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Curso: Direito Turno: Noturno

Disciplina: Direito do Consumidor Data: 31/08/21


Turma: 6º semestre
Professor: Plinio Lacerda Martins
Aluno(a): Júlio Cesar Santos da Silva
Resumo da Palestra do Professor Rafael Mônaco

Na palestra ampliamos nosso conhecimento do Art. 43 do CDC, compreendendo a


complexidade da sua aplicação no mundo fático e a importância dos Bancos de Dados para um sistema
econômico baseado no crédito – como vivemos no Brasil. Ao entender que o crédito prescinde
confiança entre contratado e contratante, uma vez que envolve uma prestação presente com promessa
de prestação futura, há relevância para a existência dos Bancos de Dados fim possibilitar melhor
desenvolvimento econômico corrigindo uma assimetria de informações sobre o contratante do crédito.
O Professor Rafael explicou o desenvolvimento do Sistema de Crédito, bem como a cobrança
pelo inadimplemento, e como o Sistema de Banco de Dados foi se desenvolvendo. Na atualidade
pensamos num sistema de proteção/defesa do crédito; significa dizer que realiza-se uma tutela externa
do crédito através da confirmação de “bons antecedentes” para seleção dos consumidores que
solicitam crédito, evitando inclusive o endividamento excessivo do consumidor.
À lus da Lei de Cadastro Positivo (12.414/2011) e da Lei Geral de Proteção de Dados
(13.709/2018), explicou como os Arquivos de Consumo permitem uma horizontalização da relação
entre consumidor e gestor de Arquivo.
Há duas espécies de Arquivo de Consumo: Banco de Dados (destinado ao mercado; fornecido
pelos fornecedores; e transmissível) e Cadastro de Consumidores (instrumento interno do lojista com
dados cadastrais do consumidor imediato) – o cerne da palestra está no estudo do Banco de Dados
A informação é o pressuposto material dos Bancos de Dados, mas a informação registrada deve
cumprir alguns requisitos: ser clara, objetiva, verdadeira e de fácil compreensão. Contudo, o
famigerado Cadastro de Passagem surge como uma forma oblíqua de burlar o sistema.
O Cadastro de passagem consiste serviço de cadastro que consiste em registrar e informar o
número de consultas realizadas em relação a determinado consumidor que tenha procurado ou
efetivamente realizado algum negócio – gerando uma informação negativa em relação ao consumidor.
É considerado prática lícita pela jurisprudência do STJ, desde que subordinado às exigências do art. 43
do CDC.
N’outro ponto, abordou sobre a prática de Pontuação de Score, Tal sistema não era de fácil
compreensão de causava prejuízos ao consumo – diferentemente do atualmente utilizado atualmente
pelo SERASA (SERASA Score) em que a pontuação vai de 0 a 1000, tendo detalhadas as razões para
a pontuação que o consumidor tem.
O responsável pela atualização de dados no cadastro é o Gestor é ele quem desenvolve a
atividade econômica relacionada ao Banco de Dados. Contudo, para a inscrição do consumidor como
inadimplente prescinde de comunicação do credor. Para tanto, adota-se a Teoria da Expedição, tendo
em vista que a Súmula 414 do STJ dispensa o AR na carta de comunicação ao consumidor sobre a
negativação de seu nome em banco de dados e cadastros. Contudo existe um limite para decadência da
“negativação” do consumidor que é de 5 anos.

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