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DESTAQUES
A CRIANÇA, A LUDICIDADE E A APRENDIZAGEM
Eliana da Silva Petek
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1
Ano II - Nº 13 - Fevereiro de 2021 - ISSN: 2675-2573
A educação evolui quanto mais evoluem seus profissionais www.primeiraevolucao.com.br
Ano II - nº 13 Feveiro de 2021 - ISSN 2675-2573
https://doi.org/10.52078/rpe13
Editor Responsável:
Antônio R. P. Medrado
Coordenação editorial:
Ana Paula de Lima
Isac dos Santos Pereira
Organização:
Ivete Irene dos Santos
Vilma Maria da Silva
Manuel Francisco Neto (Angola)
Adeílson Batista Lins
Patrícia Tanganelli Lara
Thais Thomaz Bovo
Veneranda Rocha de Carvalho
Vilma Maria da Silva
AUTORES(AS)
São Paulo
2021 www.primeiraevolucao.com.br
2 Ano II - Nº 13 - Fevereiro de 2021 - ISSN: 2675-2573
A revista PRIMEIRA EVOLUÇÃO é um projeto editorial criado pela
Ano II - Nº 13 - Feveiro de 2021
ISSN: 2675-2573 Edições Livro Alternativo para auxiliar professores(as) a publicarem suas
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pesquisas, estudos, vivências ou relatos de experiências.
Editor Responsável: O corpo editorial da revista é formado por professores, especialistas,
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mestres e doutores que atuam na rede pública de ensino, e por
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profissionais do livro e da tecnologia da informação.
Ana Paula de Lima
Isac dos Santos Pereira
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Manuel Francisco Neto (Angola) PROPÓSITOS:
Patrícia Tanganelli Lara Rediscutir, repensar e refletir sobre os mais diversos aspectos
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Veneranda Rocha de Carvalho educacionais com base nas experiências, pesquisas, estudos e vivências
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dos profissionais da educação;
Com. de Avaliação e Leitura: Proporcionar a publicação de livros, artigos e ensaios que contribuam
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Profa. Esp. Ana Paula de Lima para a evolução da educação e dos educadores(as);
Profa. Dra. Denise Mak Possibilitar a publicação de livros de autores(as) independentes;
Prof. Me. Isac dos Santos Pereira
Profa. Me. Ivete Irene dos Santos Promover o acesso, informação, uso, estudo e compartilhamento de
sofwares livres;
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Profa. Dra. Patrícia Tanganelli Lara
Profa. Dra. Thaís Thomaz Bovo Incentivar a produção de livros escritos por professores e autores inde‐
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pendentes.
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Lee Anthony Medrado PRINCÍPIOS:
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Tel. (11) 98031-7887 divulgação, palestras, apresentações etc desenvolvidas pelo grupo;
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ÍNDICE
05 APRESENTAÇÃO Prof. Me. Adeílson Batista Lins
COLUNAS
14 Catalog’Art; Naveg’Ações de Estudantes
67 POIESIS
ARTIGOS
Destaque
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• -Não se pode, imediatamente, ocorrer cor‐ ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
reção gráfica nem correção ortográfica.
Existem diferenças entre alfabetização
Entretanto, no processo de alfabetiza‐ e letramento, porém como vamos observar
ção inicial, nem sempre esses critérios são uti‐ aqui, são duas ações complementares não po‐
lizados. Por isso é necessário um olhar atento dendo se desvincular. De acordo com Rios e
e contínuo para que a alfabetização se efetive Libânio (2009, p. 33) “a alfabetização e o le‐
de forma cuidadosa e completa, onde os alu‐ tramento são processos que se mesclam e co‐
nos compreendam o que leem e escrevem. A existem na experiência de leitura e escrita nas
metodologia normalmente utilizada pelos pro‐ práticas sociais, apesar de serem conceitos
fessores parte daquilo que é mais simples, pas‐ distintos”.
sando para os mais complexos.
Podemos dizer sobre alfabetização, que
não basta saber as letras, se faz necessário in‐
SOBRE OS MÉTODOS E AS POLÊMICAS terpretar:
Para FERREIRO e TEBEROSKY (1985, Uma pessoa alfabetizada conhe‐
p.18), ”a preocupação dos educadores tem-se ce o código alfabético, domina as
voltado para a busca do melhor ou mais eficaz relações grafônicas, em outras
dos métodos, levando a uma polêmica entre palavras, sabe que sons as letras
representam, é capaz de ler pala‐
dois tipos fundamentais: método sintético e vras e textos simples, mas não
método analítico.” Podemos observar que exis‐ necessariamente é usuário da lei‐
tem diferenças bem grandes nesses dois pro‐ tura e da escrita na vida social.
cessos. Assim o professor deve direcionar sua CARVALHO (2010, p.66)
atenção ao método que se adéque melhor aos
seus alunos. Conforme analisamos a alfabetização
e o letramento, entendemos que são interde‐
Entretanto, o educador na fase de al‐
pendentes e se mesclam, pois uma depende
fabetização deve observar os prós e contras
exclusivamente da outra. Se observarmos que
dos métodos com muito cuidado. FERREIRO
isso não está sendo alcançado, se configura o
(2000, p. 30), observa que, “Se compreen‐
analfabetismo funcional, onde a criança ou o
dermos que qualquer informação tem que
adulto lê, mas não compreende completamen‐
ser assimilada, e, portanto, transformada pa‐
te o que leu, apenas decodifica as letras.
ra ser operante, então teríamos que aceitar
também que os métodos (como sequência Hoje, os grandes objetivos da
de passos ordenados para chegar a um fim), Educação são: ensinar a apren‐
não oferecem mais do que sugestões, incita‐ der, ensinar a fazer, ensinar a
ser, ensinar a conviver em paz,
ções, práticas rituais ou conjuntos de proibi‐ desenvolver a inteligência e ensi‐
ções”. Para a autora o método não cria nar a transformar informações
conhecimento. em conhecimento. Para atingir
esses objetivos, o trabalho de al‐
O que seria correto na concepção de
fabetização precisa desenvolver o
FERREIRO, se interrogar, “através de que tipo letramento. O letramento é en‐
de prática é introduzida na linguagem escrita, tendido como produto da partici‐
e como se apresenta esse objeto no contexto pação em práticas sociais que
escolar.”(2000, p. 30). Por ser a alfabetização usam a escrita como sistema sim‐
um momento tão importante, o olhar atento bólico e tecnologia. FERNANDES
do professor se faz necessário. Sempre se in‐ (2010, p.19)
terrogando para adequar um processo que se
encaixe melhor à sua turma, pesquisando em De acordo com Soares citada por Mo‐
que nível seus alunos estão, e assim traçar um rais e Albuquerque (2007, p. 47): “Alfabetizar
percurso até onde se quer chegar. Por tanto, o e letrar são duas ações distintas, mas insepa‐
professor não pode direcionar suas práticas, ráveis do contrário: o ideal seria alfabetizar le‐
somente entre métodos, é preciso se reciclar, trando, ou seja, ensinar a ler e escrever no
inovar, ter criatividade, buscar uma formação contexto das práticas sociais da leitura e da
continuada, principalmente nessa etapa, pois escrita, de modo que o indivíduo se tornasse
o processo de alfabetização deve superar os ao mesmo tempo alfabetizado e letrado”. A re‐
métodos. lação entre alfabetização e letramento acon‐
tece quando o professor entende que
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alfabetizada é a pessoa que aprende a escrita a qualidade na educação das classes de alfa‐
alfabética com habilidades para ler e escrever betização, utilizando diferentes metodologias
sequencialmente, letramento é a continuação e conceitos, trazendo novos conhecimentos
do saber ler e escrever, interpretando o que para sua prática. É necessário que o professor
lê, associando as práticas sociais e vivências encontre um caminho no qual possa alfabeti‐
de mundo. zar /letrando, superando essa dicotomia, dan‐
do início a um processo de extinção do
analfabetismo funcional.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste trabalho pudemos observar que
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
alfabetização e letramento são coisas distin‐
tas, mas complementares, uma sem a outra CARVALHO, Marlene. Alfabetizar e letrar: um di‐
não produzem efetividade no processo de al‐ álogo entre a teoria e a prática. 7.ed. Petrópolis,
fabetização. É importante que a criança se RJ: Vozes, 2010.
aproprie da leitura e da escrita, pois vivemos FERREIRO, Emília. Alfabetização em processo.
São Paulo: Cortez, 1996.
em uma sociedade letrada e para isso a ne‐
cessidade de interpretação e compreensão é FERREIRO, Emília. Com todas as letras. São Pau‐
lo: Cortez, 1999.
fundamental nesse processo. Além de codifi‐
car e decodificar as palavras, elas devem com‐ FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana. A psicogêne‐
se da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas,
preender os usos sociais da leitura e escrita,
1985.
como construção de meios para que se possa
FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetiza‐
atuar como sujeito de direitos. Faz-se neces‐ ção. São Paulo: Cortez, 2000.
sário a compreensão do mundo para que as
MORAIS, Artur Gomes de; ALBUQUERQUE, Eliana
crianças de hoje se tornem adultos crítico- re‐ Borges Correia de. Alfabetização e letramento.
flexivas capazes de construir transformações Construir notícias. Recife, PE, v. 07 n.37, p. 5-
na vida e na sociedade. 29, nov/dez, 2007.
Diante de tantos desafios é de suma RIOS, Zoé; LIBÂNIO, Márcia. Da escola para casa:
urgência que os professores tenham sempre alfabetização. Belo Horizonte: MG, 2009.
uma formação continuada, procurando atingir
Monika Shinkarenko
Formada no Magistério pela Escola de 1° e 2° Graus de Palmital. Cursan‐
do Pedagogia pela Faculdade Unicesumar. Professora de Educação Infan‐
til na Prefeitura Municipal de São Paulo.
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