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O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
Fernando Pessoa
O poema que você leu agora é de autoria daquele que é considerado o maior
poeta da língua portuguesa: Fernando Pessoa. Pessoa provou, com seus
vários heterônimos, que o poeta não cabe no poema; sua genialidade fez
nascer outros tipos, diferentes abordagens e estilos. Talvez Fernando Pessoa
seja a maior prova de que o poeta entrega seus versos para o verdadeiro dono
do poema: o eu lírico.
https://youtu.be/lUU13GTlivU
Temos, em algumas canções de Chico Buarque (vide Com açúcar, com
afeto; Atrás da porta, Iolanda, Anos Dourados, Teresinha, Palavra de
mulher e tantas outras), um exemplo claro de manifestação do eu lírico. No
caso das canções citadas, o eu lírico fica ainda mais evidente, pois a despeito
do poeta, nos versos temos a presença de um eu lírico feminino, que retrata
diversos temas sob o ponto de vista das mulheres. Não fica claro, então, que
o poeta e o eu lírico são elementos diferentes no gênero lírico?
Podemos concluir que o eu lírico é a voz que fala no poema e nem sempre
essa voz equivale à voz do autor, que pode vivenciar outras experiências, que
não as do poeta (como fica claro na canção Folhetim, de Chico Buarque). O
eu lírico é o recurso que possibilita a criatividade do autor. Já pensou se ele
não existisse? Estaria eliminada a criatividade dos sentimentos poéticos.
Graças a esse importante e interessante elemento, os sentidos são
pluralizados, o que torna os textos poéticos tão peculiares e belos.
Gênero Dramático:
Auto da Compadecida
Trechos do Filme:
https://youtu.be/4lRpURwUzU4
https://youtu.be/4i327tfYccA
O Autor: Ariano Suassuna fala de sua obra “O auto da Compadecida”.
https://youtu.be/SisBCTYHJ1I