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Após críticas, Presidente do

Tribunal Constitucional
suspende filiação ao MPLA
Laurinda Cardoso foi nomeada pelo Presidente João Lourenço em
substituição a Manuel Aragão. Escolha da nova Presidente do Tribunal
Constitucional foi questionada pela sua atividade como militante do
MPLA.
    

Palácio da Justiça abriga o Tribunal Constitucional de Angola


A nova presidente do Tribunal Constitucional de Angola (TC) disse esta sexta-feira
(20.08) que já suspendeu a sua militância partidária e inscrição nas estruturas do
MPLA, partido no poder, do qual integrava o Bureau Político.
"Como jurista já devíamos saber e obviamente sabemos quais são os requisitos
legais para o exercício da função e nós tomamos todo o cuidado para o efeito. Eu já
suspendi a minha militância e a minha inscrição na estrutura do partido, portanto,
esse deixa de ser um problema", disse Laurinda Cardoso à imprensa, no final da sua
tomada de posse pelo Presidente da República, João Lourenço. 
 A nova presidente do TC foi nomeada na quinta-feira, pelo chefe de Estado, em
substituição de Manuel Aragão, que deixou o cargo a seu pedido. 
A escolha de Laurinda Cardoso foi questionada por alguns círculos da sociedade
angolana, pela militância da juíza, que ocupava o cargo de secretária de Estado para
a Administração do Território, função da qual foi exonerada no mesmo dia.

Cardoso foi nomeada por João Lourenço (foto)


MPLA manifesta-se
Também hoje, o comunicado final do secretariado do Bureau Político do
Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) disse ter tomado
conhecimento do pedido de suspensão da filiação de Laurinda Cardoso, por ter sido
nomeada juíza presidente do TC. 
Na sua intervenção, o Presidente angolano pediu a Laurinda Cardoso, que "consiga
criar o ambiente de harmonia necessário ao bom funcionamento do Tribunal
Constitucional, de formas a que ele possa cumprir cabalmente com o papel que lhe
está destinado pela Constituição".
 "Apoie-se na experiência dos venerandos juízes conselheiros que encontrar e
procure trabalhar no estrito cumprimento da Constituição e das leis. Tenha em
conta que pela importância deste tribunal todos os olhos estão postos em si, mas
acreditamos que pelos conhecimentos que detém, a experiência que conseguiu
colher com o exercício de outras funções, esta jovem, a quem hoje conferimos
posse, dará provas de que está à altura de desempenhar estas funções e, portanto,
enfrentar o grande desafio que representa ser veneranda juíza presidente do
Tribunal Constitucional", disse. 
Para Laurinda Cardoso, a harmonia a que o Presidente da República se referia terá
a ver com o desafio da gestão da equipa, composta por 11 juízes conselheiros e a
equipa técnica. "O que nós -- penso que não será difícil -- tentaremos fazer é
exatamente envolver todos, quer sejam os juízes conselheiros quer seja a equipa
técnica, porque o tribunal tem uma estrutura, uma orgânica, e acho que todo e
qualquer desafio deve estar sempre associado à gestão das equipas, e é isso que
vamos tentar fazer da melhor forma possível, envolvendo todos", avançou. 

Angola prepara-se para novas eleições em 2022


"Envolvido no processo"
Segundo Laurinda Cardoso, o desafio que tem pela frente "aparentemente é
grande", mas está preparada para o mesmo. "O tribunal tem uma equipa, já há lá
outros juízes conselheiros e acho que a ideia e a estratégia para os desafios é
trabalhar em equipa. Há um desafio, há uma equipa, metade de probabilidades
para as coisas acontecerem estão aí", referiu. 
A juíza presidente do TC admitiu que a envolvente atual, de proximidade das
eleições gerais, "é desafiante", porque o órgão judicial está diretamente envolvido
no processo, quer em relação aos partidos políticos quer em relação ao próprio
processo eleitoral.
"A envolvente que temos hoje é desafiante, estamos numa fase próxima às eleições
e, como sempre, nesse período há uma agitação muito grande e o Tribunal
Constitucional também tem esse papel, que é de fazer esse acompanhamento dos
processos, dos procedimentos quer em relação aos partidos políticos quer em
relação ao processo eleitoral", frisou. 
 Questionada se está preparada para tratar dos vários processos de legalização de
partidos políticos que estão no tribunal, Laurinda Cardoso realçou que acabou de
tomar posse, por isso ainda não teve acesso aos mesmos.
Contudo, prosseguiu, "os processos seguem uma tramitação legal, não há uma
excepção e não depende obviamente do presidente do Tribunal Constitucional". 
"Os processos devem seguir a sua tramitação normal, cumprindo com os prazos,
com as normas, com os procedimentos que estão definidos para cada um,
respeitando a especificidade de cada um dos processos",

Nos comentários:

Acrescentou, o jac mx José Augusto de Castro no Moxico, em bem verdade que o


Pr, tem cometidos erro graves na sua governação, aténs da tomada de posse o que é
certo a fazer em cumprir com todos procedimentos e par teria para tomada de
posse. Tanta pressa por que?

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