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Índice
Introdução......................................................................................................... 1
Melissa officinalis.............................................................................................. 3
Fucus vesiculosus ............................................................................................ 5
Oenothera biennis ............................................................................................ 7
Borago officinalis .............................................................................................. 8
Lavandula officinalis ....................................................................................... 10
Vitex agnus-castus ......................................................................................... 12
Alterações funcionais benignas da mama ...................................................... 13
Plantas úteis no tratamento da endometriose ................................................ 14
Arctium lappa .............................................................................................. 14
Actaea racemosa............................................................................................ 14
Tanacetum vulgare ......................................................................................... 16
Morus nigra..................................................................................................... 18
Pfaffia glomerata ............................................................................................ 20
Outras plantas úteis no tratamento das afecções do sistema reprodutor
feminino ........................................................................................... 21
Referências .................................................................................................... 21
Introdução
Os fitoterápicos que atuam no sistema reprodutor feminino, em geral,
apresentam fitoesterois, que são moléculas estruturalmente relacionadas aos
hormônios sexuais, ou esteroides sexuais. Uma categoria dessas moléculas são os
fitoestrogênios.
Os fitoestrogênios são substâncias, encontradas em plantas, com atividade
biológica semelhante aos estrogênios. São classificados em:
• Isoflavonas (genisteína, daidzeína). Ex: Soja
• Coumestanos (coumestrol). Ex: Brotos
• Lignanos (enterolactona e enterodiol). Ex: cereais
• Flavonoides Ex: linhaça, azeite de oliva
Os fitoestrogênios são considerados SERMS: moduladores seletivos dos
receptores estrogênicos, agindo como agonistas ou antagonistas, dependendo do
tipo de célula e do tecido em que atuam. Ativam preferencialmente os receptores β
com pouca atuação nos receptores estrogênicos α. Algumas evidências sugerem
ação não estrogênica como: inibição da proliferação celular, efeito antitrombótico,
antioxidante e antiangiogênese (atividade antiestrogênica por inibição competitiva).
A genisteína, por exemplo, tem 1/3 de potência de ação no receptor β (cérebro,
vasos e ossos) e 1/1.000 de potência de ação no receptor α (mama, endométrio),
quando comparada ao estradiol.
As manifestações clínicas da síndrome de tensão pré-menstrual (STPM)
estão provavelmente ligadas à sensibilidade da célula-alvo aos esteroides ovarianos.
Sabe-se que os ácidos graxos poli-insaturados possuem ação moduladora sobre as
estruturas das membranas celulares, participando diretamente da formação das
prostaglandinas e atuando na regulação da síntese e transporte do colesterol e no
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Melissa officinalis
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Fucus vesiculosus
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COMENTÁRIOS:
O iodo é um elemento químico essencial, responsável pela síntese dos
hormônios tireoidianos, a triiodotironina (T4) e a tiroxina (T3). O déficit de iodo
conduz ao hipotireoidismo, que pode resultar no bócio e pode estar ligado com a
baixa ingestão de alimentos fontes de iodo. Além disto, as deficiências de iodo
podem aumentar a susceptibilidade para doenças como o câncer de mama.
No geral, a maior parte da população mundial consome pouco iodo através de
alimentos que contenham naturalmente esse mineral em sua composição. Até o
século passado, era muito comum a ocorrência dos distúrbios de tireoide por conta
da baixa ingestão de iodo na dieta alimentar. Para prevenir o surgimento do bócio
endêmico, muitos países passaram a adicionar iodo no sal de cozinha, na forma de
iodeto de potássio. No Brasil, essa tentativa se deu a partir da década de 50, mas só
depois dos anos 80 conseguiu-se fazer valer a obrigatoriedade da iodação do sal
para a indústria. Portanto, nas últimas décadas, a incidência de bócio na população
reduziu expressivamente.
MODO DE USAR:
• Tintura – Uso oral: 1–2 gotas/kg/dia, em 3 x/dia, diluídas em água.
• Droga vegetal – Uso oral: 20–40 mg/kg/dia, em 3–4 x/dia.
• Extrato seco – Uso oral: 50–300 mg/dia, em 2 x/dia.
ADVERTÊNCIAS:
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado
para gestantes e lactantes.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Pode potencializar riscos de hemorragias dos anticoagulantes e aspirina
(controlar o tempo de tromboplastina parcial ativado). Utilizar com muita cautela nos
pacientes que estejam fazendo uso de hormônios tireoidianos, lítio ou amiodarona.
Devido ao seu efeito hipoglicemiante, pode haver uma interação com outros
medicamentos hipoglicemiantes.
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:
Não deve ser usada nas pessoas sensíveis ao iodo. Contraindicada no
hipertireoidismo, gravidez, lactação e problemas cardíacos graves. Superdosagem
pode provocar hipertireoidismo, tremores, aumento da frequência cardíaca e da
pressão arterial e erupções acneicas na face (ou agravamento de acnes pré-
existentes). Supostamente nefrotóxica em doses mais elevadas que as habituais,
devendo ser evitada nos pacientes com disfunção renal. Pode agravar situações de
hiperglicemia ou hipoglicemia, sendo usada com cautela nos pacientes diabéticos.
Contraindicada nos casos de neoplasias malignas e hepatopatia grave, assim como
nos casos de infarto do miocárdio ou insuficiência cardíaca importante. Dependendo
da fonte utilizada, a alga pode vir contaminada com cádmio, chumbo ou arsênio.
Não deve ser usada para crianças menores que 12 anos. O seu uso prolongado
pode produzir um quadro de intoxicação chamado de iodismo, devido a uma
hiperatividade da tireoide (hipertireoidismo), caracterizado por um quadro de
ansiedade, insônia, taquicardia e palpitações. Como os fucoidanos têm alta
afinidade de ligação pelo ferro, o uso crônico em doses elevadas pode levar a
anemia ferropriva.
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Oenothera biennis
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AÇÕES TERAPÊUTICAS:
• Geral: fonte de ácidos graxos poli-insaturados (PUFAs), principalmente
ômega-6.
COMENTÁRIOS:
É uma planta essencialmente feminina. Suas flores se abrem ao anoitecer.
Tem tropismo pela lua cujo magnetismo interfere no equilíbrio hormonal feminino. É
uma planta quente. Caracteristicamente, funciona melhor em pessoas com
extremidades frias.
MODO DE USAR:
• Óleo (cápsulas) – Uso oral: 500 mg, 2 x/dia. Usar por 3 meses e interromper
por 1 mês (WHO, 1999).
ADVERTÊNCIAS:
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado
para gestantes e lactantes.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Não há dados na literatura.
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:
Pode reduzir o limiar convulsivógeno. Pode causar cefaleias e náuseas.
Borago officinalis
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Lavandula officinalis
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Vitex agnus-castus
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Actaea racemosa
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Tanacetum vulgare
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Morus nigra
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Pfaffia glomerata
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Referências
ALVAREZ, A. L. et al. In vitro anti HSV-1 and HSV-2 activity of Tanacetum vulgare
extracts and isolated compounds: an approach to their mechanisms of action.
Phytotherapy research : PTR, v. 25, n. 2, p. 296–301, fev. 2011.
BEER, A. M.; NEFF, A. Differentiated evaluation of extract-specific evidence on
cimicifuga racemosa’s efficacy and safety for climacteric complaints.
Evidence-based Complementary and Alternative Medicine, v. 2013, 2013.
BOLZAN, V. C. Efeito do extrato das folhas da Morus nigra sobre a citologia
vaginal e níveis plasmáticos de hormônios sexuais femininos em ratas
Wistar. [s.l.] Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto
Alegre, 2008.
BRASIL. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira. 1a. ed. Brasília:
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), 2011.
___. Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira. 1a. ed. Brasília: Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), 2016.
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