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Joana ainda conta que recebeu ajuda de um fundo coletivo para mulheres lésbicas
negras, “Após ter o auxílio emergencial negado pela falta de baixa na carteira,
recebi ajuda de outras mulheres negras e lésbicas no início da quarentena e isso foi
muito importante. Assim consegui arcar com as despesas básicas”.
A realidade incontestável mostra que mulheres negras lésbicas correm o risco ainda
maior durante esse período de pandemia mundial, pois, além de marginalizadas
pela cor e pela orientação sexual, ainda são vítimas do descaso do governo, que
não assiste de maneira correta esse nicho populacional. Essas mulheres são as que
mais sofrem por causa do isolamento e de todos os seus desdobramentos, seja
relacionado a saúde física e mental, e/ou o desemprego e falta de amparo
institucional.
Ellen Oléria, cantora, negra e lésbica, imortalizou uma música que canta a realidade
de resistência da grande maioria das lésbicas pretas. Mulheres que guerreiam
diariamente não só pelo sustento, mas também pela sobrevivência nesse país que é
o que mais mata homossexuais.