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REVISTA TRÊS PONTOS | Centro Acadêmico de Ciências Sociais da UFMG | Ano 15, N.

2 | Jul/Dez 2018 | RESENHA

LEVIN, yuval. (2017), O grande debate: Edmund Burke, Thomas


Paine e o nascimento da direita e da esquerda. Rio de janeiro: Re-
cord, 294p.
O livro O Grande Debate: Edmund Burke, Tho- volução na França iniciou verdadeiramente a busca Pablo dos Santos
mas Paine e o nascimento da direita e da esquerda, moderna por progresso social através da ação polí- Martins
publicado pela primeira vez nos Estados Unidos em tica inflexível: a reconstrução do mundo e da histó- Graduando em
2013, de Yuval Levin, PHD em Filosofia pela Uni- ria. Por motivos diferentes, os autores concordaram Ciências Sociais
versidade de Chicago, trata do debate político entre sobre o direito à independência dos Estados Unidos pela Universida-
dois proeminentes pensadores do século XVIII: de em relação à Inglaterra. Se para Burke o direito à de Federal Flu-
um lado, o britânico Edmund Burke (1729-1797) com independência foi um direito legítimo do povo nor-
minense - UFF.
seu pragmatismo e sua defesa da estabilidade polí- te-americano pela pouca prudência e prescrição do
tica, e do outro, o inglês Thomas Paine (1737-1809), governo inglês, dois conceitos-chave no pensamen-
um dos expoentes do pensamento liberal humanista to do autor irlandês, Paine defendeu o direito à inde- Contato:
e um dos pais fundadores dos Estados Unidos, com pendência baseado em suas crenças nos princípios <pablobotafo-
sua intransigência na defesa das sociedades rees- do iluminismo e no consentimento dos governados guense@hotmail.
creverem sua própria história a partir de rupturas. como principal característica da manutenção da or- com>
Estruturado em sete capítulos, o livro discorre sobre dem na sociedade política.
conceitos fundamentais do pensamento político en-
tre os dois autores à luz do debate mais amplo do Em Caminhos para a Modernidade (2004), a
século das revoluções. historiadora norte-americana Gertrude Himmer-
falb aborda as diferentes concepções filosóficas que
Levin defende que conhecer o debate Burke vs. caracterizam o iluminismo, um movimento amplo
Paine é fundamental para entender algumas ques- e heterogêneo. Enquanto a “sociologia da virtude”
tões do debate político contemporâneo, assim como (HIMMERFALB, 2011), o movimento iluminista bri-
o germe do nascimento da moderna direita e es- tânico, caracterizava-se pela benevolência, compai-
querda nos Estados Unidos, sendo os dois autores xão e solidariedade, recusando mudanças drásticas
de suma importância nas ideias que configuram o e rupturas sociais, defendendo o aperfeiçoamento
Partido Republicano – Burke – e o Partido Demo- social, o iluminismo francês aparece como defensor
crata – Paine: do homem novo, da ruptura e da regeneração da
espécie humana frente às injustiças sociais, na visão
“Edmund Burke e Thomas Paine viveram da autora. Deste modo, Burke, herdeiro de um ilumi-
em uma era definida por uma sucessão apa- nismo moderado, valorizador da experiência prática,
rentemente interminável de intensas crises e Paine, defensor das rupturas na construção de
políticas e ambos estiveram profundamen- uma nova sociedade, expressam as nuances filosó-
te envolvidos em muitas delas, tanto como ficas do movimento político e intelectual.
pensadores quanto como atores. Nesse pro-
cesso, expuseram uma visão de mundo e, A Revolução Francesa opõe radicalmente Burke
especialmente, uma maneira de pensar sobre e Paine: Burke a critica – sendo um dos primeiros
a mudança política. Em alguns aspectos im- pensadores hostil ao acontecimento, enquanto Pai-
portantes, Burke e Paine estabeleceram os ne a exalta, tendo como norte os princípios univer-
primórdios da direita e da esquerda, respec- sais do iluminismo e a revolução como o prenúncio
tivamente” (LEVIN, 2017, p. 11). de uma nova era na humanidade: a era da razão,
em que toda a tirania e regimes políticos injustos
Assim, os dois autores representam variadas dariam lugar à nova história e à liberdade humana; 92
formas do pensamento político e tornaram-se tão como observador ativo do evento na França, Paine
caros à ciência política contemporânea ao tratarem desenvolve um pensamento político simpático a re-
sobre a mudança política, direitos naturais e direitos voluções.
do cidadão, república representativa, monarquia, li-
berdade e/ou igualdade. Em um século com movimentos marcantes, o
contexto histórico das revoluções burguesas foi fun-
1. Contexto histórico damental no pensamento político dos dois autores
e ambos são atores do processo: Burke, enquanto
Ambos produziram seus textos e reflexões na parlamentar e envolvido nas questões do governo
“era das revoluções” (HOBSBAWN, 2014), com a Re- inglês, e Paine, como representante in loco das re-
volução Americana (1776) e a Revolução Francesa voluções nos EUA e na França.
(1789) como principais expoentes das transforma-
ções políticas do século XVIII. Tais eventos esta- 2. Burke olha para trás; Paine para frente
beleceram muito dos conceitos, termos, divisões e
argumentos que definem o debate e o pensamento No decorrer dos sete capítulos do livro Levin de-
político contemporâneo. fende que o cerne do debate político entre Burke
e Paine é a mudança política, isto é, a questão da
Se a Revolução Americana forjou o ideal de uma busca pela justiça e o papel da estabilidade nas mu-
nação que personificava o ideal do iluminismo, a re- danças sociais.

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Para Paine a natureza, que funda o pensamen- 2.2 Para o novo nascer, o velho deve perecer
to político do indivíduo, é a condição que precede
todos os arranjos sociais e políticos, e por isso é a Em Paine há uma visão utilitarista do contrato
garantidora dos direitos já que todo homem nasce social – tendo como influência autores contratua-
em liberdade, para Burke – em oposição direta a listas como o inglês John Locke. Todos os homens
Paine – a natureza do homem não é livre e tam- nascem iguais e são iguais, com direitos naturais
pouco garante direitos, já que “uma sociedade não anteriores à sociedade, e esta deve garantir aos in-
pode ser baseada em direitos que só existem fora divíduos o pleno desenvolvimento de suas habilida-
da sociedade” (LEVIN, 2017, p. 58). des e potencialidades. Com isso, regimes políticos
que cerceiam a liberdade do desenvolvimento dos
2.1 Mudar sem romper indivíduos são injustos e o direito à resistência é
justificável, pois os governos humanos devem se
Burke não era avesso às mudanças sociais como basear no consentimento e são contratos, sendo
algumas ideias podem demonstrar, mas a mudan- Paine um defensor do presente.
ça social com estabilidade está no âmago de suas
ambições, segundo Levin. A estabilidade social não Como as hierarquias sociais não têm funda-
é uma forma de estagnação, mas uma maneira mentação natural, já que os homens são livres, todo
para pensar sobre a mudança e a reforma, sobre poder precisa ser legitimado. Neste sentido, Paine
a dinâmica da política. Assim, a revolução mostra- entende que a democracia representativa é a for-
-se perigosa, pois, além de permitir o despotismo ma de governo mais alinhada à natureza humana e
das massas em nome da justiça, tende a “reiniciar manifesta um enorme repúdio às monarquias here-
do zero” [palavras minhas] e abandonar ou destruir ditárias, vistas como usurpadoras do poder já que
toda uma herança social (leis, propriedades, religião não eram legitimadas e estabeleciam-se pela força.
e instituições), sendo a prudência nas mudanças so-
ciais a primeira das virtudes políticas necessárias ao Escrevendo sobre o que chama de “era da ra-
homem. A partir disto, é necessário construir modi- zão”, a era em que os povos se sublevaram contra
ficações sobre formas sociais existentes. as injustiças sociais, o apelo de Paine à natureza
humana é um apelo à justiça, defende Levin. Paine,
Um dos conceitos fundamentais para entender a como um liberal, não é um nivelador da proprieda-
forma da mudança política em Burke é o conceito de de – que ele julga que sempre será desigual, mas
prescrição, que significa o respeito e a preservação da autoridade política e do poder dos homens so-
da ordem política como a herança que as gerações bre outros homens. Em textos como Os Direitos do
passadas legaram às sociedades do presente. Por- Homem (1791), o autor inglês frisa a necessidade
tanto, uma reforma dentro dos parâmetros institu- de preceitos precederem as instituições políticas. Ao
cionais oferece condições para “melhorar ou corrigir, contrário da política como exclusivamente restrita à
mas nunca começar do zero” (LEVIN, 2017, p. 92). ação humana, como na visão de Burke, Paine enxer-
ga a atividade política como excepcionalmente inte-
Desta forma, sua atitude de veneração à cons- lectual. Assim, a era das revoluções aparece como
tituição inglesa – não apenas o documento legal, defensora dos princípios racionais na vida política e
mas todo o arranjo social inglês – e sua defesa do Paine manifestou uma opinião favorável aos movi-
equilíbrio político após a Revolução Gloriosa de 1688, mentos revolucionários nos EUA e na França, com
que equilibrou o poder entre a monarquia e o par- estes dois eventos, sobretudo a Revolução Ameri-
lamento, é uma defesa da estabilidade política e da cana, demonstrando que bons princípios, os do libe-
moderação. Em seu livro Reflexões Sobre a Revo- ralismo iluminista, geram bons governos.
lução em França (1790), Burke diz: “[...] o povo da
Inglaterra sabe muito bem que a ideia de herança Com uma visão sempre voltada para o presen-
fornece meios seguros de conservar e transmitir, te, Paine entendia que as revoluções “reiniciavam” a
sem excluir os meios de melhorar (BURKE, 1997, história e eram formas de estabelecer a justiça, já
p. 69)”. Assim, para Burke, a revolução de 1688 em que sistemas ruins não podiam ser reformados – e
seu país foi fruto não de um surto revolucionário, neste ponto ele debate diretamente com as ideias
como o evento francês, mas um processo de ama- de Burke, mas sim reiniciados a partir de novos
2 durecimento histórico e assentamento de uma nova princípios.
ordem a partir de condições já existentes.
2.3 A síntese do debate
O autor britânico, para Levin, se opõe ao pensa-
mento iluminista radical, que contemplava a política No sétimo capítulo do livro, A Geração e os Vi-
como manifestação da razão. De acordo com Burke, vos, Levin sintetiza o pensamento político dos dois
a política é o reino da virtude ativa (ação humana) e autores. Sendo a mudança política e o que ser pre-
não da virtude contemplativa (pensamentos e teo- servado da ordem antiga o cerne do debate entre os
rias abstratas). Por isso o bom hábito de opinião ou dois autores. Sobre Burke, o autor escreve:
ação formado pelo longo uso social e transmitido
pela tradição é importante e deve ser respeitado “[...] mas daquilo que herdaram de seus an-
e exaltado. A constituição inglesa é a garantia da tepassados, que trabalharam para defender
estabilidade social e dá ao governo o direito de res- esses direitos, assim como os membros des-
tringir as paixões humanas e é a máxima garanti- sa nova geração devem fazer por si mesmo e
dora da liberdade. O poder não deve ser legitimado sua posteridade. Ao defender as realizações
pelo consentimento dos governados, como na visão acumuladas do passado, contudo, ele defen-
liberal, mas pela capacidade do próprio controle do de não apenas as relações sociais e a Liber-
excesso de poder do governo sobre ele mesmo e dade ordenada, mas também precisamente
sobre a sociedade. o tipo de propriedades e privilégios herdados
a que Paine se opõe” (LEVIN, 2017, p. 236).

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Sobre Paine: No âmbito do Partido Democrata, conforme Le-
vin, o objetivo fundamental no pensamento de Pai-
“Para Paine, a disjunção entre os princípios ne, isto é, libertar o indivíduo das obrigações impos-
permanentes da política e as realidades her- tas a ele por seu tempo, seu lugar e suas relações
dadas da vida social e política exige uma com outros homens, faz-se presente e essencial
transformação revolucionária – um rompi- para a esquerda americana. Na questão social, a
mento com o passado para alinhar o real ao esquerda contemporânea tende ao coletivismo ma-
ideal tornado conhecido pela razão” (LEVIN, terial, influenciada pelo legado da social-democracia
2017, p. 236) europeia, e ao individualismo moral, indo de encon-
tro aos textos tardios de Paine, em que a propos-
3. Atualidades ta de um Estado de bem-estar social é abordada,
com influência direta no pensamento progressista.
Nos séculos posteriores, Paine foi reivindica- Já o Partido Republicano ainda reivindica o legado
do por movimentos trabalhistas, abolicionistas e de Burke ao ressaltar o comprometimento com a
progressistas na Grã-Bretanha, enquanto Burke é continuidade geracional e recusar a ruptura como
reivindicado pelos conservadores reformistas – ex- forma de mudança social. Porém, na realidade polí-
pressão de Levin. Com isso, os dois autores per- tica, muitas vezes a influência dos dois pensadores
manecem influentes no cenário político do mundo no debate partidário confunde-se:
anglo-saxão e nos dois principais partidos políticos
dos EUA. “[...] o papel de Paine na Revolução America-
na, por exemplo, atraiu a atenção de alguns
Na conclusão do livro, Levin defende que, ape- conservadores americanos que enfatizaram
sar das divergências políticas em relação a eventos- os elementos de sua visão de mundo com
-chave do século XVIII, Burke e Paine são partes que concordavam. Ninguém menos que o
de um debate mais amplo e foram expoentes de grande ícone da direita americana, Ronald
uma mesma corrente de pensamento: o liberalismo Reagan, aceitou a nomeação do Partido
moderno e suas nuances. Tal liberalismo pode ser Republicano para a presidência, em 1980,
dividido em duas partes: lembrando a seus apoiadores a insistência
de Paine na transformação das instituições
1) O liberalismo progressista de Paine, um conjunto governamentais falhas. A ênfase de Burke
de princípios descobertos pelos filósofos iluministas; no gradualismo, por sua vez, foi evocada por
ou alguns liberais contemporâneos preocupados
em resistir a transformações dramáticas no
2) Cultura viva sob herança de incontáveis gera- Estado de bem-estar social. Ninguém menos
ções, como manifestado no liberalismo conservador que o ícone da esquerda americana, Barack
de Burke. Obama, supostamente se descreveu como
seguidor de Burke, disposto a evitar mudan-
Um liberalismo a ser levado e feito através de
ças súbitas” (LEVIN, 2017, p. 239).
princípios universais ou um liberalismo de valori-
zação prática a ser fortalecido e aperfeiçoado? A A influência dos dois pensadores em questões
igualdade é contrária à liberdade ou é possível con- contemporâneas da sociedade norte-americana
ciliar dois conceitos de grande preocupação para o pode ser vista nos debates sobre a saúde, contas
pensamento liberal? públicas e justiça social, para Levin. Como ambos
concordavam que o desafio do estadista é o de go-
Com seus efeitos sobre as origens e ideias por
vernar a mudança para benefício da sociedade, seus
trás dos dois grandes partidos políticos norte-ame-
textos ainda indicam caminhos para lidar com ne-
ricanos, a natureza dos pensamentos de Burke e
cessidades reais das sociedades contemporâneas.
Paine ainda está em debate, já que setores mais
A questão da desigualdade social, que cresce nos 1 Nas eleições pre-
à esquerda tendem a infundir ideias socialistas ao sidenciais de 2016,
Estados Unidos e em todo mundo, deve ser me-
pensamento de Paine – estranhas ao autor, en- as primárias do
lhorada via mudanças graduais na distribuição da Partido Democrata
quanto conservadores mais radicais tendem a tor-
renda ou uma nova forma de organizar a economia indicavam um de-
nar o pensamento de Burke ainda mais conservador,
segundo Levin. Entre tais debates:
política deve ser adotada para enfrentar tal proble- bate mais próximo
de Burke e Paine:
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1
ma? Como explicar se movimentos como o Occupy Hillary Clinton de-
“A tensão entre essas duas disposições re- Wall Street e similares – questionadores da con- fendia uma melho-
centração de renda no 1% mais rico da sociedade ria da distribuição
sume algumas questões muito básicas: nos- de renda de forma
sa sociedade deve ser capaz de responder às – são legítimos ou aconteceram por que as práticas mais conservadora,
reformistas falharam? A Make America Great Again, enquanto Bernie
demandas de inflexíveis e abstratos compro- Sanders atacava a
missos com ideais como a igualdade social slogan político de Donald Trump, é uma volta às mu- desigualdade pro-
ou aos padrões de suas próprias e concretas danças graduais ou uma transformação radical da pondo uma maior
forma como os norte-americanos tradicionalmente intervenção do
tradições e bases políticas? O relacionamen- Estado, o que lhe
to dos cidadãos com a sociedade deve ser fizeram sua política? rendeu a alcunha
de “socialista” por
definido acima de tudo pelo direito de livre parte de alguns se-
Por fim, Levin indica que ler os clássicos é sem-
escolha do indivíduo ou por uma rede de tores da sociedade
pre necessário para compreender questões atuais e norte-americana.
obrigações e convenções não inteiramente
a validade das mesmas:
de sua escolha? Os grandes problemas pú-
blicos são resolvidos mais satisfatoriamente “As questões práticas que os dividiram e
por meio de instituições criadas para aplicar modelaram suas variadas explorações teó-
o conhecimento técnico explícito dos espe-
ricas e argumentos começaram com essa
cialistas ou por meio daquelas que canalizam
realidade básica. Mas para que fins, e por
o conhecimento social implícito na comunida-
que meios, as pessoas devem alterar seus
de?” (LEVIN, 2017, p. 240).
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arranjos políticos e culturais? O debate en- nhou uma voz inicial e extraordinariamente
tre Burke e Paine pode não oferecer uma clara com Edmund Burke e Thomas Paine
resposta final, mas oferece um compromis- e se torna muito mais fácil de compreender
so incomumente intenso e sério com uma quando prestamos atenção ao que eles têm
questão que ainda precisamos confrontar. para nos ensinar” (LEVIN, 2017, p. 246).
Em nossos argumentos políticos cotidianos,
ouvimos ecos de um debate mais profundo Ao invocar o debate político de dois intérpretes
que facilmente tomamos por remanescentes do século XVIII e trazê-lo para a contemporaneidade
do argumento entre capitalismo e socialismo a grande questão implícita no livro de Levin – que se
ou por débeis precursores de um há muito identifica com o pensamento conservador – penso
previsto conflito final entre o tradicionalismo eu, é a natureza do conflito político: quando reformar
religioso e o cosmopolitismo secular. Mas é e/ou quando romper?
mais provável que esses ecos sejam, de fato,
lembranças da discordância definidora do
liberalismo moderno. Essa discordância ga-

Referências Bibliográficas
BURKE, Edmund. (1997), Reflexões sobre a revolução em França. Brasília, Editora Universidade de Brasília.

HIMMELFARB, Gertrudes. (2011), Os Caminhos para a Modernidade: os iluminismos britânico, francês e americano. São
Paulo, É Realizações.

HOBSBAWN, Eric J. (2014), A Era das Revoluções 1789-1848. São Paulo, Paz e Terra.

LEVIN, Yuval. (2017), O Grande Debate: Edmund Burke, Thomas Paine e o nascimento da direita e da esquerda. Tradução
de Alessandra Bonrruquer. Rio de Janeiro, Editora Record.

PAINE, Thomas. (2005), Os Direitos do Homem. São Paulo, Edipro.

Recebimento: 09/05/2018 | Aprovação: 25/06/2018


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