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Resumo
O objetivo deste trabalho é fazer uma reflexão acerca da questão agrária brasileira,
destacando a expansão da fronteira agrícola capitalista enquanto processo de ocupação
territorial no interior do Brasil. Procuro destacar o significado político e social dessa
ocupação: para os pobres, migrantes enquanto movimento de fuga de outras áreas onde
os grandes proprietários vem ocupando progressivamente: para os ricos, um território de
“conquistas”, onde essa ocupação se faz em nome da propriedade privada da terra, de
incentivos fiscais e subsídios públicos. Essa comunicação apresenta alguns resultados
da pesquisa “O Poder na fronteira: hegemonia, conflitos e cultura no Norte de Mato
Grosso” que desenvolvo no Doutorado em História Social da Universidade Federal
Fluminense.
Palavras-chaves: Capitalismo, Agricultura, Norte de Mato Grosso
RESÚMEN
El objetivo del trabajo és hacer una reflexión acerca de la questión agrária
brasileira, destacando la expansión de la fronteira agrícola capitalista enquanto proceso
del ocupación del território del Brasil. Invitamos destacar el significad político el social
desa ocupación: para los pobres, migrantes enquanto movimiento del fuga de las otras
áreas dond los grandes proprietários vienen ocupando progressivamente: para los ricos,
um território del “conquistas”, onde esa ocupación se faz em nombre de la propriedad
1
Professor da Universidade do Estado de Mato Grosso. Doutorando pela UFF.
1
privad de la tierra, del incentivos fiscales e subsídos públicos. Esa comunicación
apresenta algunos resultados de la pesquisa; “El poder en la fronteira; hegemonia,
conflitos e cultura el norte del Mato Grosso” que vengo desenvolviendo en Doutorado
del Historia Sociales del Universidad Federal Fluminense.
Palabras-chaves: Capitalismo, Agricultura el Norte del Mato Grosso
O Norte de Mato Grosso faz parte das cinco mesorregiões homogêneas que foram
agrupadas pelo IBGE e conforme o censo demográfico de 2000 conta com 707.262
habitantes, tendo como principais municípios: Sinop, Alta Floresta, Guarantã do Norte,
Juara, Lucas do Rio Verde e Sorriso, sendo esses “cortados” pela BR-163 – Cuiabá-
Santarém. A configuração contemporânea do espaço mato-grossense como fronteira de
expansão do capital, resultou simultaneamente das formas econômicas e sociais de
ocupação e colonização de seu território bem como das lutas sociais, em permanente
elaboração, ao longo desse processo. É importante destacar que o Norte de Mato Grosso
faz parte da chamada Amazônia Legal3, e portanto, será estudado nesse contexto
geopolítico, econômico e social.
2
A esse respeito consultar: SOUZA, Edison Antônio de. Sinop: História, Imagens e Relatos. Um
estudo sobre sua colonização. Cuiabá/MT. EdUFMT ,2004.
3
Segundo a divisão regional do País, a Amazônia compreende a Região Norte (Estados de Rondônia,
Acre, Amazonas, Roraima, Amapá, Pará e Tocantins) e parte da Região Centro-Oeste (o Estado de Mato
Grosso). A soma das áreas destes Estados é de 4,7 milhões de km2. A outra referência para o território
amazônico, que o define como Amazônia Legal (denominação que aparece com o Plano de Valorização
da Amazônia em 1953), inclui o oeste do Maranhão.
2
projetos agropecuários e de colonização, que têm submetido a floresta a uma destruição
sem precedente na história da humanidade.”4 Nas palavras de José Vicente Tavares dos
Santos (1993:14), “o modo pelo qual o desenvolvimento extensivo e intensivo do
capitalismo cria e recria a fronteira. Esta é uma realidade simultaneamente geográfica e
histórica, passado e presente, envolvendo problemas sociais, demográficos, fundiários,
econômicos, políticos e culturais”. Para este autor, a colonização sempre foi uma
questão de Estado e, portanto, uma relação de poder, um ato de poder.
Elder Andrade de Paula, afirma que foi a noção de progresso que orientou a
expansão capitalista na Amazônia nos anos 70, enquanto estratégia de controle e
dominação da Amazônia, amparados na ideologia da ESCOLA SUPERIOR DE
GUERRA: SEGURANÇA E DESENVOLVIMENTO. Este autor afirma ainda, que “no
período da ditadura militar, no intervalo entre 1964 e a década de 1980, as políticas e
estratégias de desenvolvimento adotadas pelo comando do Estado para “integrar” a
Amazônia no processo mais geral de acumulação privilegiaram, em larga escala, a
instalação de empresas multinacionais de grande porte na região, como foi o caso do
4
OLIVEIRA, A. U. A Fronteira Amazônica Mato-Grossense: Grilagem, Corrupção e Violência.
São Paulo: USP – FFLCH. Tese de Livre Docência em Geografia. 1997. p 11.
5
OLIVEIRA, A. U. de. Op. Cit. P.07.
6
Id. P. 08.
3
projeto Jarí no Amapá. Portanto, a interferência na ‘nossa Amazônia’ começa pela ação
governamental em favor dos interesses privados.”7
4
transformou-se num imenso cenário de ocupação territorial massiva, violenta e rápida,
processo que continuou, ainda que atenuado, com a reinstauração do regime político
civil e democrático em 1985.”11
A fronteira também se caracteriza pela sua contradição, ou seja, uma história de
revolta, de resistência, de protesto, de sonho e de esperança. É nesse contexto que nossa
pesquisa se desenvolve, com observação, crítica e análise, num trabalho continuado
sobre a luta de classes envolvendo capitalistas e posseiros, colonos, migrantes de outras
regiões do país que foram para o norte de Mato Grosso, procurando entender a
população que vive numa situação de fronteira.
A história contemporânea da fronteira, no Brasil é a história das lutas étnicas e
sociais. Envolvendo ataques por pistoleiros à diferentes tribos indígenas. Um dos
exemplos desses conflitos aconteceu em 1984 entre os índios Kaiapó-Txukahamãe, os
fazendeiros e o governo militar, “que culminou com o fechamento definitivo do extenso
trecho da rodovia BR-080, maliciosamente aberta através de seu território para
possibilitar futura invasão das terras por grandes fazendeiros. Nessas lutas houve mortes
de ambos os lados, verdadeiros massacres.”12 Os conflitos sociais é uma característica
da fronteira no Brasil, para Souza Martins,
11
Id. Ibid.
12
Id. P. 26.
13
Id. P. 27.
5
pelo mercado, como frentes de expansão (Darci Ribeiro). Para Martins essas duas
concepções são modos de ver a fronteira. “As frentes de expansão, que o próprio Darci
Ribeiro havia formulado, tornou-se de uso corrente, até mesmo entre Antropólogos,
sociólogos e historiadores que não estavam trabalhando propriamente com situações de
fronteira da civilização. Ela expressa a concepção de ocupação de espaço de quem tem
como referência as populações indígenas, enquanto a concepção de frente pioneira não
leva em conta os índios e tem como referência o empresário, o fazendeiro, o
comerciante e o pequeno agricultor moderno e empreendedor.”14
É interessante observamos essas duas concepções. Os lugares sociais a partir dos
quais a realidade é observada: a do chamado pioneiro empreendedor (Geógrafos) e o do
Antropólogo preocupado com o impacto da expansão branca sobre as populações
indígenas. “Esse Antropólogo não vê a frente de expansão como sendo apenas o
deslocamento de agricultores empeendedores, comerciantes, cidades, instituições
políticas e jurídicas. Ele inclui nessa definição também as populações pobres, rotineiras,
não-indígenas ou mestiças, como os garimpeiros, os vaqueiros, os seringueiros,
castanheiros, pequenos agricultores que praticam uma agricultura de roça antiquada e no
limite do mercado.”15 Para Souza Martins, a “diferença inicial que os dois pontos de
vista sugeriam era de que quando os geógrafos falavam de frente pioneira estavam
falando de uma das faces da reprodução ampliada do capital; a sua reprodução extensiva
e territorial, essencialmente mediante a conversão da terra em mercadoria e, portanto,
em renda capitalizada, como indicava e indica a proliferação de companhias de terras e
negócios imobiliários nas áreas de fronteira em que a expansão assume essa forma.
Nesse sentido, estavam falando de uma das dimensões da reprodução capitalista do
capital.”16 Já os Antropólogos falavam originalmente de frente de expansão, a forma de
expansão do capital que não pode ser qualificada como caracteristicamente capitalista.
È importante destacar que a parir de 1943 a frente pioneira na Amazônia passa a
depender da iniciativa do governo federal, tornando-se a forma característica de
ocupação das novas terras, como a Expedição Roncador-Xingu e a Fundação Brasil
Central, ambas oficiais (anos 40), a construção do Rodovia Belém-Brasília (anos 50) e a
política de incentivos fiscais, que subsidiou a formação do capital das empresas
amazônicas, “dando-lhes assim uma compensação pela imobilização improdutiva de
14
Souza Martins, J. de. O tempo da Fronteira – retorno à controvérsia sobre o tempo histórico da
frente de expansão e da frente pioneira. In: Tempo Social: Revista de Sociologia da USP. P. 28.
15
Id. Ibid..
16
Id. P. 30.
6
capital na aquisição de terras para abertura das fazendas (onde esse o caso), promoveu a
aliança entre os grandes proprietários de terra e o grande capital.”17
Essa foi a política de ocupação do norte de Mato Grosso desenvolvida pelo
governo militar, com suas estratégias de colonização baseadas no controle, vigilância e
formação de uma sociedade “ordeira e trabalhadora” como encontramos nos discursos
oficiais da classe dominante daquela região, onde os conflitos sociais procuram ser
tratados como caso de polícia e não como questões sociais.
17
OLIVEIRA, A. U. A Fronteira Amazônica Mato-Grossense: Grilagem, Corrupção e Violência.
São Paulo: USP – FFLCH. Tese de Livre Docência em Geografia. 1997. P. 44 e 45.
18
SOUZA MARTINS, José de. A Militarização da Questão Agrária no Brasil. Petrópolis, 1984.
19
OLIVEIRA, A. U. de. P. Op. Cit. P. 179.
7
A partir do golpe militar de 1964, o Estado retomou as propostas de
colonização agrícola baseada na propriedade familiar que, desde o
século XIX, vêm sendo implantada na sociedade brasileira. No
Estatuto da Terra (Lei nº 4.504, de 30/11/1964) propõe-se a
colonização “sobretudo com vistas à necessidade de expansão de nossa
fronteira agrícola e à ocupação dos vazios geográficos que a vastidão
do nosso território ainda está apresentando.” Assim, a colonização,
oficial e particular, é proposta como um dos aspectos da política de
desenvolvimento rural.20
20
OLIVEIRA, A. U. de. P. Op. Cit. P. 168.
21
Id. Ibid.
22
O Estado e a Militarização da Questão Agrária na Amazônia.
23
OLIVEIRA, A. U. de. P. Op. Cit. P. 168. P. 169.
8
Terra Nova – criado em 1978, às margens da Rodovia Cuiabá-Santarém, Peixoto de
Azevedo em 1980 (organizado pelo INCRA e COTREL – Cooperativa Tritícola
Erechim/RS); Lucas do Rio Verde (INCRA) em 1981, este foi implementado como
resposta militar à luta pela terra dos colonos da Encruzilhada Natalino/RS, todos às
margens da mesma rodovia.
Segundo Tavares do Santos, “em meados dos anos 70, o Estado autoritário
retomou a colonização como estratégia de solução para a questão da terra das regiões
meridionais. Sucederam-se os projetos que privilegiavam a clientela sulina. Esses
colonos que saíram do RS, devido aos conflitos com as nações indígenas, sem terra e
sem recursos financeiros, sua transferência expressa claramente a face política da
colonização desenvolvida pelos governos militares pós-64:
Promover a agilizar o processo de povoamento dos grandes vazios
demográficos da Amazônia Mato-grossense, mediante a ocupação
racional e ordenada do território através de Programa de Colonização,
ordenando o fluxo migratório com a transferência para essas regiões de
famílias de colonos desalojados de áreas indígenas e que compõem os
grandes contingentes de produtores rurais sem terra, excedentes das
regiões minifudiários do Sul do País.24
No estudo desenvolvido por José Vicente Tavares dos Santos sobre o retorno dos
colonos desses projetos de colonização para o Rio G. do Sul, o sociólogo mostra que,
esses migrantes passaram a ter um papel político de estímulo à denúncia da colonização
como alternativa à crise do campesinato meridional.
“Os governos militares pós-64, procuraram ‘administrar’ esta contradição (do
desenvolvimento do capitalismo no campo), e, ao mesmo tempo, aprofundaram-na.
Reprimiram os movimentos sociais e passaram a dar apoio aos investimentos privados
no campo. Através das políticas públicas da SUDAM, gerando conflitos na região entre
capitalistas do Centro-Sul do País e os índios, posseiros e grileiros de terras.”25
Uma das formas de se entender o retorno dos colonos da Amazônia Mato-
grossense par ao RS é, segundo esse autor, é a falta de condições estruturais para se
24
Id. Pág. 174.
25
OLIVEIRA, A. U. de . A fronteira Amazônica Mato-Grossense. P.141-42.
9
viver nos projetos, que para eles mais vale 15 hectares no Sul do que 200 hectares no
Mato Grosso. “Ao voltar, salientam a necessidade da união entre os colonos para
pressionar o Governo, até mesmo mediante invasões de fazendas, pois a propriedade
fundiária está concentrada e precisam de terra para trabalhar. O retorno da Amazônia
lhes aparece como um direito de liberdade numa sociedade na qual há uma ‘democracia
louca’ pois ‘uns têm demais e outros não tem o mínimo.”26
Neste contexto, percebe-se que os colonos retornados aprecem no interior da luta
pela terra, confrontando a propaganda oficial a partir de suas vivências. Nas palavras de
Tavares dos Santos: “Os colonos retornados dos projetos de colonização da Amazônia
Legal constituem um personagem pleno de significados sociais e políticos para a
sociedade agrária do Sul. Por um lado, é a manutenção da produção camponesa nesta
região que permite aos colonos regressarem a suas áreas de origem – não excluindo que
muitos sigam adiante, para as frentes agrícolas de Rondônia, Acre, Amazonas ou
Roraima. (...) ao passarem a recusar a opção estatal de reassentamento em projetos de
colonização na Amazônia Legal, esses movimentos sociais acentuam a crise de
legitimidade das propostas do Estado brasileiro para a questão agrária.”27
Considerações finais
Essa análise nos remete à uma reflexão sobre o movimento de pessoas rumo à
fronteira norte mato-grossense, pessoas que foram em busca da terra prometida, que é
muito mais que um instrumento material de produção que domina o interesse dos
pesquisadores e suas análises da frente de expansão. “Nesse sonho se manifesta a
grande transfiguração produzida pela fronteira, de certo modo definidora da sua
singularidade temporária e histórica: tempo e espaço se fundem no espaço limite
concebido ao mesmo tempo como tempo limite. É no fim que está propriamente o
começo.”28
A partir dessas considerações, nosso estudo sobre o norte de Mato Grosso está
investigando as questões políticas, econômicas e sociais da classe dominante. Usando as
categorias gramscianas, enfocando uma análise do Estado em seu sentido ampliado
26
DOS SANTOS, José V. T. A gestão da recusa: o “colono retornado” dos projetos de colonização
da Amazônia. In: Revoluções camponesas na América Latina (org.). p. 181.
27
Id. P. 167-8.
28
SOUZA MARTINS, José de. FRONTEIRA: A Degradação do Outro nos Confins do Humano.
São Paulo: HUCITEC, 1997. p. 56.
10
(sociedade política e sociedade civil), organismo complexo de hegemonia (consenso
sobre a população, alcançada através de organizações ditas privadas, como a igreja, os
sindicatos, a escola, etc...) da classe dominante em sua dinâmica mais profunda: a
relação com a sociedade civil.
A sociedade política norte mato-grossense se orgulha em realizar obras, exibi-las
em grandes eventos para inaugurá-las, algo grandioso (asfalto, construções, aquisição de
veículos, etc.), dizendo que isto é o progresso. Para a sociedade política, todas as
realizações materiais justificam-se pelo rápido crescimento da população das cidades,
isto é, um acelerado movimento de ocupação em direção a este progresso técnico-
material, que até hoje é muito divulgado, como por exemplo: o nome das cidades do
Norte de Mato Grosso e Sul do Pará: Nova Canaã, Boa Esperança, Novo Progresso,
Terra Nova do Norte, etc. Porém o “progresso” nem sempre é para todos. Temos
observado que nos últimos anos vários bairros surgiram nessas cidades de fronteira,
formando verdadeiros cinturões de pobreza, desempregos, prostituição e invasões em
terrenos públicos e privados. Muitas dessas pessoas circulam por essas cidades,
buscando melhores condições de vida para suas famílias.
Nesse quadro autoritário predominou uma política que se impõe pelo controle e
vigilância social, o Estado aparece “irradiando” segurança ao se colocar como o grande
administrador da economia doméstica, aquele que tem o monopólio dos instrumentos
racionais capazes de acelerar o bem-estar social e fomentar o progresso. E foi em nome
do desenvolvimento econômico e do bem-estar social que o governo autoritário
justificou e estimulou a colonização particular na Amazônia, que não deveria ser
somente privada mas fundamentalmente controlada e disciplinada.
Estas cidades do Norte de Mato Grosso são extremamente conservadoras,
politicamente mantém suas práticas de eleição, com verdadeiros “currais eleitorais”
atrelados aos setores madeireiro, agrícola e os donos de terra (ordem privada), que
financiam campanhas eleitorais, defendendo seus interesses em âmbito local e estadual.
Existe um controle social, político, de certos setores privilegiados, mantendo desta
forma, o domínio e a “vantagem” em seus devidos redutos eleitorais. Estes agentes
políticos controlam os votos e também o valor do voto como mercadoria política,
ocorrendo um verdadeiro aparato de vigilância e controle social dentro de suas
empresas. A estabilidade desse sistema político exige que a maioria dos empresários
apóiem "as lideranças políticas", manipulando resultados eleitorais compatíveis com os
interesses e compromissos políticos.
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BIBLIOGRAFIA
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______________. O tempo da Fronteira – retorno à controvérsia sobre o tempo
histórico da frente de expansão e da frente pioneira. In: Tempo Social: Revista de
Sociologia da USP. São Paulo: Vol. 08. Nº 01, Maio de 1996.
______________ . FRONTEIRA: A Degradação do Outro nos Confins do Humano.
São Paulo: HUCITEC, 1997.
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