LIRERANÇA I - REVISÃO
RESUMO
1 - ELEMENTOS CONCEITUAIS DE LIDERANÇA
CHEFIA E LIDERANÇA
EXÉRCIO DA CHEFIA - conjunto de ações e decisões
tomadas pelo mais antigo, a fim de conduzir o setor.
Papéis funcionais do mais antigo - chefe e condutor de
homens.
- CHEFE - prevalece a autoridade decorrente da responsabilidade
atribuída à função / posto / graduação.
- CONDUTOR DE HOMENS - identifica-se um relacionamento
com o atributo de líder.
- ATRIBUTOS DO COMANDANTE - Chefe e Líder.
CHEFIAR - é fazer com que as pessoas façam o que é preciso.
LIDERAR - é fazer com que as pessoas queiram fazer o que é
preciso.
COMANDAR - é exercer a chefia e a liderança, para conduzir
eficazmente a instituição no cumprimento da MISSÃO.
- CHEFIA E LIDERANÇA - NÃO SÃO processos alternativos e,
sim, simultâneos e complementares.
- SEUS MELHORES RESULTADOS - ocorrem quando ela é
desenvolvida, não sendo impositiva.
LIDERANÇA - é um processo dinâmico e progressivo de
aprendizado o qual, desenvolvido, nos cursos e nas OM, traz
benefícios às organizações e contribuirá para o sucesso profissional
do militar.
O contínuo desenvolvimento das qualidades dos militares da MB
como líderes deverá ser objeto de atenta atenção, a ser trabalhada,
pela Instituição e por cada militar.
ASPECTOS FUNDAMENTAIS DA LIDERANÇA
Na MB, liderança é o processo que consiste em influenciar
pessoas no sentido de que ajam, voluntariamente, em prol do
cumprimento da missão”.
Ela não inclui apenas a capacidade de fazer um grupo executar a
tarefa, mas executá-la, voluntariamente, atendendo ao desejo do
Líder como se fosse o seu.
AGENTES IMPLÍCITOS - Líder, Liderados e Relações (LLR)
e os PRINCÍPIOS QUE REGEM O COMPORTAMENTO
HUMANO
a) ASPECTOS FILOSÓFICOS
- Característica: desenvolver o senso crítico, favorecendo a tomada
de decisões.
- Essa prática é fundamental ao exercício da liderança, podendo-se
verificar que o requisito pensamento crítico está associado a diversos
atributos.
● A axiologia (teoria dos valores) é a parte mais nobre da Filosofia.
● O processo de influenciação de um grupo, ESSÊNCIA DA
LIDERANÇA, está ligado aos valores éticos e morais transmitidos e
praticados pelo Líder.
- A prática dos fundamentos filosóficos da educação constitui-se no
elemento catalisador (reação química) dos valores universais.
- Na educação, deve ser valorizado um objeto - Vida, Pátria e
Família, entre outros.
- Sem educação, perdem-se os valores universais - Honra, Dignidade
e Honestidade (HDH).
CARACTERÍSTICA FUNDAMENTAL DA AXIOLOGIA -
consiste na hierarquia dos valores.
► Ela varia de país para país. Os fundamentalistas islâmicos
priorizam a pátria em detrimento da vida, contrariando o instinto de
preservação (a vida).
Valores, como honra, dignidade, honestidade, lealdade e amor à
pátria, assim como outros considerados vitais pela Marinha, devem
ser praticados e transmitidos pelo Líder.
Tarefa de doutrinamento - transmite a correta hierarquização de
valores, priorizando-os em relação aos valores materiais.
Este é o maior desafio a ser enfrentado por aquele que pretende
exercer a liderança.
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b) ASPECTOS PSICOLÓGICOS
- A liderança envolve a realização de objetivos com as pessoas.
- Influencia os outros, provocando mudanças psicológicas, opiniões,
atitudes, objetivos, necessidades, valores em todos os aspectos.
- Os processos grupais e a liderança são os principais objetos de
estudo da Psicologia Social.
- O caminho para a liderança passa pelo:
- conhecimento profissional;
- autoconhecimento; e
- conhecimento de seus subordinados.
Para os dois últimos requisitos, a Psicologia pode oferecer
ferramentas úteis para o líder.
Pesquisas mostram que o quociente emocional (QE) ou inteligência
emocional está se destacando como o principal diferencial de
competência no trabalho, por se tratar da capacidade de
autoconsciência, controle de impulsos, persistência, empatia e
habilidade.
Portanto, a Psicologia fornece embasamento para que se possa
influenciar pessoas.
c) ASPECTOS SOCIOLÓGICOS
A liderança envolve líder, liderados e contexto constituindo uma
relação.
Os militares, em função da peculiaridade, constituem uma
subcultura dentro da sociedade. A Marinha dentro das Forças
Armadas, face a suas atribuições, idem, idem.
Nela, pode-se distinguir subculturas correspondentes aos Corpos,
em função da missão atribuída a cada.
PROCESSOS SOCIAIS - definidos como a interação repetitiva
de padrões de comportamento da vida social.
Os de maior incidência são: 1) cooperação, 2) competição e 3)
conflito.
1) COOPERAÇÃO - é trabalhar em conjunto; opção pelo coletivo
em detrimento do individual, mas não impede o desenvolvimento e o
estímulo das habilidades de cada membro, em prol de um objetivo
comum. Sob muitos aspectos, é a forma ideal de atuação de grupos.
Ex.: Equipes esportivas (Futebol, Vôlei, Basquete ...)
2) COMPETIÇÃO - luta pela posse de recompensas cuja oferta é
limitada, como dinheiro, poder, status, amor, entre outros.
Pode ser:
- pessoal - entre um número limitado de concorrentes que se
conhecem; e
- impessoal - quando o número de rivais é tal, que se torna
impossível o conhecimento entre eles. Ex: (vestibulares e concursos
públicos).
Especialistas concordam que a cooperação e competição
coexistem (existem simultaneamente) e sobrepõem-se na maioria
das sociedades. O que varia, em função de diferenças culturais, é a
intensidade com que cada um é experimentado.
Ressalta-se que, se a competição tem o mérito inicial de
estimular a atividade dos indivíduos, tem o inconveniente de
desencorajar os fracassados.
Outro inconveniente: possibilidade de desenvolvimento de
hostilidades no grupo, contribuindo para sua desagregação.
3) CONFLITO - é a exacerbação da competição. É obter
recompensas pela eliminação ou enfraquecimento. É a forma de
competição que pode caminhar para a instalação de violência.
Aspectos: positivos e negativos.
Por um lado, tendem a destruir a unidade social; grupos menores,
canais de cooperação, podendo chegar à violência.
Por outro, podem ter efeito integrador, à medida em que obriga o
grupo a se autocriticar, rever posições, forçar a formulação de novas
políticas.
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ESTILOS DE LIDERANÇA
Para o contexto militar-naval, foram considerados sete estilos
selecionados em três critérios de classificação / eixos lógicos,
conforme a seguir - Grau de centralização de poder; Tipo de
incentivo; e Foco do líder (3 EIXOS).
a) Grau de centralização de poder:
- Liderança Centralizadora, Participativa e Delegativa;
b) Tipo de incentivo:
- Liderança Transformacional e Transacional;
c) Foco do líder:
- Liderança Orientada para Tarefa (LOT); e Liderança Orientada
para Relacionamento (LOR).
LIDERANÇA CENTRALIZADORA
• Baseia-se na autoridade formal, aceita como legítima pelo grupo
(comando;
• Numa disciplina rígida, impondo obediência e mantendo-se
afastado de relacionamentos menos formais;
Controla o grupo por meio de inspeções de verificação do
cumprimento de normas e padrões de eficiência, exercendo pressão
contínua. (IAM);
• É recomendável em situações especiais, como em combate;
• É a forma de liderança mais conhecida e de mais fácil adoção;
• Principal restrição: o desinteresse pelos problemas e ideias,
iniciativa e participação dos liderados;
• É tolhida a iniciativa, a participação e a criatividade dos
subordinados;
• Pode gerar resistência passiva dentro da equipe e inibir a iniciativa
do subordinado; e
• Não são considerados os aspectos humanos no relacionamento.
LIDERANÇA PARTICIPATIVA OU DEMOCRÁTICA
• Abre-se mão de parte da autoridade formal em prol da participação
dos subordinados;
• Os liderados são incentivados a opinarem sobre tarefa a ser
realizada, cabendo a decisão final ao Líder (Estado-Maior);
O êxito do estilo é condicionado pelas (o): (CACOEM)
- características pessoais;
- conhecimento técnico-profissional;
- engajamento; e
- motivação dos componentes do grupo.
Na ausência do líder, a equipe terá condições de continuar
agindo de acordo com o planejamento;
O líder deve estabelecer um ambiente de respeito, confiança e
entendimento recíprocos, possuir ascendência técnico-profissional
sobre seus subordinados e conduta ética e moral compatíveis com o
cargo que exerce; e
Encoraja a participação e delega com sabedoria, mas nunca perde
de vista sua autoridade e responsabilidade.
LIDERANÇA DELEGATIVA
É indicado para assuntos de natureza técnica, onde o Líder
atribui a assessores a tomada de decisões especializadas, deixando-
os agir por si só;
É eficaz quando exercido sobre pessoas altamente qualificadas e
motivadas;
• O ponto crucial do sucesso: saber delegar atribuições sem perder o
controle da situação, por isso, o Líder deverá ser altamente
qualificado e motivado; e
• É baixo o controle das atividades dos subordinados, competindo ao
chefe as tarefas de orientar e motivar o grupo.
LIDERANÇA TRANSFORMACIONAL
Indicada para situações de pressão, crise e mudança, que
requerem elevados níveis de envolvimento. As pessoas engajam-se
de tal forma que líderes e seguidores elevam-se a níveis mais altos
de motivação e moral.
Aspectos (4):
1º) Carisma - influência idealizada - associado ao grau de referência
do líder, é capaz de despertar respeito, confiança e admiração;
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2º) Inspiração Motivadora - capacidade de apresentar uma visão,
dando sentido à missão, instilar (introduzir) orgulho, objetivos,
criação símbolos, que comunicam metas e ideais, concentrando
esforços;
3º) Estimulação Intelectual - encorajar os subordinados a
questionarem sua forma de fazer; incentivar a criatividade;
autodesenvolvimento; autonomia de pensamento, propiciando
críticas construtivas, em busca da melhoria; e
4º) Consideração Individualizada - considerar as necessidades
diferenciadas dos subordinados, dedicando atenção, oferecendo-lhes
meios de desenvolvimento e de autossuperação.
Os subordinados, ao encontrarem perspectivas de realização
pessoal no trabalho, alcançam elevados níveis de produtividade e
criatividade.
LIDERANÇA TRANSACIONAL
O líder trabalha com interesses e necessidades dos seguidores,
oferecendo-lhes recompensas econômica ou psicológica em troca de
esforço para alcançar os resultados.
Fatores:
A recompensa é contingente (possível, mas incerta); busca-se
sintonia entre o atendimento das necessidades dos subordinados e o
alcance dos objetivos organizacionais: e
Caracteriza-se pela administração por exceção, que implica
gerenciamento somente no sentido de corrigir erros.
LIDERANÇA ORIENTADA PARA TAREFA (LOT)
A especialização em tarefas é uma das principais
responsabilidades do líder. O líder focaliza o desempenho de tarefas
e a realização de objetivos, transmite orientações, define maneiras de
realizar o trabalho, o que espera e quais são os padrões
organizacionais.
LIDERANÇA ORIENTADA PARA RELACIONAMENTO
(LOR)
O foco do líder é a manutenção e fortalecimento das relações
pessoais e do próprio grupo. O líder demonstra sensibilidade a essas
necessidades, concentra-se nas relações interpessoais, no clima e no
moral do grupo. Esse estilo de liderança, que associado às medidas
de satisfação dos liderados em relação ao trabalho e ao chefe, pode
ser útil em situações de tensão e desmotivação.
SELEÇÃO DE ESTILOS DE LIDERANÇA
Ao proporem diferentes estilos, condiciona-se a eficácia do seu
emprego às variáveis:
a) relevância da qualidade da tarefa ou decisão;
b) aceitação da decisão para obtenção de seu envolvimento na
implantação da LA;
c) tempo para realização da missão;
d) riscos;
e) níveis de prioridade no que diz respeito à produtividade ou à
satisfação; e
f) nível de maturidade psicológica e profissional.
Analisando a variável “Nível de Maturidade Psicológica e
Profissional,” pode-se afirmar que a identificação de um baixo nível
de maturidade induz à aplicação de estilos com maior centralização
de poder, foco na tarefa (LOT) e incentivos no nível transacional
(licença, rancho, conforto, entre outros) tendem a ter mais valor.
Grupos maduros respondem melhor a estilos menos
centralizados e a incentivos no nível da autorrealização - Liderança
Transformacional (autodesenvolvimento e autonomia de
pensamento, entre outros).
FATORES DA LIDERANÇA
Líder
Deve conhecer a si mesmo, suas limitações, evitando atribuir aos
seus liderados falhas.
Os bons líderes são também bons seguidores.
O líder, independentemente de sua vontade, atua como elemento
modificador do comportamento dos liderados.
A função militar está relacionada com a segurança e à
responsabilidade pela vida humana. Poucos profissionais são
forçados a assumir tarefa tão grave.
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Liderados
“O conhecimento destes é fator essencial para o exercício da
liderança e depende do entendimento da natureza humana,
necessidades, emoções e motivações.”
Situação
“Não existem normas que mostrem com exatidão o que deve ser
feito. O líder precisa compreender a dinâmica do processo de
liderança, os fatores principais que a compõem, as características
dos liderados e aplicar estes conhecimentos para cada situação.”
Comunicação
Processo essencial à liderança que consiste na troca de ordens,
informações e ideias, só ocorrendo quando a mensagem é recebida e
compreendida. Através desse, o líder coordena, supervisiona, avalia,
ensina seus subordinados.
Os laços que se formam entre o líder e liderados são a base da
disciplina e da coesão em uma organização.
O líder deve ser claro e escolher as palavras, de tal forma que
signifiquem a mesma coisa para ele e para seus subordinados.
ATRIBUTOS DE UM LÍDER
A História, a experiência e a pesquisa psicossocial demonstram
que é importante que os chefes procurem desenvolver esses traços
em si e nos subordinados, porque, em momentos críticos, podem
contribuir para um exercício da liderança.
Os atributos do Líder têm como componente comum a
capacidade de influenciar.
O Líder deve manter essa capacidade, transmiti-la, formando
novos líderes, que, por sua vez, devem agir da mesma forma, na
tentativa de alcançar um círculo virtuoso.
Os atributos devem estar em consonância com os preceitos da
Ética Militar.
A Ética é parâmetro fundamental para o exercício da liderança.
NÍVEIS DE LIDERANÇA
Com a evolução das técnicas de gestão, o foco do estudo sobre o
comportamento dos dirigentes passou a ser voltado para as
diferenças entre o líder de base (Comte de OM) e o de cúpula (CM).
Foi idealizado um padrão de organização baseado em TRÊS
NÍVEIS FUNCIONAIS: operacional, tático e estratégico,
discriminando as características desejáveis para um Líder nos três
níveis (Foco: as características de um Líder em cada nível).
Foram estabelecidos TRÊS NÍVEIS DE LIDERANÇA: direta,
organizacional e estratégica, que definem a abrangência da liderança
(Foco: a ABRANGÊNCIA).
NÍVEIS DE LIDERANÇA (DOE) x NÍVEIS FUNCIONAIS
(OTE)
● DIRETA → OPERACIONAL
● ORGANIZACIONAL → TÁTICO
● ESTRATÉGICA → ESTRATÉGICO
LIDERANÇA DIRETA (Nível Operacional)
Mais intensa no comando de pequenas frações ou unidades,
tendo em vista que a estrutura organizacional da Força exige o trato
com assessores e subordinados diretos.
• Relacionamento face a face.
• Mais presente nos escalões inferiores, quando o contato pessoal é
constante.
• É a primeira linha de liderança.
• Ocorre em organizações onde os subordinados veem
frequentemente seus chefes, (divisões, navios e batalhões), entre
outros.
• Para serem eficazes, os Líderes devem possuir habilidades
interpessoais, conceituais, técnicas e táticas.
• Aplicam os atributos conceituais de pensamento crítico-lógico e
pensamento criativo para determinar a melhor maneira de cumprir a
missão.
• Usam a Ética para pautar suas condutas e adquirir certeza de que
suas escolhas são as melhores e contribuem para o aperfeiçoamento
do grupo e deles próprios.
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• Empregam os atributos interpessoais de comunicação e supervisão
para realizar o seu trabalho.
São especialistas técnicos e os melhores mentores.
Seus chefes e subordinados esperam que eles conheçam bem a
equipe, equipamentos e sejam “expert” na área em que atuam.
• Usam a competência para incrementar a disciplina.
• Usam o conhecimento dos equipamentos e da doutrina para treinar
os homens e levá-los a alcançar padrões elevados.
• Criam e sustentam equipes com habilidade, certeza e confiança no
sucesso - na paz e na guerra.
• Exercem influência, buscando cumprir a missão, com base no
propósito e orientações emanadas do chefe, motivando seus
subordinados, principalmente pelo exemplo pessoal.
• Trabalham focando as atividades dos subordinados em direção aos
objetivos da organização.
• Planejam, preparam, executam e controlam (PPEC) os resultados
dos seus trabalhos.
● Estimulam ao máximo o desenvolvimento de Líderes
subordinados.
Aperfeiçoam-se ao assumirem os valores da Instituição;
estabelecerem um modelo de conduta para seus subordinados,
colocando os interesses da Instituição e do grupo acima dos
próprios. Assim, desenvolvem equipes fortes e coesas em um
ambiente de aprendizagem saudável e efetiva.
Estimulam o desenvolvimento de líderes subordinados, de forma a
potencializar a sua influência até os níveis organizacionais mais
baixos e obter melhores resultados.
LIDERANÇA ORGANIZACIONAL (Nível Tático)
● Desenvolve-se em organizações de maior envergadura,
normalmente estruturadas como Estado-Maior (ComForSup),
composta por liderança direta, conduzida em menor escala e
voltada para os subordinados imediatos, e por delegação de tarefas.
(Observe como se compõe a Liderança Organizacional).
● Ao contrário da Liderança Direta (PPEC), a influência dos Líderes
é basicamente indireta: eles expedem suas POLÍTICAS e
DIRETIVAS e motivam seus liderados por meio de seu “staff” e
comandantes subordinados.
● Em razão de sua liderança ser distante, os resultados de suas ações
são menos visíveis e mais demorados.
● A presença do Líder em momentos e lugares críticos aumenta a
confiança dos seus liderados.
● Conduz operações pela força do exemplo, estimulando os
subordinados e supervisionando-os.
● Sempre que possível, o Líder deve mostrar sua presença física
junto aos escalões subordinados (IAM/VISITEC/VAP).
LIDERANÇA ESTRATÉGICA MILITAR (Nível Estratégico)
● Exercida nos níveis que definem a POLÍTICA e a ESTRATÉGIA
DA FORÇA (CM).
● É um processo empregado para conduzir a realização de uma
visão de futuro.
►Os Líderes exercem sua liderança no âmbito dos níveis mais
elevados da Instituição (MD/CM/CEMA). Sua influência é ainda
mais indireta e distante do que a dos Líderes Organizacionais.
Desse modo, eles devem desenvolver atributos adicionais de forma a
eliminar ou reduzir esses inconvenientes.
● Trabalham para deixar, hoje, a Instituição pronta para o amanhã /
futuro.
● Trabalham entre extremos, oscilando entre a consciência das
necessidades nacionais e na missão e objetivos de longo prazo.
Desde que a incerteza, quanto às possíveis ameaças não permita
uma visualização clara do futuro, a VISÃO DO LÍDER é crucial
(decisiva) na identificação do que é importante para o pessoal,
material, logística e tecnologia.
● Constroem o suporte para facilitar a busca dos objetivos da Visão.
● Procuram obter consenso, não só no âmbito da organização, mas
junto a outros órgãos, em questões como orçamento, estrutura da
Força e outras de interesse, bem como estabelecendo contatos com
países e Forças em assuntos de interesse mútuo.
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● A maneira como eles comunicam suas políticas e diretivas aos
subordinados e apresentam aquelas de interesse aos demais cidadãos
vai determinar o nível de compreensão alcançado e o possível apoio
às novas ideias. Para se fazer entender, empregam múltiplas mídias,
ajustando a mensagem ao público-alvo, reforçando os temas de real
interesse da instituição (CCSM).
● Decidem, hoje, como transformar a Força para o futuro.
● Trabalham para criar e desenvolver a próxima geração de Líderes
Estratégicos, montar a estrutura futura e pesquisar novos sistemas
que contribuirão à obtenção do sucesso.
Transformam programas conceituais e políticos em iniciativas
práticas e concretas. (Amazônia Azul / Aramar).
● Conhecendo a si mesmos e aos demais “atores” estratégicos, tendo
domínio dos requisitos operacionais, da situação geopolítica e da
sociedade, conduzem a Força e contribuem para o desenvolvimento
e a segurança da Nação.
● O sucesso do Líder - significa deixar a Força pronta para vencer os
conflitos presentes e permanecer pronta para enfrentar as incertezas
futuras.
● Em resumo, preparam a Instituição para o futuro. Isto significa
influenciar pessoas - integrantes da organização, membros de outros
setores do governo, elites políticas - por meio de propósitos
significativos, direções claras e motivação consistente.
2 - O EXERCÍCIO DA LIDERANÇA PELO PESSOAL DA MB
PROPÓSITO
● O Exercício é fundamental para alcançar:
1- altos índices de operacionalidade; e
2- coesão e lealdade entre os seus integrantes.
● Conhecer a profissão, demonstrar retidão de caráter, dedicação,
determinação, entre outros atributos, podem bastar para quem exerce
ações isoladas, entretanto, para o Líder, não é tudo.
Na arte da liderança, é necessário saber diagnosticar o ambiente,
conhecer os homens, suas reações e anseios, bem como a missão e o
objetivo, que serão o "farol" para todas as atividades.
► Na Marinha, a condução do pessoal - LIDERANÇA NAVAL - é
um processo de influenciação utilizado por todos os escalões, no
trato com os subordinados, em busca da harmonia entre os objetivos
da Instituição e os interesses pessoais.
► É exercida somente no âmbito interno, condicionada às normas
estatutárias da hierarquia e da disciplina.
● No âmbito externo, nem sempre é buscada uma liderança, mas um
relacionamento.
● Nas relações extra MB, os conceitos de liderança também podem
ser ferramentas úteis.
A ÉTICA MILITAR NAVAL
► É o conjunto dos princípios, valores, costumes, tradições e
normas que regem o juízo de conduta do militar da Marinha.
► É também um atributo que induz ao atendimento das regras de
conduta do comportamento militar e DELA FAZEM PARTE,
dentre outros:
- o valor e a ética militar (obrigações);
- o código de honra expresso na “Rosa das Virtudes”; e
- os dizeres do juramento à Bandeira.
► Seus preceitos constituem a base para o exercício da Liderança
Naval e devem ser cultivados e exaltados.
EXERCÍCIO DA LIDERANÇA PELOS MILITARES DA MB
● A liderança militar comporta uma variada gama de fatores que
compõem o perfil do Líder.
● O domínio de alguns deles NÃO assegura êxito, assim como a
inexistência de outros NÃO indica falta de condições para ser Líder.
● O exercício pode significar a diferença entre a VITÓRIA E A
DERROTA.
● O Exercício está centrado:
1- na capacidade profissional conciliada a outros atributos; e
2- tem como parâmetro o desenvolvimento, o ajustamento e a
orientação dos subordinados (DAO).
● O Líder deve trabalhar para desenvolver outros Líderes
subordinados, assim como elevar o potencial, a responsabilidade e a
cooperação.
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● O militar com reconhecida capacidade profissional torna-se
referência para seus superiores, pares ou subalternos e desponta
como Líder.
● É consultado sobre diversas questões, no campo profissional, no
particular, tornando-se solucionador de problemas e não um mero
espectador.
► A AUTOCONFIANÇA destaca-se como atributo a ser
aprimorado para a assunção de cargos.
● RESULTA do (a):
1 - preparo profissional;
2 - habilidade em transmitir esse conhecimento e;
3 - sentimento de satisfação que daí decorre.
► Resumo, para se aperfeiçoar como Líder, todos devem buscar se
tornar ponto de referência, adotando os seguintes procedimentos:
- ser sempre sincero com seus superiores, pares e subordinados;
- obedecer e assegurar-se de que as normas disciplinares são
obedecidas;
- estimular em seus subordinados o sentimento de sempre dizer a
verdade;
- ser justo e criterioso na aplicação de recompensas, elogios e
punições;
- desenvolver o gosto por atividades esportivas e intelectuais;
- respeitar a dignidade humana dos subordinados;
- desenvolver a coesão e a disciplina; e
- ser criativo.
► Os militares NÃO devem se restringir ao conhecimento dos
deveres específicos de sua incumbência, mas também sobre aqueles
de postos / graduações superiores.
► Devem buscar a sua evolução e a de seus companheiros, portanto,
o seu dia a dia deve ser um constante exercício da liderança.
Os que forem capazes de enfeixar os maiores conhecimentos e os
utilizarem no exercício de suas funções estarão aptos a alcançar as
mais destacadas posições na carreira.
● Por isso, eles NÃO devem se limitar ao conhecimento necessário
para o desempenho de suas tarefas.
● É dever de cada buscar o seu aprimoramento, não permitindo que
o aprendizado e o exercício da liderança fiquem restritos aos cursos
de formação.
● Destaca-se a necessidade de orientá-los, por ocasião das
avaliações, quanto ao comportamento, exercício da liderança,
visando ao constante aperfeiçoamento do desempenho individual e
coletivo.
● É na paz que se constrói a liderança para a guerra.
● Todos os militares devem ser incentivados a aprimorar sua
capacidade de liderança, buscando:
1- a constante atualização técnico-profissional;
2- a capacidade de perceber a situação e mudar adequadamente o
estilo de liderança a ser exercido;
3- aprimorar o relacionamento com outras Instituições, nacionais e
estrangeiras;
4- o conhecimento da conjuntura econômica e social; e
5- a sensibilidade no trato com os subordinados.
Devem ser capazes de compreender e usar todos os recursos que
lhes permitam identificar e resolver problemas, formular hipóteses e
avaliar a situação em prazos cada vez mais exíguos.
Merece destaque o papel dos oficiais em cargo de chefia,
comando ou direção. A eles são confiadas as mais elevadas
responsabilidades, que repercutem no destino da Instituição.
Portanto, não devem se limitar ao incentivo da prática da liderança
em suas OM, mas devem exaltar e ser exemplo, dos conceitos,
princípios e valores da Liderança Naval.
APLICAÇÃO DA LIDERANÇA NAS RELACÕES EXTRA
MB
Em grupos com militares das demais FA brasileiras - Segue-se como
parâmetro o EM e leis complementares, nos quais são definidos os
elos fundamentais entre chefes e subordinados: hierarquia e
disciplina, bem como a relação dos Comandos para a execução das
tarefas conjuntas.
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Nesse ambiente, destacam-se certas nuanças, decorrentes das
especificidades de cada força, sobre as quais o Líder deve ter
atenção, quais sejam:
1- a terminologia diferenciada;
2- os regulamentos, costumes e tradições;
3- o relacionamento entre os diferentes níveis hierárquicos; e
4- as diferentes atividades do “marinheiro”, do “soldado” e do
“aviador”.
Os Líderes navais, em situações de atuação combinada, devem
considerar esses aspectos.
O ponto de partida para a aglutinação de grupos com militares
das FA é enfatizar o dever militar - valor e ética - preconizados no
EM.
Em grupos com militares estrangeiros:
► O exercício da liderança, em operações combinadas com FA de
outros países, é dos mais complexos.
● As dificuldades se devem às diferenças culturais, sociais e
religiosas, como as relativas ao entendimento das formas de
cumprimentar, demonstrar satisfação ou insatisfação, alimentar-se e
realizar rituais religiosos, devendo ser consideradas pelo Líder.
● Assim como nas demais situações de lideranças, o Líder deverá
ser um LÍDER INTRAMUROS (para dentro), reconhecido pela
sua:
- conduta moral e profissional;
- percepção política; (credibilidade)
- conhecimento profissional; (todos os cenários)
- cultura geral (cena);
- habilidade de negociação; (todos os cenários)
- capacidade de comunicação; (todos os cenários) e
- iniciativa (credibilidade).
Obs: Como o Líder será reconhecido?
● Nessa relação, mais do que um representante da MB, o Líder é um
representante da Nação e, portanto, deve procurar alcançar
resultados positivos no melhor interesse da MB e do País.
Em grupos com pessoal de organizações civis:
► No ambiente que transcende aos grupos militares, o Líder naval
NÃO terá um grupo de liderados.
► Nesse ambiente, os conceitos básicos de liderança assumem um
valor maior pela necessidade da posse de uma grande capacidade de
influenciação, NÃO RESPALDADA NA HIERARQUIA E
DISCIPLINA.
Entram em cena:
1 - a negociação (reconhecido e credibilidade - habilidade de
negociação);
2 - a capacidade de comunicação (todos os cenários);
3 - o equilíbrio emocional;
4 - os conhecimentos técnicos profissionais; (todos os cenários); e
5 - a cultura geral (reconhecido).
Obs: o que entra em cena?
O Líder naval tem sua credibilidade associada à (ao):
- posição hierárquica;
- papel de chefe naval;
- percepção política (reconhecido);
- capacidade de comunicação (TODOS OS CENÁRIOS);
- iniciativa (RECONHECIDO);
- conhecimento técnico (todos os cenários); e
- habilidade de negociação (todos os cenários).
Obs: o que está associado à credibilidade do Líder?
O poder do Líder, nesses grupos, advém:
- do conhecimento ou habilidades especializados;
- das relações e ligações pessoais; e
- da autoridade pessoal e carisma.
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3 - ATRIBUTOS DE UM LÍDER (ANEXO A)
1) Exemplo - Apresentação pessoal e comportamento coerentes com
valores, normas e crenças da instituição.
“Não há nada que se exija tanto de um líder quanto dar o
exemplo pessoal, ou seja, do seu comportamento, pleno de valores
inerentes à ética militar, aceitos e respeitados pelo grupo.”
“A todo momento, o líder é observado por seus subordinados e
deve buscar conquistar-lhes a confiança, o respeito e a admiração.”
2) Integridade Ética - Honestidade, transparência e
comprometimento com os valores éticos da Instituição, como:
fidelidade, honra, coragem e lealdade (FHCL), entre outros.
Dentre os tributos que compõem a Integridade Ética, destacam-se:
I - Lealdade - verdadeiro, espontâneo e incansável devotamento a
uma causa, obediência à autoridade e respeito aos sentimentos de
dignidade alheia.
II - Coragem - apresenta-se sob duas formas:
Física - superação do medo ao dano físico no cumprimento do
dever; e
Moral - disposição para defender suas convicções, sobretudo em
situações críticas, opinar e agir sempre pelo bem, mesmo quando
não favorecer e ou até contrariar as conveniências pessoais.
Por sua importância na paz ou no combate, a Coragem Moral é
a capacidade de assumir responsabilidade por suas decisões e erros
(DE).
Cuidado! Assumir responsabilidades e enfrentar desafios -
Entusiasmo (EDE).
III - Caráter - combinação de traços de personalidade que dão
consistência ao comportamento, tem por base: crenças e valores,
sendo o fator preponderante nas decisões e no modo de agir de
qualquer pessoa.
Traços essenciais: a honestidade e a integridade; e
Base: crenças e valores.
3) Humildade - Consciência de que o líder pode não saber tudo,
estar equivocado em seu julgamento e que mais modernos / antigos
podem saber mais e ajudá-lo.
4) Competência Profissional - “Competências representam
combinações sinérgicas de conhecimentos, habilidades e atitudes,
expressas pelo desempenho profissional”
5) Determinação - Persistência para a realização de tarefas,
possibilitando vencer as dificuldades encontradas até concluí-las
com eficácia.
6) Entusiasmo - Disposição para assumir responsabilidades e
enfrentar desafios, demonstrando vibração pelo seu trabalho e pela
Organização.
7) Capacidade Decisória - Habilidade para considerar diversas
linhas de ação, diante de uma situação-problema, escolhendo a mais
adequada para implementá-la.
Quando necessário, o líder deve ser capaz de tomar decisões
difíceis com firmeza e coragem.
O líder deve ter firmeza em suas decisões, não sendo, irredutível,
diante das circunstâncias que se apresentam.
8) Autoconfiança - Capacidade de pensar e de decidir; convicção de
ter competência para ser bem-sucedido diante de dificuldades,
expressa pela segurança, firmeza e otimismo no modo de falar e de
agir.
9) Autocontrole - Estabilidade de humor e capacidade de atuar
mesmo sob pressão.
10) Flexibilidade - Maleabilidade de ideias e habilidade para
integrar novas informações, mesmo que divergentes em relação a
crenças e planejamentos, desde que agreguem valor. Capacidade de
adaptação a mudanças. Habilidade para atuar corretamente de modo
diverso em diferentes situações.
11) Altruísmo - Capacidade de se colocar no lugar dos liderados,
compreendendo-os, demonstrando interesse por suas necessidades,
provendo o desenvolvimento e bem-estar pessoal e profissional
destes.
12) Respeito - O líder que respeita seu subordinado é educado ao
dirigir-lhe a palavra. É imparcial em seus julgamentos, elogios e
críticas. Age com tato e demonstra consideração com seus
comandados.
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LIRERANÇA I - REVISÃO
13) Capacidade de Relacionamento Interpessoal - Habilidade
para lidar com pessoas, tato, respeito e consideração. Capacidade de
exercer o papel de mentor, cultivando habilidades alheias,
fornecendo feedback construtivo e reconhecimento oportuno.
14) Comunicação - Habilidade para persuadir e inspirar os
liderados, fomentando um sentido objetivo que vá além das tarefas
cotidianas, tornando o trabalho mais estimulante, visando à clareza,
objetividade e propriedade na expressão oral e escrita. Preocupação
com a disseminação eficaz de ordens e notícias, de forma a prevenir
mal-entendidos e boatos nocivos ao moral do grupo.
Nunca é demais lembrar que as ordens são mal executadas, não
por deficiência de quem as cumpriu, mas por falta de clareza de
quem as transmitiu. É por meio da boa comunicação que o líder
pode persuadir e motivar seus comandados.
15) Iniciativa - Faculdade de deliberar em circunstâncias
imprevistas ou na ausência dos superiores, agindo sob sua
responsabilidade, dentro da doutrina, a bem do serviço. Assim, é
preciso ter capacidade profissional, confiança em si e estar bem
orientado.
16) Senso de Justiça - Capacidade de julgar, imparcial e
respeitosamente, com base em dados objetivos, de acordo com o
mérito / desempenho de cada, não se deixando influenciar por
sentimentos pessoais, estereótipos ou preconceitos.
4 - JURAMENTO À BANDEIRA E ROSA DAS VIRTUDES
(ANEXO B)
4.1 - JURAMENTO À BANDEIRA
O compromisso de que trata o Art. 176 do Regulamento de
Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar
das Forças Armadas, será realizado perante a Bandeira
Nacional desfraldada, com o braço direito estendido à frente do
corpo, mão aberta, dedos unidos, palma para baixo, repetindo,
em voz alta e pausada, as seguintes palavras:
“INCORPORANDO-ME À MARINHA DO BRASIL -
- PROMETO CUMPRIR RIGOROSAMENTE -
- AS ORDENS DAS AUTORIDADES A QUE ESTIVER
SUBORDINADO-
- RESPEITAR OS SUPERIORES HIERÁRQUICOS -
- TRATAR COM AFEIÇÃO OS IRMÃOS DE ARMAS -
- E COM BONDADE OS SUBORDINADOS -
- E DEDICAR-ME INTEIRAMENTE AO SERVIÇO DA PÁTRIA
- CUJA HONRA, INTEGRIDADE E INSTITUIÇÕES -
- DEFENDEREI COM O SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA VIDA.”
4.2 - ROSA DAS VIRTUDES - VALORES DA MB
Os valores organizacionais representam os princípios que
devem nortear as ações e conduta de gestores e autoridades. Na
MB, esses valores são traduzidos por meio do conjunto dos
princípios e costumes expressos na “Rosa das Virtudes”,
fomentados pelas práticas de gestão de pessoal, a seguir
apresentadas:
1) HONRA
É o sentimento que induz à prática do bem, da justiça e da moral.
É a força que o impele (empurra) o indivíduo a prestigiar a sua
personalidade, como sentimento de patrimônio moral, de brio e
valor. (1º preceito ético - amar a verdade como fundamento de sua
dignidade).
É a virtude por excelência, porque em si contém todas as
demais.
Está acima da vida e de tudo que existe.
Os bens materiais são transitórios, a Honra sobrevive a tudo;
transmite-se à família, lar, profissão e à terra.
É o patrimônio da alma.
Na profissão, consiste na dedicação ao serviço, no cumprimento do
dever, na intrepidez (coragem) e na disciplina.
Um navio nunca se entrega ao inimigo e sua bandeira jamais se
arria em presença dele.
A Honra do Marinheiro o impede!
EA-HSG
CURSO ASCENSÃO
2) LEALDADE
É o devotamento a uma causa, obediência à autoridade e o
respeito à dignidade alheia.
O subordinado leal cumpre as ordens sempre com o mesmo
ardor, quer esteja perto ou longe de quem as deu.
Ela é mais do que obediência. Esta se refere à vontade do
superior; aquela, ao propósito de honestamente interpretá-la e
cumpri-la.
É o sentimento que leva o subordinado a fazer tudo quanto for
possível para bem cumprir uma ordem ou a missão.
A lealdade exige que se manifeste ao superior, no interesse do
serviço, toda incompreensão em relação à determinação recebida.
3) INICIATIVA
É o ânimo para conceber e executar. É uma manifestação de
inteligência, imaginação, atividade, saber e dedicação ao serviço.
Um militar cumpre as obrigações, as rotinas, faz o treinamento
regular de seus homens, etc. Um outro faz tudo isto e vê onde o
aperfeiçoamento pode ser introduzido. Não só o concebe, como se
interessa por sua adoção. Se a ação só dele dependa e a sua ideia não
vai ferir a conveniência do serviço, nem a harmonia da cooperação,
ele a adota, estuda e a desenvolve.
É a faculdade de deliberar acertadamente em circunstâncias
imprevistas ou na ausência dos superiores, agindo sob
responsabilidade própria, mas dentro da doutrina, a bem do serviço.
4) COOPERAÇÃO
Cooperar é auxiliar desinteressadamente; é esforçar-se em
benefício de uma causa. O militar deve sempre agir no interesse
maior do conjunto dos serviços.
Ela faz a eficiência da Marinha. Em todas as atividades, o
trabalho deve obedecer a esse espírito de comunhão de esforços, a
fim de que a potencialidade do conjunto seja a mais elevada
possível.
Assim, não se deve limitar apenas ao cumprimento das tarefas,
mas, sim, procurar ajudar-se na execução, buscando compreender as
necessidades e prioridades da Instituição.
É uma exigência para a eficiência da Instituição. Mas só possui
esta qualidade quem não dá guarida às influências perniciosas do
egoísmo, da intriga ou da indiferença, em prol de um sincero e
profissional desprendimento.
5) ESPÍRITO DE SACRIFÍCIO
É a disposição de oferecer interesses, comodidades, vida em prol
do cumprimento do dever. O cultivo desse atributo é praticado
vencendo os incômodos pessoais, os percalços do dia a dia. “Quem
não é fiel ao pouco, não será ao muito”; somente percebendo o valor
das coisas é que se desenvolve o Espírito de Sacrifício e se torna
capaz de dar um passo à formação do caráter marinheiro.
6) ZELO
NÃO depende de preparo profissional. É uma virtude que deve
ser comum a todos os que servem à Marinha. É consequência do
“amor próprio” à Marinha e à nação.
É o sentimento que leva a não poupar esforços para o
desempenho das funções.
Conduz à dedicação ao serviço, como autêntica expressão do
dever.
Está implícita a aceitação: serve-se à nação e não às pessoas.
Está ligado à probidade, vista como a capacidade de bem
administrar os bens, fundos e recursos confiados. Faz-se presente no
cumprimento de orçamentos e planos financeiros e no cuidado com
o patrimônio da Marinha.
7) CORAGEM
É a disposição natural que nos permite dominar o medo e
enfrentar o perigo. É a força capaz de fazer com que, aquele que ama
a vida, saiba arriscá-la e se disponha a morrer por uma causa nobre.
A Coragem é o destemor em combate.
Coragem Moral - força psíquica que ampara os homens nas
crises do pensamento e do caráter.
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É a sustentação das ordens, atitudes e convicções; assumir a
responsabilidade dos atos; afrontamento à perfídia, à inveja e à
incompreensão; a manutenção intransigente do rumo moral, custe o
que custar.
A coragem tem de andar de mãos dadas com a sabedoria, a
prudência, o bom senso e a calma. O militar corajoso é otimista;
confia em si; é eficiente; acredita no valor de seus companheiros.
Comanda seus subordinados, certo de conquistar o êxito.
8) ORDEM
É diligência (zelo, empenho), pois economiza o tempo;
previdência, porque o conserva. Como disciplina e método, orienta o
espírito e promove segurança, pois resguarda e alinha, em lugar
próprio, aquilo que será utilizado no futuro.
A sua falta traz o desperdício e a perda do tempo. O
aprendizado da arte de organizar inicia-se na ordenação do próprio
trabalho; organizando o material, os livros, os uniformes;
encontrando o tempo necessário para se ocupar dos estudos e demais
atividades.
9) FIDELIDADE
Ser fiel é ser honesto, ter têmpera forte para opinar e agir pelo
bem, mesmo quando não favorecer as conveniências pessoais.
A fidelidade ao serviço impede que o militar cuide de afazeres
estranhos à Marinha, durante o serviço, e negligencie suas
obrigações.
Executar ordens agradáveis, que partem de pessoas a quem se
dedica estima, é um dever fácil de cumprir. Mas, cumprir ordens
difíceis, arriscando a vida, contrariando os próprios interesses e
opiniões, por fidelidade ao serviço, é muito mais digno, porquanto
implica sacrifício, que caracteriza a virtude militar.
10) FOGO SAGRADO
É a paixão, fé e entusiasmo que o militar dedica à carreira; o
intenso amor à Marinha, o seu devotamento pela grandeza da sua
profissão; é a larga medida de uma vocação; de patriotismo; é o
supremo amor ao serviço.
É essa crença que anima a ponto de julgar que os deveres da lei
são o mínimo, e que, para bem servir, cumpre ir além do próprio
dever, fazer tudo quanto é possível, à custa, embora, de ingente
(grande) labor.
É a força que, dominando a alma do marinheiro, o conduz ao
sacrifício com vibração. Transmite-se; mas é preciso possuí-lo;
demonstrá-lo por meio de atitudes e ações vale mais do que por
meio de ordens e palavras (lembre-se: as palavras apenas
convencem; mas os exemplos arrastam).
É a alma da Marinha!
11) TENACIDADE
Aplicação é uma forma de dedicação, de amor ao serviço. É a
disposição para estudar tanto o material, bem como a maneira de
utilizá-lo; para estar a par das rotinas, da organização, da ordenança,
dos regulamentos e das leis; Na arte de conduzir os homens, o
campo é mais profundo: faz-se necessária a tenacidade, o poder da
vontade.
É o saber querer longamente, sem desfalecimento e sem trégua.
É a presença de ânimo perante obstáculo; a vontade de superar e
bem desempenhar a tarefa.
12) DECISÃO
Decidir é tomar resolução, é sentenciar, é orientar a ação. Não há
qualidade, no trato com seus subordinados, que aumente o respeito e
confiança desses do que sua capacidade de decidir. O irresoluto, o
perplexo, jamais poderá conduzir homens ou comandar navios.
Uma decisão vigorosa é a característica dos vencedores. Para
acertar, é necessário meditação, cálculo, considerações e reflexão a
respeito das circunstâncias, a fim de chegar a uma decisão.
O verdadeiro chefe medita antes de decidir. Se sabe dizer sim ou
não, com energia e acerto, e mantém-se firme em sua posição, ganha
confiança dos subordinados. A menos que novas circunstâncias se
apresentem, a modificação de uma decisão tomada dá a impressão
de que houve precipitação ou leviandade em formulá-la.
EA-HSG
CURSO ASCENSÃO
13) ABNEGAÇÃO
É o esquecimento voluntário do que há de egoístico nos desejos e
tendências naturais, em proveito de uma pessoa, causa ou ideia.
É a renegação de si e a disposição de se colocar a serviço dos
outros com o sacrifício dos próprios interesses. O caráter
marinheiro é carregado de Abnegação: tem a consciência do
“servir”.
Inclui a base de todas as virtudes, a humanidade. Possui a
simplicidade em todas as suas ações e palavras.
Fortalece o desenvolvimento de todas as atividades do serviço,
criando a unidade de ação, pois a abnegação é passar por cima de
qualquer interesse individual.
14) ESPÍRITO MILITAR
É a qualidade que impele o militar de cumprir com interesse,
ética, os deveres e obrigações do serviço, com disciplina e lealdade,
sempre animado pelo desejo de ver brilhar o seu navio; sua classe;
aumentar a eficiência e o prestígio da Marinha.
O militar demonstra estar possuído desse atributo: em sua
maneira de agir e se expressar; no apuro de seus uniformes; na
saudação aos superiores; na discrição; na seriedade ao serviço,
como expressão da dignidade da sua função e da eficiência dos seus
encargos.
O militar dotado desse atributo cria em torno de si um ambiente
de compostura, seriedade e confiança, qualidades essenciais a quem
comanda e tem sob sua responsabilidade a guarda e a defesa de
valores morais e materiais da Nação.
15) DISCIPLINA
É a força de coesão de qualquer coletividade humana. É
indispensável não só a um Organismo Militar, mas a qualquer outro
que pretenda reunir indivíduos.
Tem um único inimigo, o egoísmo.
A Disciplina não visa a tolher a personalidade, mas sim a regular
e coordenar esforços. Ela somente torna-se fecunda quando há
condições de ser alegre e ativa. Um simples conformismo ou o
receio das censuras ou sanções não trazem a disciplina.
O que a faz presente e aceita é um forte sentimento de interesse
comum e a correta percepção de um dever comum.
Assim entendida, não haverá o risco de ela coibir ou enfraquecer as
iniciativas, pois não será imposta, mas sim adquirida.
A Disciplina Militar manifesta-se pela:
- Obediência pronta às ordens do superior;
- Utilização total das energias em prol do serviço; e
- Pela correção de atitudes e cooperação espontânea em benefício da
disciplina coletiva e da eficiência da instituição.
Na Marinha, ela é inseparável da hierarquia e traduz-se no
perfeito cumprimento do dever.
16) PATRIOTISMO
É o sentimento que prende os indivíduos à sua terra. É a trama de
afetos que, através das gerações, vai sendo tecido em suas almas ao
redor do solo querido.
Externamente, é a emoção que os indivíduos sentem ao ouvir os
acordes do Hino Nacional e ao ver desfraldada a Bandeira de sua
Pátria.
É a crença na defesa dos ideais de Nacionalidade. Expressão de
carinho que os liga à terra que serviu de berço; é a força de coesão
que os torna solidários em um interesse comum, ensinando-os a bem
querer, servir, honrar e defender a Pátria.
5 - ORIENTAÇÕES SOBRE EXPEDIÇÃO DE ORDENS
O fato não é tão simples, exigindo, além do conhecimento de
normas, a ciência dos motivos determinantes de uma ordem.
É necessário antes de estabelecer “como dar ordens”, indagar:
“por quê”?; “o quê”?; e “quando”?
Para que sejam corretamente dadas, deve o chefe:
- Ser claro, ou seja, escolher palavras que signifiquem a mesma
coisa para ele e subordinados.
- Usar um tom de voz adequado - Devem ser dadas num tom de voz:
firme, natural, vigoroso, sem denotar exasperação, fadiga ou
aborrecimento.
7 CURSOASCENSAO.COM.BR
LIRERANÇA I - REVISÃO
- Evitar ordens simultâneas - Isso cria confusão, demora de
assimilação e desnorteamento às tarefas.
- Dar ordens simples, na sequência de tempo, de tal forma que as
tarefas mais importantes sejam realizadas primeiro.
- Reduzir ao mínimo as ordens negativas - Assim como as ordens
imperativas têm um efeito inibitório, as negativas são
contraindicadas e acarretam efeito contraproducente.
- Dar às ordens um conteúdo positivo. A natureza humana se torna
curiosa a respeito do que NÃO deve ser feito.
- Evitar ordens contraditórias - Claro que pode surgir a necessidade
de se modificar uma ordem. Em tais ocasiões, o subordinado deve
estar ciente de que o chefe “sabe o que está fazendo” e tem razões
para assim agir.
O propósito da expedição de ordens, depois de assinalar que se
devem considerar os fatores relativos à sua recepção, transmissão e
execução, focaliza os seguintes cuidados:
1 - Relativo à “atenção” - É importante que o subordinado focalize a
sua atenção nas ordens que lhe são dadas.
2 - Relativo à “memória” - À medida do possível, a ordem deve ser
curta e clara, de maneira que possa ser facilmente retida.
3 - Finalmente, verificar se foram compreendidas.
Normas apontadas por Beckman:
a) procure estar bem informado antes de dar a ordem;
b) determine a tarefa que o subordinado possa executar;
c) dê instruções precisas, breves, distintamente pronunciadas;
d) não tenha a compreensão da ordem como garantida;
e) repita-a, se não entendida;
f) pergunte: são claras - faça com que o subordinado as repita;
g) controle o mau gênio; evite a irreverência, o abuso e o sarcasmo
(zombaria);
h) faça uma demonstração da tarefa, quando necessário;
i) adote maneiras apropriadas ao indivíduo;
j) adequadas à situação;
k) não dê várias ordens ao mesmo tempo;
l) não determine mais trabalho do que possa ser executado;
m) escreva as mais difíceis;
n) explique a finalidade, se necessário;
o) verifique e corrija o que o subordinado faz;
p) depois de expedi-la, não importune ou permaneça junto
subordinado;
q) expeça-as por meio de canais apropriados - não infrinja as linhas
de autoridade;
r) dê os pormenores necessários, mas não estabeleça confusão com
excesso dos mesmos.
Depois de examinar as vantagens e desvantagens do uso de
ordens, BECKMAN enumera as oportunidades em que devem ser
usadas ordens escritas, quando:
1. transmitidas para outro local;
2. o subordinado tem a compreensão vagarosa ou é “esquecido”;
3. envolvem números precisos ou pormenores complicados;
4. se deseja manter o subordinado estritamente responsável;
5. é importante e necessita ser seguida à risca;
6. um “boletim” pode ser usado para ordens de caráter geral ou
designação de tarefas; e
7. da citação de “ordens gerais” ou determinação superior.
COMENTÁRIOS:
a) em algumas ocasiões, não é possível explicar a finalidade da
ordem, em razão da urgência de sua execução como em combate e
em emergências; e
b) devem, também, ser dadas por escrito, as que envolvem séria
responsabilidade, se o subalterno assim solicitar.
EA-HSG
CURSO ASCENSÃO
EXERCÍCIO
CAPÍTULO 1
1 - Valores como a honra, a dignidade, a honestidade, a lealdade e o
amor à pátria, assim como todos os outros considerados vitais pela
Marinha, devem ser praticados e transmitidos, permanentemente,
pelo Líder aos seus liderados. Esses valores estão relacionados a
qual dos princípios que regem o comportamento humano?
A) Psicológico.
B) Estratégico.
C) Sociológico.
D) Filosófico.
E) Democrático.
2 - Em relação aos elementos conceituais de liderança, analise as
afirmativas abaixo.
I - A prática dos fundamentos sociológicos da educação, seja ela
formal ou informal, desenvolvida por grupos sociais, independente
de suas crenças e culturas, constitui-se no elemento catalisador dos
valores universais.
II - Sem educação, perde-se a capacidade de perceber esses valores,
especialmente quando se trata daqueles universais, tais como: honra,
bondade e honestidade.
III - o contínuo desenvolvimento das qualidades dos militares da
MB como líderes deverá ser objeto de atenta e permanente atenção,
a ser trabalhada, conjuntamente, pela instituição e, prioritariamente,
por cada militar.
IV - A tarefa de doutrinamento visa a transmitir a correta
hierarquização de valores, priorizando-os em relação aos valores
materiais, como o dinheiro, o poder e a satisfação pessoal. Este é o
maior desafio a ser enfrentado por aquele que pretende exercer a
liderança de um grupo.
V - Os processos sociais de maior incidência nas sociedades e
grupos humanos são: cooperação, competição e luta.
Assinale a opção correta.
A) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.
B) Apenas as afirmativas I, II, IV e V são verdadeiras.
C) Apenas as afirmativas III, IV e V são verdadeiras.
D) Apenas as afirmativas III e IV são verdadeiras.
E) Apenas as afirmativas III e V são verdadeiras.
3 - Axiologia consiste na hierarquização de valores, sendo os
considerados vitais para a MB, dentre outros:
A) Dinheiro, poder e satisfação pessoal.
B) Honra, dignidade e satisfação pessoal.
C) Poder, satisfação pessoal e lealdade.
D) Bondade, dignidade e lealdade.
E) Honra, dignidade e lealdade.
4 - De acordo com o EMA-137, quais são os processos sociais de
maior incidência nas sociedades e nos grupos humanos?
A) A liderança, a educação e o civismo.
B) O dinheiro, o poder e a satisfação pessoal.
C) A honra, a dignidade e a honestidade.
D) A cooperação, a competição e o conflito.
E) A lealdade, o valor militar e o amor à pátria.
5 - Dentre os estilos de liderança, qual é o mais conhecido e de mais
fácil adoção, podendo ser útil e, até mesmo, recomendável em
situação de combate?
A) Direta. D) Operacional.
B) Organizacional. E) Transformacional.
C) Centralizador.
8 CURSOASCENSAO.COM.BR
LIRERANÇA I - REVISÃO
6 - Com relação aos estilos de liderança, analise as afirmativas
abaixo e assinale a opção correta.
I - A Liderança Centralizadora pode ser útil e, até mesmo,
recomendável, em situações especiais - em combate, por exemplo,
sendo a forma de liderança mais conhecida e de mais fácil adoção.
II - A Liderança Transformacional é especialmente indicada para
situações de pressão, crise e mudança, que requerem elevados níveis
de envolvimento e comprometimento dos subordinados.
III - No estilo democrático, o líder deve estabelecer um ambiente de
respeito, confiança e entendimento recíprocos, devendo possuir, para
tanto, ascendência técnico-profissional sobre seus subordinados e
conduta ética e moral compatíveis com o cargo que exerce.
IV - Na Liderança Delegativa, o ponto crucial do sucesso é saber
delegar atribuições sem perder o controle da situação e, por essa
razão, o líder, também, deverá ser altamente qualificado e motivado.
O controle das atividades dos elementos subordinados é baixo,
competindo ao chefe as tarefas de controlar orientar e incentivar o
grupo para atingir as metas estabelecidas.
V - Na Liderança Orientada para Relacionamento (LOR), O líder
trabalha com interesses e necessidades dos seguidores, oferecendo-
lhes recompensas econômica ou psicológica em troca de esforço
para alcançar os resultados.
Assinale a opção correta.
A) Apenas as afirmativas I, II, III e IV são verdadeiras.
B) Apenas as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
C) Apenas as afirmativas I, II, III e V são verdadeiras.
D) Apenas as afirmativas I, II, IV e V são verdadeiras.
E) Apenas as afirmativas II, III e IV são verdadeiras.
7 - Em relação aos estilos de liderança, é INCORRETO afirmar que
na
A) Liderança Participativa, os componentes do grupo são
incentivados a opinarem sobre as formas como uma tarefa
poderá ser realizada, cabendo a decisão final ao Líder.
B) Liderança Transformacional, o líder trabalha com interesses e
necessidades primárias dos seguidores, oferecendo recompensas
de natureza econômica ou psicológica, em troca de esforço para
alcançar os resultados organizacionais desejados.
C) Liderança Orientada para Tarefa (LOT), o líder focaliza o
desempenho de tarefas e a realização de objetivos, transmitindo
orientações específicas, definindo maneiras de realizar o
trabalho.
D) Liderança Orientada para Relacionamento (LOR), o foco do líder
é a manutenção e fortalecimento das relações pessoais e do
próprio grupo.
E) LOT, a especialização em tarefas é a principal responsabilidade
do Líder, à medida que possui a necessária qualificação
profissional para o exercício da função.
8 - De acordo com a Doutrina de Liderança na MB, qual o
componente comum a todo atributo de um Líder?
A) Especialização em tarefas.
B) Preservar as boas relações pessoais no grupo.
C) Capacidade de influenciar seus seguidores.
D) Capacidade profissional.
E) Conduzir as operações pela força do exemplo no cumprimento
da missão.
EA-HSG
CURSO ASCENSÃO
9 - Em relação à Liderança Transformacional e às características de
seus aspectos, NÃO é correto afirmar que
A) é especialmente indicada para situações de pressão, crise e
mudança, que requerem elevados níveis de envolvimento e
comprometimento dos subordinados.
B) A Consideração Individualizada - implica em considerar as
necessidades diferenciadas dos subordinados, dedicando atenção
pessoal, orientando tecnicamente e aconselhando
individualmente, oferecendo também meios efetivos de
desenvolvimento e auto superação.
C) A Estimulação Intelectual - consiste em encorajar os
subordinados a questionarem sua forma usual de fazer as coisas,
além de incentivar a criatividade, o autodesenvolvimento e a
autonomia de pensamento
D) A Inspiração Motivadora - consiste na capacidade de
apresentar uma visão, dando sentido à missão a ser realizada, de
instilar (introduzir) orgulho.
E) O Carisma - Inclui também a capacidade de simplificar o
entendimento sobre a importância dos objetivos a serem
atingidos e a possibilidade de criar símbolos, “slogans” ou
imagens que sintetizam e comunicam metas e ideais,
concentrando assim os esforços.
10 - Em relação ao estilo de Liderança Centralizadora, é
INCORRETO afirmar que
A) baseia a sua atuação numa disciplina rígida, impondo obediência
e mantendo-se afastado de relacionamentos menos formais com
os seus subordinados.
B) pode ser útil e, até mesmo, recomendável, em situações especiais
como em combate.
C) é aceita como correta e legítima pela estrutura do grupo.
D) apesar de inibir a iniciativa do subordinado, considera os
aspectos humanos, dentre eles, o relacionamento líder-liderados.
E) a principal restrição a esse tipo de liderança é o desinteresse
pelos problemas e ideias, tolhendo a iniciativa e, por
conseguinte, a participação e a criatividade dos subordinados.
11 - Qual o estilo de liderança caracteriza-se também pela
administração por exceção, que implica num gerenciamento atuante
somente no sentido de corrigir erros?
A) Liderança Centralizadora.
B) Liderança Transformacional.
C) Liderança Transacional.
D) Liderança Orientada para Tarefa.
E) Liderança Orientada para Relacionamento.
12 - Em relação aos níveis de liderança, é INCORRETO afirmar que
A) a Liderança Direta, conquanto seja mais intensa no comando de
pequenas frações ou unidades, será sempre exercida na carreira
de um militar, tendo em vista que a estrutura organizacional da
Força exige o trato com assessores e subordinados diretos.
B) a Liderança Organizacional desenvolve-se em organizações de
maior envergadura, normalmente estruturadas como Estado-
Maior, conduzem operações pela força do exemplo, estimulando
os subordinados e supervisionando-os apropriadamente.
C) na Liderança Direta, os líderes usam a doutrina para pautar suas
condutas e adquirir certeza de que suas escolhas são as melhores.
D) os líderes estratégicos exercem sua liderança no âmbito dos
níveis mais elevados da Instituição e sua influência é ainda mais
indireta e distante do que a dos líderes organizacionais.
E) o sucesso de um líder estratégico significa deixar a Força pronta
para vencer uma variedade de conflitos no presente e permanecer
pronta para enfrentar as incertezas do futuro.
9 CURSOASCENSAO.COM.BR
LIRERANÇA I - REVISÃO
13 - Correlacione os níveis de liderança às suas respectivas
características, e assinale a opção correta, sabendo que podem existir
mais de uma característica de um mesmo nível de liderança.
I - Liderança Direta
II - Liderança Organizacional
III - Liderança Estratégica
(.....) Os resultados de suas ações são frequentemente menos visíveis
e mais demorados.
(.....) Mais presente em escalões inferiores quando o contato pessoal
é constante.
(.....) Empregada para conduzir a realização de uma visão de futuro
desejável.
(.....) Relacionamento face a face do Líder com os liderados.
(.....) Os Líderes influenciam por meio de propósitos significativos,
direções claras e motivação consistente.
A) ( II ) ( I ) ( III ) ( I ) ( III ) D) ( III ) ( I ) ( II ) ( III ) ( I )
B) ( I ) ( II ) ( III ) ( II ) ( III ) E) ( I ) ( III ) ( III ) ( II ) ( I )
C) ( II ) ( III ) ( I ) ( I ) ( II )
CAPITULO 2
14 - Em relação à aplicação da liderança nas relações que
transcendem aos grupos militares das Forças Armadas brasileiras,
assinale a opção INCORRETA.
A) O Líder naval não terá um grupo de liderados sobre os quais
tenha ascendência hierárquica militar.
B) O ponto de partida para a aglutinação de grupos com militares
das demais Forças Armadas é enfatizar as obrigações militares -
valor e ética.
C) O Líder Naval, nesses ambientes, tem a sua credibilidade
associada à sua posição hierárquica, papel de chefe naval,
percepção política, capacidade de comunicação, iniciativa,
conhecimento técnico e habilidade de negociação.
D) Em grupos com militares estrangeiros, da mesma forma que nas
demais situações de lideranças, o Líder deverá ser,
necessariamente, um Líder intramuros, reconhecido pela sua
conduta moral e profissional, percepção política, conhecimento
profissional, cultura geral, habilidade de negociação, capacidade
de comunicação e iniciativa.
E) No ambiente que transcende aos grupos militares, o poder do
Líder advém do conhecimento ou habilidades especializadas, das
relações e ligações pessoais, e da autoridade pessoal e carisma.
15 - Em relação ao exercício da liderança pelo pessoal da MB, é
INCORRETO afirmar que
A) a importância do exercício da liderança é fundamental para que
se possa alcançar altos índices de operacionalidade, coesão e
lealdade entre os seus integrantes.
B) a Liderança Naval é um processo de influenciação utilizado por
todos os escalões, no trato com os subordinados, em busca da
harmonia entre os objetivos da Instituição e os interesses
pessoais, fundamentada em leis e tradições navais.
C) a Liderança Naval é exercida nos âmbitos interno e externo,
condicionada às normas estatutárias da hierarquia e da disciplina.
D) No âmbito externo, nem sempre é buscada propriamente uma
liderança, mas sim um relacionamento tal que facilite a
necessária persuasão quando houver necessidade de apoio à
consecução dos interesses da Administração Naval.
E) Nas relações extra MB com os militares das demais Forças
armadas, militares estrangeiros ou pessoal de organizações civis,
os conceitos de liderança também podem ser ferramentas úteis.
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ANEXO A
16 - De acordo com a Doutrina de Liderança da MB, classifique os
atributos abaixo com (V) se forem verdadeiros e (F) se forem falsos
e assinale a opção correta.
(.....) Autoconfiança - opinar e agir sempre pelo bem, mesmo e,
principalmente, quando não favorecer e ou até contrariar as
conveniências pessoais.
(.....) Coragem - capacidade de assumir responsabilidade por suas
decisões e erros.
(.....) Dedicação - Persistência para a realização de tarefas,
possibilitando vencer as dificuldades encontradas até concluí-las
com eficácia, dentro dos prazos estabelecidos.
(.....) Confiança - Estabilidade de humor e capacidade de atuar
eficazmente, mesmo sob pressão.
A) ( V ) ( V ) ( V ) ( V )
B) ( V ) ( V ) ( V ) ( F )
C) ( F ) ( V) ( V ) ( F )
D) ( V ) ( V ) ( F ) ( V )
E) ( F ) ( F ) ( F ) ( F )
17 - Assinale a opção que apresenta a definição de um dos principais
atributos de um Líder.
A) RESPEITO - os líderes que trabalham bem em grupo produzem
uma atmosfera de solidariedade amistosa e constituem, eles
mesmos, modelos de respeito, prestimosidade e cooperação.
B) CAPACIDADE DECISÓRIA - é a faculdade de deliberar
acertadamente em circunstâncias imprevistas ou na ausência dos
superiores, agindo sob responsabilidade própria, mas dentro da
doutrina, a bem do serviço.
C) AUTOCONTROLE - estabilidade de humor e capacidade de
atuar eficazmente, mesmo sob pressão.
D) CORAGEM - é a habilidade para considerar diversas linhas de
ação, diante de uma situação-problema, escolhendo, em tempo
hábil, aquela mais adequada para, assim, implementá-la.
E) HUMILDADE - é habilidade para atuar corretamente de modo
diverso em diferentes situações.
18 - Com relação aos atributos de um líder, é correto afirmar que
A) Coragem - capacidade de assumir responsabilidade por suas
decisões e erros.
B) Caráter - combinação de traços de personalidade que dão
consistência ao comportamento e tem por base as crenças e
valores, sendo o fator preponderante nas decisões e no modo de
agir de qualquer pessoa.
C) Entusiasmo - Persistência para a realização de tarefas,
possibilitando vencer as dificuldades encontradas até concluí-las
com eficácia, dentro dos prazos estabelecido.
D) Determinação - Disposição para assumir responsabilidades e
enfrentar desafios, demonstrando vibração espontânea e
contagiante pelo seu trabalho e pela Organização.
E) Capacidade decisória - Capacidade de pensar e de decidir,
autonomamente, e convicção de ter competência para ser bem
sucedido diante de dificuldades, expressa pela segurança,
firmeza e otimismo no modo de falar e de agir.
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19 - Correlacione os principais atributos de um líder às suas 23 - É a disposição sincera de oferecer, espontaneamente, interesses,
respectivas definições e assinale, a seguir, a opção correta. comodidades, vida, tudo, em prol do cumprimento do dever,
praticado vencendo os pequenos incômodos pessoais, os menores
PRINCIPAIS ATRIBUTOS
percalços do dia a dia. “Quem não é fiel no pouco, certamente não
I - Determinação será no muito”: somente percebendo o valor das coisas é que se
II - Entusiasmo desenvolve esse atributo e se torna capaz de dar um passo a mais na
III - Respeito formação do caráter marinheiro. O enunciado acima refere-se a um
dos componentes que integram a Rosa das Virtudes, previstos na
IV - Capacidade de Relacionamento Interpessoal
Doutrina de Liderança da Marinha, denominado:
DEFINIÇÕES A) Cooperação. D) Lealdade.
(.....) Capacidade de exercer o papel de mentor, cultivando B) Coragem. E) Espírito de Sacrifício.
habilidades alheias, fornecendo feedback construtivo e C) Iniciativa.
reconhecimento oportuno.
(.....) É imparcial em seus julgamentos, seus elogios e suas críticas. 24 - Está intimamente ligado à probidade, vista como a capacidade
Age com tato e demonstra consideração com cada um de seus de bem administrar os bens, fundos e recursos que nos foram
comandados. confiados. Faz-se presente, assim, no exato cumprimento de
(.....) É uma disposição para assumir responsabilidades e enfrentar orçamentos e planos financeiros e no atento cuidado com o
desafios, demonstrando vibração espontânea e contagiante pelo seu patrimônio da Marinha. O enunciado acima refere-se a um dos
trabalho e pela Organização. componentes que integram a Rosa das Virtudes, previstos na
(.....) Persistência para a realização de tarefas, possibilitando vencer Doutrina da Liderança de Marinha, denominado:
as dificuldades encontradas até concluí-las com eficácia, dentro dos A) Cooperação.
prazos estabelecidos. B) Coragem.
A) ( I ) ( III ) ( II ) ( IV ) C) Iniciativa.
B) ( IV ) ( III ) ( II ) ( I ) D) Zelo.
C) ( IV ) ( II ) ( I ) ( III ) E) Espírito de Sacrifício.
D) ( III ) ( V ) ( II ) ( I )
E) ( I ) ( II ) ( III ) ( IV ) 25 - De acordo com o EMA-137, Doutrina da Liderança da Marinha,
qual componente da Rosa das Virtudes de um líder naval,
ANEXO B corresponde à disposição sincera de realmente oferecer,
espontaneamente, interesses, comodidades, vida, tudo, em prol do
20 - De acordo com o EMA-137 - Doutrina de Liderança da
cumprimento do dever?
Marinha, qual dos componentes que integram a Rosa das Virtudes é
definido pela qualidade que impele o militar de cumprir com natural A) Abnegação. D) Espírito de Sacrifício.
interesse, dentro da ética, os deveres e obrigações do serviço, com B) Decisão. E) Coragem.
disciplina e lealdade, sempre animado pelo desejo de ver brilhar o C) Tenacidade.
seu navio, a sua classe e aumentar a eficiência e o prestígio da
Marinha?
A) Espírito de sacrifício.
B) Abnegação.
C) Espírito militar.
D) Honra.
E) Patriotismo.

21 - É o esquecimento voluntário do que há de egoístico nos desejos

e tendências naturais, em proveito de uma pessoa, causa ou ideia.
Esse conceito, portanto, fortalece o desenvolvimento de todas as
atividades de serviço à Marinha, criando a unidade de ação, pois é
passar por cima de qualquer interesse individual. O enunciado acima
refere-se a um dos componentes que integram a Rosa das Virtudes,
previstos na Doutrina de Liderança da Marinha, denominado:
A) Abnegação. D) Fidelidade.
B) Lealdade. E) Tenacidade.
C) Fogo Sagrado.

22 - É a faculdade de deliberar acertadamente em circunstâncias

imprevistas ou na ausência dos superiores, agindo sob
responsabilidade própria, mas dentro da doutrina, a bem do serviço.
É o ânimo para conceber e executar. É uma manifestação de
inteligência, imaginação, atividade, saber e dedicação ao serviço. O
enunciado acima refere-se a um dos componentes que integram a
Rosa das Virtudes, previstos na Doutrina de Liderança da Marinha,
denominado:
A) Fidelidade. D) Lealdade.
B) Coragem. E) Espírito de Sacrifício.
C) Iniciativa.

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GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
D D E D C B B C E D C C A B C E C B B C A C E D D

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