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– PARTE GERAL
SUMÁRIO
2. PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE
Este princípio não encontra previsão expressa no texto constitucional, sendo um desdobra-
mento lógico oriundo de critérios hermenêuticos (interpretativos).
Possui três sentidos fundamentais: a) culpabilidade como elemento integrante do conceito
analítico de crime; b) culpabilidade como princípio medidor da pena; c) culpabilidade como ferra-
menta latu sensu, que traz a ideia de responsabilidade.
O primeiro elemento corresponde a identificar se a culpabilidade é preenchida para identificar
se o critério trifásico para conceituar o crime encontra-se preenchido.
No segundo aspecto, a culpabilidade deve ser analisada sob o crivo de que o crime já existe.
Para tanto, no ato da aplicação de uma pena, o magistrado deve se ater ao CRITÉRIO TRIFÁSICO,
previsto no art. 59 do CP e ponderar qual é o grau de culpabilidade do agente, entendendo-se como
o grau de participação do agente na prática da conduta.
Na última opção, o estudo da culpabilidade latu sensu consagra a ideia de que o sujeito só
pode ser responsabilizado se sua conduta ofensiva for dolosa (quis o fato ou assumiu o risco de
produzi-lo) ou culposa (deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia), evitan-
do-se, portanto, a chamada imputação objetiva.
Embora a responsabilidade penal, em regra, seja subjetiva, no que diz respeito aos crimes ambientais e à responsabilidade
civil do Estado, esta será objetiva.
Assim, a simples participação material no resultado não configura, por si só, responsabilidade penal.