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Aplicação da teoria dos

precedentes no direito
previdenciário
Malcon Robert
Aplicação da teoria dos precedentes no
direito previdenciário
• Primeiramente, há que se pensar em uma
profunda mudança cultural por parte dos
julgadores, sejam juízes, desembargadores ou
ministros. Mas não só: também dos demais
construtores do direito, os advogados, públicos e
privados.
Aplicação da teoria dos precedentes no
direito previdenciário
• EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ATRIBUIÇÃO DE EFEITOS
INFRINGENTES. DECISÃO RECLAMADA PROFERIDA À ÉPOCA
DA SUSPENSÃO PREVISTA NO CPC. RECLAMAÇÃO
PROCEDENTE. 1. Determinada a suspensão, durante o período
previsto nos artigos 980 e 982 do NCPC, é defeso o julgamento de
processo cuja tese esteja afetada em IRDR no respectivo tribunal,
conforme verificado na espécie. 2. Embargos de declaração
providos para, atribuindo-lhe efeitos infringentes, julgar procedente
a reclamação. (TRF4 5016442-74.2018.4.04.0000, TERCEIRA
SEÇÃO, Relator PAULO AFONSO BRUM VAZ, juntado aos autos
em 30/09/2019). (frisei).
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direito previdenciário
• Formação de precedentes com participação plena
dos “interessados”, especialmente instituições que
possam contribuir para o melhor debate, inclusive
com convite, de ofício, para entidades
representativas, pelo que concluo faltar “validade”
às decisões proferidas antes do atual Código de
Processo Civil – CPC.
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• Atenção plena para todas as particularidades do


precedente a ser formado.
• Exemplo, a possível revogação da obrigatoriedade
de ter que se devolver o que se recebeu a título de
tutela provisória.
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• “Nesse sentido, a tese repetitiva alusiva ao Tema 692 merece ser
revisitada para que, com um debate mais ampliado e
consequencialista da decisão, sejam enfrentados todos os pontos
relevantes. Assim, a tese de que „a reforma da decisão que
antecipa a tutela obriga o autor da ação a devolver os benefícios
previdenciários indevidamente recebidos‟ pode ser reafirmada,
restringida no seu âmbito de alcance ou mesmo cancelada. Mas
tudo com a consideração necessária de todas as situações
trazidas, sejam no âmbito das questões debatidas nos processos
nos quais proposta a questão de ordem, sejam em referência ao
próprio entendimento do STF na matéria.”
• (STJ, REsp 1.734.685/SP, ainda não julgado)
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• Não deixar dúvidas também quanto às rationes
decidendi e o que seria eventualmente obiter
dictum. Exemplo de tal vício: RE 630.501/RS, do
STF, que ao final, sem qualquer relação com o
caso, cogitou, indevidamente, de prazo decadencial
na revisão do direito ao “melhor benefício”.
• Prova disso: julgamento de tal tema pelo STJ (tema
966).
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• Necessidade de ter ferramentas que possam
permitir a revisão/superação do precedente
(overruling) ou mesmo distinção (distinguishing),
que no CPC permite, inclusive, o manejo de Ação
Rescisória, diferentemente do que temos do JEF.
• (v. – art. 489, §1º, VI e 966, V, do CPC).
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• Respeito ao princípio da confiança legítima, com
mais valorização dos precedentes então firmados
– overruling prospective, caso, por exemplo, do
RE 631.240/MG.
• Aliás, perdeu-se tal oportunidade quanto à
desaposentação.
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Muito obrigado pela atenção e até o


próximo ano, se DEUS assim permitir!

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