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Dificuldade Na Prática Da Leitura Na 2 Série Do Ensino Fundamental Da Escola Municipal Nossa Senhora Do Perpétuo Socorro
Dificuldade Na Prática Da Leitura Na 2 Série Do Ensino Fundamental Da Escola Municipal Nossa Senhora Do Perpétuo Socorro
Por
Eirunepé
2008
1
Eirunepé
2008
2
TERMO DE APROVAÇÃO
___________________________________________
Examinador
Eirunepé
2008
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por ter dado-me a oportunidade de cursar este curso. Ter tido saúde,
determinação para não desanimar e poder vencer as dificuldades e chegar ao final dele.
Aos meus pais que sempre estiveram presentes quando precisei; aos meus queridos
filhos Éder, Eduardo, Narissa, Rafael, Natiely e Kauana pela compreensão quando
estive ausente; aos meus irmãos pelos momentos compartilhados; aos meus colegas da
turma Pei-T 02 pelo companheirismo durante os períodos estudados. Enfim, agradeço a
todos que direta ou indiretamente contribuíram para que pudesse chegar a realização
deste curso. A todos meu obrigado!
5
“[...] Não vale mais a canção feita de medo e arremedo para enganar a solidão. Agora
vale a verdade cantada simples e sempre, agora vale a alegria que se constrói dia a dia
feita de canto e de pão. [...]”.
(Tiago de Mello).
6
Lista de Tabelas
Lista de Gráficos
Lista de Siglas
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO DO TCC........................................................................................... 11
1. MEMORIAL........................................................................................................... 15
1. Introdução..................................................................................................................... 15
1
1. Minha formação como professora................................................................................ 16
2
1. Atividades técnico-científicas, artístico-culturais e prestação de
3 serviços especializados da sociedade............................................................................ 17
5
2. Os indicadores da minha escola: pontos fracos e fortes .............................................. 36
6
2. Considerações finais..................................................................................................... 39
7
3. MONOGRAFIA..................................................................................................... 44
3. Introdução..................................................................................................................... 44
1
3. Referencial teórico........................................................................................................ 45
2
3. Material e métodos........................................................................................................ 63
3
3. Apresentação e discussão dos resultados...................................................................... 65
4
3. Conclusões e recomendações........................................................................................ 67
5
REFERÊNCIAS.............................................................................................................. 68
RESUMO
O presente trabalho de conclusão de curso TCC reúne a trajetória acadêmica da professora em formação Maria
Luiza Alves da Cunha, aluna do Curso Normal Superior PROFROMAR II da Universidade do Estado do
Amazonas, realizado na cidade de Eirunepé, entre os anos de 2004 a 2006. Neste reúnem-se o Memorial
apresentando de forma periódica toda a minha trajetória de vida, as experiências como docente e outras
atividades por mim já realizadas; o Relatório realizado durante o Estágio Profissional I, quando foi produzido um
11
diagnostico da Escola Municipal Nossa Senhora do Perpétuo Socorro localizada na sede do município; e a
Monografia, sendo esta, intitulada a “Dificuldade na prática da leitura na 2ª série do Ensino Fundamental”; que
mostra as dificuldades dos educandos em aprender a ler, e dos professores em utilizar metodologias que desperte
e mantenha o interesse desses a esta prática que é de suma importância para um amplo desenvolvimento do
educando durante o processo de ensino-aprendizagem.
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INTRODUÇÃO DO TCC
MEMORIAL
Eirunepé
2008
15
SUMÁRIO
1. MEMORIAL................................................................................................... 15
1. Introdução....................................................................................................... 15
1
1. Minha formação como professora............................................................................. 16
2
1. Atividades técnico-científicas, artístico-culturais e prestação de serviços
3 especializados da sociedade............................................................................... 17
1. As minhas salas de aula como experiência docente............................................... 18
4
1. Atividades administrativas.................................................................................. 19
5
1. Títulos, homenagens e aprovação em concursos.................................................... 20
6
1. A aventura na produção do conhecimento........................................................... 21
7
1. Outras atividades................................................................................................ 22
8
1. Considerações finais................................................................................................ 23
9
16
1. MEMORIAL
1.1 Introdução
Comecei a estudar aos dez anos na Escola Estadual São Francisco na 1ª série do
Ensino Fundamental, já bastante atrasada, conclui nesta mesma escola a 4ª série no ano de
1978, com 15 anos de idade, pois repeti dois anos na segunda série. Na escola estadual Nossa
Senhora das Dores, iniciei a 5ª série, em 1982. Neste mesmo ano não consegui aprovação. A
partir de 1984, afastei-me da escola, começando a freqüentar em 1988 a 7ª série, após dois
anos conclui a 8ª série em 1991, com muita dificuldade, pois precisava trabalhar para ajudar
no sustento da família.
A minha formação como educadora foi bastante especial. Sempre almejei ser
professora. Ingressei no Magistério em 1992, terminei em 1994. Sendo um 2º grau
profissionalizante. Principalmente, nos estágios, onde tive pela prática o contato com os
alunos em sala de aula. Para a capacitação na área de educação, fiz o curso de atualização das
atividades da pré-escola, no ano de 1993. E o curso aperfeiçoamento em pré escola, em 1999.
Para ampliar minha formação como docente, ingressei na Universidade do Estado do
Amazonas, no Curso Normal Superior – PROFORMAR II; sendo que no início encontrei
muitas dificuldades, pois não tive uma boa formação, mas, aos poucos fui me adequando e
melhorando meus conceitos acadêmicos no decorrer do 2º grau-magistério.
Durante todo o curso, que já estar em fase de conclusão, as disciplinas que mais me
chamaram atenção, causando surpresa foram: Psicologia da Educação I e I e a Teoria e Prática
da Educação Infantil, aprendendo sobre o comportamento das pessoas e principalmente das
crianças, no que diz respeito ao seu desenvolvimento físico e mental, e as facilidades que
estas poderão proporcionar, dando oportunidades para melhorar minha prática pedagógica em
sala de aula.
Durante o curso, tivemos muitos momentos importantes, como as atividades em
grupos, as comemorações na sala, os passeios e também momentos de discussões, onde
tivemos a oportunidade de aprender uma com os outros.
18
No decorrer de toda minha vida profissional, fiz alguns cursos que já foram citados,
também me inscrevi em diversos concursos e vestibulares. Em 2005, fui aprovada no
vestibular da UEA, para cursar o PROFORMAR II. Já em 2007, fiz o concurso para
professora da zona rural fui aprovada, começando a trabalhar imediatamente.
No entanto, foram apenas essas as conquistas, tendo o privilégio de ser aprovada em
um concurso e um vestibular. Mais ainda estou cursando o Curso Normal Superior, que logo,
estarei com o título de licenciada em normal Superior.
Portanto, tais conquistas têm elevado significado e também comprovam a superação
das dificuldades e desafios enfrentados no decorrer da vida.
22
Neste memorial procuro mostrar de forma clara e objetiva toda a minha trajetória
acadêmica durante o Curso Normal Superior e também os momentos mais importantes da
minha vida. Tais caminhos percorridos foram bastante difíceis, pois sempre tive que trabalhar
para o sustento de casa, por isso, apresentei dificuldades em minha aprendizagem, mas, no
decorrer da vivencia em sociedade, nunca desisti dos meus sonhos, principalmente, de viver
bem e fazer que meus filhos tivessem um bom desenvolvimento e não passassem pelas
mesmas dificuldades que eu. Como professora, sempre procurei trabalhar com muito
dinamismo criando formas para que os alunos adquirissem uma aprendizagem satisfatória e
sucessivamente a aprovação e ampliação da gama de conhecimentos. Enfim, diante de todos
esses relatos quis mostrar que é importante trabalhar com muito amor, fazendo com que as
crianças aprendam e assim melhorem sua qualidade de vida.
O Curso Normal Superior veio auxiliar mais ainda em minha mudança como ser
social, histórico e cultural. Aprendi novas metodologias de trabalho, novas propostas de
trabalho e percebi as falhas que cometia devido à falta de conhecimento em relação às
mesmas.
Hoje me considero uma pessoa transformada e apta para viver no mundo com
segurança e desenvolvendo ações contribuidoras para a minha melhoria, que possas fazer uso
de todo conhecimento abstraído neste processo educacional que vivi, para ajudar os alunos
crescerem como cresci, conquistando seus ideais como conquistei e em fim, melhorar suas
condições de vida como eu melhorei a minha.
25
Eirunepé
2008
26
SUMÁRIO
2. O DIAGNÓSTICO DA ESCOLA.................................................................... 27
2.
Introdução..................................................................................................................... 27
1
2.
O meio físico................................................................................................................. 28
2
2.
O meio econômico, social e cultural............................................................................. 31
3
2.
O Ambiente humano (comunidade escolar em seu cotidiano)..................................... 33
4
2.
Ambiente de aprendizagem: Métodos, técnicas e resultados........................................ 35
5
2.
Os indicadores da minha escola: pontos fracos e fortes............................................... 36
6
2.
Considerações finais..................................................................................................... 39
7
27
RESUMO
A escola municipal Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, foi fundada em aos trinta e um (31) de maio, no ano de
mil novecentos e setenta e quatro (1974), a referida escola atende ao Ensino Fundamental de 1ª a 4ª série nos
turnos matutino e vespertino e a Educação de Jovens e Adultos 1ª e 2ª etapa do 1º Segmento (EJA) no turno
noturno. O prédio em alvenaria possui apenas 04 salas de aula, 01sala para os professores, 01 cozinha, 01
secretaria, 01 diretoria, 01 depósito para merenda escolar e 01 banheiro masculino e outro feminino. Seu corpo
docente é formado por doze (12) professores, ambos com formação superior completa ou incompleta, A escola
também possui uma Orientadora pedagógica e uma supervisora educacional. Em média a escola atende por ano
um total de aproximadamente 371 alunos, sendo os mesmos, distribuídos em turmas do Ensino Fundamental e
EJA. Seu o cotidiano escolar, é marcado por inúmeras atividades planejadas pelos professores e demais
integrantes da comunidade escolar, utilizando-se dos mais diversos recursos para a realização de atividades tanto
curriculares quanto extracurriculares. Favorecendo assim, um maior aprendizado dos educandos, mesmo assim,
ainda são encontradas algumas dificuldades que interferem em um bom desenvolvimento do cotidiano escolar.
Dificuldades estas, relacionas ao desinteresses dos próprios pais ou responsáveis pelo desenvolvimento
educacional de seus filhos. A mesma, ainda tem problemas relacionados às limitações e más condições de sua
estrutura física, totalmente inadequada ao fazer pedagógico dos professores.
28
2. O DIAGNÓSTICO DA ESCOLA
2.1 Introdução
A escola Municipal Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi fundada em 1974, sendo
construída pelo prefeito Adrião de Souza Batalha e passou a denominação atual, por
homenagem ao bairro onde à mesma esta situada. O prédio construído em alvenaria
comporta-se de quatro salas pequenas e mais dependências administrativas e um pequeno
pátio recreativo. O corpo docente é formado por doze professores, os quais lecionam nos
turnos matutinos, vespertino e noturno (este último funciona com programas especiais como a
EJA).
A escola possui um total de 371 alunos, distribuídos nas séries iniciais do Ensino
Fundamental. Seu cotidiano é marcado por inúmeras programações realizadas pelos
professores, onde os mesmos procuram utilizar de todos os recursos disponíveis para melhorar
a qualidade de ensino da escola. O aproveitamento dos alunos tem se mantido regular nos
últimos anos e as participações dos pais responsáveis não é nada boa deixando muito a
desejar, precisa atualizar e formular seus acervos bibliográficos, além de uma melhor
qualificação ao pessoal técnico administrativo para que se possam executar todas as
atividades desenvolvidas anualmente.
O estabelecimento de ensino Municipal Nossa Senhora do Perpétuo Socorro situa-se
na Rua Eduardo Ribeiro, no bairro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Teve sua fundação
em 31 de maio de 1974, no exercício do mandato na administração do prefeito Adrião de
Souza Batalha, recebendo o nome do mesmo até dia 28 de dezembro de 1982. A partir desta
data através do decreto lei nº 93/82 de 28 de dezembro na administração do prefeito Francisco
Ferreira da Costa, a escola passou a denominar-se Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em
homenagem ao bairro ao qual a instituição está localizada. O prédio em alvenaria possui uma
área de 195,96 m², onde os alunos desenvolvem suas atividades recreativas.
A escola funciona nos turnos matutino, vespertino e noturno com 1º e 2º seguimento
da EJA (Educação de Jovens e Adultos). O quadro docente e composto por 12 professores
com formação no magistério, sendo que 6 possuem nível superior completo e 6 incompletos.
O numero de vagas oferecidas anualmente, não atende a demanda da comunidade, pois as
salas de aulas existentes não são suficientes para atender a necessidade da clientela, que é de
430 alunos por ano.
Para atender essa clientela a escola dispõe das seguintes dependências: (04) salas de
aula medindo 5,5 metros de largura por 9,1 metros de comprimento cada, com capacidade de
35 alunos por turma, (01) cozinha medindo 2,2 metros de largura por 6,7 metros de
30
comprimento, (03) banheiros medindo 1,3 metros de largura por 2,36 metros de comprimento,
sendo 2 de uso dos alunos e uma para uso da direção, professores e administrativos, possui
ainda uma diretoria com 02 metros de largura por 04 de comprimento, e 01 depósito medindo
02 de largura por 03 de comprimento, 01 corredor medindo 03 metros de largura por 07
metros de comprimento e uma sala de professores medindo 02 metros de largura por 03 de
comprimento.
A escola dispõe também dos seguintes materiais e equipamentos:
04 Quadros magnéticos;
01 Quadro de avisos;
01 Armário para professores com 16 divisões;
01 Armário para gestor;
02 Armários para arquivo;
07 Mesas;
13 Cadeiras para professores;
140 cadeiras para alunos;
02 televisores;
01 vídeo cassete;
01 máquina de datilografia;
01 mimeografo;
03 bebedouros;
01 freezer;
01 fogão industrial;
01 globo, livros, dicionários, materiais de copa e expedientes;
12 ventiladores;
01 caixa amplificada.
O prédio, devido aos desgastes ocasionados pelo tempo e pelas limitações de sua
planta, necessita de uma reestruturação completa, pois o mesmo não se encontra num bom
estado de conservação e não oferece as dependências um espaço conveniente para
desenvolver atividades lúdicas, recreativas com os educandos, prejudicando desse modo às
atividades dos professores e todo o trabalho educativo na escola.
Devido a estas limitações em que a escola se apresenta, com a falta de uma estrutura
adequada, ocorrem situações de vandalismo praticado pelos alunos, pois a mesma não depõe
de uma área livre adequada que atenda as necessidades das crianças deixando-as bastante
inquietas, acarretando muitas vezes divergências na hora do intervalo recreativo. Alem de não
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possibilitar que os professores pratiquem atividades extraclasses com seus alunos, pois a
escola está situada em uma área muito restrita ao bairro.
32
3ª 72% 24% 4% 0%
4ª 61% 25% 8% 6%
Fonte: Secretaria da escola
1ª Etapa 37 18 06 11 02
2ª Etapa 91 45 11 32 03
Fonte: Secretaria da escola
Frente aos inúmeros questionamentos levantados e diante dos dados obtidos junto à
realidade vivenciada por pais, professores, alunos e demais agentes integrantes da
comunidade escolar, buscamos por meio deste diagnóstico encontrar meios que possam servir
de suportes para amenizarmos os muitos problemas que dificultam uma maior aprendizagem
de nossas crianças, assim como o desenvolvimento das ações pedagógicas de nossos
professores durante o processo de ensino.
Neste sentido, este diagnóstico põe e foco todos os fatos referentes à escola
Municipal Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, mostrando que a mesma não dispõe de uma
estrutura física adequada ao processo de ensino-aprendizagem, que acaba impossibilitando um
bom desenvolvimento do fazer pedagógico de seus agentes. Estes, por sua vez, buscam
proporcionar atividades que favoreçam aos discentes uma educação de maior qualidade, na
tentativa de superar as limitações do espaço escolar.
Mesmo assim, o corpo docente da escola busca sempre o melhor para seus alunos,
criando possibilidades para que eles possam adquirir um amplo desenvolvimento de suas
potencialidades, na tentativa de formar estes, em futuros agentes críticos reflexivos dentro da
sociedade na qual fazem parte.
Porém, é bastante visível, o grande desinteresse da família em interagir e agir junto à
escola na busca por uma educação de qualidade, muitos dos pais, coloca toda a
responsabilidade educacional de seus filhos diretamente na escola e nos professores;
esquecendo de suas próprias obrigações, enquanto responsáveis diretos pela formação social,
educacional e moral de seus filhos.
É neste sentido, que percebemos a grande necessidade que há de que se traga a
família para dentro da escola, para que juntos, (alunos, pais, professores etc), desenvolvam
atividades capazes de estimular e levar o aluno ao desenvolvimento máximo de suas
potencialidades.
No entanto, antes é preciso que seja feito com urgência reparos na estrutura física da
escola, cabendo SEMEC, a responsabilidade de oferecer essas condições ao processo de
ensino de nossos alunos, devendo ela, assumir verdadeiramente o seu papel, dando as nossas
crianças, a oportunidade de aprenderem dignamente, oferecendo-lhes, uma merenda escolar
suficiente e de qualidade, materiais didáticos e equipamentos que supram as necessidades
escolares.
41
Assim, este diagnóstico busca levar ao conhecimento de todos, por meio de dados e
análises, os inúmeros problemas que dificultam o processo de ensino aprendizagem na escola
Municipal Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, visando assim, uma maior conscientização de
todos os envolvidos no processo educacional de nossas crianças, levando-os a assumirem
verdadeiramente o compromisso com a formação escolar, social, cultural, e intelectual de
cada aluno.
42
Eirunepé
2008
43
SUMÁRIO
3. MONOGRAFIA..................................................................................................... 44
3.
Introdução..................................................................................................................... 44
1
3.
Referencial teórico........................................................................................................ 45
2
3.
Material e métodos........................................................................................................ 63
3
3.
Apresentação e discussão dos resultados...................................................................... 65
4
3.
Conclusões e recomendações........................................................................................ 67
5
44
RESUMO
FREIRE (1989), VIGOTSKY (1989), ao lado de outros teóricos nacionais e estudantes, frisam que a prática da
leitura é ponto essencial no processo ensino-aprendizagem dos educandos. Desde cedo, a criança aprende a ler
antes mesmo de decodificar letras e palavras, chamando assim, de leitura do mundo. A escola como ponto de
referência para essa aprendizagem, deve levar os educandos a um desafio interior de si mesmo, manter suas
perspectivas em relação ao processo do ensino da leitura. Ao libertar e orientar os alunos para que leiam, mesmo
“sem entender tudo”, o docente estará lançando-os ao verdadeiro universo da leitura. Afinal, o bom livro é
aquele que propicia inúmeras leituras; aquele que faz com que o leitor queira ler novamente.e um bom leitor é
aquele que ler um livro várias vezes quando não consegue interpretá-lo em primeira instancia que trabalhe a
leitura em todas as série e áreas do conhecimento, para obtermos uma aprendizagem qualificada fazendo dos
educandos cidadãos críticos e leitores na sociedade.
3. MONOGRAFIA
3.1 Introdução
O ato de ler antes restrito a ambientes fechados, hoje acontece em todos os lugares. O
cidadão de hoje vive em uma sociedade letrada e tecnológica, onde as mudanças no mundo
social, cultural e no ambiente de aprendizagem são constantes, exigindo dele uma visão crítica
e ampla da realidade do mundo que o cerca. Por isso, o domínio consciente da linguagem oral
e escrita tem um papel predominante, não apenas como um instrumento de aproximação entre
indivíduos, como a elevação do conhecimento e êxito pessoal.
Sabendo da importância da prática da leitura para nos situarmos nessas mudanças
constantes, é que procuramos buscar várias maneiras de melhorar nossa prática. Partindo
dessa premissa, temos a escola com seu papel fundamental na formação de leitores,
auxiliando, apresentando métodos de aprendizagem e ajudando no crescimento intelectual de
cada aluno. “A escola por sua vez enquanto agente social explicitamente encarregada de
promover o aprendizado das crianças e jovens da sociedade letrada tem um papel essencial na
promoção do desenvolvimento psicológico do indivíduo”. (VIGOTSKY, 1989).
A educação é um trabalho complexo, demorado, ou seja, elevar a prática da leitura
requer uma ação planejada, coletiva, atualizada para alcançar bons resultados mediante aos
objetivos e metas desejadas. Quando uma criança vai a escola pela primeira vez, ela traz
consigo uma bagagem enriquecedora de conhecimentos que vão de aperfeiçoando a medida
em que os profissionais da educação a ajudam nessa trajetória educacional. É a partir de um
bom planejamento, que o docente trabalhará a leitura em todas as disciplinas oferecidas pela
escola; na hora em que todos se reúnem para discutir sobre o desempenho educacional dos
educandos, por que não pensar em inovar a prática pedagógica e aplicar novas atividades que
melhore a prática da leitura e escrita dos educandos?
É pensando no futuro desses, que ao inovar a prática pedagógica, os docentes
executam com mais clareza, entusiasmo e objetividade suas atividades escolares, tendo
expectativas de melhoria dos educandos ao realizar tais atividades. “Aprimorar-se mais e mais
a cada dia como professor. Quanto mais você abrir sua mente, mais vai aprender e ensinar aos
outros a importância de aprender [...]”. (GARDNER Apude BENCINE 2001, p. 63).
Tendo a escola como um lugar natural para se praticar leitura, é de grandes
possibilidades para mudanças pedagógicas, temos que encontrar nela docentes também
leitores, ou seja, que gostem de ler e fazer com que seus discentes leiam. Sendo leitor assíduo,
47
poderá ler para eles, ouvi-los ao fazerem suas leituras, pois crianças das séries iniciais podem
ir desenvolvendo desde cedo seu gosto para leitura, principalmente porque dentro do processo
educativo a prática docente influencia muito para a formação de leitores.
[...] O ensino da leitura deve ser uma preocupação permanente dos professores
durante o período da escolarização dos estudantes. Ele deve iniciar-se com a
alfabetização e prosseguir na forma de um espiral crescente de desafios ao leitor,
tanto em densidade de textos como em habilidades devidamente seqüenciadas.
(SILVA 1991, p. 77).
São muitas e diferentes as circunstancias da vida e por isso as pessoas produzem suas
leituras de modo diversificado. Todas as formas de ler são relevantes, devendo pois ser
completadas, isto é, com a ajuda da escola é que a forma de ler vai sendo aperfeiçoada dia-a-
dia a partir do momento em que os diferentes tipos de textos vão sendo trabalhados. Vale
lembrar que também é importante utilizar textos de acordo com a faixa etária de cada
educando.
Sendo função primordial da escola, ensinar a ler e ampliar o domínio dos níveis de
leitura e escrita é importante também que os educandos busquem orientações para escolher
bem os textos a serem lido. Sendo o professor um mediador, ele deve fazer com que a leitura
se desenvolva com todo vigor entre aos pequenos, ele deve ser leitor. Um professor que não
ler jamais trabalhará bem com a leitura precisa ter preparo teórico e metodológico e saber que
a escola é o lugar natural da leitura. Lajolo diz que: “cabe a escola, formalmente, estabelecer
relações entre leitura e indivíduo, ou melhor, entre leitura/escrita e a criança, aprofundando os
níveis de desempenho”.
Sabemos que para se aprender a ler devemos querer ler, ou seja, não basta
professores utilizarem métodos e textos variados para atrair a atenção dos educandos, é de
suma importância que esses queiram ler e aperfeiçoar diariamente esta prática. Temos
também as dificuldades encontradas no contexto escolar, em relação à prática da leitura que
são constantes. Mais não basta apontar culpados, é necessário que educando e educadores
verifiquem o que pode ser mudado e melhorado para que as dificuldades existentes possam se
minimizadas, melhorando assim tanto a prática pedagógica como o desenvolvimento
educacional dos educandos.
No mundo da leitura, devemos contar não só com o apoio da escola, mas também
com a participação permanente da família. Com o auxílio desta a produtividade de leitura será
maior, pois em casa os pais podem ajudar os filhos nas atividades de casa, mesmo havendo
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pais leitores ou até mesmo analfabetos, podem eles irem a escola participar da vida escolar
dos filhos procurando informações de como agir em casa para que os mesmo passem a
praticar uma boa leitura. Família participativa maior rendimento escolar ao final da cada
projeto ou atividade desenvolvida na escola.
Ao procurar participar da vida escolar dos filhos, os professores e demais
colaboradores da educação podem sugerir que os pais leitores leiam com eles, utilizem textos
diferenciados e que prendam a atenção para aqueles que não sabem ler, podem sugerir
orientando e estimulando a terem atenção e participação nas aulas ministradas pelo professor.
“A transformação da criança em leitor depende do conjunto de estímulos sócio-ambientais, ao
qual ela responde e com o qual ele se identifica no transcorrer da sua vida”. (SILVA, 1997, p.
98).
Ao fazermos atentamente uma leitura, podemos observar a sua escrita, pois uma está
ligada a outra. O professor que trabalha com leitura e escrita deve atender a uma premissa
básica: além de ser leitor, deverá gostar de produzir escritas. Ele deve ter textos de diferentes
naturezas; ler tais textos de formas também diferentes, já que lemos para nos distrair, para
ampliar o conhecimento, para viajar por mundos imaginários sentindo prazer em ler os textos
escolhidos.
A leitura na escola é uma atividade individual, mas fundamentalmente social. É
importante pois, que grupos de alunos leiam juntos e possam até criar histórias e apresentar
aos demais, havendo maior aprendizagem e resultados satisfatórios na prática da leitura. Na
vida e na escola não lemos só livros; temos que ler outros tipos de escritos e que aparecem em
diferentes contextos: na rua, em casa, na escola, nos veículos de comunicação; temos escritos
nas embalagens de produtos diversos, nos anúncios, jornais, revistas, sendo que todos esses
tipos de textos podem ser trabalhados sistematicamente, onde circulam de forma aleatória, no
entorno das crianças e de todos.
A sala de aula, não é o único lugar para se ler. É muito importante ler também em
bibliotecas e em outros lugares. Ver muitos livros, mexer com eles, examiná-los.
Lendo nesses ligares podemos trocar idéias com colegas, pais e professores sobre o
que foi lido. E assim, alunos e quaisquer outros podem ampliar o alcance da leitura.
(PROUT, 1992).
A leitura leva o individuo a um mundo diferente, cheio de mistérios que ele precisa
desvendar. Quando pegamos um livro e Le está cheio de figuras fazemos outro tipo de leitura,
a leitura das imagens. Desde cedo fazemos esse tipo de leitura, antes mesmo de ir a escola,
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pois a leitura do mundo precede a leitura das palavras. A partir do momento que passa a
freqüentar a escola, a linguagem oral e escrita vai se manifestando, principalmente porque
contamos com a ajuda dos professores que trocam idéias com a turma para ajudar a melhorar
o que já conhecem. Quando há leitores experientes que dividem suas experiências com leigos,
também é uma boa maneira de aprender a ler e escrever, pois com a ajuda destes podem
descobrir o que há por trás de contos e histórias, ou seja, além de praticar a leitura aprenderá
interpretar o que foi lido, e mais não podemos nos apegar a um único tipo de livro, é preciso
interagir com uma diversidade de textos: textos poéticos, literários, entre outros.
Com essas interações entre leitor experiente e leitor principiante, haverá maior
cumplicidade na troca de idéias, o que antes era desconhecido passa a ser visto com mais
clareza; ficando fácil compreender a linguagem dos seres humanos, e mais, precisamos ter
disponibilidade para buscar materiais necessários para ler. Terá maior capacidade de perceber
as mudanças relacionadas com seu cotidiano, enfrentando com determinação o que virá
futuramente. Quando uma criança não tem oportunidade de expor suas idéias e experiências,
ela fica reprimida, com medo, pois pode ser repreendida, havendo assim uma desmotivação
no aprendizado. “A linguagem manifesta o ser racional do homem [...], é através das palavras
que o sentido será buscado, por sua mediação, como de um material do qual precisamos
aprender para nos servir”. (SILVA, 1996, p. 62).
Já percebemos que o trabalho de formarmos leitores, é um trabalho árduo que exige
esforço, motivação e determinação. Pois muitos educandos apesar dos esforços da escola
continuam a não gostar de ler, enquanto outros se tornam leitores ao longo da trajetória
escola.
Para alguns, a leitura é um hábito tão incorporado que parece algo natural, que não
depende de problematização ou de reflexão. Mas se pensarmos dessa forma, não
precisaríamos buscar metodologias para formarmos leitores, e sim, fazer ler textos sugeridos.
Ao contrário, a preocupação de como formar leitores, como selecionar textos adequados, que
práticas podem ajudar a criar o desejo de ler, são questionamentos que necessitam de atenção,
ou melhor preocupam aqueles principais envolvidos no processo ensino-aprendizagem:
alunos, pais, professores e toda equipe escolar.
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Estando ligada leitura-escrita, instrumentos básicos que devem ser trabalhados não só
em Português ou Literatura, mas em todas as áreas do conhecimento, pois todas utilizam a
leitura para melhor entendimento dos textos selecionados. A leitura de materiais que tratam de
conteúdos de diferentes áreas, habitualmente chamada complementar, na verdade é essencial.
Por todas essas razões, a leitura pode ter função aglutinadora, potencializando a construção de
um projeto que envolve todos os educadores.
Como qualquer aprendizagem requer dedicação, para aprender a ler não é diferente:
por isso os alunos devem ter a oportunidade de encarar o livro como um desafio interessante
que abrirá portas, não só para o conhecimento mais também para o entretenimento e a
diversão. Nos divertimos lendo gibis, histórias infantis, ou ouvindo comédias, ou outros textos
bem contados e compreendidos. Kato diz que: “Nós alunos e professores, precisamos
descobrir ou redescobrir que ler pode e deve ser uma maravilhosa aventura”. A prática da
leitura na escola se assemelha à prática da leitura fora dela. As crianças precisam saber que
lemos por diferentes razões e que não lemos todos os textos da mesma forma.
Veliago complementa esta idéia: “É preciso que os professores ajudem as crianças a
descobrir nos textos sua face mais pessoal e prazerosa, sua dimensão mais encantadora e
envolvente”.
O processo de leitura depende de várias condições: a habilidade e estilo pessoal do
leitor, o objetivo da leitura, o nível de conhecimento prévio do assunto tratado e o nível de
complexidade oferecido pelo texto.
A leitura como prática social é sempre um meio, nunca um fim. Ler é resposta a um
objetivo, a uma necessidade pessoal. Não se lê só para aprender a ler, nem se lê de uma única
forma, não se decodifica palavra por palavra, ou seja, a prática constante da leitura não
significa a repetição infindável dessas atividades. Para tornar nossos alunos em bons leitores,
podemos utilizar um dos instrumentos básicos para aprendizagem: a motivação quer por sua
vez age intrínseca e extrinsecamente, ou seja, o professor ao auxiliar, orientar o aluno ao ato
de ler, o mesmo ganha uma motivação extrínseca, recebida pelo professor. Por outro lado
quando já se tem gosto pela leitura e pratica constantemente, este já traz desde sempre a
motivação intrínseca, sem necessitar de ajuda de alguém. Os alunos podem ser na leitura algo
interessante e desafiador, uma conquista capaz de dar autonomia e independência. E devem
estar confiantes para enfrentar o desafio e aprender fazendo. “Uma prática de leitura que não
desperte e cultive o desejo de ler não é uma prática pedagógica eficiente”. (MANGUEL,
1997).
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Por tantas razões, é que a prática da leitura está sendo cada vez mais praticada,
mesmo havendo alguns empecilhos que dificulta esta ação.
Partindo desse pressuposto, temos alguns fatores que auxiliam a prática da leitura,
entre eles temos: o livro didático – objeto fundamental para a ampliação do conhecimento,
importante para nossa cultura e desempenho escolar. Para muitos, o livro transcende tudo, é
envolvente, estimulador, diversificado, atrai o leitor ao mundo real e imaginário, aos encantos
e mistérios que desvenda a dada página lida e compreendida; e para que gosta de praticar
leitura isso não acaba, ao contrário, só aumenta a curiosidade com o passar do tempo.
Jorge Luís Borges, diz o seguinte: “Dos diversos instrumentos utilizados pelo
homem, o mais espetacular é, sem dúvida, o livro. Os demais são extensões de seu corpo. O
livro, não. Ele é uma extensão da memória e da imaginação”.
Ainda que surjam outros suportes para o texto, como o texto virtual eletrônico, o
livro jamais sairá de nossa recepção, ou seja, estará sempre aos nossos olhos para nos
apropriarmos sempre das novas histórias.
Na escola, é importante que os professores trabalhem desde cedo textos que
despertem o interesse da criança, e entenda o que o texto tem a mostrar. Devemos levar em
conta, que o professor além de apresentar os textos de um livro, ele pode trabalhar também
suas interfaces: mostrando a criança como manuseá-lo, as letras de variadas formas, as
ilustrações, pois tudo tem significado principalmente porque estes pontos completam uma
obra. Mesmo não havendo na escola muitas opções de livros, o professor poderá montar com
seus alunos um cantinho da leitura, com fichas, gravuras, livros trazidos pelos próprios
alunos, revistas e outros.
Para algumas crianças, aprender a ler é começar a penetrar num mundo diferente
daquele que ela já conhece. Se na vida cotidiana ela se depara com situações diferenciadas
sobre leitura, na escola não será diferente. Pois a busca pela melhoria da prática da leitura
exige de nós dedicação e atenção para que possamos aprender a ler com eficiência.
Crianças da primeira série, que ainda não estejam completamente alfabetizados, o
docente poderá com textos mais simples, como histórias infantis ou imagens ilustrativas. Os
livros desta natureza também trazem consigo um rico conteúdo, onde o docente poderá
explorar o conhecimento coletivo e individual, e mais tarde partir para outros livros que
também ajudam na formação educacional dos educandos.
Enfim, é de fundamental importância ter na escola uma variedade de livros, para
trabalhar nas diferentes séries e com diferentes textos.
Outro fator que auxilia o processo de aprendizagem da leitura é a biblioteca: são
muitos os formatos, os serviços e as idéias que se têm sobre uma biblioteca. Temos públicas,
particulares, circulantes, mas para o desenvolvimento escolar é muito bom quando se tenha as
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bibliotecas escolares, pois esta facilita o acesso ao acervo bibliográfico lá existente. Nas
bibliotecas, os livros têm que estar a serviço das pessoas e não o contrário, não se pode deixar
os livros intocáveis, é essencial usufruir deles, manuseá-los. Pelo menos é o que se pretende
do ponto de vista da produção e ampliação da leitura escolar, no caso, para todas as séries e
faixas etárias.
Ao criar uma biblioteca, a escola estará proporcionando aos educandos uma relação
entre leitores, professores e usuários, refazendo o pensamento daqueles que não tem tanto
interesse em praticar leitura. Mesmo que na escola não tenha um bibliotecário qualificado, os
professores serão os orientadores dos alunos na busca dos livros que os interessa. Poderão
fazer rodas de leituras, e compartilhar o que leram para aprender juntos a ler e interpretar. “A
transformação da biblioteca em centro de informações abre espaços para uma nova função: a
convivência mais estreita entre as pessoas”. (PERROTTI, 1990).
A biblioteca escolar não se restringe só a livros, mas também revistas, jornais,
folhetos, tudo que se possa produzir leitura. A leitura desses materiais poderá alargar o
conhecimento de professores e alunos. A leitura mediada, conjunta, aumentará também a
experiência destes leitores pelo acréscimo da experiência prévia de cada um, somando o
universo da leitura e o entusiasmo do leitor.
Com o funcionamento da biblioteca escolar, o professor deve obedecer alguns
critérios para que tudo aconteça corretamente, este deve preparar antecipadamente a visita;
escolher livros de acordo com série e faixa etária; formar grupos para partilhar o que foi lido.
É muito importante para a prática da leitura, quando se compartilha as idéias, fazendo seus
relatos sobre o que leram, elas têm grandes possibilidades de ampliar seus conhecimentos e
passam a liberar suas imaginações.
Ao levar os educandos para visitar a biblioteca, o professor deve observar se seu
acervo está bem organizado. É fundamental que esteja organizado com carinho e critério, a
partir das necessidades locais e abranger todas as áreas do conhecimento. É ideal também que
este acervo seja complementado com recursos tecnológicos, como televisão, som, vídeo e
outros. Os educandos precisam se sentir parte integrante do projeto de leitura na escola, este
compõe o acervo indiretamente, ou seja, não basta haver livros, é preciso que os indivíduos os
procurem, pois o sucesso da biblioteca seja ela escolar, pública ou particular, depende da
disciplina daqueles que a organiza e a freqüenta. “O professor antes de levar os educandos à
biblioteca, deve preparar a visita, selecionando livros do acervo, organizando e mediando a
leitura, para que os alunos tenham o desejo de revistar a biblioteca”. (CHARTIER, 1995).
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Por isso devemos pensar que a biblioteca faz parte do conjunto de fatores que ajudam
no processo educativo da leitura, pois a conquista desta é importante para escola, para o
desenvolvimento das atividades pedagógicas e para a formação de leitores. Ali, todo o espaço,
tempo e a energia se destinam à prática de ler. Mais se não pudermos ter a biblioteca na
escola, não podemos desanimar.
São infinitas as possibilidades de transformar a escola toda em espaço de leitura,
principalmente a sala de aula – lugar eleito pela cultura escolar como privilegiado para os
principais aprendizados. Mas para que esta seja bem utilizada o principal responsável é o
professor que por sua vez é mediador entre leitor e leitura, e outro fator auxiliante para a
prática da leitura.
Na escola encontramos muitos profissionais da educação: o gestor, orientador, mas
na sala de aula o professor é quem está mais envolvido no processo ensino-aprendizagem.
Quando o professor inicia suas atividades no início do ano escolar, começa a conhecer seus
alunos e aos poucos vai descobrindo suas dificuldades e perspectivas de aprendizagem. É
fundamental que este esteja realmente envolvido com a aprendizagem do educando, não
trabalhe de maneira individual, mas de forma democrática, ou seja, que divida idéias e aceite
sugestões de mudanças e melhorias para a sua prática pedagógica. É preciso socializar cada
vez mais os conhecimentos disponíveis a respeito dos processos de aprendizagem: quanto
melhor o professor entender o processo de construção do conhecimento, mais eficiente será
seu trabalho. Afinal, ensinar de fato é fazer aprender.
Ao socializar-se com os educandos, o professor conseguirá maior resultado com as
atividades aplicadas, os mesmos se sentirão entusiasmados, pois podem expor suas dúvidas e
sugestões. O professor enriquece seu trabalho de leitura de seus alunos a partir do exemplo,
ou seja, ele deve ler para que possam fazer o mesmo que ele; o professor deve ter em mente
que é preciso conquistar o prazer da leitura, não basta folhear o livro de qualquer forma, mas
perceber que ele é fruto de um processo que deve ser extremamente enriquecedor.
Sendo um elo de ligação entre texto-aluno, cabe a ele preparar as aulas para que tudo
ocorra bem na sala de aula. O planejamento escolar é muito importante, principalmente o
planejamento de situações de leitura, onde encontram alunos que sabem e outros que não
sabem ler. Este tipo de planejamento deve ser deste o início do processo de aprendizagem da
leitura, preparando atividades que tenham a maior similaridade possível com as práticas
sociais de leitura, ao mesmo tempo possíveis e difíceis, permitindo aos educandos uma
reflexão sobre as atividades propostas.
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Contudo, o docente deve buscar aperfeiçoar-se cada vez mais na sua prática, para
ajudar os docentes e contribuir com o crescimento educacional do mundo que nos cerca. Mas
não podemos esquecer que sem o auxílio dos pais não conseguiremos a aprendizagem
desejada aos nossos educandos. É importante poderem participar do processo de
aprendizagem da leitura, participando das aulas, aconselhando, lendo para seus filhos; esta
forma de interação com a escola as atividades vão sendo completadas e os objetivos
almejados vão sendo alcançados.
A escola deve atrair os pais para escola, mas cabe a eles tomar consciência dessa
influencia para o crescimento educativo dos alunos. “Os pais podem participar de projetos
desenvolvidos pela escola como: oficinas de leituras de histórias, para que aprendam a
proporcionar aos filhos momentos de magia”. Diz Marisa Lajolo.
A leitura precisa ser trabalhada de maneira prazerosa, e com a ajuda dos pais leitores
isso acontece de forma significativa, pois a escolaridade dos pais são fatores determinantes na
formação de leitores. Pais contadores de histórias, leitores, filhos interessados em textos de
várias classificações. Vale ressaltar que muitos pais não leitores, também participam e
contribuem muito com o desempenho dos seus filhos, pois a não alfabetização destes não
significa que não possam orientá-los.
A participação dos pais pode trazer resultados positivos para a prática da leitura e
demais situações escolares. A atuação destes pode ser nos conselhos escolares, às reuniões
onde se decidem os rumos da escola e mudanças pedagógicas, entre outras situações; assim
ajudando nas decisões que melhoram a qualidade do ensino. A participação dos pais pode
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reduzir ainda a evasão, a repetência, fazendo com que os alunos freqüentem diariamente as
aulas.
Com todos esses fatores assim relacionados, existem outros que também ajudam e
interferem no processo de formação de leitores. Por isso, cabe a cada envolvido desempenhar
sua prática de forma participativa, disciplinar, autentica; nos posicionando em direção ao
crescimento de todos.
O ser humano é um ser social, que tem seus conhecimentos e está aberto a novas
aprendizagens.
Quando nos deparamos com uma série de situações de aprendizagem, principalmente
ao ato de ler, não podemos recorrer só à escola. Aprender a ler não é só uma das experiências
da vida escolar, mas é uma vivência única para todo o ser humano, uma atividade concreta,
que traz informações. Nossa atenção sobre a leitura deverá estar inteiramente concentrada às
informações, devemos ler com objetividade.
Carlos Drummond de Andrade diz que: “ao dominar a leitura abrimos a possibilidade
de adquirir conhecimentos, desenvolver raciocínios, participar ativamente da vida social,
alargar a visão de mundo, do outro e de si mesmo”.
É fácil reconhecer quando temos facilidade em ler um texto, o difícil é aceitar que a
prática da leitura deve ser de forma simbólica, ou seja, quando lemos de qualquer jeito não
captamos as informações que o texto tem a nos oferecer, transformando a leitura em uma
atividade abstrata, sem sentido e finalidade. Devemos ler o que realmente interessa.
Para as crianças, principalmente as das séries iniciais, ou educação infantil, uma
forma de buscar o interesse para prática da leitura poderá ser por contos infantis. Os contos
infantis são oportunidades de desenvolver características, personagens e o próprio texto; um
gênero literário pode dá ao leitor uma oportunidade de encontrar um significado para a vida.
“No conto maravilhoso, o leitor é transportado para um mundo onde tudo é possível. Essa á a
magia da fantasia” explica Lílian Mangerona, mestre em literatura pela Universidade Estadual
Paulista.
Os contos infantis podem ainda ajudar as crianças esquecerem problemas escolares
ou pessoais, transferindo para eles todos os dramas enfrentados por elas. E mais crianças
gostam de ler e ouvir uma bela história, seja ela assustadora ou emocionante. Kátia Canton diz
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que “a fantasia é um mecanismo inventado pelo homem para superar as dificuldades da vida
real”. Assim, as experiências vividas vão sendo uma forma de aumento de conhecimento.
A leitura é de grande valor para o desenvolvimento intelectual e cognitivo da criança,
exercendo não somente a função comunicativa, mas também de conduta e aquisição de
conhecimento. Conhecimento adquirido desde cedo com a leitura do mundo que o cerca,
depois a leitura da palavra. “... Primeiro a leitura do mundo, do pequeno mundo que se movia;
depois, a leitura das palavras que nem sempre ao longo da escolarização foi a leitura da
palavra mundo”. (FREIRE, 1989, p. 12).
As crianças, adolescentes e adultos, vivem inventando maneiras para que as
aprendizagens ocorram de fato. Os educadores por sua vez, utilizam o que tem, criam
condições para que seus educandos possam obter o êxito de leitura almejado. A falta de
suporte para trabalhar a leitura, não deve fazer com que esta atividade fique esquecida
podendo regredir a prática da leitura no ambiente escolar ou qualquer outro lugar.
A leitura não deve ser estimulada só para obtermos informações, ou a leitura
informativa no que se refere ao uso da linguagem escrita na aprendizagem dos conteúdos; ela
deve ser também uma leitura fruitiva, realizada pelo puro prazer de fazer uma leitura. Com
estas cresce a estruturação do pensamento autônomo de alunos e professores. Silva Júnior
observa: “o importante é ter vontade de ler e de aprender tudo que uma obra tem para
ensinar”. (REVISTA ESCOLA, 2004).
Se formos observar todos os fatores necessários para se praticar uma boa leitura e
participar das aulas de fato, podendo compreender o que o professor está explanando na aula
precisamos estar saudáveis, ou melhor preparados física e psicologicamente para as ações em
sala de aula. Uma vez eu uma criança freqüenta a escola mal alimentada, uma família mal
estruturada pode deixar que estes problemas interfiram diretamente no seu processo de
aprendizagem, pois ao invés de observar as letras, palavras de um texto estará preocupada em
saciar a fome ou qualquer situação difícil que tem a enfrentar. Por isso, o professor deve
observar diariamente seus alunos para ver como se comportam, se prestam atenção às
atividades ou se estão desligados da realidade. Ou como diz Brito e Marrata ao ressaltar que:
“É indispensável que a criança goze de uma perfeita saúde física e mental, esteja bem
nutrida... para que possa adquirir uma boa aprendizagem não só na leitura, como também nas
demais áreas do conhecimento”. Desta forma há uma maior probabilidade para o desempenho
do aluno na escola.
Como a prática da leitura vem sendo muito discutida no ambiente escolar, devemos
buscar sempre métodos inovadores de aprendizagem, pois são méis eficazes para melhorar o
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desempenho escolar. Pois para se prender em métodos antigos se o professor pode melhorar a
sua prática em sala, a prática da leitura pode se destacar diariamente se for bem produzida e
valorizada pelos que lêem e os que ouvem.
A formação da criança em leitor deve vir acompanhada da várias condições para
desenvolver suas competências, habilidades, criatividade e principalmente condições a
aprender ler não só para ler, mas interpretar e crescer para seu futuro pessoal. Um ensino de
qualidade deve vir junto com profissionais dispostos a transformar o cotidiano dos educandos.
Aluno que não lê, não aprenderá se não encontrar no professor um profissional disposto a
ajudá-lo e buscar formá-los cidadãos capazes de interferir nas suas dificuldades e aptidões
mediante a leitura da variados textos. O professor ao oferecer propostas claras, está
disponibilizando aos alunos uma interação às mudanças relacionadas a aprendizagem, pode
ainda programar atividade de leitura como: gincanas, semana da leitura e outros, podendo
ajustar às capacidades cognitivas e lingüísticas dos educandos.
O aperfeiçoamento da forma de como se pratica a leitura, influencia na postura do
individuo em relação de como ele reage a um diálogo, ou apresenta sua leitura aos
expectadores. Para garantir o bom desenvolvimento da leitura, é necessário que o indivíduo
não desista quando fracassar, e sim, esteja disposto a superá-los, elevando o grau de
motivação que irá ajudá-lo nas aprendizagens atualmente propostas. É preciso considerar que
nem sempre os alunos se envolvem realmente com o que lê, daí o professor tem um papel
crucial para tentar conseguir fazer com que estes se interessem pela leitura, envolvendo-os em
grupos de alunos que gostam de lê, tornando importante a participação destes nas atividades
de leitura.
praticar leitura da forma como foi ensinado pelo professor tornando seu desenvolvimento
lingüístico mais aperfeiçoado.
A língua não é um código criado racionalmente. Portanto, não pode ser ensinada por
um método, seja ela qual for, que considere a leitura e a escrita simples mecanismos de
decodificação e codificação de sinais gráficos.
Atualmente, exige-se do indivíduo muito mais do que apenas compreender textos
simples. É preciso selecionar informações em fontes diversas, dar respostas oportunas e ter
habilidade de apreciar a beleza da literatura. Como tudo isso é difícil, Emília Ferreiro diz que:
“busca-se resolver esta questão com métodos “fáceis”. De acordo com ela “é possível
alfabetizar apresentando às crianças diferentes tipos de texto “e não cartilhas estúpidas”.
Não podemos envolver o indivíduo no processo de leitura utilizando materiais
inadequados, ou seja, que não transmita a ele um conhecimento que não sirva para sua
formação educacional e profissional. Vale lembrar que a escola como responsável por esse
processo de aprendizagem, tem que analisar seus objetivos em relação ao que se deseja
alcançar com seus alunos. Ao compreender como a criança aprende, o professor pode definir
o que ensinar, como ensinar e como avaliar.
E como melhorar cada vez mais a prática da leitura, reduzindo os fatores que a
interfere, é uma preocupação constante a todos os educadores. Por isso, por que não utilizar
novas tecnologias para trazer mudanças importantes nesse processo?
As novas tecnologias entram não somente na vida profissional, mas também no
cotidiano pessoal. Uma dessas tecnologias é o uso da informática que permite a maiores
informações, pois pode vir de todos os lugares. Mas apesar dessa ajuda da informática,
infelizmente ainda tem escola que não tem este acesso não significando que aprenderão
menos.
A leitura como parte do processo de aprendizagem, é vista por muitos educadores e
educandos como uma arte, ou seja, a arte de ler e ouvir histórias é encantadora quando bem
lida para ser interpretada e compreendida. Enquanto os alunos ouvem uma voz brilhante do
professor ao fazer uma leitura, eles parecer viajar para um mundo distante. O desafio para
muitos é cativar crianças acostumadas às linguagens sem sentido. É necessário mergulhar no
que está sendo contado para criar além do texto e enriquecer a atividade atraindo os alunos
com leituras interessantes. “Ler e contar histórias podem igualmente ser seqüências
monótonas de palavras que não produzem um efeito significativo se quem narra não imprime
vivacidade e veracidade à cadência da história”, aponta Regina Machado, contadora de
histórias e professora da Universidade de São Paulo.
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Sabe-se que hoje cada forma de transmitir conhecimento tem funções diferentes. O
livro é valorizado como objeto e veículo de aprendizagem, e o texto escrito se apresenta como
uma forma de arte própria que estimula o domínio de uma técnica diferente daquela utilizada
ao falar. Já no ato de contar histórias, ressaltam-se o improviso, a cultura constituída na língua
do dia-a-dia e a interação com o público, assim um não é melhor que o outro.
Qualquer uma criança pode se tornar um contador de história desde que esta se
integre as atividades propostas pelo professor e se relacione bem com os colegas que também
querem ser contadores, ressalva-se ainda que para ser um contador de histórias é importante
que ele já tenha um conhecimento prévio sobre leitura. Os estudantes escolhem os livros e
usando a expressão corporal e facial narram uns para os outros. “Com os livros em mãos para
se sentir mais seguros, os contadores vencem as dificuldades para acertar o tom e a altura da
voz, a interpretação e a memorização”. Conta Regina Machado.
Quando as crianças saem da teoria e partem para a prática, desta forma pode-se
corrigir algumas falhas ainda existentes como tom de voz, ritmo, pronúncia e postura, antes,
durante e depois da narração. “Com o treino, as crianças se soltam e ganham habilidades; e
mais elas se tornam referências dentro da classe na hora de indicar livros aos outros”.
Complementa Clarice Santos professora de Língua Portuguesa.
O processo da prática da leitura através dos contadores de histórias, hoje tem sido um
ponto cada vez mais positivo para o desenvolvimento dos educandos em querer aprender a ler
para que venham se tornar um desses contadores. É importante abrir o universo deles para
diferentes narrativas, com temas sobre nossas origens, humanidade, além de textos que
crianças que são os contos infantis e mais tarde literários e outros.
Contar histórias pode levar os educandos a um número enorme de imagens que aos
poucos vai incorporá-las a vida real, está é a peculiaridade da oralidade que faz com que os
mesmos passem a gostar mais do fator Leitura.
A leitura é muito mais que um instrumento escolar. É um passaporte para a entrada
na cultura escrita. Não se concebe uma cidadania plena sem a utilização da leitura. Toda
mobilização em torno da leitura é muito oportuna. Afinal, lemos para aumentar o
conhecimento, e melhorar nossa prática diariamente. E ler na escola é ler para inserir-se na
sociedade letrada. “A leitura não é somente a apropriação do ato de ler e escrever; ela envolve
o domínio de um conjunto de práticas culturais que envolvem uma compreensão do mundo
diferente daquele dos que não tem acesso à leitura” (PÁTIO, 2005, p. 05).
No entanto, é preciso lembrar que o domínio da leitura envolve uma série de
habilidades complexas que precisam ser desenvolvidas progressivamente. Juntos, escola,
62
alunos e comunidade escolar pode desenvolver essas habilidades, levando a todos à busca do
desejado que é o aperfeiçoamento lingüístico e cognitivo dos educandos.
Muitos indivíduos desenvolvem essas habilidades fora da escola, mais o que muitos
esperam é a parceria dela para poder realizar suas atividades. Ler e reler o mundo para
transformá-lo constitui uma necessidade e um desafio permanentes. Portanto cabe a escola
oferecer recursos para enfrentar esse desafio, tendo sempre o compromisso de formar leitores.
“A leitura tem um papel tão significativo na sociedade que podemos dizer que ela cria novas
identidades, novas formas de inserção social, novas maneiras de pensar e agir” (PÁTIO, 2005,
p. 05).
O acesso de todos à leitura é uma questão de direito universal. Hoje, o impacto da
leitura se faz sentir em todas as esferas de atividades humanas, dentro da escola, lazer e
trabalho. Sabemos que a prática da leitura envolve o indivíduo a todas essas esferas, podendo
compreender o mundo que o cerca. A compreensão de uma leitura feita pelo professor que
caracteriza pela utilização que o leitor faz dos muitos conhecimentos adquiridos ao longo de
sua vida, e para chegar a compreensão do que leu e para aprender algo novo a partir de uma
leitura, é necessário que ative conhecimentos anteriores, relacionando as idéias contidas no
texto lido com aquilo que já sabe, e mais é preciso que o indivíduo esteja sempre fazendo
indagações, questionamentos, busque e identifique o que é relevante ou secundário naquilo
que ouviu ou leu.
“Para que um aluno desenvolva uma compreensão efetiva na leitura de textos, são
exigidos tempo e investimentos de natureza diversa, seja em termos de
oportunidades de leitura, dos tipos de textos a ele oferecidos para ler ou da
diversidade de situações que exigem leitura e interpretação de textos”. (KÁTIA
SMOLE, 2005).
“Essa prática faz com que elas desenvolvam o hábito de ler e tenham prazer em
descobrir novas histórias. “(...) Apostamos na formação de leitores porque
entendemos que a leitura é a chave para o acesso a outras formas de conhecimento”.
(MÔNICA ZAGALLO, 2005).
63
20%
50%
30%
40% 40%
20%
20% diz que os alunos não gostam ou não sentem interesse em aprender a ler;
40% Concordam que tanto família, professores, alunos, bons livros, como
outros materiais e metodologias diferenciadas, são meios fundamentais para
aprender a ler e tornar-se bons leitores.
GRÁFICO 2 – Entrevistas com professores da 2ª série, mostra o que dificulta e o que desperta
o interesse dos alunos à prática da leitura.
Fonte: Maria Luiza Alves da Cunha
Contudo, com base nesses dados, é que esperamos contribuir mais para o processo de
formação de leitores, preparando-os para aprender cada vez mais como fazer uma boa leitura.
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Com a realização deste trabalho monográfico, constatei que a prática da leitura nas
séries iniciais é importantíssima para o aprendizado do indivíduo, para sua formação pessoal e
futuramente profissional.
Este trabalho permitiu-me ainda desvendar o que leva os educandos sentirem-se
entusiasmados ao ler um texto e o que realmente atrapalha este processo.
Não devemos ler por ler, é preciso interagir profundamente com o que o texto
apresenta, aprofundar-se num contexto de infinitas riquezas e muito encanto, magia e
sabedoria. A leitura pode ser diária, colaborativa, onde o educador reflete com os educandos
sobre as diferentes modalidades de leitura e os procedimentos que elas requerem do leitor; e
ainda uma atividade em que o professor lê com a classe e durante a leitura questiona, pede
sugestões, troca idéias, tornando suas aulas motivadoras e envolventes a seus educandos.
Portanto, é fundamental que não vejamos os textos como pura diversão, mas como
meio de melhorar seus conceitos e sua formação educacional.
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