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CURSO TÉCNICO SUBSEQUENTE EM MULTÍMEIOS

DIDÁTICOS EAD
CAMPUS SENHOR DO BONFIM
POLO SENHOR DO BOMFIM

MD11- HOMEM, PENSAMENTO E CULTURA: ABORDAGEM


FILOSÓFICA E ANTROPOLÓGICA

SOLANGE GUIMARÃES SOARES


SANTIAGO

FICHAMENTO: VALORES, ESCOLA E EDUCAÇÂO

Riachão do Jacuípe/2023
HOMEM, PENSAMENTO E CULTURA: ABORDAGEM FILOSÓFICA E
ANTROPOLÓGICA
Dante Diniz Bessa

(DEVIR HUMANO, VALORES E EDUCAÇÃO – pg 65-80)

“... a humanidade é uma construção cultural e que homens e mulheres se fazem, se sentem e
se chamam humanos conforme a educação que recebem...”
O homem não nasce pronto, ele se forma através da cultura, de sua vivencia e interações com
o outro, com as diferenças, e os valores que regem a vida humana e direcionam as tomadas de
decisões.

“... Essa reflexão passa pela compreensão sobre o que são os valores e que tipo de valores
existem; como os valores afetam a vida das pessoas no seu dia a dia;...”
A cultura e a educação são valores primordiais para a vida do homem, pois, possibilita ao
sujeito o despertar da consciência crítica e a se tornar autor de sua própria história.

O CONCEITO DE VALOR

“... Dar importância ou não é o mesmo que valorar ou atribuir valor a alguma coisa, a alguma
pessoa, a alguma idéia, a alguma atividade...”
Os Valores formam a base da vida humana e direcionam suas ações e intervenções no meio
em que estão inseridos, valor é algo próprio e subjetivo de cada um e não tem relação com
preço.

“... Os valores resultam de juízos (aquilo que dizemos) que as pessoas fazem conforme a
relação que estabelecem com outras pessoas, com as coisas, com os acontecimentos etc....”
São construídos ao longo da vida, transmitidos pelos pais através do exemplo, na educação,
na formação de princípios e sentimentos que buscam vivenciar.

VALORAÇÃO ESTÉTICA
“... Para expressar o que sente, você se vale de diversas possibilidades: a fala, a escrita, os
gestos, o desenho, a música, o artesanato, a dobradura, a aparência do corpo....”
A valoração estética é importante para potencializar a capacidade perceptiva, reflexiva e
sensível do sujeito no que diz respeito a sua imagem e a dos outros, tem efeito direto na auto-
estima e bem estar pessoal e ambiental, a depender do contexto.

“... Quando o outro coloca seus valores em xeque, ele lhe põe numa situação crítica, cuja
consequência não é nem a supervalorização dos padrões dele nem a sua autodesvalorização
em relação a ele. Ou seja, assumindo uma postura crítica, o que pode acontecer são
transformações na sua cultura e na do outro...”
O respeito à individualidade, a cultura, a diversidade e valores do outro, são posturas
fundamentais para convivência humana, tolerância e respeito a subjetividade de cada um é o
mínimo que se espera num mundo civilizado e globalizado.

VALORAÇÃO ÉTICA

“... Para que as relações se mantenham (e se transformem), cada um tem de corresponder às


expectativas dos outros. No esforço dessa correspondência, seguem certas normas e certos
valores que orientam o padrão de comportamento que constitui a vida social....”
Ética é o conjunto de regras que determinam se a conduta humana está dentro das normas de
boa convivência social estabelecidas, são os valores éticos que determinam se a conduta
humana é correta ou incorreta.

“... Homens e mulheres se tornam morais ou éticos na educação, nas relações que
estabelecem com os outros, quando aprendem a se comportar corretamente e a valorar os
comportamentos e ações dos outros e, sobretudo, os seus próprios comportamentos e ações
em relação aos outros...”
As ações e comportamento humano é que determinam de fato o seu caráter, suas atividades
cotidianas, que demonstram os valores que regem seu agir e se ele é um sujeito que presa
pela convivência harmônica em sociedade.

VALORAÇÃO POLÍTICA
“... A igualdade de direitos, a cidadania, contudo, deve contribuir para o devir humano, mais do
que prejudicá-lo...”
Todo direito precede um dever, todo cidadão deve se sentir corresponsável pelo cuidado com a
coisa pública, pelas melhorias das condições da educação, das políticas públicas e do próprio
Estado, isso é de fato o exercício da cidadania.

“...Agora você pode pensar, portanto, que cidadania, participação, democracia, igualdade de
direitos, inclusão e exclusão são valores que não podem ser dispensados na avaliação da vida
pública, a dimensão política do devir humano...”
O homem já nasce político, ele chora em protesto ao ser retirado do conforto do útero materno,
mas ao que parece se deixa desviar do propósito ao longo da vida, muitos vivem alienados,
alheios ao real propósito da política que é a promoção do bem comum por meio de políticas
publicas de qualidade para todos.

ESCOLA, VALORES E CIDADANIA

“...Com a criação da escola pública e com o acesso à escola pelos trabalhadores, a educação
tornou-se um direito para que todos possam participar da vida pública e ter acesso aos direitos
de cidadania...”
Cabe a escola formar cidadãos aptos ao exercício da cidadania, conhecedores de seus direitos
e deveres, capazes de refletir e atuar na sociedade de maneira crítica, transformadora e
principalmente capacitar para atuação laboral emancipatória que lhes garantam vaga no
mercado de trabalho.

“... o que precisa ser aprendido, pela orientação da LDB e dos PCN, são competências para
participar da vida produtiva (trabalho) e da vida pública (cidadania): competências técnicas,
cognitivas, reflexivas e inventivas....”
As competências a serem desenvolvidas ao longo da vida escolar, devem preparar o sujeito
para a sua autonomia tanto profissional como cidadã. Profissional, para competir em igualdade
por ocupações no mercado de trabalho e cidadã para refletir e atuar na sociedade com vistas a
transformá-la para melhor.

(DEVIR HUMANO, ESCOLA E EDUCAÇÃO. Pg 81-93)


“...Problematizar a educação escolar é importante, para saber que conceito e que valor tem o
humano na escola que educa para o trabalho e para a cidadania...”
Educação e trabalho são direitos fundamentais ao exercício da cidadania, porém, só se
consolida se a formação for eficiente não só no desenvolvimento cognitivo, intelectual, mas
também no desenvolvimento das habilidades laborativas e de convivência em grupo. Afinal o
trabalho dignifica o homem e a educação tem o importante papel de preparar o sujeito também
para o mercado de trabalho.

“...O currículo da escola, contudo, é constituído por todas as vivências e experiências


sistematicamente planejadas, visando ao ensino e à aprendizagem de elementos culturais
selecionados e institucionalmente tidos como relevantes para que homens e mulheres possam
vir a atender as expectativas sociais oficiais: a escola prepara para o trabalho e para o
exercício da cidadania, fundamentalmente...”
O currículo deve ser construído com o fito de atender ao processo ensino aprendizagem como
um conjunto de atitudes que contribua para a construção de novos saberes. Deve também ser
pensado dentro do contexto no qual os sujeitos envolvidos estejam inseridos.

O QUE SE ENSINA E O QUE SE APRENDE NA ESCOLA?

“... A orientação dos PCN, como diretrizes oficiais para o currículo do ensino fundamental,
centra-se nos chamados temas transversais (cidadania, ética, diversidade cultural, trabalho,
meio ambiente, saúde e sexualidade) e para o ensino médio nos contextos do trabalho e da
cidadania, em torno dos quais as escolas devem organizar autonomamente seu Projeto
Político-Pedagógico e seus projetos educativos, organização da qual você tem o direito e o
dever de participar como funcionário da escola, como educador e como cidadão...”
A educação está bem servida e amparada por leis e parâmetros que orientam e direcionam as
ações, por profissionais capacitados e dedicados no empenho das suas funções, porém, os
investimentos não chegam, as leis não são cumpridas e as dificuldades continuam.

“... Na escola, homens e mulheres vivenciam o mundo próprio, o mundo dos outros e
compartilham, pensam, imaginam, planejam, projetam, criam outros mundos possíveis, juntos,
no diálogo...”
A escola é o ambiente das construções coletivas, tudo é pensado, planejado, discutido e
colocado em prática por todos os envolvidos no processo educacional, as convergências e
divergências sempre encontram um consenso dentro do fazer pedagógico.

ONDE SE ENSINA E ONDE SE APRENDE NA ESCOLA?

A escola é um espaço constituído de uma multiplicidade de ambientes diferentes: sala de aula,


pátio, cozinha, secretaria, sala da direção, biblioteca, banheiros, computadores, TVs, livros e as
fronteiras com o “fora dela”
A escola é o ambiente de aprendizagem por excelência, todos os ambientes tem algo que
favorece a aprendizagem, seja com os colegas, com outros funcionários, nos corredores
cozinha, biblioteca, sala de informática, no pátio e fora da escola. Toda interação favorece e
produz conhecimento.
“... Assim, acontece o devir humano. A cada experiência, a cada vivência cada um aprende
algo novo e torna-se um humano diferente. Homens e mulheres que trabalham, que brincam,
que participam da vida da escola e da vida comunitária da maneira como aprendem a
participar...”
O homem é o resultado do meio em que vive. Essa afirmativa acende um alerta para o devir
humano, estar atento ao ambiente de convivência, se condiz com o que se espera do futuro, se
favorece ou desmerece o sujeito em construção.

COMO SE ENSINA E COMO SE APRENDE NA ESCOLA?

“... A questão agora é: é possível planejar as vivências fora da sala de aula de maneira que se
tornem experiências pedagógicas?...”
Tudo que é feito fora da rotina gera expectativa e desperta o interesse dos educando. É
importante estar atento a intencionalidade e fazer um planejamento de modo que a diversidade
de ambientes favoreça o envolvimento de todos para produzir o resultado almejado.

“... Essa problematização da educação escolar pode levar você a ter de rever o papel da escola
frente à cidadania e ao trabalho, pois as experiências escolares, assim, devem tocar à
integridade da vida de homens e mulheres que poderão escolher que cidadania e que trabalho
querem para si mesmos...”
A escola deve primar por uma educação emancipadora capaz de desenvolver no educando,
percepções de mundo, quais seus direitos e deveres, procurar formar cidadãos capazes de
transformar a sociedade tornando-a mais justa. Deve também instruir na construção de uma
boa carreira que favoreça a entrada no mercado de trabalho.

QUEM ENSINA E QUEM APRENDE NA ESCOLA?

“... Será que ao assumir um papel determinado você continua sendo você mesmo? Será que
você pode deixar de ser de um jeito para ser de outro? E quanto às práticas da escola: você
alguma vez já observou atentamente como são as práticas escolares?...”
O ser humano é um ser em constante construção, ao longo da vida estar sempre aprendendo
e/ou ensinando algo novo através de suas vivencias e troca de experiências e a escola é esse
espaço por excelência. Quem ensina apende mais e melhor, porque estar colocando em
prática o que aprendeu.

“... Afinal, a escola educa a todos e todos se educam e são educados na escola de que
participam como funcionários ou como corresponsáveis pela educação?...”
A educação acontece na convivência humana, nas trocas de informações e experiências
coletivas, no empenho e esforço em buscar o melhor para si e para o outro. A escola favorece
a reflexão e o entendimento nas interações humanas e na instrução e construção dos saberes
que norteiam

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