Turma: 6º semestre Professor: Plinio Lacerda Martins Aluno(a): Júlio Cesar Santos da Silva Resumo da Palestra do Professor Rafael Mônaco
Na palestra ampliamos nosso conhecimento do Art. 43 do CDC, compreendendo a
complexidade da sua aplicação no mundo fático e a importância dos Bancos de Dados para um sistema econômico baseado no crédito – como vivemos no Brasil. Ao entender que o crédito prescinde confiança entre contratado e contratante, uma vez que envolve uma prestação presente com promessa de prestação futura, há relevância para a existência dos Bancos de Dados fim possibilitar melhor desenvolvimento econômico corrigindo uma assimetria de informações sobre o contratante do crédito. O Professor Rafael explicou o desenvolvimento do Sistema de Crédito, bem como a cobrança pelo inadimplemento, e como o Sistema de Banco de Dados foi se desenvolvendo. Na atualidade pensamos num sistema de proteção/defesa do crédito; significa dizer que realiza-se uma tutela externa do crédito através da confirmação de “bons antecedentes” para seleção dos consumidores que solicitam crédito, evitando inclusive o endividamento excessivo do consumidor. À lus da Lei de Cadastro Positivo (12.414/2011) e da Lei Geral de Proteção de Dados (13.709/2018), explicou como os Arquivos de Consumo permitem uma horizontalização da relação entre consumidor e gestor de Arquivo. Há duas espécies de Arquivo de Consumo: Banco de Dados (destinado ao mercado; fornecido pelos fornecedores; e transmissível) e Cadastro de Consumidores (instrumento interno do lojista com dados cadastrais do consumidor imediato) – o cerne da palestra está no estudo do Banco de Dados A informação é o pressuposto material dos Bancos de Dados, mas a informação registrada deve cumprir alguns requisitos: ser clara, objetiva, verdadeira e de fácil compreensão. Contudo, o famigerado Cadastro de Passagem surge como uma forma oblíqua de burlar o sistema. O Cadastro de passagem consiste serviço de cadastro que consiste em registrar e informar o número de consultas realizadas em relação a determinado consumidor que tenha procurado ou efetivamente realizado algum negócio – gerando uma informação negativa em relação ao consumidor. É considerado prática lícita pela jurisprudência do STJ, desde que subordinado às exigências do art. 43 do CDC. N’outro ponto, abordou sobre a prática de Pontuação de Score, Tal sistema não era de fácil compreensão de causava prejuízos ao consumo – diferentemente do atualmente utilizado atualmente pelo SERASA (SERASA Score) em que a pontuação vai de 0 a 1000, tendo detalhadas as razões para a pontuação que o consumidor tem. O responsável pela atualização de dados no cadastro é o Gestor é ele quem desenvolve a atividade econômica relacionada ao Banco de Dados. Contudo, para a inscrição do consumidor como inadimplente prescinde de comunicação do credor. Para tanto, adota-se a Teoria da Expedição, tendo em vista que a Súmula 414 do STJ dispensa o AR na carta de comunicação ao consumidor sobre a negativação de seu nome em banco de dados e cadastros. Contudo existe um limite para decadência da “negativação” do consumidor que é de 5 anos.