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A OBSOLESCÊNCIA PLANEJADA: UMA REFLEXÃO FRENTE AOS

PROBLEMAS SOCIOAMBIENTAIS DO PLANETA

SOUZA, A. S. et. al. A Obsolescência planejada: uma reflexão frente aos problemas
socioambientais do planeta. XXVII Encontro Nacional de Engenharia de Produção
– A energia que move a produção: um diálogo sobre integração, projeto e
sustentabilidade. Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007.

A Obsolescência planejada discute sobre os problemas socioambientais do


planeta, tem como autores: Altamir da Silva Souza, Cassiano Paes da Silva, Nicole
Marques Feijó, Patrick Sanchi Ferrão, Victor Francis Pereira Madruga e Viviane
Milgarejo Vieira. Pesquisa publicada no Enegep, no ano de 2007.
A obsolescência planejada também faz referência a desatualização e o
descarte no ambiente, em favor de diminuição da vida útil dos produtos e serviços.
Mostra como agravante, o domínio capitalista, como consequência, o processo de
produção e consumo incessantes e ilimitados.
De acordo com Fromm (1976), no início da industrialização, o progresso foi um
dos interesses de muitas gerações. Acreditavam que a partir da industrialização
poderia proporcionar a solução dos problemas e alcançar a felicidade. Concordando,
para Harvey (1992), com o capitalismo industrial, surgiram grandes fábricas e a ideia
de qualidade e durabilidade do trabalho. Já na fase pós-industrial, a alta rotatividade
da mão-de-obra provocadas pelo surgimento de novas tecnologias, foi causa de
desemprego e exclusão social, econômica e política.
Doravante, Meszáros (2003) menciona no capitalismo atual a despreocupação
na ampliação do consumo em favor das necessidades humanas. Fortalece a ideia de
que o consumo e a destruição são correspondentes. No entanto, Schumpeter (1988)
entende no capitalismo como um processo em evolução, ocasionados pelo avanço
tecnológico, e aumento de bens de consumo. Atrelado a isso, vale lembrar do design,
da propaganda e do marketing, relevantes para o processo de crescimento acelerado
e com resultados de curto prazo.
Para Baudrillard (1995), não consumimos os objetos pelo seu valor de uso, mas
sim, pelo que os distinguem e diferenciam socialmente. Portanto, estão atrelados a
lógica da diferenciação, e não, pela lógica da valorização. Complementa Souza
(2005), o caráter limitado da satisfação, logo atingiria saturação. Nesse sentido, o
marketing pode ser entendido como elemento de insatisfação como forma de
manutenção do consumo.
Churchill e Peper (2001) ilustram que a produção dos produtos pelas empresas
tem por premissa produzir produtos poucos duradouros, provocando assim, a
substituição e consequentemente a nova compra. Essa nova aquisição, para Schewe
e Smith (1982) tem relação com o desejo do consumidor adquirirem algo novo.
Entende-se, portanto, que é preciso viabilizar práticas que proporcionem ações que
favoreçam tanto o desenvolvimento, quanto a proteção do meio ambiente, em favor
da vida no planeta.
Marlete Turmina Outeiro

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