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Professora: Dra.

Amanda Motta Castro


Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FURG)
AULA DE HOJE:
OBRA DE LÉLIA

LIVROS
ENTREVISTA
CARTAS
ARTIGOS CIENTIFICOS
ARTIGOS JORNAIS
MANIFESTOS
ENTREVISTAS
LUGAR DE NEGRO
(1982)
FESTAS POPULARES NO BRASIL
(1987)

Festas Populares no
Brasil recebeu um prêmio
internacional na categoria
“os mais belos livros do
mundo”, na Feira de
Leipzig/Alemanha.
LÉLIA GONZALEZ
(2010)
PRIMAVERA PARA AS ROSAS NEGRAS
(2018)
HOSPEDANDO LÉLIA GONZALEZ
(2019)

http://eavparquelage.rj.gov.br/wp-content/uploads/2020/03/livro_hospedando_lelia_gonzalez_visualizacao.pdf
POR UM FEMINISMO AFRO LATINO
AMERICANO (2020)
QUAL SEU ESCOPO?

 Racismo
 Mulheres
 Mulheres Negras
 Classes populares
 Indigenas
 Populações negras

https://www.facebook.com/grupodeestudoepesquisaleliagonzalez
CRUZADA
DEMOCRACIA RACIAL??? NADA DISSO!!!
( 1981)

[...]. E culminando pinta esse orgulho besta


de dizer que a gente é uma democracia
racial. Só que quando a negrada diz que não
é, caem de pau em cima da gente, xingando a
gente de racista. Contraditório, né? Na
verdade, para além de outras razões, reagem
dessa forma porque a gente põe o dedo na
ferida deles, a gente diz que o rei tá pelado.
E o corpo do rei é preto e o rei é escravo.
POR UM FEMINISMO AFROLATINOAMERICANO
1988

“Falar da opressão da mulher latino-


americana é falar de uma generalidade
que oculta, enfatiza, que tira de cena a
dura realidade vivida por milhões de
mulheres que pagam um preço muito
caro pelo fato de não ser brancas.”
PRETOGUÊS
A CATEGORIA POLÍTICO -CULTURAL DE
AMEFRICANIDADE,1988

 [...] aquilo que chamo de 'pretoguês' e que nada


mais é do que marca de africanização do
português falado no Brasil [...], é facilmente
constatável sobretudo no espanhol da região
caribenha. O caráter tonal e rítmico das línguas
africanas trazidas para o Novo Mundo, além da
ausência de certas consoantes (como o l ou o r,
por exemplo), apontam para um aspecto pouco
explorado da influência negra na formação
histórico-cultural do continente como um todo (e
isto sem falar nos dialetos 'crioulos' do
Caribe.1988
A CATEGORIA POLITICO-CULTURAL DA
AMEFRICANIEDADE 1988

 As implicações políticas e culturais da categoria de


Amefricanidade ('Amefricanity') são, de fato, democrá-
ticas; exatamente porque o próprio termo nos permite
ultrapassar as limitações de caráter territorial,
lingüístico e ideológico, abrindo novas perspectivas
para um entendimento mais profundo dessa parte do
mundo onde ela se manifesta: A AMÉRICA [...]. Para
além do seu caráter puramente geográfico, a categoria
de Amefricanidade incorpora todo um processo
histórico de intensa dinâmica cultural (adaptação,
resistência, reinterpretação e criação de novas formas)
que é afrocentrada [...]. Seu valor metodológico, a meu
ver, está no fato de permitir a possibilidade de resgatar
uma unidade específica, historicamente forjada no
interior de diferentes sociedades que se formaram
numa determinada parte do mundo.
Amefricanidade é então conceituada como “um processo
histórico de intensa dinâmica cultural (resistência, acomodação,
reinterpretação, criação de novas formas) referenciada em
modelos africanos e que remete à construção de uma identidade
étnica. [O valor metodológico desta categoria] está no fato de
resgatar uma unidade específica, historicamente forjada no
interior de diferentes sociedades que se formaram numa
determinada parte do mundo. Uma unidade que, sem apagar as
matrizes africanas, resgata a experiência fora da África como
central.
Luiza Bairros - GELEDÉS
 No pensamento de Lélia, o núcleo da amefricanidade é
constituído pela cultura negra que, informando toda a
cultura brasileira, se expressa “na cotidianidade de nossos
falares, gestos, movimentos e modos de ser que atuam de
tal maneira que deles nem temos consciência. É isso que
caracteriza a cultura viva de um povo.” Entretanto, a cultura
negra “não é apenas o samba, o pagode, ou o funk. Mas ela
também é o rock, o reggae, o jazz. Ela não é apenas a
Umbanda ou o Candomblé, mas é também o transe das
igrejas carismáticas, católicas e protestantes. Ela não é
apenas o ´nós vai´ e o ´nós come´. Mas a musicalidade e as
pontuações discursivas que nos diferenciam dos falares
portugueses e africanos.
Luiza Bairros - GELEDÉS
GONZALEZ, Lélia. A mulher negra na sociedade brasileira. In: MADEL,
Luz. (Org.). O lugar da mulher: estudos sobre a condição feminina na
sociedade atual. Rio de Janeiro: Ed. Graal, 1982a, p. 87 -106.
GONZALEZ, Lélia. O movimento negro na última década. In: Gonzalez,
Lélia; HASENBALG, Carlos. (Org.). Lugar de negro. Vol. 3. Rio de
Janeiro: Ed. Marco Zero, 1982b, p. 9 -66.
GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Ciências
sociais hoje, v. 2, 1984, p. 223 -244.
GONZALEZ, Lélia. A categoria político -cultural de amefricanidade.
Tempo Brasileiro, v. 92, n. 93, p. 69 -82, 1988a.
GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo Afro -latino-Americano, 1988b.
Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/271077/mod_resource/content
/1/Por%20um% 20feminismo%20Afro -latino-americano.pdf. Acesso em:
15 jun. 2017.
GONZALEZ, Lélia e HASENBALG, Carlos. Lugar de Negro. Rio de
Janeiro: Marco Zero, 1982,
(Coleção 2 Pontos).
GONZALEZ, Lélia. O papel da mulher na sociedade brasileira.
Apresentado no Spring
Symposium The Political Economy of the Black World, Los Angeles,
Center for Afro-American
Studies:UCLA, 1979. (mimeo).
______ A Categoria Político -Cultural de Amefricanidade. Revista
Tempo Brasileiro. Rio de
Janeiro: Edição Revista Tempo Brasileiro, 92/93 janeiro – junho, 1988.
______ A Mulher Negra na Sociedade Brasileira (Uma abordagem
político-econômic[a]). In:
MADEL, Luz. (org.). O lugar da Mulher (Estudos sobre a condição
feminina na sociedade
atual)”. Rio de Janeiro: Graal, V.1, 1982, (Coleção Tendências).
______ A Questão Negra no Brasil. Cadernos Trabalhistas. Rio de
Janeiro: Global, 1981
______ Festas Populares no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Índex
ltda., 1987.
______ Nanny: Pilar da Amefricanidade. Revista Humanidades.
Brasília: UnB, nº 17, 1988.
______ Racismo e sexismo na Cultura Brasileira. In: SILVA, L. A.

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