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Macroplaquetas e

Plaquetas Gigantes

Este ebook é um material rápido para consulta, e


seu desenvolvimento foi baseado no curso
HemoClass HC e no Desafio HEMATO 21

PAULO ROBERTO MERISIO

Novembro de 2019
O Autor
Paulo Roberto Merisio é Farmacêutico
e Bioquímico com Especialização e
Mestrado na área de Hematologia.
Reconhecido profissional e professor de
vários cursos de pós graduação no
Brasil, teve toda sua vivência acadêmica
e profissional com foco na Hematologia
Laboratorial.
Atualmente é diretor da HemoClass e
assessor de vários laboratórios de
análises clinicas no Brasil e exterior.
Mentor dos cursos HemoClass
Leucemias e HemoClass Hemostasia e
Coagulação, autor de vários e-books na
área da hematologia e coautor de
vários livros acadêmicos.
Um profissional de credibilidade e
atuante, que tem seu conhecimento
compartilhado em mais esse trabalho.
MACROPLAQUETAS

E de extrema importância que a morfologia das plaquetas seja


analisada em um hemograma / coagulograma, e suas alterações
sejam relatadas no laudo. A morfologia plaquetária muito nos
tem a dizer sobre o estado de ativação das plaquetas,
consequentemente quadros pró-trombóticos, síndromes
hematológicas, leucemias, entre várias outras situações
possíveis.
A plaqueta com alteração morfológica pode ser enquadrar em
algumas categorias: Microplaquetas, Macroplaquetas, Plaquetas
Gigantes, Plaquetas Cinzentas, Plaquetas Displásicas, Plaquetas
Agranulares e Plaquetas Bizarras.
Este material vai tratar especificamente sobre as
macroplaquetas e plaquetas gigantes, que são as alterações
mais comuns da rotina hematológica.
MACROPLAQUETAS
A figura abaixo mostra como acontece a ativação plaquetária.
Essa ativação depende dos receptores GP 1b-V-IX que vai ser o
intermediário da ligação da plaqueta com o fator de von
Willebrand. Ligando a este fator, a plaqueta se ativa e muda sua
forma, passando a ativar mais plaquetas pela secreção de vários
fatores, principalmente Tromboxano A2. Então as plaquetas já
ativadas aderem e agregam, via receptor GP IIB-IIIA, que
formará uma ponte de fibrinogênio entre as plaquetas.
Tanto as macroplaquetas quanto as plaquetas gigantes refletem
um quadro de ativação plaquetária como estados trombóticos
ou pró-trombóticos de uma maneira geral. É importante
salientar que as plaquetas maiores são mais propensas à
agregação, sendo fator de risco para trombose, se ela já não
estiver acontecendo. Também se observa o aumento das
plaquetas e mudança na sua morfologia nos quadros
sindrômicos de série mielóide.
MACROPLAQUETAS

A plaqueta normal mede de 1,5 – 3 µm de diâmetro enquanto


as macroplaquetas de 3 – 7 µm. Em indivíduos normais, de
modo geral, menos de 5% das plaquetas são maiores que o
normal. O tamanho das plaquetas aumenta gradualmente de
acordo com o tempo de armazenamento em EDTA, o que
justifica o relato de macroplaquetas somente se estiverem
acima de 5%.

Como reconhecer:
As macroplaquetas estão entre o tamanho de uma plaqueta
normal e uma hemácia, e as plaquetas gigantes são maiores do
que uma hemácia.

Como relatar:
As macroplaquetas devem ser relatadas se encontradas em uma
quantidade maior que 5%, sem necessidade de quantificação.
Ex: presença de macroplaquetas.
MACROPLAQUETAS

O que significa:
A interpretação das macroplaquetas é um tanto complexa, mas,
em suma, reflete um quadro de ativação plaquetária, que pode
acontecer em inúmeras situações, desde problemas
cardiovasculares, até trombose e também doenças
inflamatórias. Podem acontecer também nas síndromes
mielodisplásicas e outros transtornos mielóides, e neste caso
não reflete ativação, e sim um distúrbio de produção.
MACROPLAQUETAS
MACROPLAQUETAS
PLAQUETAS
GIGANTES
Diferentemente das macroplaquetas, as plaquetas gigantes
podem ser maiores que as hemácias (10 – 20 µm) e podem ser
identificadas pelos alarmes dos equipamentos automatizados.
Alguns equipamentos podem conta-las como leucócitos ou
hemácias, aumentando assim a contagem destes e diminuído a
contagem de plaquetas, dependendo da quantidade de
plaquetas gigantes.
Quanto ao seu relato as opiniões divergem, mas em suma,
devem ser relatadas mesmo em pequena quantidade.

Como reconhecer:
Estrutura plaquetária maior do que a hemácia, podendo ainda
ter formas bizarras.

Como relatar:
Somente citar no hemograma. Relatar mesmo em baixas
quantidades.
PLAQUETAS
GIGANTES
O que significa:
As plaquetas gigantes seguem, na maioria das vezes, o mesmo
perfil de interpretação das macroplaquetas. São resultado de
ativações plaquetárias e também estão presentes em síndromes
como bernard soulier, na síndrome mielodisplásica, púrpuras
trombocitopênicas e outros quadros hematológicos. O
diferencial é que as plaquetas gigantes falam mais a favor das
síndromes do que casos de ativação plaquetária.
PLAQUETAS
GIGANTES
PLAQUETAS
BIZARRAS
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