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Classificação do Direito:
- Direito Positivo: é o direito escrito.
- Direito Objetivo: são as normas de conduta que todos devem observar.
- Direito Subjetivo: prerrogativa conferida e disciplinada pelo direito objetivo.
Direito na Sociedade:
• Presença do Direito no Cotidiano
• Funções do Direito- prevenir e compor conflitos
• Instrumentos de Controle Social (Direito, Moral, Religião e Regras de Trato
Social)
Formais:
• Lei e Jurisprudência
• Analogia, costumes, princípios gerais do Direito
Características da Norma
• Generalidade;
• Abstração
• Imperatividade
• Coercibilidade
Classificação da Norma:
• Cogentes ou dispositivas;
• Federais, Estaduais ou Municipais
Fato Jurídico:
• Fato Jurídico é todo fato capaz de produzir efeitos na ordem jurídica, de modo
que dele se originem e se extingam direitos.
• Negócio Jurídico (art. 104, CC): requisitos
No plano objetivo toda relação social disciplinada pelo Direito, no plano subjetivo, como
vínculo entre dois ou mais indivíduos, dotado de obrigatoriedade.
O conjunto de regras jurídicas em vigor num determinado país, é chamado de?
a) Direito Normal
b) Direito Público
c) Direito Privado
d) Direito Positivo
A possibilidade ou a faculdade que cada um tem de agir dentro das regras da lei é
indicada pelo?
a) Direito objetivo
b) Direito Subjetivo
c) Direito Comercial
d) Direito Publico
A interpretação da lei, feita pelos juízes e tribunais nas suas decisões, é chamada de?
a) Lei
b) Jurisprudência
c) Costume
d) Doutrina
Conteúdo
prevalece o interesse geral - o Direito é Público.
prevalece o interesse particular - o Direito é Privado.
Forma
Se a relação é de coordenação, trata-se geralmente, de Direito Privado.
Se a relação é subordinação, trata-se, geralmente, de Direito Público.
Elementos do Estado
• Território-solo
• População/Povo- conteúdo humano
• Governo Soberano- personalidade internacional, poder máximo em seu
território.
Conceito de Estado
Associação de homens que vivem num território próprio, politicamente organizado e
sob um governo soberano.
Finalidades da Constituição
a) organizar o Estado;
b) limitar os poderes do Estado em face das pessoas e dos grupos intermediários;
c) definir as diretrizes da vida econômica e social;
Preâmbulo da Constituição
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte
para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos
sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a
igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem
preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e
internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de
Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil.
O Estado Social
• O ESTADO SOCIAL (Welfare State )- 1ª Guerra Mundial Falência do Estado
Liberal ( crise de 1929 ).
• Estado é o agente regulamentador de toda vida e saúde social, política e
econômica do país.
• Desde seu nascimento até sua morte, a um conjunto de bens e serviços que
deveriam ter seu fornecimento garantido seja diretamente através do Estado ou
indiretamente, mediante seu poder de regulamentação sobre a sociedade civil.
Esses direitos incluiriam a educação em todos os níveis, a assistência médica
gratuita, o auxílio ao desempregado, a garantia de uma renda mínima, recursos
adicionais para a criação dos filhos, etc
GARANTIAS CONSTITUCIONAIS
LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os
atos necessários ao exercício da cidadania.
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado
de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso
de poder;
Espécies de habeas corpus:
- Preventivo - quando o paciente estiver sob ameaça de violência ou coação ilegal. Nesta
modalidade cabe esclarecer que o paciente será aquele a quem o habeas corpus se
destina e isto pode ser diferente de quem o está impetrando.
- Liberatório ou liberativo ou repressivo – quando a violência ou a coação ilegal já
tiver sido praticada.
- Exemplos:
- Quando houver a prisão sem justa causa;
- Estar preso e já ter cumprido a pena.
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
O pressuposto para a ação é não haver regulamentação sobre o direito
constitucionalmente garantido. Cabe exclusivamente contra o poder público, pois tem
que haver omissão deste em relação a legislar sobre esse direito.
O mandado de injunção é declaratório e mandamental. Declaratório porque reconhece a
omissão e mandamental porque o julgador manda a quem tem competência legislar
sobre o assunto, regulamentando-o.
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
O pressuposto para a ação é não haver regulamentação sobre o direito
constitucionalmente garantido. Cabe exclusivamente contra o poder público, pois tem
que haver omissão deste em relação a legislar sobre esse direito.
O mandado de injunção é declaratório e mandamental. Declaratório porque reconhece a
omissão e mandamental porque o julgador manda a quem tem competência legislar
sobre o assunto, regulamentando-o.
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor,
salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
"a) condição de eleitor, isto é, que o autor seja cidadão brasileiro, no gozo dos seus
direitos cívicos e políticos;
"b) ilegalidade ou ilegitimidade, "vale dizer, que o ato seja contrário ao direito por
infringir as normas específicas que regem sua prática ou se desviar dos princípios gerais
que norteiam a Administração Pública"
"c) lesividade, isto é, há necessidade de que o ato ou a omissão administrativa
desfalquem o erário ou prejudiquem a Administração, ou que ofendam bens ou valores
artísticos, cívicos, culturais, ambientais ou históricos da comunidade.
TÍTULO II
CAPÍTULO I – DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS – art. 5º;
II – DOS DIREITOS SOCIAIS – art. 6º ao 11;
III –DA NACIONALIDADE – art. 12 e 13;
IV – DOS DIREITOS POLÍTICOS – art. 14 ao 16;
V – DOS PARTIDOS POLÍTICOS – art. 17
PERGUNTA: TODOS OS DIREITOS FUNDAMENTAIS ESTÃO ELENCADOS NO ARTIGO 5º
DA CRFB/88? ESTÃO TODOS ELES NO TÍTULO II?
Funções da Família
- Procriativa – gerar filhos, garantindo a expansão e a preservação da espécie
humana. Fundada nos princípios da dignidade da pessoa humana e da
paternidade responsável, a Constituição Federal considera o planejamento
familiar uma livre decisão do casal.
- Educativa – dever dos pais de prestar ensinamentos aos filhos, transmitindo-
lhes os fundamentos da vida em sociedade.
-Emocional – define como o equilíbrio psicológico proporcionado ao indivíduo mediante
o clima de amor que deve existir entre o marido e mulher, transmitindo-se dos pais para
os filhos.
- Econômica –trabalho dos pais garantido a subsistência digna, cabendo ao Estado
proteger solidariamente a família.
- Igualdade jurídica dos filhos – A Constituição de 1988 acabou com a distinção entre os
filhos naturais e adotivos, assegurando que eles terão os mesmos direitos e
qualificações, bem como vedou qualquer tratamento discriminatório (art. 227, § 6º).
-Da Solidariedade Familiar (arts. 3, I, 226, 227, 229 e 230, CRFB/88) importa no dever de
socorro, proteção, assistência e alimentos para garantir uma vida digna e o pleno
desenvolvimento da pessoa e de sua personalidade
Casamento
• Art.1511 do CC -O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na
igualdade de direitos e deveres dos cônjuges
• É um ato solene e a sua celebração antecede algumas formalidades
preliminares, num procedimento próprio, definido processo de habilitação do
casamento, perante o oficial do Cartório de Registro Civil.
Formalidades Preliminares
Art. 1.525. O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos os
nubentes, de próprio punho, ou, a seu pedido, por procurador, e deve ser instruído com
os seguintes documentos:
I - certidão de nascimento ou documento equivalente;
II - autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato
judicial que a supra;
III - declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecê-los
e afirmem não existir impedimento que os iniba de casar;
IV - declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de
seus pais, se forem conhecidos;
V - certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de
anulação de casamento, transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio.
Religioso também produz efeitos desde que haja habilitação anterior ou posterior.
Deveres do Casamento
Artigo 1.566
I - fidelidade recíproca;
II - vida em comum, no domicílio conjugal;
III - mútua assistência;
IV - sustento, guarda e educação dos filhos;
V - respeito e consideração mútuos.
Demonstra qual deve ser a intenção dos cônjuges- estabelecer em sua convivência uma
colaboração mútua e voluntária com a mesma finalidade desenvolvendo suas
personalidades
Regime de Bens
São normas que regulamentam os interesses econômicos dos cônjuges durante o
casamento
O Código Civil prevê quatro tipos de regime de bens:
-Comunhão parcial
-Comunhão universal
-Da participação final nos aquestos
-Separação de bens
Pacto Antenupcial- ajuste de vontades ( contrato )deve ser celebrado por escritura
publica condicionado a celebração do casamento ( art.1653 e 1654 CC )
Deve ser registrado posteriormente no RI para dar publicidade.
Comunhão Parcial art. 1658 CC- Comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na
constância do casamento” (somente farão parte os bens havidos ao longo do enlace
matrimonial)
Art. 1659CC-são excluídos da comunhão, no Regime da Comunhão Parcial de Bens, os
seguintes:
– os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do
casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;
II – os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em
sub-rogação aos bens particulares;
III – as obrigações anteriores ao casamento;
IV – as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal;
V – os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
VI – os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;
VII – as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.".
União Estável
- Art. 1.723. CC - É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e
a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com
o objetivo de constituição de família.
- A união estável nasce da convivência, do desejo de estabelecer uma vida em comum
com características de família. Assim como o casamento, a união estável é merecedora
de tutela do Estado, regulada pelo Código Civil nos artigos 1723 a 1726
-Não pode haver impedimento matrimonial, exceto se um deles for casado mais
separado de fato.
-União Estável Homoafetiva– Ação Direta de Inconstitucionalidade 4277
-Ampliou o conceito de união estável para “nele incluir toda relação pública duradoura e
contínua com o intuito de constituir família, independente de sexo ou opção sexual do
casal”.
Art. 1.724. As relações pessoais entre os companheiros obedecerão aos deveres de
lealdade, respeito e assistência, e de guarda, sustento e educação dos filhos.
Em regra obedece quanto aos bens o regime da comunhão parcial de bens, salvo se
houver contrato escrito.
Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às
relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens
Art. 1.726. A união estável poderá converter-se em casamento, mediante pedido dos
companheiros ao juiz e assento no Registro Civil.
Art. 1.727. As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar,
constituem concubinato.
Divórcio
A Constituição Federal de 1988 determinava no art. 226, §6º, CC (repetido pelo art.
1.580, CC): um ano de separação judicial para o divórcio conversão e dois anos de
separação de fato para o divórcio direto
São modalidades de divórcio no Brasil:
a) Divórcio direto: decorre de pedido judicial ou extrajudicial de um (litigioso) ou
de ambos (consensual) os cônjuges, independente de decurso de prazo.
b) Conversão em divórcio: decorre de pedido judicial ou extrajudicial de um (litigioso)
ou de ambos (consensual) os cônjuges que já se encontram separados judicial ou
administrativamente.
c) Divórcio extrajudicial – Lei 11.441/07 – o divórcio extrajudicial foi introduzido pela Lei
n. 11.441/07 que acrescentou o art. 1.124-A ao CPC e visou simplificar o procedimento
para os cônjuges que pretendiam dissolver a sociedade de comum acordo, dispensando-
se a intervenção direta do Estado.
Há discussão a respeito da permanência da separação no ordenamento, pela entrada em
vigor da EC 66.
EC n. 66/10
A Emenda Constitucional n. 66 de 2010 alterou o artigo 226, §6º, da CF, que passou a ter
a seguinte redação: “O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio”, revogando,
segundo entendimento majoritário, o instituto da separação.
A redação anterior dizia: “O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, após
prévia separação judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei ou comprovada
separação de fato por mais de dois anos,” ou seja, a norma constitucional determinava
condições para a propositura do divórcio.
Aula 5- Poder Familiar, Proteção dos menores, incapazes e da Mulher
Poder Familiar
• É um conjunto de direitos e deveres em relação à pessoa e aos filhos menores e
não emancipados, com a finalidade de propiciar o desenvolvimento integral da
sua personalidade.
Quais os deveres dos pais?
• são os deveres de assistência, auxílio e respeito mútuo, e se estendem até a
maioridade ser adquirida de várias maneiras e muda conforme a legislação
vigente em cada país.
-A quem se dirige o Poder Familiar?
aos pais, sejam eles biológicos ou através da família substituta, ou ainda da família
socioafetiva.
OBSERVAÇÕES
-Tanto no casamento quanto na união estável- compete a ambos na falta de algum
compete ao outro com exclusividade.
-divergência entre os pais possibilidade de recorrer ao judiciário (juiz ).
Art. 1.638 CC Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que:
I - castigar imoderadamente o filho;
II - deixar o filho em abandono;
III -praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;
IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente ( 1637 )
exemplOs: vendA de DOCES, alugUEL DE crianças para um adulto mendigar com elas
ETC...
O que seria deixar o filho em abandono?
Deixar o filho em abandono é deixar o filho em perigo, presume-se o perigo, o abandono
material e o abandono do incapaz que são crimes.
E ainda, a prática de atos contrários a moral, como por exemplo o abuso sexual.
Conceito de Tutela
É o poder conferido a uma pessoa capaz, por meio de uma decisão judicial, para reger a
pessoa de um incapaz e administrar seus bens.
É um encargo
Quem pode ser colocado sob tutela?
1.728. Os filhos menores são postos em tutela:
I - com o falecimento dos pais, ou sendo estes julgados ausentes;
II - em caso de os pais decaírem do poder familiar.
Visa suprir o poder familiar.
Tipos de Tutela
Testamentária ,Legítima e Dativa
Testamentária-
Art.1729 CC- O direito de nomear tutor compete aos pais, em conjunto.
Parágrafo único. A nomeação deve constar de testamento ou de qualquer outro
documento autêntico.
Validade do ato
Através de documento autentico e desde no momento da elaboração do documento
exerciam o poder familiar ( art. 1730 CC )
Legítima-
ART 1731 CC- Em falta de tutor nomeado pelos pais incumbe a tutela aos parentes
consangüíneos do menor, por esta ordem:
I - aos ascendentes, preferindo o de grau mais próximo ao mais remoto;
II - aos colaterais até o terceiro grau, preferindo os mais próximos aos mais remotos, e,
no mesmo grau, os mais velhos aos mais moços; em qualquer dos casos, o juiz escolherá
entre eles o mais apto a exercer a tutela em benefício do menor.
DATIVA
Art. 1.732. O juiz nomeará tutor idôneo e residente no domicílio do menor:
I - na falta de tutor testamentário ou legítimo;
II - quando estes forem excluídos ou escusados da tutela;
III - quando removidos por não idôneos o tutor legítimo e o testamentário
ATOS DO TUTOR
SEM NECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL- EXEMPLO : ART. 1747 CC
I - representar o menor, até os dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-lo, após
essa idade, nos atos em que for parte;
II - receber as rendas e pensões do menor, e as quantias a ele devidas;
III - fazer-lhe as despesas de subsistência e educação, bem como as de administração,
conservação e melhoramentos de seus bens;
Art. 5o Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a
mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão,
sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio
permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente
agregadas;
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos
que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por
vontade expressa;
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha
convivido com a ofendida, independentemente de coabitação
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de
orientação sexual
Art. 7o São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou
saúde corporal;
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano
emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos,
crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação,
isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem,
ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que
lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a
presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante
intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar,
de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método
contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição,
mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o
exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção,
subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho,
documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os
destinados a satisfazer suas necessidades;
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia,
difamação ou injúria
INOVAÇÕES DA LEI
- Permite a autoridade policial prender o agressor em flagrante sempre que houver
qualquer das formas de violência contra a mulher;
-Tipifica e define a violência doméstica e familiar contra a mulher;
-Estabelece as formas da violência doméstica contra a mulher como física, psicológica,
sexual, patrimonial e moral;
-Renunciar a denuncia somente perante ao juiz;
- independe de sua orientação sexual;
- o agressor não poderá entregar intimação;
- acompanhamento por defensor e notificação de todos atos processuais
incluindo a saída do agressor da prisão;
- alteração da Lei de Execuções Penais para permitir que o juiz determine o
comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação;
A lei fortaleceu este segmento quando ampliou o conceito e trazendo para as relações
que tenham por objeto a união de mulheres homossexuais , dizendo que independe o
papel que a ela ocupe na relação , visto que está protegida pela lei, bastando estar
enquadrado no conceito biológico de mulher
Art. 9o A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar será
prestada de forma articulada e conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei
Orgânica da Assistência Social, no Sistema Único de Saúde, no Sistema Único de
Segurança Pública, entre outras normas e políticas públicas de proteção e,
emergencialmente, quando for o caso.
DE QUEM É A RESPONSBILIDADE?
De todos nos- sentido amplo
ART. 4º DO ECA
Parágrafo único - A garantia de prioridade compreende:
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção
à infância e à juventude.
PRINCIPIO DO MELHOR INTERESSE
PRESENÇA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – SUA DIGNIDADE ( SUJEITO DE DIREITOS
FUNDAMENTAIS ATENDENDO AOS SEUS INTERESSES).
PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE
BREVE HISTÓRICO
-Conflitos- origem – econômicas, sociais, políticas etc..
-Solução –possibilidade de sanção/pena pelo descumprimento como forma
distributiva
Antiguidade – Lei de Talião – falta de proporcionalidade entre o conteúdo e a sanção
aplicada.
-Penitencia ligada a religião- segregações- penas privativas de liberdade, restrições de
locomoção
-Surgimento do Estado – responsabilidade pela aplicação da Lei.
Direito Penal Objetivo- condutas que se praticadas se consideram como crimes,
contravenções
Que bens jurídicos são esses a serem tutelados? Onde eles estão?
CRFB/88 – vida , honra, liberdade, etc.. serão objeto de tutela das leis
infraconstitucionais
Direito Penal Subjetivo- O poder e o dever que o Estado possui de perseguir o criminoso,
seja retributivo ou preventivo.
Movimentação estatal para aplicação do direito objetivo- punitivo. Dando origem a
investigação como também um processo se for o caso.
Qual a finalidade da pena?
Adotamos a teoria denominada eclética- Art. 59 do CP circunstancias judiciais- caráter
retributivo e também reeducador ou ressocializador.
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à
Personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem
como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente
para reprovação e prevenção do crime
CARACTERISTICAS DA PENA
1)Personalíssima- art. 5º XLV da CRFB/88- só o criminoso recebe a sanção penal
( intrancendência da pena );
2)Limitada- Principio da Legalidade art. 5º XXXIV da CRFB/88- pena somente até o
máximo legal
3)Proporcionalidade- sanção proporcional em conformidade com culpabilidade do
agente com a reprovabilidade do seu comportamento ART.5º XLVI CRFB/88;
4)Individualizada- pena para cada um que vier a cometer um crime, conforme
reprovação da conduta. Art.XLVI
5)Dignidade- prevenção , reeducação- não há possibilidade de penas cruéis, perpetua,
de morte, salvo em caso de guerra declarada. Art. 5º LVII
6)Proibição de Dupla Punição – vedação de punição duas vezes pelo mesmo crime.
( non bis in idem )
7)Jurisdicionalidade- Art. 5º XXXVII, LVIII e LV- só autoridade judiciária competente
poderá processar ( vedação tribunal de exceção ) Garantia do devido processo legal,
ampla defesa, duplo grau de jurisdição, vedada a obtenção de provas ilícitas.
ESPECIES DE PENA
As privativas de liberdade- Art. 105 CP
Restritivas de direitos Art. 147 LEP
As de multa Art.32 da LEP.
Privativa de Liberdade-
-Segregação – privar do direito de locomoção
Espécies -Reclusão ou Detenção
Distinção maior é quanto as suas conseqüências
Reclusão – cumpridas em regime fechado, semi-aberto e aberto
Detenção- semi-aberto e aberto
Fechados- estabelecimentos de segurança máxima ou media
Semi-aberto - colônias agrícolas ou industriais
Aberto- casas de albergados -autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado.
OBSERVAÇÕES
-Se a pena for superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado.
-Haverá submissão a exame criminológico de classificação para individualização da
execução.
-Fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento durante o repouso noturno,
será realizado dentro do estabelecimento, desde que compatíveis com a execução da
pena.
-O trabalho externo é admissível, no regime fechado, em serviços ou obras públicas.
O condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a
8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto.
Será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame criminológico de
classificação para individualização da execução
Admite-se o trabalho externo, a freqüência a cursos supletivos profissionalizantes, de
instrução de Ensino médio.
Regime Aberto
O condenado deverá, fora do estabelecimento e sem vigilância, trabalhar, freqüentar
curso ou exercer outra atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o
período noturno e nos dias de folga.
O condenado será transferido do regime aberto, se praticar fato definido como crime
doloso, se frustrar os fins da execução ou se, podendo, não pagar a multa
cumulativamente aplicada.
Após o calculo da pena o juiz vai substituir pelas penas restritivas de direito com a
observância do art. 44 do CP
Art.44 CP- As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de
liberdade, quando:
I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for
cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena
aplicada, se o crime for culposo;
II - o réu não for reincidente em crime doloso;
III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado,
bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente.
Pode a pena restritiva de direitos ser convertida em privativa de liberdade se houve
descumprimento da pena art. 44 CP
Multa
A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na
sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360
(trezentos e sessenta) dias-multa.
A multa não substitui a pena privativa de liberdade, sendo uma sanção penal
previamente fixada em lei.
A pena de multa não pode ser convertida em pena privativa de liberdade caso o
condenado não a recolha
MEDIDAS DE SEGURANÇA
É uma modalidade de sanção prevista no Código Penal, de cunho meramente preventivo
e assistencial”. “distingue-se, portanto, da pena cujo caráter é retributivo e preventivo”.
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento
( INIMPUTÁVEIS )
Direitos do Preso
I - alimentação suficiente e vestuário;
II - atribuição de trabalho e sua remuneração;
III - Previdência Social;
IV - constituição de pecúlio;
V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a
recreação;
VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores,
desde que compatíveis com a execução da pena;
VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa;
IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado
VII- assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa;
IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado;
X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados;
XI - chamamento nominal;
XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena;
XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento;
XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito;
Da Assistência Social
Art. 22. A assistência social tem por finalidade amparar o preso e o internado e prepará-
los para o retorno à liberdade.
Art. 23. Incumbe ao serviço de assistência social:
I - conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames;
II - relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os problemas e as dificuldades
enfrentadas pelo assistido;
III - acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias;
IV - promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a recreação;
V - promover a orientação do assistido, na fase final do cumprimento da pena, e do
liberando, de modo a facilitar o seu retorno à liberdade;
VI- providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios da Previdência Social e do
seguro por acidente no trabalho;
VII- orientar e amparar, quando necessário, a família do preso, do internado e da vítima
BREVE HISTÓRICO
-E VOLUÇÃO E REALIDADE DO IDOSO.
-PROCESSO DE ENVELHECIMENTO - MUNDIAL E BRASILEIRO.
-CRESCENTE NÚMERO DE PESSOAS COM MAIS DE SESSENTA ANOS, APARTIR DA
DECADA DE 70.
-EXPECTATIVA DE VIDA.
-AVANÇOS TECNOLÓGICOS/LONGEVIDADE.
-AGRICULTURA/ALIMENTAÇÃO.
-MEDICIANA/ DOENÇAS.
-SANEAMENTO BÁSICO/HIGIENE.
DIREITOS NA CONSTITUIÇÃO
ART.208, CRFB/88
O dever do Estado com a educação será efetivado mediante garantia de:
I – Ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita
para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria; (...)”. Vê-se, pois, que o
idoso que não teve direito de estudar no tempo próprio, pode exigir do Estado sua
educação.
- ART. 196 CRFB/88
A saúde são direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
art. 3º, IV, CRFB/88. Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do
Brasil:
IV - Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
art. 5º CRFB/88, todos são iguais perante a lei Direito sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se......a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade,
à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Art. 230 - A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas,
assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar
e garantindo-lhes o direito à vida.
ART. 229 da CF/88 - Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e
os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou
enfermidade.
Alimentos aos filhos menores, os pais idosos também podem exigir dos filhos maiores
o necessário para sua subsistência.
ART. 1694 CC Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros
os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição
social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.
Art.1.696 CC O direito à prestação de Alimentos é recíproco entre pais e filhos, e
extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau,
uns em falta de outros.
art. 10, §3º Todo cidadão tem o dever de denunciar à autoridade competente qualquer
forma de negligência ou desrespeito ao idoso”.
Estado tem o dever de implementar as políticas publicas, fiscalizar o cumprimento da
lei, criar mecanismos que tornem a lei eficaz e não letra morta, não menos importante
é a participação da família e da sociedade.
Conceito
Pessoas que possuam limitações sejam física, mental, sensorial ou múltipla, que a
incapacite ou a impossibilitem de cumprir as atividades do cotidiano e que, em razão
dessa incapacitação, a pessoa tenha dificuldades de inserção no meio social.
Formas de deficiência
Física, Visual, Auditiva, Mental ou Múltipla
O Termo deficiente
.Pessoas com deficiência.
.Pessoas portadoras de necessidaedes especiais.
.Temos vários níveis de deficiência.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados,
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como Fundamentos:
I- a soberania.
II- a cidadania.
III- a dignidade da pessoa humana.
IV- os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa:
V- o pluralismo político.
IV- Promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
Art. 5º- O direito à igualdade- todos são iguais perante a lei.
Como tratar as pessoas de forma igual se precisam de uma maior atenção?
Estão dentro da mesma situação necessitam de tratamento adequado que pode ser
considerado desigual.
Como então devemos proceder?
Devemos adotar medidas reparadoras para tentar reduzir as desigualdades que
ocorrem no cotidiano dando-lhes tratamento diferenciado as pessoas que se
encontrem em situações de desigualdade
Art. 203 A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente
de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
IV- A habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de
sua integração à vida comunitária;
V- A garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de
deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria
manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.
Art. 208 O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de :
III – Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;
§ 2º - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta
irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.
§ 2º - A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso
público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso
adequado às pessoas portadoras de deficiência.
Art. 244 A lei disporá sobre a adaptação dos logradouros, dos edifícios de uso público e
dos veículos de transporte coletivo atualmente existentes a fim de garantir acesso
adequado às pessoas portadoras de deficiência, conforme o disposto no art. 227, § 2º.
Ação civil pública- Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, a qual dispõe sobre a proteção
de quaisquer interesses difusos ou coletivos Ministério Público, a Defensoria Pública
(8), a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, a associação constituída há
mais de um ano (9), as autarquias, as empresas públicas, as fundações e as sociedades
de economia mista.
-Mandado segurança coletivo, previsto no inciso LXX DO ART. 5º
Lei 7.853/89 Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração
social, sobre a Coordenadoria para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência –
CORDE, institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas,
disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências.
Decreto 3.298/99 Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre
a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as
normas de proteção, e dá outras providências.
DIREITOS FUNDAMENTAIS
São valores éticos, contidos na CRFB/88, considerados fundamentais para a vida
nacional, a maior parte dos quais se expressa no reconhecimento dos direitos
humanos.
São considerados fundamentais ultrapassando a própria CRFB/88,encontrando
fundamento na Declaração dos Direitos do Homem buscando, em última análise, a
preservação da dignidade da pessoa humana.
O valor da dignidade é considerado absoluto sem haver, no texto constitucional,
qualquer hipótese de restrição. Ao contrário, vemos a busca por sua efetivação através
dos direitos sociais e da ordem social.
BREVE HISTÓRICO
DIREITOS NA COSNSTITUIÇÃO
- Qual a amplitude dos temas inscritos no art. 6º da Constituição?
Não são somente aqueles que estão proclamados nos artigos 7º a 11. Eles podem ser
localizados, principalmente, no Título VIII - Da Ordem Social, artigos 193 e seguintes”
Art. 230. família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas,
assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar
e garantindo-lhes o direito à vida
§ 1º - Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em
seus lares.
§ 2º - Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes
coletivos urbanos.
Meio-ambiente
Deve ser incluído o direito ao lazer (CRFB/88, art. 6º, art. 227) e ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade
de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá-lo para as presentes e futuras gerações (CRFB/88 art. 225).
DA SEGURIDADE SOCIAL
A seguridade social é gênero de três espécies de direitos: saúde, assistência social e
previdência social.
Esse conceito é bom, pois esclarece que há diferença entre assistência e previdência
social.
CRFB/88 no título sobre a Ordem Social, instituiu o conceito de seguridade social, por
meio de ações de saúde, previdência social e assistência social.
-O direito à seguridade Social é um direito subjetivo público, de que todos os cidadãos
são titulares, é um dever do Estado, que incumbe aos governantes implementar, em
certas condições.
Qual a finalidade da Seguridade Social?
A seguridade tem por finalidade a garantia de certos patamares mínimos de vida da
população, em face de reduções provocadas por contingências sociais e econômicas.
Benefícios
são pagamentos pecuniários, decorrentes de programas como BPC (Benefício de
Prestação Continuada), auxílios, pensões e aposentadorias, ou em valores in natura,
como cestas básicas e remédios, por exemplo. Caracterizam-se em resumo, por
pagamento de valores. Aqueles que os recebem são denominados beneficiários.
Serviços
são atividades que consistem na disponibilidade do uso de equipamento e de recursos
humanos, organizados para desenvolver atenções específicas a segmentos da
população (saúde, atendimento a famílias, transporte, educação, profissionalização e
outros).
A previdência social tem natureza relativa, porque embora não seja específica dos
assalariados ou profissionais de determinado ramo econômico, é contributiva, sendo
obrigatória para todos os que recebem remuneração, a qualquer título, como
empregados, sócios empresariais com pro labore, autônomos , domésticos e servidores
públicos; mas abrangendo, ainda, os segurados facultativos, como estudantes, donas
de casa e contribuintes em dobro;
Tais princípios não são aplicados somente pela previdência social, mas em toda a
estrutura da seguridade social, que abrange os seus três seguimentos: além da
previdência social, a saúde e assistência social.
Onde estão estes princípios?
Os princípios estão dispostos nos artigos no parágrafo único do art. 194 da Constituição
Art. 194 - A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de
iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos
relativos à saúde, à previdência e à assistência social
Parágrafo único - Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade
social, com base nos seguintes objetivos:
OBJETIVOS/PRINCÍPIOS
I-UNIVERSALIDADE DE COBERTURA E ATENDIMENTO
II-UNIFORMIDADE E EQUIVALÊNCIA DAS PRESTAÇÕES
III - SELETIVIDADE E DISTRIBUTIVIDADE
IV-IRREDUTIBILIDADE DO VALOR DOS BENEFÍCIOS
V-EQUIDADE NA FORMA DE PARTICIPAÇÃO NO CUSTEIO
VI-DIVERSIDADE DA BASE DE FINANCIAMENTO
VII - PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA GESTÃO ADMINISTRATIVA- (CARÁTER
DEMOCRÁTICO E DESCENTRALIZADO DA GESTÃO AMINISTRATIVA
VIII - PREEXISTÊNCIA DO CUSTEIO EM RELAÇÃO AOS BENEFÍCIOS OU SERVIÇOS
Os benefícios e serviços devem ser idênticos para toda a população sem distinção
urbana ou rural.
A uniformidade refere às contingências que irão ser cobertas. A equivalência refere-se
ao valor dos benefícios,impede que sejam estabelecidos critérios diferentes para o
cálculo do valor do benefício sem distinção.
a renda mensal do benefício de cada trabalhador dependerá de uma série de fatores
como tempo de contribuição, valor dos salários de contribuição, idade, expectativa de
sobrevida
SELETIVIDADE E DISTRIBUTIVIDADE
Seletividade- selecionar aquelas prestações que melhor atendam aos objetivos da
Seguridade Social (artigo 193 da CF/88). Tal princípio da “pressupõe que os benefícios
são concedidos a quem deles efetivamente necessite, razão pela qual a Seguridade
Social deve apontar os requisitos para a sua concessão de benefícios e serviços”.
Na distributividade, preocupação de se estar atendendo, prioritariamente, aqueles
indivíduos que estão em maior estado de necessidade.
O custeio por meio das contribuições sociais não deve assentar em um único tipo de
contribuição.
Quais são as contribuições básicas?
-Trabalhadores remunerados;
-Empregadores empresas ou pessoas físicas que pagam a remuneração ao trabalhador
-Estado (União, Estados, Municípios e Distrito Federal).
Muito aplicado ao legislador, deve de otimizar os recursos da Seguridade Social, alem
diversificar as fontes de financiamento,quanto maior essa diversificação, quanto mais
fatos geradores maior é a estabilidade da Seguridade Social .
Exemplos:
A Lei 8.080/90, SUS prevê a formação dos conselhos municipais
Lei 8069/90 (ECA), prevê a criação de conselhos municipais de composição popular
paritária e os conselhos tutelares, foram pioneiras na regulamentação desse princípio
constitucional.