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Raimundo Almeida
UNIFACS – Universidade Salvador
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2018.1
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Material referencial para uso na disciplina Fundamentos de Ciências Exatas.
Contribuições:
Danilo Sande
Hugo Vasconcelos
Ivana Barreto Matos
João Tiago Assunção
Julianna Pinele Porto
Ricardo Noburo Igarashi
1
SUMÁRIO
Fundamentos ..................................................................................................... 0
1 ARITMÉTICA .............................................................................................. 6
Números Fracionários ........................................................................... 6
1.1.1 Operações com Frações ................................................................ 7
Potenciação em Z ............................................................................... 11
1.2.1 Propriedades da Potenciação em Z..........................
............. .........................
....................
........ 12
Radiciação em Z ................................................................................. 13
1.3.1 Propriedades da Radiciação em Z.........................
............. .........................
.......................
.......... 14
1.3.2 Simplificação de Radicais ............................................................. 15
1.3.3 Operações com Radicais ........................
............ .........................
..........................
.........................
............ 16
2 EXPRESSÕES ALGÉBRICAS E POLINÔMIOS ......................... ............ ..........................
............... 24
Definição: Expressões Algébricas e Polinômios .................................
....................... .......... 24
2.1.1 Divisão de Polinômios .................................................................. 24
3 GRANDEZAS, PADRÕES E UNIDADES......................... ............ ..........................
.........................
............ 31
Introdução ........................................................................................... 31
O Sistema Internacional de Unidades (SI) .......................................... 31
Algarismos Significativos.........................
............ ..........................
..........................
.........................
..................
...... 34
3.3.1 Determinando os algarismos significativos de um número ........... 36
Arredondamento de Números ............................................................. 37
Potências de Base 10 ......................................................................... 38
3.5.1 Prefixos das Potências de Base 10 ..........................
............. .........................
....................
........ 39
Notação Científica ............................................................................... 40
Ordem de Grandeza............................................................................ 41
D07. Cálculo da quantidade de soja exportada pelo Brasil. ...................... ............ .......... 52
D08. Cálculo do volume do reservatório que atenderá às necessidades de
uma família. ............................................................................................... 53
4 FUNÇÕES: NOÇÕES GERAIS ................................................................. 55
Conceito .............................................................................................. 55
4.1.1 Intervalos numéricos.........................
............ ..........................
..........................
.........................
..................
...... 55
Noção intuitiva de função .................................................................... 56
Definição de função............................................................................. 56
4.3.1 Definição .......................................................................................... 57
4.3.2 Domínio, Contradomínio e Imagem.........................
............ ..........................
.........................
............ 58
2
A aplicação apresentada pode ser classificada como uma função? Nesse
caso, através do diagrama de Venn (figura 3) é possível determinar o seu
domínio, contradomínio e imagem? ........................
............ .........................
..........................
.........................
............ 58
Plano Cartesiano e esboço de gráfico de funções ........................ ............ ..................
...... 59
Construção Gráfica ............................................................................. 60
Toda curva esboçada num plano representa o gráfico de uma função? ...... 61
Análise do gráfico de uma função ....................................................... 62
Movimentação gráfica ......................................................................... 64
4.7.1 Movimentos de Translações: ........................................................... 64
4.7.2 Movimentos de Reflexões: ............................................................... 64
Gráficos de funções elementares .........................
............ ..........................
.........................
..................
...... 66
5 FUNÇÕES AFINS E QUADRÁTICAS ..........................
............. ..........................
..........................
................
... 81
Função Afim ........................................................................................ 81
5.1.1 Raiz de uma função afim .............................................................. 81
5.1.2 Gráfico de uma função afim .........................
............ ..........................
.........................
....................
........ 82
5.1.3 Crescimento e Decrescimento de uma função afim ..................... ......... ............ 83
Função Quadrática .............................................................................. 84
5.2.1 Raízes de uma Função Quadrática ..........................
............. .........................
....................
........ 84
5.2.2 Gráfico de uma função quadrática .........................
............. .........................
.......................
.......... 85
6 CINEMÁTICA: NOÇÕES GERAIS ............................................................ 93
Introdução ........................................................................................... 93
Conceitos Fundamentais ..................................................................... 93
7 MOVIMENTOS RETILÍNEOS ................................................................. 106
Movimento Uniforme ......................................................................... 106
7.1.1 Funções Horárias ....................................................................... 106
Movimento Uniformemente Variado .................................................. 114
7.2.1 Funções Horárias ....................................................................... 114
8 EXPONENCIAIS E LOGARITMOS ......................................................... 121
Funções Exponenciais ...................................................................... 121
Gráfico de uma função exponencial .........................
............ ..........................
.........................
............ 121
Logaritmos ........................................................................................ 123
Propriedades dos Logaritmos ........................................................... 125
Funções Logarítmicas ....................................................................... 126
O Número de Nepper ........................................................................ 128
9 TRIGONOMETRIA .................................................................................. 134
Relações Trigonométricas no Triângulo Retângulo .......................... ...................... .... 134
Relações entre Seno, Cosseno e Tangente (propriedades) ............. 135
Seno, Cosseno e Tangente dos Ângulos Notáveis .......................... ............. ............... 135
3
Estudo da Circunferência Trigonométrica ......................................... 144
9.4.1 Introdução ................................................................................... 144
9.4.2 Conceitos Trigonométricos Básicos............................................ 144
9.4.3 Circunferência Trigonométrica .................................................... 150
9.4.4 Arcos Côngruos ou Congruentes................................................ 151
Funções Trigonométricas .................................................................. 155
9.5.1 Função seno ............................................................................... 155
9.5.2 Função cosseno ......................................................................... 156
9.5.3 Função tangente ......................................................................... 157
9.5.4 Outras funções Trigonométricas ................................................. 158
10 GEOMETRIA ....................................................................................... 163
Formas Geométricas Bidimensionais ............................................ 163
10.1.1 Triângulo ................................................................................. 163
10.1.2 Paralelogramo ......................................................................... 164
10.1.3 Trapézio .................................................................................. 165
10.1.4 Polígonos ................................................................................ 165
10.1.5 Círculo ..................................................................................... 167
Formas Geométricas Tridimensionais............................................ 170
10.2.1 Prisma ..................................................................................... 170
10.2.2 Pirâmide .................................................................................. 172
10.2.3 Cilindro .................................................................................... 174
10.2.4 Cone ........................................................................................ 174
10.2.5 Esfera ...................................................................................... 175
Resumo .......................................................................................... 179
11 VETORES ........................................................................................... 180
Noção Intuitiva ............................................................................... 180
12 LEIS DE NEWTON .............................................................................. 187
Introdução ...................................................................................... 187
Força .............................................................................................. 187
12.2.1 Força Resultante ..................................................................... 188
Equilíbrio ........................................................................................ 188
Princípio da Inércia ou 1ª Lei de Newton ....................................... 189
Massa de um Corpo ....................................................................... 190
Princípio Fundamental da Dinâmica ou 2ª Lei de Newton ............. 191
Medida de uma Força .................................................................... 192
Princípio da Ação e Reação ou 3ª Lei de Newton ......................... 192
Forças Especiais ............................................................................ 194
4
12.9.1 A Força Peso ........................................................................... 194
12.9.2 Força de Atrito ......................................................................... 195
12.9.3 Força de atrito estático ............................................................ 195
12.9.4 Força de atrito cinético ............................................................ 196
13 APLICAÇÕES DAS LEIS DE NEWTON .............................................. 203
Introdução ...................................................................................... 203
Equilíbrio ........................................................................................ 203
Equilíbrio Estático .......................................................................... 204
Equilíbrio Dinâmico ........................................................................ 207
Dinâmica ........................................................................................ 209
13.5.1 Plano Horizontal ...................................................................... 209
13.5.2 Plano Inclinado ........................................................................ 211
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 219
5
1 ARITMÉTICA
Números Fracionários
Números fracionários são números que representam uma
ou mais partes de uma unidade que foi dividida em partes iguais.
Os números fracionários são representados por dois
números inteiros (termos da fração) separados por um traço
horizontal (traço de fração).
O número de cima (numerador) pode ser qualquer
número inteiro e o número de baixo ( denominador) deverá ser
diferente de zero.
3
• Fração Própria: o numerador é menor que o denominador. Exemplo: .
4
9
• Fração Imprópria: o numerador é maior que o denominador. Exemplo: .
2
• Fração Mista ou Numeral Misto: constituída por uma parte inteira e uma fracionária.
1
Exemplo: 2 .
3
• Frações Equivalentes: frações que mantêm a mesma proporção de outra fração. Exemplo:
5 10
e .
2 4
4
• Fração Irredutível: não pode ser simplificada. Exemplo: .
3
8
• Fração Decimal: o denominador é uma potência de base 10. Exemplo: .
100
Adição
A soma ou adição de frações requer que todas as frações envolvidas possuam o mesmo
denominador. Se inicialmente todas as frações já possuírem um denominador comum, basta que
realizemos a soma de todos os numeradores e mantenhamos este denominador comum.
Exemplos:
1 2 3
a) Adição de frações com os mesmos denominadores: + + =?
7 7 7
Podemos observar que todas elas possuem o denominador 7.
Neste caso a fração final terá como numerador a soma dos números 1, 2 e 3, assim como
terá o mesmo denominador 7.
1 2 3 1+ 2 + 3 6
Portanto: + + = =
7 7 7 7 7
2 4
Através de Frações Equivalentes: + =?
3 5
O uso das frações equivalentes para somar ou subtrair frações é um recurso muito bom.
Vamos analisar passo a passo o procedimento.
2º Passo: Nessa etapa vamos descobrir o termo que falta para tornar as frações equivalentes.
2 ?
= (3 5 = 15. Logo o numerador da fração equivalente deve ser multiplicado por
3 15
5).
2 10
É o número 10. Então será substituída por .
3 15
4 ?
= (5 3 = 15 . Logo o numerador da fração equivalente deve ser multiplicado por 3).
5 15
4 12
É o número 12. Então será substituída por .
5 15
7
2 4 10 12 22
Deste modo, a soma + será substituída por + = .
3 5 15 15 15
1 2 3
Através do MMC (Mínimo Múltiplo Comum): + + =?
3 5 13
Neste caso não podemos simplesmente realizar a soma dos numeradores.
Primeiramente devemos converter todas as frações ao mesmo denominador.
O denominador escolhido será o mínimo múltiplo comum dos denominadores.
3, 5, 13 3
1, 5, 13 5
1, 1, 13 13
1, 1, 13 3·5·13 = 195
Deste modo o MMC(3, 5, 13) = 195 e todas as frações terão este denominador comum.
O novo numerador de cada uma delas será apurado, dividindo-se 195 pelo seu denominador
atual e em seguida multiplicando-se o produto encontrado pelo numerador original.
1 1 65
• Para temos que: 195 ÷ 3 × 1 = 65, logo: = .
3 3 195
2 2 78
• Para temos que: 195 ÷ 5 × 2 = 78, logo: = .
5 5 195
3
• Para temos que: 195 ÷ 13 × 3 = 45, logo: 3
=
45 .
13 13 195
Obtemos assim, três frações equivalentes às frações originais sendo que todas contendo o
denominador 195. Agora resta-nos proceder como no primeiro exemplo:
65 78 45 65 + 78 + 45 188
+ + = =
195 195 195 195 195
No caso de adição de frações mistas devemos colocar a parte fracionária toda com o
mesmo denominador e depois realizarmos separadamente a soma das partes inteiras e das partes
fracionárias:
2 1 16 3 19
4 +5 = 4 +5 = 9
3 8 24 24 24
Podemos também transformar as frações mistas em impróprias antes de realizarmos a operação =
de soma:
2 1 12 2 40 1 14 41 112 + 123 235
4 + 5 =
+ + + = + = =
3 8 3 3 8 8 3 8 24 24
8
Potência de potência: ∀a, m, n ∈ Z, temos que:
(am)n = am n
Atenção:
• Observe a diferença entre as expressões ( a m ) n e a m .
n
1
3 3
• Se n = 1, então: a 1 = a. Por exemplo − = − .
4 4
0
3
• Se n = 0 e a ≠ 0, então: a0 = 1. Por exemplo − = 1 .
4
1
• Se n = -1 e a ≠ 0, então: a −1 = .
a
−1 −1
1 3 1 5 2 1 3
−1
Exemplos: a) 3 = b) = = c) − = =−
3 5
3 /
5 3 3 − 2 / 3 2
Radiciação em Z
O termo radiciação pode ser entendido como uma operação que, se fornecida uma potência
de um número e o seu grau, pode-se determinar esse número, ou seja, uma operação recíproca à
potenciação.
Dados três números naturais a, b, n tais que a = b n. O número b é dito raiz de índice n de a
e representa-se pelo símbolo n
a .
13
1.3.1 Propriedades da Radiciação em Z
n
a ⋅b = n a ⋅n b
e
n
n
a a
=
b n
b
3
Exemplos: a) 3 5 ⋅3 2 = 3
10 b) 8 8 2
3 = =
27 3
27 3
(n a )m = n am
Exemplos: a) (3 2 )3 = 3 23 = 2
5
b) 3 8 5 = (3 8 ) = 2 5 = 32
c) (3 5 )6 = 3 56 = 3 53 ⋅ 53 = 3 53 ⋅ 3 53 = 5 ⋅ 5 = 25
3 9
3
Exemplos: a) ( 2 ) 3
= 2 3 1
= 2 = 2 b) 2 3 9
= 23 = 23 = 8
14
mn
a = m⋅n a
Exemplos: a) 3
64 = 3⋅2 64 = 6 64 = 6 2 6 = 2
b) 10 .000 = 4 10 .000 = 10
3
c) 25 = 6 25
160 2
80 2
5 4 4 2
a) 160 = 2 ⋅ 5 = 2 ⋅ 2 ⋅ 5 = 2 ⋅ 2 ⋅ 5 = 2 ⋅ 10 = 4 10 40 2
20 2
10 2
5 5
1 160 = 25 · 5
15
16 2
3 4 3 3 3 3 8 2
b) 3 16 = 2 = 2 ⋅ 2 = 2 ⋅ 3 2 = 23 2
4 2
2 2
1 16 = 24
Para operar com radicais, usamos suas propriedades e as propriedades operatórias da adição
e multiplicação de números reais (comutativa, associativa e distributiva).
Vejamos alguns exemplos:
a) 6 5 + 3 5 − 2 5 = (6 + 3 − 2 ) 5 = 7 5
Lembre-se que só é possível adicionar radicais com mesmo índice e mesmo radicando.
b) 4 18 + 3 8 = 4 ⋅3 2 + 3 ⋅ 2 2 = 12 2 + 6 2 = 18 2
Observe que neste exemplo, fez-se necessário, inicialmente, o processo de simplificação de
radicais, tendo em vista que só é possível adicionar radicais com mesmo índice e mesmo
radicando.
c) 3 3 2 ⋅ 5 3 3 = ( 3 ⋅ 5 ) ⋅ (3 2 ⋅ 3 3 ) = 15 3
6
d) 4 6 : 2 3 4 6 4 6
= = = 2 2
2 3 2 3
De igual modo ao produto, só é possível o quociente de radicais com mesmo índice.
16
Atividades de Aprendizagem
Exercícios Teóricos
f) 14 . 2 . 49 = g) 8 . 1 . 45 = h) 3 . 4 . 14 = i) 6 . 25 . 9 = j) 16 . 7 . 5 =
5 7 6 15 3 16 7 9 3 5 3 2 15 14 8
17
d) 795.000.000.000.000 = 7,95 × 1014, portanto o número de algarismos significativo nesse
valor é de 3.
Arredondamento de Números
As regras de arredondamento estão estabelecidas pela Resolução 886 de 06.10.66 do IBGE
que corroboram com a Norma ABNT NBR 5891, de 1977.
Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último algarismo a ser conversado for
inferior a 5, superior a 5 ou igual a 5, estabeleceremos as regras de arredondamento que seguem
na tabela abaixo.
EXEMPLO
CONDIÇÃO PROCEDIMENTO (ARREDONDAMENTO POR
CENTÉSIMO)
37
Gostaria de mais informações sobre o conteúdo estudado ? Seguem dicas de vídeo-aulas
sobre o tema.
Potências de Base 10
Observe, na tabela abaixo, algumas potências de base 10, seus expoentes inteiros positivos
e a quantidade de zeros da potência.
Agora observe, nesta outra tabela, algumas potências de base 10, seus expoentes inteiros
negativos e a quantidade de algarismos à direita da vírgula.
38
A observação feita a partir dessas tabelas vai auxiliá-lo a escrever potências de base 10 na
representação decimal e vice-versa.
Por exemplo:
O uso das potências de base 10 é tão difundido nas Ciências Exatas, que alguns múltip los
e submúltiplos decimais recebem denominações especiais, conforme apresentamos no item
abaixo.
É comum utilizar prefixos para expressar números escritos em potência de 10, como, por
exemplo, uma massa de 3.000 g, que pode ser expresso em potência de 10 como 3 × 103 g ou
utilizando prefixo como 3 kg, em que o prefixo quilo (k) equivale a 10 3.
Abaixo é apresentada uma tabela com a relação dos principais prefixos.
exa E 1018
peta P 1015
tera T 1012
giga G 109
mega M 106
quilo k 103
hecto h 102
deca da 101
100
deci d 10-1
centi c 10-2
mili m 10-3
micro μ 10-6
nano n 10-9
pico p 10-12
femto f 10-15
atto a 10-18
39
Notação Científica
Se nos disserem que o raio do átomo de hidrogênio é igual a 0,000.000.005 cm ou que uma
dada célula tem cerca de 2.000.000.000.000 de átomos dificilmente assimilaremos essas ideias,
pois nossos sentidos não estão acostumados a perceber esses números. Eles estão fora do nosso
quadro de referências.
Dada a abrangência da Física atual micro-macro cosmo, é importante compreender
números nessas ordens. A notação científica, ou seja, a escrita de um número com o auxílio de
potências de base 10, é um recurso comum para a representação simplificada de números muito
grandes ou muito pequenos, tendo em vista a facilidade de operar com esses números ante a seus
equivalentes numéricos. Na utilização dos computadores ou máquinas de calcular, por exemplo,
a notação científica tem uso regular, tornando os cálculos mais rápidos devido às propriedades da
potenciação.
Um número escrito em notação científica segue a seguinte configuração:
m · 10e
Onde:
• m é denominado mantissa e corresponde a um valor numérico 1 ≤ m < 10.
• e, dado sob a forma de expoente, é denominado ordem de grandeza.
40
d) 795.000.000.000.000 = 7,95 × 1014
A vírgula se “deslocou” em 14 casas para esquerda; o expoente da base 10 é igual ao deslocament o
da vírgula e seu sinal é positivo.
• 600.000 = 6 · 105
• 30.000.000 = 3 · 107
• 500.000.000.000.000 = 5 · 1014
• 7.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 = 7 · 1033
• 0,0004 = 4 · 10 -4
• 0,00000001 = 1 · 10-8
• 0,0000000000000006 = 6 · 10-16
Para valores como esses, a notação científica é mais adequada, pois apresenta a vantagem
de representar adequadamente a quantidade de algarismos significativos, em detrimento de seus
equivalentes numéricos que trazem pouco significado prático.
Pode-se até pensar que esses valores são pouco relevantes e de uso quase inexistente na
vida cotidiana. Porém, em áreas como Física, Química e Engenharias de um modo geral, esses
valores são frequentes. Também na área de Economia, ao se fazer referência a um valor
monetário, em bilhões de dólares, por exemplo, é comum o uso da notação científica.
Ordem de Grandeza
Muitas vezes, ao trabalharmos com grandezas físicas, apenas algumas casas decimais são
relevantes, devido a imprecisões nos aparelhos de medida.
Nesses casos é suficiente conhecer a potência de 10 que mais se aproxima do seu valor .
Essa potência é denominada ordem de grandeza da medida.
41
E04.
(a) Representa uma função: , ,, ,
, ,
(b) Não representa uma função, pois o elemento b possui duas imagens.
(c) Representa uma função: ,, ,, ,,
, ,
(d) Não representa uma função, pois o d pertencente ao conjunto A não se relaciona com nenh um
elemento de B.
E05.
∈ | 3/2
∈ | 5
E06.
A(-4; 3) C(0; -2) E(0;0) G(1 ; -2,5) I(-2,5; 5)
B(4; 0) D(5; -3) F(0;3,5) H(-3 ; -1) J(-5;0)
E07.
E08.
-2 5
-1 2
0 1
1 2
2 5
E09.
(a) É gráfico de uma função. e
(b) Não é gráfico de uma função.
E10.
(a1) Se 0 3 0
, então . 3 6 0
(b1) Se , então .
(a2) Se 2 3 0
, então . 2 3 0
(b2) Se , então .
(a3) A função tem raízes? ( x ) Não. (b3) A função tem raízes? ( x ) Sim.
1 1 0
Se , então .
1 1.
(b4) Raízes:
Testes
T01. O serviço de água e esgoto de uma cidade cobra R$ 1,50 pelos primeiros 10 m3 de água
consumida e mais R$ 0,25 por metro cúbico que exceder essa quantia. Verifique qual é a função
do 1o grau abaixo que define a quantia a serem pagos por um consumo de x metros cúbicos acima
dos 10 m3.
T02. Um comerciante contratou um novo funcionário para cuidar das vendas. Combinou pagar a
essa pessoa R$ 250,00 por semana, e, como um estímulo, também propôs que ele pagaria 1,4 real
por cada produto vendido. Ao término da primeira semana, esse novo funcionário conseguiu ficar
com um salário de R$ 390,00. Quantos produtos esse funcionário vendeu?
(a) R$ 60,00.
(b) R$ 180,00.
(c) R$ 172,00.
(d) R$ 100,00.
(e) R$ 120,00.
T03. As frutas que antes se compravam por dúzias, hoje em dia, podem ser compradas por quilogramas, existindo
também a variação dos preços de acordo com a época de produção. Considere que, independente da época ou variação
de preço, certa fruta custa R$ 1,75 o quilograma. Dos gráficos a seguir, o que representa o preço m pago em reais
pela compra de n quilogramas desse produto é:
T04. Através dos dois esquemas de flechas a seguir, em que A = {3,1,5,2} e B = {−2,5,0,1,6,3} , avalie os
seguintes itens:
Esquema de flexa (1) Esquema de flexa (2)
I. O esquema de flexa (1) não define uma função porque o elemento 1 do conjunto B não corresponde com
nenhum elemento do conjunto A.
II. O esquema de flexa (1) não representa uma função devido ao fato do elemento 5 do conjunto A estar
relacionado com mais de um elemento do conjunto B.
III. O esquema de flechas (2) representa uma função mesmo que elementos do conjunto B não se corresponda
com nenhum elemento do conjunto A.
T05. Através dos dois esquemas de flechas a seguir, em que A = {−1,0,1, 2} e B = {−2, −1,0,1,2,3} , avalie os
seguintes itens:
Esquema de flexa (1) Esquema de flexa (2)
I. O esquema de flexa (1) não define uma função porque o elemento 1 do conjunto A possui duas imagens.
II. O esquema de flexa (1) não representa uma função devido ao fato do elemento 3 do conjunto B estar
relacionado com o elemento 1 e 2 ambos pertencentes ao conjunto A.
III. O esquema de flechas (2) não representa uma função, pois todos os elementos do conjunto A possuem uma
mesma imagem (elemento 1 pertencente ao conjunto B).
x 2 + 2
T06. Quais dos intervalos abaixo, representam o domínio da função f ( x) = ?
x − 1
(a) ] 1,∞ (b) 0,1
(c) 1,∞ (d) ∞,1 (e) ∞,∞
T07. (Unicap-PE) Um estudo das condições ambientais de um município indica que a taxa média de monóxido de
carbono no ar será de C ( p) = 0,5 p − 1 ppm (partes por milhão) quando a população for de p milhares de habitantes.
Sabendo que daqui a t anos, a população será de p(t ) = 10 + 0,1t 2 , calcule qual é a taxa de monóxido de carbono no
ar, atualmente. O valor encontrado é:
(a) 5 (b) 3 (c) 4 ppm (d) 1 ppm (e) 2 ppm
- 79 -
T08. (Adaptada ENADE 2008) Apesar do progresso
verificado nos últimos anos, o Brasil continua sendo um
país em que há uma grande desigualdade de renda entre
os cidadãos. Uma forma de se constatar este fato é por
meio da curva de Lorenz, que fornece, para cada valor de
x entre 0 e 100, o percentual da renda total do país
auferido pelos x % de brasileiros de menor renda. Por
exemplo, na Curva de Lorenz para 2004, apresentada ao
lado, constata-se que a renda total dos 60 % de menor
renda representou apenas 20 % da renda total.
De acordo com o mesmo gráfico, o percentual da renda
total correspondente aos 40 % de maior renda foi,
aproximadamente, igual a:
T01. b
T02. d
T03. e
T04. c
T05. b
T06. a
T07. c
T08. e
- 80 -
5 FUNÇÕES AFINS E QUADRÁTICAS
Função Afim
O salário de um funcionário é composto de uma parte fixa no valor de R$ 2300,00, e uma parte que varia em
função do número de clientes atendidos pelo funcionário. Para cada cliente atendido, é adicionado ao salário do
cliente um valor de R$ 20,00, ou seja:
No exemplo do salário do funcionário, a função afim possui coeficiente angular igual a 20 e coeficiente linear
igual a 2300.
Como já foi definida anteriormente, uma raiz de uma função é um valor ∈ para o qual a função se
anula, ou seja, 0 . De modo geral, para encontrar o conjunto de raízes de uma função, igualamos a sua lei a 0
(zero) e resolvemos a equação obtida.
Por exemplo, se 1 1 , podemos calcular a raiz da função da seguinte forma:
0 → 32 1 → 32 1 → 1∙
1 ∙ 23 → 23.
Logo, possui uma única raiz: .
- 81 -
5.1.2 Gráfico de uma função afim
O gráfico de uma função afim é uma reta cuja posição no plano depende dos seus coeficientes angular e
linear.
Por exemplo, para esboçar o gráfico da função
gráfico da função, marque esses pontos
22 2 , determine alguns pontos que pertencem ao
ponto s no plano cartesiano e, por fim, trace a reta que representa o gráfico procurado:
11 211 2 44
0 2∙02∙ 0 2 2
1 2 ∙ 1 2 0
2 2 ∙ 2 2 2
Exercício Resolvido:
Considere a função afim , ∈
, com 1 6 33 2
. Sabendo que e , determine a
lei de . Solução:
Como 1 6 , então:
1 → 6 ⇒ 6 ∙ 1 .
33 2
De modo análogo, como , então:
3 → 2 ⇒ 2 ∙ 33 .
Já vimos que o gráfico de uma função afim, , é uma reta. A partir do valor do coeficiente
c oeficiente angular
podemos determinar o comportamento da reta quanto ao seu crescimento:
A reta é crescente.
A reta é decrescente.
- 83 -
Função Quadrática
Para calcular as raízes de uma função quadrática, , usamos a Fórmula de Bháskara:
usamos
2 √ ∆ ,
em que ∆ 4 , chamado de discriminante.
Exemplo:
Vamos usar a Fórmula de Bháskara para calcular as raízes da função 5 4 .
Note que os coeficientes da função são
fórmula, encontramos:
1 5 4
, e ∆ 5 4∙1
. Dessa forma, 4 ∙1∙4∙4 9 . Substituindo na
- 84 -
Sendo assim, concluímos que a parábola que representa o gráfico de , intersectará o eixo
4,0 nos pontos 1,0 e
.
Para auxiliar na construção do gráfico de uma função quadrática, vamos pontuar quatro fatos:
1.
O sinal do coeficiente indica a concavidade (abertura) da parábola:
(concavidade voltada para cima) (concavidade voltada para baixo)
- 85 -
2. ∆
O sinal de indica o número de raízes (interseções com o eixo ):
∆
duas raízes reais e distintas
∆
duas raízes reais e iguais
∆
a função não possui raiz
real
3.
O gráfico de sempre intersecta o eixo no 4. O vértice (ponto , em que a função
ponto de coordenadas 0, : atinge seu valor máximo ou mínimo) pode ser
calculado através das fórmulas a seguir:
2
4∆
- 86 -
Observação: O vértice de uma função quadrática é o ponto no qual a parábola muda
de comportamento quanto ao seu crescimento:
- 87 -
E10. Determine o vértice da parábola que representa a função definida por:
a) y = x 2 − 2 x − 3 b) y = − x 2 + 8 x − 15 c) y = x 2 − 6 x + 9 d) y = x 2 − 5 x + 6 e) y = 3 x − 4 x 2
E11. Para cada função a seguir, calcule a raiz (se existir), determine as interseções com os eixos coordenados e
esboce o gráfico.
a) y = x 2 − 2 x + 1 b) y = − x 2 − 2 x c) y = 3 x 2 − 4 x + 2
E02.
a) 3 2 b) 2 5 c) 3 2
E03.
a) b)
- 89 -
c) d)
e)
Raiz: 3/8
Interseções com os eixos: ,0 0 ,
e
E04.
a) 9 45 16 99
e
E05.
a) 5 230 46
b) Para c) Para 109 d) Para 102
E06.
a) 0 ,5 b) 2 ,10 c) 0,6 ;2,4
E07.
a) 4 3
- 90 -
E08.
a) Não b) Sim; 1 0
, c) Não 3
d) Sim; 1 1
, e) Sim; ,
e 0 0 12 0
e e
E09.
a), b) e d)
E10.
a) 1 ,4 b) 4 , 1 c) 3 ,0 d) , e) ,
E11.
a) b) c)
Testes:
T01. (PUC) Considere um terreno retangular que pode ser cercado com 50m de corda. A área desse terreno expressa
como função do comprimento de um dos lados é:
a) A(x) = -x 2 + 25x para x ≥ 0 d) A(x) = -3x2 + 50x para 0 < x < 50/3
b) A(x) = -3x 2 + 50x para x ≥ 0 e) A(x) = 3x2 + 50x para 0 < x < 50/3
T02. ( FUVEST) O gráfico de , onde e são constantes, passa pelos pontos (0,0) e (1,2).
Então 2/3 vale:
a) -2/9 b) 2/9 c) -1/4 d) 1/4 e) 4
- 91 -
• Quando t = 0 → s0 = 2 m. • Quando t = 4s → s4 = 14 m.
Portanto, s0 é a posição do móvel no instante zero e s 4 a posição no instante 4s.
Deslocamento Escalar e Distância Percorrida: Consideremos um móvel percorrendo uma pista circular com
origem no ponto O e orientada em sentido anti-horário.
O deslocamento escalar é dado pela diferença entre a posição final s f e a posição inicial s i: s = sf - si.
O sinal algébrico do deslocamento escalar indica em que sentido ocorreu o deslocamento: se no mesmo sentido
da trajetória (movimento progressivo) ou em sentido contrário (movimento retrógrado).
• Se o movimento for no sentido positivo da trajetória (s f > s i), ∆s será positivo:
• Se o movimento for contrário ao sentido positivo da trajetória (s f < si), ∆s será negativo:
- 96 -
∆s = s f – si ∆s = 30 – 50 = -20 km (O móvel deslocou-se no sentido negativo)
Se o móvel mudar de sentido, teremos deslocamentos escalares positivos e negativos. Nesse caso, a distância
total percorrida (espaço percorrido) é igual à soma dos módulos de cada um dos deslocamentos.
Velocidade Escalar:
Velocidade Escalar Média: Suponha um carro percorrendo um trecho de estrada entre duas cidades. Sabemos que
o carro não mantém sempre a mesma velocidade durante o trajeto, isto é, sua velocidade varia com o tempo.
Na prática, para estudar o movimento do carro é interessante conhecer e tratar o movimento de uma forma
global e não detalhar esse estudo em cada ponto da estrada.
A velocidade escalar média (v m) é uma informação sobre o movimento global. Para obtê-la, dividimos o
deslocamento escalar pelo tempo gasto na viagem.
Como exemplo, imagine que numa viagem de São Paulo a São José dos Campos um carro se deslocasse 100
km em 2 h.
deslocamen to 100km
vm = → vm = = 50km/h
tempo gasto no percurso 2h
É óbvio que, durante o trajeto, a velocidade do carro, em cada instante, às vezes foi maior e outras vezes menor
do que 50km/h. A velocidade escalar média representa a velocidade constante que o carro deveria manter para,
partindo da mesma posição inicial, chegar à mesma posição final gastando o mesmo tempo.
A velocidade escalar média também pode ser definida num intervalo de tempo. Como por exemplo, vamos
considerar um carro percorrendo a trajetória indicada na figura.
Suponhamos que, para percorrer a variação de espaço ∆s = s2 – s1, o carro leve o tempo ∆t = t2 – t1.
- 97 -
Define-se como velocidade escalar média do carro, entre os
instantes t1 e t2, a grandeza v m dada por:
Δs s 2 − s1
vm = =
Δt t 2 − t1
A unidade de velocidade no SI é o metro por segundo (m/s).
Podemos, também, utilizar o quilômetro por hora (km/h).
Velocidade Escalar Instantânea: Imagine-se dirigindo um carro numa viagem. A partir de certo instante, você olha
para o velocímetro, consulta o relógio e começa a anotar as velocidades indicadas no decorrer do tempo.
Suponha que os valores anotados sejam os da tabela ao lado. Velocidade
Tempo
(km/h)
Observe que para cada instante podemos associar um valor para a velocidade
8h 80
do carro. A cada valor indicado pelo velocímetro num dado instante denominamos
8h 10min 60
velocidade instantânea.
Dependendo do sinal da velocidade escalar instantânea, podemos ter dois 8h 25min 90
tipos de movimento: movimento progressivo e movimento retrógrado. 8h 30min 100
8h 40min 40
• Movimento Progressivo: quando o móvel caminha no mesmo sentido da orientação da trajetória, isto é, as posições
crescem algebricamente no decorrer do tempo. Neste caso, dizemos que a velocidade do móvel é positiva.
• Movimento Retrógrado: quando o móvel caminha no sentido contrário da orientação da trajetória, isto é, as
posições decrescem algebricamente no decorrer do tempo. Neste caso, dizemos que a velocidade do móvel é negativa.
- 98 -
Aceleração Escalar:
Aceleração Escalar Média: Consideremos um carro cujo velocímetro indica, num certo instante, uma velocidade
de 10 km/h. Se, por exemplo, 1 s após pisar no acelerador o velocímetro indicar 30 km/h, podemos afirmar que a
velocidade do carro aumentou de 20 km/h em 1 s. Assim, dizemos que o carro recebeu uma aceleração.
A aceleração é relacionada com uma variação de velocidade. Para definirmos a aceleração escalar média,
vamos considerar um móvel percorrendo a trajetória da figura:
Aceleração Escalar Instantânea: A aceleração escalar média indica o que ocorre com a velocidade num intervalo
de tempo. Para o conhecimento mais preciso do comportamento da velocidade dentro desse intervalo de tempo, ou
seja, em cada instante, é necessário reduzi-lo cada vez mais, aproximando-o do zero.
Assim, chega-se ao valor da aceleração instantânea, cuja definição é:
• Movimento Acelerado: quando o módulo da velocidade aumenta no decorrer do tempo. Isso ocorre quando a
velocidade e a aceleração têm o mesmo sinal.
Por exemplo, um carro percorrendo a trajetória no sentido indicado na figura e o motorista pisando no
acelerador.
v>0
v ⋅ a > 0
a>0
t (h) 0 1 2 3 4 5
v (km/h) 20 40 60 80 100 120
• Movimento Retardado: quando o módulo da velocidade diminui no decorrer do tempo. Isso ocorre quando a
velocidade e a aceleração têm sinais contrários.
v>0
v ⋅ a < 0
a<0
t (h) 0 1 2 3 4 5
v (km/h) 80 70 60 50 40 30
- 100 -
Atividades de Aprendizagem
Exercícios Teóricos
E01. Uma pessoa movimenta-se do ponto A para o ponto C e depois para D, descrevendo a trajetória da figura.
E02. Dizemos que os conceitos de movimento e repouso são relativos, pois dependem do sistema de referência
estabelecido. Com base nisso é correto afirmar que:
I) um corpo parado em relação a um referencial pode estar em movimento em relação a outro referencial.
um livro colocado sobre uma mesa está em repouso absoluto, pois, para qualquer referencial adotado, sua
II)
posição não varia com o tempo.
em relação a um edifício, o elevador estacionado no terceiro andar está em repouso. Porém, em relação ao
III)
Sol, o mesmo elevador encontra-se em movimento.
E03. Observe as figuras abaixo e, em cada caso, classifique o movimento em progressivo ou retrógrado e em
acelerado ou retardado.
- 101 -
Testes
T02. Um móvel efetua um movimento retilíneo uniformemente variado obedecendo à função horária s = 10 + 10t –
5t2, onde o espaço s é medido em metros e o instante t em segundos. A velocidade do móvel no instante t = 4 s, em
m/s, vale:
a) 50 b) 20 c) 0 d) -20 e) -30
T03. Um veículo parte do repouso em movimento retilíneo e acelera a 2 m/s2. Pode-se dizer que sua velocidade e a
distância percorrida, após 3 s, valem, respectivamente:
a) 6m/s; 9m b) 6m/s; 18m c) 3m/s; 12m d) 12m/s; 36m e) 2m/s; 12m
a) 36 m/s b) 6 m/s c) 24 m/s d) 15 m/s e) 30 m/s
v (m/s)
T05. Um móvel tem movimento com velocidade descrita pelo gráfico 10 •
abaixo.
Após 10 s, qual será sua distância do ponto de partida ?
0 5
t (s)
T06. (UFRGS) Um automóvel que anda com velocidade escalar de 72 km /h é freado de tal forma que, 6,0 s após o
início da freada, sua velocidade escalar é de 8,0 m /s. O tempo gasto pelo móvel até parar e a distância percorrida até
então valem, respectivamente:
a) 10s; 100m b) 10s; 200m c) 20s; 100m d) 20s; 200m e) 5s; 150m
- 119 -
T07. (UFSC) Um carro está a 20 m de um sinal de tráfego quando este passa de verde a amarelo. Supondo que o
motorista acione o freio imediatamente, aplicando ao carro uma desaceleração de 10 m /s2, calcule, em km /h, a
velocidade máxima que o carro pode ter, antes de frear, para que ele pare antes de cruzar o sinal.
a) 36 b) 54 c) 72 d) 90 e) 108
T08. (UEPB) Dois automóveis, A e B, deslocam-se um em direção ao outro numa competição. O automóvel A
desloca-se a uma velocidade de 162 km /h; o automóvel B, a 108 km/h. Considere que os freios dos dois automóveis
são acionados ao mesmo tempo e que
qu e a velocidade diminui a uma razão de 7,5 m/s, em cada segundo. Qual é a menor
distância entre os carros A e B para que eles não se choquem ?
a) 135 m b) 60 m c) 210 m d) 195 m e) 75 m
T09. (UEL-PR) Um corpo é abandonado a partir do repouso e atinge o chão com velocidade de 20 m /s. Considerando
g = 10 m/s2, o corpo caiu da altura de:
a) 200 m b) 100 m c) 50 m d) 20 m e) 10 m
T10. (UECE) Uma pedra, partindo do repouso, cai de uma altura de 20 m. Despreza-se a resistência do ar e adota-se
g = 10 m/s2. A velocidade da pedra ao atingir o solo e o tempo gasto na queda, respectivamente, valem:
a) 20m/s; 2s b) 20m/s; 4s c) 10m/s; 2s d) 10m/s; 4s e) 15m/s; 2s
- 120 -
8 EXPONENCIAIS E LOGARITMOS
Funções Exponenciais
Diversas situações do nosso cotidiano são descritas matematicamente por funções do tipo potência que
possuem expoente variável, são as chamadas funções exponenciais, as quais serão definidas a seguir.
seja:
10
Fixado um número real , com
, definimos a função exponencial de base como , ou
Exemplos:
2 2
(função exponencial de base )
35
(função exponencial de base )
0,22
(função exponencial de base 0,22)
(função exponencial de base )
33 2 2
1
22 2 2
1
11 2
0 2
1 2
2 2
3 2
Identificando os pontos no plano cartesiano e ligando-os, obtemos a representação gráfica da função.
- 121 -
De modo geral, o gráfico de uma função exponencial,
, pode ter dois comportamentos distintos a
partir do valor da base :
- 122 -
Logaritmos
1 0 10
Considere e dois números reais positivos, com (ou seja: e ). Definimos o logaritmo
de na base como o expoente real ao qual se eleva para obter :
⇔ 0 1 0, com e .
0 1 0
Neste caso, é chamado de logaritmando, de base e de logaritmo. As condições
chamadas de condições de existência dos logaritmos.
e são
logaritmando
Exemplos:
32 5 2 32
(pois )
2 1 2 2 1
(pois )
2 3 9
(pois )
Observação:
Por convenção, quando estivermos trabalhando com logaritmos de base 10, omitimos a indicação da base na
escrita do logaritmo. Por exemplo:
indica .
Exercício Resolvido:
Determine os possíveis valores de para que exista cada logaritmo a seguir.
a) 3 2 b) 3 c) 7
Solução:
Para resolver, devemos identificar os valores de para os quais as condições de existência dos logaritmos
sejam satisfeitas.
a) Utilizando a condição de existência do logaritmando, obtemos:
3 2 0 ⇒ 3 2 ⇒ 23 .
Logo, .
- 123 -
b) Utilizando a condição de existência da base de um logaritmo, obtemos:
c)
Neste exemplo, observe que a variável se encontra no logaritmando e na base do logaritmo, então as duas
condições de existência precisam ser analisadas.
- 124 -
Propriedades dos Logaritmos
∙ .
Solução:
∙
∙
(P2) (P1) (PTal
1120 11203 .
Fatorando o número 1120, obtemos:
Além disso, os valores da linha da tangente equivalem à razão dos valores do seno e do cosseno, pois
sen ( x ) .
tg ( x ) =
cos( x )
Por exemplo, na coluna do 45º, temos:
2
• sen 45º = 2 • cos 45º = 2 • tg 45º =
2 = 2 ⋅ 2 =1
2 2 2 2 2
2
Dessa forma, nos exercícios que envolvem ângulos notáveis, você deve usar os valores memorizados e, nos
demais exercícios, usar uma calculadora científica (lembre -se de que muitos modelos de celulares possuem esse tipo
de calculadora).
LIMA, Elon Lages. Meu Professor de Matemática. Rio de Janeiro: Instituto de Matemática Pura e Aplicada
(IMPA) e Vitae – Apoio à Cultura, Educação e Promoção Social, 1991, p.187.
- 136 -
Atividades de Aprendizagem
Exercícios Teóricos
Exercícios 01 a 14 extraídos da obra:
DANTE, Luiz Roberto. Matemática: contexto & aplicações. Vol. 1. 2ª Ed. São Paulo: Ática, 2013.
E01. Uma rampa lisa de 10 m de comprimento faz Sabendo que a luneta do teodolito está a 1,70 m do solo,
ângulo de 30º com o plano horizontal. Uma pessoa que qual é aproximadamente a altura da torre?
sobe essa rampa inteira eleva-se quantos metros
verticalmente?
E02. Um navio está situado exatamente 10 milhas a E05. Na figura abaixo, qual é a altura do avião em
leste de um ponto A. Um observador, situado relação ao chão?
exatamente ao sul do navio, vê o ponto A sob um ângulo
de 40º. Calcule a distância entre o observador e o navio.
- 137 -
• obtemos uma medida de tal modo que o ângulo no
70º para o ângulo ACB. ponto A seja reto;
Nessas condições, qual é a largura l do rio?
a) 21,6 m
b) 17 m
c) 18,6 m
d) 25,5 m
e) 30,6 m
- 142 -
T10. Uma pessoa de 1,65 m de altura observa o topo de um edifício
conforme o esquema abaixo. Para sabermos a altura do prédio, devemos
somar 1,65m a:
a) b⋅cos(α)
b) a⋅cos(α)
c) a⋅sen(α)
d) b⋅tg(α)
e) b⋅sen(α)
9.4.1 Introdução
Os ângulos aparecem nos registros da Grécia antiga associados ao estudo dos elementos de um círculo,
relacionados com arcos e cordas. As propriedades dos ângulos
ângu los centrais de uma circunferência eram conhecidas desde
des de
o tempo de Eudoxo — astrônomo, matemático e filósofo grego que viveu no século IV a.C. —, que teria usado
medidas de ângulos em diversos cálculos, como a determinação das dimensões da Terra e da distância relativa entre
o Sol e a Terra.
Acredita-se que os sumérios e os acadianos, antigos povos habitantes da Mesopotâmia (3500 a.C.), já sabiam
medir ângulos — é atribuída aos sumérios a criação da escrita cuneiforme, a mais antiga de que se tem notícia. Feita
com o auxílio de uma cunha, a escrita cuneiforme era composta de traços verticais, horizontais e oblíquos.
A divisão do círculo em partes iguais, obtida por meio de ângulos centrais congruentes, aparece bem mais
tarde. Hipsicles (século III a.C.) foi um dos primeiros astrônomos gregos a dividir o círculo em 360 partes iguais,
mas não há evidência científica da escolha desse número. O que pode tê-la influenciado é o fato de já se saber que o
movimento de translação da Terra em torno do Sol se realizava em um período de aproximadamente 360 dias. Mas
a hipótese mais provável é ter havido a influência do sistema de numeração de base sexagesimal (base 60), utilizado
na Babilônia, justificando também as subdivisões das medidas dos ângulos, que seguem essa base.
A Trigonometria, como seu nome sugere, é o estudo das medidas
medidas envolvidas
envolvida s no triângulo. Seu propósito inicial
é, portanto, a resolução de problemas relacionados a triângulos.
Já estudamos as relações entre os ângulos e os lados de um triângulo retângulo, as razões trigonométricas.
Agora, vamos estender esses conceitos a ângulos maiores do que 180°, e para isso contaremos com o apoio de uma
circunferência, chamada circunferência trigonométrica, na qual serão considerados os ângulos centrais.
Neste tópico vamos fazer um estudo mais abrangente de seno, cosseno e tangente, uma necessidade mais
recente da Matemática. Nesse novo contexto, o triângulo retângulo é insuficiente para as definições necessárias e
precisamos estabelecer um novo “ambiente” para a Trigonometria: a circunferência trigonométrica.
Para isso, vamos relembrar alguns conceitos necessários:
Arco geométrico: é uma das partes da circunferência delimitada por dois pontos, incluindo-os. Se os dois pontos
coincidirem, teremos arco nulo ou arco de uma volta.
- 144 -
Medida e comprimento de um arco: considere um
ponto A sobre uma circunferência de raio r e centro O. O comprimento l depende
depende
Deslocando-se o ponto A sobre a circunferência, ele do raio da circunferência,
mas a medida α não.
percorre uma distância l ao
ao mesmo tempo em que gira um
ângulo α em torno do centro O.
Esse movimento do ponto A descreve um arco de circunferência de medida α e comprimento l .
Para a medida α usam-se geralmente unidades como o grau e o radiano.
Para o comprimento l usam-se
usam-se em geral unidades como metro, centímetro, quilômetro, etc.
• Medida de uma circunferência em graus : 360°.
• Comprimento de uma circunferência de raio r : C = 2πr .
Arco e ângulo central: todo arco de circunferência tem a mesma medida do ângulo central que o subtende.
Unidades para medir arcos de circunferência (ou ângulos): As unidades mais usadas para medir arcos de
circunferência (ou ângulos) são o grau e o radiano.
Grau: quando dividimos uma circunferência em 360 partes congruentes, cada uma dessas partes é um arco de um
grau (1°). Considere o arco AB, que vai de A para B no sentido anti-horário:
- 145 -
Radiano: um arco de um radiano (1 rad) é um arco cujo comprimento retificado é igual ao raio da circunferência.
Isso deve ser interpretado da seguinte forma:
Se temos um ângulo central de medida 1 radiano, então ele subtende um
arco de medida 1 radiano (lembre que a medida do arco é igual à medida do
ângulo central) e comprimento de 1 raio.
Se temos um ângulo central de medida 2 radianos, então ele subtende um
arco de medida 2 radianos e comprimento de 2 raios.
Se temos um ângulo central de medida α radianos, então ele subtende um
arco de medida α radianos e comprimento de α raios. Assim, se a medida α
do arco for dada em radianos, teremos l = α⋅r.
Relação entre as unidades para medir arcos (ou ângulos): Lembre-se de que o comprimento C da
circunferência de raio r é igual a C = 2 πr, em que π = 3,141592... Como cada raio r corresponde a 1 rad, podemos
afirmar que o arco correspondente à circunferência mede: 2 πr = 2π⋅1 rad = 2 π rad.
Sabendo que um arco de 180º mede π rad , podemos fazer a conversão de unidades usando uma regra de três
simples. Porém, recomendamos que você se acostume a fazer as principais conversões entre grau e radiano
mentalmente, sem recorrer à regra de três.
- 146 -
Esse procedimento é muito simples se observarmos que:
1 1 π
90º é de 180º; logo, é de π rad → 90º = rad.
2 2 2 Você pode (e deve!)
1 1 π memorizar estas relações para
30º é de 180º; logo, é de π rad → 30º = rad.
6 6 6 agilizar as conversões.
Veja outro exemplo:
1 1 π
60º é de 180º; logo, é de π rad → 60º = rad. 120º é o dobro de 60º, então:
3 3 3
π 2π
120º = 2 ⋅ = rad.
1 1 π 3 3
45º é de 180º; logo, é de π rad → 45º = rad.
4 4 4
- 147 -
Atividades de Aprendizagem
Exercícios Teóricos
Exercícios 01 a 14 extraídos da obra:
DANTE, Luiz Roberto. Matemática: contexto & aplicações. Vol. 2. 2ª Ed. São Paulo: Ática, 2013.
E01. Se o comprimento de uma circunferência é 2 π cm, qual seria o comprimento de um arco de:
a) b) c) d)
e) f) g)
E02. Converta em radianos:
a) 210º b) 300º c) 120º d) 115º e) 270º f) 135º g) 150º
E03. Expresse em graus:
π 5π π 5π 4π 6π 2π
a) b) c) d) e) f) g)
6 6 4 4 3 5 7
E04. Determine a medida, em radianos, de um arco de 20 cm de comprimento contido em uma circunferência de raio
8 cm.
E05. Qual e o comprimento de um arco correspondente a um ângulo central de 45° contido em uma circunferência
de raio 2 cm?
E06. Calcule, em radianos, a medida do ângulo central correspondente a um arco de comprimento 15 cm contido
numa circunferência de raio 3 cm.
- 148 -
9.4.3 Circunferência Trigonométrica
Os pontos A, B, A’ e B’ são pontos dos eixos e por isso não são considerados pontos dos quadrantes.
Para todo ponto (x, y) pertencente à circunferência trigonométrica, temos -1 ≤ x ≤ 1 e -1 ≤ y ≤ 1.
- 150 -
9.4.4 Arcos Côngruos ou Congruentes
Toda vez que o ponto da circunferência, final do arco iniciado em (1, 0), é o mesmo para dois arcos diferentes
(por exemplo, 0 e 2 π), chamamos esses arcos de arcos côngruos ou congruentes.
É conveniente notar que todos os arcos côngruos diferem entre si de um múltiplo de 2 π, que é o comprimento
de cada volta.
Imaginando o ponto como um móvel que se desloca sobre a circunferência no sentido anti-horário, teríamos o
seguinte:
π
na primeira figura, o ponto deslocou-se ou 60° de A até B;
3
na segunda figura, o ponto deslocou-se uma volta inteira (2 π ou 360°) e mais
π 7π
ou 60°; ou seja, deslocou-se ou 420°;
3 3
na terceira figura, o ponto deslocou-se duas voltas inteiras (2 ⋅2π ou 2 ⋅ 360°)
π 13π
e mais ou 60°; ou seja, ou 780°.
3 3
Supondo que o ponto se deslocasse k voltas inteiras, o número associado à extremidade B do arco AB seria
escrito assim:
π
+ k ⋅ 2 π ou 60 o + k ⋅ 360 o , com k ∈ Z
3
- 151 -
Atividades de Aprendizagem
Exercícios Teóricos
E02. Dê a expressão geral, em radianos, dos arcos de extremidades nos pontos indicados, considerando a origem em
A:
a) b) c)
d) e) f)
E03. Encontre a 1ª determinação, ou seja, o menor valor não negativo côngruo ao arco de:
15π 10π 9π
a) 780º b) 1140º c) -400º d) rad e) rad f) rad
2 3 2
E04. “Em 1792, durante a Revolução Francesa, houve na França uma reforma de pesos e medidas que culminou na
adoção de uma nova unidade de medida de ângulos. Essa unidade dividia o ângulo reto em 100 partes iguais,
chamadas grados. Um grado (1 gr) é, então, a unidade que divide o ângulo reto em 100 partes iguais, e o minuto
divide o grado em 100 partes, bem como o segundo divide o minuto também em 100 partes. Tudo isso para que a
unidade de medição de ângulos ficasse em conformidade com o sistema métrico decimal. A ideia não foi muito bem-
sucedida, mas até hoje encontramos na maioria das calculadoras científicas as três unidades: grau, radiano e grado.”
(DANTE, 2013, p.34)
Com base no texto acima, responda:
a) A quantos grados equivale meia volta de circunferência? E uma volta inteira?
- 152 -
Atividades de Aprendizagem
Exercícios Teóricos
Exercícios 01 a 18 extraídos da obra:
DANTE, Luiz Roberto. Matemática: contexto & aplicações. Vol. 2. 2ª Ed. São Paulo: Ática, 2013.
E01. Quanto mede a diagonal de um paralelepípedo reto retangular no qual as dimensões são 10 cm, 6 cm e 8 cm?
E02. Um cubo tem 10√ 3 cm de aresta. Calcule a medida da sua diagonal.
E03. Quantos centímetros quadrados de papelão são gastos para fazer uma caixa de sapatos do tipo e tamanhos a
seguir?
E04. Quantos centímetros quadrados de papel adesivos são gastos para cobrir a superfície total de uma peça sext avada
cuja forma e medidas estão na figura abaixo?
E06. Quantos litros de água são necessários para encher uma caixa-d’água cujas dimensões são: 1,20 m por 0.90 m
por 1 m? (Lembre-se que 1000 litros = 1 ).
E07. Qual é o volume de um sólido cuja forma e medidas estão na figura baixo?
- 176 -
E08. Calcule o volume de uma peça de metal cuja forma e medidas estão na figura abaixo.
E10. Uma pirâmide quadrangular regular tem todas as arestas iguais e a área da base é igual a 16 . Qual é a área
total da pirâmide?
E11. Uma pedra preciosa tem a forma da figura abaixo. Sabendo que a pedra tem 6 mm em todas as arestas, calcule
o volume da pedra.
E12. Uma peça de cristal tem a forma e as medidas da figura abaixo. Qual o volume do cristal empregado para
fazer essa peça se a sua altura é de 15 cm?
E14. Uma ponte de concreto tem a forma da figura a seguir. Suas dimensões estão assinaladas na figura. Qual o
volume de concreto utilizado para construir a ponte? Use 3 .
- 177 -
E15. Quantos centímetros quadrados de cartolina serão gastos para fazer o chapéu de palhaço cujas medidas estão
na figura abaixo?
E16. Um reservatório cônico tem água até metade de sua altura, conforme a figura. Qual é o volume de água?
E17. O diâmetro de uma esfera de ferro fundido mede 6 cm. Qual o volume dessa esfera?
E01. 10√
30 2 E10. 161√ 3
E02.
2264 E11. 100,8
E03. E12. 18500
E04. 0,24180 √ 3 E13. 2 70
E05. 1308075√ 3 E14. 1008
E06. E15. 260
E07. 150 E16. 26,25
E08. 12600√ 3 E17. 1113,04
E09. 480 E18. 4 √ 2 64√ 4
- 178 -
11 VETORES
Noção Intuitiva
Existem dois tipos de grandezas: as escalares e as vetoriais. As escalares são aquelas que ficam completamente
definidas por apenas um número real (acompanhado de uma unidade adequada). Comprimento, área, volume, massa,
temperatura, densidade, são exemplos de grandezas escalares. Assim, quando dizemos que uma mesa tem 3m de
comprimento, que o volume de uma caixa é de 10 dm3 ou que a temperatura ambiente é de 30º C, estamos
determinando perfeitamente estas grandezas.
Existem, no entanto, grandezas que não ficam completamente definidas apenas pelo seu módulo, ou seja, pelo
número com sua unidade correspondente. Falamos das grandezas vetoriais, que para serem perfeitamente
caracterizadas necessitamos conhecer seu módulo (ou comprimento ou intensidade), sua direção e seu sentido. Força,
velocidade, aceleração, são exemplos de grandezas vetoriais.
Antes de apresentar um exemplo mais palpável de grandeza vetorial, precisamos ter bem presente as ideias de
direção e de sentido.
A figura ao lado apresenta três retas. A reta r 1 determina, ou define, uma
direção. A reta r 2 determina outra direção, diferente da direção de r 1. Já a r2
reta r3, por ser paralela a r 1, possui a mesma direção de r1. Assim a noção
r1
de direção é dada por uma reta e por todas as que lhe são paralelas. Quer
dizer, retas paralelas têm a mesma direção. r3
Alguns exemplos:
Situação 01: Consideremos um avião com uma velocidade constante de 400 km/h, deslocando-se para nordeste, sob
um ângulo de 40º (na navegação aérea, as direções são dadas pelo ângulo considerado a partir do norte (N), em
sentido horário). Esta grandeza (velocidade) seria representada por um segmento orientado (uma flecha – figura
abaixo), sendo o seu módulo dado pelo comprimento do segmento (no caso, 4 cm, e cada 1 cm corresponde a 100
km/h), com a direção e o sentido definidos pelo ângulo de 40º. O sentido será indicado por uma seta na extremidade
superior do segmento.
- 180 -
Observemos que no caso de o ângulo ser 220º (40º + 180º), a direção continua sendo a mesma, porém, o senti do
é o oposto. Este exemplo de grandeza vetorial sugere a noção de vetor.
N N
O L
40º
Situação 02: Analisando o deslocamento de um carro de um ponto ao outro em uma estrada, podemos representar
esse movimento por um segmento de reta orientado, terminado em ponta de flecha, conforme mostra a figura abaixo.
O segmento de reta orientado aponta no sentido em que o carro se desloca e possui um comprimento que meça a
velocidade real dentro de uma escala conveniente, assim como no exemplo anterior.
Esse segmento de reta representa o vetor-velocidade do carro.
O vetor-velocidade é um dos vários exemplos de vetores desse tipo que podem ser encontrados dentro da
Física.
Os vetores nos permitem raciocinar sobre problemas no espaço sem a ajuda de eixos de coordenadas. Dado
que as leis fundamentais da física não dependem de uma posição particular no espaço dos eixos de coordenadas, os
vetores são instrumentos adaptados à formulação dessas leis.
Abstendo-se da ideia de grandezas vetoriais, diríamos que o vetor é representado por um segmento orientado
(um segmento está orientado quando nele se escolhe um sentido de percurso, considerado positivo).
Dois ou mais segmentos orientados de mesmo comprimento, mesma
B
direção (são paralelos ou colineares) e mesmo sentido são representantes de um
mesmo vetor. Na figura ao lado, todos os segmentos orientados paralelos, de
mesmo sentido e mesmo comprimento de , representam o mesmo vetor, que
será indicado por –
ou , onde é a origem e a extremidade do
segmento. O vetor também costuma ser indicado por uma letra minúscula
A
encimada por uma flecha, tal como .
- 181 -
Quando escrevemos
, estamos afirmando que o vetor é determinado pelo segmento orientado AB.
Porém, qualquer outro segmento de mesmo comprimento, mesma direção e mesmo sentido de representa também
o vetor .
B
Assim sendo, cada ponto do espaço pode ser considerado como origem de um
segmento orientado que é representante do vetor . Esta é a razão de o vetor também ser
chamado de vetor livre, no sentido de que o representante pode ter sua origem colocada em
qualquer ponto. A
O módulo, a direção e o sentido de um vetor é o módulo, a direção e o sentido de qualquer um dos seus
representantes. Indica-se o módulo de por ou .
♦ Dois vetores e são paralelos, e indica-se por // , se os seus representantes tiverem a mesma direção.
♦ Dois vetores e são ditos iguais, e indica-se por = , se tiverem iguais o módulo, a direção e o sentido.
- 182 -
Atividades de Aprendizagem
Exercícios Teóricos
E01. Com base na figura ao lado, determinar os vetores abaixo, expressando-os com origem no ponto A:
A B C D
a) AC + CN b) AB + BD c) AC + DC
d) AC + AK e) AC + EO f) AM + BL
L M N E
g) AK + AN h) AO − OE i) MO − NP
j) BC − CB k) LP + PN + NF l) BL + BN + PB K P O F
J I H G
H G
E02. Com base na figura ao lado, determinar os vetores abaixo,
expressando-os com origem no ponto A:
F
a) AB + CG b) BC + DE c) BF + EH E
D C
d) EG − BC e) CG + EH f) EF − FB
g) AB + AD + AE h) EG + DA + FH
A B
E03. Dados dois vetores e não-paralelos, construir no mesmo gráfico os vetores
todos com origem em um mesmo ponto.
, , ,
afirmações:
a) ( ) EO = OG b) ( ) AF = CH
A F B
c) ( ) DO = HG d) ( ) C−O = O−B e) ( ) H−O = H−D
1
f) ( ) H−E=O−C g) ( ) AC = BD h) ( ) OA = DB
2
i) ( ) AF // CD j) ( ) GF // HG k) ( ) AO // OC
l) ( ) AB ⊥ OH m) ( ) EO ⊥ CB n) ( ) AO ⊥ HF
o) ( ) OB = − FE
E06. Com base na figura da questão 01, determinar os vetores abaixo, expressando-os com origem no ponto A:
a) OC + CH b) EH + FG c) 2 AE + 2AF d) EH + EF e) EO + BG
f) 2OE + 2OC g) 1 h) FE + FG i) OG − HO j) AF + FO + AO
BC + EH
2
E07. O paralelogramo ABCD é determinado pelos vetores AB e AD , sendo M e N pontos médios dos lados DC e
AB, respectivamente. Determinar: D M C
•
a) AD + AB b) BA + DA c) AC − BC
1
d) AN + BC e) MD + MB f) BM − DC
2
A • B
N
- 186 -
12 LEIS DE NEWTON
Introdução
Força
Chutar, amassar, puxar, empurrar, deformar, arremessar, segurar, bater: são ações muito comuns em nossas
vidas e que estão associadas à grandeza física força. Até hoje, não temos uma definição exata desta grandeza, mas,
com facilidade, podemos observar suas causas e seus efeitos. O físico francês Henry Poincaré (1854 – 1912), fez sua
tentativa: “A ideia de força é uma noção primitiva, irredutível e indefinível. Ela deriva de uma noção de esforço, que
nos é familiar desde a infância”.
Já Isaac Newton escreveu: “Uma força imprimida é uma ação exercida sobre um corpo a fim de alterar seu
estado, seja de repouso, ou de movimento”.
Atualmente, vários cientistas, afirmam que:
Em Dinâmica vamos tratar de forças cujo efeito principal é causar variações na velocidade de um corpo, isto
é, aceleração.
- 187 -
Tal qual a aceleração, a força é uma grandeza vetorial, exigindo, portanto, para ser caracterizada, uma
intensidade, uma direção e um sentido.
O conceito científico para grandeza é
A unidade de força no Sistema Internacional
tudo o que pode ser medido.
(SI) é o Newton (N): uma força de 1 N é a força que Grandeza escalar é aquela que fica
aplicada a um corpo de 1 kg, provoca uma aceleração perfeitamente caracterizada quando
conhecemos
conhecemos um número e uma unidade.
de 1 m/s2. Abordaremos novamente este assunto mais
Grandeza vetorial é aquela que somente
adiante. fica caracterizada quando conhecemos,
pelo menos, uma direção, um sentido, um
número e uma unidade.
Seja uma partícula na qual estão aplicadas várias forças. Esse sistema de forças pode ser substituído por uma
única força, a força resultante, que é capaz de produzir na partícula o mesmo efeito que todas as forças aplicadas.
Equilíbrio
Um ponto material está em equilíbrio quando a resultante das forças que nele atuam é nula. Podemos distinguir
dois casos:
- 188 -
Princípio da Inércia ou 1ª Lei de Newton
Considere um corpo não submetido à ação de força alguma. Nessa condição esse corpo não sofre variação de
velocidade. Isso significa que, se ele está parado, permanece parado e, se está em movimento, permanece em
movimento e sua velocidade se mantém constante.
Podemos interpretar seu enunciado da seguinte maneira: todos os corpos são “preguiçosos” e não desejam
modificar seu estado de movimento: se estão em movimento, querem continuar em movimento; se estão parados,
não desejam mover-se.
Os físicos chamam essa “preguiça” de inércia, característica de todos os corpos dotados de massa.
®
s
i
v
a
D
m
i
J
–
d
l
e
i
f
r
a
G
O princípio da inércia pode ser observado no movimento de um ônibus. Quando o ônibus “arranca” a partir do
repouso, os passageiros tendem a deslocar-se para trás, resistindo ao movimento. Da mesma forma, quando o ônibus
já em movimento freia, os passageiros deslocam-se para frente, tendendo a continuar com a velocidade que possuíam.
Para Galileu, o natural era o movimento – e não o repouso, como afirmava Aristóteles. Ao observar o
movimento de um corpo, sua questão era “por que para” e não “por que se move”.
A afirmação de que “um corpo parado permanece parado se não agir sobre ele alguma força” pode facilmente
ser compreendida em nossa vida prática (um corpo não se move por si só, é necessário aplicar-lhe uma força).
- 189 -
Já a afirmação de que um corpo em movimento mantém velocidade constante se não atuarem forças sobre ele
é menos intuitiva. Com efeito, um corpo em movimento não permanece sempre em movimento: depois de certo
tempo – mais ou menos longo – o corpo para. Uma bolinha jogada sobre um plano horizontal para depois de percorrer
poucos metros, mesmo que aparentemente não aja força alguma sobre ela.
Na realidade existe uma força de freamento, indicada genericamente com o nome de atrito. Porém, no caso
de essas forças não existirem ou serem reduzidas ao mínimo, o princípio da inércia é verificado plenamente.
Por exemplo, uma nave espacial que se move no espaço interplanetário, por exemplo, não encontra atrito; por
isso não tem necessidade de motor e, pelo princípio da inércia, continua a mover-se em linha reta com a velocidade
com a qual foi lançada inicialmente.
Os referenciais em que o princípio da inércia se verifica são chamados referenciais inerciais. Tais referenciais
são fixos em relação às estrelas distantes ou se movem com velocidade constante em relação a elas, isto é, possuem
aceleração vetorial nula.
Para movimentos de pequena duração (menor que 24h), podemos desprezar os efeitos de rotação da Terra e
considerar sua velocidade como constante durante o movimento de translação. Nessas condições a Terra pode ser
considerada um referencial inercial.
®
s
i
v
a
D
m
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J
–
d
l
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f
r
a
G
Massa de um Corpo
Sabemos que os corpos que apresentam maior inércia são aqueles de maior massa. Por exemplo, é mais fácil
empurrar um carrinho vazio do que um carrinho cheio de compras.
O carrinho com compras oferece maior resistência para sair do repouso.
Podemos, então, associar a massa de um corpo à sua inércia, dizendo que a massa de um corpo é a medida
numérica de sua inércia.
No Sistema Internacional de unidades (SI), a massa tem como padrão o quilograma.
- 190 -
O submúltiplo e o múltiplo usuais do quilograma são, respectivamente, o grama (g) e a tonelada (t), sendo que
1 g = 10-3 kg e 1 t = 10 3 kg.
A experiência nos mostra que uma mesma força produzirá diferentes acelerações sobre diferentes corpo s. Uma
mesma força provoca uma aceleração maior numa bola de tênis do que num automóvel, isto é, quanto maior a massa
de um corpo mais força será necessária para produzir uma dada aceleração. Esse princípio estabelece uma
proporcionalidade entre causa (força) e efeito (aceleração).
Isaac Newton estabeleceu esta lei básica que analisa as causas gerais dos movimentos, relacionando as forças
aplicadas a um ponto material de massa m constante e as acelerações que a provocam. Considerando como FR a soma
vetorial (resultante) de todas as forças aplicadas e a a aceleração adquirida, a segunda Lei de Newton estabelece:
No Sistema Internacional de unidades (SI) a unidade de massa é o quilograma (kg) e a unidade de aceleração
é o metro por segundo ao quadrado (m /s2).
Aplicando o princípio fundamental da Dinâmica, temos a unidade de força newton (N).
ρ
FR = m ⋅ a
m
1N=
kg ⋅ 2
s
Um newton (N) é a intensidade da força que, aplicada à massa de 1 kg, produz na sua direção e no seu sentido
um movimento de aceleração de 1 m /s2.
No sistema CGS a unidade de massa é grama (g), a unidade de aceleração e o centímetro por segundo ao
quadrado (cm/s2) e a unidade de força e o dina (dyn).
- 191 -
E07. Qual o valor, em newtons, da força média necessária para fazer parar, um percurso de 20 m, um automóvel de
1,5⋅103 kg a uma velocidade de 72 km/h?
E08. Duas forças, F1 e F2 , aplicadas a um mesmo ponto, são perpendiculares entre si. Sabendo que suas intensidades
são respectivamente iguais a 12 N e 16 N, determine:
a) a intensidade resultante das forças;
b) a aceleração da partícula, que tem 4 kg de massa.
- 199 -
Testes
T01. Um corpo de massa m = 0,5 kg está sob a ação das duas forças colineares,
T04. (UFAL) Um carrinho de massa m = 25 kg é puxado por uma força resultante horizontal F = 50 N. De acordo
com a Segunda lei de Newton, a aceleração resultante no carrinho será, em m /s2, igual a:
a) 1250 b) 50 c) 25 d) 2 e) 0,5
T05. (Fatec-SP) Uma motocicleta sofre aumento de velocidade de 10 m/s para 30 m/s enquanto percorre, em
movimento retilíneo uniformemente variado, a distância de 100 m. Se a massa do conjunto piloto + moto é de 500
kg, pode-se concluir que o módulo da força resultante sobre o conjunto é:
a) 200 N b) 400 N c) 800 N d) 2000 N e) 4000 N
T06. (UFPE) Um objeto de 2,0 kg descreve uma trajetória retilínea, que obedece à equação horária s = 7t 2 + 3 t + 5,
na qual s é medido em metros e t em segundos. O módulo da força resultante que está atuando sobre o objeto é:
a) 10 N b) 17 N c) 19 N d) 28 N e) 35 N
- 200 -
T07. Abaixo, apresentamos três situações do seu dia-a-dia que devem ser associados com as três leis de Newton.
T08. Dadas as afirmações:
I. Um corpo pode permanecer em repouso quando solicitado por forças externa.
II. As forças de ação e reação têm resultante nula, provocando sempre o equilíbrio do
corpo em que atuam.
III. A força resultante aplicada sobre um corpo, pela Segunda Lei de Newton, é o
produto de sua massa pela aceleração que o corpo possui.
Podemos afirmar que é(são) correta(s):
a) I e II b) I e III c) II e III d) I e) I, II e III
- 201 -
Equilíbrio Estático
A condição de equilíbrio mostrado na Figura 1, onde
não existe movimento, será chamado de equilíbrio estático.
Esta situação é de muita importância na área de Engenharia,
onde muitas vezes você está interessando em estudar os
efeitos de forças externas em estruturas que não possuem
movimento como mostrado na Figura 2.
Exemplo 01: Considere um móbile preso a um teto, com duas peças metálicas
presas por uma corda de massa desprezível, conforme a figura ao lado. Calcule a
tensão na corda inferior e na corda superior. Levar em conta que g = 10m/s 2.
Resolução: Para resolvermos esse problema vamos rotular m 1 = 3,5 kg e m 2 = 4,5
kg, assim, P1 = 3,5 ⋅ 10 = 35N e P 2 = 4,5 ⋅ 10 = 45N.
Agora devemos desenhar o diagrama de forças para cada uma dessas massas. Na
figura abaixo a tensão na corda inferior será chamado de T 2 e na corda inferior T 1.
- 205 -
Como o sistema está em equilíbrio estático devemos usar o somatório de forças igual à zero.
• Começando com a massa m2 temos: F Ry = 0 → T 2 − P 2 = 0 → T 2 = P 2 → T 2 = 45 N .
Veja que temos que fazer a somatória das forças em x e y, contudo, devemos
calcular as componentes das forças em x e y.
Devemos reparar que a força peso já está colocada no eixo y (lembre-se que
a força peso sempre aponta para baixo).
Usando o conhecimento adquirido no capítulo anterior, sobre Trigonometria do Triângulo Retângulo, temos:
T1x = T1 cos 45 0 = T1 0,71 = 0,71T1
T1y = T1sen 45 0 = T1 0,71 = 0,71T1
Devemos fazer o mesmo para T 2:
T2 x = T2 cos 45 0 = T2 0,71 = 0,71T2
T2 y = T2 sen 45 0 = T2 0,71 = 0,71T2
Agora podemos fazer a soma de todas as forças em x e y:
FRx = 0 → 0,71T1 − 0,71T2 = 0
FRy = 0 → 0,71T1 + 0,71T2 − 600 = 0 → 0,71T1 + 0,71T2 = 600.
Obtivemos um conjunto de equações lineares. Na literatura existem várias maneiras de resolver sistemas de equações,
aqui usaremos a mais tradicional.
- 206 -
Usando a equação em x: FRx 0 ,71
= 0 → 0 ,71T1 − 0 ,71T2 = 0 → 0 ,71T1 = 0 ,71T2 → T1 = T = T2 .
0 ,71 2
Vamos substituir a relação acima na resultante em y:
0,71T1 + 0,71T2 = 60 → 0,71(T2 ) + 0,71T2 = 600 → 0,71T2 + 0,71T2 = 600
600
1,42T2 = 600 → T2 = = 422,5N.
1,42
Para calcular a tração T 1 devemos usar a relação: T1 = T2 = 422 ,5 N .
Veja que temos que fazer a somatória das forças em x e y, contudo, devemos calcular as componentes das forças
em x e y. Usando a mesma metodologia do exemplo anterior:
T1x = T1 cos 30 0 = T1 0,87 = 0,87 T1
T1y = T1sen 30 0 = T1 0,5 = 0,5T1
Devemos fazer o mesmo para T 2:
T2 x = T2 cos 60 0 = T2 0,5 = 0,5T2
T2 y = T2 sen 60 0 = T2 0,87 = 0,87 T2
Agora podemos fazer a soma de todas as forças em x e y:
FRx = 0 → 0,87T1 − 0,5T2 = 0
FRy = 0 → 0,5T1 + 0,87T2 − 80 = 0 → 0,5T1 + 0,87T2 = 80.
- 207 -
T04. O corpo M representado na figura pesa 80 N e é mantido em equilíbrio por
meio da corda AB e pela ação da força horizontal F de módulo 60 N.
Considerando g = 10m/s2, a intensidade da tração na corda AB, suposta ideal,
em N, é:
a) 60
b) 80
c) 100
d) 140
e) 200
- 218 -
T08. Um bloco de madeira de massa 400 g é arrastado sobre uma superfície horizontal, a partir do repouso, por uma
força constante de 2,0 N, também horizontal. Sabendo que a aceleração do corpo é 1,0 m/s 2, a força de atrito entre o
corpo e a superfície horizontal, em newtons, vale:
a) 0 b) 0,4 c) 0,8 d) 1,6 e) 2,4
T09. Um bloco de massa 5,0 kg é lançado horizontalmente, com uma velocidade inicial de 72 km/h, sobre uma
superfície horizontal, parando após percorrer 80m. Considerando que a aceleração da gravidade igual a 10 m/s 2, o
coeficiente de atrito entre o bloco e a superfície vale:
a) 0,10 b) 0,25 c) 0,40 d) 0,50 e) 0,75
T10. Considerando o exercício anterior, marque a opção referente ao tempo que o bloco chegou a v = 0.
a) 8s b) 10s c) 14s d) 20s e) 23s
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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