordo: a Inglaterra acredita em um índice de redução de 60% até
2050.

Mesmo com uma mobilização mundial em torno do controle do dióxido de


carbono, é grande a comunidade de cientistas que não acredita na causa. Eles
se dividem em dois grupos: o primeiro considera que o aquecimento global
simplesmente não constitui ameaça alguma, sendo apenas mais uma das
alterações que ocorrem no clima do planeta de tempos em tempos e que o
dióxido de carbono possivelmente tem pouca influência no fenômeno. E ainda

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que o aquecimento venha no futuro a alterar substancialmente o clima e a vida
na Terra, a humanidade já disporá de tecnologia adequada para anular seus efeitos.

O outro grupo de pesquisadores descarta o Protocolo de Kyoto, uma vez que


considera seus resultados, mesmo a longo prazo, serão ínfimos e que os
recursos utilizados para reduzir as emissões de dióxido de carbono – algo entre
150 bilhões e 350 bilhões de dólares por ano – seriam muito mais bem
empregados no combate a males do mundo moderno, como a pobreza, a fome
e as epidemias.

Em síntese, é possível apontar que, o aquecimento global, ligado as práticas dos


humanos, provocam grandes modificações no clima, como furacões, derretimento
das geleiras, formação de novos desertos em regiões hoje férteis, cidades
litorâneas seriam inundadas pela elevação do nível dos oceanos, entre outros.

Conhecida como Rio+10 ou Cúpula da Terra II, foi realizada em 2002 pela
ONU, em Johannesburg, na África do Sul, a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento
Sustentável, tendo como um de seus principais objetivos discutir os avanços
alcançados pela Agenda 21 e os outros acordos firmados na Cúpula de 1992, na
ECO-92.

A partir dessa cúpula, surgiram dois documentos: a) o Plano de Implementação;


b) a Declaração de Johannesburg. A Declaração de Johannesburg afirma e
relembra compromissos firmados entre os países em 37 parágrafos e elenca
desafios que foram e são enfrentados p elas diversas nações representadas,
reafirmando o compromisso com o desenvolvimento sustentável.

Esse documento confirma as responsabilidades assumidas pelos países em 37


parágrafos e elenca desafios que foram e são enfrentados p elas diversas nações
representadas, reafirmando o compromisso com o desenvolvimento sustentável.
Enquanto em alguns pontos o plano parece ter atendido às expectativas, ou
pelo menos, dado uma luz à questão; em outros ele foi, no mínimo, vago ao
não estipular prazos e metas. Sendo assim, a Cúpula de Johannesburg e o
“Plano de Ações” não agradou a todos, principalmente às ONGs ambientais que
participaram do evento.

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4 – DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO E SUAS SUB- DIMENSÕES:
ECONÔMICA, ECOLÓGICA, ESPACIAL, CULTURAL

 DIMENSÃO ECONÔMICA

Esta dimensão se define como uma progressiva alteração do sistema produtivo e


de seus padrões qualitativos e quantitativos, mediante uma gestão eficiente dos
recursos, fornecidos por um fluxo regular de investimentos públicos e privados,
levando à sociedade a melhoria econômica sustentável.

A qualificação do processo de gestão mais eficaz refere-se ao aproveitamento sem


prejuízo do ecossistema. Esse prejuízo para o meio ambiente poderia acontecer
em virtude de desastres ou impactos negativos ao mesmo, ou por prejuízos
econômicos, em horizonte de médio ou longo prazo.

Um recurso importante na economia dos países é a energia elétrica, sendo o


energético que movimenta grande parte da indústria e comércio do Brasil.

O serviço elétrico brasileiro precisa de constantes iniciativas de investimento de


capital estrangeiro e nacional, visando abrir novos negócios; e esses novos
negócios são a busca de utilização de novas fontes de geração como a eólica
(ventos), biomassa, fotovoltaica (luz solar), entre outras renováveis, que ainda
têm percentagens de utilização relativamente baixas.

A sustentabilidade econômica é alcançada da alocação e distribuição dos recursos


naturais dentro de uma escala apropriada. É um mundo, e m termos de estoques
e fluxos de capital, no qual estão incluídos o capital humano, ambiental ou
natural e o capital social. A distribuição estará associada à divisão dos recursos
entre as pessoas, e as quantidades que correspondam a cada um dependerão
da escala.

No setor elétrico sobre a elaboração de projetos com o objetivo de ampliar ou instalar


novas fontes de geração de energia, não somente deve-se avaliar os aspectos
macroeconômicos em função da eficiência da operação e retorno dos
investimentos, mas também alterar ou suplantar os modelos tradicionais que
medem crescimento e desempenho da economia com modelos de indicadores

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que incorporem a variável ambiental. Existe, atualmente, a tendência de avaliar
projetos também em função dos impactos ambientais.

 DIMENSÃO ECOLÓGICA

A fonte primária de recursos utilizados em processos de produção de bens e


serviços é o capital natural, e este deve ser usado tendo-se em mente a
minimização e anulação dos danos ocasionados à natureza, porque é a base
sobre a qual está assentada a espécie humana. Os âmbitos em que os recursos
naturais estão localizados são o solo, o mar e o ar. Os três são poluídos pelos
processos industriais, armazenando todos os resíduos tóxicos que afetaram os
seres vivos: homens, animais e plantas.

A dimensão ecológica é ampliada através do uso dos recursos potenciais dos


ecossistemas, com propósitos socialmente válidos, ocasionando um mínimo de
dano e limitando o consumo de combustíveis fósseis e produtos facilmente
esgotáveis, substituindo-os por recursos renováveis.

A geração de energia elétrica ocasiona emissão de agentes poluentes que por sua
vez provocam mudanças no ecossistema. Considerando essa questão, os
principais causadores de poluição são as usinas termoelétricas, que precisam
da combustão de um hidrocarboneto. Os mais utilizados são os derivados do petróleo
e gás, como também o carvão mineral; todos liberam gases que impactam
negativamente o meio ambiente.

Usinas hidrelétricas também ocasionam danos aos ecossistemas, porque elas


são causadoras de grandes mudanças nos lugares em que são construídas as
barragens e os reservatórios; usinas nucleares não poluem o meio ambiente
durante seu funcionamento, porém, depois da vida útil do material radioativo –
quando não descartado adequadamente –, podem gerar um grande impacto à
natureza.

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 DIMENSÃO ESPACIAL

Os processos produtivos necessitam de espaço físico para desenvolver-se, tanto


sobre a terra quanto no mar. De fato, quando há uma boa distribuição dos
espaços para as atividades produtivas e econômicas, com as atividades dos
homens, dos animais e das plantas, sem alterar sua condição de vida, pode-se
dizer que o equilíbrio espacial existe.

Geralmente quando ocorre a concentração de atividades econômicas dentro de


um centro urbano, quebra-se a passividade e a qualidade de vida dos seres
vivos que o habitam. A dimensão espacial deve equilibrar uma melhor
distribuição territorial de assentamentos humanos e atividades econômicas. Nos
diferentes tipos de geração de eletricidade, observam-se alterações do espaço
onde estão localizadas as máquinas e os recursos em geral, que permitem o
funcionamento das usinas.

 DIMENSÃO CULTURAL

Esta dimensão está num processo de modernização, sem quebra da entidade


cultural dentro do contexto do ambiente em que se desenvolvem as atividades
econômicas. Busca raízes endógenas dos modelos de modernização, mantendo
a diversidade local e capacita a sociedade na base dos valores de tradição e
ética, para que sejam transmitidos para todas as gerações.

É possível afirmar que as dimensões são as variáveis que medem a


sustentabilidade de todo processo produtivo e asseguram que o significado de
desenvolvimento sustentável seja abordado em sua totalidade. Podemos relacionar,
também, a dimensão social do desenvolvimento sustentável, que consiste em
propiciar um relacionamento mais a fundo com as populações influenciadas por
uma determinada produção ou exploração

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5 – AS POLÍTICAS AMBIENTAIS PÚBLICAS NO BRASIL

Na década de 30 o Estado brasileiro sancionou leis importantes sobre as questões


ambientais no pais a saber:

 Código de Caça: dispõe principalmente acerca da proteção à fauna brasileira;


 Código Florestal: instituiu as florestas brasileiras como sendo bens de
interesse comum a todos os habitantes do país;
 Código de Minas: regulamenta todas as atividades de extração de minerais no
Brasil;
 Código de Águas: regulamenta o uso da água, bem como todo o seu
aproveitamento como energia hídrica.

Foram promulgadas também leis que versam sobre o uso de recursos naturais,
departamentos nacionais como os de Energia Elétrica e de Recursos Naturais
(considerado como o mais importante em termos de políticas públicas para o meio
ambiente) foram criados nesse mesmo período.

Contudo, se por um lado o poder público começava a se mobilizar com as


causas ambientais, por outro lado a poluição dos rios e do ar ainda era
considerada, pelo próprio governo brasileiro, como sendo produtos naturais e
inevitáveis de um país em desenvolvimento, banalizando, assim, toda a
problemática já instalada.

Esse foi o pensamento até os problemas ambientais se tornarem amplos ao


ponto de tomarem dimensões planetárias. Somente em 1980, o Brasil passa a
perceber que os problemas ambientais são interdependentes, e, dessa forma,
demandam políticas de solução. Ações isoladas já não eram vistas como
eficazes e a legislação federal passa a contemplar problemas específicos como
degradação do solo, preservação de reservas ecológicas e disposição de
resíduos sólidos.

Dentre essas leis, podemos citar: Lei nº 6.803/1980 sobre diretrizes básicas para
o zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição; Lei nº 6.766/1981 que cria
as estações ecológicas; Lei nº 6.902 de 02/07/1981 dispõe sobre a criação de
reservas ecológicas e áreas de proteção ambiental.

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A Lei n° 6.9 38/1981 promoveu uma renovada Política Nacional do Meio Ambiente,
trazendo modificações acerca da interação das ações públicas governamentais
através de uma abordagem sistêmica.

Se tornou marcante pois é a pioneira na questão de qualidade ambiental propícia


à vida e ao desenvolvimento socioeconômico. Nesse mesmo ano, é criado o
Sistema Nacional do Meio Ambiente, que considera o meio ambiente como
patrimônio público, cuja proteção deve ser prioritária em vista do uso da
coletividade.

A constituição federal de 1988 é considerada como um marco sobre as questões


ambientais. Esse marco legal leva em consideração a conservação do meio
ambiente princípio indispensável que deve ser observado em qualquer atividade
econômica. Outra novidade apresentada na CF de 1988 foi a incorporação do
conceito de desenvolvimento sustentável.

Outras importantes novidades apresentadas são: o estabelecimento do respeito ao


meio ambiente; o estabelecimento de um aproveitamento racional dos recursos
naturais; a inclusão de sítios arqueológicos como elementos do patrimônio cultural.
Frise-se que a Constituição Federal de 1988 dedica um capítulo exclusivamente
às questões relacionadas ao meio ambiente, o que confirma a importância do
assunto.

6 – INTERRELAÇÕES DA ECONOMIA E O MEIO AMBIENTE

De alguma forma, a economia e o meio ambiente se entrelaçam tornando-se


essenciais à sobrevivência da humanidade. As preocupações com o meio
ambiente na atualidade exigem do cidadão maior conscientização e mudança de
postura. Nesse novo cenário econômico, a postura dos clientes é caracterizada
por uma rigidez e uma expectativa de interagir com empresas que tenham
ética, boa imagem institucional no mercado e que sejam ecologicamente
responsáveis, preocupadas com a preservação do meio ambiente. Devido à
globalização da economia e à abertura dos mercados internacionais, o meio
ambiente se torna uma preocupação mundial assim como a busca pelo equilíbrio
entre homem e natureza, conciliar o progresso com o respeito ao meio ambiente.

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O desafio da economia é alocar recursos escassos de maneira a obter o maior
benefício social a partir desses recursos. Com o surgimento das indústrias e da
urbanização, ocorreu um aumento nos níveis de poluição ambiental se comparados
com os níveis anteriores à era da industrialização, e os danos causados ao
equilíbrio do meio ambiente deixaram de ser controláveis. Os problemas só se
agravaram, com o êxodo rural (migração de pessoas do campo para a cidade) e
com a falta de consciência e informação sobre o futuro das próximas gerações
e, num primeiro momento, não havia soluções para amenizar o impacto da
poluição causada pelo processo de industrialização.

As cidades crescem a cada dia, assim como a população, o número de


veículos e do uso de recursos naturais acarretam uma degradação do meio
ambiente de forma alarmante. Entre os problemas, como já citados em capítulos
anteriores, estão a poluição de rios e mares, animais ameaçados de extinção
ou extintos, aumento da radiação solar, degradação e perda da qualidade do
solo, piora da qualidade de vida e da saúde das pessoas etc. Do ponto de vista
econômico, percebe-se que a melhor forma de aperfeiçoar uma economia de
mercado é através da competição. Ela proporciona a chance de se achar o
que há de melhor no mercado, sendo mão de obra especializada, matéria-
prima, tecnologia etc. Percebe-se que a competição de desenvolvimento não
ocorre somente entre empresas, mas também entre países e cidades.

Um dos atrativos que são oferecidos para promover o desenvolvimento de


determinada área é a facilidade de financiamento e incentivos fiscais. Entretanto,
é fundamental dinamizar com serviços de planejamento, verbas para pesquisas
e convênios com universidades aumentando a chance de sucesso e
desenvolvimento da empresa e da economia mundial como um todo. É de
fundamental importância que se proteja o capital natural existente, que tem
diminuído a cada dia, principalmente para que a economia continue crescendo.
Para isso, deve-se aumentar a eficiência no uso dos recursos naturais, visto
que a capacidade humana em recriá-los é limitada e os investimentos na
mesma não são expressivos. Sob a ótica da sustentabilidade, o mundo ampliou
sua análise. Como os recursos naturais estão se esgotando, essa análise é de
fundamental importância.

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Para que uma organização com gestão sustentável seja capaz de prosperar,
crescer, lucrar e, ao mesmo tempo, fechar ciclos produtivos de maneira hábil,
deverá seguir fielmente os princípios da sustentabilidade econômica, segundo
uma definição mais abrangente e ambiciosa, garantindo o mínimo impacto
ambiental possível em praticamente todas as etapas de seu processo produtivo:
desde a concepção do produto à sua fabricação, e até mesmo no modo como
ele será descartado pelo consumidor.

As empresas identificam as oportunidades de negócios com base nas


preferências e aumento da conscientização dos consumidores, em adição às
leis de preservação ambiental que se tornaram mais exigentes. Sendo assim, as
empresas buscam melhorar através da implantação de sistemas de melhoria
contínua como os de qualidade total ou gestão da qualidade (certificações ISO
9000 etc.) para multiplicar seus resultados e se preparar para a competitividade
no mercado atual.

A gestão ambiental mostra sua importância, pois somente a preocupação


voltada para a qualidade dos produtos e serviços não está sendo suficiente
para manter-se competitivo, é preciso também atenção ao que a empresa está
desenvolvendo para com o meio ambiente.

 RESPONSABILIDADE SOCIAL E A SUSTENTABILIDADE

A agricultura é uma importante geração de energia e consumo da água potável.


A seca é uma tragédia anunciada: sabe-se que deve ocorrer, sem se saber ao
certo quando, onde e com que intensidade virá. As grandes centrais hidrelétricas
e térmicas são grandes consumidoras desse recurso, sem o qual a geração de
energia deixa de existir, o que não acontece na geração eólica e fotovoltaica,
já que, para o caso das centrais fotovoltaicas (células de energia solar), o
consumo de água é vinte vezes menor do que o das centrais térmicas
convencionais, que corresponde à água utilizada na lavagem dos módulos para
que a transmissão da coberta protetora seja maior; as centrais eólicas não
precisam de água.

A questão a ser pensada sobre o uso dos recursos naturais e com o respeito ao
meio ambiente é um dos principais pontos do desenvolvimento sustentado. De quem

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é a culpa? Hoje a maioria dos problemas instalados no meio ambiente decorre
do uso indevido dos recursos naturais disponíveis na natureza.

Muito antes de a palavra globalização adquirir a força que tem hoje, já se


falava numa globalização de problemas, como o buraco na camada de ozônio ou
o aquecimento global.

Se constituíram três grandes desafios do desenvolvimento sustentável a saber:


garantir a disponibilidade de recursos naturais; não ultrapassar os limites da
Biosfera para assimilar resíduos e poluição e reduzir a pobreza no mundo “Muito
antes de esgotarmos os limites físicos do nosso planeta ocorrerão graves
convulsões sociais provocadas pelo grande desnível existente entre a renda dos
países ricos e dos países pobres.”

7 – IMPORTANTES OBSERVAÇÕES SOBRE O ASSUNTO

Energia renovável é aquela originária de fontes naturais que possuem a


capacidade de regeneração (renovação), ou seja, não se esgotam. Exemplos:
energia solar, energia eólica ( dos ventos), energia hidráulica (dos rios), biomassa
(matéria orgânica), heliotérmica (transforma a irradiação solar em energia térmica
e depois em energia elétrica), geotérmica (calor interno da Terra), mareomotriz
(das ondas d e mares e oceanos) e energia azul, também conhecida como
osmótica (gerada a partir da diferença de concentração de sal entre as águas do
oceano e de um rio).

Dentre as medidas que podem ser adotadas tanto pelos governos quanto pela
sociedade civil em geral para a construção de um mundo pautado na sustentabilidade,
podemos citar:

- redução ou eliminação do desmatamento;

- reflorestamento de áreas naturais devastadas;

- preservação das áreas de proteção ambiental, como reservas e unidades de


conservação de matas ciliares;

- fiscalização, por parte do governo e da população, de atos de degradação ao


meio ambiente;

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- adoção da política dos 3Rs (reduzir, reutilizar e reciclar) ou dos 5Rs (repensar,
recusar, reduzir, reutilizar e reciclar);

- contenção na produção de lixo e direcioná-lo corretamente para a diminuição


de seus impactos;

- diminuição da incidência de queimadas;

- diminuição da emissão de poluentes na atmosfera, tanto pelas chaminés das


indústrias quanto pelos escapamentos de veículos e outros;

- opção por fontes limpas de produção de energia que não gerem impactos
ambientais em larga e média escala;

- adoção de formas de conscientizar o meio político e social das medidas


acimas apresentadas.

Essas medidas são, portanto, formas viáveis e práticas de se construir uma


sociedade sustentável que não comprometa o meio natural tanto na atualidade quanto
para o futuro a médio e longo prazo.

8 – SÍNTESE DOS PRINCIPAIS CONCEITOS APRESENTADOS

Desenvolvimento sustentável – processo de aprendizagem social de longo prazo, que


por sua vez, é direcionado por políticas públicas orientadas por um plano de
desenvolvimento nacional. Assim, a pluralidade de atores sociais e interesses
presentes na sociedade colocam-se como um entrave para as políticas públicas para
o desenvolvimento sustentável.

Sustentabilidade ecológica – refere-se à base física do processo de crescimento e


tem como objetivo a manutenção de estoques dos recursos naturais, incorporados as
atividades produtivas.

Sustentabilidade ambiental – refere-se à manutenção da capacidade de sustentação


dos ecossistemas, o que implica a capacidade de absorção e recomposição dos
ecossistemas em face das agressões antrópicas.

Sustentabilidade social – refere-se ao desenvolvimento e tem por objetivo a melhoria


da qualidade de vida da população. Para o caso de países com problemas de

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desigualdade e de inclusão social, implica a adoção de políticas distributivas e a
universalização de atendimento a questões como saúde, educação, habitação e
seguridade social.

Sustentabilidade política – refere-se ao processo de construção da cidadania para


garantir a incorporação plena dos indivíduos ao processo de desenvolvimento.

Sustentabilidade econômica – refere-se a uma gestão eficiente dos recursos em geral


e caracteriza-se pela regularidade de fluxos do investimento público e privado. Implica
a avaliação da eficiência por processos macro sociais.

Sustentabilidade urbana – A sustentabilidade urbana é definida como a capacidade


das políticas urbanas se adaptarem à oferta de serviços, à qualidade e à quantidade
das demandas sociais, buscando o equilíbrio entre as demandas de serviços urbanos
e investimentos em estrutura.

No entanto, também é imprescindível para a sustentabilidade urbana o uso racional


dos recursos naturais, a boa forma do ambiente urbano baseado na interação com o
clima e os recursos naturais, além das respostas às necessidades urbanas com o
mínimo de transferência de dejetos e rejeitos para outros ecossistemas atuais e
futuros.

O desenvolvimento sustentável não deve ser apresentado como um slogan político.


As condições ambientais já estão bastante prejudicadas pelo padrão de
desenvolvimento e consumo atual, deste modo, o desenvolvimento sustentável pode
ser uma resposta aos anseios da sociedade.

A sustentabilidade consiste em encontrar meios de produção, distribuição e consumo


dos recursos existentes de forma mais coesiva, economicamente eficaz e
ecologicamente viável. Um dos desafios da sustentabilidade ambiental urbana é a
conscientização de que esta é um processo a ser percorrido e não algo definitivo a
ser alcançado.

A busca por uma conceituação urbana sustentável está ligada a uma série de
proposições e estratégias que buscam atuar em níveis tanto locais quanto globais.
Priorizar o desenvolvimento social e humano com capacidade de suporte ambiental,
gerando cidades produtoras com atividades que podem ser acessadas por todos é
uma forma de valorização do espaço incorporando os elementos naturais e sociais.

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REFERÊNCIAS

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Fronteira, 2002.

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