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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ARAGUAÍNA


CORDENAÇÃO DO CURSO DE LETRAS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE LÍNGUA


INGLÊSA E LITERATURAS III

MARCOS DIONE DA SILVA

Araguaína-TO
2018
MARCOS DIONE DA SILVA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE LÍNGUA


INGLÊSA E LITERATURAS III

Relatório de Estágio apresentado a disciplina de Estágio


Supervisionado de Língua Inglesa e Literaturas III, da
Universidade Federal do Tocantins.

Professora Orientadora: Profª. Drª. Selma Maria Abdalla Dias


Barbosa

Araguaína-TO
2018
1. INTRODUÇÃO

Este relatório de estagio menciona as experiências de estágio em uma escola


estadual da rede pública de ensino, experiência essa que teve início com algumas
observações e logo foi seguida de regência. Este trabalho está pautado nas teorias dos
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e com demais autores, em relação ao ensino
aprendizagem em escolas públicas do ensino fundamental.
Assim como proposto pela disciplina “Estágio Supervisionado em Língua Inglesa
e Literaturas III”, da grade curricular do 7° período no curso de Letras, refletiremos sobre
o ensino da língua inglesa, focalizando as observações e as regências feitas nas series
finais do Ensino Fundamental.
O estágio supervisionado se faz necessário para quem está se formando em um
curso de licenciatura, pois é nesse primeiro momento que o acadêmico terá a oportunidade
de colocar em pratica o que foi estudado na teoria durante as aulas dentro da universidade.
Muitos estagiários vão para as escolas empolgados, pois muitas teorias trazem a
importância de quebrar as barreiras das aulas tradicionais e o quanto o professor pode
mudar isso, porém, nem sempre a teoria se adéqua corretamente a prática, cabe ao futuro
professor, denominado estagiário, perceber a dificuldade dessa fusão, conhecendo seus
alunos e escolhendo o melhor modo de usar teoria para trabalhar suas aulas.
O principal foco desse trabalho é demonstrar a importância do estágio
supervisionado nas práticas dos futuros professores. O quão é importante para o professor
pensar em sua pratica antes de chegar à escola, ou seja, se planejar de forma adequada
para levar aos seus alunos algo que os envolvam.

2. OBSERVAÇÃO

Como eu já conhecia a estrutura da escola, dessa vez me atentei as novas


mudanças que haviam ocorrido desde o meu primeiro estágio supervisionado nessa
mesma escola que ocorreu em 2016.
Algumas mudanças aconteceram, por exemplo: Toda turma tem um líder de sala,
e toda sala tem um padrinho que é um professor ou professora. A escola possui um grêmio
estudantil composto pelos alunos, ao pátio que antes era a céu aberto, agora é coberto. Ao
redor da escola fizeram calcadas de concreto e plantaram algumas arvores ao redor.
Nas estruturas das salas não se mudou nada. As salas continuam apenas com
ventiladores e sem as cortinas que ajudam a bloquear o reflexo do sol. Mas o quadro de
professores mudou drasticamente. A escola possui alguns alunos com deficiências
especiais: cadeirantes, portadores da Síndrome de Down.
Durante a primeira aula de observação, pude conhecer melhor a sala de aula e a
metodologia utilizada pela professora para ensinar os alunos. Percebi que o método da
professora era bastante relevante e que os alunos realmente estavam aprendendo com
aquele método.
A professora durante as aulas, mostrava bastante domínio sobre os conteúdos
estudados. Ela mantinha total controle sobre a organização das aulas. Ela mostrava
bastante seriedade e compromisso com o seu trabalho ali.
Muitos professores ainda se prendem a forma tradicional de ensinar gramatica.
Muitos professores utilizam o método de “decorar” para que os alunos aprendam algo,
mas que acaba se tornando algo sem finalidade e sem sentido.

A concepção de leitura que muitos professores e muitos livros


didáticos apresentam ainda reflete uma visão passiva, ou seja, uma atividade
de decodificação das palavras e de partes do texto, muitas das vezes em uma
forma linear. (GENEROS TEXTUAIS: TEORIA E PRATICA DE ENSINO
EM LE, 2012. p. 151)

No decorrer das aulas observadas pude perceber o grande número de alunos que
mesmo a professora explicando com total atenção, eles ainda assim não entendem, até
mesmo porque as conversas paralelas na sala de aula são recorrentes.

3. REGÊNCIA

Com o fim das aulas de observação, chegou o momento de partir para a parte da
regência, ou seja, eu tinha que dar aula. Tive que aplicar 21 horas/aula de regência entre
as turmas do 7 ao 9 ano do fundamental.
Antes da primeira aula a professora me mostrou todos os conteúdos das turmas e
o que eu deveria fazer. No dia da aula de regência, eu me apresentei como professor
substituto por alguns dias e que contava com a colaboração de todos para que as aulas
fluíssem bem.
Esse primeiro passo foi importante, pois mostrei aos alunos que ali eu seria o
professor e que como professor, eles tinham que dar mais valor para aquela pessoa ali
presente.
Durante minhas aulas, eu costumava falar frequentemente em inglês e os alunos
ficavam se perguntando o que estava acontecendo, e logo em seguida eu falava a tradução
do que eu havia dito antes. Toda aula eu trabalhava com o mesmo método: Falar em inglês
e depois português. Assim eles aprenderiam algumas coisas mais rapidamente.
Para finalizar as minhas aulas de regência, eu trabalhei com o tema comida com a
turma do 7 ano. No primeiro momento eu pensei que a aula iria ser um desastre, já que
aquela era a pior turma da escola, segundo os outros professores.
E acabou que a aula foi um sucesso. Trabalhei com eles em grupos de 4 pessoas e
dei para cada grupo uma figura em que eles tinham que descrever aquele alimento na foto,
se o alimento era oleoso, salgado, assado, cozido, ralado, picado etc. Teve um aluno que
não quis participar de nenhum grupo, mas eu fiz ele fazer a atividade sozinho.
Quando eles terminaram de escrever sobre os alimentos nas figurinhas, eles
tinham que ir na frente dos colegas e ler para todos o que cada um fez sobre o seu tipo de
comida. Todos foram na frente falar sobre seus alimentos, todos os alunos participaram
da aula.

Ler em língua estrangeira é um processo dinâmico e interativo, pois o


leitor proficiente utiliza seus conhecimentos prévios sobre o assunto e utiliza-
se de informações não verbais como gráficos, tabelas, ilustrações, diagramação
e assim por diante. A leitura dessa forma, é vista como eficiente e efetiva, em
que o texto é um potencial significativo, um dialogo realizado entre o leitor e
texto. (GENEROS TEXTUAIS: TEORIA E PRATICA DE ENSINO EM LE,
2012. p. 153)

O professor tem o papel de agente instigador na vida do aluno. Cabe ao professor,


buscar meios de comunicação para criar uma aula mais atrativa para que o aluno posso se
sentir instigado a estudar.

4. REFLEXÃO

Como professor em formação, penso primeiramente sobre o que quero alcançar


com esse estágio, o que será trabalhado, como tornar as aulas mais dinâmicas, mas
principalmente, fazer com que os alunos aprendam e levem consigo os conhecimentos
adquiridos. Ensinar não é uma tarefa fácil, o trabalho de um professor começa na hora de
criar um plano de aula, e ainda tem que desenvolver várias habilidades na hora de aplicá-
lo, e é nesse primeiro contato como professoras regentes, que percebemos o que realmente
queremos.
Durante as aulas pude perceber que ainda existem alunos que realmente querem
aprender inglês não só para passar na matéria, eles querem aprender inglês para se
comunicarem, para não ficarem para trás.
Como professor devemos sempre observar o contexto social em que o aluno está
inserido, devemos sempre levar em consideração o conhecimento prévio do aluno e o
mais importante: Tudo o que formos ensinar para os alunos, devemos ensinar de uma
maneira contextualizada, ou seja, algo que faça parte do cotidiano deles, da vida deles.
A função de um professor não é apenas explicar conteúdos que são estabelecidos
para ser aplicados ao longo do ano, mas também desenvolver uma série de funções, como
por exemplo, de “psicólogo”, pois o professor precisa conhecer cada aluno, suas
dificuldades, seus interesses, suas metas, o que mais chama a atenção de cada um. Essa é
uma questão que requer habilidade e compromisso, pensamos que a cada dia que
passamos em sala aprimoramos nossos conhecimentos, e aprendemos mais como
devemos trabalhar em sala de aula. É importante também não deixarmos que as nossas
práticas pedagógicas se tornem habituais, devemos buscar sempre ideias e métodos novos
de ensino, atualizando-se sempre com o dia a dia, fatos ocorridos no mundo, esforçando-
se para trazer a realidade do aluno para a sala de aula.

REFLECTION

As a teacher in training, I think first of what I want to achieve with this


stage, what will be worked out, how to make the classes more dynamic, but mainly,
to have students learn and take with them the knowledge acquired. Teaching is not
an easy task, the work of a teacher begins at the time of creating a lesson plan, and
still has to develop several skills in applying it, and it is in that first contact as
regent teachers, that we realize what really we want.

During the lessons I realized that there are still students who really want to
learn English not only to get on the subject, they want to learn English to
communicate, not to be left behind.

As a teacher we must always observe the social context in which the student
is inserted, we must always take into account the previous knowledge of the
student and the most important: Whatever we teach for the students, we must teach
in a contextualized way, that is, something that is part of their daily lives.

The role of a teacher is not only to explain content that is established to be


applied throughout the year, but also to develop a series of functions, such as
"psychologist", since the teacher needs to know each student, their difficulties,
their interests, their goals, what most catches the attention of each one. This is an
issue that requires skill and commitment, we think that with each passing day we
improve our knowledge, and learn more how we should work in the classroom. It
is also important not to let our pedagogical practices become habitual, we must
always seek new ideas and methods of teaching, always updating with the day-to-
day, events occurring in the world, striving to bring the reality of the student to the
classroom.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DIAS, Reinaldo (Org.). GÊNEROS TEXTUAIS: TEORIA E PRATICA EM


ENSINAR LE. São Paulo: Editora Mercado das Letras, 2012.

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS - TERCEIRO E QUARTO


CICLOS DO ENSINO FUNDAMENTAL: LÍNGUA PORTUGUESA. Brasília,
Secretaria de educação Fundamental / MEC, 1998.

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