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INSTITUTO DE LETRAS E LINGÜÍSTICA
COLEGIADO DO CURSO DE LETRAS
CURSO DE LETRAS
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LETRAS
UBERLÂNDIA
2007
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA 2
INSTITUTO DE LETRAS E LINGÜÍSTICA
COLEGIADO DO CURSO DE LETRAS
SUMÁRIO
Nome dos membros da Comissão e Colegiado.................................................. 03
Dados de Identificação ........................................................................................ 04
Considerações iniciais.......................................................................................... 05
A Trajetória Histórica do Curso............................................................................ 09
Infraestrutura do Instituto de Letras e Lingüística .............................................. 18
Princípios e Fundamentos da Concepção TeóricoMetodológica ....................... 24
Principais modificações introduzidas no novo currículo...................................... 32
Perfil do Egresso ...............................................................................................… 34
Objetivos ............................................................................................................. 38
Proposta pedagógica do curso............................................................................ 40
Diretrizes Gerais para os Processos de Avaliação ............................................. 45
Atividades complementares................................................................................. 62
Concepção da Estrutura Curricular ..................................................................... 69
Opção de curso.................................................................................................... 88
Equivalência Curricular ....................................................................................…. 89
Considerações Finais ........................................................................................... 90
Fichas de Disciplinas ...........................................................................................
Anexos .............................................................................................................…
1. Normas para Organização e Funcionamento das Práticas
como Componente Curricular .......................................................................
2. Normas do Estágio Curricular Supervisionado em Letras.......................…
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
INSTITUTO DE LETRAS E LINGÜÍSTICA
COLEGIADO DO CURSO DE LETRAS
MEMBROS DA COMISSÃO PARA ELABORAÇÃO DO PLANO
PEDAGÓGICO (2003/2005)
Maria Madalena Bernadeli (Coordenadora 2003/2005)
Maria Abadia Brígida Carvalho (Secretária)
Elezir Alves Buso e
Célio de Oliveira Pena (Secretários da Coordenação)
Maria Carolina Mendes de Paula, Juscelino Pereira de Souza e Carlos Gustavo de
Lacerda Stein (representantes discentes)
Eduardo José Tolendall (Núcleo de Literatura)
Waldenice Moreira Cano, Eduardo Alves Rodrigues
(Núcleo de Língua Portuguesa e Lingüística)
Maria Bernadete G. Santos (Núcleo de Latim)
Ana Rosa Leonel e Giovanni Ferreira Pitillo
(Francês – Núcleo de Línguas e Literaturas Estrangeiras)
Maria de Fátima Fonseca Guilherme de Castro e Carla Nunes Vieira Tavares
(Inglês– Núcleo de Línguas e Literaturas Estrangeiras)
Lázara Cristina da Silva (Pedagogia).
Dados de I dentificação
· Denominação: Curso de Letras
· Modalidades oferecidas:
– Licenciatura simples
· Habilitações:
1. Licenciatura Plena em Letras (Habilitação em Francês e literaturas da
língua francesa noturno);
2. Licenciatura Plena em Letras (Habilitação em Inglês e literaturas da
língua inglesa matutino e noturno);
3. Licenciatura Plena em Letras (Habilitação em Português e literaturas
da língua portuguesa matutino e noturno).
· Titulação conferida: Licenciado em Letras – Habilitação em (nome da
habilitação)
· Possibilidade de mais de uma titulação, cursada em quaisquer turnos,
desde que dentro do prazo máximo de integralização da primeira
titulação
· Ano de início de funcionamento do curso: 1960
· Duração dos cursos:
– Oito (08) semestres (Carga Horária: 2.930 h)
Prazo regular: 4 anos
Prazo mínimo: 3 anos
Prazo máximo: 6 anos e meio.
· N o do ato de reconhecimento do curso:
– Decreto n o 56477, de 23 de janeiro de 1964.
· Regime Acadêmico: semestral, com entrada anual, matrícula por
disciplina.
· Turnos de oferta: matutino e noturno.
· Número de vagas oferecidas: 80 vagas anuais.
Endereços:
· Da Instituição: Universidade Federal de Uberlândia
Campus Santa Mônica
Avenida João Naves de Ávila, 2121 Cep 38408100
· Da Unidade: Instituto de Letras e Lingüística
Campus Santa Mônica Bloco U Sala 1U206
Tel (34) 32394162 – (Telefax) 3432394254
· Do Curso: Campus Santa Mônica Bloco G – Sala 1G 251
Telefax (34) 32394124
email: cocle@ileel.ufu.br
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CONSI DERAÇÕES I NI CI AI S
alunos do noturno, que não puderam comparecer às duas etapas
anteriores.
A partir dessa jornada, foi necessário rever algumas posições
do Colegiado anterior. Como a minuta do Projeto elaborada pelo
Colegiado anterior ainda não havia sido apresentada aos membros da
comunidade acadêmica do ILEEL, algumas propostas, tais como o
regime do curso e a sua duração, despertaram polêmica, tendo em
vista que a proposta de regime anual, de certa forma, contraria a
orientação do Ministério da Educação.
O MEC sinaliza que a semestralidade imprime uma dinâmica de
integralização mais produtiva; também o aumento da duração do
curso, de quatro (4) para cinco (5) anos, para as licenciaturas
simples, com possibilidade de complementação para a dupla em mais
dois anos, totalizando sete (7) anos para a integralização de uma
licenciatura dupla, vai de encontro às orientações do MEC, que
propõe cursos de graduação mais curtos e dinâmicos. Dessa forma,
novo cronograma de trabalho foi elaborado, tendo o Colegiado se
debruçado novamente sobre o Projeto Pedagógico, na tentativa de
adequar a proposta da Comissão anterior às orientações do MEC e às
sugestões das comunidades discente e docente do ILEEL.
Para envolver toda a comunidade acadêmica ligada ao Curso de
Letras, e evitar a convocação de numerosas assembléias, os núcleos
discutiram as novas propostas levadas por seus representantes no
Colegiado que retornaram ao Conselho do Curso com o
posicionamento da maioria da comunidade do Curso de Letras.
A elaboração do Plano Pedagógico foi desenvolvida em
consonância com as especificações legais para a alteração dos
cursos de licenciatura, preservando, contudo, as concepções
historicamente construídas ao longo da consolidação do Instituto de
Letras e Lingüística (ILEEL) e, ainda, considerando a necessidade de
construção de uma identidade própria para a Licenciatura em Letras,
de modo a priorizar as características de independência intelectual
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vezes pouco afeitos à sua opção profissional dentro da área de
Letras.
Quanto ao Bacharelado, supunhase que viesse atender ao
anseio de uma parte do universo discente interessada na formação
acadêmica do Curso, mas sem nenhuma intenção de trabalhar em
sala de aula do 1º e 2º Graus.
Evidentemente, esta reforma, além de aumentar com relação
às perspectivas futuras, aumentou também a expectativa do corpo
docente quanto à possibilidade de capacitação e quanto a uma carga
de trabalho bem maior. A tônica dessa reforma era constituída por
uma expansão das vagas discentes e o preenchimento obrigatório
das mesmas, já que a Instituição estava se curvando à política
educacional brasileira da época.
No processo de aprovação dessa reforma foram “negociadas”
mais vagas para o Curso, sem a previsão do aumento do corpo
docente. O Curso de Letras passou então, a oferecer duzentas e
quarenta (240) vagas totalmente preenchidas, divididas em duas
entradas semestrais de cento e vinte (120) alunos. Essa entrada
semestral de cento e vinte (120) alunos exigia, no mínimo, três (3)
turmas das disciplinas do período, o que se agravava à medida que
se avolumavam repetentes e, no caso de algumas disciplinas dos
períodos iniciais, essa distorção levava à necessidade de
oferecimento de até seis turmas, sobrecarregando a oferta de
disciplinas obrigatórias e optativas para outros períodos do Curso.
Este número representava 10% do número total de vagas
oferecido pela UFU, enquanto que o número de docentes que
atendiam ao Curso não representava a mesma proporção, ou seja,
em mil e cem (1100) professores, representavam apenas 5%. Tal
número apresentavase como irreal para o contexto da região e da
própria Universidade. Verificouse que havia, na região, um número
bastante expressivo de Instituições que também ofereciam cursos
de Letras, e comparando o oferecimento de vagas de outros cursos
12
da UFU, que não apresentavam nenhuma outra Instituição de Ensino
Superior da região, o número de vagas do Curso de Letras tornouse
injustificável. Nem mesmo o número de vagas ociosas no mercado
de trabalho sensibilizava a escolha profissional dos ingressantes, o
que podia ser notado pela quantidade de alunos formados pelo curso
que não ingressaram na carreira profissional.
Quanto à situação da Universidade, considerouse que a
maioria dos cursos existentes na UFU caracterizavase por uma
entrada de 80 alunos por ano. Entre esses, alguns apresentavam
grande procura, em vista do mercado de trabalho favorável e/ou do
prestígio profissional.
Este não era o caso do Curso de Letras que não oferecia
mercado de trabalho atrativo, nem tampouco prestígio profissional.
O que havia sido observado dentro do cotidiano do Curso, a partir,
inclusive, de falas explícitas de alunos, é que muitos dos
ingressantes buscavam unicamente uma oportunidade fácil de entrar
em um curso universitário, dada a falta de concorrência na segunda
fase do vestibular, e o preenchimento obrigatório de todas as vagas.
Em vista desse oferecimento irreal de vagas, o perfil do aluno
do Curso de Letras ficara descaracterizado. Essa descaracterização
ocorria em decorrência de que não existia, por parte da maioria dos
alunos, interesse, compromisso, envolvimento e sequer
conhecimento dos pressupostos fundamentais do Curso. Embora
existissem alunos conscientes de sua opção de curso e de sua futura
opção profissional, essa postura definida acaba dissolvendose em
um número expressivo de alunos que, tendo entrado somente pela
facilidade do ingresso, vagueiam pelo Curso, inviabilizando sua
operacionalização.
Oito semestres depois de efetivamente implantado o currículo
do primeiro semestre de 1991, quando deveriam estar se formando,
dentre os cento e vinte (120) alunos que ingressaram naquele
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série de medidas para solucionar os problemas. O pedido foi acatado
pelo CONCEHAR, mas o CONSEP – Conselho de Ensino e Pesquisa e
Extensão da UFU, na ocasião, em reunião com o Coordenador, Chefe
de Departamento e professores do Curso, entendeu que o não
oferecimento de vagas em 95/1º para o Curso poderia causar um
impacto muito negativo na comunidade externa, decidindo por
oferecer 20 vagas. Além disto, o CONSEP solicitou, na referida
reunião, um estudo a ser realizado pela Coordenação do Curso de
Letras, para uma adequação definitiva do número de vagas a ser
encaminhado ao CONSEP, até ao final de 1994. Também solicitou
estudos mais amplos de reforma curricular, que deveriam estar
finalizados até março de 1995.
Em dezembro de 1994, o Colegiado enviou documento
bastante minucioso ao CONCEHAR (Conselho do Centro de Ciências
Humanas e Artes), solicitando adequação das vagas do Curso de
Letras de duzentos e quarenta (240) por ano para cento e vinte
(120), ou seja, sessenta (60) vagas por semestre, número este
aprovado no referido Conselho. No entanto, quando do relato do
processo junto ao CONSEP, este conselho entendeu que a solicitação
da adequação do número de vagas deveria ser apresentada junto
com a proposta de redimensionamento do currículo e de mudanças
estruturais que o tornassem viável e com a qualidade desejada.
Assim, o processo retornou ao Colegiado para o cumprimento das
diligências. Em abril de 1996, a proposta submetida àquele
conselho foi aprovada no Colegiado do Curso de Letras e, em 19 de
junho de 1996, aprovada no CONCEHAR. Em novembro do mesmo
ano, este processo foi enviado ao professor Edsonei Pereira Parreira,
tendo sido devolvido em abril de 1997, sem ter sido relatado, pois o
referido professor não era mais membro do Conselho.
Posteriormente, em 26 de maio de 1997, o processo foi enviado pela
Secretaria Geral à professora Ana Maria Coelho Carvalho, relatora do
CONSEP. A relatora do processo deu o seguinte parecer em 29 de
15
agosto de 1997: que o processo retornasse ao Colegiado do Curso
de Letras para revisão de pontos levantados na análise,
considerando que o número de vagas é diretamente relacionado à
estrutura do curso e, naquele momento, não havia como aprovar as
alterações curriculares, face aos problemas levantados; que o
processo retornasse ao CONSEP em tempo hábil para a implantação
das reformas curriculares no segundo semestre de 1998, que as
vagas para o Curso de Letras ficassem fixadas em oitenta (80) para
o vestibular do primeiro semestre de 1998, para constar do edital do
vestibular que seria analisado e aprovado em agosto/setembro de
1997; que a definição do número de vagas para o Curso de Letras
ocorresse, em caráter definitivo, juntamente com a aprovação dos
novos currículos. Em 11 de setembro de 1998, foi encaminhada a
versão final da proposta de ajuste curricular, contemplando todas as
alterações que se fizeram necessárias durante o processo de
revisão. Em 9 de outubro de 1998, foi aprovado na 236ª reunião do
CONSEP, o projeto de adequação de vagas para o Curso de Letras.
Foram fixadas oitenta (80) vagas por semestre, além suspensão dos
bacharelados por oito (8) semestres, a partir do primeiro semestre
de 1999, sendo avaliados, após este período, a pertinência ou não
da continuidade dos mesmos. Todas as habilitações passaram a ter
oito (8) semestres de duração (4 anos), reduzindose assim o
quadro de disciplinas obrigatórias para as licenciaturas duplas, que
tinham a duração de cinco anos; foi simplificado o rol de optativas;
foi feita a adequação da carga horária das práticas de ensino para
300h (nova LDB) e retirada a disciplina Educação Física dos
fluxogramas. O currículo foi implantado no segundo semestre de
1999, observandose as normas elaboradas de adaptação dos alunos
ao currículo novo.
A composição atual das grades curriculares do Curso de Letras
apresenta um quadro de integralização de créditos semestral, a ser
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Com esse currículo, o Curso de Letras já foi avaliado pelo MEC
seis vezes, sendo que nas últimas cinco avaliações (Provão) recebeu
conceito A, o que demonstra que os esforços despendidos em busca
da qualidade não são inúteis.
Durante todo esse período, estiveram suspensos os
Bacharelados, tendo em vista a pequena procura e a dificuldade de
mercado para um bacharel em Letras.
O caráter estável da Língua Portuguesa nos currículos das
escolas de ensino elementar e médio, assim como a necessidade de
aprofundamento no conhecimento de língua estrangeira pelo
profissional de Letras, são fatores que configuram a Licenciatura
Dupla como a opção mais escolhida pelos alunos do curso de Letras
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da UFU. Um levantamento feito pelo atual Colegiado mostra que a
opção pelo currículo da licenciatura dupla com habilitação em
Português e em Inglês e respectivas literaturas representa cerca de
sessenta por cento (60%) das opções do curso. O Colegiado acredita
que esse currículo pode contemplar de forma mais eficiente e
dinâmica as demandas e oscilações do atual mercado de trabalho do
profissional de Letras. Em segundo lugar, com aproximadamente
vinte por cento (20%) do efetivo de alunos, encontrase a
licenciatura simples com habilitação em Português e as literaturas
portuguesa e brasileira. Em terceiro lugar, com mais de doze por
cento (12%) das opções, está a opção pela licenciatura dupla
Português/Francês e respectivas literaturas, oferecida apenas à noite.
Embora a opção de curso seja feita atualmente ao final do primeiro
semestre letivo, o aluno que ingressou pelos processos seletivos
Vestibular ou PAIES nas vagas do turno matutino não pode optar pela
referida habilitação, a não ser que faça permuta com algum aluno do
noturno que não queira mais freqüentar aquele turno, de forma
definitiva. Por essa razão, a cada semestre, inúmeras opções para a
licenciatura Português/Francês são indeferidas, por não haver com
quem se fazer a permuta, visto que uma grande parte dos alunos do
Curso de Letras começa a trabalhar antes de concluir o curso, ou já
trabalhava ao ingressar nele.
O quadro discente do Curso de Letras é composto, em grande
parte, por alunos de Uberlândia e cidades circunvizinhas, mas
também provenientes de outras cidades de Minas Gerais e de outros
estados, principalmente de Goiás e São Paulo.
A relação candidatovaga, nos últimos vestibulares, para as 80
(oitenta) vagas semestrais, foi de aproximadamente 7/1 (diurno) e
8/1 (noturno) em janeiro e 5/1 (diurno) e 8/1 (noturno) em julho.
O quadro docente do Curso de Letras é composto, atualmente,
por quarenta e um (41) professores efetivos, sendo trinta (30)
professoresdoutores, quatro (04) doutorandos, sete (07) mestres,
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I nfraestrutura do I nstituto de Letras e Lingüística para o
desenvolvimento das atividades docentes
a. Laboratórios P edagógicos de Línguas
Para a realização de atividades de pesquisa, ensino e extensão,
o Curso de Letras conta com nove (09) Laboratórios Pedagógicos.
Esses Laboratórios são salas de aula ambientadas especialmente para
o ensino de Línguas Estrangeiras, contando com infraestrutura
audiovisual, ponto de Internet, sendo três (03) delas com TV e
DVD/vídeo; além dessas salas, há armários móveis contendo TV e
DVD/vídeo, que podem ser deslocados para uso em salas comuns.
b. Laboratório Pedagógico de Prática de Ensino
O discente do Curso de Letras conta com uma sala ambiente
destinada às atividades de Prática de Ensino, contendo computador,
impressora, acesso à Internet, TV, DV, vídeo, gravador de som,
acervo bibliográfico e diversos recursos didáticos para subsidiar as
ações pedagógicas dos professores em formação.
c. Laboratório de Línguas
d. Coordenação de Extensão e Educação Continuada em Letras
e. Laboratório Multimídia de P rojetos
f. Laboratórios de Informática
Os alunos do Curso de Letras, além dos laboratórios de projetos,
específicos para alunos sob orientação, têm acesso aos computadores
do Diretório Acadêmico e da Sala de Monitoria, nas instalações do
Bloco G, e dos seguintes laboratórios de informática compartilhados
com alunos de outros cursos:
a) BLOCO U – SALA 1U108 – de 7h30 às 11h30 e de 13h às 17h, de
segunda à sextafeira;
b) BLOCO H – SALA H01 de 8h às 11h30, de 13h às 17h e de 19h
às 21h30, de segunda à sextafeira;
c) BLOCO B – LAB. 01(Sala 01), LAB. 05(Sala 05) e LAB. 06(Sala 06)
– de 7h às 22h, de segunda à sextafeira e de 7h às 11h30, aos
sábados.
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g) Central de Línguas
Os alunos do Curso de Letras dos Programas de PósGraduação
do ILEEL contam com a Central de Línguas como um laboratório de
ensino, pesquisa e extensão. A CELIN atende a aproximadamente
800 alunos com cursos de alemão, espanhol, francês, inglês e italiano
em diversos níveis e suas atividades servem como campo de estágio
e de investigação para os corpos discente e docente do ILEEL.
h) Hall de Estudos
Os alunos do Curso de Letras dispõem de um espaço para
reuniões em grupo e para atendimentos coletivos em área reservada
próxima aos gabinetes dos docentes, ambientado adequadamente
para favorecer a concentração e facilitar a interação.
i) Gabinetes dos Docentes
j) Sala Multimídia
Para atender aos alunos do Curso de Graduação e de Pós
Graduação, o ILEEL oferece infraestrutura moderna para projeção de
arquivos, multimídia, com acesso à Internet, datashow, DVD, TV,
Vídeo, som ambiente, climatização, tela de projeção e mobiliário
confortável.
k) Sala para grupos de estudo
Os alunos do Curso de Letras são estimulados a participar de
grupos de estudos em torno de projetos de ensino, pesquisa e
extensão em desenvolvimento no âmbito do ILEEL e, para esse fim,
contam com sala multimeio, contando com TV/DVD/víeo, tela para
projeção, retroprojetor, ponto de rede, aparelho de som e mobília
adequada.
l) Salas de Grupos de Pesquisa
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m. Coordenadoria de Eventos
O ILEEL é responsável igualmente por vários eventos regulares
e significativos no calendário das Letras: o SILEL (Seminário Nacional
de Letras e Lingüística), já em sua décima primeira edição, e no ano
de 2006, sua primeira edição internacional, é promovido a cada dois
anos; o SEMAD (Seminário de Análise do Discurso), preparase para,
em 2007, promover seu terceiro encontro anual; o SEPELLA
(Seminário de Pesquisa em Lingüística e Lingüística Aplicada), que
vem sendo promovido pelo Programa de Mestrado em Lingüística há
4 anos. Para dar suporte aos eventos, o ILEEL dispõe de uma
Coordenadoria e Eventos que oferece apoio técnico e logístico, com
infraestrutura de equipamentos e de visando a realização de eventos
acadêmicos.
c. Revista Letras & Letras
Para a elaboração do Projeto Pedagógico, o Curso de Letras foi
rediscutido visando ao atendimento das novas diretrizes do MEC
para os cursos de licenciatura, adequandose às 800 horas de
Estágio Supervisionado e Práticas Educativas. Ao mesmo tempo, o
Colegiado resolveu fazer uma nova proposta curricular, tendo em
vista atender às necessidades prementes do curso.
Uma delas é a suspensão das modalidades Bacharelado em
Português, Bacharelado em Inglês e Bacharelado em Francês, por
um prazo de 5 anos, visto que, da forma como eram estruturados no
atual currículo, não proporcionavam ao aluno nenhuma vantagem
em relação ao seu futuro profissional imediato. Devido à urgência de
adequação das Licenciaturas à nova lei das 800 h de Estágio
Supervisionado e Práticas Educativas, não será possível implementar
em 2008 um novo tipo de Bacharelado, ainda em estudo, que
objetiva uma carreira profissional para o Bacharel em Letras,
sobretudo para a área de Línguas Estrangeiras, notadamente na
área de Tradutor e Intérprete ou de Secretariado Bilíngüe.
Uma recente reivindicação da comunidade, a criação de uma
habilitação em Língua Espanhola, também fez parte dos estudos do
Colegiado. Sua concretização, no entanto, depende da contratação
de professores, criação de vagas, e adequação ao currículo. Uma
Comissão nomeada visando à elaboração desta nova linha de
formação específica já montou o currículo e elaborou as fichas de
disciplina de Língua e Literaturas de expressão espanholas e o
Colegiado pretende concretizála logo que possível.
Outra modificação que se fazia necessária era a concepção de
uma grade curricular mais flexível, que se adequasse às idéias de
construção do conhecimento e autonomia do aluno que subjazem
33
nas Diretrizes Nacionais Curriculares para o Curso de graduação em
Letras. O estudo feito levou em consideração disciplinas que não
tivessem tantos prérequisitos que, no atual currículo, dificultam a
integralização do curso caso o aluno tenha perdido vaga ou tenha
sido reprovado em uma das disciplinas que são pré ou corequisitos
de outras disciplinas em níveis mais avançados. Esse engessamento
do currículo torna difícil o acompanhamento das matrículas dos
alunos do curso de Letras até para o Controle Acadêmico da UFU,
havendo inúmeros casos de pedido de quebra de prérequisito pelo
fato de o aluno já ter terminado o curso, tendo terminado as
disciplinas finais, cursando após o pré ou o corequisito das referidas
disciplinas.
O atual Colegiado buscou, pois, construir um projeto original e
inovador, para atender, também, ao Artigo 14 das Diretrizes
Curriculares Nacionais, que enfatiza a necessidade de uma maior
flexibilidade dos cursos de graduação em Letras. Este Artigo, em seu
parágrafo primeiro, afirma que “a flexibilidade abrangerá as
dimensões teóricas e práticas, de interdisciplinaridade, dos
conhecimentos a serem ensinados, dos que fundamentam a ação
pedagógica, da formação comum e específica, bem como dos
diferentes âmbitos do conhecimento e da autonomia intelectual e
profissional”.
Tal proposta foi prontamente entendida e acatada pelos corpos
docente e discente do Curso de Letras, assim como os técnicos
administrativos do ILEEL, sobretudo aqueles ligados à Coordenação
do Curso de Letras que com ela colaboraram prontamente, de forma
cuidadosa e bastante profissional.
34
A análise do mercado de trabalho atual relativo à área de Letras
aponta para espaços que demandam profissionais cuja formação
resulte de diferentes áreas do saber e de distintas modalidades de
formação. Alguns desses espaços são:
· Competências e habilidades do graduado em Letras
Para o bom êxito do perfil acima estabelecido e em consonância
com o Art. 6 º das Diretrizes Nacionais, considerase fundamental que
o graduando tenha, ao terminar sua habilitação no curso de Letras
ILEEL/UFU, as seguintes competências :
· compreensão do papel social da escola;
· domínio do conhecimento pedagógico;
· gerenciamento do próprio desenvolvimento profissional;
· capacidade de síntese, de análise e de crítica;
· capacidade de resolução de problemas em contextos novos e
imprevisíveis;
· autonomia intelectual para buscar e construir os conhecimentos
e as práticas;
· capacidade de compreensão da atuação profissional a partir de
uma visão ampla dos processos históricos e sociais.
36
· domínio do uso da língua portuguesa em sua variante padrão,
bem como compreensão crítica das variantes lingüísticas, nas
suas manifestações oral e escrita, nas perspectivas sincrônica e
diacrônica;
· compreensão crítica das condições de uso da linguagem, das
restrições internas e externas das atividades discursivas, de seu
uso e adequação em diferentes situações de comunicação, da
heterogeneidade mostrada e constitutiva nos discursos,
capacidade de reflexão sobre a linguagem como um fenômeno
semiológico, psicológico, social, político e histórico;
· domínio de línguas estrangeiras em suas diferentes
modalidades, oral e escrita, nos registros formal e informal;
· domínio teórico e crítico dos componentes fonológico,
morfossintático, léxico e semântico de uma língua;
· domínio de diferentes noções de gramática;
· compreensão do processo de aquisição da linguagem de modo
a promover um melhor entendimento dos problemas de ensino
e aprendizagem da língua materna e de línguas estrangeiras;
· domínio crítico de um repertório representativo de literaturas,
brasileira e estrangeiras;
· visão crítica das perspectivas teóricas adotadas nas
investigações lingüísticas e literárias, incluindo fundamentação
teórica atualizada e raciocínio crítico e independente em relação
às diferentes correntes teóricas;
· preparação profissional atualizada, de acordo com a dinâmica
do mercado de trabalho, incluindo a utilização dos recursos da
informática;
37
· consciência dos diferentes contextos culturais e interculturais e
sua influência no funcionamento da linguagem, bem como para
o ensino de competências lingüísticas;
· domínio dos conteúdos básicos que são objeto dos processos de
ensino e aprendizagem no ensino fundamental e médio;
· domínio das abordagens, métodos e técnicas pedagógicas que
favoreçam a construção de conhecimentos para os diferentes
níveis de ensino.
Esperase, sobretudo, que o profissional em Letras assuma um
compromisso com a ética, com a responsabilidade social e
educacional, e com as conseqüências de sua atuação no mercado de
trabalho; e que tenha senso crítico para compreender a importância
da busca permanente da educação continuada e do aprimoramento
profissional.
· Objetivos específicos
O Instituto de Letras e Lingüística busca atender à formação de
profissionais de Letras dotados de competências e de atitudes
voltadas para o exercício pleno da profissão em um mercado
caracterizado pela modernização crescente, pela complexidade do
mundo moderno, pelo crescente aumento da importância da
Linguagem em diferentes espaços profissionais, bem como para o
exercício pleno da cidadania e da responsabilidade ética e social.
A formação do professor de educação básica forma a base da
proposta pedagógica do Curso de Letras ILEEL/UFU e sempre
constituiu, desde a sua fundação, seu foco principal. A formação de
professores constitui um compromisso maior do Instituto de Letras e
Lingüística e uma realidade de mercado para os profissionais de
Letras, além de ser uma necessidade estratégica do país no eixo
educacional. Nesse sentido, a proposta pedagógica do curso de Letras
foi construída em total harmonia com as novas Diretrizes curriculares
do Curso de Letras, instituídas pela resolução CNE/CP1, de 18 de
fevereiro de 2002, para a formação de professores da educação
básica, em nível superior, em curso de licenciatura de graduação
plena.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais dão ênfase no Ensino
Fundamental e no Ensino Médio à formação geral sobre a formação
41
A pesquisa constitui, dentro da proposta pedagógica do curso, a
base do processo de ensino e de aprendizagem, uma vez que ensinar
requer dispor de conhecimentos, refletir criticamente sobre eles e
mobilizálos para a ação. Mais do que identificar os conhecimentos
existentes, o que seria simples tarefa de reconhecimento, é preciso
compreender o processo de construção do conhecimento, seus
fundamentos históricos, sociais e epistemológicos.
O processo de ensinoaprendizagem deve ser orientado por um
princípio metodológico geral, que pode ser traduzido pela ação
reflexãoação e que aponta a resolução de situaçõesproblema como
uma das estratégias didáticas privilegiadas. Nesse sentido, e em
harmonia com as Diretrizes Nacionais, a dimensão da pesquisa não
deve constituir apenas um espaço de ação institucional, mas uma
prática constante e inerente ao próprio processo de ensinar e de
aprender, perpassando todos os momentos da formação. Deve estar
presente na extensão, através das ações reflexivas sobre cada
atividade; deve estar presente na sala de aula, nas práticas reflexivas
sobre os conhecimentos, no processo de avaliação formativa, como o
momento de desenvolvimento do raciocínio lógico e da capacidade de
resolução de problemas.
Entendese, portanto, a pesquisa como uma dimensão
constitutiva da formação. Institucionalmente, a pesquisa também tem
seus lugares específicos de inscrição e de organização, quando são
reunidas em projetos pontuais, com objetos prédefinidos e sob
orientação docente, tais como os programas de iniciação científica
(PIBIC e PIBEG).
43
O Curso de Letras do ILEEL compreende a extensão como uma
dimensão intrinsecamente relacionada ao ensino e à pesquisa. Nesse
sentido, o Centro de Extensão e Estudos Continuados em Letras tem
como objetivo o intercâmbio dos conhecimentos produzidos pela
Faculdade e a comunidade em que está inserida através de projetos
de extensão, tais como:
Educação continuada para professores de Língua Portuguesa e de
Línguas Estrangeiras;
O desenvolvimento de projetos centrados sobre o texto – oral e
escrito e sua circulação nas sociedades;
A oferta de cursos de línguas modernas, pela Central de Línguas,
abertos ao público em geral, permitindo o desenvolvimento da
prática de ensino pelos alunos do curso de Letras, de pesquisas
sobre ensino e aprendizagem de línguas, bem como a interação
entre os saberes e as práticas produzidas no curso e a
comunidade em geral.
Para a preparação de alunos que irão ingressar nos cursos de pós
graduação (mestrado e doutorado), o CECLE dispõe atualmente
de cursos especiais de leitura e compreensão de textos (cursos
instrumentais) em inglês, de acordo com projeto pedagógico de
formação de professores integrado ao ensino e extensão do
ILEEL. Os estagiários dos Estágios Supervisionados de Práticas
de Ensino de Inglês são supervisionados pelos professores
orientadores de estágio através de visitas às salas de aula,
reuniões, workshops e grupos de estudo. Os alunos contam com
o acervo de materiais didáticos dos setores de apoio ao docente
do ILEEL, tais como o Laboratório de Línguas e o CECLE.
O curso de Português para Estrangeiros tem por objetivo capacitar
estudantes estrangeiros a se comunicarem nas modalidades oral
e escrita da língua portuguesa e, ao mesmo, propiciar aos alunos
44
Para atender às orientações da PróReitoria de Graduação desta
universidade e à legislação vigente, as diretrizes para a avaliação do
trabalho pedagógico deverão estar claramente definidas no Projeto
Político Pedagógico. O ato de avaliar será um processo contínuo e
permanente com função diagnóstica, processual e classificatória e
será feita de maneira a possibilitar a constante reflexão sobre o
processo formativo do aluno. Deverá ainda ocorrer de tal forma que
possibilite o desenvolvimento pleno do discente em suas múltiplas
dimensões: humana, cognitiva, política, ética, cultural e profissional.
Tais diretrizes apontam ainda a avaliação como parte integrante
do processo de formação que possibilita o diagnóstico de lacunas e a
aferição dos resultados alcançados, consideradas as competências a
serem constituídas e a identificação das mudanças de percurso
eventualmente necessárias.
A avaliação deve cumprir prioritariamente uma função
pedagógica ou formativa, gerar informações úteis para a adaptação
das atividades de ensino e aprendizagem às necessidades dos alunos
e aos objetivos de ensino. O objetivo de toda avaliação é gerar e
gerir retroinformação seja para a ação do professor em sala de aula,
seja para a gestão acadêmica.
Uma das grandes dificuldades encontradas por docentes e
discentes está relacionada ao consenso na avaliação. Por outro lado,
apesar dos esforços no sentido de divulgar o conceito de avaliação
contido na LDB, inúmeros professores não aceitam novas formas de
avaliação e mantêm a mesma prática de seus antigos mestres. Na
perspectiva da nova proposta políticopedagógica da UFU, as
atividades avaliativas devem fazer interagir os conhecimentos prévios
dos educandos em contextos novos de aplicação e de reflexão. Nas
46
avaliar para aprovar ou reprovar, mas de avaliar para identificar
lacunas no trabalho pedagógico e redimensionálas. Não basta obter
a informação de que o aluno não aprendeu e reproválo. Ele precisa
aprender. É um direito seu e uma necessidade para sua formação.
Desta forma, também é um dever do professor zelar para que o
entendimento do saber necessário e planejado seja acessível aos
alunos, garantindolhes as condições de aprendizagem. A nota não
pode ser encarada como um fim, cujo alcance justifica todos os
meios. O fim é a aprendizagem, a nota é apenas um indicativo desta.
É preciso entender que o processo de aprendizagem é contínuo
e progressivo, não acontece de forma linear e uniforme, uma vez que
cada indivíduo possui uma forma própria para aprender. Todos
aprendem, cada um a sua maneira.
MASETTO (2003) apresenta algumas características necessárias
à avaliação superior. A primeira diz respeito à necessidade de
integração ao processo avaliativo dos elementos incentivo e
motivação para a aprendizagem, que poderá acontecer por meio do
acompanhamento do aluno em todas as fases de seu processo de
aprendizagem; a segunda é a prática do feedback, em que o docente
informa e discute claramente com o aluno as suas dificuldades e seus
avanços, traçando com o mesmo metas a serem vencidas. Esta
prática oferece ao processo avaliativo uma dimensão diagnóstica e
prospectiva, pois apresenta ao discente informações sobre sua
condição atual e o auxilia a se organizar e planejarse para superar
tal condição rumo a uma aprendizagem mais significativa.
Uma terceira característica pontuada é o fato de verificarse
não apenas a aprendizagem do aluno, mas o conjunto. Avaliase
todo o processo, a ação do professor, a adequação do planejamento
do mesmo, as práticas pedagógicas desenvolvidas, entre outros itens.
O discente não é o único a ser responsabilizado pelo fracasso da
aprendizagem. São avaliadas todas as condições oferecidas durante o
movimento de ensinar e aprender.
48
1
FELICE, Maria Inês Vasconcelos. 2001.
49
alheio ao sujeito. As relações sociais têm como objetivo reduzir ao
máximo o fator humano pela neutralidade do tratamento − daí o uso
da terceira pessoa, gerado pelas pesquisas de racionalidade técnica,
de modo a evitar a subjetividade.
Nesse paradigma “meiosfins”, de orientação técnica e
funcional, que resulta em um sistema baseado em valores que
buscam o controle, a certeza, a eficiência, a padronização e a
rapidez, entre outras exigências de objetividade (cf. ÁLVAREZ
MÉNDEZ, 2002), o conhecimento passa a ser uma lista de objetivos
empiricamente observáveis e equivale aos fatos, ao dado empírico; o
currículo se resume em uma série de programações em torno de
objetivos e o ensino consiste em modificar ou mudar a conduta do
aluno, não se preocupando em mudar sua forma de raciocinar, seu
pensamento e seus sentimentos e atitudes. Nesse caso, o avaliador
passa a ser o único produtor de conhecimento, e o avaliado é o
consumidor ou objeto de conhecimento.
Nesse contexto, a avaliação foi influenciada, nos Estados
Unidos, pelo movimento científico de medição relacionado a
THORNDIKE (1926, apud SHEPARD, 2000), e centrado na invenção de
artefatos e técnicas para medir as características de personalidade
dos indivíduos, e prestase eficazmente à seleção, à classificação, à
distribuição e à certificação. O modelo derivado da racionalidade
técnica é reduzido à aplicação de testes (TYLER, 1949; BLOOM, 1975)
e é também uma concepção prescritiva tanto em relação à natureza
do conhecimento quanto à sua aquisição, bem como determina
aquisições segundo critérios previamente prefixados. A
aprendizagem é, assim, algo que se pode medir, manipular e prever.
Os testes, sob a forma de provas objetivas, que são instrumentos
quantitativos, desempenharam, segundo seus seguidores, funções
relevantes, conforme aponta ÁLVAREZ MÉNDEZ (2002, p. 32),
amparadas em uma legitimação pseudocientífica de práticas
educativas que não correspondiam a uma concepção democrática da
50
Mais do que sua construção, o grande problema desse tipo de
questão é a dificuldade de seu julgamento, submetido à subjetividade
do examinador. Alguns procedimentos, no entanto, podem minimizar
a baixa fidedignidade (na opinião de seus críticos) dos resultados
assim obtidos. O primeiro deles é submeter a questão ao julgamento
de vários examinadores, ou, no mínimo, dois. Resultados que visem
à classificação de muitos candidatos a um número pequeno de vagas,
como é o caso dos processos seletivos para o ES, exigem maior
fidedignidade. Por isso, a média de duas ou mais notas, atribuídas
sem o conhecimento dos julgamentos anteriores, “é sempre um
resultado mais fidedigno que o resultado isolado de um único
examinador” (VIANNA, 1978, p. 89). Outro critério é a correção de
uma mesma questão de uma só vez. Tal atitude, além de propiciar
uma constância no padrão de correção, facilita a comparação entre as
diversas respostas, ajudando os ajustes que devem ser feitos na
respostapadrão.
Mesmo os itens de resposta livre necessitam da elaboração de
uma respostapadrão por parte de quem constrói as questões. Desse
2
Na dissertação de mestrado da atual Coordenadora do Curso de Letras ILEEL/UFU (FELICE, M.I.V. Ler
para avaliar: uma leitura especial, 1998, nas páginas 53 a 57, item 3.2.2), há uma síntese dos dois
autores (MEDEIROS, 1977 e VIANNA, 1978) sobre a construção de questões discursivas.
52
Todos esses cuidados, no entanto, só reforçam a idéia de que
esses examinadores acreditam ser possível neutralidade e
objetividade na correção. Mesmo recusando o rótulo de
“positivistas”, muitos professores ainda aplicam provas acreditando
poder fazer uma correção “objetiva”. Para FIDALGO (2002), esse é
um debate estéril, visto que “toda avaliação é no fundo subjetiva
porque está sujeita à elaboração e correção de vários
sujeitos/agentes com poder e também com preferências, com
humores, compreensões e atitudes diferentes, em momentos
diversos – afinal, são seres humanos”.
Outros ainda fazem uma avaliação “bancária” (ROMÃO, 1998),
termo emprestado de FREIRE (1970), que cria a expressão educação
bancária, pela qual se fazem depósitos que os estudantes recebem,
memorizam e repetem e retiradas – que os discentes devem
devolver, em alguns casos, da mesma forma que receberam, caso
contrário, são penalizados.
53
Nessa visão dinâmica do conhecimento, a tarefa da educação é
ajudar a quem aprende a desenvolver reflexivamente um conjunto de
modos de pensamento ou modos de aprendizagem de conteúdos
considerados valiosos na sociedade, valorizando a capacidade mental
dos sujeitos e destacando a importância de descobrir o que sabe
quem aprende e como adquiriu tal conhecimento. Quem aprende
precisa aprender também a refletir sobre o que sabe, explicar,
argumentar, perguntar, deliberar, discriminar, defender suas próprias
idéias e crenças e, ao mesmo tempo, aprender e avaliar, para, assim,
assegurar a aprendizagem de conteúdos concretos.
em como adquiriram o conhecimento que lhes permite atuar de modo
diverso em contextos novos nãoconhecidos (ÁLVAREZ MÉNDEZ,
2002).
É nesse sentido que é importante destacar o papel do professor
(ou dos colegas mais experientes) no desenvolvimento dos processos
mentais, destacado no interacionismo sóciohistórico de VYGOTSKY
(1993; 1998). Para esse autor, o “bom ensino é aquele que se
direciona para as funções psicológicas emergentes”, incidindo sobre a
“zona de desenvolvimento proximal”, e “estimulando processos
internos maturacionais que terminam por se efetivar, passando a
constituir a base para novas aprendizagens” (FREITAS, 2000, p. 104).
nas sociedades em transformação, a capacidade de inovar, negociar
e regular a prática é decisiva. Ela passa por uma reflexão sobre a
experiência, favorecendo a construção de novos saberes.
3
Grifos meus.
55
Em termos de autoavaliação, interessa mais a reflexão crítica.
Para KEMMIS (1987), citado por LIBERALI e ZYNGIER (2000), a
reflexão seria um processo de autoavaliação que faz com que aquele
que a pratica se coloque "dentro da ação, na história da situação,
participando da atividade social e, acima de tudo, posicionandose”
(p.10). O autoconhecimento funcionaria como um propulsor para
desenvolver a responsabilidade pelo processo de transformação, que
teria início por meio da vontade do próprio participante, mas também
"por um processo de tomada de decisão informada".
Os autores consultados (ÁLVAREZ MÉNDEZ, 2002; HADJI, 2001;
SHEPARD, 2000; PERRENOUD, 1999; PARIS & AYRES, 1999) falam de
vários tipos de atividades a serem utilizados em sala de aula que
podem ser usados para autoavaliação e reflexão dos alunos sobre
seu trabalho e suas habilidades, como a observação dos alunos, as
entrevistas, a avaliação contínua. PARIS & AYRES (1999) destacam
quatro delas: a) portfólios; b) relatórios e inventários; c) diários; d)
vários tipos de reuniões (ou encontros).
Em um currículo em que se pretende que o professor em
formação tenha autonomia em seu percurso, escolhendo as
disciplinas nas quais buscará se aprofundar e com as quais pretende
compor seu curso, em um curso que tem como maior objetivo a
formação do professor pesquisador, em um Projeto Pedagógico que
destaca como prioridade formar profissionais e cidadãos, faz toda a
diferença a forma como será encarada e aplicada a avaliação da
aprendizagem. Preparar o futuro profissional para o mercado de
trabalho requer que este esteja apto a avaliar os outros mas também
avaliar a si próprio.
56
A avaliação é uma parte integrante do processo de formação e
possibilita o diagnóstico de lacunas e a aferição dos resultados
alcançados, consideradas as competências a serem constituídas e a
identificação das mudanças de percurso eventualmente necessárias.
A avaliação deve cumprir prioritariamente uma função
pedagógica ou formativa, gerar informações úteis para a adaptação
das atividades de ensinoaprendizagem às necessidades dos alunos e
aos objetivos de ensino. O objetivo de toda avaliação é gerar e gerir
retroinformação, seja para a ação do professor em sala de aula, seja
para a gestão acadêmica.
A proposição de atividades avaliativas deve fazer interagir os
conhecimentos prévios dos estudantes em contextos novos de
aplicação e de reflexão. Assim, é inegável a importância da
avaliação, tanto para o aluno como para o professor. Além disto, é
também inegável a necessidade da avaliação, seja como elemento do
processo de construção do conhecimento, seja como elemento de
gestão de um projeto pedagógico.
Para PERRENOUD (1989), a avaliação é um componente
permanente da ação individual e das interações sociais. Avaliar é
construir e negociar representações. Os avaliadores, de modo geral,
estão sempre dispostos a afirmar a objetividade de seus julgamentos,
enquanto os avaliados estão, ao contrário, dispostos a afirmar a sua
subjetividade, sobretudo quando ela lhes é desfavorável. A avaliação
57
a) avaliações feitas pelo corpo docente: avaliações dos alunos;
avaliação da disciplina;
b) avaliações feitas pelo corpo discente: avaliação dos
professores e da disciplina;
c) avaliação institucional interna;
d) avaliação externa.
e) avaliação feita pelo corpo técnicoadministrativo sobre as
condições de funcionamento dos diversos setores essenciais
da instituição de ensino.
a) – avaliações feitas pelo corpo docente
1 – avaliações dos alunos no processo de ensinoaprendizagem
interativa, retroativa, pro ativa). O objetivo das avaliações formativas
é estabelecer práticas que levem os alunos a resolver situações
problema e verificar se os conteúdos ensinados se transformam em
competências e habilidades efetivas. Saber se os alunos adquiriram
os comportamentos previstos pelo professor para fundar estratégias
posteriores de ensino, realizando tarefas originais, aplicando tópicos
de ensino a contextos novos. Nesse tipo de avaliação, deve haver
interação com os alunos, análise da produção dos estudantes e
conseqüente adaptação do processo didático aos progressos e
problemas dos alunos, regulação instrumentalizada com
implementação de programas de reforços, quando necessário.
Atividades em equipe, envolvendo discussão e pesquisa, trabalhos de
campo, debates, realizados dentro do espírito de resolução de
problemas contextualizados constituem práticas fundamentais da
avaliação formativa;
AVALI AÇÃO SOM ATI VA: avaliação feita depois do ensino, com
atribuição de notas e visando verificar efetivamente a aquisição das
competências e habilidades objetivadas durante o processo de
ensino. As estratégias utilizadas nas avaliações somativas devem
revelar raciocínios e representações mentais dos alunos; alunos e
professores devem analisar e estudar eventuais erros e desvios
cometidos, diagnosticar tipos de obstáculos e dificuldades. Como se
trata de uma avaliação de resultados da aprendizagem, esta
avaliação revelase um elemento indispensável para a reorientação
dos desvios ocorridos durante o processo e para gerar novos desafios
ao aprendiz. A avaliação deve resultar em uma discussão honesta e
transparente, entre todos os elementos envolvidos no processo.
Como a avaliação somativa resulta em uma classificação dos alunos
através da atribuição de notas objetivas, ela exige um preparo que se
oriente na direção dos objetivos da disciplina e do curso (cf.
60
2 – avaliação docente da disciplina:
b) – avaliações feitas pelo corpo discente
1 – avaliação discente da disciplina
2 – avaliação discente do professor
Tratase aqui da avaliação feita pelos alunos em relação ao
professor que ministrou a disciplina, em relação à metodologia
adotada pelo docente e às atividades avaliativas utilizadas. Os alunos
avaliarão os professores em formulário eletrônico específico,
61
· Aula
1. Aulas presenciais.
Consiste em atividade teórica, prática ou teóricoprática,
desenvolvida na sala de aula e conduzida predominantemente pelo
professor, ou por mestrando, sob orientação, em estágiodocência.
Embora a tendência mais tradicional da aula presencial seja a
atividade expositiva do professor, a aula presencial deve ser vista
como um momento privilegiado dentro do curso, pois tratase de um
dispositivo que deve envolver sistematicamente a interação do
professor com os alunos matriculados, dos alunos entre si, mediados
pelos conteúdos e pelos objetivos do curso. A articulação entre
atividades expositivas problematizadoras e atividades práticas de
exercício do raciocínio lógico é fundamental para o desenvolvimento
das competências almejadas e de hábitos de aprendizagem. Na sala
63
de aula presencial, como em qualquer outra atividade curricular, deve
predominar o ensino voltado para o desenvolvimento de
competências, de atitudes formativas e de raciocínio sobre o ensino
focado no simples reconhecimento e apreensão de conceitos. A
contextualização dos conteúdos ensinados também deve ser buscada
pelo professor nas seguintes dimensões: contextualização histórica
(origem e evolução histórica do problema); contextualização dentro
de um campo de conhecimento (relação do problema/conceito com
correntes e campos de estudo, dimensão interdisciplinar do
problema); contextualização social (implicação dentro da/s
sociedade/s); contextualização no ensino fundamental e médio
(relevância para o ensino fundamental e médio, para a formação do
professor), contextualização profissional e prática (relevância para o
mercado profissional).
2. Cursos e Disciplinas a Distância
O desenvolvimento de atividades através dos recursos fornecidos
pela mídia contemporânea tais como vídeo, televisão, cinema, jornal,
CDROM e Internet, entre outros, deve ser estimulado nos alunos
como forma de mantêlos atualizados e em permanente processo de
pesquisa e interação, fatores fundamentais para o sucesso do
processo pedagógico. Considerase atividade curricular à distância a
alternativa pedagógica predominantemente nãopresencial ou semi
presencial destinada a promover a autonomia do aluno, envolvendo
meios de comunicação capazes de ultrapassar os limites do tempo e
do espaço e de permitir a interação do estudante com fontes de
informação diversificadas. A existência de atividades acadêmicas a
distância em cursos de graduação presenciais justificase no presente
projeto, do ponto de vista dos objetivos e métodos, e não
ultrapassará o limite de 20% (vinte por cento) da carga horária as
atividades complementares.
64
· Seminário
· P rojetos de Ensino, P esquisa e Extensão
O PIBIC/CNPq/UFU é um programa centrado na iniciação científica
em todas as áreas do conhecimento. Administrado diretamente pelas
instituições de ensino superior, é voltado para os alunos de
graduação, servindo de incentivo à formação, com ênfase na
65
O Programa Institucional de Bolsas de Ensino de Graduação da
UFU (PIBEG/UFU) tem por objetivo geral incentivar o
desenvolvimento de projetos que contribuam para a melhoria da
qualidade do ensino dos cursos de graduação da UFU, e por objetivos
específicos:
66
1. Monitoria
4
www.prograd.ufu.br/arquivos2006/Edital%20Pibeg%2012006.doc
67
2. Prática docente em atividade de extensão orientada
(CECLE/ CEL I N)
· P articipação em Eventos
· Estágio Curricular e P rofissional
· P ublicações
CONCEP ÇÃO DA ESTRUTURA CURRICULAR
Para efeito de organização e de apresentação dos componentes
curriculares e dos quadros das matrizes curriculares, é necessário
esclarecer a nomenclatura adotada em relação a Núcleos, Ciclos e
Módulos, a saber:
· as diferentes áreas do Curso de Letras, conforme são lotadas
no Instituto de Letras e Lingüística
a. Núcleo de Língua Portuguesa e Lingüística,
b. Núcleo de Literaturas de Língua Portuguesa,
c. Núcleo de Línguas e Literaturas Estrangeiras;
· os diferentes temas e níveis em que se dividem os componen
tes curriculares em cada área, aos quais se denomina Módulos.
1. Núcleo de Formação Específica:
Núcleo de formação específica da licenciatura plena em Letras –
Habilitação em Francês e literaturas de língua francesa
1620 h/a. Reúne vinte e nove (29) disciplinas específicas, sendo dez
(10) da área de Língua Francesa (600h), quatro (04) Literaturas de
língua francesa e francófona (240h), e mais as doze (12) disciplinas
(600 h) comuns à formação específica, obrigatórias no ciclo básico –
Língua Portuguesa e Lingüística (120h), Literaturas de Língua
Portuguesa (120h), Estudos Clássicos (120h), Metodologia de
Pesquisa (60h), Lingüística Aplicada e Ensino de Línguas (60h) e duas
Línguas Estrangeiras (240h) , além de três disciplinas optativas de
qualquer área do curso (180h) (cf. quadro 1):
Núcleo de formação específica da licenciatura plena em Letras
Habilitação em Inglês e literaturas de língua inglesa
Núcleo de formação específica da licenciatura plena em Letras –
Habilitação em P ortuguês e Literaturas de Língua P ortuguesa
No caso das disciplinas de Literatura, o plano do Núcleo prevê
que o aluno faça sua opção por uma disciplina de cada módulo. Já
nas disciplinas de Língua Portuguesa e Lingüística, as disciplinas do
Módulo 1 sempre serão ofertadas, recomendandose ao aluno que
procure cumprir todas as horas do Módulo 1 (360h), mas não
obrigatoriamente.
2. Núcleo de Formação P edagógica
Este núcleo compreende, além das três disciplinas pedagógicas
obrigatórias (Didática Geral, Política e Gestão Educacional, Psicologia
da Educação 180h), conforme o Projeto Pedagógico Institucional (cf.
Resoluções 02/2004 do Conselho de Graduação da Universidade
Federal de Uberlândia e 3/2005 do Conselho Universitário), mais três
disciplinas pedagógicas específicas para cada uma das áreas de
Letras:
a. na habilitação de Francês e literaturas de língua francesa:
Metodologia do Ensino de Português como Língua Estrangeira,
75
Metodologia do Ensino de Língua Estrangeira e Metodologia de Ensino
de Francês com Objetivos Específicos, todas de 60 h (totalizando
180h);
b. na habilitação de Inglês e literaturas de língua inglesa:
Metodologia do Ensino de Português como Língua Estrangeira,
Metodologia de Ensino de Língua Estrangeira e Metodologia de Ensino
de Inglês para Fins Específicos, todas de 60 h (totalizando 180h);
c. na habilitação de Português e literaturas de língua
portuguesa: Metodologia de Ensino de Português em diferentes
contextos, Metodologia de ensino de Literatura e Metodologia de
Ensino de Língua Portuguesa e Lingüística, todas de 60 h (totalizando
180h);
d. para todas as habilitações, as três disciplinas pedagógicas, a
saber: Didática Geral, Política e Gestão da Educação e Psicologia da
Educação;
e. mais as Práticas Educativas ou PIPES (225 h) e os Estágios
Curriculares Supervisionados das Licenciaturas (405 h), perfazendo
um total de 990 horas.
O Núcleo de Formação Pedagógica funciona como um eixo
articulador dos conhecimentos necessários à formação dos
professores de Língua Portuguesa e Lingüística, Literatura e Línguas
Estrangeiras que atuarão na Educação Básica, nas dimensões teóricas
e práticas. Visa a propiciar:
· A integração entre os conhecimentos específicos da área das
ciências da linguagem e das línguas estrangeiras e os
conhecimentos sobre educação, ensino e aprendizagem;
· A transposição didática dos conhecimentos aprendidos
durante o curso e que serão objeto de sua intervenção no
contexto escolar, considerandose sua relevância e inserção
nas diferentes etapas da Educação Básica;
· A reflexão sobre condicionantes sociais, históricos e
pedagógicos que caracterizam os processos de ensinar e
76
Língua Inglesa, de Estudos Clássicos, Lingüística Aplicada e Ensino de
Línguas e das três metodologias de ensino, de Língua Estrangeira, de
Literatura e de Língua Portuguesa, em consonância com o princípio
da articulação teoriaprática pedagógica. Esses professores serão os
responsáveis pela orientação e acompanhamento das atividades
planejadas.
Tais projetos desenvolverão atividades que proporcionem ao
graduando:
· A observação e a sua própria integração ao contexto das
escolas, sob a perspectiva do professor;
· O desenvolvimento de ações didáticas, colocando em uso os
conhecimentos aprendidos nos diferentes tempos e espaços
curriculares;
· A identificação, a análise e a busca de alternativas para
situaçõesproblema do cotidiano escolar;
· A oportunidade de problematizar situações e, a partir delas,
iniciarse no desenvolvimento de pesquisas na área
educacional.
serão divididas, em cada um dos dois primeiros semestre, sendo 15h
para a Língua Francesa e 15h para a Língua Inglesa. Não haverá um
tema único para estes PIPEs, porém a articulação teóricoprática
proposta pelas áreas nesse primeiro contato do graduando com o seu
futuro mercado de trabalho, de onde, na verdade, ele acaba de sair,
visa a darlhe uma nova perspectiva da escola, seu funcionamento, e
as condições de formação profissional e de trabalho, bem como a
legislação vigente que regula a educação básica e os Parâmetros
Curriculares.
Além destes objetivos, estas práticas poderão focalizar ainda:
· análise e compreensão do papel do planejamento nas
atividades docentes;
· elaboração de diferentes níveis de planejamento educacional;
· análise e compreensão do papel dos projetos de ensino nas
atividades docentes;
· problematização de situações do cotidiano escolar no que se
refere às práticas avaliativas mais comuns e discutilas a
partir de referenciais críticos sobre a função avaliativa na
sociedade atual;
· debates sobre a função social da avaliação como meio de
exclusão e subordinação;
· análise e compreensão do papel da aula na atualidade,
compreendendo e atuando de forma criativa e pedagógica
diante das dificuldades oriundas do cotidiano escolar.
Letras do ILEEL, ou na Semana Acadêmica da UFU. Esse Seminário
será um momento privilegiado de integração entre os diferentes
componentes curriculares que integram o Núcleo de Formação
Pedagógica – disciplinas, PIPEs e Estágios Supervisionados – de modo
a assegurar, ao longo da formação dos professores de Letras na
Educação Básica, a articulação teóricopráticopedagógica, pretendida
entre os conhecimentos específicos da área, os conhecimentos
educacionais e pedagógicos e o fazer profissional desses professores.
Na preparação do Seminário de Práticas Educativas serão
previstos momentos de reflexão sobre a formação do educador,
espaços de divulgação das experiências, estudos e pesquisas
desenvolvidas nos Projetos de Prática Educativa, assim como
apresentação de propostas relativas aos Estágios Supervisionados.
As normas para composição e funcionamento das Práticas
Educativas estão descritas no Anexo 3.
· Estágios Supervisionados
O Estágio Supervisionado será organizado e desenvolvido de
modo a dar continuidade aos Projetos de Prática Educativa e a eles
integrarse. Nesse sentido, o Estágio Supervisionado no Curso de
Letras da UFU deve ser compreendido como mais um espaço de
aproximação e integração do aluno com a realidade educacional, com
o objeto de conhecimento e o campo de trabalho do professor de
Português e de Língua Estrangeira do Ensino Fundamental e do
Ensino Médio. Ao mesmo tempo, constituirseá num momento
privilegiado de iniciação profissional. O estágio será organizado de
modo a assegurar:
· A gradativa inserção e participação do futuro professor em
projetos e ações desenvolvidas pela instituiçãocampo no
âmbito dos processos de ensino;
82
Devido às particularidades do Curso de Letras e suas diferentes
habilitações, que se dividem em três grandes áreas (Língua
Portuguesa e Lingüística, Literaturas de Língua Portuguesa e Línguas
e Literaturas Estrangeiras Modernas, esta última subdividida em
Francês e Literaturas de Língua Francesa e Inglês e Literaturas de
Língua Inglesa), os Estágios Curriculares Supervisionados da
Licenciatura plena em Letras, em todas as habilitações, serão
iniciados já no quarto semestre do curso.
No quarto semestre das habilitações de Francês e literaturas de
língua francesa e Inglês e literaturas de língua inglesa, os Estágios
Supervisionados começam com a disciplina Metodologia de Ensino de
Português como Língua Estrangeira (45h teóricas e 15h práticas, de
observação); no quinto semestre, cursam Metodologia de Ensino de
Língua Francesa ou Inglesa (45h teóricas e 15h práticas, de
observação), e no sexto semestre, cursam a Metodologia de Ensino
de Francês ou Inglês com fins ou objetivos específicos (45h teóricas e
15h práticas), preparatória para os Estágios Supervisionados em
Práticas de Ensino de Língua Estrangeira, que iniciam no sétimo
semestre. O estagiário cumprirá, neste período, 75h (15h teóricas e
60h práticas) do primeiro estágio supervisionado de Língua
Estrangeira (Francês ou Inglês, dependendo da habilitação), mais 75h
83
Quadro 4: Componentes curriculares do Núcleo de Formação Pedagógica, Projetos
Integrados de Práticas Educativas e Estágios Supervisionado da Licenciatura com
habilitação em Francês e Literaturas de Língua francesa
P rojeto I ntegrado de P ráticas Educativas CH CH CH
Teórica Prática Total
PIPE 1 vinculado à Língua Inglesa (15h) 0 30 30
vinculado à Língua Francesa (15h)
PIPE 2 vinculado à Língua Inglesa (15h) 0 30 30
vinculado à Língua Francesa (15)
PIPE 3 – vinculado à Estudos Clássicos (15h) 0 30 30
vinculado à Lingüística Aplicada (15h)
PIPE 4 – vinculado à Metodologia de ensino de Português como língua 0 30 30
estrangeira
PIPE 5 – vinculado à Metodologia de ensino Língua Estrangeira 0 30 30
PIPE 6 – vinculado à disciplina Metodologia de ensino de Francês com 0 30 30
objetivos específicos (FOS)
PIPE 7 Seminários 0 45 45
Total 0 225 225
Quadro 05: Componentes curriculares do Núcleo de Formação Pedagógica, Projeto
Integrado de Práticas Educativas e Estágios Supervisionado da Licenciatura com
habilitação em I nglês e Literaturas de Língua I nglesa
P rojeto I ntegrado de P ráticas Educativas CH CH CH
Teórica Prática Total
PIPE 1 vinculado à Língua Inglesa (15h) 0 30 30
vinculado à Língua Francesa (15h)
PIPE 2 vinculado à Língua Inglesa (15h) 0 30 30
vinculado à Língua Francesa (15)
PIPE 3 – vinculado à Estudos Clássicos (15h) 0 30 30
vinculado à Lingüística Aplicada (15h)
PIPE 4 – vinculado à Metodologia de ensino de Português como língua 0 30 30
estrangeira
PIPE 5 – vinculado à Metodologia de ensino de Língua Estrangeira 0 30 30
PIPE 6 – vinculado à Metodologia de ensino de Inglês para Fins 0 30 30
específicos (ESP)
PIPE 7 Seminários 0 45 45
Total 0 225 225
Quadro 06: Componentes curriculares do Núcleo de Formação Pedagógica, Projeto
Integrado de Práticas Educativas e Estágios Supervisionado da Licenciatura Simples em
P ortuguês e Literaturas de Língua Portuguesa
CH CH CH
P rojeto I ntegrado de P ráticas Educativas Teórica Prática Total
PIPE 1 vinculado à Língua Inglesa (15h) 0 30 30
vinculado à Língua Francesa (15h)
PIPE 2 vinculado à Língua Inglesa (15h) 0 30 30
vinculado à Língua Francesa (15)
PIPE 3 – vinculado à Estudos Clássicos (15h) 0 30 30
vinculado à Lingüística Aplicada (15h)
PIPE 4 – vinculado à Metodologia de ensino de Português em diferentes 0 30 30
contextos
PIPE 5 – vinculado à Metodologia de ensino de Literatura 0 30 30
As atividades científicoculturais serão assim consideradas:
· O aluno poderá cursar até três disciplinas de qualquer curso de
graduação da UFU como Atividade Complementar.
· O aluno poderá fazer até três atividades acadêmicas à distância.
Considerase atividade acadêmica à distância a alternativa pedagógica
predominantemente nãopresencial ou semipresencial destinada a
promover a autonomia do aluno, envolvendo meios de comunicação
capazes de ultrapassar os limites do tempo e do espaço e de permitir a
interação do estudante com fontes de informação diversificadas.
88
· Cada aluno será responsável pela coleta e organização dos certificados
que comprovem sua efetiva participação nas variadas atividades
complementares.
· No início do último semestre da graduação, o aluno deverá entrar com
requerimento solicitando ao Colegiado a convalidação das Atividades
Complementares Científicoculturais desenvolvidas ao longo do curso.
· Todas as atividades devem ser comprovadas por certificado oficial.
Cópias dos artigos, com folha xerocada contendo dados completos da
publicação (nome, data de publicação, número das páginas em que se
encontra o artigo, etc).
· Casos omissos serão decididos pelo Colegiado do Curso.
89
OP ÇÃO DE CURSO
Ao final dos três primeiros semestres do curso, em que todas as
disciplinas são obrigatórias, formando um ciclo básico comum a todas
as habilitações, o aluno faz sua opção por uma delas.
O graduando poderá cursar simultaneamente as outras
habilitações, em outro turno, ou consecutivamente, desde que não
ultrapasse o prazo máximo de integralização da habilitação para a
qual fez o Vestibular.
Devido a essa peculiaridade do Curso de Graduação em Letras,
o aluno poderá cursar uma habilitação em um turno e a outra no
outro turno, desde que tenha possibilidade de fazêlo, conforme
decisão do Conselho de Graduação em 21/09/2007. Em vista disto,
os alunos poderão cursar até quarenta (40) horas semanais, desde
que sejam alunos sem reprovação, ou seja, sem débito de disciplinas.
O aluno terá uma nova oportunidade, podendo fazer a reopção
de curso antes de iniciar os Estágios Supervisionados específicos, ou
seja, se estiver seguindo o curso normalmente, sem reprovações ou
trancamentos, ao final do quinto semestre letivo, antes de ter feito
todas as metodologias e todos os PIPEs. Depois disso, só se o aluno
desistir de sua vaga e reingressar por meio de novo processo
seletivo.
Acreditase, todavia, que as reopções serão poucas, tendo em
vista que a opção será feita um semestre mais tarde do que no
currículo hoje vigente e devido ao tipo de curso que lhes será
proposto, já que poderá cursar também as outras habilitações.
90
A implantação deste novo currículo prevê uma fase de transição
com duração de cerca de quatro (04) anos, podendo ainda ser
estendido este período, caso haja necessidade.
Quase todas as disciplinas do currículo antigo serão
equivalentes em carga horária a outras disciplinas do currículo novo;
estas receberão, entretanto, nova denominação e novo enfoque
didático, visto que estarão comprometidas com a prática pedagógica
ao longo do curso.
Como o curso de Letras tem três subáreas, será feita a
equivalência de carga horária e conteúdos correlatos entre o antigo
currículo e o currículo em implantação, com vistas ao máximo
reaproveitamento de disciplinas e cargas horárias já realizadas e que
ainda serão cursadas. Como a maioria das disciplinas manteve a
carga horária de sessenta (60) horas, não haverá defasagem de
carga horária, e serão analisados, para efeito de equivalência, não
apenas a ementa, mas também o Programa e os objetivos da
disciplina. Isto ocorrerá, como já se disse, em vista do fato de o
novo currículo do Curso de Letras ter um novo enfoque, visando em
todas as disciplinas a formação do professor e a maneira de ministrar
a disciplina, e não mais apenas a transmissão de conteúdos
específicos. O Colegiado deliberou que, desde que o conteúdo
programático das novas disciplinas contemple o conteúdo
programático das disciplinas antigas, a equivalência será aceita.
Será utilizada a mesma dinâmica para o grupo de disciplinas
referentes às disciplinas pedagógicas externas (Didática, Psicologia da
Educação e Política e Gestão Educacional).
O Anexo 3 contém os quadros que informam a equivalência
Curricular dos dois projetos pedagógicos.
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Modalidade Licenciatura
Habilitações Manhã Tarde Noite
Francês X
Inglês X X
Português X X
alunos/ano para 80 alunos/ano, número que representa o padrão
das licenciaturas da UFU;
· Esta redução é necessária em vista de que o novo currículo estará
sendo implementado a cada semestre, não havendo uma
migração dos alunos do antigo currículo para o novo,
trabalhandose, pois, com dois currículos simultaneamente;
· As equivalências estão previstas para não haver prejuízo para o
aluno que, eventualmente, for obrigado a trancar o curso, por
motivos justificados ao Colegiado do Curso, ou por transferência,
ou em casos excepcionais, analisados pelo Colegiado;
· Reforçase a possibilidade de o graduando em Letras cursar duas
ou três habilitações, em diferentes turnos, desde que não
ultrapasse o período máximo de integralização do curso para o
qual prestou Vestibular;
· Reiterase, ainda, que serão considerados campos de estágio
para os alunos do Curso de Letras os contextos educativos do
sistema oficial de ensino, público e privado, assim como os cursos
de idiomas e os cursos de extensão de ensino de línguas à
comunidade, bem como contextos alternativos, como cursinhos
comunitários, cursos oferecidos por Igrejas ou Organizações Não
Governamentais (ONGs), entre outras possibilidades.