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INSTITUTO McKENZIE do BRASIL

CENTRO DE ESTUDOS PÓS GRADUAÇÃO


EM DIAGNÓSTICO E TERAPIA MECÂNICA
`

PROGRAMA DE CREDENCIAMENTO EM MDT


PARTE C
COLUNA LOMBAR: AVANÇADO
EXTREMIDADES: INTRODUÇÃO E MMII

Copyright © 2021 McKenzie Global Holdings Limited (MGHL).


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transmitir o conteúdo, seja qual for o meio utilizado, sem a permissão por escrito do Executivo Chefe do MII.
Todos os direitos reservados.
Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 1

THE McKENZIE INSTITUTE INTERNATIONAL


Centre for Postgraduate Study in Mechanical Diagnosis & Therapy®

PO Box 2026, 3 Alexander Road, Raumati Beach, 5032, Nova Zelândia


Telefone: 64 4 299-6645
E-mail: headoffice@mckenzieinstitute.org Website: www.mckenzieinstitute.org

Fundador Robin McKenzie


Presidente do Conselho Curador Colin Davies
Executiva Chefe (CEO) Helen Clare
Diretor Internacional de Educação Richard Rosedale

VISÃO INTERNACIONAL
Todos aqueles com desordens musculoesqueléticas terão acesso a atendimento da mais alta
qualidade oferecido por terapeutas certificados no Método McKenzie de Diagnóstico e Terapia
Mecânica®.

MISSÃO INTERNACIONAL

• Promover educação de profissionais da saúde no Método McKenzie® de


Diagnóstico e Terapia Mecânica®
• Desenvolver continuamente o Método McKenzie® de Diagnóstico e Terapia
Mecânica® de acordo com as pesquisas atuais
• Promover o Método McKenzie® de Diagnóstico e Terapia Mecânica® para todas
as partes interessadas
• Apoiar as filiais do McKenzie Institute International e promover a colaboração
entre elas

O McKenzie Institute International é uma instituição sem fins lucrativos registrada na Nova Zelândia.

INSTITUTO McKENZIE DO BRASIL


Rua Trifana 585 Serra
30.210-570 Belo Horizonte MG
adm@mckenzie.org.br
www.mckenzie.org.br

Fundador e Presidente: José Liberato Junior, FT, Dip. MDT


Co-fundadora e Tesoureira: Cristiane Mello, FT, Cred. MDT
Diretora Executiva: Yara Goulart
Coordenadora de Cursos: Danielle Ireson

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Robin McKenzie
Fundador do McKenzie Institute International

"My patients taught me all I know"

Robin McKenzie transformou o mundo da fisioterapia e o cuidado de pacientes com problemas músculo-
esqueléticos. Ele desenvolveu um sistema de classificação que poderia ser aplicado a todos os problemas
musculoesqueléticos da coluna e das extremidades e foi o primeiro clínico a reconhecer os fenômenos clínicos
de Directional Preference e Centralisation. Ele colocou o paciente no centro do que ficou conhecido como o
Método McKenzie de Diagnóstico e Terapia Mecânica. Seus conceitos e ensinamentos clínicos, que são
apoiados por fortes evidências científicas, tornaram-se princípios estabelecidos no cuidado de distúrbios
musculoesqueléticos.

Recebeu muitas honrarias ao longo da vida. Foi condecorado duas vezes pelo Governo da Nova Zelândia,
tendo inclusive sido agraciado com a Ordem do Império Britânico (OBE). Recebeu também os títulos de
Membro da Chartered Society of Physiotherapists (Reino Unido), da American Physiotherapy Association,
da New Zealand Society of Physiotherapists e, em 1983, foi eleito membro da International Society for the
Study of the Lumbar Spine. Mas, o que lhe dava mais prazer eram as muitas cartas que recebia de todas
as partes do mundo, enviadas por pacientes comuns em agradecimento por suas recuperações.

Robin McKenzie foi também um autor prolífico. Seu primeiro livro, “Trate Você Mesmo Sua Coluna”, foi
escrito especificamente para os pacientes, dando-lhes o poder para assumir o controle de suas próprias
dores. Seguiram-se outros livros de autotratamento, assim como textos a respeito da avaliação e do
tratamento das colunas cervical e lombar e das articulações das extremidades.

O McKenzie Institute International continua a expandir o atendimento a pacientes e o treinamento de


profissionais de serviços de saúde em todo o mundo. Já há filiais em vinte e oito países espalhados por
todas as regiões e cursos internacionais são ministrados em muitos mais.

Robin McKenzie foi um grande visionário na área do tratamento musculoesquelético. Sua influência
continua crescendo e seu trabalho há de resistir para sempre ao assédio do tempo.

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DIAGNÓSTICO E TERAPIA MECÂNICA®


PROGRAMA EDUCACIONAL

1. PROGRAMA DE CREDENCIAMENTO

1.1. Parte A
Introdução ao MDT e Coluna Lombar (28 horas)
1.2. Parte B
MDT - Coluna Cervical e Torácica (28 horas)
1.3. Parte C
MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a
Extremidades: Extremidade Inferior (28 horas)
1.4. Parte D
MDT - Coluna Cervical e Torácica Avançado e
Extremidade Superior (28 horas)
1.5. Parte E
MDT - Extremidades Avançado (14 horas)
(opcional em 2021, obrigatório a partir de 2022)
1.6. Exame de Credenciamento
(8 horas)

2. PROGRAMA DO DIPLOMA
2.1. Componente Teórico
2.2. Componente Clínico
2.3. Exame do Diploma

3. EDUCAÇÃO CONTINUADA
3.1. MDT Avançado - Tomada de Decisão Clínica
3.2. MDT Avançado - Aperfeiçoamento das Técnicas

4. OUTRAS ATIVIDADES EDUCACIONAIS


4.1. Masterclasses
4.2. Congressos Regionais de MDT
4.3. Congresso Internacional de MDT

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Página 4 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Conteúdo

Página
MÓDULO 1: ÁREAS PROBLEMÁTICAS E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS….............… 3

MÓDULO 2: AVALIAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO ....................................………..….……. 11

MÓDULO 3: TRATAMENTO DAS SÍNDROMES MDT...……………….………......……… 26

MÓDULO 4: PROCEDIMENTOS DA COLUNA LOMBAR………………………...........…. 41

MÓDULO 5: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL E SUBGRUPOS DE OUTROS ….…...….. 59

MÓDULO 6: ESTUDO DE CASOS……………………………………………………………. 71

MÓDULO 7: EPIDEMIOLOGIA/EVIDÊNCIAS PARA EXTREMIDADE INFERIOR ......... 82

MÓDULO 8: CARACTERÍSTICAS DAS SÍNDROMES MDT…………………..………….. 93

MÓDULO 9: AVALIAÇÃO……………………………………………………..………………. 100

MÓDULO 10: DERANGEMENT SYNDROME ........................................................….…. 109

MÓDULO 11: DYSFUNCTION SYNDROME ....……….................................................. 120

MÓDULO 12: POSTURAL SYNDROME ……..........................................…......………. 126

MÓDULO 13: SUBGRUPOS DE OUTROS ………………………………….........…………129

MÓDULO 14: ESTUDO DE CASOS ..................................................................................133

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PARTE C
DIAGNÓSTICO E TERAPIA MECÂNICA
COLUNA LOMBAR: AVANÇADO E
EXTREMIDADES: MEMBROS INFERIORES

OBJETIVOS DO CURSO
Como o nome diz, este curso focaliza o aperfeiçoamento da utilização do Diagnóstico e Terapia
Mecânica na coluna lombar e uma introdução a sua aplicação nas extremidades inferiores. O objetivo
deste curso é que você solidifique o conhecimento e habilidades apreendidos no Curso A, aprimorando
seu raciocínio clínico, desenvolvendo suas habilidades no manuseio do paciente e expandindo sua
base de conhecimento para incluir as extremidades.

Ao final de uma participação ativa neste curso, o aluno deverá ser capaz de:

COLUNA LOMBAR

1. Identificar, analisar e discutir problemas comuns encontrados na aplicação de MDT à coluna


lombar.
2. Analisar e discutir a avaliação de MDT no contexto biopsicossocial e explorar como ele é usado
para diagnóstico diferencial e classificação.
3. Analisar e discutir os princípios de tratamento das Derangement, Dysfunction e Postural
Syndromes com foco na reavaliação, Progressão de Forças, recuperação da função e
prevenção.
4. Realizar os procedimentos MDT para a coluna lombar em nível avançado e ser capaz de
identificar e analisar problemas na sua aplicação.
5. Reconhecer os critérios dos subgrupos de OUTROS e entender como diferenciá-los das
síndromes.
6. Analisar e discutir estudos de casos de pacientes com sintomas de problemas lombares para
diferenciar e determinar sua classificação e manuseio.

EXTREMIDADES INFERIORES

1. Descrever os principais fatores epidemiológicos associados com condições das extremidades


inferiores.
2. Descrever e discutir as evidências científicas atuais para o uso de MDT nos
distúrbios musculoesqueléticos das extremidades inferiores.
3. Descrever e diferenciar as características das Derangement, Dysfunction e Postural
Syndromes como elas se apresentam nas extremidades inferiores.
4. Realizar uma avaliação da coluna lombar e analisar os achados para diferenciar entre os
sintomas que são de origem da coluna lombar ou decorrentes de estruturas das extremidades
inferiores.

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Página 6 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

5. Realizar e analisar avaliações de MDT para distúrbios musculoesqueléticos das extremidades


inferiores e determinar a presença das síndromes de McKenzie.
6. Desenvolver programas de tratamento adequados para pacientes que apresentem
Derangement, Dysfunction e Postural Syndromes
7. Reconhecer a apresentação dos subgrupos de OUTROS na extremidade inferior, e entender os
critérios para o diagnóstico e as opções de manuseio. Analisar e discutir estudos de casos de
pacientes que apresentam sintomas nas extremidades inferiores para diferenciar e determinar a
classificação e manuseio.

Atenção:
O material contido neste manual baseia-se no conteúdo ensinado no Curso A. Recomenda-se
que o manual do Curso A seja usado em conjunto com este manual.

Não se pretende que todo o material contido neste manual seja abordado durante as horas do
curso. Você poderá ser instruído pelo professor a ler algumas partes e fazer alguns exercícios
em casa.

A ordem de apresentação do conteúdo pode não seguir exatamente aquela em que é


apresentada neste manual.

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 7

MÓDULO 1

ÁREAS PROBLEMÁTICAS E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS

OBJETIVOS

Ao final de uma participação ativa neste curso, o aluno deverá ser capaz de:

1. Identificar e discutir os problemas comuns encontrados com a avaliação e classificação MDT


de pacientes que apresentam distúrbios na coluna lombar.
2. Identificar, analisar e discutir os problemas comuns com o tratamento de MDT em pacientes
que apresentam distúrbios na coluna lombar e utilizar os princípios de raciocínio clínico do
MDT para identificar soluções apropriadas.
3. Comparar e contrastar áreas de dificuldade individuais com aquelas mais comumente
encontradas.

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Página 8 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Objetivo 1
Identificar e discutir os problemas comuns encontrados com a avaliação e classificação MDT de
pacientes que apresentam distúrbios na coluna lombar.

ÁREAS PROBLEMÁTICAS

Avaliação

Classificação

Tratamento

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 9

Reavaliação

Procedimentos

Outras áreas problemáticas

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Página 10 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Objetivo 2:
Identificar, analisar e discutir os problemas comuns com o tratamento de MDT em pacientes que
apresentam distúrbios na coluna lombar e utilizar os princípios de raciocínio clínico do MDT para
identificar soluções apropriadas.
Objetivo 3:
Comparar e contrastar áreas de dificuldade individuais com aquelas mais comumente encontradas

AVALIAÇÃO

1.
História: 2.
Ao final da História, você deve ter
uma hipótese sobre: 3.

4.

1.
Exame Físico: 2.
Liste 4 referências que você pode
identificar no Exame Físico: 3.

4.

Movimentos repetidos:
Como você sabe que chegou na
amplitude final?

TERMINOLOGIA

Termos usados para o registro:


(a) Durante os movimentos
repetidos

(b) Após os movimentos repetidos

(c) Palavras que indicam luz


“VERMELHA”

(d) Palavras que indicam luz


“VERDE”

(e) Palavras que indicam luz


“AMARELA”

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 11

CENTRALISATION

1.
Centralisation:
Liste 3 coisas que a centralisation 2.
indica:
3.

CLASSIFICAÇÃO

Mecânico Inconclusivo:
(a) Quais critérios nos permitem
propor essa classificação?

(b) O quê a classificação Mecânico


Inconclusivo indica em relação ao
prognóstico?

Derangement com DP Flex/Ext:


P
(a) Descrever a seção Melhor/Pior de
um Derangement com DP de Ext M
típico

(b) Descrever a seção Melhor/Pior de P


um Derangement com DP de Flex
típico. M

(c) Qual é o padrão típico da perda de


movimento de um Derangement
com DP de Flex?

(d) Qual é o “teste provocativo” para


um Derangement com DP de Flex?

Dysfunction:
(a) Qual porcentagem de pacientes de
coluna são classificados como
Dysfunction?

(b) Que fatores podem contribuir para


essa proporção?

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Página 12 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

TRATAMENTO – COMPONENTE EDUCACIONAL

Instruções ao paciente:
Que analogias podem ser eficazes?

Importância da postura:
(a) Como se pode conseguir aderência do
paciente?

(b) Como se pode ajudar o paciente a


implementar isso nas atividades diárias?

(c) Como sabemos qual é a postura “correta”


para o paciente adotar neste momento?

Participação do Paciente:
Como se pode envolver o paciente no processo
de decisão?

TRATAMENTO – COMPONENTE MECÂNICO


Resposta ao exercício interpretada
incorretamente:
(a) Uma resposta de Diminui ou Abole
mas Não-Melhor indica o quê?

(b) Uma resposta de Aumenta, Não-


Pior indica o quê?

(c) Uma resposta de Aumenta ou


Produz e permance Pior indica o
quê?

Tempo inadequado para redução:


Que pistas sugerem que mais tempo é
necessário para que ocorra redução?
Necessidade do princípio lateral:
(a) Que pistas na História e no Exame
Físico sugerem que o princípio
lateral pode ser adequado?

(b) Se necessário, como ele altera o


tratamento?

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 13

REAVALIAÇÃO

Se a melhora não é mantida:


Que fatores podem ser responsáveis
pela ausência de melhora duradoura na
reavaliação?

Recuperação da função:
(a) Por que ela é importante?

1.

2.
(b) Os objetivos da recuperação da
função são: 3.

4.

Prevenção:
Por que ela é importante?

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Página 14 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

PROGRESSÃO DE FORÇAS E ALTERNATIVAS DE FORÇAS

Aplicação de procedimentos do
terapeuta:
(a) Quando aplicamos os procedimentos
do terapeuta?

(b) Os procedimentos do terapeuta 1.


podem confirmar:
2.

(c) Quando você consideraria uma


Alternativa de Força?

Notas:

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 15

MÓDULO 2:

AVALIAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO

OBJETIVOS

Ao final de uma participação ativa neste curso, o aluno deverá ser capaz de:

1. Demonstrar uma compreensão avançada do significado clínico dos componentes avaliação


MDT no contexto biopsicossocial.

2. Demonstrar compreensão avançada de como os achados da avaliação MDT ajudam na


diferenciação entre os sintomas que são de origem da coluna lombar ou decorrentes de
estruturas das extremidades inferiores.

3. Analisar como a avaliação MDT ajuda a identificar precauções e contraindicações à terapia em


pacientes que apresentam sintomas lombares.

4. Demonstrar competência ao utilizar a terminologia McKenzie ao completar a ficha de avaliação


lombar.

5. Analisar uma ficha de avaliação lombar McKenzie preenchida para determinar uma
classificação McKenzie.

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Página 16 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Objetivo 1:
Demonstrar uma compreensão avançada do significado clínico dos componentes avaliação MDT no
contexto biopsicossocial.
Objetivo 2:
Demonstrar compreensão avançada de como os achados da avaliação MDT ajudam na
diferenciação entre os sintomas que são de origem da coluna lombar ou decorrentes de estruturas
das extremidades inferiores.
Objetivo 3:
Analisar como a avaliação MDT ajuda a identificar precauções e contraindicações à terapia em
pacientes que apresentam sintomas lombares.

FICHAS DE AVALIAÇÃO

É essencial que nos esforcemos para conseguir uniformidade no preenchimento das fichas de
avaliação lombar, assim como maior precisão na própria avaliação. Supomos que a maneira como
registramos as informações pode ser facilmente entendida por todos, mas surpreendentemente isso
está longe de ser o caso. A realidade é bem diferente.

HISTÓRIA: A resposta do paciente, antes de ser registrada, deve ser qualificada pelo terapeuta
quando necessário.

Lembre-se que os objetivos da tomada da História são:

▪ Propor uma classificação MDT provisória, incluindo a possibilidade de Patologia Grave


▪ Começar a estabelecer uma aliança terapêutica com o paciente
▪ Determinar o estágio da condição
▪ Identificar possíveis fatores de dor e incapacidade
▪ Estabelecer as limitações funcionais e a resposta do paciente a elas
▪ Determinar a gravidade do problema que vai guiar o exame físico;
▪ Determinar as medidas de referência

Como regra geral, os pacientes com sintomas de início recente fornecerão informação mais precisa e
concisa. Quanto mais crônica a condição atual, mais difícil se torna conseguir informação precisa (o
paciente quase sempre perde objetividade e tenta controlar suas atividades e posições, tornando o
exame mais difícil). A repetição e a reformulação das perguntas são muito importantes e, para tal, é
preciso entender a intenção das perguntas. Reuna apenas informações essenciais e não fique atolado
com o trivial - em outras palavras, saiba a razão por trás de toda pergunta que você faz. A ficha de
avaliação idealmente preenchida é aquela na qual o máximo de informação relevante é colocado da
maneira mais concisa possível.

Em geral, quando as respostas do paciente não são claras, determine a relativa piora/melhora
da condição do paciente em relação a várias atividades. Determine os efeitos dessas atividades
e posições num período curto versus um período prolongado. Lembre-se de repetir e reformular
as perguntas até que um quadro mais preciso seja obtido.

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Dicas para ajudar na tomada da História:

1. Sempre permaneça neutro.


Se você tende para um diagnóstico particular, ele vai influenciar suas perguntas que podem levar
a respostas imprecisas.

2. Não faça perguntas que induzam a uma resposta específica.

3. Você deve entender a razão de cada pergunta que você faz. Como a próxima resposta contribuirá
para o quadro clínico?

4. Muitas perguntas da ficha de avaliação necessitarão de perguntas subsequentes.

5. Peça ao paciente para justificar as suas respostas, por ex: porque você acha que está
melhorando?

6. Não hesite em voltar a uma pergunta que não foi bem respondida satisfatoriamente.

7. Lembre-se de estabelecer referências durante a história – tanto sintomática quanto mecânica.


Por ex: dor e rigidez ao levantar da cadeira, pela manhã, após curvar.

8. Não assuma que o problema atual do paciente é o mesmo que ele teve no passado ou no início
deste episódio. Avalie os sintomas atuais sem tendências.

História:
Identifique qual é a principal informação obtida em cada seção da ficha de avaliação e discuta como
essa informação ajuda a determinar uma classificação provisória.

Seção Um:

Nome

Data Nasc. Idade Sexo: M / F

Endereço

Telefone:

Indicação: Clínico / Ortop. / Própria / Outra

Exigências de trabalho

Atividades de lazer

Limitação funcional episódio atual

Pontuação questionário de incapacidade

NPRS (0-10)

Seção Dois:

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Seção Três:

Sintomas atuais
Presentes desde Melhorando / Estável / Piorando
Começou como resultado de ou sem razão aparente
Sintomas no início: costas / coxa / perna
Sintomas constantes: costas / coxa / perna Sintomas intermitentes: costas / coxa / perna

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Seção Quatro:

Pior curvando sentado / levantando em pé andando deitado


manhã / durante o dia / final do dia parado / movimentando
outros
Melhor curvando sentado em pé andando deitado
manhã / durante o dia / final do dia parado / movimentando
outros

Seção Cinco:

Distúrbio do sono? sim / não Posição de dormir: prono / supino / lado D E Superfície:

História prévia da coluna

Tratamentos anteriores

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Seção Seis:

Tossir / espirrar / esforço. Bexiga / Intestino: normal / anormal Modo de andar: normal / anormal
Medicação:
Saúde geral / Comorbidades
Cirurgia recente ou de grande porte: sim / não
História de câncer: sim / não Perda inexplicada de peso: sim / não
História de trauma: sim / não Imagem: sim / não
Objetivos / expectativas do paciente:

Ao concluir a História, considere as seguintes perguntas:

1. Existe qualquer indicação da presença de Patologia Grave?

2. Que classificações podem ser excluídas a partir do diagrama do corpo?

3. Há uma indicação de Directional Preference na seção M/P?

4. Quais referências para reavaliação você tem?

5. Porque o paciente está procurando ajuda?

6. Há alguma indicação de fatores de dor e incapacidade?

7. Há fatores que determinam o vigor do exame físico (mais ou menos)?

8. Você acha que será capaz de reproduzir os sintomas do paciente com o teste de movimentos
repetidos ou você vai precisar utilizar teste estático?

9. Você acha que será capaz de reproduzir os sintomas do paciente no plano sagital?

10. Qual é sua classificação provisória ao final da História?

E não se esqueça de considerar possíveis fatores de dor e incapacidade:

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Inclui, mas não se limita a:


• Crenças a respeito da dor • Catastrofismo
• Expectativas • Medo
• Percepções de doenças • Baixa auto eficácia

Se tais crenças e percepções são inapropriadas, podem receber atenção


específica do especialista ou serem abordadas pelo terapeuta MDT no
estabelecimento da aliança terapêutica e do tratamento do problema
musculoesquelético.

Isso inclui ansiedade, raiva, sofrimento mental e depressão. Emoções


inevitavelmente acompanham a dor e podem ser úteis em sua abordagem.
Emocional
Entretanto, quando a dor está associada a emoções negativas, é provável
que o prognóstico seja pior. (Walton 2018, Linton 2018)

Incluem-se aqui relacionamentos pessoais, ambiente de trabalho, atitudes


no trabalho, contexto cultural, crenças culturais, atitudes de amigos e
Contextual colegas de trabalho (Tousignant - Laflamme 2017) ou de profissionais de
saúde. Estes fatores podem não só afetar sua incapacidade e sua
percepção de dor como também o acesso a tratamento adequado. (Walton
2018)

Comorbidades tanto físicas quanto mentais podem ter efeito significativo


Comorbidades sobre a dor experienciada pelo paciente, além de influenciar outros fatores
de dor e incapacidade (Tousignant - Laflamme 2017).

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Página 22 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Linton S, Flink I, Vlaeyen J. Understanding the Etiology of Chronic Pain from a Psychological
Perspective. Phys Ther. 2018;98(5):315-324.
Tousignant-Laflamme Y, Martel M, Joshi A, Cook C. Rehabilitation management of low back pain –
it's time to pull it all together! Journal of Pain Research 2017;10:2373-2385.
Walton D, Elliott J. A new clinical model for facilitating the development of pattern recognition skills in
clinical pain assessment. Musculoskeletal Science and Practice 2018;36:17-24.

EXAME FÍSICO

Lembre-se que os objetivos do Exame Físico são:

▪ Determinar a presença e relevância de deformidades agudas;


▪ Determinar a resposta sintomática às mudanças na postura;
▪ Determinar as medidas de referências;
▪ Determinar as respostas sintomática e mecânica à aplicação de carga mecânica;
▪ Estabelecer uma classificação Provisória e determinar se ela se encaixa com as
informações obtidas na História.
▪ Existem observações que indicam potenciais fatores de dor e incapacidade? Se sim, quais
são?

Exame Físico
Qual informação chave é obtida em cada parte de cada seção do Exame Físico na ficha de avaliação
e como essa informação ajuda a determinar uma classificação provisória?

Seção 1: Postura

Sentada: boa / regular / ruim Em pé: boa / regular / ruim Lordose: red. / acent. / normal Desvio lateral: dir. / esq. / sem
Correção da postura: melhor / pior / nenhum efeito relevante: sim / não
Outras Observações:

Seção 2: Neurológico

Déficit Motor Reflexos


Déficit Sensorial Sinais da Dura

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Seção 3: Perda de Movimentos

Gde Mod Min Sem Dor


Flexão
Extensão
Desl Lateral D
Desl Lateral E

Seção 4: Movimentos Repetidos

MOVIMENTOS DO TESTE:

Durante: produz, abole, aumenta, diminui, nenhum efeito, centralizando, periferilizando.


Após: melhor, pior, não melhor, não pior, nenhum efeito, centralizado, periferilizado.

Que palavras você espera ver na seção de movimentos repetidos se a sua classificação provisória é:

Derangement
Dysfunction
Postural
Um dos subgrupos
de OUTROS

Resposta Mecânica
 ou ADM ou teste funcional relevante Nenhum Efeito

Que resposta mecânica você espera ver na seção de movimentos repetidos se a sua classificação
provisória é:

Derangement
Dysfunction
Postural
Um dos subgrupos
de OUTROS

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Página 24 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Seção 5: Testes Estáticos

Sentar relaxado Sentar ereto


Em pé relaxado Em pé ereto
Deitado em prono em extensão Sentar alongado

Qual resposta de sintomas você espera ver se a sua classificação provisória é:

Derangement
Postural

Seção 6: Outros Testes

Listar outros testes que podem ser feitos para clarificar uma classificação provisória de:

Derangement

Um dos subgrupos
de OUTROS

Ao final do Exame Físico considere as seguintes perguntas e explique por quê:

1. Os achados do exame físico apoiam a classificação provisória determinada pela História?

2. Você foi capaz de produzir/mudar os sintomas do paciente tão facilmente como previsto na
História? Se não, por quê?

3. Se a sua classificação provisória hoje é:

Derangement foi observada uma mudança sintomática? Sim / Não


foi observada uma mudança mecânica? ADM aumentada / diminída
foi demonstrada uma mudança funcional? Sim / Não

Dysfunction estava presente uma perda de movimento?


no teste de movimentos repetidos você registrou Produz NãoPior?

Postural estava presente uma perda de movimento?


você registrou NE no teste de movimentos repetidos?
produziu o sintoma com teste estático?

4. Como resultado de sua estratégia de tratamento o que você antecipa que mudará? (função,
sintomas, mecânica) no acompanhamento?

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TESTE DE MOVIMENTOS REPETIDOS

Pontos a considerar quando realizar os movimentos repetidos:

A informação obtida durante esta parte do exame, ajuda o terapeuta a determinar a classificação
provisória e um princípio de tratamento.

▪ Estabelecer uma referência clara dos sintomas presentes antes de iniciar cada mudança na
direção do teste de movimentos, especialmente quando há uma mudança na posição inicial.
▪ Certificar que o teste de movimentos seja isolado em apenas uma direção. Estabelecer uma
posição inicial e certificar que o paciente volte para aquela posição inicial (adequadamente)
cada vez.
▪ Para os pacientes que encontram dificuldade em dar uma resposta clara para “melhor, igual
ou pior”, uma escala numérica de dor de 0 a 10 poderá ser útil para determinar as mudanças
nos sintomas.
▪ Mais de um conjunto de movimentos do teste podem ser necessários. Como regra geral, 4/5
conjuntos de 10 são suficientes se os movimentos não estão tendo efeito nos sintomas, ou
quando os sintomas são produzidos ou aumentados mas não ficam Pior. Correlacione isto com
a história do paciente.
▪ Nos movimentos do teste em uma direção, existe alguma indicação de alteração da habilidade
do paciente de fazer movimentos na direção oposta; e quais são os efeitos nos sintomas?
▪ A resposta ao teste de movimentos pode não ser óbvia. O terapeuta pode então ter que
determinar um princípio de tratamento baseado em pequenas mudanças nos sintomas. A
classificação provisória será confirmada ou rejeitada nas visitas subsequentes, que deverão
ser diárias se possível (ou por telefone).
▪ Não salte partes do exame, a menos que seja apropriado. Muitos dos problemas associados
com MDT estão relacionados com um exame inadequado do paciente, especialmente com os
pacientes mais crônicos.
▪ Teste de flexão é extremamente valioso. Ele pode ajudar a confirmar uma Directional
Preference, revelar um derangement que responde ao princíio de flexão, confirmar a
estabilidade da redução de um derangement que responde ao princíio de extensão, educar o
paciente sobre o efeito de flexão (+ ou -) e reduzir o medo do movimento de flexão para o
paciente e para o terapeuta.

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Página 26 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Objetivo 4:
Demonstrar competência ao utilizar a terminologia McKenzie ao completar a ficha de avaliação lombar.

Terminologia dos Movimentos Repetidos

O seu paciente se apresenta com os sintomas listados abaixo. Usando a terminologia/abreviações


corretas de MDT, preencha a seção de movimentos repetidos da ficha de avaliação lombar.

Coluna Lombar:

O paciente apresenta com: dor lombar à direita estendendo até a nádega e coxa.

FEP: Há um aumento da dor na nádega direita no meio da amplitude disponível. Aumentou a dor
lombar à direita ao voltar para posição ereta.

FEP Rep: A dor aumenta com movimento e se torna aguda na coxa direita e desce na perna até a
panturrilha. A dor lombar diminui. A dor na perna diminui após parar os movimentos mas não
desaparece completamente da panturrilha.

EEP: A dor aumenta na lombar e panturrilha.

EEP Rep: Aumento progressivo da dor lombar e panturilha com cada movimento. A dor lombar e da
panturrilha voltam ao nível anterior (i.e., antes da extensão) após os movimentos.

Sintomas pré teste deitado: costas, perna, panturrilha

FD: A dor lombar e na perna diminuem, NE na panturrilha.

FD Rep: Sente muito melhor da dor lombar. Aumenta a dor na panturrilha durante o movimento. Após
o teste, volta a dor na panturrilha à intensidade anterior.

ED: Sente a coluna muito rígida. Sente mais dor nas costas e nádega durante o movimento. Nenhuma
mudança na dor da perna.

ED Rep: A dor na panturrilha e coxa desaparece mas há um grande aumento na dor lombar que
permanece significante após a interrupção de todos movimentos.

Resposta Mecânica
Sintomas Durante Teste Sintomas Após Teste
ADM ADM NE
Sintomas pré-teste em pé:
FEP
FEP Rep
EEP
EEP Rep
Sintomas pré-teste deitado:
FD
FD Rep
ED
ED Rep

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 27

Objetivo 5:
Analisar uma ficha de avaliação lombar McKenzie preenchida para determinar a classificação
McKenzie correta.

Usando a informação do Exame Físico:

História:

Sintomas: dor intermitente na nádega e panturrilha direitas

Pior: curvando, sentado, em pé, andando

Melhor: movimentando, deitado

Exame Físico:

PERDA MOVIMENTO Gde Mod Min Nil Dor


Flexão X Perna
Extensão X Perna
Desl Lateral D X Nádega
Desl Lateral E X Lombar

MOVIMENTOS DO TESTE Descreva os efeitos na dor atual – Durante: produz, abole, aumenta, diminui, NE, centralizando,
periferilizando. Após: melhor, pior, não melhor, não pior, NE, centralizado, periferilizado
Resposta sintomática Resposta Mecânica
 ou  ADM ou
Durante Teste Após Teste NE
teste funcional
Sintomas pré-teste em pé Dor nádega direita

FEP aumenta dor nádega


FEP Rep X 10 produz dor coxa NP x
EEP aumenta dor nádega
EEP Rep X 10 diminui nádega, produz dor lombar NM x
Sint. pré-teste deitado : Dor nádega direita
FD
FD Rep
ED aumenta dor nádega
ED Rep X 10 diminui dor nádega, produz dor lombar NM x
Se necessário sintoma pré-teste

Use essa informação para responder as perguntas da página seguinte

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Página 28 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

1. Considerando a localização do sintoma, qual classificação MDT pode ser eliminada?

A. Postural
B. Dysfunction
C. Derangement
D. Todos os subgrupos de OUTROS

2. A partir das respostas Melhor/Pior, há uma indicação de Preferência Direcional?

A. Sim, flexão (plano sagital)


B. Não
C. Sim, extensão (plano sagital)
D. Sim, lateral (plano frontal)

3. Como a informação na seção Perda de Movimentos pode ajudar?

A. Indicando que o teste deslocamento lateral repetido deve ser feito primeiro
B. Indicando que você deve monitorar a resposta sintomática para todos os movimentos
C. Indicando que extensão será mais provavelmente a Preferência Direcional
D. Indicando que flexão será mais provavelmente a Preferência Direcional

4. As respostas aos movimentos repetidos com carga (ie. em pé) indicam:

A. Sem Preferência Direcional


B. Centralisation
C. Periferilização
D. Preferência Direcional

5. Considerando as respostas ao teste com carga e a resposta Diminui/NMelhor com ED Rep


(extensão deitado repetido), qual seria a maneira adequada para prosseguir com a
avaliação?

A. Testar Extensão Deitado mantida


B. Testar movimentos de deslocamento lateral em pé repetidos
C. Testar FDRep
D. Esgotar o plano sagital antes de explorar o lateral

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 29

6. Qual resposta clínica levaria o terapeuta a explorar ED com o quadril fora do centro?

A. Movimentos de deslocamento lateral assimétricos


B. Diminui, Não Melhor com ED
C. Não Melhor como resultado de mais EDRep, ED com pressão extra e Mobilização
em Extensão
D. Não Melhor como resultado de EEPRep e EDRep

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Página 30 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

MÓDULO 3:

TRATAMENTO DAS SÍNDROMES MDT

OBJETIVOS

Ao final de uma participação ativa neste curso, o aluno deverá ser capaz de:

1. Comparar e contrastar os princípios de tratamento para as síndromes MDT.

2. Analisar o papel da progressão de forças e das alternativas de força e suas implementações


no tratamento MDT de pacientes.

3. Identificar os componentes do processo de reavaliação, analisar e interpretar os achados para


confirmar a classificação e orientar a sequência do tratamento.
4. Resumir os componentes da recuperação da função e prevenção e discutir sua implementação
no tratamento.

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 31

Objetivo 1:
Comparar e contrastar os princípios de tratamento para as síndromes MDT.

Derangement Dysfunction Postural

Objetivo do
tratamento

Efeito do
componente
mecânico do
tratamento
Progressão de
Forças usada?
OU
procedimentos do
terapeuta
usados?
Efeito do
componente
educacional do
tratamento

Dar exemplos de
modelos usados
para educar o
paciente

Fatores de dor e
incapacidade

Tempo de
resposta
(rápido, devagar)

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Página 32 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Objetivo 2:
Analisar o papel da progressão de forças e das alternativas de força e suas implementações no
tratamento MDT de pacientes.

PROGRESSÃO DE FORÇAS

A aplicação da progressão de forças é uma sequência lógica fundamentada nas respostas


sintomáticas e mecânicas. Um questionamento constante sobre a resposta do paciente a esses
procedimentos determinará a necessidade/direção/nível/magnitude das forças necessárias. A
aplicação dos procedimentos do terapeuta pretende capacitar o paciente a fazer o autotratamento
mais eficazmente. A progressão de forças é descrita a seguir:

1. Procedimentos de autotratamento:
A utilização dos movimentos e posições do próprio paciente deve ser minuciosamente explorada
primeiro. A resposta do paciente a esses procedimentos esclarece a classificação e identifica a
necessidade e a magnitude de forças adicionais que podem ser necessárias. Quando os
procedimentos de autotratamento são implementados adequadamente, a maioria dos pacientes
não necessita das técnicas do terapeuta. Os procedimentos de autotratamento são realizados
antes. Uma das poucas exceções é, por exemplo, a correção manual do desvio lateral (lateral
shift).

2. Pressão extra do paciente:


Ajuda o paciente a mover até sua amplitude final. A pressão extra vai expor a Dysfunction ou
reduzir o Derangement.

3. Pressão extra do terapeuta:


Necessária quando as forças geradas pelo paciente não são suficientes para abolir os sintomas.
Ela também vai esclarecer ainda mais a classificação. Utilizada apenas até que o paciente possa
se autotratar eficazmente.

4. Mobilização do terapeuta:
A resposta sintomática e mecânica determinada antes de aplicar a mobilizaçao do terapeuta já
demonstrou que forças nessa direção são seguras e que o princípio de tratamento escolhido foi
correto. Os procedimentos são aplicados ao mesmo tempo em que se avalia continuamente a
resposta do paciente para determinar o melhor nível, posição, direção e magnitude do
procedimento. Os procedimentos usados são gerais e não específicos a cada nível segmentar,
mas o efeito mecânico pretendido é muito específico. A intenção de aplicar mobilização é adicionar
mais força. A habilidade do paciente de realizar os procedimentos de autotratamento é avaliada
após o procedimento do terapeuta.

5. Manipulação do terapeuta:
Esses procedimentos são necessários em uma percentagem muito pequena de pacientes mas
representam a última progressão na aplicação das pressões. Quando esses procedimentos são
considerados, o paciente já foi submetido a uma quantidade significante de forças mecânicas
repetitivas na direção do princípio do tratamento. O paciente respondeu favoravelmente, mas a
resposta foi incompleta. A intenção desses procedimentos de alta velocidade, baixa amplitude é
aplicar ainda mais força mecânica para permitir ao paciente tratar-se eficazmente.

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 33

Alternativas de Força:

Quando devem ser consideradas Alternativas de Força?

Discutir as possíveis Alternativas de Força.

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Página 34 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

PROGRESSÕES / ALTERNATIVAS DE TRATAMENTO

Liste as duas progressões de forças seguintes e indique as alternativas de força quando apropriado
para os seguintes procedimentos:

Coluna Lombar:

Extensão deitado
1.
2.

Alternativas de força
1
2.

Deitado em prono
1.
2.

Extensão deitado com o quadril fora do centro com pressão extra do terapeuta.
1.
2.

Rotação em flexão
1.
2.

Flexão deitado
1.
2.

Alternativas de força
1
2.

Deslocamento lateral em pé
1.
2.

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 35

Objetivo 3:

Identificar os componentes do processo de reavaliação, analisar e interpretar os achados para


confirmar a classificação e orientar a sequência do tratamento.

Resumir os componentes da Recuperação da Função e Prevenção e discutir sua implementação no


tratamento.

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Página 36 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

INSTITUTO McKENZIE DO BRASIL


FICHA DE REAVALIAÇÃO

Data Nome Visita nº

Verificação das estratégias de tratamento


Mudança da postura: sim / não
Realização dos exercícios: sim / não
Frequência: apropriada / não apropriada Resposta dos sintomas ao realizar os exercícios
Técnica: boa / necessita correção
Obediência/comprometimento: excelente / boa / regular / ruim

Apresentação Sintomática
Local da dor: centralizada / o mesmo / periferilizada
Frequência: melhor / a mesma / pior
Gravidade: 0 10
melhor / a mesma / pior
Condição Funcional: % de melhora desde a avaliação inicial:
0 100
Questionário Funcional:
SINTOMA
Apresentação Mecânica S

Postura sentada: Consistente com o plano: sim / não Postura em Pé: Consistente com o plano: sim / não
Deformidade: sim / não / não se aplica Teste Neurológico: melhor / o mesmo / pior / não se aplica
Perda de movimentos: melhor / o mesmo / pior
Técnica atual do exercício: boa / precisa correção Resposta Sintomática:
Movimentos repetidos: melhor / o mesmo / pior

RESUMO: melhor / o mesmo / pior Melhora geral desde a avaliação inicial: 0 100%
Classificação confirmada: sim / não
Mais testes (se necessário)
Movimentos repetidos:

Outros testes:
Classificação Revisada (se apropriado):
Derangement Dysfunction Postural OUTRO (subgrupo):
Tratamento hoje:
Educação:
Tratamento:
Plano:
Possíveis fatores de dor e incapacidade:
Equipamento fornecido: rolo lombar rolo cervical
livro coluna / pescoço rolo noturno

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 37

REAVALIAÇÃO

O paciente é idealmente acompanhado e reavaliado dentro de 24 - 48 horas. Se não for possível


acompanhar neste espaço de tempo, um contato por telefone pode ser feito de modo a assegurar que
o paciente está respondendo como esperado.

Na reavaliação considerar as seguintes questões:

1. Qual é a mudança mais significativa da sua avaliação no primeiro dia?


2. Você é capaz de confirmar a sua classificação provisória?
3. Você acha que o paciente seguiu suas instruções?
4. O tratamento precisa ser alterado?

As possibilidades de como o paciente pode se apresentar na reavaliação são as seguintes:

Como resultado direto das instruções de autotratamento, o paciente está

MELHOR:


O diagnóstico é confirmado

Verifique a realização dos exercícios e o efeito nas referências.


Assegure-se de que os exercícios sejam feitos na ADM disponível.

Verifique o efeito da mudança da postura e ajuste se necessário

Reveja a compreensão e comprometimento do paciente

Mande o paciente para casa com o mesmo tratamento

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Página 38 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Como resultado direto das instruções de autotratamento, o paciente está

SEM MUDANÇA:


Determinar se

fazendo os exercícios corretamente? fazendo com frequência suficiente?

mantendo a mudança da postura? seu


efeito?

PENSE

a classificação está
a força precisa ser a direção precisa ser correta?
progredida? alterada? outras influências na
recuperação?

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 39

Como resultado direto das instruções de autotratamento, o paciente está

PIOR:


De que maneira ele está pior?

funcional? sintomático? mecânico?

mudou a localização mudou a frequência mudou a intensidade


dos sintomas? dos sintomas? dos sintomas?

o quê piorou o o quê ele esteve


por que ele está pior?
paciente? fazendo?

qual o efeito dos exercícios imediatamente após?

PENSE

a classificação está correta? explore alternativas de força

outras razões para uma resposta pior?

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Página 40 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

GUIA DO SINAL DE TRÂNSITO

☺  
O "Guia do semáforo" pode ser usado para ajudá-lo a interpretar as palavras "depois" na avaliação
de movimentos repetidos. As palavras "depois" são a documentação direta do que o paciente está
dizendo. As luzes são a interpretação disso. Na maioria das vezes, a interpretação é óbvia, uma
resposta "Melhor" indica uma luz verde. No entanto, às vezes existem nuances. Por exemplo, pode
não haver sintomas ao iniciar o teste, um movimento repetido pode produzir sintomas a cada
repetição; no entanto, a cada repetição subseqüente há MENOS dor produzida a cada vez. Após
interromper o teste, não há sintomas novamente. Isso é documentado como ‘Produz, NP’, no
entanto, é interpretado como uma luz VERDE e diz ao terapeuta que esse movimento deve ser
continuado como uma possível DP.

Produz, menos
Sem sintomas no
dor a cada Não Pior LUZ VERDE
início
repetição

Este guia dá uma imagem clara para auxiliar na próxima etapa do seu processo de raciocínio clínico.
A cor da luz vai indicar se você deve proceder como você tem feito OU você precisa progredir a força
OU que você precisa PARAR e considerar as alternativas de força.

Uma vez que uma referência sintomática é estabelecida, é possível que os movimentos repetidos ou
posições mantidas em qualquer direção produzam uma das três respostas.

☺ Luz Verde ☺

A dor permanece Direção e grau da


No Derangement Melhor ou é força de redução
centralizada corretos

A dor é produzida na Direção e grau da força


Na Dysfunction amplitude final e de remodelação
depois Não Pior corretos

Isso sugere que tudo está bem, continue com mais do mesmo até que a condição seja
resolvida ou a “cor da luz” mude.

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 41

 Luz Amarela 

A força mecânica é
A dor é NE ou Não insuficiente para
No Derangement
Melhor ou Não Pior produzir um efeito
duradouro

Dor é produzida na
A força mecânica é
amlitude final mas,
Na Dysfunction insuficiente para
após semanas, NÃO
(com o passar do tempo) produzir um efeito
há uma melhora na
duradouro
amplitude

Isso sugere que a aplicação cuidadosa de mais força é segura.

Apenas quando a luz é amarela, é justificado aplicar uma força mecânica maior.

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Página 42 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

 Luz Vermelha 

A direção está
A dor permanece
No incorreta ou o
Pior ou é
Derangement periferilizada movimento muito
rápido

Se não mudar para “luz


Considere alternativas
verde”, reconsidere a
de força
classificação

A dor A
Na Reavaliar classificação
permanece
Dysfunction Pior está incorreta

A força mecânica está muito


grande; o tecido está
traumatizado

Espere 2-3 dias para resolver e


recomece com menos força

Notas:

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 43

Objetivo 4:
Resumir os componentes da Recuperação da Função e Prevenção e discutir sua implementação
no tratamento.

RECUPERAÇÃO DA FUNÇÃO

1. O quê se espera alcançar com a recuperação da função?

2. Que diferentes componentes devem ser abordados para se alcançar a recuperação da função?

3. Que instruções devem ser dadas quando se inicia a recuperação da função após um
Derangement)?

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Página 44 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

PREVENÇÃO

1. Discutir os principais objetivos da prevenção após um episódio de dor lombar.

2. Como esses objetivos podem ser melhor alcançados? Comparar e contrastar o papel do paciente
com o do terapeuta?

3. Discutir as diferenças no programa de prevenção para cada síndrome de McKenzie.

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 45

MÓDULO 4

WORKSHOP DE PROCEDIMENTOS DA COLUNA LOMBAR

OBJETIVOS

Ao final de uma participação ativa neste curso, o aluno deverá ser capaz de:

1. Orientar efetivamente como realizar os procedimentos de autotratamento para a coluna lombar,


identificar dificuldades na sua realização e resolver os problemas como necessário.

2. Realizar efetivamente os procedimentos do terapeuta para a coluna lombar, analisar e corrigir


erros na sua realização.

3. Compreender as indicações para a aplicação de cada procedimento, interpretar a resposta e


discutir implicações.

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Página 46 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

GUIA DE APLICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DO TERAPEUTA

OS ERROS MAIS COMUNS NA APLICAÇÃO DO PROCEDIMENTO DO TERAPEUTA PODEM SER


CORRIGIDOS ATRAVÉS DO ENFOQUE DE UMA OU MAIS DAS SEGUINTES ÁREAS DE
ANÁLISE:

1. RELAXE (paciente e terapeuta):


Tanto o paciente quanto o terapeuta devem estar relaxados para alcançar o efeito desejado
do procedimento Os procedimentos do terapeuta não podem ser feitos efetivamente se os
dois não estiverem relaxados.

2. POSICIONE-SE ADEQUADAMENTE (paciente e terapeuta):


Tanto o paciente quanto o terapeuta devem estar na posição correta para obter o efeito
desejado. O terapeuta é então capaz de fazer isso com o mínimo de esforço. Para maximizar
o efeito do uso da força, devem ser observados a posição do paciente na mesa, a altura da
mesa e o posicionamento do terapeuta.

3. USE ADEQUADAMENTE O CONTATO:


O terapeuta deve aprender a trabalhar através da tensão do tecido (pele) para estabelecer o
contato correto com os segmentos da coluna que vão ser mobilizadas. O contato correto
corporal vai variar com os diferentes procedimentos. Tipicamente o pisciforme é usado para
os procedimentos em prono da coluna lombar. Nos procedimentos de alavanca comprida, o
contato adequado é importante para estabelecer a linha correta da direção.

4. DETERMINE A LINHA DE DIREÇÃO:


A linha de direção é a linha na qual a força é colocada na coluna do paciente. Geralmente,
para os procedimentos de extensão em toda a coluna, essa força deve ser perpendicular ao
segmento onde o procedimento está sendo realizado. As posições do paciente e do terapeuta
determinam a linha de direção da força a ser aplicada.

5. APLIQUE O PROCEDIMENTO:
Tão logo o contato adequado tenha sido estabelecido, a força é aplicada ao longo da linha de
direção indicada para mobilizar a área relevante da coluna. O relaxamento do tecido é tirado,
para algumas das técnicas de mobilização.

6. AVALIE A RESPOSTA DO PACIENTE:


Quando for utilizar o procedimento do terapeuta no contexto do Diagnóstico e Terapia
Mecânica, a adequação de sua escolha do procedimento (nível, direção, lado etc) é
determinada pelo efeito do procedimento nos sintomas, perda de movimentos, habilidade de
autotratamento e outras mudanças nos sinais clínicos (neurodinâmica, neurológico, teste
funcional etc).

7. VARIE O PROCEDIMENTO BÁSICO.


Quando adequado, são descritas as variações ou modificações dos procedimentos básicos
mais úteis e comumente usadas.

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 47

TABELA DE PROCEDIMENTOS LOMBARES


(nem todos estão na ordem da progressão de forças)

▪ Princípio de extensão - estático


1. Deitado prono
2. Deitado prono em extensão
3. Extensão mantida
4. Mudança da postura

▪ Princípio de extensão - dinâmico


5. Extensão deitado (com pressão-extra do paciente) ED
6a. Extensão deitado com pressão-extra do terapeuta
6b. Extensão deitado com cinto de fixação
7. Mobilização em extensão (em neutro ou em extensão)
8. Manipulação em extensão
9. Extensão em pé - EEP
10. Relaxado-hipercorrigido

▪ Princípio de extensão combinado com lateral - dinâmico


11. Extensão deitado com quadril fora do centro
12. Extensão deitado com quadril fora do centro com pressão extra do terapeuta. (a: sagital; b:
lateral)
13. Mobilização em extensão com quadril fora do centro
14. Mobilização com rotação em extensão
15. Manipulação com rotação em extensão

▪ Princípio lateral
16. Autocorreção do lateral shift - deslocamento lateral
17. Correção manual do lateral shift
18. Rotação em flexão
19. Mobilização com rotação em flexão
20. Manipulação com rotação em flexão

▪ Princípio de flexão
21. Flexão deitado - FD
22. Flexão sentado
23. Flexão em pé - FEP
24. Flexão deitado com pressão extra do terapeuta

▪ Princípio de flexão combinado com lateral


25. Flexão em pé no degrau - FEPD

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Página 48 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Procedimentos 1 a 4: Descritos no manual do Curso A

PRINCÍPIO DE EXTENSÃO - Dinâmico:

Esse princípio de tratamento é usado no tratamento de Derangements que respondem no


princípio de extensão e de Dysfunction de extensão.

5. Extensão Deitado (com pressão extra do paciente) – ED

Solução de Problemas:

• Mude o procedimento para assegurar que ela seja passiva


• O paciente está atingindo a amplitude necessária?
• A redução está sendo buscada muito rapidamente?
• Há um desvio lateral (lateral shift) relevante?
• A classificação está correta?

6a. Extensão Deitado com Pressão Extra do Terapeuta

Solução de Problemas:

• Comece com uma pequena pressão e aumente de acordo com a resposta do


paciente.
• Mova junto com o paciente mantendo a pressão.
• Mude a posição das suas mãos, o nível e/ou o ângulo.
• Há um desvio lateral (lateral shift) relevante?
• A classificação está correta?

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 49

6b. Extensão com Cinto de Fixação

Solução de Problemas:

• Ajuste o cinto de fixação em um nível diferente


• A redução está sendo buscada muito rapidamente?
• Há um desvio lateral (lateral shift) relevante?
• A classificação está correta?

7. Mobilização em Extensão (em neutro ou em extensão)

Solução de Problemas:

• Mude o nível do procedimento


• Mude a posição do paciente para aumentar a elevação do seu tronco
• Há um desvio lateral (lateral shift) relevante?
• A classificação está correta?

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Página 50 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

8. Manipulação em Extensão (ensinado no Programa do Diploma em MDT)

9. Extensão em Pé – EEP (descrito no manual do Curso A)

10. Relaxado-hipercorrigido (descrito no manual do Curso A)

PRINCÍPIO DE EXTENSÃO COMBINADO COM LATERAL

Indicado para Derangements que precisam de uma combinação de extensão e forças


laterais, já que não respondem aos procedimentos de extensão no plano sagital.

11. Extensão deitado com o quadril fora do centro

Solução de Problemas:
• Os exercícios de extensão deitado estão sendo feitos passivamente?
• O paciente está atingindo a amplitude necessária?
• A redução está sendo buscada muito rapidamente?
• O paciente está mantendo o quadril desviado durante o procedimento?
• É necessário mais força?
• Mude a posição do quadril para aumentar o efeito de “fechamento” ou
(raramente) para “abrir” o lado da dor.
• É necessária a correção em pé em primeiro lugar?
• A classificação está correta?

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 51

12. Extensão deitado com o quadril fora do centro com pressão extra do terapeuta
a: sagital

b: lateral

Solução de Problemas:
• O paciente está mantendo o quadril fora do centro durante o procedimento?
• É necessário mais força?
• Mude a posição do quadril para aumentar o efeito de “fechamento” ou
(raramente) para “abrir” o lado da dor.
• É necessária a correção em pé em primeiro lugar?
• A classificação está correta?

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Página 52 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

13. Mobilização em Extensão com o quadril fora do centro

Solução de Problemas:
• O paciente está mantendo o quadril fora do centro durante o procedimento?
• É necessário mais força?
• É necessária a correção em pé em primeiro lugar?
• Está na hora de mudar para o plano sagital?

14. Mobilização com Rotação em Extensão (mãos no lado direito)

Solução de Problemas:
• É necessário mais força?
• A força esá sendo aplicada no lado certo?
• Está na hora de mudar para o plano sagital?

15. Manipulação com Rotação em Extensão (ensinado no Programa do Diploma)

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 53

PRINCÍPIO LATERAL:

Indicado para Derangements que respondem no princípio lateral – tanto aqueles apresentando
uma deformidade de desvio lateral (lateral shift), quanto aqueles cujos sintomas pioram ou não
respodem com procedimentos no plano sagital.

16. Autocorreção de um desvio lateral (lateral shift):


a. Em pé livre

b. Contra a parede

c. No vão da porta
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Página 54 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Solução de Problemas:
• Deve ser deslocamento lateral e não inclinação lateral; os ombros do paciente
estão paralelos ao chão?
• A redução está sendo buscada muito rapidamente?
• Você está usando o procedimento na amplitude necessária?
• Mude o ângulo da flexão-extensão
• A classificação está correta?
• Mude a direção
• Instruir cuidadosamente como fazer o procedimento.

17. Correção de um Desvio lateral (lateral shift):

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 55

Solução de Problemas:
• Deve ser deslocamento lateral e não inclinação lateral; os ombros do paciente
estão paralelos ao chão?
• A redução está sendo buscada muito rapidamente?
• Você está usando o procedimento na amplitude necessária?
• Mude o ângulo da flexão-extensão
• A classificação está correta?
• Mude direções.

18. Rotação em flexão: (joelhos para a direita)

19. Mobilização com Rotação em Flexão (Mantida): (joelhos para a direita)

Solução de Problemas:
• Mude o ângulo da flexão e rotação
• Você está usando o procedimento na amplitude necessária?
• A redução está sendo buscada muito rapidamente?
• Mude a direção
• A classificação está correta?

20. Manipulação com Rotação em Flexão (ensinado no Programa do Diploma)

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Página 56 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

PRINCÍPIO DE FLEXÃO

Os procedimentos de flexão serão utilizados na recuperação da função (Derangement com DP


de extensão), Dysfunction de flexão incluindo a fase inicial de diferenciação de uma aderência
de raiz nervosa e no Derangement que responde no princípio de flexão. Os procedimentos de
autotratamento são geralmente eficazes, portanto os procedimentos do terapeuta são
raramente necessários.

21. Flexão deitado: FD

Solução de Problemas:
• Onde estão os sintomas antes de começar?
• O paciente está voltando à posição neutra?
• A posição inicial é adequada?
• O paciente está indo na amplitude final necessária?
• Os joelhos estão muito separados?
• Dor durante o movimento ou pior como resultado?
• Cria dificuldade para reversão da curva?
• A classificação está correta?

22. Flexão Sentado:

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 57

Solução de Problemas:
• Ajuste a posição das nádegas.
• Ajuste a altura do assento.
• Coloque mais pressão segurando nos tornozelos e puxando mais.

23. Flexão em Pé: FEP

Solução de Problemas:

• Onde estão os sintomas antes de começar?


• O paciente está voltando à posição neutra?
• A posição inicial é adequada?
• O paciente está indo na amplitude final necessária?
• Dor durante o movimento ou pior como resultado?
• Cria dificuldade para reversão da curva?
• A classificação está correta?

24. Flexão deitado com pressão extra do terapeuta

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Página 58 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Solução de Problemas:
• Onde estão os sintomas antes de começar?
• O paciente está voltando à posição neutra?
• A posição inicial é adequada?
• O paciente está indo na amplitude final necessária?
• Dor durante o movimento ou pior como resultado?
• Cria dificuldade para reversão da curva?
• A classificação está correta?

PRINCÍPIO DE FLEXÃO COMBINADO COM LATERAL:

Indicado para Derangements com sintomas unilaterais ou simétricos que necessitam uma
combinação de flexão e forças laterais, já que não respondem aos procedimentos de flexão no
plano sagital. Esta é uma manobra lateral com considerável adição de flexão.

25. Flexão em pé no degrau: FEPD (pé direito na cadeira)

Solução de problemas:
• Ajuste a altura da cadeira.
• Aumente a pressão segurando no tornozelo e puxando.
• O paciente está indo na amplitude final necessária?

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 59

MÓDULO 5

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL E
SUBGRUPOS DE OUTROS

OBJETIVOS

Ao final de uma participação ativa neste curso, o aluno deverá ser capaz de:

1. Discutir os critérios dos subgrupos de OUTROS.

2. Analisar os achados da avaliação MDT para diferenciar as síndromes MDT dos subgrupos de
OUTROS

3. Fazer os testes provocativos de dor para a articulação sacroilíaca, interpretar os resultados,


discutir classificação e tratamento.

4. Discutir o tratamento de cada subgrupo de OUTROS, integrando os princípios de MDT.

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Página 60 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Objetivo 1:
Discutir os critérios dos subgrupos de OUTROS.

Classificação MDT – Subgrupos de OUTROS da Coluna


Patologia Grave (listagem não é exaustiva)
Categoria Exemplos Clínicos
Achados Clínicos Comuns (Bandeiras Vermelhas)
Câncer História de câncer, perda de peso sem explicação, idade > 55, dor progressiva, Pode ser local primário
não aliviada com repouso ou metástase
Síndrome da Cauda Distúrbio da bexiga / intestino, distúrbio sensorial em sela, distúrbio sexual, dor
equina / compressão da nas pernas unilateral / bilateral, alteração sensorial e / ou fraqueza motora dos
medula membros inferiores
Compressão de medula Distúrbio da marcha, perda de destreza, parestesia, hiperreflexia
Fratura da coluna Trauma grave, história de osteoporose, uso de corticosteroide, idade avançada, Fratura de compressão,
mulheres, fratura prévia da coluna vertebral, história prévia de câncer, dor fratura por estresse do
torácica OU jovens, ativos com dor nas costas relacionada ao esporte pars
Infecção relacionada à Febre, mal-estar, imunossupressão, uso de drogas intravenosas, cirurgia Abcesso epidural,
coluna recente, infecção pré-existente recente discite, mielite transversa
Vascular Doença vascular, história de tabagismo, história familiar, idade superior a 65 Aneurisma da aorta
anos, homens > mulheres abdominal, disfunção
História de trauma, tontura, diplopia, disartria e outros múltiplos sintomas não arterial cervical
mecânicos
Subgrupo Definição Critérios (comuns) Exemplos Clínicos
Síndrome de Mecanismo de geração da Dor generalizada e persistente, agravamento com
Dor Crônica dor influenciado por fatores toda atividade, resposta de dor desproporcional a
psicossociais ou alterações estímulos mecânicos, crenças e atitudes
neurofisiológicas inapropriadas diante da dor.
Artropatia Artropatia Inflamatória Dor constante, rigidez matinal, movimentos RA, artrite soronegativa,
Inflamatória excessivos exacerbam sintomas espondilite anquilosante
Mecanicamente Condição Excluídos Derangement, Dysfunction, Postural e
Inconclusivo musculoesquelética não subgrupos de OUTROS.
especificada sintomas afetados por posições ou movimentos
MAS nenhum padrão reconhecível é identificado OU
respostas mecânicas ou sintomáticas inconsistentes
com a carga
Síndrome Apresentação radicular Sintomas se apresentando em um padrão radicular
Radicular sem consistente com um na extremidade superior ou inferior.
Resposta comprometimento de uma Acompanhado de vários níveis de sinais e sintomas
Mecânica raiz nervosa neurológicos.
momentaneamente não Não há Centralisation e os sintomas não
responsiva permanecem melhores como resultado de quaisquer
posições, movimentos repetidos ou outras
estratégias de carga
Pós-cirurgia Apresentação se relaciona a Cirurgia recente e ainda em período de protocolo
cirurgia recente pós-operatório
ASI / Dor na Mecanismo de geração da Três ou mais testes de provocação de dor ASI Se relacionada à gravidez:
Cintura Pélvica dor emanando de ASI ou positivos tendo excluído a coluna lombar e o quadril PGP
relacionada à sínfise púbica
gravidez (PGP)
Estenose da Restrição degenerativa Coluna Lombar: população mais idosa, história de Estenose lombar, estenose
coluna sintomática do canal sintomas na perna aliviados com atividades de flexão foraminal lateral cervical
espinhal ou forames e exacerbados com extensão, perda duradoura de
extensão. Coluna cervical: sintomas no braço
produzidos consistentemente com fechamento de
forames, abolidos ou reduzidos com abertura
Estruturalmente Tecido mole e / ou ósseo se Sintomas mecânicos (ADM restrita, estalando, Escoliose estrutural
Comprometido altera comprometendo a travando, fisgando). dolorosa, osteoporose
integridade da articulação Pode apresentar sensação de instabilidade dolorosa, Espondilolistese
Longa história de sintomas ou história de trauma. grau 3-4, instabilidade
Irreversível com tratamento conservador. estrutural cervical alta – AR
Trauma/ Trauma recente associado Trauma recente associado ao aparecimento de Pós chicote
Recuperação de ao aparecimento de sintomas constantes / Trauma recente associado ao
Trauma sintomas aparecimento de sintomas, agora melhorando e com
dor intermitente

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 61

Objetivo 2:
Analisar os achados da avaliação MDT para diferenciar as síndromes MDT dos subgrupos de
OUTROS

Derangement – DP de Estenose da coluna com


História / Exame SRM
extensão sintomas unilaterais MI

Localização da Dor
(local, referida, radicular)

Presente por
(agudo, subagudo,
crônico)

Constante ou
intermitente

Pior
(História: linhas gerais)

Melhor
(História: linhas gerais)

Efeito da mudança da
postura para lordótica

Deformidade
Relevante

Exame Neurológico

Perda de Movimento

FEPRep
Movimentos Repetidos

EEPRep

DLEP Rep

FDRep

EDRep

Outros Testes

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Página 62 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

DIFERENCIAÇÃO SINTOMAS UNILATERAL / ASSIMÉTRICO ABAIXO DO JOELHO

1. Para diferenciar entre este derangement e ARN qual procedimento de teste você usaria?

2. Quais são as respostas esperadas para cada caso acima?

Derangement: ARN:

3. Quais diretrizes você consideraria ao projetar um plano de tratamento para a ARN?

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 63

Objetivo 3:
Fazer os testes provocativos de dor para a articulação sacroilíaca, interpretar os resultados, discutir
classificação e tratamento.
Articulação Sacroilíaca:

Testes de provocação de dor, classificação e tratamento

Numerosos ensaios clínicos têm sido desenvolvidos ao longo das décadas para avaliar a
presença de dor sacroilíaca. Em geral, estes podem ser divididos em três tipos; testes
cinéticos, testes posicionais / palpação e testes de provocação de dor. A investigação sobre
testes cinético e posicional / palpação tem mostrado resultados consistentes; confiabilidade
insuficiente e validade fraca. Mesmo os agrupamentos destes testes foram considerados
inadequados para uso clínico. Além disso, a relação entre anomalias de movimento ou
posicionais e dor não tem apoio. Uma razão para a utilidade clínica limitada destes testes
pode ser devida ao fato de o movimento da sacroilíaca está limitado a apenas quantidades
mínimas de rotação ou translação.

Felizmente, alguns grupos de testes de provocação de dor sacroilíaca mostraram


confiabilidade e validade aceitáveis. Altos valores de sensibilidade e especificidade foram
demonstrados, especialmente quando, com uma avaliação MDT, a coluna lombar foi
descartada como fonte de sintomas.

O sistema de classificação McKenzie com um conjunto de testes de provocação de dor


sacroilíaca apresentou excelentes valores de sensibilidade e especificidade para o
diagnóstico da dor relacionada à sacroilíaca. Laslett M. (2008) Evidence-Based Diagnosis
and Treatment of the Painful Sacroiliac Joint. J Man Manip Ther 16: 3:142-152

A confiabilidade, especificidade e sensibilidade de um conjunto de 5 testes provocativos de dor foram


estudadas em detalhe, e eles estão listados abaixo. Foi concluído que esses testes podem ser usados
para detectar a fonte de uma dor lombar na articulação sacroilíaca, desde que uma avaliação McKenzie
tenha eliminado a coluna lombar. A presença de duas respostas positivas entre os quatro primeiros
testes ou três positivos entre os seis listados abaixo (o teste de pancada na coxa é aplicado dos dois
lados), é forte indicação de patologia sacroilíaca. Quando todos os seis testes são negativos, a
articulação sacroilíaca pode ser eliminada como fonte da dor.

AFASTAMENTO OU DISTRACTION (deitado em supino):


O terapeuta aplica uma pressão em ambas as espinhas ilíacas anterosuperiores. A força é dirigida
posterior e lateralmente.

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Página 64 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

CISALHAMENTO POSTERIOR OU ‘PANCADA NA COXA’ (deitado em supino - aplicado


dos dois lados):

O terapeuta aplica uma força de cisalhamento posterior na articulação sacro-ilíaca através do fêmur
enquanto o sacro fica estabilizado. Deve-se evitar a adução excessiva do quadril já que normalmente
a flexão/adução do quadril é desconfortável ou dolorosa.

COMPRESSÃO OU COMPRESSION (deitado de lado):


O terapeuta aplica uma pressão na crista ilíaca que está para cima. A força é direcionada para a
crista ilíaca oposta.

PANCADA NO SACRO OU SACRAL THRUST (deitado em prono):


O terapeuta aplica pressão direta no sacro enquanto o íleo é fixado na mesa de tratamento. Isso
causa uma força anterior do sacro no íleo.

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 65

TORÇÃO PÉLVICA OU PELVIC TORSION (deitado em supino):


A rotação posterior do ilíaco esquerdo sobre o sacro é obtida pela flexão do joelho e quadril
esquerdo enquanto, simultaneamente, o quadril direito é estendido. Aplica-se pressão extra para
levar a articulação sacroilíaca à amplitude máxima. Logo após é realizada rotação anterior do ilíaco
direito sobre o sacro, forçando a coxa direita em direção ao chão. O teste é então feito na perna
oposta. Às vezes, a direção de preferência pode ser demonstrada com esse teste. Esse teste é
também chamado teste de Gaenslen.

Sacroilíaca: Algorítimo para Diagnóstico Diferencial

Excluir a coluna

Excluir o quadril

Testes provocativos de dor sacroilíaca

Positivo Negativo

Fonte: sacroilíaca Fonte: NÃO sacroilíaca

Avaliar e classificar Avaliar para subgrupos


sacroilíaca de OUTROS

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Página 66 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Avaliação MDT sacroilíaca

Preferência Direcional identificada? SIM Derangement

NÃO

Gravidez? SIM Dor Pélvica Gravidez

NÃO

Trauma recente? SIM Trauma

NÃO

Dor constante, pior com todas as SIM Inflamatório


estrtégias de carga?

NÃO Mecânico Inconclusivo

Derangement
Use esses movimentos para identificar a Directional Preference e definir o autotratamento

Rotação Anterior ASI

Rotação Posterior ASI

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 67

Objetivo 4:
Discutir o tratamento de cada subgrupo de OUTROS, integrando os princípios de MDT.

Subgrupos OUTROS Coluna Tratamento integrando princípios MDT e evidências

Encaminhar/comunicar diretamente com médico assistente


Patologia grave ou departamento de emergência, dependendo da natureza do
problema.

Educação sobre a natureza da dor crônica e exposição


gradual / CBT usando o princípio Produz/Aumenta NPior.
Incentivar o autotratamento, e realizar uma avaliação ativa
(movimentos repetidos) para ajudar a resolver qualquer medo
Síndrome de dor crônica
de movimento. Além disso, utilizar quaisquer intervenções
ativas baseadas em evidências destinadas a modulação de
processamento central incluindo a abordagem multi-
disciplinar.

Encaminhar para serviço médico se a fonte for desconhecida.


Se a fonte for conhecida, então a educação e orientação em
Artropatia Inflamatória
relação ao autotratamento baseado em evidência da doença
sistêmica em particular são indicadas.

Usando informações de fatores agravantes da história MDT,


criar o ambiente ideal para a recuperação, evitando
movimentos/posições agravantes. Abordar déficits funcionais
Mecânico inconclusivo e limitações físicas, utilizando conceitos de autotratamento,
Produz/Aumenta NPior, interpretação dos sintomas e
educação. Se não responder, encaminhe para serviço
médico.

Educar sobre a tendência para uma história natural favorável.


Incentivar aumento gradual de atividade e função, guiado
pelo princípio Produz/Aumenta NPior. Abordar qualquer
Síndrome Radicular Sem
medo de movimento, estimular a recuperação da ADM
Resposta Mecânica (SRM)
enquanto monitora déficits neurológicos. Discutir as opções
de bloqueio ou outras intervenções de dor; ou encaminhar
para serviço médico para exames de imagens ou cirurgia.

Adotar os protocolos pós-cirúrgicos; se a recuperação segue


cronograma esperado, continuar a reabilitação normal com
foco na independência, educação, progressão de forças e o
Pós-cirurgia
princípio Produz/Aumenta NPior. Se a recuperação é pior do
que o esperado, então reavaliar a classificação e tratar como
a avaliação determinar.

 Copyright The McKenzie Institute International 2021


Página 68 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Avaliar, classificar e tratar de acordo com a classificação


MDT, utilizando todos os princípios e progressões. Se
nenhuma síndrome mecânica estiver presente, avaliar a
Sacroilíaca (ASI) – Dor cintura
adequação/eficácia de uma cinta sacroilíaca e usá-la como
pélvica relacionada a gravidez
um tratamento experimental. Explorar a influência das
(DCPRG)
atividades agravantes e abordá-las através de educação
sobre postura e consciência dessas atividades. Exercícios
gerais podem ser encorajados.

Educar sobre a natureza do problema. Avaliar os movimentos


e/ou posições que o paciente pode usar para alívio da dor. Se
apropriado, iniciar um programa de reabilitação para as
Estenose da coluna regiões adjacentes da coluna vertebral e/ou articulações
periféricas (por exemplo, melhorar a ADM de extensão do
quadril). Monitorar sintomas neurológicos e, se agravarem,
encaminhar a um cirurgião.

Determinar se uma contribuição adicional médica é


necessária. Se não, aplicar uma intervenção baseada em
Estruturalmente
evidência quando disponível, integrando conceitos de MDT
comprometida
no princípio Produz/Aumenta NPior. Ajudar e orientar na
recuperação da função.

Seguir os estágios de recuperação, fornecer estratégias de


carga adequadas, Produz/Aumenta NPior, progressão de
Trauma
forças, educação postural, autotratamento. Se a recuperação
Trauma em recuperação
é pior do que o esperado, então reavaliar a classificação e
tratar como a avaliação determinar.

Notas:

 Copyright The McKenzie Institute International 2021


Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 69

MÓDULO 6:

ESTUDO DE CASOS

OBJETIVOS

Ao final de uma participação ativa neste curso, o aluno deverá ser capaz de:

1. Analisar estudos de casos apresentados em fichas de avaliação McKenzie e, usando os


princípios de raciocínio clínico MDT, identificar a presença de Derangement Dysfunction ou
Postural Syndrome.

2. Analisar estudos de casos apresentados em fichas de avaliação McKenzie e, usando os


princípios de raciocínio clínico MDT, identificar a presença de patologia grave.

3. Analisar estudos de casos apresentados em fichas de avaliação McKenzie e, usando os


princípios de raciocínio clínico MDT, identificar a presença de outros subgrupos.

4. Analisar os achados da ficha de avaliação e, usando os princípios de raciocínio clínico MDT,


desenvolver um plano de tratamento para a classificação provisória.

 Copyright The McKenzie Institute International 2021


INSTITUTO McKENZIE DO BRASIL
AVALIAÇÃO DA COLUNA LOMBAR

Data Sexo M / F
Nome Fred
Endereço

Telefone Data Nasc. Idade 48


Indicação: Clínico / Ortop. / Própria / Outra
Trabalho: stress mec.: Sentado++, normalmente no carro

Lazer: stress mec.: Sedentário


Incapacidade funcional / episódio atual

Pontuação Incapacidade funcional

Pontuação EVA (0-10)

HI ST Ó RI A
Sintomas atuais

Presentes desde 6 meses Melhorando / Estável / Piorando

Começou como resultado de ou sem razão aparente

Sintomas no início: lombar / coxa / perna

Sintomas constantes: lombar / coxa / perna Sintomas intermitentes: lombar / coxa / perna

Pior curvando sentado / levantando em pé andando deitado

manhã / durante o dia / final do dia parado / movimentando

outros Dor na coxa anterior ao dirigir

Melhor curvando sentado em pé andando deitado

manhã / durante o dia / final do dia parado / movimentando


quase não dorme outros

Distúrbio do sono? Sim / Não Posição de dormir: prono / supino / lado D E Colchão: firme / macio / cede

História prévia da coluna nenhuma

Tratamentos anteriores Fisioterapia 2-3 meses: alongamento, mobilizações... Nenhum efeito

PERGUNTAS ESPECÍFICAS
Tossir / espirrar / esforço Bexiga / intestino: normal / anormal Modo de andar: normal / anormal
Medicação: analgésicos
Saúde geral / comorbidades: Regular. Aneurisma de aorta abdominal há 5 anos... monitorada recentemente e “estável”

Cirurgia recente ou de grande porte: sim / não


História de câncer: sim / não Perda inexplicada de peso: sim / não 3kg em 2 meses
História de trauma: sim / não Imagem: sim / não
Objetivos / expectativas do paciente: Ficar em pé sem dor lombar e dirigir sem dor na coxa

© McKenzie Institute International 2021©


E X AM E F I S I C O
OBSERVAÇÃO DA POSTURA
Sentada: lordótica / neutra / cifótica Mudança na postura: melhor / pior / nenhum efeito
Em pé: lordótica / neutra / cifótica Lateral shift: dir. / esq. / sem Desvio relevante: sim / não
Outras observações / referências funcionais:

NEUROLÓGICO
Déficit Motor ✓ Reflexos ✓
Déficit Sensorial ✓ Testes neurodinâmicos

PERDA DE MOVIMENTO Gde Mod Mín Sem Sintomas


Flexão ✓ Não
Extensão ✓ Não
Deslocamento lateral D ✓ Não
Deslocamento lateral E ✓ Não
Outro

MOVIMENTOS DO TESTE Descreva os efeitos na dor atual – Durante: produz, abole, aumenta, diminui, NE, centralizando,
periferilizando. Após: melhor, pior, não melhor, não pior, NE, centralizado, periferilizado.
Resposta sintomática Resposta mecânica
durante o teste após o teste  ou ADM ou
Sintomas pré-teste em pé: Dor Lombar Esquerda teste funcional NE
FEP NE
FEP Rep NE NE
EEP  Dor Lombar Esquerda (min)
EEP Rep  Dor Lombar Esquerda N Pior ✓
Sintomas pré-teste deitado: Dor Lombar Esquerda
FD NE
FD Rep NE NE
ED NE
ED Rep NE NE
Sintomas pré-teste:
DLEP D
DLEP D Rep
DLEP E
DLEP E Rep
Outros movimentos

TESTES ESTÁTICOS
Sentar relaxado / ereto / prono em extensão / sentar alongado NE em ambos
OUTROS TESTES

CLASSIFICAÇÃO PROVISÓRIA
Derangement Central ou Simétrico Unilateral ou Assimétrico acima do joelho Unilateral ou Assimétrico abaixo do joelho
Directional Preference
Dysfunction: Direção Postural OUTROS subgrupo

POSSÍVEIS FATORES DE DOR / INCAPACIDADE Comorbidades Cognitivo – Emocional Contextual


Descrição

PRINCÍPIO DE TRATAMENTO
Educação
Tipo de exercício Frequência
Outros exercícios / intervenções

Assinatura
© McKenzie Institute International 2021
Página 72 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Estudo de Caso: Fred


Justifique suas respostas:
1. A partir do diagrama do corpo, quais classificações provisórias você pode excluir?

2. Na seção Pior/Melhor existe uma indicação de Directional Preference?

3. Há Bandeiras Vermelhas nas perguntas específicas?

4. Com base na informação obtida na História, que classificações ainda não devem ser
excluídas?

5. Como a seção perda de movimentos ajuda no seu diagnóstico diferencial?

6. Como os achados da seção de movimentos repetidos ajudam na diferenciação entre as


possibilidades de classificação restantes?

7. Qual é a sua classificação provisória hoje?

8. Qual será sua abordagem hoje?

 Copyright The McKenzie Institute International 2021


INSTITUTO McKENZIE DO BRASIL
AVALIAÇÃO DA COLUNA LOMBAR

Data Sexo M / F
Nome Cindy
Endereço

Telefone Data Nasc. Idade 43


Indicação: Clínico / Ortop. / Própria / Outra
Trabalho: stress mec.: 50% sentada, 50% de pé/andando, às vezes
curvada
Lazer: stress mec.: Sedentária, quase sempre sentada
Incapacidade funcional / episódio atual

Pontuação Incapacidade funcional agulhadas

Pontuação EVA (0-10)

HI ST Ó RI A
Sintomas atuais

Presentes desde 4 meses Melhorando / Estável / Piorando

Começou como resultado de Episódio de “ciática” ou sem razão aparente

Sintomas no início: lombar / coxa / perna

Sintomas constantes: lombar / coxa / perna Sintomas intermitentes: lombar / coxa / perna

Pior curvando sentado / levantando em pé andando rápido deitado

manhã / durante o dia / final do dia parado / movimentando

outros Sentar alongado

Melhor curvando sentado em pé andando deitado

manhã / durante o dia / final do dia parado / movimentando

outros

Distúrbio do sono? Sim / Não Posição de dormir: prono / supino / lado D E Colchão:firme / macio / cede

História prévia da coluna Alguns episódios curtos de DL antes de 4 meses atrás, quando teve o 1º episódio de dor na perna

Tratamentos anteriores Nenhum

PERGUNTAS ESPECÍFICAS
Tossir / espirrar / esforço Bexiga / intestino: normal / anormal Modo de andar: normal / anormal
Medicação: AINEs
Saúde geral / comorbidades: Boa

Cirurgia recente ou de grande porte: sim / não Retirada de melanoma 1 ano atrás
História de câncer: sim / não Perda inexplicada de peso: sim / não
História de trauma: sim / não Imagem: sim / não RaioX: doença degenerativa discal
Objetivos / expectativas do paciente: Ficar sem dor na perna – acredita que pode ser necessária cirurgia

© McKenzie Institute International 2021©


E X AM E F I S I C O
OBSERVAÇÃO DA POSTURA
Sentada: lordótica / neutra / cifótica Mudança na postura: melhor / pior / nenhum efeito
Em pé: lordótica / neutra / cifótica Lateral shift: dir. / esq. / sem Desvio relevante: sim / não
Outras observações / referências funcionais:

NEUROLÓGICO
Déficit Motor ✓ Reflexos ✓
Déficit Sensorial ✓ Testes neurodinâmicos SLR positivo MID

PERDA DE MOVIMENTO Gde Mod Mín Sem Sintomas


Flexão ✓ Perna
Extensão ✓ Não
Deslocamento lateral D ✓ Não
Deslocamento lateral E ✓ Não
Outro

MOVIMENTOS DO TESTE Descreva os efeitos na dor atual – Durante: produz, abole, aumenta, diminui, NE, centralizando,
periferilizando. Após: melhor, pior, não melhor, não pior, NE, centralizado, periferilizado.
Resposta sintomática Resposta mecânica
durante o teste após o teste  ou ADM ou
Sintomas pré-teste em pé: Nenhum teste funcional NE
FEP PZ perna direita DFM
FEP Rep PZ perna direita NPior ✓
EEP NE
EEP Rep NE NE
Sintomas pré-teste deitado: Nenhum
FD NE
FD Rep NE NE
ED NE
ED Rep NE NE
Sintomas pré-teste:
DLEP D
DLEP D Rep
DLEP E
DLEP E Rep
Outros movimentos
TESTES ESTÁTICOS
Sentar relaxado NE / ereto / prono em extensão / sentar alongado
PZ Perna D
OUTROS TESTES
CLASSIFICAÇÃO PROVISÓRIA
Derangement Central ou Simétrico Unilateral ou Assimétrico acima do joelho Unilateral ou Assimétrico abaixo do joelho
Directional Preference
Dysfunction: Direção Postural OUTROS subgrupo
POSSÍVEIS FATORES DE DOR / INCAPACIDADE Comorbidades Cognitivo – Emocional Contextual

Descrição
PRINCÍPIO DE TRATAMENTO
Educação
Tipo de exercício Frequência
Outros exercícios / intervenções
Objetivos do tratamento
Assinatura

© McKenzie Institute Iternational2021


Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 75

Estudo de Caso: Cindy

Justifique suas respostas:


1. A partir do diagrama do corpo, quais classificações provisórias você pode excluir?

2. Na seção Pior/Melhor existe uma indicação de Directional Preference?

3. Há Bandeiras Vermelhas nas perguntas específicas?

4. Com base na informação obtida na História, que classificações ainda não devem ser excluídas?

5. Como a seção perda de movimentos ajuda no seu diagnóstico diferencial?

6. Como os achados da seção de movimentos repetidos ajudam na diferenciação entre as


possibilidades de classificação restantes?

7. Qual é a sua classificação provisória hoje?

8. Qual será sua abordagem hoje?

 Copyright The McKenzie Institute International 2021


INSTITUTO McKENZIE DO BRASIL
AVALIAÇÃO DA COLUNA LOMBAR
Data Sexo M / F
Nome Arthur
Endereço

Telefone Data Nasc. Idade 67


Indicação: Clínico / Ortop. / Própria / Outra
Trabalho: stress mec.: Aposentado

Lazer: stress mec.: Praticamente sedentário, caminhada


Incapacidade funcional / episódio atual Limitação para andar

Pontuação Incapacidade funcional

Pontuação EVA (0-10)

HI ST Ó RI A
Sintomas atuais

Presentes desde 6 meses Melhorando / Estável / Piorando

Começou como resultado de ou sem razão aparente

Sintomas no início: lombar / coxa / perna

Sintomas constantes: lombar / coxa / perna Sintomas intermitentes: lombar / coxa / perna

Pior curvando sentado / levantando em pé andando deitado

manhã / durante o dia / final do dia parado / movimentando

outros

Melhor curvando sentado em pé andando deitado

manhã / durante o dia / final do dia parado / movimentando

outros

Distúrbio do sono? Sim / Não Posição de dormir: prono / supino / lado D E Colchão:firme / macio / cede

História prévia da coluna Dor lombar, episódica por vários anos, sem sintomas anteriores na perna perna. Primeiro

episódio 15 anos atrás

Tratamentos anteriores Ultrasom, exercícios gerais... ajuda mínima

PERGUNTAS ESPECÍFICAS
Tossir / espirrar / esforço Bexiga / intestino: normal / anormal Modo de andar: normal / anormal
Medicação: AINEs
Saúde geral / comorbidades: Boa. Diabetes bem controlada

Cirurgia recente ou de grande porte: sim / não


História de câncer: sim / não Perda inexplicada de peso: sim / não
História de trauma: sim / não Imagem: sim / não RaioX: doença degenerativa discal
Objetivos / expectativas do paciente: Aumentar tolerância para caminhar

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E X AM E F I S I C O
OBSERVAÇÃO DA POSTURA
Sentada: lordótica / neutra / cifótica Mudança na postura: melhor / pior / nenhum efeito
Em pé: lordótica / neutra / cifótica Lateral shift: dir. / esq. / sem Desvio relevante: sim / não
Outras observações / referências funcionais:
NEUROLÓGICO
Déficit Motor ✓ Reflexos ✓
Déficit Sensorial ✓ Testes neurodinâmicos SLR negativo

PERDA DE MOVIMENTO Gde Mod Mín Sem Sintomas


Flexão ✓
Extensão ✓ dor lombar
Deslocamento lateral D ✓
Deslocamento lateral E ✓
Outro

MOVIMENTOS DO TESTE Descreva os efeitos na dor atual – Durante: produz, abole, aumenta, diminui, NE, centralizando,
periferilizando. Após: melhor, pior, não melhor, não pior, NE, centralizado, periferilizado.
Resposta sintomática Resposta mecânica
durante o teste após o teste  ou ADM ou
Sintomas pré-teste em pé: Nenhum teste funcional NE
FEP NE
FEP Rep NE NE ✓
EEP PZ dor lombar
EEP Rep PZ dor lombar, panturilha direita NPior ✓
Sintomas pré-teste deitado: Nenhum
FD NE
FD Rep NE NE ✓
ED PZ dor lombar
ED Rep PZ dor lombar, dor nas duas pernas NPior ✓
Sintomas pré-teste:
DLEP D
DLEP D Rep
DLEP E
DLEP E Rep
Outros movimentos

TESTES ESTÁTICOS
Sentar relaxado / ereto / prono em extensão / sentar alongado NE
OUTROS TESTES
CLASSIFICAÇÃO PROVISÓRIA
Derangement Central ou Simétrico Unilateral ou Assimétrico acima do joelho Unilateral ou Assimétrico abaixo do joelho
Directional Preference
Dysfunction: Direção Postural OUTROS subgrupo
POSSÍVEIS FATORES DE DOR / INCAPACIDADE Comorbidades Cognitivo – Emocional Contextual

Descrição “Eu devo ter cuidado e sempre serei limitado, devido à degeneração na minha coluna”
PRINCÍPIO DE TRATAMENTO
Educação
Tipo de exercício Frequência
Outros exercícios / intervenções
Objetivos do tratamento
Assinatura

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Página 78 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Estudo de Caso: Arthur

Justifique suas respostas:


1. A partir do diagrama do corpo, quais classificações provisórias você pode excluir?

2. Na seção Pior/Melhor existe uma indicação de Directional Preference?

3. Há Bandeiras Vermelhas nas perguntas específicas?

4. Com base na informação obtida na História, que classificações ainda não devem ser excluídas?

5. Como a seção perda de movimentos ajuda no seu diagnóstico diferencial?

6. Como os achados da seção de movimentos repetidos ajudam na diferenciação entre as


possibilidades de classificação restantes?

7. Há algum fator de dor e incapacidade presente? Em caso afirmativo, como isso pode ser
abordado?

8. Qual é a sua classificação provisória e sua abordagem hoje?

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 79

DIAGNÓSTICO E TERAPIA MECÂNICA


EXTREMIDADE INFERIOR

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Página 80 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

MÓDULO 7:

EPIDEMIOLOGIA / EVIDÊNCIAS PARA EXTREMIDADE


INFERIOR

OBJETIVOS

Ao final de uma participação ativa neste curso, o aluno deverá ser capaz de:

1. Descrever os principais fatores epidemiológicos associados com problemas nas extremidades


inferiores.

2. Descrever o conceito de “história natural” na resolução de dor nas extremidades.

3. Descrever e discutir as evidências atuais para o uso do MDT para problemas de extremidades
inferiores.

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 81

Objetivo 1:
Descrever os principais fatores epidemiológicos associados com problemas nas extremidades
inferiores

Objetivo 2:
Descrever o conceito de “história natural” na resolução de dor nas extremidades

Dor nas articulações da extremidade inferior


Dor no quadril e joelho é comum na maioria das populações, embora as taxas de prevalência variem
entre as regiões (Nevitt 2002; Cecchi 2008). Dor no tornozelo/pé é comum na população mais velha,
mas tem sido estudada menos extensivamente (Thomas, M. 2011).

As estimativas das taxas de prevalência de dor de 1 ano variam, como pode ser visto no gráfico abaixo.
A incidência de dor no joelho tende a ser aproximadamente o dobro da dor no quadril (Thiem 2013).
Estimativas dor no quadril também são menos precisas, devido ao fato de ser mais difícil de definir e
diferenciar a dor de origem da coluna lombar (Birrell 2005).

30

25

20

Dor quadril
15
Dor joelho
Dor tornozelo/pé
10

0
Taxas de prevalência em 1 ano na população em geral

As taxas de prevalência em estudos populacionais de dor tanto no quadril quanto no joelho têm sido
de 5 a 7%. Todas as dores nas articulações das extremidades inferiores mostram consistentemente
maior prevalência nas mulheres do que nos homens.

▪ Há uma clara tendência de aumento da prevalência de osteoartrite sintomática do joelho com


a idade, embora as variações regionais possam ser bastante significativas; algumas culturas
experimentam aumentos muito mais limitados com a idade do que outras (Woolf, 2003). Isto
pode ser devido a fatores genéticos, ambientais ou atividade.

Dores no quadril e tornozelo/pé mostram tendências semelhantes de aumento da prevalência com a


idade.

É interessante notar que a maioria das dores regionais diminui na prevalência com a idade mais
avançada, mas dores no quadril, joelho e pé são as exceções (Thomas E 2004).

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Página 82 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Existe também uma relação entre a interferência da dor e idade; o impacto nas atividades da vida
diária aumenta acentuadamente com a idade (Thomas E 2004). Há um aumento associado na
incapacidade e diminuição da qualidade de vida relacionada à saúde (Thiem 2013). Dor tornozelo/pé
resulta em incapacidade moderada em dois terços dos casos e impacta negativamente a qualidade
de vida (Thomas, M. 2011, Colina 2008).

O gráfico abaixo mostra algumas pontuações de dor relacionadas com a função; deterioração com o
envelhecimento das pessoas com dor no quadril é ilustrada (Cecchi 2008).

CHIANTI study (woman, WOMAC scores)

2.2

2
Pain on stairs
Pain 0-4 scale

1.8

1.6
Pain walking
1.4

1.2
Pain sitting down
1
65-74 74-84 85 over
Age categories

A recuperação pode ser lenta ou limitada;

No atendimento primário apenas 25% relataram a recuperação de dor no joelho aos 3 meses; e apenas
44% em 12 meses.

A tendência de aumento da prevalência de dor no joelho ao longo de um período de 20 anos foi descrito
(Nguyen 2011) e é ilustrado no gráfico abaixo; isto é independente da idade e IMC. Além disso, esta
não foi associada a qualquer aumento na osteoartrite radiológica. Estes aumentos podem ajudar a
explicar o aumento de cirurgias de prótese do joelho, em alguns países e os custos associados. Em
2009, cirurgia de prótese total do joelho custou US$ 28,5 bilhões nos EUA; e prótese de quadril US$
13,7 bilhões.

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 83

Prevalenceof KneePain
40

30
Age, BMI AdjustedPrevalence(%)

20

10

0
83-85 92-95 02-05
Year of Examination Period

DatafromFraminghamOsteoarthritisStudy

Algumas dores nas articulações das extremidades inferiores podem estar associadas com o esporte
e atividades a partir de uma idade mais jovem e podem ser vistas com mais frequência em centros
especializados. Dor patelofemoral pode incluir 25% de todas as novas lesões de corrida e alguns
desses problemas podem começar durante a adolescência e serem prolongados e persistentes (van
Linschoten 2009). Um estudo multicentro mostrou uma evolução desfavorável de 55% e 40% para dor
patelofemoral em 3 e 12 meses, respectivamente, independentemente da intervenção (Collins 2013).
Lesões que "comprometem estruturalmente" a articulação também são mais comuns na população
atlética jovem. Rupturas do LCA têm sido observadas em taxas de até 1,6 por 1.000 horas jogadas
para jogadoras de handebol, sendo que atletas do sexo feminino sofrem de lesões do LCA 4-6 vezes
mais do que os homens (Yoo 2010). Estas lesões podem ser um desafio para o retorno aos níveis
anteriores de atividade, bem como uma ameaça para a saúde do joelho no longo prazo. Mesmo após
a cirurgia reconstrutiva, o sucesso não é garantido (Snyder-Mackler 2011).

A maioria dos testes de diagnósticos comumente usados para patologia específica de joelho e quadril
não apresenta confiabilidade consistente entre testadores nem validade consistente entre estudos de
alta qualidade (Hegedus de 2007, Reiman 2013). Muitos dos rótulos diagnósticos dados a problemas
de extremidades inferiores, tais como "bursite do quadril" ou "síndrome patelofemoral” não se baseiam
em critérios de diagnóstico suficientes e precisos (Woodley 2008, Cook 2010).

Dor de Tecidos Moles das extremidades inferiores

Há menos pesquisas sobre a incidência de dor do tecido mole das extremidades inferiores na
população em geral, mas as taxas de prevalência têm demonstrado ser mais elevadas e têm sido
estudadas extensivamente entre atletas. Um estudo holandês sobre a incidência de problemas do
tendão de Aquiles mostra uma taxa de 2,35 por 1.000 pacientes (de Jonge 2011), isto se compara
com taxas relatadas de 7-9% em corredores de longa distância (Lysholm, 1987), sendo responsável
por aproximadamente 18% de todas lesões de corredores (Magnussen de 2009). A prevalência de
problemas de Aquiles tende a aumentar na população de meia-idade e tende a ser mais prevalente
no sexo masculino (Maffulli, 2003).

Isto se espelha em outros problemas de tendões na extremidade inferior; tendinopatia patelar mostrou
taxas tão elevadas quanto 45% e 32% em jogadores de voleibol e basquetebol, respectivamente (van
der Worp 2011).
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Página 84 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Dor nessas tendinopatias muitas vezes pode ser recorrente e persistente, pode resultar na limitação
ou impossibilitar a participação e pode ser prejudicial para carreiras desportivas (Cook, 2001), bem
como limitar as atividades cotidianas (Malliaras 2013). Um estudo de uma população de atletas
mostrou uma duração média de 18,9 meses para tendinopatias patelares (Zwerver de 2011).

Outras tendinopatias comuns das extremidades inferiores, incluindo problemas dos isquiotibiais e
adutores, têm a mesma persistência e recorrência. Mais uma vez, estes afetam mais comumente a
população fisicamente ativa, mas também podem estar presentes em pessoas sedentárias.
Tendinopatias podem ser um desafio para a reabilitação e a recuperação pode ser demorada.

Outros problemas dos tecidos moles podem estar presentes na extremidade inferior; alguns são muito
comuns, como a síndrome da fáscia plantar, ocorrendo em (prevalência na vida), em até 10% da
população dos EUA (McPoil 2008). Outros, como aprisionamento de nervos periféricos e problemas
vasculares, são muito menos comuns na população em geral embora possam ocorrer mais em
populações específicas.

Resumo e Implicações

Dor na extremidade inferior é comum na maioria das populações. Os problemas articulares geralmente
aumentam em prevalência com a idade e são associados com aumento dos níveis de incapacidade e
diminuição da qualidade de vida. Há alguns exemplos em populações em que a incidência tem
aumentado ao longo de décadas. Algumas lesões nas articulações podem ocorrer frequentemente na
população atlética mais jovem, elas podem ser persistentes e podem ter consequências no longo
prazo. Problemas de tendões nas extremidades inferiores são mais frequentes na meia-idade e,
embora possam ocorrer na população em geral, eles têm uma maior prevalência na população
fisicamente ativa. Dor em todas essas condições tende a ser persistente e recorrente, apesar do
tratamento. Muitos testes de diagnóstico em ortopedia não se baseiam em critérios de diagnóstico
suficientes e precisos.
Os encargos associados a esses problemas musculoesqueléticos para as empresas são
consideráveis e crescentes. Existem grandes implicações para o cuidado musculoesquelético
conservador; o tratamento precisa se concentrar em intervenções que fornecem soluções de longo
prazo. Para conseguir isso, o autotratamento é o ideal; é preciso dar aos pacientes as ferramentas
para tratar seus problemas atuais de extremidades inferiores e prevenir as recorrências de forma
independente. Proporcionar alívio de curto prazo tem pouco valor quando as condições são
persistentes e recorrentes. As abordagens atuais não parecem ter tido um impacto significativo na
aceleração da recuperação destes problemas e seus custos associados e os encargos para as
empresas continuam a crescer. Isto justifica a exploração de novas abordagens que estão focadas em
ajudar os pacientes a se ajudarem com estratégias de longo prazo para o autotratamento e prevenção.

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 85

Referências específicas para esta seção:


1. Birrell F et al. Defining hip pain for population studies. Ann Rheum Dis 64;95-98. 2005
2. Cecchi F et al. Epidemiology of hip and knee pain in community based sample of Italian persons
aged 65 and older. Osteoarthritis and Cartilage 16;1039-1046. 2008
3. Collins NJ et al. Prognostic factors for patellofemoral pain: a multicenter observational analysis.
Br J Sports Med 47; 227-233. 2013
4. Cook C et al. Diagnostic accuracy and association to disability of clinical test findings associated
with patellofemoral pain syndrome. Physiother Can 62;17-24. 2010
5. Cook J et al. Conservative treatment of patellar tendinopathy. Physical Therapy in Sport 2;54-
65. 2001
6. De Jonge S et al. Incidence of midportion Achilles tendinopathy in the general population. Br J
Sports Med 45;1026-1028. 2011
7. Hegedus EJ et al. Physical examination tests for assessing a torn meniscus in the knee: A
systematic review with meta-analysis. JOSPT 37;9. 2007
8. Hill CL et al. Prevalence and correlates of foot pain in a population-based study: the North West
Adelaide health study. Journal of Foot and Ankle research 1;2. 2008
9. Lysolm J, Wiklander J. injuries in runners. Am J Sports Med 15;2. 1987
10. Maffulli N et al. Types and epidemiology of tendinopathy. Clin Sports Med 22;675-692. 2003
11. Magnussen RA et al. Nonoperative treatment of midportion Achilles Tendinopathy: A systematic
review. Clin J Sports Med 19;54-64. 2009
12. Malliaras P et al. Achilles and patellar tendinopathy loading programmes. A systematic review.
Sports Med 43;267-286. 2013
13. McPoil TG et al. Heel pain-plantar fasciitis: Clinical Practice Guidelines. JOSPT 38;4. 2008
14. Nevitt MC et al. Very low prevalence of hip OA among elderly in Beijing, China, compared with
whites in the United States. Arthritis and Rheumatism 46;7. 2002
15. Nguyen U et al. Increasing prevalence of knee pain and symptomatic knee OA. Ann Intern Med
155;11. 2011
16. Reiman MP et al. Diagnostic accuracy of clinical tests of the hip: a systematic review with meta-
analysis. Br J Sports Med 47;893-902. 2013
17. Snyder-Mackler L, Risberg MA. Who needs ACL surgery? An open question. JOSPT 41;10.
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18. Thiem U et al. Prevalence of self-reported pain, joint complaints and knee or hip complaints in
adults in aged > 40 years: A cross sectional survey in Herne, Germany. PLOS One 4;8. 2013
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adults: cross-sectional findings from the North Staffordshire OA Project. Pain 110;361-368.
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20. Thomas M et al. The population prevalence of foot and ankle pain in middle and old age: A
systematic review. Pain 152;2870-2880. 2011
21. Van der Worp et al. Risk factors for the patellar tendinopathy; a systematic review. Br J Sports
Med 45;446-452. 2011
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syndrome: an open label RCT. BMJ 339;B4074. 2009
23. Woodley SJ et al. Lateral hip pain: Findings from MRI and clinical examination. JOSPT 38;6.
2008
24. Woolf AD et al. Burden of major musculoskeletal conditions. Bulletin of the WHO 81;646-656.
2003
25. Yoo JH et al. A meta-analysis of the effect of neuromuscular training on the prevention of the
ACL injury in female athletes. Knee Surg Sports Traumatol Arthrosc 18;6. 2010
26. Zwerver J et al. Prevalence of Jumper’s knee among nonelite athletes from different sports. Am
J Sports Med 39;9. 2011

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Página 86 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Objetivo 3:
Descrever e discutir as evidências atuais para o uso do MDT para problemas de extremidades
inferiores

EVIDÊNCIAS PARA CLASSIFICAÇÃO


1. Confiabilidade do Sistema
Dois estudos de confiabilidade exploraram a habilidade dos terapeutas em chegar a
classificações concordantes de MDT para as extremidades, usando fichas de avaliação.
Kelly et al. (2008)
Um estudo piloto que encontrou 82% de concordância, kappa 0.70.
May S and Ross J (2009).
Estudo de acompanhamento com 97 terapeutas com experiência em MDT avaliando 25
vinhetas da prática clínica encontrou concordância de 92%, kappa 0.83.
Takasaki H (2016)
Um terapeuta Credenciado em MDT observou dois terapeutas Diplomados em MDT, que avaliaram
33 pacientes com dor nas extremidades. A concordância entre o terapeuta observador e o terapeuta
avaliador foi kappa 0,72 - boa concordância. A concordância entre avaliações sucessivas foi de
apenas 0,21 - indicando concordância fraca. As razões apresentadas para isso incluem: variação
nas respostas do paciente entre as sessões, pacientes com dor prolongada (média> 3 anos),
aumentando potencialmente a complexidade e terapeutas sem experiência em extremidades.
Willis S et al (2017)
Este estudo de confiabilidade baseado em vinheta mostrou "concordância substancial" (kappa 0,72)
entre 6 terapeutas MDT (credenciados e diplomados) usando 60 vinhetas de joelho.

Esses são níveis de confiabilidade de classificação bons a excelentes quando vinhetas são usadas;
mas mais variáveis com outros tipos de estudo.

2. Classificação – Prevalência
May S (2006)
Resumo de pesquisas da prática clínica realizadas para determinar a prevalência de classificações
de MDT nas extremidades. Consiste de dados colhidos de vários profissionais utilizando o método
nas extremidades, e apresenta dados sobre 753 pacientes.
A classificação é a seguinte: derangement 19%, articular dysfunction 26%, contractile dysfunction
27%, e OUTROS 28%; o que significa que 72% foram classificados com uma síndrome MDT.
May S and Rosedale R (2012).
30 terapeutas de todo o mundo com dados sobre 388 pacientes consecutivos; e uma proporção
semelhante: (64%) foram classificados com síndromes MDT.
As taxas de classificação foram dramaticamente diferentes da pesquisa de 2006: derangement
37%, articular dysfunction 10%, contractile dysfunction 17%, e OUTROS 36%.

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 87

2012 MDT Extremity Survey


40

30

%
20

10

0
Derangement Art. Dysfunction Contr. Dysfunction OTHER

O aumento dos casos classificados como derangement pode indicar um processo de aprendizagem
na identificação dessa síndrome e a importância da experiência e da aplicação continuada do MDT
para maximizar o seu potencial.

A distribuição das classificações da extremidade inferior é ilustrada abaixo. Como se vê,


derangements e OUTROS tendem a predominar no quadril e joelho; e Contractile Dysfunction e
OUTROS têm maior frequência no tornozelo/pé.

Der AD CD OTHER

50

40

30
%

20

10

D AD CD O
0
Hip Knee Ank/Foot
Physical Therapy 2012

É importante notar que neste levantamento de 388 pacientes consecutivos, 100% foram
classificados no Sistema McKenzie, isto fundamenta a afirmação da abrangência de sua aplicação
para as extremidades.
Prevalência de origem na coluna para apresentações de extremidades

Rosedale R et al (2019)
Quando os pacientes apresentam dor isolada nas extremidades, uma de nossas primeiras
perguntas deve ser "Temos certeza de que é um problema nas extremidades e não um problema
irradiado da coluna vertebral?"

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Página 88 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Neste estudo de coorte, 369 pacientes com dor


nas extremidades foram avaliados por
terapeutas MDT e alocados em dois grupos:
um em que a origem do problema foi
identificada como sendo a coluna e outro em
que origem foi identificada como sendo a
extremidade. A coluna vertebral ou a
extremidade foram então tratadas de acordo.

Mais de 40% dos pacientes apresentaram sintomas que foram alterados com movimentos
repetidos da coluna e, portanto, foram tratados apenas com exercícios para a coluna. Nas
extremidades inferiores, essas foram as proporções de apresentações nas extremidades com
origem na coluna:

Quando a dor se localizava entre as articulações, nas coxas ou na perna, a proporção de


origem na coluna foi de 72%.
Na alta, esses pacientes tiveram resultados significativamente melhores do que o grupo de
extremidades. Isso não é surpreendente, pois quase todos os pacientes no grupo da coluna
foram classificados como um Derangement, enquanto no grupo das extremidades os pacientes
tinham uma mistura de classificações. No entanto, o resultado dá alguma credibilidade à
alegação de que o grupo da coluna estava tratando a parte apropriada do corpo. Esperamos
que este estudo seja replicado no futuro e um design mais sofisticado dará maior certeza a
essas proporções e resultados.

3. Classificação – Eficácia e Prognóstico

Os estudos de caso fornecem apenas um nível fraco de evidência, mas dão alguma validade
provisória para o método. Na extremidade inferior há um relato de caso de joelho (Lynch G e maio
S 2013) sobre um jovem atleta com 14 meses de acompanhamento. O estudo documentou a
classificação de Derangement, o estabelecimento de preferência direcional e a subsequente
melhora rápida da dor e restauração da função de alto nível. O estudo também demonstra um

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 89

fenômeno visto em outros casos de extremidade superior; testes ortopédicos, neste caso o teste
de McMurray para a patologia meniscal, foi positivo na referência inicial e, em seguida, tornou-se
negativo quando o derangement estava reduzindo. Se os testes ortopédicos positivos podem
negativar depois de usar movimentos repetidos, isso coloca em dúvida sua validade e
confiabilidade, consideradas já bem estabelecidas.

Outro estudo de caso documentou uma paciente do sexo feminino de 71 anos com história de 2
anos de dor e com diagnóstico de OA do quadril esquerdo (Carlton et al 2018). A paciente teria sido
considerada para uma prótese total do quadril mas respondeu de forma excelente aos exercícios
de extensão do quadril e, portanto, foi classificada como Derangement do quadril.

Duas séries de casos das extremidades inferiores foram publicadas:

Quatro pacientes que apresentaram dor no tornozelo / pé foram descritos em uma série de casos
por Carlton et al em 2018. Três dos pacientes foram classificados como Derangement do tornozelo
e o outro com Derangement da coluna lombar. Dois dos pacientes com Derangement do tornozelo
tinham diagnósticos médicos anteriores de ‘tendinite do tibial posterior’ e ‘fasciite plantar’. O
paciente com Derangement lombar tinha sido diagnosticado anteriormente como tendo "dor e
edema da segunda articulação metatarsofalangeana direita". Todos os quatro pacientes
demonstraram uma mudança rápida e duradoura com exercícios de Directional Preference .

Três pacientes do sexo feminino com dor plantar no pé e com diagnóstico de Neuroma de Morton
foram avaliadas e classificadas por um terapeuta MDT. Uma foi classificada como Derangement
lombar e duas como Derangement do tornozelo. Todas responderam a movimentos repetidos e
resolveram com uma média de 2-3 visitas (Post & Maccio 2019).

A forma mais forte de comprovação de eficácia vem de um ensaio clínico randomizado. Até o
momento, houve um estudo que avaliou a eficácia do MDT na extremidade inferior e foi realizado
em pacientes com dor nos joelhos.

A forma mais forte de evidências que provam a eficácia vem de um ensaio randomizado controlado
(RCT). Até agora, há um estudo que verifica a eficácia do MDT na extremidade inferior e foi
realizado com pacientes com dor no joelho.

Rosedale R et al (2013),
A evidência mais forte para o uso de MDT nas extremidades vem de um único ensaio clínico
randomizado controlado. (Rosedale 2014). Os pacientes com osteoartrite do joelho (180) foram
recrutados a partir de um centro de atendimento terciário, para onde tinham sido encaminhados
para a possível prótese total do joelho, e randomizados para intervenção ou grupo de controle. O
grupo de intervenção recebeu uma avaliação MDT, e aqueles classificados como derangement
receberam exercícios seguindo a directional preference, enquanto aqueles classificados como non-
responders (não-respondedores) receberam exercícios baseados em evidência. Há muitas
evidências de que o exercício melhora a dor e a incapacidade em pacientes com osteoartrite do
joelho. O grupo de controle permaneceu na lista de espera. Dor e função foram avaliadas em duas
semanas e três meses utilizando medidas de resultados estabelecidas. Quando todo o grupo de
exercício, derangement e não-derangement, foi comparado com o grupo de controle em duas
semanas (p <0,01) e em três meses (p <0,05), apresentou dor significativamente menor e melhor
função. Quando o grupo de derangement foi comparado com o de não-derangement, no grupo de
exercícios, o tamanho do efeito foi ainda maior, tanto em duas semanas como em 3 meses, embora
esta divisão não tenha sido aleatória. O gráfico abaixo mostra as proporções dos 3 grupos que
alcançaram uma verdadeira mudança na dor nos dois pontos de tempo, demonstrando que as
mudanças foram rápidas e duradouras no grupo derangement.

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Página 90 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

% Reaching Minimal Detectable Change in Pain (KOOS) at 2 weeks

Derangement

Non responder

Control

0 10 20 30 40 50 60

% Reaching Minimal Detectable Change Pain (KOOS) at 3 months

Derangement

Non responder

Control

0 10 20 30 40 50

Isso certamente nos dá alguma evidência de que MDT tem alguma eficácia na determinação da
intervenção por exercícios em pacientes com osteoartrite do joelho e nos dá alguma indicação
provisória de que melhores resultados são alcançados com derangement, quando os exercícios
obedecem a directional preference.

Dos que receberam uma avaliação MDT, 40% foram classificados como derangement, muito
parecido com os 43% de pacientes com problemas no joelho classificados como derangement na
pesquisa anterior (May & Rosedale 2012), feita com pacientes externos de clínicas na maioria

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 91

particulares. A taxa de prevalência de derangement mostrou ser semelhante em populações muito


diferentes.

Outro achado interessante do estudo foi a relação entre o grau de osteoartrite e a classificação de
derangement. Ao contrário do que se poderia esperar, houve uma tendência de a maioria dos
derangements terem um grau maior de osteoartrite, medido com a escala de classificação Kellgren-
Lawrence (Kellgren-Lawrence Grading Scale). Isso demonstra que a imagem, mesmo mostrando
degeneração severa, de forma alguma exclui a possibilidade de se classificar como derangement
e se alcançar uma resposta rápida.

Referências específicas para esta seção:

1. Carlton L, Maccio JR, Maccio JG, Braga A, Tomanio E, Belikov E: The application
of Mechanical Diagnosis and Therapy to the ankle-foot complex; a case series, J
Man Manip Ther. 2018;26(3):181-188.
2. Carlton L, Maccio JR, Maccio JG, McGowan C : The application of mechanical
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Mechanical Diagnosis and Therapy in the examination of the knee. J Man Manip Ther
2017;25:2:83-90.

Até agora, não houve estudos que explorem a utilização da classificação MDT em outras
articulações das extremidades inferiores. Quanto ao uso de exercícios com carga para Contractile
Dysfunction podemos levar em consideração e ser guiados por estudos relacionados com
tendinopatias. A reabilitação de tendinopatias tem sido estudada extensivamente em relação ao
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Página 92 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

tendão de Aquiles (Malliaras 2013, Habets 2015) e ao tendão patelar (Larsson 2012, Rudavsky
2014). Outro trabalho focou nos adutores (Holmich de 2011) e isquiotibiais (Thorborg de 2012).
Programas de exercício tendem a favorecer carga excêntrica, mas outros programas têm mostrado
eficácia, incluindo exercícios de resistência intensa e lenta (Kongsgaard 2009, 2010) e abordagens
combinadas (Silbernagel de 2011). A abordagem MDT de carga progressiva (e dolorosa) nos
tecidos contráteis está de acordo com a evidência existente; e mais estudos irão elucidar a
frequência e repetições ideais.

Referências específicas:

1. Habets B, van Cingel R. Eccentric exercise training in chronic mid-portion Achilles tendinopathy: A
systematic review on different protocols. Scand J Med Sci Sports 2015;25;1;3-15.
2. Holmich P et al. Continued significant effect of physical training as treatment for overuse injury. 8-12 year
outcome of a RCT. Am J Sports Med 2011;39;11.
3. Kongsgaard M et al. Corticosteroid injections, eccentric decline squat training and heavy slow resistance
training in patellar tendinopathy. Scand J Med Sci Sports 2009;19;790-802.
4. Kongsgaard M et al. Fibril morphology and tendon mechanical properties in patellar training. Effects of
heavy slow resistance training. Am J Sports Med 2010;38;4.
5. Larsson ME et al. Treatment of patellar tendinopathy-a systematic review of RCTs. Knee Surg Sports
Traumatology Arthrosc 2012;20;8.
6. Malliaras P et al. Achilles and patellar tendinopathy loading programmes. A systematic review. Sports Med
2013;43;267-286.
7. Rudavsky A, Cook J. Physiotherapy management of patellar tendinopathy. Journal of Physiotherapy
2014;60;122-129.
8. Silbernagel KG et al. The majority of patients with Achilles tendinopathy recover fully when treated with
exercise alone; a 5 year follow-up. Am J Sports Med 2011;39;607-613.
9. Thorborg K. Why hamstring eccentrics are hamstring essentials. Br J Sports Med 2012;46;7.

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 93

MÓDULO 8

CARACTERÍSTICAS DAS SÍNDROMES MDT

OBJETIVOS

Ao final de uma participação ativa neste curso, o aluno deverá ser capaz de:

1. Discutir questões relacionadas ao uso de um diagnóstico patoanatômico e descrever o modelo MDT de


respostas sintomática e mecânica usadas para identificar uma classificação.

2. Descrever e diferenciar as características de Derangement, Articular Dysfunction e Contractile


Dysfunction e Postural Syndromes - nas extremidades inferiores.

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Objetivo 1:
Discutir questões relacionadas ao uso de um diagnóstico patoanatômico e descrever o modelo MDT
de respostas sintomática e mecânica usadas para identificar uma classificação.

DIAGNÓSTICO ANATÔMICO

Muitos dos testes-padrão da ortopedia que são usados comumente para fazer o diagnóstico
anatômico das desordens musculoesqueléticas das extremidades não têm validade para serem
reproduzíveis nem medem o que se pretende. Os próprios diagnósticos podem, portanto, ser
suspeitos e representar uma base não confiável sobre a qual é estabelecido um protocolo de
tratamento.

Duas questões importantes relacionadas com os testes ortopédicos têm sido discutidas na
literatura: a validade e a confiabilidade dos testes usados para se fazerem diagnósticos. Validade
está relacionada com a capacidade de uma medida para medir aquilo que se pretende.
Confiabilidade é o quanto uma medida é reproduzível ou produz os mesmos resultados em
diferentes situações. (Streiner 1996)

Exemplos:

▪ Embora a concordância intraobservadores de vários testes usados para avaliar osteoartrite é de


moderada a excelente, entre observadores é ruim a moderada (Jones 1992, Cushnaghan 1990).
▪ Para as duas variações, intra e entre observadores, a tomada da história é muito mais confiável do
que os sinais físicos e a concordância entre observadores sobre os sinais físicos foi apenas ruim
(Jones 1992).
▪ Os quatro testes mais comuns usados para avaliar o mau alinhamento patelofemoral também
mostraram confiablidade apenas de ruim a regular (Kappa = 0.1 to 0.36) (Fitzgerald 1995).

CLASSIFICAÇÃO MDT

Os problemas de diagnóstico para desordens não específicas da coluna estão bem documentados
(Spitzer 1987, Rosen 1994). Para superar essas dificuldades, um sistema alternativo de
classificação dos distúrbios da coluna foi proposto por Robin McKenzie (1981).

Esse sistema está baseado nas respostas sintomática e mecânica do paciente a vários
movimentos repetidos ou forças de carga estática (durante a avaliação do paciente). Ele permite a
classificação dos pacientes em categorias específicas, que orientam o tratamento.

Ao invés de procurar fazer um diagnóstico específico de tecido, que é a identificação de uma


doença através de seus sinais e sintomas, o sistema McKenzie concentra-se na identificação de
síndromes. Uma síndrome é um grupo característico de sintomas e um padrão de resposta
característico de um problema particular. O sistema já é amplamente usado para classificar e
tratar pacientes com distúrbios da coluna vertebral.

As mesmas questões que enfraqueceram e questionaram o modelo patoanatômico para a coluna


estão agora sendo propostas para as extremidades. Exige-se um sistema de classificação
padronizado não patoanatômico que possa ser aplicado de forma confiável para todas as
articulações (McKenzie & May 2000, Lewis 2009, Schellinghout et al. 2008). Em particular, isso é
devido aos critérios fracos para rótulos diagnósticos atuais (Schellinghout et al., 2008), à
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confiabilidade duvidosa da maioria dos testes ortopédicos (May et al. 2010, Nomden et al., 2009,
Walsworth et al. 2008, Hegedus et al . 2008, Hughes et al., 2008) e à validade questionável de
testes ortopédicos comumente usados para identificar as estruturas patoanatômicas que
pretendem identificar (2008 Beaudreuil et al., 2009, Dessaur et al 2008, Green et al., Jackson et
al., 2003, Meserve et al., 2008, Mirkovic et al., 2005, Munro e Healey 2009, Scholten et al., 2001,
2003, Solomon et al., 2001). Além disso, há o efeito enganador de achados patológicos em
indivíduos assintomáticos, o que foi mostrado ter uma alta prevalência nas extremidades (Boden
et al., 1992, Englund et al 2008, Reilly et al., 2006, Schibany et al., 2004. , Silvis et al. 2011).
Identificação de diagnóstico com base em estruturas patoanatômicas a partir de exames clínicos e
de estudos de imagem é claramente tão problemática nas extremidades, como na coluna.

Objetivo 2:
Descrever e diferenciar as características das três síndromes de McKenzie - Derangement, Articular
Dysfunction e Contractile Dysfunction e Postural Syndromes - nas extremidades inferiores.

Derangement Syndrome

Definição operacional:
Derangement Syndrome – é uma apresentação clínica que demonstra Directional Preference em
resposta a estratégias de carga e está tipicamente associada à perda de movimento. Uma
característica comum na coluna vertebral é a Centralisation.

▪ O requisito principal de uma classificação de Derangement é a eliminação ou diminuição duradoura


dos sintomas e/ou um aumento na amplitude de movimento, em resposta aos movimentos repetidos
na direção que progressivamente reduz a dor ou, menos comumente, a posições mantidas.
▪ Esse processo pode ser alcançado rapidamente. Dias, em vez de semanas, de exercício são
necessários para completar o processo de redução, na maioria dos casos. Em alguns casos, a
redução pode ser conseguida em poucos minutos.
▪ A causa anatomopatológica dos Derangements nas extremidades é desconhecida. Pode-se
especular que pode estar associada à presença de estruturas intra-articulares, por ex. os meniscos
no joelho, coxins de gordura ou corpos soltos.

Dysfunction Syndrome

Definição operacional
Articular Dysfunction - é uma apresentação clínica em que os sintomas são produzidos de forma
consistente e apenas em uma amplitude limitada de movimento.
Contractile Dysfunction - é uma apresentação clínica em que os sintomas são produzidos com
carga suficiente na unidade musculotendínea

A dor da Dysfunction Syndrome é produzida exclusivamente por carga mecânica. Este tecido
anormal pode ser produto de trauma anterior ou processos inflamatórios ou degenerativos.
Quando mudanças estruturais e/ou limitações afetam as cápsulas ou ligamentos de suporte
adjacentes, uma restrição dolorosa de movimentos na amplitude final em uma ou mais direções
será experimentada.

Quando mudanças estruturais e/ou limitações afetam os músculos ou tendões, a dor pode ser
experimentada durante o movimento resistido ou com carga em qualquer ponto através de toda a
amplitude. A dor no movimento resistido vai ocorrer geralmente em uma direção e poderá também
ser provocada se o tecido for alongado. Em outras palavras, a Dysfunction vai limitar ambos os
tipos de movimentos que são necessários na atividade normal de um músculo - quando ele contrai
ou é alongado.
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Na síndrome de Dysfunction a dor nunca é constante e aparece somente quando as estruturas


afetadas são mecanicamente carregadas. A dor desaparece quase imediatamente quando a
carga é interrompida. Pacientes com Dysfunction Syndrome nas extremidades são vistos mais
frequentemente na clínica do que aqueles com Dysfunction Syndrome na coluna.

Ao acometer as estruturas articulares, a Dysfunction Syndrome é sempre caracterizada por dor


intermitente e uma restrição do movimento na amplitude final. Quando acomete os elementos
contráteis, a Dysfunction Syndrome é caracterizada por dor intermitente que ocorre apenas
durante o movimento ou com carga da estrutura limitada.

A dor de uma Articular Dysfunction persistirá até que a amplitude de movimento completa da
articulação afetada volte ao normal. Na Contractile Dysfunction, a capacidade de carga dos
tecidos precisa ser tratada e este processo deve afetar a capacidade dos tecidos de se contrair,
bem como de serem alongados. Isso pode levar meses e, em alguns casos, a dor persiste por
toda a vida.

Diferenças entre Articular Dysfunction e Contractile Dysfunction

A Contractile Dysfunction se comporta de uma forma menos previsível do que a Articular


Dysfunction. Uma razão pode muito bem se relacionar com as mudanças estruturais que ocorrem
no tecido contrátil (tendão) e o fato de que este pode estar assintomático; o paciente pode só
perceber o problema quando o tecido é sobrecarregado e essas alterações assintomáticas se
tornam sintomáticas.

Tem sido observado em pacientes com Contractile Dysfunction nas extremidades que o tempo
para o seu desenvolvimento e para a sua resposta pode ser um pouco menos previsível do que
para a Articular Dysfunction. Contractile Dysfunction pode aparecer insidiosamente e se apresenta
com uma história relativamente curta.

Isso pode explicar como, em algumas circunstâncias, o paciente responde em um prazo


relativamente mais curto do que o esperado (dias a semanas em vez de semanas a meses); o
tecido pode não ser capaz de receber carga total e mesmo tendo sido estimulado com exercícios
adequados o suficiente para tornar-se livre da dor. Isso também pode ser experimentado na
situação de "sobrecarga aguda", que tem sido descrita na literatura como uma "tendinopatia
reativa" (ver modelo contínuo de Cook e Purdam, 2009). Nessa circunstância, a resolução pode
ocorrer de forma relativamente rápida se a carga for retirada ou reduzida e forças muito
conservadoras forem adicionados gradualmente para facilitar a recuperação rápida.

Essa situação deve ser diferenciada de uma classificação de "Trauma" (um dos subgrupos de
OUTROS), na qual o paciente apresenta dor constante. Nessa circunstância, qualquer carga vai
piorar a dor e a abordagem deve seguir as fases de cicatrização. Uma vez que os sintomas
tornam-se intermitentes, em seguida, o paciente pode ser reclassificado como uma Contractile
Dysfunction , em que um programa de carga graduada pode ser implementado, ou potencialmente
como um derangement, quando há uma Directional Preference ou como um subgrupo de
OUTROS, quando deve ser aplicada a abordagem adequada.

Na maioria das situações, a Contractile Dysfunction leva 2 - 3 meses para resolver, sendo
algumas mais resistentes e levando 12 - 18 meses. É importante garantir que o paciente siga um
programa de carga graduada (por exemplo, isométrica, concêntrica, excêntrica, pliometria) ao
longo de todo este período. O programa de exercícios precisa ser progredido para o nível em que
ele incorpora exercícios que simulam o que o paciente necessita para executar em sua vida diária
ou no esporte; e isso precisa ser totalmente individualizado.

Durante o exame físico inicial, a Contractile Dysfunction também pode ter uma resposta menos
previsível à aplicação de carga. A resposta típica a uma carga específica será "Produz dor / Não
Pior”, no entanto, por vezes, pode haver uma situação em que menos dor é produzida a cada
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repetição da carga. Este tipo de resposta tem sido documentado em relação a carga isométrica,
quando aplicada na sequência de uma situação de sobrecarga aguda (tendinopatia reativa) e
pode ser semelhante a uma resposta "Produz / Melhor". Exercício 'isométrico' será, assim, o
exercício indicado nessa fase inicial e deverá progredir para um programa de carga graduada
como indicado.

É importante que o terapeuta compreenda os critérios para a classificação Dysfunction, mas


reconheça que a Contractile Dysfunction e a Articular Dysfunction se apresentam e respondem de
forma diferente. O princípio de tratamento é sempre carga graduada ou movimentos repetidos,
para induzir uma capacidade aumentada de carga com base nas respostas consistentes do
paciente. No entanto, o terapeuta deve estar ciente de que pode haver variabilidade nas respostas
na Contractile Dysfunction, devido aos vários estágios da patologia.

Referência: Cook JL, Purdam CR. Is tendon pathology a continuum? A pathology model to explain
the clinical presentation of load-induced tendinopathy. Br. J. Sports Med. 2009; 43;409-416

O princípio de tratamento é também sempre carga graduada para induzir capacidade aumentada
baseada nas respostas consistentes do paciente, a menos que a condição seja muito aguda e
qualquer carga piora; então, ele será classificado como OUTROS - subgrupo trauma - e tratado de
acordo.

É importante que os terapeutas entendam os critérios para a classificação da Dysfunction, mas


reconheçam que Contractile e Articular Dysfunctions podem apresentar e responder com algumas
diferenças.

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Postural Syndrome

Definição Operacional:
▪ Postural Syndrome - é uma apresentação clínica em que os sintomas são produzidos apenas
por carga estática prolongada.

Não há perda de movimento e nenhum efeito com o teste de movimento repetido no Exame
Físico.
A dor é produzida apenas por carga sustentada, que, uma vez evitada, resulta na diminuição
rápida da dor.

Quando surge a dor postural, sair da amplitude final é suficiente para aliviar a dor imediatamente.
(Lembre-se do modelo do “dedo dobrado” de “Trate você mesmo sua coluna”).

Quando a dor postural origina de tecidos contráteis, ela é geralmente o resultado de uma carga
prolongada estática na amplitude média. Embora a articulação possa estar na amplitude média,
isso não vai refletir o estado dos tecidos contráteis que estão mantendo a articulação naquela
posição. Isso pode causar uma deformação mecânica dos tecidos ou uma redução no suprimento
sanguíneo, havendo um aumento na produção de metabólitos e relativa isquemia. O alívio da dor
pode ser obtido com uma mudança na posição, que permite um relaxamento suficiente da
musculatura envolvida. Isso remove a tensão do tecido contrátil e permite o retorno da
vascularização normal.

Clinicamente, os pacientes com dor de síndrome postural não são vistos frequentemente.
Entretanto, o papel das tensões posturais na gênese e persistência das condições músculo-
esqueléticas é muito importante. A síndrome postural não é uma entidade discreta, mas uma parte
de um “continuum”. Se os hábitos posturais estático e dinâmico não forem alterados, podem
progredir para outras condições mecânicas.

Subgrupos de OUTROS nas Extremidades

Definição operacional:
▪ “OUTROS” - essa classificação engloba as condições que não se enquadram em nenhuma das
síndromes MDT acima e se subdivide em subgrupos conforme critérios específicos.

Antes que qualquer um desses subgrupos seja considerado, deve-se fazer uma avaliação completa
que pode necessitar de vários dias. As síndromes MDT (Derangement, Articular Dysfunction,
Contractile Dysfunction e Postural) devem ser absolutamente rejeitadas antes que quaisquer dos
subgrupos sejam diagnosticados.

Para entrar na categoria OUTROS, os pacientes devem não se enquadrar nas definições
operacionais das síndromes MDT E devem preencher os critérios dos subgrupos da categoria
OUTROS como descrito no Módulo 13.

Notas:

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MÓDULO 9

AVALIAÇÃO

OBJETIVOS

Com tempo suficiente de/para prática, os participantes deverão ser capazes de alcançar os seguintes
objetivos:

1. Demonstrar um entendimento do significado clínico dos componentes da avaliação MDT.

2. Analisar a forma como a História e o Exame Físico ajudam a identificar as precauções e contra-
indicações à terapia em pacientes com sintomas de extremidades inferiores.

3. Completar de maneira hábil e precisa a História e o Exame da ficha de avaliação McKenzie para a
extremidade inferior.

4. Realizar e analisar uma avaliação da coluna para excluir sintomas que são de origem da coluna,
conforme determinado pela História e Exame Físico.

5. Demonstrar um entendimento e a aplicação adequada dos termos utilizados no preenchimento da ficha


de avaliação McKenzie para a extremidade inferior.

6. Integrar os resultados da História e Exame Físico, incluindo o teste de movimentos repetidos, para
determinar uma classificação provisória.

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Página 100 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Objetivo 1:
Demonstrar um entendimento do significado clínico dos componentes da avaliação MDT.

Objetivo 2:
Analisar a forma como a história e o exame físico ajudam a identificar as precauções e contra-indicações à
terapia em pacientes com sintomas de extremidades inferiores.

HISTÓRIA

Objetivos da Tomada da História

Usando a ficha de avaliação e a técnica adequada de questionamento, ao final da tomada da história,


idealmente, o seguinte terá sido obtido:

• Propor uma classificação provisória, incluindo a possibilidade de patologia grave;


• O estágio do distúrbio - agudo / subagudo / crônico;
• O estado da condição - melhorando / estável / piorando;
• Um diagnóstico provisório por síndrome e local da lesão;
• Medidas de referência das apresentações sintomática e mecânica, em relação às quais as melhoras
serão julgadas ;
• Avaliar a possbilidade de a coluna ser a fonte do problema;
• Fatores que agravam e aliviam o problema e que podem ajudar a guiar o futuro tratamento;
• A gravidade do problema, que pode guiar o vigor do exame físico;
• As limitações funcionais que a condição causou na qualidade de vida do paciente;
• Uma impressão sobre a maneira como o paciente está respondendo à sua condição e quanto estímulo,
informação, garantia ou convencimento ele pode precisar para ser um participante ativo em seu próprio
tratamento.

Ao completar a História:

• Pode ser útil, ao final da tomada da História, fazer um breve resumo do nosso entendimento do problema
do paciente.
• Você vai saber o local ou locais que devem ser investigados no Exame Físico.
• Você vai saber a escala do tempo e o mecanismo do início.
• A história também vai revelar se a dor é constante ou intermitente.
• Você também vai ter uma impressão da maneira como o paciente vem respondendo ao problema.
• Foi identificado algum fator potencial de dor e incapacidade? Em caso positivo, quais são eles?
• Registre um Diagnóstico Provisório.

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 101

EXAME FÍSICO
Objetivos do Exame Físico

Usando a ficha de avaliação e os procedimentos adequados do teste, ao final do exame físico, idealmente, o
seguinte terá sido obtido:

• Confirmação ou exclusão da coluna como fonte do problema;


• Classificação em Derangement Syndrome, Dysfunction, Postural, ou OUTRO – coluna ou extremidade.
• Ou pode haver dois diagnósticos competindo e precisando de mais teste mecânico por alguns dias.
• Estabelecimento das medidas de referência das apresentações mecânica e sintomática, da incapacidade
funcional e do consumo atual de medicação em relação às quais vamos julgar os efeitos da estratégia de
tratamento.
• Explanação do problema ao paciente e as razões necessárias para o programa de exercícios.
• Escala de tempo para a melhora explicada ao paciente.
• A estratégia ou estratégias de carga apropriadas, necessárias para tratar a condição demonstrada ao
paciente e praticada pelo paciente.
• As repetições e a regularidade do programa de exercícios explicadas ao paciente.
• A resposta esperada da dor explicada ao paciente.

Ao completar o Exame Físico

Considere o seguinte:

• Registre uma classificação provisória - coluna ou extremidade.


• É a mesma que você registrou no final da História?
• Se não – são necessárias mais perguntas / exame?
• Qual princípio de tratamento foi determinado?
• Que dosagem você recomendaria?
• Foi identificado algum outro fator que influencia a dor e causa incapacidade e que precisa ser abordado?
• Quais estratégias de educação você utilizaria?
• Que mudança você prevê que ocorrerá na apresentação do paciente na reavaliação?
• Como você acha que vai mudar/progredir o tratamento nas reavaliações?
• Qual é o prognóstico do paciente (no curto e no longo prazo)?

Objetivo 3:
Completar de maneira hábil e precisa a História e o Exame da ficha de avaliação McKenzie para a extremidade
inferior.

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Página 102 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Instruções para preencher a Ficha de Avaliação da Extremidade Inferior

História: página 1
As respostas do paciente são registradas mas complementadas adequadamente pelo terapeuta.
Indicação: Circule de acordo. Pode ser anotada a data da reavaliação
Exigências do trabalho:
Anote as atividades no trabalho e indique a sua frequência, por ex. 30%
sentado, 30% de pé, 40% movimentando. Outros tipos de stresses também podem
ser anotados, p.ex. prazo para entrega de tarefas.
Posturas / Stresses:
Atividades de lazer:
Anote atividades de lazer ou hobby e indique sua frequência, por ex. 75% sentado,
25% curvado ou então caminhar 3x semana 40 mins, jardinagem 3horas/semana.
Pode também anotar o nível geral de atividade, p. ex. “sedentário”, “muito ativo”.
Limitação funcional Pergunte ao paciente quais são as atividades específicas que ele não pode realizar ou
episódio atual: tem dificuldade ao realizar devido aos sintomas atuais.
Pontuação questionário de
Anote o teste que utilisar e a pontuação
incapacidade
Pergunte ao paciente a intensidade da dor. Pode ser anotada uma faixa, não apenas
NPRS:
o seu limite mais alto.
Usado para anotar “todos os sintomas deste episódio”, i.e., todos os sintomas que o
Diagrama do corpo: paciente relata. Alguns destes sintomas relatados podem não estar presentes no
momento.
Dominância – Dir / Esq Apenas para membro superior. Abaixo do diagrama, circule o lado dominante.
Anote o local/tipo de sintomas que ainda estão incomodando o paciente. Pode ser
Sintomas atuais:
diferente do diagrama, alguns sintomas podem não estar mais presentes.
Normalmente dado em semanas ou dias. Pode anotar uma data específica, se
Presentes desde:
lembrada, ou por razões legais.
Melhorando / Estável / Circule de acordo e pergunte ao paciente “como” ou “de que maneira” se ele diz que
Piorando: está melhorando/piorando .
Começou como resultado Se apropriado, descreva o mecanismo da lesão, p.ex. levantando, torcendo, acidente
de: carro, pancada forte no esporte etc; ou circule “sem razão aparente”.
Sintomas no início: Circule onde sintomas começaram; registre início de qualquer dor distal ou associada.
Pesquise um componente da coluna; pode ser correlacionado com o diagrama do
História da coluna:
corpo e com as duas questões seguintes.
Parestesia: É relevante à história do paciente e à localização da dor?
Tossir/espirrar: Circule se tossir ou espirrar reproduz o sintoma do paciente
Constante / Intermitente: Circule de acordo. Identifique o local quando necessário.
Círculo = sempre – Se não especificado, significa resposta de dor imediata. Se
depende de tempo, é preciso indicar fora do círculo, p.ex., 10 min prolongado.
Sublinhado = às vezes
Riscado = nenhum efeito
Seção melhor / pior:
Coloque uma “?” acima da atividade, se o paciente não tem certeza mesmo depois de
outras perguntas; em vez de deixar em branco.
Se há duas áreas não relacionadas de dor, pode ser necessário indicar se se trata de
locais diferentes da dor para cada atividade. Se for o caso, use o espaço para “outros”
Uso continuado: Como acima, Círculo = sempre; Sublinhado = às vezes
Se sempre, circule sim; se às vezes, sublinhe sim; se não afetado, circule não. Se
Distúrbio do sono: afetado antes mas não atualmente, circule sim e escreva “antes”. Usado para
provável dor mecânica, p.ex., dor virando na cama ou dor ficando numa posição.
Dor em repouso: Circule de acordo. Identifique o local quando necessário.
Outras perguntas: Circule de acordo e detalhe se necessário.
Anote se episódico, anote a localização dos sintomas anteriores, a duração dos
Episódios anteriores: episódios prévios, a gravidade dos episódios e se ficou sem sintomas entre os
episódios.
Anote os tratamentos usados para este episódio e, se apropriado, tratamentos / inter-
Tratamentos anteriores:
venções usados para episódios prévios. Indique quais ajudaram, se apropriado.
Perguntas específicas
(relacionadas a saúde, Circule as respostas apropriadas e anote detalhes esclarecedores.
medicação, imagem etc)
Objetivos e expectativas
Anote os objetivos e expectativas do paciente.
do paciente:

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 103

Exame Físico: página 2


Não é essencial realizar todos os componentes do Exame Físico com todos os pacientes. Se alguma seção
não for realizada, faça uma linha oblíqua sobre ela.
ATENÇÃO: sempre compare os membros, quando possível, durante o exame físico.
Observação da
Circule a resposta apropriada.
postura:
Circule a resposta e indique as mudanças nos sintomas relacionados com qual
Mudança na postura:
mudança na postura.
Anote qualquer diferença musculoesquelética significante, p. ex., atrofia, inchaço,
Outras observações:
vermelhidão etc.
Circule NA, se não aplicável para o paciente. Escreva “normal”, se não há déficit.
Exame neurológico:
Qualifique o déficit em cada seção, anote se anormal, p. ex., reflexo S1 diminuído.
Pode acrescentar Babinski / Clonus aos reflexos se necessário.
Dor ou atividade funcional. "Há alguma coisa que você pode fazer, que faz a sua dor
Medidas de aparecer ou aumentar?"
referências: Pode ser andar, agachar, escada etc para membro inferior, ou pegar, lançar, vestir
etc, para membro superior.
Marque a caixa apropriada. As caixas Grande/Moderada/Mínima/Sem podem
Perda de movimento:
ser usadas como um contínuo. Pode-se também assinalar a caixa Sintomas, se
(Circule o local do corpo)
o paciente relatar dor durante o movimento, anotando o local.
Anote os sintomas e a amplitude do movimento testado. Sempre teste na
Movimentos passivos:
amplitude final.
Resposta ao teste resistido: Anote a direção testada e se dor ou fraqueza são produzidos.
Outros testes: Especifique quais e a resposta obtida.
COLUNA
Perda de movimentos: Anote a direção e a extensão da perda.
Efeito dos movimentos
Anote a direção e as respostas sintomática e mecânica.
repetidos:
Efeitos de posições
Anote a posição usada e a resposta sintomática.
mantidas:
Circule como apropriado para resumir a resposta do teste da coluna com as
Teste da coluna:
palavras padrão para “após”
Referência sintomática: Anote a referência sintomática pré teste.
Indique a ordem em que são feitos se for diferente do que está na ficha. Útil
para registrar o número de repetições feitas para obter a resposta.
Teste de movimentos Resposta sintomática – use apenas os termos padrão. Monitore e descreva
repetidos: os efeitos nos sintomas mais distais.
Resposta mecânica – indique qual movimento foi afetado se for diferente
daquele testado; e se o teste funcional ou de força mudou.
Efeito de posições mantidas Anote a posição usada e registre com as palavras padrão para “após”
Circule se o problema é da coluna ou extremidade. Circule a classificação,
Classificação provisória: anote a articulação para Derangement, o tipo e a direção para Dysfunction ou
especifique o subgrupo de OUTROS.
Possíveis fatores de dor / Circule possíveis fatores de dor / incapacidade e anote detalhes na linha
incapacidade abaixo.
Educação – Anote detalhes, p.ex., mudança na postura, evitar movimentos
provocativos etc. Anote o equipamento indicado.
Tipo de exercício / Outros exercícios / intervenções - Anote os exercícios
Princípio de tratamento: específicos indicados bem como as repetições e a freqüência
Objetivos do tratamento – Indique a mudança esperada para a próxima visita
e o que você gostaria de reavaliar no segundo dia. Objetivos de curto ou longo
prazo também podem ser anotados.

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Página 104 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Objetivo 4:
Realizar e analisar uma avaliação da coluna para excluir sintomas que são de origem da coluna,
conforme determinado pela História e Exame Físico.

ALGORITMO COLUNA / EXTREMIDADES

Usar a avaliação para determinar se os sintomas na extremidade inferior são originários da coluna
lombar.

“Sempre elimine a coluna”

Estabeleça as referências relevantes da


extremidade: sintomáticas, mecânicas e/ou
funcionais

Teste
a coluna

Reavalie as referências da Nenhum


Influencia
extremidade efeito

Faça exame completo da coluna:


classificação provisória e
tratamento da COLUNA

Evoluindo Não Faça exame completo da


bem? extremidade

Sim

Prossiga no Classifique e
tratamento da trate a
COLUNA EXTREMIDADE

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 105

Se não for a coluna – como proceder?

ALGORITMO DE EXTREMIDADES

Objetivo 5:
Demonstrar um entendimento e a aplicação adequada dos termos utilizados no preenchimento da
ficha de avaliação McKenzie para a extremidade inferior.

Participantes praticam o preenchimento da Ficha de Avaliação da Extremidade Inferior MDT para todos os
pacientes avaliados no curso.

Objetivo 6:
Integrar os resultados da História e Exame Físico, incluindo o teste de movimentos repetidos, para
determinar uma classificação provisória.

Participantes usam os achados das avaliações dos pacientes do curso/estudos de caso para determinar uma
classificação provisória.

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Página 106 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

MÓDULO 10

DERANGEMENT SYNDROME

OBJETIVOS

Ao final de uma participação ativa neste curso, o aluno deverá ser capaz de:

1. Descrever as características clínicas principais do Derangement encontradas na Ficha de


Avaliação de Extremidade Inferior de MDT.

2. Discutir e projetar programas de tratamento adequados para os pacientes que se


apresentam com desarrajo na extremidade inferior.
3. Discutir o conceito de Progressão de Forças e a utilização de Alternativas de Força durante
o tratamento de derangement da extremidade inferior.
4. Analisar e demonstrar uma variedade de estratégias de carga para derangements
encontrados na extremidade inferior, e discutir as razões para o seu uso.

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 107

Objetivo 1:
Descrever as características clínicas principais do derangement encontradas na ficha de
avaliação de extremidade inferior de MDT.

Derangement

Listar as características principais da avaliação.

História

Exame físico

Objetivo 2:
Discutir e projetar programas de tratamento adequados para os pacientes que se apresentam com
desarrajo na extremidade inferior

Tratamento do Derangement

Princípio geral
A abordagem do derangement nas articulações das extremidades segue o mesmo raciocínio lógico
da coluna. Carga de movimento na amplitude final na preferência direcional específica da
articulação afetada irá reduzir progressivamente a dor e, geralmente, simultaneamente, melhorar a
amplitude de movimento. Um pré-requisito essencial para o êxito do tratamento de pacientes com
Derangement é a compreensão detalhada do paciente do autotratamento.

Educação no autotratamento

▪ O paciente deve compreender a natureza e a causa do problema.


▪ Fatores agravantes devem ser evitados temporariamente, em muitos casos.
▪ O paciente deve compreender a importância de realizar regularmente o exercício e as
respostas esperadas.Se houver um agravamento duradouro da dor, o exercício deve ser
interrompido até ser reavaliado.
▪ O paciente deve fazer 10-15 repetições, a cada 2-3 horas ou tão frequentemente quanto
exigido pelos sintomas.
▪ O terapeuta deve reavaliar o paciente em alguns dias para analisar a resposta às forças
redutoras. Isso vai incluir avaliar como os exercícios foram feitos, a frequência e o efeito
imediato.
▪ O guia do sinal de trânsito é uma ferramenta muito útil.

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Página 108 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

1. Redução do Derangement

Devido aos vários planos de movimento nas articulações das extremidades, há substancialmente
mais variabilidade na PD nas diferentes articulações. Geralmente, quanto mais planos de
movimento disponíveis na articulação, maior a variabilidade das direções redutoras que podem
precisar de ser avaliadas. É essencial manter este fato em mente, e seguir uma sequência lógica,
bem como explorar as Progressões Força e as Alternativas de Força.

Como escolher o primeiro movimento:


Se houver indicações da história do paciente em relação a movimentos agravantes e aliviadores,
então essa informação pode ajudar a definir um movimento inicial potencialmente redutor ou
provocativo. No entanto, muitas vezes a história do paciente não dá uma pista definitiva sobre a
PD. Se este for o caso, escolher ou o movimento que se relaciona com a limitação funcional do
paciente ou aquele que mostra a perda de movimento mais óbvia. Essa estratégia, muitas vezes
esclarece o quadro clínico. Ela vai revelar a PD ou o movimento provocativo ... ou vai indicar uma
classificação diferente.

2. Manutenção da Redução

Para a manutenção eficaz da redução, educação e completo entendimento do paciente é o foco


principal. O paciente deve ser capaz de manter as melhoras obtidas durante uma sessão de
tratamento, e também reverter qualquer deterioração que possa ocorrer durante a atividade diária
normal. Se o paciente não consegue entender suficientemente a importância da manutenção é
provável que o terapeuta não tenha sido capaz de fazer bem o seu trabalho.

Manutenção da redução - aspectos principais:


• realização regular do procedimento redutor.
• se for o caso, mudança na postura e correspondente modificação dos hábitos funcionais.
• evitar temporariamente ou interromper posturas, posições e/ou movimentos agravantes.

3. Recuperação da função

É essencial reintroduzir os movimentos normais em todas as direções, após a redução bem


sucedida de um derangement. O terapeuta deve encorajar o paciente a voltar ao esporte /
atividades recreativas e ao trabalho o mais rapidamente possível e, se necessário, abordar
possíveis déficits funcionais. Se a evolução geral da condição é normal, intervenções específicas
podem não ser necessárias. Quando o paciente evita suas atividades habituais por mais tempo, a
exposição gradual às tarefas exigidas acompanhada de algum treinamento específico pode ajudar.

Medo de movimento também pode ser um problema dos pacientes de extremidade e terapeutas.

Recuperação da função - aspectos principais

Todos os movimentos devem ser feitos na amplitude completa e sem dor após a redução do
derangement:

• Os pacientes devem ficar confiantes para realizar suas atividades habituais, com um retorno
gradual como necessário.
• Capacidades de carga limitadas de estruturas adjacentes ou envolvidas podem ser
consideradas.

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 109

4. Prevenção da recorrência

Um programa de prevenção é individual para cada paciente, e é guiado por sua história e
exigências físicas. No entanto, os seguintes são alguns pontos chave:

• assegurar que ADM articular completa e livre seja mantida, especialmente na direção da perda
de movimento prévia.
• equilibrar movimentos em várias direções durante as atividades diárias.
• cuidado com e educação sobre as conseqüências de posturas mantidas.
• se houve recuperação evidente de déficits funcionais, então, continuar a manter os ganhos
obtidos com um programa de reabilitação adequado.
• promover o regresso ou encorajar um estilo de vida ativo, esportes, condicionamento e
atividades recreativas.

Notas:

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Página 110 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Objetivo 3:
Discutir o conceito de Progressão de Forças e a utilização de Alternativas de Força durante o
tratamento de Derangement da extremidade inferior.

Progressão de forças

Paciente: Movimento ativo

Para alcançar a redução, o paciente deve primeiro aplicar os exercícios ativos e repetidos na
amplitude final. Desde que a dor fique progressivamente menor com a repetição do movimento
ou a amplitude do movimento aumente, ou ambos, o paciente deve continuar com o exercício
básico sem modificação até que a recuperação esteja completa. Se a melhora estabilizar, a
primeira progressão, como na coluna, é a pressão extra pelo paciente.

Pressão extra do paciente

Deve-se instruir o paciente sobre como usar suas mãos ou o peso do corpo para aplicar pressão
extra. Uma pressão extra mais forte pode ser frequentemente obtida usando um peça do
mobiliário da casa para ajudar. Se a pressão extra estiver na direção correta, essa força vai
produzir mais pressão redutora e a melhora nas apresentações mecânica e sintomática vai
aparecer. É comum que a pressão extra do paciente precise ser aplicada no início do processo
redutivo para assegurar que a amplitude final e a melhora duradoura sejam alcançadas.

Pressão extra do terapeuta

Se o progresso com a pressão extra do paciente estabiliza ou uma "luz amarela" acende
(NMelhor / NPior), a pressão extra do terapeuta pode ser aplicada. Esta é aplicada na amplitude
final do movimento ativo e as respostas mecânica e sintomática e são avaliadas

Mobilização do terapeuta

Se o progresso com as forças do paciente e com o uso da pressão extra do terapeuta estabiliza,
ou uma "luz amarela" acende, então esta pode ser uma indicação para progredir com a
mobilização na mesma direção.

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 111

Alternativas de Força

Posição inicial e carga alternativas

Mude a posição do paciente ou mude a posição da articulação afetada.

Por exemplo,

Quadril: o paciente pode fazer rotação do quadril na posição neutra (foto 1) ou em flexão (foto 2).

Tornozelo: Dorsiflexão do tornozelo pode ser feita sem carga em supino ou com carga parcial –
colocando o pé em um banco.

foto 1 foto 2

Componente lateral

Assim como na coluna, alguns derangements nas extremidades podem se apresentar com um
componente lateral relevante. Se os movimentos no plano sagital não são eficazes, você deve
avaliar o efeito de forças laterais. Por exemplo, se extensão sagital do joelho não reduz um
derangement completamente, o movimento de extensão do joelho pode ser feito com o quadril
tanto em rotação interna como externa. Fazendo isso, ele está adicionando uma força medial ou
lateral ao movimento de extensão.

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Página 112 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Objetivo 4:
Analisar e demonstrar uma variedade de estratégias de carga para Derangements encontrados
na extremidade inferior, e discutir as razões para o seu uso.

Os locais mais comuns para as condições de extremidades geralmente são os joelhos e


ombros (quase 60% no estudo de 2012), e esses locais demonstram uma prevalência
significativa para derangements. Porcentagens do mesmo estudo para outras articulações
também estão incluídas abaixo.

QUADRIL: (10% prevalência. 31% Derangement)

• Padrões de Directional Preference 55% respondem em extensão (tirado de


uma pesquisa de 59 pacientes com dor no
quadril tratados por professores do Instituto
McKenzie
Flexão, flexão com rotação interna / externa
• Forças disponíveis
Extensão, extensão com rotação interna /
externa
Abdução, adução
• Progressões de força Pressão extra do paciente, pressão extra do
terapeuta, mobilização

• Alternativas de força deitado, sentado, ajoelhado, em pé.

Extensão do quadril

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 113

Flexão do quadril

Rotação externa do quadril

Rotação interna do quadril

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Página 114 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

JOELHO: (26% de prevalência, 42% Derangement)

• Padrões de Directional Preference 77% respondem em extensão (tirado de


uma pesquisa de 238 pacientes com dor no
joelho tratados por professores do Instituto
McKenzie Internacional.
Obs: O estudo de OA do joelho de
Rosedale demonstrou prevalência de 40%
dos derangements, com 40% princípio de
Extensão e 60% princípio de Flexão.

Flexão, flexão com rotação interna / externa,


• Forças disponíveis
Extensão, Extensão com rotação interna /
externa.

• Progressões de força Pressão extra do paciente, pressão extra do


terapeuta, mobilização

• Alternativas de força Deitado, sentado, ajoelhado, em pé,


resistido amplitude final / média, extensão
excêntrica.

Procedimentos de Extensão

Extensão sentado Extensão com o pé Com Pressão Extra


no chão

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 115

Extensão em pé Extensão em pé com Pressão Extra

Procedimentos de Flexão

Flexão sentado Carga parcial com pé no banco

Flexão ajoelhado

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Página 116 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

TORNOZELO / PÉ: (20% de prevalência, 22% Derangement)

• Padrões de Directional Preference 53% respondem em dorsiflexão, 26% em flexão


plantar (tirado de uma pesquisa de 59 pacientes
com dor no tornozelo/pé tratados por
professores do Instituto McKenzie Internacional.
Dorsiflexão, dorsiflexão com inversão/eversão,
• Forças disponíveis
flexão plantar com inversão/eversão.
• Progressões de força Pressão extra do paciente, pressão extra do
terapeuta, mobilização

• Alternativas de força Deitado, sentado, ajoelhado, em pé, combinado


com flexão ou extensão de joelho.

Dorsiflexão:

Com carga
Carga parcial – pé no banco

Flexão plantar: sentado no pé com Pressão Extra Com carga

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 117

MÓDULO 11

DYSFUNCTION SYNDROME

OBJETIVOS

Ao final de uma participação ativa neste curso, o aluno deverá ser capaz de:

1. Descrever as características clínicas principais da Articular Dysfunction encontradas na Ficha


de Avaliação McKenzie de Extremidade Inferior.

2. Discutir e projetar um programa apropriado de tratamento para pacientes que apresentam


Articular Dysfunction na extremidade inferior.
3. Descrever as características clínicas principais da Contractile Dysfunction encontradas na
Ficha de Avaliação McKenzie de Extremidade Inferior.

4. Discutir e projetar um programa apropriado de tratamento para pacientes que apresentam


Contractile Dysfunction na extremidade inferior.
5. Analisar e demonstrar uma variedade de estratégias de carga para Contractile Dysfunction
encontrada na extremidade inferior e discutir as razões para seu uso.

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Página 118 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Objetivo 1:
Descrever as características clínicas principais da Dysfunction Articular encontradas na Ficha de
Avaliação McKenzie de Extremidade Inferior.

ARTICULAR DYSFUNCTION

Listar as características importantes da avaliação

História

Exame físico

Objetivo 2:
Discutir e projetar um programa apropriado de tratamento para pacientes que apresentam Articular
Dysfunction na extremidade inferior.

Tratamento da Articular Dysfunction

No caso da Articular Dysfunction, a reabilitação das estruturas envolvidas vai necessitar carga de
movimento repetido suficiente para reproduzir a dor do paciente na amplitude final.

Procedimentos de autotratamento necessários para remodelar a Articular Dysfunction

• O paciente deve ser instruído a mover ativamente a articulação afetada em direção à restrição,
até que a dor seja sentida.
• O movimento deve ser repetido até o ponto da dor, de 10 a 12 vezes, em 3 a 4 sessões por
dia. Se isso for feito sem aumento dos sintomas, o exercício deve ser aumentado para cada 2
horas.
• Em muitas articulações, é somente com a aplicação da pressão extra que a amplitude final
será alcançada.
• A pressão extra pode, então, algumas vezes, ser necessária a partir do primeiro dia.

Discutir as Articular Dysfunctions na Extremidade Inferior

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Objetivo 3:
Descrever as características clínicas principais da Contractile Dysfunction encontradas na Ficha
de Avaliação McKenzie de Extremidade Inferior.

CONTRACTILE DYSFUNCTION
Listar as características principais da avaliação

História

Exame físico

Objetivo 4:
Discutir e projetar um programa apropriado de tratamento para pacientes que apresentam
Contractile Dysfunction na extremidade inferior.

Procedimentos de autotratamento necessários para abordar a Contractile Dysfunction

No caso de Contractile Dysfunction, o movimento que produz mais dor proporciona também o maior
estímulo ou irritação nos tecidos afetados. Isto será rapidamente percebido ao testar (se necessário
com resistência) os movimentos que o paciente relata como dolorosos. Um desses movimentos vai
consistentemente provocar a dor do paciente. Tendo identificado o movimento mais doloroso, é
então necessário encontrar o ponto da amplitude em que os exercícios resistidos devem ser
aplicados inicialmente.

▪ Exercício controlado fornece carga de tensão repetida que aumenta a capacidade do tecido.
▪ Carga controlada estática ou dinâmica pode ser usada para remodelar Contractile Dysfunction,
a fim de restaurar a função normal.
▪ O programa de exercício começa no ponto em que a aplicação de carga é suficiente para gerar
a dor do paciente, mas desaparede tão logo a carga é interrompida.
▪ Progressões adequadas de exercícios resistidos ou procedimentos modificados devem ser
adicionados, como indicado, e progredidos para atividades ou reabilitação específica esportiva,
conforme necessário.
▪ O ponto no arco de movimento que provoca dor ou em que a dor está no seu máximo é um guia
confiável para decidir em que ponto da amplitude é melhor aplicar carga com a finalidade de
remodelação. Esta é a "zona alvo" para o foco do paciente. Se a dor é sentida com a mesma
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Página 120 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

intensidade em toda a amplitude, não é necessário buscar uma "zona alvo".


▪ Tendo identificado o ponto durante o movimento doloroso, devem-se mostrar ao paciente os
procedimentos que serão aplicados, quer de carga estática ou dinâmica, suficientes para
reproduzir a dor.
▪ A adequação desses procedimentos deve ser estabelecida ao longo de um período de teste e
as progressões devem ser dadas como necessário. As opções disponíveis incluem movimentos
ativos, movimentos resistidos estáticos e carga concêntrica e excêntrica.
▪ Os exercícios podem ser realizados além da amplitude dolorosa, dentro da amplitude dolorosa,
pouco antes da "zona-alvo", e dentro da "zona alvo".

Contractile Dysfunctions da extremidade inferior: Terminologia MDT

Tendinopatia Terminologia MDT

1 Aquiles CD Flexão Plantar

2 Peroneu CD Eversão

3 Tibial Posterior CD Inversão

4 Patelar CD Extensão

5 Quadrícepes CD Extensão

6 Isqueotibiais (Distal) CD Flexão do joelho

7 Isqueotibiais (Proximal) CD Flexão do joelho ou Extensão do quadril

8 Glúteo Médio CD Rotação Externa do quadril e/ou Abdução

9 Adutores CD Adução do quadril

Objetivo 5:
Analisar e demonstrar uma variedade de estratégias de carga para Contractile Dysfunction
encontrada na extremidade inferior e discutir as razões para seu uso

Carga excêntrica tem sido foco de pesquisas e tem tido uma aceitação significativa na prática clínica.
No entanto, é apenas uma de uma variedade de estratégias de carga potenciais e programas que
podem ser reutilizados para efeitos de modelagem. Estratégias de carga devem ser graduadas e
progredidas, dependendo da resposta sintomática. Aqui estão alguns exemplos de diferentes
estratégias de carga:

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 121

estratégia evidência séries / reps. intensidade frequência detalhes


5/45, 5/30, 24/10
Rio 2015/17 5x/semana aparelho de extensão
segundos. contração voluntária máxima:
isométrica Lim 2018 por 4 ou com cinto na barra
pausa 60 seg 80%
Pierson 2018 semanas fixa
Flex joelho 60/90º
heel drops
inicialmente peso do corpo.
Alfredson 1998 2x /dia por 1. joelho esticado
3/15 aumentada progressivamente
excêntrica Camargo 2014 12 2. joelho dobrado
pausa 2 min segundo a condição do
Stasinopoulos 2017 semanas por 3 segundos,
paciente
excêntrico
inicialmente peso do corpo. programa abrangente:
diariamente
aumentada progressivamente excêntrico,
combinada Silbernagel 2007 vários por 3 a 6
segundo a condição do concêntrico, equilíbrio,
meses
paciente pliométrico, RTS
posições diferentes.
resistência 3x/semana
Kongsgaard 2009/10 4/15 – 6 inicialmente 15 RM progressão gradual.
lenta a carga por 12
Beyer 2015 pausa 2 min progredido para 6 RM 3 seg concêntrico / 3
pesada semanas
seg excêntrico.

A investigação sobre o tipo mais adequado de carga mecânica para a remodelação dos tendões
está se expandindo rapidamente. Os terapeutas devem acompanhar a evolução da literatura
relacionada com a reabilitação de patologia do tendão e considerar a abordagem com melhor
evidência em combinação com os princípios MDT.

Joelho
Exemplo de um programa de exercício de carga para Contractile Dysfunction de extensão do joelho.

Carga excêntrica do tendão patelar

Discutir outros programas de exercício com carga que podem ser usados para Contractile
Dysfunction de extensão do joelho.

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Página 122 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Tornozelo
Exemplo de um programa de carga para Contractile Dysfunction de flexão plantar.
Eccentric loading of Achilles

Discutir outros programas de exercício com carga que podem ser usados para Contractile
Dysfunction de flexão plantar

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 123

MÓDULO 12

POSTURAL SYNDROME

OBJETIVOS

Ao final de uma participação ativa neste curso, o aluno deverá ser capaz de:

1. Descrever as características clínicas principais da Síndrome Postural encontradas na Ficha


de Avaliação McKenzie da Extremidade Inferior.

2. Discutir os princípios da abordagem MDT para a Síndrome Postural quando se apresenta


na extremidade inferior.

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Página 124 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Objetivo 1:

Descrever as características clínicas principais da Síndrome Postural encontradas na Ficha de


Avaliação McKenzie da Extremidade Inferior.

CARACTERÍSTICAS DA POSTURAL SYNDROME

Listar as características principais da avaliação.

História

Exame Físico

Objetivo 2:

Discutir os princípios da abordagem MDT para a Postural Syndrome quando se apresenta na


extremidade inferior

Abordagem da Postural Syndrome

▪ Educação para o Autotratamento

Deve ser dada uma explanação ao paciente sobre a causa da dor e sobre como o
autotratamento envolve frequentes interrupções da atividade repetida ou mantida. Se o
paciente não for capaz de evitar a tarefa completamente, então é essencial uma interrupção
frequente da posição ou postura causadora para prevenir a piora da condição. Movimento
repetido completo na amplitude final das estruturas afetadas pode ser a solução, se for feito
regularmente - por exemplo a cada hora – mas altenância entre tarefas do trabalho são
uma solução mais eficiente.

De uma maneira geral, a postura do corpo deve ser alterada regularmente e ele deve estar
bem apoiado. Se o trabalho estiver sendo feito em posturas ineficientes ou forçadas, o
paciente precisa ser informado sobre como conseguir e manter uma melhor posição de
trabalho. Ele deve ser alertado especialmente sobre posições extremas, mantidas
anormalmente, nas articulações. Intervenções ergonômicas procuram reduzir a repetição
das tarefas, suas tensões mecânicas e vibrações anormais e melhorar as posturas de

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 125

trabalho. As possíveis implicações de continuar com as mesmas tensões posturais devem


ser esclarecidas ao paciente.

▪ Procedimentos necessários de Autotratamento

Deve ser mostrado ao paciente como modificar ou evitar a postura causadora. Ensinando o
paciente a reduzir ou acabar com a sua dor simplesmente modificando a sua postura de
trabalho é um passo essencial na prevenção de outros problemas. Estimule as pessoas a
achar que a postura é um hábito que pode ser mudado em poucas semanas se a
conscientização necessária for mantida - como todos os hábitos, ela pode ser mudada, mas
isso precisa ser trabalhado.

Em certas situações, entretanto, é impossível alterar o ambiente físico suficientemente para


evitar a dor. Nessas circunstâncias, deve-se ensinar ao paciente a mover repetidamente as
estruturas afetadas, através de uma amplitude completa a cada hora.

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Página 126 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

MÓDULO 13

Subgrupos de OUTROS

OBJETIVOS

Ao final de uma participação ativa neste curso, o aluno deverá ser capaz de:

1. Discutir os critérios dos subgrupos de OUTROS nas extremidades inferiores e


analisar como os subgrupos se apresentam durante uma avaliação de MDT.

2. Discutir a abordagem de cada subgrupo com base na evidência da literatura atual e


analisar como isso se encaixa com os princípios e estratégias de MDT.

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 127

Objetivo 1:
Discutir os critérios dos subgrupos de OUTROS nas extremidades inferiores e analisar como
os subgrupos se apresentam durante uma avaliação de MDT

CLASSIFICAÇÃO DE McKENZIE PARA OUTROS DA EXTREMIDADE

Patologias graves (a lista não é exaustiva)


Categoria Achados clínicos (bandeiras vermelhas) Exemplos clínicos
Idade >55, história de cancer, perda inexplicada de peso, Pode ser local primário ou
Cancer
progressivo, não alivia com repouso metástase
História de trauma grave (se osteoporose presente, trauma leve)
Fratura
Perda da função, todos os movimentos pioram
Infecção Febre, mal-estar, dor constante, todos os movimentos pioram
Exemplos
Subgrupo Definição Critérios
clínicos
Mecanismo de geração da Dor persistente generalizada, piora com toda
Síndrome de dor dor influenciado por fatores a atividade, a resposta à dor é Síndrome de dor
crônica psicossociais ou alterações desproporcional ao estímulo mecânico, regional
neurofisiológicas crenças e atitudes inadequadas sobre a dor.
AR, Artrite sero-
Artropatia Dor constante, rigidez matinal, movimentos
Artropatia inflamatória negativa, alguns
inflamatória excessivos exacerbam os sintomas
estágios de OA
Derangement, Dysfunction, Postural e
subgrupos de OUTROS excluídos.
Patologia
Mecânico Sintomas afetados por posições ou
musculoesquelética
inconclusivo movimentos, MAS sem padrão reconhecível
desconhecida
OU respostas sintomática e mecânica
inconsistentes com a aplicação de carga
Sem sintomas da coluna. Síndrome do
Aprisionamento Aprisionamento do Parestesia/anestesia local tunel do carpo,
nervo periférico nervo periférico. Pode ter fraqueza muscular local meralgia
parestésica
Apresentação relacionada Cirurgia recente e ainda no período de
Pós-cirúrgico
a cirurgia recente protocolo de pós-operatório
Processo de doença Ombro
fibroblástica ou Cada processo de doença tem uma congelado,
Processo de
degenerativa afetando apresentação clínica única, história natural e Doença de
doença
tecido mole inerte com variados graus de eficácia a uma variedade Dupuytren
do tecido mole
etiologia desconhecida ou de intervenções Síndrome fascia
em discussão plantar
Estágio tardio de
Sintomas mecânicos (ADM limitada, AO, luxação,
Mudanças ósseas e/ou no fisgando, estalando, travando) lesão no labro,
Articulação
tecido mole Pode ter sensação de instabilidade. ruptura de
estruturalmente
comprometendo a História antiga de sintomas ou história de ligamento
comprometida
integridade da articulação trauma. cruzado, lesão
Irreversível com tratamento conservador. meniscal
irredutível
Trauma recente associado com início de
Trauma/ trauma Trauma recente associado sintomas constantes / trauma recente
em recuperação com o início dos sintomas associado com o início de sintomas, agora
dor intermitente e melhorando
Sintomas induzidos por Sintomas abaixo do joelho
deficiência do suprimento predominantemente em atletas jovens
sanguíneo devido ao Induzido consistentemente por exercício ou Síndrome do
Vascular
aumento da pressão em atividade compartimento
um espaço anatômico Pode ter dor e/ou parestesia na área do
fechado nervo cutâneo local e edema local

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Página 128 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Objetivo 2:
Discutir a abordagem de cada subgrupo com base na evidência da literatura atual e analisar
como isso se encaixa com os princípios e estratégias de MDT

Subgrupos OUTROS -
Tratamento: integrando princípios MDT e evidências
Extremidade

Encaminhar/comunicar diretamente com médico assistente ou


Patologia grave
departamento de emergência, dependendo da natureza do problema.
Educação sobre a natureza da dor crônica e exposição gradual / CBT
usando o princípio Produz/Aumenta NPior. Incentivar o autotratamento, e
Síndrome de dor realizar uma avaliação ativa (movimentos repetidos) para ajudar a resolver
crônica qualquer medo de movimento. Além disso, utilizar quaisquer intervenções
ativas baseadas em evidências destinadas a modulação de processamento
central, incluindo a abordagem multidisciplinar.
Encaminhar para serviço médico se a fonte for desconhecida. Se a fonte
for conhecida, então a educação e orientação em relação ao
Artropatia inflamatória
autotratamento baseado em evidência da doença sistêmica em particular
são indicadas.
Usando informações de fatores agravantes da história MDT, criar o
ambiente ideal para a recuperação, evitando movimentos/posições
Mecânico inconclusivo agravantes. Abordar déficits funcionais e limitações físicas, utilizando
conceitos de autotratamento, Produz/Aumenta NPior, interpretação dos
sintomas e educação. Se não responder, encaminhe para serviço médico.
Usando informações de fatores agravantes da história MDT, evitar
Aprisionamento de movimentos/posições agravantes. Outras atividades incentivadas com
nervo periférico princípio Produz/Aumenta NPior. Outras intervenções apoiadas por
evidência podem ser consideradas.
Adotar os protocolos pós-cirúrgicos; se a recuperação segue cronograma
esperado, continuar a reabilitação normal com foco na independência,
Pós-cirúrgico educação, progressão de forças e o princípio Produz/Aumenta NPior. Se a
recuperação é pior do que o esperado, então reavaliar a classificação e
tratar como a avaliação determinar.
Cada um abordado de acordo com as melhores evidências disponíveis.
Processo de doença Educação sobre a história natural.
do tecido mole Qualquer intervenção guiada pelo princípio Produz/Aumenta Npior e
autotratamento.
Determinar se uma contribuição adicional médica é necessária. Se não,
Articulação
identificar os déficits funcionais e limitações físicas e abordar usando
estruturalmente
princípio Produz/Aumenta Npior; e tratamento baseado em evidência
comprometida
quando disponível
Seguir os estágios de recuperação, fornecer estratégias de carga
Trauma
adequadas, Produz/Aumenta NPior, progressão de forças, educação
Trauma em
postural, autotratamento. Se a recuperação é pior do que o esperado,
recuperação
então reavaliar a classificação e tratar como a avaliação determinar.
Abordar de acordo com as melhores evidências disponíveis; principalmente
Vascular
modificação no curto prazo ou prevenção de atividade agravante.

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 129

MÓDULO 14

ESTUDO DE CASOS

OBJETIVOS

Ao final de uma participação ativa neste curso, o aluno deverá ser capaz de:

1. Analisar estudos de caso apresentados em fichas de avaliação McKenzie e, usando os


princípios MDT de raciocínio clínico, determinar a presença das Síndromes de derangement,
dysfunction ou postural.

2. Analisar estudos de caso apresentados em fichas de avaliação McKenzie e, usando o


raciocínio clínico, identificar a presença de patologia grave.

3. Analisar estudos de caso apresentados em fichas de avaliação McKenzie e, usando o


raciocínio clínico, identificar a presença de subgrupos de OUTROS.

4. Analisar os achados das fichas de avaliação McKenzie e, usando o raciocínio clínico MDT,
elaborar um plano de tratamento para a classificação provisória

5. um plano de tratamento para a classificação provisória.

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INSTITUTO McKENZIE DO BRASIL
AVALIAÇÃO DAS EXTREMIDADES - MMII

HI ST Ó RI A Da ta :
Nome Doreen
Data Nasc. Idade 33 Sexo: M / F
Endereço
Telefone:
Indicação: Clínico / Ortop. / Própria / Outra
Exigências de trabalho Secretária

Atividades de lazer Correr, pedalar

Limitação funcional episódio atual Correr, pedalar

Pontuação questionário de incapacidade


NPRS (0-10) 4 SINTOMAS

Sintomas atuais Dor virilha direita

Presentes desde 8 semanas melhorando / estável / piorando

Começou como resultado de Correndo sentiu dor ou sem razão aparente

Sintomas no início Dor virilha direita Parestesia: sim / não

História da coluna Dor lombar episódica, tratamento terapia manipulativa com sucesso Tossir / espirrar: pos. / neg.

Sintomas constantes: Sintomas intermitentes: Dor virilha direita

Pior curvar sentado / levantando / 1ºs passos em pé andar escada agachar / ajoelhar

manhã / durante o dia / final do dia parado / movimentando Dormir: prono / supino / lado D E

outros Correndo, afundo

Melhor curvar sentado em pé andar escada agachar / ajoelhar


manhã / durante o dia / final do dia parado / movimentando Dormir: prono / supino / lado D E

outros
Uso continuado faz a dor: Melhor Pior Nenhum efeito Distúrbio do sono: sim / não

Dor em repouso: sim / não Local: coluna / quadril / joelho / tornozelo / pé

Outras perguntas inchado fisgando / estalando / travando falseando / cedendo

Episódios anteriores Dor lombar prévia, como acima, sem dor na virilha

Tratamentos anteriores

Medicação relaxante muscular

Saude geral / comorbidades sente-se saudável, nenhum outro problema


Cirurgia recente ou relevante: sim / não
História de cancer: sim / não Perda inexplicada de peso: sim / não
História de trauma: sim / não
Imagens: sim / não RM – protrusão posterolateral direita L4-L5
Objetivos/expectativas do paciente quer voltar a correr e pedalar. Espera que o tto. conservador ajude
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E X AM E F I S I C O
OBSERVAÇÃO DA POSTURA
Sentada: lordótica / neutra / cifótica Mudança na postura: melhor / pior / nenhum efeito Em pé: lordótica / neutra / cifótica
Outras observações:

NEUROLÓGICO: NA / Motor / Sensorial / Reflexos / Neurodinâmico

MEDIDAS DE REFERÊNCIA (dor ou atividade funcional) Dor 0/10, Agachar = NE, afundo produz dor virilha
EXTREMIDADES: quadril / joelho / tornozelo / pé

PERDA DE MOVIMENTO Gde Mod Min Sem Sintomas PERDA DE MOVIMENTO Gde Mod Min Sem Sintomas
Flexão ✓ DFM Adução / Inversão ✓
Extensão ✓ Abdução / Eversão ✓
Dorsiflexão Rotação Interna ✓
Flexão plantar Rotação Externa ✓

Movimento Passivo (+/- pressão extra, sintomas e amplitude): DDM DFM


Sem limitação todas as direções
Flexão com pressão extra ✓

NE todas as direções
Resposta da dor ao Teste Resistido

Sacroilíaca – 5 testes provocativos negativos


Outros testes / posição mantida

COLUNA:
Perda de movimento Flex: perda mod; Ext: perda gde; Desl Lat D: perda mod; Desl Lat E: perda min
Efeito de movimentos repetidos Flex:  Pior; Ext:  Pior; Desl Lat D: PZ lombar, abole virilha, Melhor  ADM Flex, Ext, Desl Lat D
Efeito de posições mantidas
Teste da coluna: não relevante / relevante / problema secundário

Referência Sintomática:

Testes Repetidos Resposta dos Sintomas Resposta Mecânica


Movimento ativo/passivo, Durante: Produz, Abole, Após: Efeito:  ou ADM, força Nenhum
teste resistido, teste funcional Aumenta, Diminui, NE Melhor, Pior, NM, NP, NE ou teste funcional principal Efeito
Flexão ativa PZ NPior ✓
Flexão passiva + PExtra PZ NPior ✓

CLASSIFICAÇÃO PROVISÓRIA: Extremidade / Coluna


Derangement Directional Preference
Dysfunction: Articular / Contractile Postural
OUTROS (subgrupo)

POSSÍVEIS FATORES DE DOR / INCAPACIDADE Comorbidades Cognitivo – Emocional Contextual


Descrição

PRINCÍPIO DE TRATAMENTO
Educação
Tipo de exercício Frequência
Outros exercícios / intervenções
Objetivos do tratamento
Assinatura
© McKenzie Institute International 2021
INSTITUTO McKENZIE DO BRASIL
AVALIAÇÃO DAS EXTREMIDADES - MMII

HI ST Ó RI A Da ta :
Nome Colin
Data Nasc. Idade 33 Sexo: M / F
Endereço
Telefone:
Indicação: Clínico / Ortop. / Própria / Outra
Exigências de trabalho Professor

Atividades de lazer Correr, pedalar

Limitação funcional episódio atual Correr, andar

Pontuação questionário de incapacidade


NPRS (0-10) 4 SINTOMAS

Sintomas atuais Dor virilha direita

Presentes desde 6 semanas melhorando / estável / piorando

Começou como resultado de Correndo sentiu dor dor virilha direita ou sem razão aparente

Sintomas no início Parestesia: sim / não

História da coluna Tossir / espirrar: pos. / neg.

Sintomas constantes: Sintomas intermitentes: Dor virilha direita

Pior curvar sentado / levantando / 1ºs passos em pé andar escada agachar / ajoelhar

manhã / durante o dia / final do dia parado / movimentando Dormir: prono / supino / lado D E

outros Correndo, caminhando

Melhor curvar sentado em pé andar escada agachar / ajoelhar


manhã / durante o dia / final do dia parado / movimentando Dormir: prono / supino / lado D E

outros
Uso continuado faz a dor: Melhor Pior Nenhum efeito Distúrbio do sono: sim / não

Dor em repouso: sim / não Local: coluna / quadril / joelho / tornozelo / pé

Outras perguntas inchado fisgando / estalando / travando falseando / cedendo

Episódios anteriores Ano passado 1 crise

Tratamentos anteriores Resolveu espontaneamente após parar de correr por uma semana

Medicação nenhuma

Saude geral / comorbidades sente-se saudável, nenhum outro problema


Cirurgia recente ou relevante: sim / não
História de cancer: sim / não Perda inexplicada de peso: sim / não
História de trauma: sim / não
Imagens: sim / não
Objetivos/expectativas do paciente quer voltar a correr e pedalar logo. Sente que exercício vai ajudar
© McKenzie Institute International 2021
E X AM E F I S I C O
OBSERVAÇÃO DA POSTURA
Sentada: lordótica / neutra / cifótica Mudança na postura: melhor / pior / nenhum efeito Em pé: lordótica / neutra / cifótica
Outras observações:

NEUROLÓGICO: NA / Motor / Sensorial / Reflexos / Neurodinâmico

MEDIDAS DE REFERÊNCIA (dor ou atividade funcional) Dor 0/10, correr/andar/semi-ajoelhar positivos


EXTREMIDADES: quadril / joelho / tornozelo / pé

PERDA DE MOVIMENTO Gde Mod Min Sem Sintomas PERDA DE MOVIMENTO Gde Mod Min Sem Sintomas
Flexão ✓ Adução / Inversão ✓
Extensão ✓ Abdução / Eversão ✓
Dorsiflexão Rotação Interna ✓ DFM
Flexão plantar Rotação Externa ✓ DFM

Movimento Passivo (+/- pressão extra, sintomas e amplitude): DDM DFM


Flexão, Extensão, Rot Interna e adução completas e livres
Rot Externa com pressão extra ✓
Abdução ✓
Flexão = NE; Extensão = NE; Rot Externa = NE
Resposta da dor ao Teste Resistido
Rot Interna – 5/5 doloroso, Adução – 3/5 doloroso

Outros testes / posição mantida

COLUNA:
Perda de movimento Sem perda
Efeito de movimentos repetidos Desl Lat D = PZ NPior
Efeito de posições mantidas
Teste da coluna: não relevante / relevante / problema secundário

Referência Sintomática:

Testes Repetidos Resposta dos Sintomas Resposta Mecânica


Movimento ativo/passivo, Durante: Produz, Abole, Após: Efeito:  ou ADM, força Nenhum
teste resistido, teste funcional Aumenta, Diminui, NE Melhor, Pior, NM, NP, NE ou teste funcional principal Efeito
Adução - resistida PZ NPior ✓
Rot Interna - resistida PZ NPior ✓

CLASSIFICAÇÃO PROVISÓRIA: Extremidade / Coluna


Derangement Directional Preference
Dysfunction: Articular / Contractile Postural
OUTROS (subgrupo)

POSSÍVEIS FATORES DE DOR / INCAPACIDADE Comorbidades Cognitivo – Emocional Contextual


Descrição

PRINCÍPIO DE TRATAMENTO
Educação
Tipo de exercício Frequência
Outros exercícios / intervenções
Objetivos do tratamento
Assinatura
© McKenzie Institute International 202
Página 134 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Planilha de Estudo de Caso

História Nome: Nome:

Local dos Sintomas

Limitações Funcionais

Sintomas Atuais

Duração do Sintomas

Melhorando / Estável/
Piorando

Começou como Resultado

Constante/ Intermitente

O que Produz ou Piora

O que Abole ou Reduz

Dor em Repouso

Distúrbio do Sono

Saúde em Geral

Agudo / Sub-Agudo / Crônico

Trauma/ Início Insidioso

Classificação Provisória

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Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 135

Exame Físico Nome: Nome:

Observação

Referência Funcional

ADM Ativa

Movimentos Passivos

Movimentos Resistidos

Teste da Coluna

Movimentos Repetidos

(coluna ou extremidade)

Classificação Provisória

Prognóstico

Estratégias de Tratamento

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INSTITUTO McKENZIE DO BRASIL
AVALIAÇÃO DAS EXTREMIDADES - MMII

HI ST Ó RI A Da ta :
Nome David
Data Nasc. Idade 28 Sexo: M / F
Endereço
Telefone:
Indicação: Clínico / Ortop. / Própria / Outra
Exigências de trabalho Carpinteiro: Todas as posições, subir
andaime, construindo casas

Atividades de lazer pedalar, futebol

Limitação funcional episódio atual pedalar, futebol

Pontuação questionário de incapacidade autoavaliação: 20%


NPRS (0-10) 6/10 SINTOMAS

Sintomas atuais Dor anterior no joelho

Presentes desde 10 semanas Melhorando / Estável / Piorando

Começou como resultado de início insidioso ou sem razão aparente

Sintomas no início Joelho direito Parestesia: sim / não

História da coluna Problemas na coluna por muitos anos, curta duração Tossir / espirrar: pos. / neg.

Sintomas constantes: Sintomas intermitentes: Joelho direito

Pior curvar sentado / levantando /1ºs passos em pé andar escada agachar / ajoelhar

manhã / durante o dia / final do dia parado / movimentando Dormir: prono / supino / lado D E

outros Descer andaimes no trabalho pior que subir, pedalar, descer ladeiras e rampas

Melhor curvar sentado em pé andar escada agachar / ajoelhar


manhã / durante o dia / final do dia parado / movimentando Dormir: prono / supino / lado D E

outros
Uso continuado faz a dor: Melhor Pior Nenhum efeito Distúrbio do sono: sim / não

Dor em repouso: sim / não Local: coluna / quadril / joelho / tornozelo / pé

Outras perguntas inchado fisgando / estalando / travando falseando / cedendo

Episódios anteriores Nenhum


Tratamentos anteriores Nenhum

Medicação AINEs alivia a dor


Saude geral / comorbidades
Cirurgia recente ou relevante: sim / não
História de cancer: sim / não Perda inexplicada de peso: sim / não
História de trauma: sim / não
Imagens: sim / não
Objetivos/expectativas do paciente jogar futebol novamente. Acha que é grave e talvez precise de RM
© McKenzie Institute International 2021
E X AM E F I S I C O
OBSERVAÇÃO DA POSTURA
Sentada: lordótica / neutra / cifótica Mudança na postura: melhor / pior / nenhum efeito Em pé: lordótica / neutra / cifótica
Outras observações: sem anormalidades

NEUROLÓGICO: NA / Motor / Sensorial / Reflexos / Neurodinâmico

MEDIDAS DE REFERÊNCIA (dor ou atividade funcional) Descer rampa e escada


EXTREMIDADES: quadril / joelho / tornozelo / pé

PERDA DE MOVIMENTO Gde Mod Min Sem Sintomas PERDA DE MOVIMENTO Gde Mod Min Sem Sintomas
Flexão ✓ DDM Adução / Inversão
Extensão ✓ DDM Abdução / Eversão
Dorsiflexão Rotação Interna
Flexão plantar Rotação Externa

Movimento Passivo (+/- pressão extra, sintomas e amplitude): DDM DFM


Flexão = NE
Extensão = NE

Flexão – Dor retropatelar; Extensão – Dor retropatelar - DDM


Resposta da dor ao Teste Resistido

Outros testes / posição mantida

COLUNA:
Perda de movimento Sem perda
Efeito de movimentos repetidos EEP, ED + Pextra, FD, todos NE
Efeito de posições mantidas
Teste da coluna: não relevante / relevante / problema secundário

Referência Sintomática:

Testes Repetidos Resposta dos Sintomas Resposta Mecânica


Movimento ativo/passivo, Durante: Produz, Abole, Após: Efeito:  ou ADM, força Nenhum
teste resistido, teste funcional Aumenta, Diminui, NE Melhor, Pior, NM, NP, NE ou teste funcional principal Efeito
Flexão PZ, DFM
Flexão Rep PZ, DFM NPior ✓
Extensão PZ, DDM
Extensão Rep PZ, DDM NPior ✓

CLASSIFICAÇÃO PROVISÓRIA: Extremidade / Coluna


Derangement Directional Preference
Dysfunction: Articular / Contractile Postural
OUTROS (subgrupo)

POSSÍVEIS FATORES DE DOR / INCAPACIDADE Comorbidades Cognitivo – Emocional Contextual


Descrição

PRINCÍPIO DE TRATAMENTO
Educação
Tipo de exercício Frequência
Outros exercícios / intervenções
Objetivos do tratamento
Assinatura
© McKenzie Institute International 2021
INSTITUTO McKENZIE DO BRASIL
AVALIAÇÃO DAS EXTREMIDADES - MMII

HI ST Ó RI A Da ta :
Nome Sandy
Data Nasc. Idade 40 Sexo: M / F
Endereço
Telefone:
Indicação: Clínico / Ortop. / Própria / Outra
Exigências de trabalho Secretária; sentada 80% dia

Atividades de lazer Academia (3x semana), andar com o cachorro

Limitação funcional episódio atual andar com o cachorro

Pontuação questionário de incapacidade autoavaliação: 20%


NPRS (0-10) 4/10 SINTOMAS

Sintomas atuais Dor anterior no joelho

Presentes desde 10 semanas Melhorando / Estável / Piorando

Começou como resultado de ou sem razão aparente

Sintomas no início Joelho Parestesia: sim / não

História da coluna Problemas na coluna curta duração, resolve espontaneamente Tossir / espirrar: pos. / neg.

Sintomas constantes: Sintomas intermitentes: Joelho direito

Pior curvar sentado / levantando /1ºs passos em pé andar escada agachar / ajoelhar

manhã / durante o dia / final do dia parado / movimentando Dormir: prono / supino / lado D E

outros andar depressa - manca da perna direita, extender o joelho após mantê-lo dobrado por longo tempo

Melhor curvar sentado em pé andar devagar escada agachar / ajoelhar


manhã / durante o dia / final do dia parado / movimentando Dormir: prono / supino / lado D E

outros andar devagar, deitar e repousar

Uso continuado faz a dor: Melhor Pior Nenhum efeito Distúrbio do sono: sim / não

Dor em repouso: sim / não Local: coluna / quadril / joelho / tornozelo / pé

Outras perguntas inchado fisgando / estalando / travando falseando / cedendo

Episódios anteriores Nenhum


Tratamentos anteriores Nenhum

Medicação AINEs NE
Saude geral / comorbidades
Cirurgia recente ou relevante: sim / não
História de cancer: sim / não Perda inexplicada de peso: sim / não
História de trauma: sim / não
Imagens: sim / não
Objetivos/expectativas do paciente quer ficar livre da dor e deixar de mancar. Preocupada porque não melhora
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E X AM E F I S I C O
OBSERVAÇÃO DA POSTURA
Sentada: lordótica / neutra / cifótica Mudança na postura: melhor / pior / nenhum efeito Em pé: lordótica / neutra / cifótica
Outras observações: sem anormalidades

NEUROLÓGICO: NA / Motor / Sensorial / Reflexos / Neurodinâmico

MEDIDAS DE REFERÊNCIA (dor ou atividade funcional) andar rápido


EXTREMIDADES: quadril / joelho / tornozelo / pé

PERDA DE MOVIMENTO Gde Mod Min Sem Sintomas PERDA DE MOVIMENTO Gde Mod Min Sem Sintomas
Flexão ✓ DDM Adução / Inversão
Extensão ✓ DDM Abdução / Eversão
Dorsiflexão Rotação Interna
Flexão plantar Rotação Externa

Movimento Passivo (+/- pressão extra, sintomas e amplitude): DDM DFM


Flexão = NE
Extensão com pressão extra = PZ dor, NE na ADM ✓

Flexão – 5/5, Sem dor ; Extensão – 4/5 dor aumentada, DDM


Resposta da dor ao Teste Resistido

Outros testes / posição mantida

COLUNA:
Perda de movimento Sem perda
Efeito de movimentos repetidos EEP, ED + Pextra, FD, todos NE
Efeito de posições mantidas
Teste da coluna: não relevante / relevante / problema secundário

Referência Sintomática:

Testes Repetidos Resposta dos Sintomas Resposta Mecânica


Movimento ativo/passivo, Durante: Produz, Abole, Após: Efeito:  ou ADM, força Nenhum
teste resistido, teste funcional Aumenta, Diminui, NE Melhor, Pior, NM, NP, NE ou teste funcional principal Efeito
Flexão PZ NPior
Flexão Rep PZ Pior  Extensão
Extensão  NPior ✓
Extensão Rep  Melhor  Extensão

Extensão + PExtra  Abole Melhor  mancando muito menos

CLASSIFICAÇÃO PROVISÓRIA: Extremidade / Coluna


Derangement Directional Preference
Dysfunction: Articular / Contractile Postural
OUTROS (subgrupo)

POSSÍVEIS FATORES DE DOR / INCAPACIDADE Comorbidades Cognitivo – Emocional Contextual


Descrição

PRINCÍPIO DE TRATAMENTO
Educação
Tipo de exercício Frequência
Outros exercícios / intervenções
Objetivos do tratamento
Assinatura
© McKenzie Institute International 2021
Página 140 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Planilha de Estudo de Caso

História Nome: Nome:

Local dos Sintomas

Limitações Funcionais

Sintomas Atuais

Duração do Sintomas

Melhorando / Estável/
Piorando

Começou como Resultado

Constante/ Intermitente

O que Produz ou Piora

O que Abole ou Reduz

Dor em Repouso

Distúrbio do Sono

Saúde em Geral

Agudo / Sub-Agudo / Crônico

Trauma/ Início Insidioso

Classificação Provisória

 Copyright The McKenzie Institute International 2021


Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII Página 141

Exame Físico Nome: Nome:

Observação

Referência Funcional

ADM Ativa

Movimentos Passivos

Movimentos Resistidos

Teste da Coluna

Movimentos Repetidos

(coluna ou extremidade)

Classificação Provisória

Prognóstico

Estratégias de Tratamento

 Copyright The McKenzie Institute International 2021


INSTITUTO McKENZIE DO BRASIL
AVALIAÇÃO DAS EXTREMIDADES - MMII

HI ST Ó RI A Da ta :
Nome Bill
Data Nasc. Idade 42 Sexo: M / F
Endereço
Telefone:
Indicação: Clínico / Ortop. / Própria / Outra
Exigências de trabalho Bancário, sentado

Atividades de lazer Basquete, caminhadas em trilha


Limitação funcional episódio atual Basquete, caminhadas em trilha

Pontuação questionário de incapacidade


NPRS (0-10) 2/10 SINTOMAS

Sintomas atuais Como no diagrama

Presentes desde 6 meses Melhorando / Estável / Piorando

Começou como resultado de jogando basquete ou sem razão aparente

Sintomas no início Calcanhar Parestesia: sim / não

História da coluna Nenhuma Tossir / espirrar: pos. / neg.

Sintomas constantes: Sintomas intermitentes: Calcanhar

Pior curvar sentado / levantando /1ºs passos em pé andar escada agachar / ajoelhar

manhã / durante o dia / final do dia parado / movimentando Dormir: prono / supino / lado D E

outros basquete, andar prolongado, primeiros passos após repouso

Melhor curvar sentado em pé andar escada agachar / ajoelhar


manhã / durante o dia / final do dia parado / movimentando Dormir: prono / supino / lado D E

outros repouso

Uso continuado faz a dor: Melhor Pior Nenhum efeito Distúrbio do sono: sim / não

Dor em repouso: sim / não ocasionalmente após atividade Local: coluna / quadril / joelho / tornozelo / pé

Outras perguntas inchado fisgando / estalando / travando falseando / cedendo

Episódios anteriores 2 episódios anteriores resolveram em 2-3 semanas

Tratamentos anteriores Nenhum

Medicação Nenhum

Saude geral / comorbidades Nenhum problema

Cirurgia recente ou relevante: sim / não


História de cancer: sim / não Perda inexplicada de peso: sim / não
História de trauma: sim / não
Imagens: sim / não RaioX = normal

Objetivos/expectativas do paciente Preocupado se será permanente e precise cirurgia. Não acha que exercício ajudará
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E X AM E F I S I C O
OBSERVAÇÃO DA POSTURA
Sentada: lordótica / neutra / cifótica Mudança na postura: melhor / pior / nenhum efeito Em pé: lordótica / neutra / cifótica
Outras observações: pé e tornozelo sem anormalidades

NEUROLÓGICO: NA / Motor / Sensorial / Reflexos / Neurodinâmico

MEDIDAS DE REFERÊNCIA (dor ou atividade funcional) Dor aumentando andando na ponta dos pés
EXTREMIDADES: quadril / joelho / tornozelo / pé

PERDA DE MOVIMENTO Gde Mod Min Sem Sintomas PERDA DE MOVIMENTO Gde Mod Min Sem Sintomas
Flexão Adução / Inversão ✓ Calcanhar
Extensão Abdução / Eversão ✓ Calcanhar
Dorsiflexão ✓ Calcanhar Rotação Interna
Flexão plantar ✓ Rotação Externa

Movimento Passivo (+/- pressão extra, sintomas e amplitude): DDM DFM


Dorsiflexão diminuída ✓

Dor com flexão plantar


Resposta da dor ao Teste Resistido

Outros testes / posição mantida

COLUNA:
Perda de movimento Movimentos lombares todos com amplitude completa e sem dor
Efeito de movimentos repetidos NE EDRep com Pextra ou FDRep
Efeito de posições mantidas Não testado
Teste da coluna: não relevante / relevante / problema secundário

Referência Sintomática: Calcanhar

Testes Repetidos Resposta dos Sintomas Resposta Mecânica


Movimento ativo/passivo, Durante: Produz, Abole, Após: Efeito:  ou ADM, força Nenhum
teste resistido, teste funcional Aumenta, Diminui, NE Melhor, Pior, NM, NP, NE ou teste funcional principal Efeito
Flexão Plantar Rep ativa  Pior 

Dorsiflexão Rep ativa + PExtra  Melhor 

Dorsiflexão Rep ativa + Carga Abole Melhor 

CLASSIFICAÇÃO PROVISÓRIA: Extremidade / Coluna


Derangement Directional Preference
Dysfunction: Articular / Contractile Postural
OUTROS (subgrupo)

POSSÍVEIS FATORES DE DOR / INCAPACIDADE Comorbidades Cognitivo – Emocional Contextual


Descrição

PRINCÍPIO DE TRATAMENTO
Educação
Tipo de exercício Frequência
Outros exercícios / intervenções
Objetivos do tratamento
Assinatura
© McKenzie Institute International 2021
INSTITUTO McKENZIE DO BRASIL
AVALIAÇÃO DAS EXTREMIDADES - MMII

HI ST Ó RI A Da ta :
Nome Bob
Data Nasc. Idade 40 Sexo: M / F
Endereço
Telefone:
Indicação: Clínico / Ortop. / Própria / Outra
Exigências de trabalho Contador, sentado

Atividades de lazer Basquete, caminhadas


Limitação funcional episódio atual Basquete

Pontuação questionário de incapacidade


NPRS (0-10) 2/10 SINTOMAS

Sintomas atuais Como no diagrama

Presentes desde 6 meses Melhorando / Estável / Piorando

Começou como resultado de jogando basquete ou sem razão aparente

Sintomas no início Calcanhar Parestesia: sim / não

História da coluna Nenhuma Tossir / espirrar: pos. / neg.

Sintomas constantes: Sintomas intermitentes: Calcanhar

Pior curvar sentado / levantando /1ºs passos em pé andar escada agachar / ajoelhar

manhã / durante o dia / final do dia parado / movimentando Dormir: prono / supino / lado D E

outros basquete, andar prolongado, andar na ponta dos pés

Melhor curvar sentado em pé andar escada agachar / ajoelhar


manhã / durante o dia / final do dia parado / movimentando Dormir: prono / supino / lado D E

outros repouso

Uso continuado faz a dor: Melhor Pior Nenhum efeito Distúrbio do sono: sim / não

Dor em repouso: sim / não Local: coluna / quadril / joelho / tornozelo / pé

Outras perguntas inchado fisgando / estalando / travando falseando / cedendo

Episódios anteriores Nenhum

Tratamentos anteriores Nenhum

Medicação AINEs NE

Saude geral / comorbidades Nenhum problema

Cirurgia recente ou relevante: sim / não


História de cancer: sim / não Perda inexplicada de peso: sim / não
História de trauma: sim / não
Imagens: sim / não RaioX = normal

Objetivos/expectativas do paciente Exercício ajudará. Precisa saber qual o certo. Sente que vai melhorar.
© McKenzie Institute International 2021
E X AM E F I S I C O
OBSERVAÇÃO DA POSTURA
Sentada: lordótica / neutra / cifótica Mudança na postura: melhor / pior / nenhum efeito Em pé: lordótica / neutra / cifótica
Outras observações: pé e tornozelo sem anormalidades

NEUROLÓGICO: NA / Motor / Sensorial / Reflexos / Neurodinâmico

MEDIDAS DE REFERÊNCIA (dor ou atividade funcional) Dor aumentando andando na ponta dos pés
EXTREMIDADES: quadril / joelho / tornozelo / pé

PERDA DE MOVIMENTO Gde Mod Min Sem Sintomas PERDA DE MOVIMENTO Gde Mod Min Sem Sintomas
Flexão Adução / Inversão ✓ Calcanhar
Extensão Abdução / Eversão ✓ Calcanhar
Dorsiflexão ✓ Calcanhar Rotação Interna
Flexão plantar ✓ Calcanhar Rotação Externa

Movimento Passivo (+/- pressão extra, sintomas e amplitude): DDM DFM


Dorsiflexão perda mínima ✓

Flexão plantar dolorosa


Resposta da dor ao Teste Resistido

Outros testes / posição mantida

COLUNA:
Perda de movimento Movimentos lombares todos com amplitude completa e sem dor
Efeito de movimentos repetidos NE FEPRep, EEPRep, EDRep
Efeito de posições mantidas Não testado
Teste da coluna: não relevante / relevante / problema secundário

Referência Sintomática: Sem dor

Testes Repetidos Resposta dos Sintomas Resposta Mecânica


Movimento ativo/passivo, Durante: Produz, Abole, Após: Efeito:  ou ADM, força Nenhum
teste resistido, teste funcional Aumenta, Diminui, NE Melhor, Pior, NM, NP, NE ou teste funcional principal Efeito
Dorsiflexão Rep PZ, DFM NPior ✓
Flexão Plantar (ativa/ passiva
NE NE ✓
+/- PExtra)
Flexão Plantar Resistida PZ, DDM NPior ✓
Efeito de Posições Estáticas Não testado

CLASSIFICAÇÃO PROVISÓRIA: Extremidade / Coluna


Derangement Directional Preference
Dysfunction: Articular / Contractile Postural
OUTROS (subgrupo)

POSSÍVEIS FATORES DE DOR / INCAPACIDADE Comorbidades Cognitivo – Emocional Contextual


Descrição

PRINCÍPIO DE TRATAMENTO
Educação
Tipo de exercício Frequência
Outros exercícios / intervenções
Objetivos do tratamento
Assinatura
Página 146 Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMII

Planilha de Estudo de Caso

História Nome: Nome:

Local dos Sintomas

Limitações Funcionais

Sintomas Atuais

Duração do Sintomas

Melhorando / Estável/ Piorando

Começou como Resultado

Constante/ Intermitente

O que Produz ou Piora

O que Abole ou Reduz

Dor em Repouso

Distúrbio do Sono

Saúde em Geral

Agudo / Sub-Agudo / Chônico

Trauma/ Início Insidioso

Classificação Provisória

 Copyright The McKenzie Institute International 2021


Parte C: MDT - Coluna Lombar Avançado e Introdução a Extremidades: MMI Página 147

Exame Físico Nome: Nome:

Observação

Referência Funcional

ADM Ativa

Movimentos Passivos

Movimentos Resistidos

Teste da Coluna

Movimentos Repetidos

(coluna ou extremidade)

Classificação Provisória

Prognóstico

Estratégias de Tratamento

 Copyright The McKenzie Institute International 2021

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