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ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA


UNEMAT - UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE NOVA XAVANTINA
DEPARTAMENTO DE TURISMO

ELISABETH GOMIG

CULTURA E IDENTIDADE GAÚCHA EM NOVAXAVANTINA-MT

Nova Xavantina – MT
Novembro de 2007
ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
UNEMAT - UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE NOVA XAVANTINA
DEPARTAMENTO DE TURISMO

CULTURA E IDENTIDADE GAÚCHA EM NOVAXAVANTINA-MT

ELISABETH GOMIG

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)


apresentado ao Departamento de Turismo
da Universidade do Estado de Mato
Grosso – Campus de Nova Xavantina,
como parte dos requisitos para obtenção
do título de Bacharel em Turismo.

Orientadora: Prfª. Msc. Rita Maria de


Paula Garcia

Nova Xavantina – MT
Novembro de 2007
FICHA CATALOGRÁFICA

GOMIG, E.
Cultura e Identidade gaúcha em Nova Xavantina-MT/ Elisabeth
Gomig. Nova Xavantina, MT. [s. ed.] 35 p. 2007.

Orientadora: Profª. Msc. Rita Maria de Paula Garcia.

Trabalho de Conclusão de Curso – Universidade do Estado de


Mato Grosso, Campus de Nova Xavantina, Departamento de
Turismo.
FOLHA DE APROVAÇÃO

Cultura e Identidade gaúcha em Nova Xavantina-MT


Elisabeth Gomig

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Turismo


da Universidade do Estado de Mato Grosso – Campus de Nova Xavantina, como
parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Turismo.

Aprovado em novembro de 2007.

Banca examinadora:

________________________________________
Profª. Msc Orientadora Rita Maria de Paula Garcia
Departamento de Turismo
Universidade do estado de Mato Grosso

__________________________________________
Profº. Esp. José Roberto Cassella
Departamento de Turismo
Universidade do Estado de Mato Grosso

__________________________________________
Profº. Msc Gilmar Bonfanti
Escola Estadual Arlindo Estilac Leal

__________________________________________
Profº. Msc Perillo José Sabino Nunes (Suplente)
Departamento de Biologia
Universidade do Estado de Mato Grosso
Dedico esse trabalho aos meus filhos,
Matheus, Felipe e Gabriely.
AGRADECIMENTOS

A Deus primeiramente pela oportunidade de realizar um curso superior.


A meus pais, Floriano e Helena, que sempre estiveram prontos a me apoiar
quando precisei.
A meus amigos, Danilo, Glacilda e William em especial a Maria Aparecida e
Suêide que sempre estiveram do meu lado.
A todos que incentivaram e acreditaram em mim.
Aos mestres que contribuíram pra meu desenvolvimento profissional não me
deixando esmorecer diante das dificuldades encontradas pelo caminho.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 1: Faixa etária dos respondentes------------------------------------------------------23


Gráfico 2: Escolaridade dos respondentes-----------------------------------------------------24
Gráfico 3: Renda dos respondentes-------------------------------------------------------------24
Gráfico 4: Estado de origem dos respondentes----------------------------------------------25
Gráfico 5: Tempo de estada em Nova Xavantina--------------------------------------------26
Gráfico 6: Companhia para residir em Nova Xavantina------------------------------------26
Gráfico 7: Dança gaúcha praticada em Nova Xavantina-----------------------------------27
Gráfico 8: Alimento e/ou bebida típica consumida em Nova Xavantina----------------28
Gráfico 9: Freqüenta o CTG-----------------------------------------------------------------------29
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Faixa etária dos respondentes------------------------------------------------------23


Tabela 2: Escolaridade dos respondentes-----------------------------------------------------23
Tabela 3: Renda dos respondentes-------------------------------------------------------------24
Tabela 4: Estado de origem dos respondentes----------------------------------------------25
Tabela 5: Tempo de estada em Nova Xavantina--------------------------------------------25
Tabela 6: Companhia para residir em Nova Xavantina------------------------------------26
Tabela 7: Dança gaúcha praticada em Nova Xavantina-----------------------------------27
Tabela 8: Alimento e/ou bebida típica consumida em Nova Xavantina----------------28
Tabela 9: Freqüenta o CTG-----------------------------------------------------------------------28
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO--------------------------------------------------------------------------------12

2. CULTURA E IDENTIDADE CULTURAL------------------------------------------------13


2.1 Cultura e identidade do gaúcho------------------------------------------------------13
2.2 Folclore da Região Sul------------------------------------------------------------------16
3. COLONIZAÇÃO GAÚCHA EM NOVA XAVANTINA---------------------------------19
4. METODOLOGIA PARA INVESTIGAÇÃO DA CULTURA GAÚCHA EM NOVA
XAVANTINA------------------------------------------------------------------------------------22
5. ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES CULTURAIS DO GAÚCHO EM NOVA
XAVANTINA------------------------------------------------------------------------------------23

5.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE A PESQUISA---------------------------------------30


6. CONSIDERAÇÕES SOBRE AS MANIFESTAÇÕES DA CULTURA GAÚCHA
EM NOVA XAVANTINA---------------------------------------------------------------------31

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS----------------------------------------------------------32

APÊNDICE A---------------------------------------------------------------------------------------34
RESUMO

A cultura está presente na vida do homem desde o seu nascimento. Podendo ser
considerada a identidade de um povo ou nação. Em Nova Xavantina essa identidade
deriva-se dos índios Xavantes, da Expedição Roncador Xingu com a chegada dos
pioneiros e da colonização gaúcha tornando-a um local com grande diversidade
cultural. Buscou-se com a pesquisa identificar as manifestações da cultura gaúcha,
para isso foram utilizadas fontes teóricas e formulário aplicado a quarenta gaúchos
que residem no município. A cultura gaúcha é a manifestação dos hábitos e
costumes de um povo que tem na transmissão inter-geração um forte elemento.
Assim fez-se necessário o levantamento das expressões musicais, danças, hábitos
alimentares e festividades desse povo no município. Por terem saído do seu local de
origem perderam parte de seus costumes, absorvendo novos modos de vida do
lugar onde hoje residem.

Palavras-chave: cultura, identidade, gaúcho.


ABSTRACT

The culture is present in the life of the man since its birth. Being able to be
considered the identity of a people or nation. In Nova Xavantina this identity drift of
the Xavantes indians, the Expedição Roncador Xingu with the arrival of the pioneers
and the settling gaucho becoming it a place with great cultural diversity. One
searched with the research to identify to the manifestations of the culture gaucho, for
this theoretical sources and applied form had been used the forty gauchos who
inhabit in the city. The culture gaucho is the manifestation of the habits and customs
of a people who has in the transmission Inter-generation a strong element. Thus one
became necessary the alimentary survey of the musical expressions, dances, habits
and festividades of this people in the city. For having left its place of origin they had
lost part of its customs, absorbing new ways of life of the place where today they live.

Key-Word: culture, identity, gaucho.


12

1. INTRODUÇÃO

No Município de Nova Xavantina pode-se perceber um grande número de


pessoas advindas da região sul do país, os gaúchos comumente chamados. Essas
pessoas tiveram papel fundamental no desenvolvimento da cidade e região, pois foi
através deles que a agricultura, fator importante da economia local pode se
desenvolver com a implantação de técnicas peculiares a esses colonizadores.
O objetivo para realização da pesquisa é identificar as manifestações da
cultura gaúcha no Município de Nova Xavantina que sofreu, grandes influências
culturais de regiões do Brasil como a Região Sul; pormenorizando as expressões
musicais, os hábitos alimentares e as festividades realizadas em Nova Xavantina.
A escolha do tema se justifica pela grande influência cultural dos
colonizadores do Rio Grande do Sul e Santa Catarina no município, que ao saírem
do seu local de origem trouxeram em sua bagagem tradições, danças, músicas e
receitas típicas e seu modo de falar. E mesmo longe de sua terra não perderam
totalmente sua identidade. Ao reconhecer as manifestações que formaram o
município é possível fortalecer as identidades culturais.
O trabalho se divide em cinco capítulos, sendo que o primeiro corresponde a
definição de cultura e identidade cultural. O segundo aborda a colonização gaúcha
no Município de Nova Xavantina.
Para definir a metodologia adequada é apresentada a técnica de formulário
utilizada para identificar as manifestações da cultura gaúcha, que auxiliou na
elaboração do trabalho.
Após, apresenta-se os resultados obtidos com a aplicação da pesquisa aos
gaúchos que residem no município.
13

2. CULTURA E IDENTIDADE CULTURAL


2.1 Cultura e identidade cultural do gaúcho

Segundo Augê (1997) a Antropologia pode ser conceituada como o estudo de


uma determinada cultura como um todo em suas diversidades históricas e
geográficas.
Para Laplantine apud Silva (2006) compreende-se que a antropologia cultural
estuda o social em sua evolução, particularmente sobre a ótica dos processos de
contato, difusão, interação e aculturação, ou seja, de adoção, ou imposição das
normas de uma cultura por outra.
O termo cultura segundo Ferreira (2004, p. 587), significa:

O conjunto complexo de códigos e padrões que regulam a ação humana


individual ou coletiva, e que se manifesta em praticamente todos os aspectos
da vida: modo de sobrevivência, normas de comportamento, crenças,
instituições, valores espirituais, criações materiais e outros.

Ou ainda como afirma Tyllor apud Marconi e Presotto (2001, p. 34) cultura é
“aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei,
os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridas pelo homem como
membro da sociedade [...]”.
Desta forma, a cultura é a forma de se expressar de uma determinada
sociedade ou de um grupo de pessoas podendo variar de um grupo para outro.
Para Marconi e Presotto (2001, p. 59) “a cultura significa o modo de vida de
um povo e manifesta-se nos seus atos e artefatos [...] é social, seletiva, explícita e
implícita”.
Já para Santos (1996, p. 23) “há duas concepções de cultura: a primeira
concepção de cultura remete a todos os aspectos de uma realidade social; e a
segunda refere-se mais especificamente ao conhecimento, às idéias e crenças de
um povo”. Sendo vista como um processo social de uma sociedade.
14

Por isso, a memória de um povo é fundamental para que sua identidade


cultural não se perca com o passar do tempo, conforme afirma Barretto (2004, p. 43)
“[...] a memória é um elemento essencial no que se costuma chamar identidade
individual ou coletiva, cuja busca é uma das atividades fundamentais dos indivíduos
e das sociedades de hoje, na febre e na angústia”.
Simmel apud Barreto (2004, p. 43) diz que “o que mantêm a continuidade
cultural, são um nexo dos povos com seu passado”. E a “continuidade” e a
“contigüidade” com o passado dão certezas, permitem traçar uma linha na qual
nosso presente se encaixa, permita que saibamos mais ou menos quem somos e de
onde viemos, ou seja, que tenhamos uma identidade.
A identidade cultural está ligada a todas as referências comuns de um povo
de determinada civilização (suas crenças, costumes, vestuários, e outros), são
características fundamentais, que os diferenciam das demais culturas, conforme
afirma Barretto (2004, p. 46):

Manter algum tipo de identidade – étnica, local ou regional – parece ser


essencial para que as pessoas se sintam seguras, unidas por laços
extemporâneos a seus antepassados, a um local, uma terra, a costumes e
hábitos que lhes dão segurança, que lhes informam quem são e de onde
vem, em fim, para que não se percam no turbilhão de informações, mudanças
repentinas e quantidade estímulos que o mundo atual oferece.

Para Barreto (2004, 46) “identidade implica o sentimento de pertença a uma


comunidade imaginada, cujo os membros não se conhecem, mas partilham
importantes referências comum: uma mesma história, uma mesma tradição”.
O Brasil é formado por inúmeras manifestações culturais, tais como: danças,
festas, canções, lendas, mitos, costumes, vestuários, linguagem e culinária, que
variam de acordo com suas regiões, sendo que o país por ter uma grande extensão
territorial possui uma diversidade cultural causada pela imigração de pessoas vindas
de diferentes continentes, em especial europeu e africano.
15

Para Baptistella (1997, p. 8) “a diversidade cultural existente no território


brasileiro é resultado de povos e nações variadas; tão rica quanto a diversidade
étnica e a cultural, em um país”.
Marconi e Presotto (2001) lembram que o etnocentrismo é a supervalorização
da própria cultura em relação as demais e que todos são portadores desse
sentimento, com tendência a julgar as outras culturas segundo os padrões da sua. A
grande variedade de culturas mostra que há costumes bons para um grupo e que
serviriam para outros. Podendo ser manifestado também na discriminação, no
proselitismo; na violência e na agressividade verbal. Mas há um aspecto positivo
onde se passa a considerar sua cultura a mais saudável favorecendo o bem-estar
individual e a integração social. “Nenhuma sociedade é totalmente homogênea”.
(Idem, p.52-53)
Para Burity (2002, p. 148) a migração é um procedimento seletivo e
diferenciado, integrado com as mudanças sociais e estruturais da sociedade dos
locais de origem e de receptação de migrantes, “[...] no ato de migrar [...] ocorre um
cruzamento de etnias, classes, mas também cruzamento socioculturais, em que o
tradicional, e o moderno se misturam [...]” (Idem, p. 158).
A região sul do Brasil sofreu grandes influências de outros países, como
Argentina, Uruguai, Itália, Alemanha, Portugal contribuindo com a miscigenação na
região, fazendo com que entre os anos 1940 e 1960 os índices populacionais na
região dobrassem. Posteriormente, o sul que sempre recebia migrantes, passou a
ser pólo emissivo de migrantes para outras regiões do país principalmente para o
centro-oeste brasileiro (HORTA, 2004).
Os residentes no Rio Grande do Sul são comumente chamados de gaúchos,
palavra que sofreu mudanças ao longo da história, como relata Nichols apud França
(2000, p. 47) inicialmente era conhecido como “[...] ‘o coletor clandestino de couros’,
homem que se distingue da sociedade por viver a ‘margem da lei’ [...]”.
Neste trabalho entende-se por gaúcho todas as pessoas provenientes dos
estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul que chegaram à Nova Xavantina. A
adesão gaúcha aos projetos de colonização na região foi bastante expressiva
(FRANÇA, 2000).
Segundo França (2000, p. 48):
16

Nos séculos XVII e XVIII, gaúchos engajam-se nas lutas em defesa do


território nacional e tornam-se ‘os vaqueiros da lei’. Essa passagem de
marginal para herói foi construída ao longo dos sucessos alcançados por
eles, na ‘guerra’ em defesa das fronteiras territoriais brasileiras [...].

A cultura gaúcha é a manifestação dos hábitos e costumes de um povo que


tem na transmissão inter-gerações um forte elemento, conforme cita Carvalho (2006,
p. 8), “[...] o povo gaúcho valoriza muito suas tradições, exalta a coragem e a
bravura de seus antepassados, canta seu apego a terra, seu amor a liberdade [...]”.
Segundo o site da wikipédia o Rio Grande do Sul apresenta uma rica
diversidade cultural, podendo concluir-se que a cultura do estado tem duas
vertentes: a gaúcha propriamente dita, com raízes nos antigos gaúchos que
habitavam os pampas; a outra vertente é a cultura trazida pela colonização européia,
efetuada por colonos portugueses, espanhóis e imigrantes alemães e italianos.A
primeira é marcada pela vida no campo e pela criação bovina.
A cultura gaúcha nasceu na fronteira entre a Argentina, o Uruguai e o Sul do
Brasil. Os gaúchos viviam em uma sociedade nômade, baseada na pecuária. Mais
tarde, com o estabelecimento das fazendas de gado, eles acabaram por se
estabelecer em grandes estâncias espalhadas pelos pampas. O gaúcho era mestiço
de índio, português e espanhol, e a sua cultura foi bastante influenciada pela cultura
dos índios guaranis, charruas e pelos colonos hispânicos.

2.2 Folclore da Região Sul

Por folclore entende-se aquele ligado à cultura primitiva, aos mitos, lendas,
músicas, danças e contos que formam a tradição de um povo (BRANDÃO, 1982).
O autor (Idem, p. 31-36) lembra que:

O fato folclórico se constitui das maneiras de pensar, sentir e agir de um


povo, preservadas pela tradição popular e pela imitação. A criação do
folclore é pessoal, alguém fez em algum dia de algum lugar, mas a sua
reprodução tende a ser coletiva e a autoria cai ao chamado ‘domínio público”.
O fato folclórico é observado pela comunidade e auxiliares populares
justamente por ser aceito por ela sendo incorporado ao seu repertório de
17

maneiras de pensar, sentir e agir de um povo preservado pela tradição


popular. Ele também se transmite de uma pessoa para outra, de um grupo
para outro e de uma geração para outra.

Horta (2004,) lembra que a mitologia da Região Sul é baseada, muitas vezes,
em fatos históricos como a Guerra dos Farrapos e Revolução Federalista. Os dois
episódios tomaram vida e as batalhas continuam presentes no folclore da região
onde se faz um Ciclo Farroupilha junto com a Revolução como se um fosse
seqüência do outro, originando vários versos e canções comuns no sul do país. O
gaúcho brasileiro se orgulha em continuar sendo um farroupilha.
Fazem parte da cultura gaúcha as danças folclóricas, tanto como
demonstração de emotividade quanto manifestação de arte.
Existem vários tipos de dança na cultura gaúcha conforme afirma Horta
(2004):
• Fandango: trazido para o sul pelos colonizadores, era dançado nos
mutirões por possuir uma coreografia fácil de aprender. Essa dança é
acompanhada sempre por instrumentos de corda e percussão;
• Chula: é a mais conhecida em todo Brasil, se apresenta no Rio Grande do
Sul como uma dança de desafio. É bem parecida com o Baião da região nordeste;
• Chimarrita: trazida para o sul pelos açorianos, sendo a mais representativa
dança gaúcha, sua forma de dançar se assemelha a Catira Mineira;
• Gato: é uma dança de origem indígena cuja característica principal é a
sensualidade, onde o homem e a mulher mostram suas habilidades;
• Pau-de-Fita: é uma reminiscência das homenagens aos deuses da
fertilidade, essa dança é a mesma em todas as regiões do Brasil ocorrendo em
datas diferenciadas. Sua principal característica é enfeitar um mastro com fitas
coloridas.
Guimarães (2002) mostra que em todos os estados brasileiros a dança
folclórica é observada por ocasião das festas populares. Para ele no Rio Grande do
Sul e Santa Catarina também são praticadas outros tipos de dança como: bugio,
mazurca, polonaise, ratoeira, xote, havanerão, havanera, batuque, cateretê.
Assim como as danças a culinária gaúcha também é muito rica e
diversificada, como o arroz de carreteiro, mas o principal prato consumido pelos
18

gaúchos é o churrasco “[...] o ato de ‘churrasquear’ adquiri um sabor ritual e quase


sagrado [...] um detalhe curioso é que o ato de churrasquear a carne é atributo
masculino, mas cozinhar é coisa de mulher” (HORTA, 2004, p. 163).
Para o gaúcho a bebida fundamental é o chimarrão que é servido na
convivência entre amigos e familiares.
Atualmente, os gaúchos se organizam em locais que propiciam a
confraternização e as comemorações tradicionais, estes espaços específicos são
designados CTGs (Centro de Tradições Gaúchas). Difundido em todo país em
decorrência da migração de gaúchos são centros de referência da cultura distintos
de seu território. Conforme relata Carvalho (2006, p. 9) “[...] são lugares onde os
gaúchos costumam reunir-se para cultuar, difundir e propagar a cultura gaúcha,
entre as gerações”.
França (2000) lembra que o CTG é um espaço sagrado para a realização dos
valores da cultura gaúcha. O primeiro foi fundado em Porto Alegre em 1947 por
Paixão Cortes e o Grêmio Estudantil Júlio de Castilhos; na ocasião o Departamento
de Tradições Gaúchas instituiu as comemorações Farroupilha e Chama Crioula,
símbolo da cultura gaúcha. Essas comemorações são difundidas em todo Brasil e no
exterior. O gaúcho revive seus costumes nas festividades ocorridas no CTG.
19

3. COLONIZAÇÃO GAÚCHA EM NOVA XAVANTINA

O Município de Nova Xavantina, Mato Grosso situa-se na Depressão Araguaia,


Serra do Roncador, com 5.566,29 quilômetros quadrados; fazendo divisas com os
município de Água Boa, Barra do Garças, Nova Nazaré, Cocalinho, Araguaiana,
Novo São Joaquim e Campinápolis. O clima predominante é o tropical quente e sub-
úmido, com quatro meses de seca de maio a agosto (FERREIRA, 2001, p. 542).
Sobre a origem do município França (2000, p. 12) afirma que:

Nova Xavantina é fruto da ação de dois organismos criados pelo Governo


Federal: a Expedição Roncador Xingu, como parte da Marcha para o Oeste,
cuja atribuição era adentrar os ditos espaços inabitados da área central
brasileira; e a Fundação Brasil Central, implantadora de núcleos
populacionais nas áreas demarcadas pela Expedição. [...] Somente em 1943
que a marcha se concretizou na Expedição Roncador Xingu orientada pelo
Ministro João Alberto de Barros, coordenador da mobilização econômica e o
Tenente Coronel Flaviano de Matos Vanique como comandante.

O objetivo central da Expedição Roncador Xingu era deslocar a população do


nordeste brasileiro, castigada pela seca, para as regiões produtivas de São Paulo,
onde havia escassez de mão-de-obra, e para a Amazônia, onde seriam distribuídos
lotes para explorar os chamados espaços vazios do centro-oeste (Idem, p. 3).
Sobre a fundação do município D’eri (2001, p. 128) afirma que:

Após a chegada do Coronel Vanique com seus homens, em 28 de fevereiro


de 1944, nas margens do Rio das Mortes, o vilarejo por eles desenvolvido, a
partir do estabelecimento e inauguração do posto base da Expedição
Roncador Xingu, em 14 de abril de 1944, tomou corpo e forma com a
construção de ranchos, alojamentos, escritórios, pista de pouso e outros
melhoramentos que deram origem a Vila de Xavantina.

Para França (2000, p. 62) “pioneiro é aquele cujo feito heróico está colocado
no passado [...] tornando-se referencial de sua história no presente”. São os
20

desbravadores da região, aqueles vindos juntamente com a Expedição Roncador


Xingu e a Marcha para o Oeste e que ajudaram a formar o Município de Nova
Xavantina.
Para a autora (Idem) os pioneiros se deslocaram de seus lugares de origem
em busca das terras prometidas no Estado de Mato Grosso. Vêem na Expedição
Roncador Xingu a possibilidade de sua reinsercão na estrutura social e econômica
como construtores de um novo país. Eles advinham dos Estados da Bahia,
Pernambuco, Goiás e São Paulo.
Por um longo período o vilarejo se desenvolveu lentamente, pois havia
poucos habitantes.
A chegada do povo gaúcho no município foi algo de suma importância para
seu desenvolvimento conforme afirma França (2000, p. 4):

Na década de 70 o município de Nova Xavantina acolheu projetos de


colonização oficiais e privados. Os colonos que desenvolveram esses
projetos foram recrutados principalmente entre pequenos produtores da
região sul com expressivo contingente de gaúchos. Por isto, na historiografia
de Nova Xavantina os pioneiros geralmente são apresentados como
integrantes do projeto de nação concebida por Getúlio Vargas e os gaúchos
como colonizadores participantes do projeto modernizador do governo Médici.

Segundo D’eri (2001, p. 128) a colonização gaúcha na região foi considerada


um passo decisivo na implantação da agricultura.
Para Tavares dos Santos apud França (2000, p. 2):

Nos processos de colonização brasileira há a seguinte periodização: de 1930


-1945, prevalece o tipo de “colonização para os trabalhadores nacionais”; de
1945 -1964, o tipo denominado “colonização como resposta do estado as
lutas sociais do campo” e, finalmente, de 1964 – 1984, o tipo denominado por
“colonização contra a reforma agrária”.
21

França (2000, p. 26) afirma que:

Entre 1964 e 1984 são estabelecidas colonizações tanto oficiais públicas


quanto de iniciativa privada, cuja finalidade é dar acesso à terra e promover
seu aproveitamento agropecuário e agroindustrial [...] e nesse contexto sócio-
político-econômico vem um contingente maior de gaúchos para a região de
Nova Xavantina.

A autora (Idem) diz que em 1972 é lançado o Programa de Colonização


Canarana, Cooperativa de Colonização “31 de março” (COOPERCOL), órgão de
suporte, orientação e promoção da chegada dos migrantes gaúchos à região.
Segundo Baptistella (1997, p. 9) o Estado de Mato Grosso, em crescente
desenvolvimento, atrai um contingente de pessoas, migrantes de outros estados,
que aqui se instalam. Cada um que chega traz consigo sua bagagem cultural, e
transforma-a de acordo com a nova realidade que integra, moldando-se ao cotidiano
ao que convive.
Para França (2000) os gaúchos que chegaram a Nova Xavantina encontraram
o chamado “espaço vazio social” ocupado pelos xavantes, pelos pioneiros e pelos
posseiros, a fim de reforçar a necessidade da colonização daquelas terras.
A autora (Idem) mostra que o CTG de Nova Xavantina foi fundado em
setembro de 1983 um local onde os gaúchos comemoram a Semana Farroupilha
que é uma forma de mostrar sua cultura à comunidade local e também para que ela
não se perca.
22

4. METODOLOGIA PARA INVESTIGAÇÃO DA CULTURA GAÚCHA EM


NOVA XAVANTINA

O trabalho foi baseado em pesquisa bibliográfica exploratória sobre cultura,


identidade cultural e cultura gaúcha. Segundo Gil (1996) essa metodologia tem o
objetivo de promover a aproximação do pesquisador com o problema estudado e o
aprimoramento de idéias. Para esse fim foi utilizada a metodologia de levantamento
que para Gil (1996, p. 56) “procede-se a solicitação de informações [...] acerca do
problema estudado para em seguida obter as conclusões correspondentes”. A
pesquisa foi do tipo quantitativa com aplicação de 40 formulários junto a gaúchos
residentes em Nova Xavantina. Por gaúcho entende-se àqueles vindos do Rio
Grande do Sul e Santa Catarina. Gil (1996) classifica essa metodologia como aquela
que envolve duas ou mais pessoas em torno de um assunto comum, podendo ser
aplicável a um grande número de pessoas facilitando a tabulação e quantificação.
Por pesquisa quantitativa Oliveira (2002, p. 115) classifica como o método
de “[...] quantificar opiniões e dados nas formas de coleta de informações, assim
como também com o emprego de recursos e técnicas estatísticas”.
Foram escolhidos quarenta gaúchos residente em Nova Xavantina para que
pudesse identificar as manifestações de sua cultura na cidade. A amostragem é do
tipo não-probabilística que segundo Oliveira (2002) é aquela que inclui uma grande
variedade de técnicas, possibilitando a escolha de um determinado elemento do
universo de forma aleatória e não especificada.
Após a realização da pesquisa os dados foram analisados e elaborados os
gráficos e tabelas presentes neste trabalho.
23

5. ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES CULTURAIS DO GAÚCHO EM NOVA


XAVANTINA

Tabela 1: Faixa etária dos respondentes


Escala Freq. Absoluta Freq. Relativa
De 20 a 35 anos 2 5%
De 36 a 45 anos 7 18%
Acima de 45 31 77%
Base de Cálculo 40 100%

Gráfico 1: Faixa etária dos respondentes

5%
18% De 20 a 35 anos

De 36 a 45 anos

Acima de 45 anos
77%

Verificou-se que 5 % dos entrevistados possuem de 20 a 35 anos, 18 % de 36


a 45 anos e 77 % possuem acima de 45 anos.

Tabela 2: Escolaridade dos respondentes


Escala Freq. Absoluta Freq. Relativa
Fundamental Incompleto 22 54 %
Fundamental Completo 9 23 %
Ensino Médio Incompleto 3 8%
Ensino Médio Completo 2 5%
Superior 4 10 %
Base de Cálculo 40 100%
24

Gráfico 2: Escolaridade dos respondentes


10%

Fundamental Incompleto
5%
Fundamental Completo
8%
Ensino Médio Incompleto
54%
23% Ensino Médio Completo

Superior

Constatou-se que 54 % possuem ensino fundamental incompleto, 23 %


possuem o ensino fundamental completo, 8 % o ensino médio incompleto, 5%
médio completo e 10% ensino superior.

Tabela 3: Renda dos respondentes

Escala Freq. Absoluta Freq. Relativa


Até R$ 350,00 4 10 %
De R$ 351,00 a R$ 700,00 11 28 %
De R$ 701,00 a R$ 1.000,00 11 28 %
Acima de R$ 1.000,00 14 34 %
Base de Cálculo 40 100%

Gráfico 3: Renda dos respondentes

10% Até R$ 350,00

34% De R$ 351,00 a R$ 700,00


28%
De R$ 701,00 a R$ 1.000,00

Acima de R$ 1.000,00

28%
25

Observou-se que 10 % dos entrevistados recebem até R$ 351,00, 28 % de


R$ 350,00 a R$ 700,00, 28 % de R$ 701,00 a 1.000,00 e 34 % recebem acima
de R$ 1.000,00.
Tabela 4: Estado de Origem dos respondentes

Escala Freq. Absoluta Freq. Relativa


Rio Grande do Sul 27 67 %
Santa Catarina 13 33 %
Base de Cálculo 40 100%

Gráfico 4: Estado de origem dos respondentes

33%
Rio Grande do Sul

Santa Catarina
67%

Constatou-se que 67 % dos respondentes são naturais do Rio Grande do Sul


e outros 33 % do estado de Santa Catarina.

Tabela 5: Tempo de estada em Nova Xavantina

Escala Freq. Absoluta Freq. Relativa


Até 5 anos 0 -
De 6 a 10 anos 5 13 %
De 11 a 15 anos 4 10 %
De 16 a 20 anos 6 15 %
Acima de 20 anos 25 62 %
Base de Cálculo 40 100%
26

Gráfico 5: Tempo de estada em Nova Xavantina

13%
Até 5 anos
10% De 6 a 10 anos
De 11 a 15 anos
15% De 16 a 20 anos
62% Acima de 20 anos

Verificou-se que 10 % dos entrevistados residem no município de 11 a 15


anos, 13 % de 6 a 10 anos, 15 % de 16 a 20 e 62 % acima de 20 anos.

Tabela 6: Companhia para residir em Nova Xavantina

Escala Freq. Absoluta Freq. Relativa


Amigos 7 18 %
Parentes 21 52 %
Colegas 0 -
Outros 12 30 %
Base de Cálculo 40 100%

Gráfico 6: Companhia para residir em Nova Xavantina

Parentes
30%
Amigos
Colegas
52%
Outros

18%
27

Observou-se que 18 % vieram para Nova Xavantina com amigos, 30% outros
e 52 % com parentes.

Tabela 7: Dança gaúcha praticada em Nova Xavantina

Escala Freq. Absoluta Freq. Relativa


Valsa 2 5%
Chula 1 3%
Vanerão 11 27 %
Dança dos Facões 0 -
Pau-de-fita 2 5%
Xote 7 18 %
Não responderam 17 42 %
Base de Cálculo 40 100%

Gráfico 7: Dança gaúcha praticada em Nova Xavantina

3%
Valsa
5% Chula
Vanerão
42% 27% Dança dos Facões

Pau-de-fita
Xote

18% 5%
Não respondeu

Verificou-se que 3 % dos entrevistados acreditam que a chula é praticada no


município, 5 % a valsa e outros 5 % o pau-de-fita, 18 % o xote, 27 % vanerão e
42 % não souberam opinar.
Várias são as danças presentes na cultura gaúcha, tais como o vanerão, a
chula, o pau-de-fita, o xote e outros (HORTA, 2004).
28

Tabela 8: Alimento e/ou bebida típico consumido em Nova Xavantina

Escala Freq. Absoluta Freq. Relativa


Chimarrão 29 38 %
Churrasco 28 37 %
Arroz de Carreteiro 3 4%
Outros 16 21 %
Base de Cálculo 40 100%

Gráfico 8: Alimento e/ou bebida típico consumido em Nova Xavantina

21% Chimarrão
38%
4% Churrasco

Arroz de Carreteiro
Outros
37%

Observou-se que 4% dos entrevistados afirmaram que o arroz de carreteiro é


o prato típico do sul mais consumido em Nova Xavantina; para 37% o churrasco
é o mais consumido, e para 38% o chimarrão é a bebida mais consumida no
município e 21% outros.
“A região sul possui uma das mais vastas culinárias do país, oferecendo
segredos que só mesmo vendo para crer”, desde o churrasco, chimarrão e outros
pratos (HORTA, 2004).

Tabela 9: Freqüenta o CTG

Escala Freq. Absoluta Freq. Relativa


Sim 25 62 %
Não 15 38 %
Base de Cálculo 40 100%
29

Gráfico 9: Freqüenta o CTG

38% Sim

Não
62%

Observou-se que 62 % dos entrevistados freqüentam o CTG e 38 % não


freqüentam.
“[...] o CTG é um espaço sagrado para a realização dos valores da cultura
gaúcha” (FRANÇA, 2000, p. 80).
30

5.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE A PESQUISA

Após o levantamento bibliográfico e a coleta de dados sobre as


manifestações da cultura gaúcha no Município de Nova Xavantina percebe-se que a
maioria dos migrantes do sul para a região residem no município há mais de 20 anos
e grande parte vieram com parentes e amigos. Na opção outros mencionada por
30% dos respondentes, a companhia se deu pela família considerando filhos e
esposa e/ou esposo; principalmente do Rio Grande do Sul, em busca de novas
oportunidades de trabalhar a terra através da agricultura, e pelo Projeto de
Colonização CONAGRO.
Sobre as manifestações culturais percebe-se que as famílias ainda preservam
traços de suas tradições, porém passam por um processo de descaracterização,
pois os jovens gaúchos, talvez por falta de incentivos demonstram não dar
continuidade aos costumes das gerações anteriores.
A música faz parte do cotidiano da maioria dos gaúchos entrevistados que
residem em Nova Xavantina principalmente através de programas de rádio e
televisão.
Alguns entrevistados citaram a chula, a valsa, o pau-de-fita, o vanerão e o
chote como danças praticadas no município, porém o que se sabe é que apenas o
CTG (Centro de Tradições Gaúchas) realiza todos os anos a Semana Farroupilha,
onde o gaúcho revive seus costumes através de apresentações de danças típicas,
jogos e o tradicional costelão.
O CTG constitui-se num patrimônio arquitetônico representante da identidade
cultural da região sul de fundamental importância para a valorização da cultura
gaúcha, pois poderia estar incluído num futuro roteiro turístico cultural do município.
Os alimentos e bebidas típicos gaúcho mencionados além do chimarrão e
churrasco e arroz de carreteiro, foram polenta, vinho, cuca e salame, e continuam
presentes no dia-a-dia dos entrevistados.
31

6. CONSIDERAÇÕES SOBRE AS MANIFESTAÇÕES DA CULTURA GAÚCHA


EM NOVA XAVANTINA

O Município de Nova Xavantina apresenta em seu contexto histórico uma


grande diversidade cultural que se atribui aos índios xavantes primeiros habitantes
do local; aos pioneiros da Marcha para o Oeste que chegaram na década de 40 e
aos gaúchos vindos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina na década de 70
através de projetos de colonização para ocupar os chamados espaços vazios do
Centro-Oeste.
Inicialmente os gaúchos vieram para o aproveitamento agropecuário das
terras disponíveis na região. Mas com o passar do tempo alguns acabaram se
envolvendo em outras atividades, como o comércio.
Os gaúchos que residem em Nova Xavantina ainda preservam parte de sua
cultura original, mantendo hábitos alimentares, principalmente com o consumo do
churrasco e do chimarrão alimentos típicos do sul do país.
Nova Xavantina possui relevantes atrativos culturais com potencialidade para
o desenvolvimento do turismo cultural, porém é necessário que se estabeleçam
medidas para a valorização das manifestações culturais, tais como a gaúcha, que
estão em crescente processo de descaracterização.
Como proposta para que a cultura gaúcha seja valorizada sugere-se que
através das informações levantadas neste trabalho seja elaborado um inventário
contendo as principais manifestações da cultura gaúcha no Município de Nova
Xavantina para que se construa um roteiro cultural, com foco na cultura gaúcha, que
envolva sua arquitetura, religião, danças, manejos de solo e outros costumes. E que
se crie também um roteiro gastronômico com a culinária típica do Rio Grande do Sul
e Santa Catarina, que funcionaria como um importante atrativo para o
desenvolvimento da atividade turística no município.
32

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AUGÊ, Marc. Por uma antropologia dos mundos contemporâneos. Rio de


Janeiro: Bertland Brasil, 1997.

BAPTISTELLA, Rosana. Cultura. Cuiabá: Secretaria de Estado de Educação,


1997.

BARRETO, Margarita. Turismo e legado cultural. Campinas: Papirus, 2004.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é folclore. São Paulo: Brasiliense, 1982.

BURITY, Joanildo A. (Org.). Cultura e identidade perspectivas


interdisciplinares. Rio de janeiro: DP&A, 2002.

CARVALHO, Marizete Motta Antunes. Regionalização: uma proposta turística


para os pampas gaúchos. Nova Xavantina: UNEMAT, 2006.

D’ERI, Domingos. Nova Xavantina, sua gente suas histórias. Cuiabá:


Alternativa, 2001.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário da língua


portuguesa. Curitiba: Positivo, 2004.

FERREIRA, João Carlos Vicente. Mato Grosso e seus municípios. Cuiabá:


Secretaria de Estado de Educação, 2001.

FRANÇA, Maria Stela Campus. Xavante, pioneiros e gaúchos: relatos


históricos de uma história de exclusão em Nova Xavantina, 2000. (Mestrado em
Antropologia Social), Universidade de Brasília, DF, 2000.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas,
1996.

GUIMARÃES, J. Gerardo M. Repensando o folclore. Barueri: Manole, 2002.

HORTA, Carlos Felipe de Melo Marques (Coord.). O grande livro do folclore.


Belo Horizonte: Leitura, 2004.

MARCONI, Marina de Andrade; PRESOTTO, Zélia Maria Neves. Antropologia:


uma introdução. São Paulo: Atlas, 2001.

OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratando de metodologia científica. São Paulo:


Pioneira Thomson Learning, 2002.
33

Rio Grande do Sul. Disponível em:


http://pt.wikipedia.org/wiki/rio_grande_do_sul. Acesso em 26 out 2007.

SANTOS, José Luis. O que é cultura. São Paulo: Contexto, 1996.

SILVA, Eros B. Cultura hip-hop como potencialidade turística. Nova


Xavantina: UNEMAT, 2006.
34

APÊNDICE - A

Formulário de identificação das manifestações da cultura gaúcha no Município de


Nova Xavantina

1. Entrevistado--------------------------------------------------------------------------------------

2. Faixa etária
( ) De 20 a 35 anos
( ) De 36 a 45 anos
( ) Acima de 45 anos

3. Cargo que ocupa no templo.


( ) Fundamental Incompleto
( ) Fundamental Completo
( ) Ensino Médio Incompleto
( ) Ensino Médio Completo
( ) Superior

4. Renda mensal.
( ) Até R$ 350,00
( ) De R$ 351,00 a R$ 700,00
( ) De R$ 701,00 a R$ 1.000,00
( ) Acima de R$ 1.000,00

5. Estado de origem.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------

6. Há quanto tempo reside em Nova Xavantina.


( ) Até 5 anos
( ) De 6 a 10 anos
( ) De 11 a 15 anos
( ) De 16 a 20 anos
( ) Acima de 20 anos

7. Com quem veio para Nova Xavantina.


( ) Parentes
( ) Amigos
( ) Colegas
( ) Outros ----------------------------------------------------------------------------------------------

8. Qual motivo de sua migração para Nova Xavantina.


--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

9. Qual dança gaúcha é desenvolvida (praticada) em Nova Xavantina?


( ) Chula ( ) Pau-de-fita
( ) Valsa ( ) Xote
( ) Vanerão
35

( ) Dança dos Facões

10. Qual alimento e/ou bebida típico é mais consumido em Nova Xavantina?
( ) Chimarrão
( ) Churrasco
( ) Arroz de Carreteiro
( ) Outros ----------------------------------------------------------------------------------------------

11. Como a música gaúcha está presente em sua vida cotidiana?


--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

12. Você freqüenta o CTG?


( ) Sim
( ) Não

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