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Declarações racistas de Ellen

G. White, que era contra o


casamento entre brancos e
negros, exigem retratação dos
líderes da IASD

Amados leitores; eis mais um tema bastante polêmico; isso,


devido a certas declarações de Srª. Ellen G. White. Sim; como
o título já diz, estamos falando das orientações onde ela cita
os negros ou a raça negra. Seus escritos foram
preconceituosos? Sim? Não? Tais afirmações vieram mesmo de
Deus? Estavam em sintonia com a Bíblia? Será que as
declarações da Sra. White foram realmente como alegam alguns
teólogos, para “proteger” a raça negra do racismo; ou apenas
para alimentá-lo ainda mais? Seriam estas declarações “só para
aquele tempo”?

Como Ellen White não escreveu absolutamente nada sobre como


descobrir a “validade” de suas visões; então, como poderemos
compreendê-la? (Curioso para nós adventistas, é como a
administração segue certos escritos dela até hoje, mas outros
eles deixam simplesmente aos ventos) Até quando deveria haver
essa “abstinência” matrimonial/racial?

Existem várias outras, mas separamos algumas citações da Sra.


White, para uma pequena análise. Pedimos a todos que, por
favor, examinem com bastante atenção tudo que for exposto, de
preferência, sempre conferindo nas fontes (os grifos são
nossos):

“O nome do negro está escrito no livro da vida, junto do nome


do branco. Todos são um em Cristo. Onascimento, a posição,
nacionalidade ou cor não podem elevar nem degradar os homens.
O caráter é que faz o homem. Se um pele-vermelha, um chinês ou
africano rende o coração a Deus em obediência e fé, Jesus não
o ama menos por causa de sua cor. Chama-lhe Seu irmão muito
amado.” (The Southern Work, pág. 8, escrito em 20 de março de
1891. )

]“Você não tem licença de Deus para excluir as pessoas de cor


de seus lugares de culto. Tratá-los como propriedade de
Cristo, que eles são, tanto quanto vocês. Eles devem serem
membros da igreja com os irmãos brancos. Todo esforço deve ser
feito para acabar com a terrível e errada escravidão que
fizeram deles. Ao mesmo tempo, não devemos levar as coisas ao
extremo e executando em fanatismo sobre esta questão. Alguns
poderiam pensar que tem o direito de derrubar todas as paredes
de partição e casam com pessoas de cor, mas isso não é a coisa
certa a ensinar ou praticar. “ (The Southern Work, P. 15 –
www.ellenwhiteexposed.com-
Ellen White and the Negro Race)

têm sido erigidos muros de separação entre os brancos e os


negros. Esses muros de preconceito ruirão por si mesmos, como
aconteceu com os muros de Jericó, quando os cristãos
obedecerem à Palavra de Deus, a qual recomenda que tenham
supremo amor a seu Criador e amor imparcial ao próximo.”
(Review and Herald, 17 de dezembro de 1895).

“Oportunidades estão sempre aparecendo nos Estados do Sul, e


muitos homens de cor são chamados ao trabalho. Mas, por muitas
razões, os brancos devem ser escolhidos como líderes. Todos
nós somos membros de um corpo que é completo unicamente em
Jesus Cristo, que vai elevar seu povo do baixo nível que o
pecado degradou e então serão colocados onde devem ser
reconhecido nas cortes celestiais como trabalhadores juntos a
Deus.”(Testimonies for the Church volume 9, pg 202.)

“As pessoas de cor não devem pressionar para serem colocados


em igualdade com os brancos.” –( Testimonies for the Church
volume 9, pg 214).

“O trabalho de proclamar a verdade para este tempo não deve


ser prejudicado por um esforço para ajustar a posição da raça
negra.” (Testimonies Vol. 9., Página 214, parágrafo 4)

“Somos uma irmandade. Não importa qual o ganho ou a perda,


temos de agir nobre e corajosamente à vista de Deus e de nosso
Salvador. Que nós, como cristãos que aceitam o princípio de
que todas as pessoas, brancas e negras, são livres e iguais,
adotemos este princípio, e não sejamos covardes em face do
mundo, e em face dos seres celestiais. Devemos tratar as
pessoas não-brancas com o mesmíssimo respeito com que tratamos
as brancas. E podemos agora, por preceito e pelo exemplo,
ganhar outros para o mesmo procedimento. Mas há uma objeção ao
casamento de brancos com negros. Todos devem considerar que
não têm o direito de trazer a sua prole aquilo que a coloca em
desvantagem; não têm o direito de lhe dar como patrimônio
hereditário uma condição que os sujeitaria a uma vida de
humilhação. Os filhos desses casamentos mistos têm um
sentimento de amargura para com os pais que lhes deram essa
herança para toda a vida. Por essa razão, caso não houvesse
outras, não deveria haver casamentos entre brancos e negros.
(Manuscrito 7, 1896).

“Em resposta a indagações quanto à conveniência de casamento


entre jovens cristãos brancos e negros, direi que nos
princípios de minha obra essa pergunta me foi apresentada, e o
esclarecimento que me foi dado da parte do Senhor foi que esse
passo não devia ser dado; pois é certo criar discussão e
confusão. Tenho tido sempre o mesmo conselho a dar. Nenhuma
animação deve ser dada a casamentos dessa espécie entre nosso
povo. Que o irmão negro se case com uma irmã negra que seja
digna, que ame a Deus e guarde os Seus mandamentos. Que a irmã
branca que pensa em unir-se em casamento a um irmão negro se
recuse a dar tal passo, pois o Senhor não está dirigindo nessa
direção. O tempo é demasiado precioso para ser perdido no
conflito que surgirá em torno desse assunto. Não se permita
que questões dessa espécie afastem nossos pastores de seu
trabalho. O dar tal passo criará confusão e embaraço. Não será
para o avançamento da obra ou da glória de Deus.”(Carta 36,
Sanatório, Califórnia, 7 de agosto de 1912 )

“Vocês são filhos de Deus. Ele adotou vocês, e Ele deseja que
formem características aqui que lhes darão entrada na família
celestial. Lembrando disso, você será capaz de suportar as
provações que encontrará aqui. No céu não haverá nenhuma linha
de cor, pois todos serão brancos como o próprio
Cristo.Agradeçamos a Deus por podermos ser membros da família
real.”

(O Arauto do Evangelho, 01 março de 1901, n º 20)(The Gospel


Herald, March 1, 1901, paragraph 20, Article Title: Trust in
God.)
“Homens de cor estão inclinados a pensar que eles estão
equipados para o trabalho para as pessoas brancas, quando
deveriam dedicar-se a fazer trabalho missionário entre as
pessoas de cor. Há muito espaço para inteligentes homens de
cor para o trabalho para seu próprio povo. Que aqueles homens
de cor que estão equipados para o cargo de superintendente de
Escola Sabatina lembrem que eles podem fazer uma obra muito
necessária, estabelecendo escolas dominicais e Escola
Sabatina, entre as pessoas de cor. (Manuscript Releases,Volume
Quatro, página 18 parágrafo 2 página-19 n º 3.)

Como os amigos leitores devem ter notado; temos declarações


favoráveis aos negros… E outras nem tanto, não é mesmo? Aliás,
algumas delas incisivas e totalmente arrasadoras.O objetivo
deste artigo é demonstrar a atitude ambígua, do tipo “morde e
assopra”que ela usou ao escrever sobre os negros. Mas afinal
de contas; de que lado Ellen White realmente estava?

Antes de iniciarmos a análise sobre o tema em questão,


gostaríamos de lembrar que: Deus é Amor.

Todos sabem muito bem as barreiras criadas entre negros e


brancos no passado: Seja nos locais de trabalho, nas
instituições, nas escolas, nos hospitais, estabelecimentos em
geral, em muitos locais havia ala para brancos e ala para
negros. Havia até mesmo bairros só para negros… Essas
separações preconceituosas tiveram em sua origem o forte
racismo que predominava na época. Talvez podem ter sido ainda
mais fortalecidas, justamente por certas declarações… Como
essas que EGW escreveu. Ou não? Que cada um tire suas próprias
conclusões.

Desde o amálgama.

Este artigo não é sobre esse tema, mas tem forte relação com
ele; assim sendo, pedimos que todos que não leram ainda, que o
façam (clique aqui: ). As declarações da Sra. White sobre o
amálgama, (na qual afirmava que tal pecado gerou certas raças
de homens que não foram criados por Deus e podiam ser vistos
na sua época) criaram deduções e alimentaram insinuações
racistas sobre os negros.

Depois do “barulho” causado e do silêncio de EGW sobre isso,


podemos até presumir que ela tentou se redimir mais tarde,
escrevendo algumas palavras de apoio aos negros. Mas o que
fica em aberto mesmo é: Se desde o princípio ela era uma
“protetora” dos negros, por que ficou calada diante do racismo
existente na igreja em sua época? Uria Smith escreveu um livro
onde alimentava o racismo contra os negros e a Sra. White nada
fez, e o que é pior, ela ainda ajudou a distribuir muitos
exemplares do tal livro.

Os muros cairão – Então devemos reforça-los?!

“ Têm sido erigidos muros de separação entre os brancos e os


negros. Esses muros de preconceito ruirão por si mesmos, como
aconteceu com os muros de Jericó, quando os cristãos
obedecerem à Palavra de Deus, a qual recomenda que tenham
supremo amor a seu Criador e amor imparcial ao próximo. ”
— Review and Herald, 17 de dezembro de 1895.

Observem a contradição: Se todos devemos amar imparcialmente o


próximo e na Bíblia já estava escrito que Deus não faz acepção
de pessoas (Atos 10:34), como que Ellen White levanta mais uma
parede, proibindo o casamento inter-racial? Será que as
declarações dela sobre a proibição do tal casamento, não
ajudaram a“reforçar os muros” que ela mesma citou?

Não é contraditório? “As paredes do preconceito cairão, quando


os cristãos obedecerem à palavra de Deus, que prescreve amor
imparcial ao seu próximo…” Mas ao mesmo tempo, segundo EGW,
casamento entre brancos e negros não é direção de Deus!

“Mas há uma objeção ao casamento de brancos com negros. Todos


devem considerar que não têm o direito de trazer a sua prole
àquilo que a coloca em desvantagem; não têm o direito de lhe
dar como patrimônio hereditário uma condição que os sujeitaria
a uma vida de humilhação.” Manuscrito 7, 1896.

Numa linguagem mais acessível, ficaria mais ou menos assim:

“Vocês devem amar imparcialmente seu próximo, mas não devem


permir que brancos casem com negros. Essa proibição é para
proteger os filhos de uma coisa ruim que os negros vão trazer
para o casamento: A raça.”

Estranho não? Se todos os cristãos seguissem a mensagem de


Ellen white proibindo casamentos inter-raciais, como que os
“muros do preconceito” iriam desmoronar? Ela diz que eles (os
muros) cairiam, mas ao mesmo tempo, levanta mais um
(gigantesco ainda por cima)? E notem que ela compara a queda
dos muros de Jericó, com o racismo de sua época; mas, ora, os
muros de Jericó ruíram devido ao poder de Deus através do som
das buzinas dos sacerdotes juntamente ao grande brado do povo
(Josué 6:2-20), conforme Deus orientou. Os muros não caíram
por si mesmos, como ela relatou. Houve um propósito, houve um
planejamento, houve uma ação! E como os muros do preconceito
cairiam sozinhos, se a “mensageira divina”, escreve tal
absurdo sobre o casamento? A Sra White só reforçou os tais
“muros”, adiando em muito o “brado do povo” contra o racismo.

Proteção para os negros ou para os brancos?

“Se um pele-vermelha, um chinês ou africano rende o coração a


Deus em obediência e fé, Jesus não o ama menos por causa de
sua cor. Chama-lhe Seu irmão muito amado. ” The Southern
Work, pág. 8, escrito em 20 de março de 1891.

Vejam que os pele-vermelha (índios) entre outros; estão dentro


da mesma situação que o africano (negro); mas por quê EGW
reprovou somente o casamento entre brancos e negros? Se ela
queria “proteger” uma raça, por que só os negros foram
citados? É notório que os índios e outros povos não-brancos,
também sofriam! É bem válido lembrar que o tempo de Ellen
White (século XVIII), era o tempo do “Faroeste”, os índios
estavam sendo mortos e expulsos de suas terras no oeste dos
EUA. Havia muito preconceito para com os índios americanos;
mas então, segundo EGW, podia haver um casamento de brancos
com índios? E um índio com negro? Ellen white não falou nada
sobre esses tipo de casamento; mas havia o racismo contra o
índio, sim! Deus então queria “proteger” só os negros e os
índios não? Não é estranho?

Seremos “brancos” como Cristo?

“No céu não haverá nenhuma linha de cor, pois todos serão
brancos como o próprio Cristo”. O Arauto do Evangelho, 01
março de 1901, n º 20 (em inglês).

Ao declarar que “no Céu todos serão brancos como Cristo”;


Ellen White só fez esmagar ainda mais o tão sofrido ego dos
negros. Mesmo que tal afirmação fosse verdadeira, ela poderia
ter poupado as pessoas negras de sofrer tamanha humilhação
devido a tal declaração. Ela não vivia num tempo fortemente
racista? Segundo seus defensores; ela não queria “proteger” os
negros? Ao escrever tal coisa, muitos brancos com certeza
ficaram “inchados de orgulho” e podem ter usado tal escrito
para denegrir e arrasar ainda mais a raça negra. Por amor ao
bom senso e a razão: É assim que se “protege” alguém? Aqui
Ellen White exaltou a raça branca a altura do divino e
rebaixou a negra ao nível do esquecimento, ou seja, deu mais
“munição” aos racistas, isto é obvio, isso é inegável.

Quem foi “covarde”?

“Que nós, como cristãos que aceitam o princípio de que todas


as pessoas, brancas e negras, são livres e iguais, adotemos
este princípio, e não sejamos covardes em face do mundo”.
Manuscrito 7, 1896.

Diante desta declaração, perguntamos agora: Se não devemos


“ser covardes perante o mundo”, por que declarou algo que só
favoreceu e fortaleceu o preconceito e a covardia que o mundo
apresentava contra as pessoas de cor? Pelo visto, aquele casal
inter-racial que queria o matrimônio (e EGW desaprovou
totalmente em carta), este casal sim, não foi covarde em face
do mundo! E notem que a ela não esboçou nenhuma reação de
lamento ou pesar para com o sentimento do tal casal. Em outras
palavras, ela taxativamente disse para o negro procurar uma
negra e a branca procurar um branco, e que esquecessem tal
união. Simples e direto assim, sem “floreios”.

Livres e iguais?

É verdade que ela também afirmou que “somos uma irmandade” e


que “todos são livres e iguais” (Mens. escohidas, vol. 2, pag,
343, par. 2). Mas na hora de casar, aliberdade e a igualdade
acabam? Então, não seriam as pessoas assim realmenteiguais,
muito menos livres. Se a pessoa não pode se casar com quem
ama, porque a cor de sua pele é diferente e isso causa
revolta, preconceito e até mesmo o próprio Deus desaprova…
Então ninguém é livre, ninguém é igual…

Na sequencia de suas declarações nós encontramos a seguinte


afirmação:“Nenhuma animação deve ser dada a casamentos dessa
espécie entre nosso povo”- Mesmo dentro da “igreja verdadeira”
e do “povo escolhido” (adventista), tal amor e relacionamento
não deveria chegar ao matrimônio; isso seria “uma perda de
tempo” e parece que os pastores da época tinham coisas mais
importantes para fazer do que ajudar um casal inter-racial que
se amasse.

O casal deveria escolher entre viver em pecado (viver juntos


sem casar) ou arrancar de qualquer jeito o sentimento de amor
de dentro do peito, pois os pastores estavam muito ocupados
pregando a “verdade”; e não seria interessante para o avanço
da “obra de Deus”, unir em matrimônio quem se ama, mas tem a
cor da pele diferente. Não podemos deixar de notar o acentuado
desprezo para com os sentimentos alheios… Ou seria mais uma
invenção desse “maldito” site? O que os nobres leitores acham?

Na direção de quem?

A Sra. White afirmou que não deveria haver casamentos desse


tipo; “pois o Senhor Deus não estava orientando nessa direção”
(Carta 36, Sanatório, Califórnia, 7 de agosto de 1912 ). Com
base na linha de raciocínio acima, imaginemos por um momento,
se todas, repetindo, todas as pessoas da época em que foram
escritas estas declarações (1912) absorvessem essa “mensagem
celestial” colocando-a em prática. Com o passar do tempo, os
“mestiços” iriam diminuindo, desaparecendo, e quando chegasse
a surgir algum bebê de cor, vocês conseguem imaginar a reação
das pessoas? Elas não diriam frases como:

“Lá vai o fruto de um ato pecaminoso, contra a vontade de


Deus”.

Agora vejam amigos leitores:

A frase que acabamos de escrever é injusta?

É preconceituosa?

É racista? Seja sincero e responda… Já respondeu?

O caso é que, segundo as declarações de EGW, ela está correta,


pois um mestiço seria fruto de uma desobediência a Deus.

Prezado leitor; se tal casamento não era na direção do Senhor,


então era na direção de quem? Obviamente, aquilo que não é na
direção de Deus, é contra Deus. E sendo contra Deus,
logicamente é a favor de quem? Quem é o anticristo? Quem é
contra Deus? Satanás. Então podemos dizer que, todos os casais
inter-raciais que se amavam genuinamente e queriam se casar
naquele tempo… eram na direção de satanás? Mas satanás é amor?
Ele tem o poder de colocar amor genuíno no coração das
pessoas?

E o amor ao próximo? Passou bem longe…

Vamos repetir a pergunta que fizemos alguns parágrafos atrás:


É assim que se “protege” alguém contra o preconceito? Criando
mais preconceito? Dizendo que Deus não aprova um casamento com
o amor que Ele próprio colocou? Que os filhos nascerão em
“desvantagem” em relação as demais crianças? Que os bebês
seriam “marcados” para sempre por um rastro de inferioridade?
Por quê EGW abriu a Bíblia, citando as passagens sobre acepção
de pessoas que já estavam escritas havia quase 2.000 anos?
Vejam a que ponto chega as contradições de EGW; chequem as
datas após as declarações: Em 1912 (Carta 36- sanatório 07 de
agosto 1912), três anos antes de sua morte, ela deixa claro
que tal casamento causa embaraço, confusão e não é para a
“obra” ou glória de Deus. Mais uma vez: Como que um casamento
com amor (e Deus é Amor) não é para sua obra? Será que Deus
não colocou mais amor no coração de casais inter-raciais após
esses escritos? E aqueles que se amavam quando a mensagem
chegou? Então será que Deus “tirou” o Amor de dentro deles? Ou
Deus colocou o amor verdadeiro, mas ao mesmo tempo disse:

“Tem amor mais morram sofrendo; não podem se casar”.

Se tal casamento não é da direção de Deus, então, obviamente


podemos dizer que Deus não colocou legítimo amor neste casal,
pois Deus estaria sendo contraditório. Dizer que um casal
inter-racial não deve se casar, é o mesmo que dizer que tal
casal não se ama de verdade; então como poderemos afirmar
isso? Baseando-nos na cor da pele? Ocorre que, como já
dissemos antes, Deus é amor… Quem é contra o casamento
legítimo por amor é contra o amor, e quem é contra o amor,
também é contra a direção de Deus. O racismo e o preconceito é
que na verdade estão fora da direção de Deus, não o casamento.
Ellen White escreveu ainda:

“O casamento é como o amor de Cristo por seu povo escolhido”


Carta a jovens namorados pág. 16

Pois é; parece que no caso de casal inter-racial, o amor é


“diferente”, não é mesmo?

O que era mais importante?

“O trabalho de proclamar a verdade para este tempo não deve


ser prejudicado por um esforço para ajustar a posição da raça
negra.” Testimonies Vol. 9, Página 214, parágrafo 4.

Perceberam amigos leitores? Não conseguiram? Avaliemos juntos:


Jesus Cristo disse que os mandamentos mais importantes, eram
os que falavam do amor; e a acepção de pessoas é totalmente
contra o amor ao próximo. Mas segundo a Sra. White, o mais
importante não era combater o preconceito que impedia o amor
ao próximo… O mais importante era proclamar a “verdade” (que
ela afirmava estar em seus livros); ou seja, era muito mais
importante, as pessoas aceitarem as mensagens contidas em suas
publicações; do que se preocupar, por exemplo, com o
sofrimento dos irmãos de cor.

O “direito ao racismo”?

Essa é simplesmente de amargar: “Alguns poderiam pensar que


tem o direito de derrubar todas as paredes de partição e casam
com pessoas de cor, mas isso não é a coisa certa a ensinar ou
praticar.” ( The Southern Work, P. 15; Ellen White and the
Negro Race – www.ellenwhiteexposed.com)

Cremos não ser necessário comentar: O texto fala por si mesmo.

Retrocesso:

Na grande guerra civil americana (1861-1865) tendo como


principais causas a escravidão e o racismo, na qual, graças à
Deus, o lado libertador venceu; estima-se que mais de 615.000
homens morreram (80% negros). O sacrifício daqueles que
lutaram e morreram contra a escravidão e o preconceito seria
em vão? Pois observem, 47 anos depois da guerra terminar, o
lado libertador vencer, Deus manda uma “mensagem” desaprovando
o casamento entre negros e brancos? O que é isso? Estaria Deus
ordenando o retrocesso ao racismo?

O resultado da análise de todos os textos citados até agora,


nos leva a crer que Ellen White seria mais um exemplo clássico
de contradição… ou talvez, conforme o titulo deste artigo; Ela
estaria disseminando uma espécie de racismo disfarçado!
Analisando as declarações da Sra White, nota-se que ela agiu
dentro de um amplo espectro de conveniência. Ela não podia
apresentar segregação, pois a Bíblia condena; mas ao mesmo
tempo, seguiu a tendência racista da época, que não aceitava
tal matrimônio. Assim sendo, escreveu frases a favor dos
negros, palavras de apoio a raça negra; só que esse apoio
(tapinha nas costas) teve um limite e a proibição de casamento
entre brancos e negros… Era tudo que a elite racista da época
queria ler. Diante desse fato surge mais uma questão: EGW
queria proteger os negros dos brancos ou os brancos dos
negros?

Novamente, a atitude da “mensageira” foi muito semelhante à


daquele sujeito que diz: “Não tenho nada contra uma jovem
branca se casar com um negro… Desde que não seja com a minha
filha!” Seria numa linguagem mais simples, como se EGW tivesse
dito: “Vocês negros, são iguais a nós, brancos… Mas fiquem na
sua! Cada um no seu quadrado”. Ou ainda: “Não sou racista,
apenas sou contra o casamento entre brancos e negros…”

Em sintonia com o pensamento da época:

Convidamos agora todos a analisarem conosco alguns registros


sobre a história do racismo (todos os grifos são nossos):

“Quando os europeus, no século XIX começaram a colonizar o


Continente negro (África), encontraram justificações para
impor aos povos colonizados as suas leis e formas de viver.
Uma dessas justificações foi a idéia errônea de que os negros
eram uma “raça” inferior e passaram a aplicar a discriminação
com base racial nas suas colônias, para assegurar determinados
“direitos” aos colonos europeus.O caso mais extremo foi a
instituição do apartheid na África do Sul, em que essa
discriminação foi suportada por leis decretadas pelo Estado.

Foi durante a expansão espanhola e portuguesa na América que


surgiu a ideia de se buscar uma sustentação ideológica
influenciada pela religião de que os índios não eram seres
humanos. Estes eram animais e portanto era justificadapor Deus
a sua exploração para o trabalho, desta forma eram socialmente
aceitos os suplícios a que eram submetidos, estendendo-se logo
esta crença para a raça negra.”
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_racismo

“O pensamento dominante na época (fim do século XIX) era


fortemente influenciado pelo evolucionismo e pela teoria de
seleção natural de Charles Darwin. Segundo as mais expressivas
concepções dessa corrente, não somente o negro tende a ser
visto como ser inferior ao branco na escala da evolução como o
mestiço apresenta em si um problema. Alguns pensadores do
darwinismo social chegaram a insinuar que o mestiço seria
também infértil. Daí a origem da palavra mulato, termo oriundo
de “mula”, híbrido nascido do cruzamento do cavalo com o
jumento. A explicação ideológica para isso seria a tentativa
de desestimular as relações inter-raciais.”

Fonte:

http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/somos_ou_nao_s
omos_racistas__3.html

“O moderno racismo europeu encontrou fundamento teórico na


obra do conde de Gobineau, “Essai sur l’inégalité des races
humaines” (Ensaio sobre a desigualdade das raças humanas)
publicada em meados do século XIX. Nela, o autor francês
sustentou que a civilização européia fora criação da raça
ariana, uma minoria seleta da qual descendiam as aristocracias
de toda a Europa e cujos integrantes eram os senhores
“naturais” do resto da população. Outro paladino do racismo
foi Houston Stewart Chamberlain, que, embora inglês de
nascimento, tornou-se conhecido como “antropólogo do kaiser”.
Publicou na Alemanha, em 1899, “Die Grundlagen des neunzehnten
Jahrhunderts” (Os fundamentos do século XIX), obra em que
retomou o mito da raça ariana e identificou-a com o povo
alemão. Outros autores, como Alfred Rosenberg, também
contribuíram para criar a ideologia racista. Esta, convertida
em programa político pelo nazismo.”

Fonte: http://www.coladaweb.com/sociologia/racismo

A pergunta que nunca vai calar:


Após esta pequena viagem na história, perguntamos a todos os
nobres leitores:Durante o apartheid na África do Sul, qual foi
o impacto da “mensagem divina” de Ellen White sobre casamentos
inter-raciais? Será que ela “protegeu” os negros ou só piorou
ainda mais as coisas? Como as pessoas envolvidas naquele
conflito interpretaram as palavras de EWG? Pelo bem da
honestidade respondam: Após as informações Históricas acima,
alguém ainda arriscaria dizer, que os escritos de Ellen White
não alimentaram ainda mais o pensamento racista vigente em sua
época ou em qualquer outra?

Leis racistas dos homens caindo; mas a “mensageira de Deus”


não percebia?

Um pouco mais de história:

“Leis anti-miscigenação, também conhecidas como leis da


miscigenação, foram leis que proibiam casamentos inter-raciais
e por vezes sexo inter-racial entre brancos e membros de
outras raças. Nos Estados Unidos, casamento, coabitação e sexo
inter-raciais foram denominados como miscigenação a partir
de1863.”

Na América do Norte, leis contra casamento e sexo inter-


raciais existiram e foram praticadas nas Treze colôniasa
partir do século XVII e subseqüentemente em vários estados e
territórios dos Estados Unidos da América até 1967. Leis
semelhantes foram também aplicadas na Alemanha Nazista de 1935
até 1945, e na África do Suldurante o Apartheid de 1949 até
1985.”

Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Leis_antimiscigena%C3%A7%C3%A3o

Solicitamos a todos os leitores que atentem bem a tabela


abaixo:

DECRETOS DAS LEIS ANTI-MISCIGENAÇÃO NAS TREZE COLÔNIAS E NOS


ESTADOS UNIDOS
LEIS ANTI-MISCIGENAÇÃO REVOGADAS ATÉ 1887

Raças
proibidas
Adoção Revogação
Estado de casar Nota
da lei da lei
com
brancos
Illinois 1829 1874 Negros
Iowa 1839 1851 Negros
Lei revogada antes
de chegar à
Kansas 1855 1859 Negros
constituição
estadual
Lei revogada antes
de chegar à
Novo México 1857 1866 Negros
constituição
estadual
Negros,
Maine 1821 1883 Nativos
Americanos
Aprovou a lei de
1913 que impedia
Negros, casais de fora do
Massachusetts 1705 1843 Nativos estado de
Americanos contornar as leis
anti-miscigenação
do estado
Michigan 1838 1883 Negros
Último estado a
revogar a lei
anti-miscigenação
Ohio 1861 1887 Negros
antes da
Califórnia o ter
feito em 1948
Pensilvânia 1725 1780 Negros
Lei revogada antes
Negros,
de chegar à
Washington 1855 1868 Nativos
constituição
Americanos
estadual
(Para saber mais:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Leis_antimiscigena%C3%A7%C3%A3o)

A estranha atitude de EGW:

Vejam amados leitores: A tabela acima mostra claramente que


diversos estados já haviam revogado a tal lei anti-
miscigenação, inclusive Michigan, onde Ellen White morou e
atuou! Observem que as principais declarações dela contra o
casamento misto (Manuscrito 7, 1896 e Carta 36, Sanatório –
Califórnia, 7 de agosto de 1912) foram escritos depois que
vários estados já tinham revogado a tal lei absurda e racista!
E os senhores observaram os anos de revogação? Ellen White
estava viva e atuante, porém desconhecemos qualquer tipo de
declaração escrita dela, elogiando, frisando ou apoiando a
atitude desses Estados. Isso não é no mínimo… Estranho?
Após a grande guerra civil americana(1861-1865), a escravidão
caiu… Diversos estados na época revogaram a lei
antimiscigenação… Mas aí vem a “mensageira” e, ao invés de ser
firme nos princípios Bíblicos quanto a acepção de pessoas;
não… Ela reacende o preconceito. Isso os Pastores e Teólogos
(adventista) nunca te contaram, não é mesmo amigo leitor?

O mais poderoso aliado – Deus:

Estimados leitores; não se combate o racismo e preconceito…


com mais racismo e preconceito. Não se apaga fogo com
gasolina; e o pior resultado das declarações de Ellen White,
foi que o racismo ganhou o mais poderoso aliado: Deus.
Imaginem um casal de raças diferentes declarando amar-se
eternamente… Então vem correndo um adventista com o livro de
EGW nas mãos dizendo:“Lamento, mas nada de relacionamento,
nada de noivado. Isso não pode ir avante, olha, vamos proteger
vocês do racismo, certo? Evitaremos um filho com desvantagem…
Pois está aqui, escrito pela representante de Deus na terra,
que vocês não podem se casar, é contra a direção de Deus.”

A mensagem de Ellen white, só acrecentou o argumento “em nome


de Deus”, a favor do preconceito. Isso com certeza aumentou
ainda mais o racismo e não há como negar esse fato.Quem aboliu
a “mensagem divina” de EGW sobre os negros?Foi justamente pelo
processo de mistura de raças através dos tempos que o racismo
foi se enfraquecendo. Famílias de raças diferentes foram
unidas através desses casamentos. Graças aos primeiros casais
inter-raciais que no passado foram contra a mensagem Whiteana;
os mestiços foram crescendo em número.Aos poucos vários
movimentos anti-racismo foram surgindo.
Perguntamos a todos os leitores: Se Ellen White trazia a
mensagem de Deus, quem aboliu essa orientação, ou mandamento?
Ela escreveu tal coisa em 1912 e em 1915 ela morreu. Qual o
novo profeta que aboliu tal mensagem? A palavra de Deus só
pode ser abolida pela própria palavra de Deus. O Novo
Testamento dá por cumprido e encerrado o Antigo Testamento.
Cadê a “palavra” que encerra ou anula a tal mensagem sobre
proibição de casamentos?

Quem desobedeceu essa mensagem e se casou, então estava contra


Deus? Mas até quando? Se fosse em 1920 (oito anos depois de
escrita a mensagem) tal “orientação divina” podia ser
desobedecida? E em 1930? E 1935? 1940? 1950? 1958? E 1960? E
1970? 1980?Pelo bem da honestidade respondam:
Quando foi que os casais inter-raciais “desobedeceram” a
Deus?Quando e quem aboliu tal “palavra divina”?

A própria Ellen White escreveu que: “Deus não consulta nossas


conveniências, quanto a seus mandamentos” (Test.seletos vol.
2, pg. 182). Neste caso, então Deus consultou a pecaminosa
conveniência do preconceito e se curvou ao racismo?

Percebam agora como é confusa a linha de raciocínio, tanto de


EGW, quanto dos teólogos que são seus defensores:1 – A
sociedade é racista; suas leis são racistas, então Deus manda
uma mensagem que separa brancos e negros. Para não distoar do
pensamento vigente; a ordem divina proíbe o casamento inter-
racial.2 – Tem início o movimento antirracismo nos Estados
Americanos. Leis são abolidas; decretos são revogados; a
sociedade começa a mudar de pensamento.
3 – Para não “posar diferente na foto” e não distoar da
opinião da maioria é necessário agora desobedecer/ignorar
aquela mesma “ordem divina”.

A pergunta agora é: Deus mandou uma mensagem simplesmente para


que fosse desobedecida mais tarde? Deus não é de confusão;
então aonde está a explicação para tal absurdo?Como podemos
observar, categoricamente que quem foi o verdadeiro
responsável, tanto pelo surgimento da ordem proibindo
casamentos inter-raciais, quanto pelo esquecimento e desuso
desta mesma ordem; foi justamente a sociedade da época:

A “inspiração divina” foi fortemente influenciada pelo


pensamento vigente. Após isso, tanto a liderança, quanto a
membresia, deixaram de lado os “ensinamentos divinos” para
também seguir a tendência da sociedade. Simples assim, não há
o que complicar...Questões para refletir:E se EGW, usando
passagens do Evangelho, tivesse aprovado o tal casamento
misto? E se ela tivesse dito que o casamento é fruto do Amor,
que o Amor não distingue tribo, cor ou raça, que Deus aprova
todo casamento não importando os preconceitos dos homens, que
toda união com Amor Deus aprova, e etc… O que diriam os
adventistas hoje? Que ela errou ao afirmar isso no seu
tempo,ou que estava certa seguindo a Bíblia?Complicado de
responder?

Na verdade, qualquer que fosse a “posição oficial” de Ellen


White frente a questão; seus seguidores sempre inventariam uma
desculpa para tentar provar que ela estava certa:1 – Se ela
afirmasse que o tal casamento não era na direção de Deus;
então aqueles que ganham com a venda de seu livros diriam:
“Oh, era oportuno para época… Ela fez isso para proteger os
negros”.2 – Mas se ela defendesse o tal casamento; então
estaria “reafirmando o Amor de Deus”, estaria “seguindo a
Bíblia”, estaria “ensinando mensagens contra o racismo” e
etc...

Conclusão: Não importa o que dissesse, para aqueles que tem


lucros com seu livros ela estaria sempre “certa”.

Depois da exposição de todo o conteúdo deste artigo, resta


agora apenas uma última pergunta a ser feita:

E se Ellen white fosse negra…


Será que ela teria escrito as mesmas coisas???
Artigo adaptado da publicação feita no site: Ex-adventista.com

fONTE:
http://www.anunciandojesus.com/e_books/egw/egw_casamento_inter
-racial/egw_casamento_inter-racial.htm

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