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Técnicas Contábeis II
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TÉCNICAS CONTÁBEIS II

Demonstrações Contábeis

• Demonstrações contábeis são relatórios resumidos da situação financeira e patrimonial


da entidade em determinada data e suas variações durante um período de tempo.

RELEMBRANDO
Sobre as demonstrações, a primeira demonstração é o balanço patrimonial, a segunda é a
demonstração do resultado do exercício.

A terceira demonstração é a demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, chamada


de DLPA. A DLPA apresenta a variação da conta lucros ou prejuízos acumulados. Então,
depois que a empresa começa a operar e a apurar vários resultados, ela vai ter lucros ou pre-
juízos. Isso vai ser transferido para o patrimônio líquido, onde ficará o investimento dos sócios,
bem como o resultado das empresas.
Assim, vai existir uma demonstração para verificar qual era o saldo inicial e o que ocorreu,
durante o ano, na conta de lucros e prejuízos acumulados e qual foi o seu saldo final. Lembre-
-se que se a empresa tem lucro, esse lucro será distribuído de algumas formas que serão
estudadas mais adiante.
Neste ponto, faz-se necessário fazer uma observação. A empresa pode apresentar uma
demonstração, que será chamada de DMPL, que é a demonstração das mutações do patri-
mônio líquido. A DMPL é obrigatória, mas se a DLPA foi incluída, a empresa pode apresentar
a DLPA na DMPL, se esta DMPL for elaborada e publicada.
De acordo com a Lei n. 6.404/76, é obrigatória a DLPA, que é uma conta de lucros e pre-
juízos acumulados, que é uma conta do patrimônio líquido. Porém, há uma demonstração das
mutações do patrimônio líquido, que é uma demonstração que apresenta as variações que
ocorreram dentro do patrimônio líquido. É possível observar que lucros e prejuízos acumula-
dos é um item dentro desse.
ANOTAÇÕES

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Então, a empresa, no lugar de apresentar a DLPA, pode apresentar a DMPL, desde que
DLPA esteja dentro da DMPL. Logo ela fica dispensada de apresentar a DLPA, se a DMPL,
na qual está incluída a DLPA, for elaborada e publicada. Assim, na Lei n. 6.404/76, a DLPA e
obrigatória e a DMPL é facultativa.
5m
A quarta demonstração é a dos fluxos de caixa, também chamada de DFC, que apresenta
o resultado financeiro. Ela utiliza o regime de caixa. Então, esse resultado financeiro será o
confronto entre saídas de caixa (dinheiro em espécie) e equivalentes de caixa (dinheiro depo-
sitado em conta bancária, aplicações financeiras).
Assim, a demonstração de fluxo de caixa vai demonstrar qual foi a variação que a empresa
teve no seu caixa durante o período. Ela é diferente da DRE, que traz o resultado econômico
de receitas menos despesas, independente se recebeu ou pagou. Já a DFC foca em recebi-
mentos e pagamentos, mas considerando as entradas e saídas não só de caixa, mas também
de equivalentes de caixa.
Sobre a DFC também cabe uma observação. Segundo a Lei n. 6.404/76, companhias
fechadas (CIA fechadas) com PL inferior a 2 milhões de reais estão desobrigadas de apre-
sentar a DFC. Então, a Lei n. 6.404/76 afirma que a DFC é obrigatória, mas, se for uma com-
panhia fechada, está desobrigada. As companhias são sociedades anônimas, são empresas
comerciais.
De forma simples, uma companhia aberta é aquela que tem uma parcela do seu capital
social ou o todo sendo negociado na bolsa de valores. Então, qualquer pessoa pode ser sócia
dessa empresa. Já as companhias fechadas são empresas que não têm o capital aberto, ou
seja, não é qualquer pessoa que pode ser sócia dela. São só aquelas pessoas que estão
10m
dentro daquele núcleo. Por exemplo, as Lojas Americanas é uma companhia aberta, já o
grupo Globo é uma companhia fechada.
Segundo a Lei n. 6.404/76, é obrigatória a demonstração do valor adicionado, que será
chamado de DVA. Entretanto, ela só é obrigatória se for companhia aberta.

ATENÇÃO
É importante saber quais são as demonstrações contábeis de acordo com a Lei n. 6.404/76:
balanço patrimonial; demonstração do resultado do exercício; demonstração dos lucros ou
prejuízos acumulados (a DMPL é facultativa, mas a empresa pode deixar de apresentar a
DLPA, se apresentá-la dentro da DMPL); demonstração do valor adicionado (se companhia
aberta) e demonstração do fluxo de caixa (as companhias com PL inferior a 2 milhões de
reais estão desobrigadas de apresentar a DFC).

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Outro dispositivo são os pronunciamentos contábeis. As demonstrações obrigatórias, de


acordo com os pronunciamentos contábeis, são: o balanço patrimonial; a demonstração do
resultado do exercício (DRE) e a demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL).
Essas mutações são alterações do patrimônio líquido. Essas demonstrações contábeis são
apresentadas de período em período. O exercício social é o período de um ano. Essa demons-
tração vai ver quanto a empresa tinha no início, no patrimônio líquido, quanto ela tinha no final,
e o que foi que foi alterado nesse período. É isso que ela vai apresentar.
É, ainda, obrigatória, segundo os pronunciamentos contábeis, a demonstração do resul-
tado abrangente, que será chamada de DRA. Ela também é uma demonstração que não é
obrigatória pela Lei n. 6.404/76. Basicamente, ela traz itens depois do resultado. São valores
15m
que alteram o patrimônio líquido e que não são do resultado nem de transações ou de sócio.
São obrigatórias também, segundo os pronunciamentos contábeis, a demonstração de
fluxo de caixa, a DVA, as notas explicativas e as informações comparativas. Notas explicativas
são informações adicionais às demonstrações contábeis. Por exemplo, uma empresa apre-
sentou o seu balanço patrimonial e tem uma obrigação ou empréstimo de 100 mil. Então, nas
notas explicativas, ela vai dizer que aquele empréstimo foi com a taxa de juros x, foi dividida
em tantas parcelas, e assim por diante. É um detalhamento daquilo que está resumido.
As informações comparativas é que as demonstrações contábeis sempre serão prepara-
das comparando o ano atual com o ano anterior. Hoje, por exemplo, tem-se o caixa 10 e, ano
passado, era 20.

• Segundo a Lei de Sociedades Anônimas (LSA) – Lei n. 6.404/76, art. 175. O exercício
social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada no estatuto.

O exercício social é também chamado de período contábil e será de um ano. É obrigatório


que o exercício social seja igual a um ano civil? O ano civil é de janeiro a 31 de dezembro, mas
não é necessário que o exercício social seja igual a um ano civil. Por exemplo, uma empresa
é constituída, tem seu contrato, seu estatuto, e este estabelece que o seu exercício social ter-
mina em 10 de julho. Então, se o exercício social termina em 10 de julho, ele terá início em 11
de julho do ano anterior. O que importa é que esse período de um ano, não necessariamente,
começa em 1º de janeiro. Na prática, contudo, a maioria dos casos vai utilizar o ano civil.

Parágrafo único. Na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária o exercí-


cio social poderá ter duração diversa.
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Por exemplo, a empresa foi criada dia 10 de maio. A empresa fixou que a data do término
do exercício social é dia 31 de dezembro. No primeiro ano, só ficou de maio a dezembro e,
a partir do outro ano, será de janeiro a 31 de dezembro. É isso que esse parágrafo único
20m
quer mostrar.

Lei n. 6.404/76
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mer-
cantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a
situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício.

Obs.: demonstrações contábeis são também chamadas de demonstrações financeiras.

§6º A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00
(dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos flu-
xos de caixa. (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007)

Essas demonstrações serão complementadas por notas explicativas, que são informa-
ções adicionais às demonstrações contábeis. Por exemplo, no balanço, haverá o capital social
de 1 milhão, mas esse capital social é dividido em quantas ações? Nas notas explicativas,
estará esclarecido que cada ação vale 10 reais. Então, são 100 mil ações.

Auditoria

• A auditoria
é a técnica contábil que consiste em verificar se as demonstrações contá-
beis foram elaboradas de acordo com as normas contábeis e legislação aplicável.
A auditoria tem como objetivo trazer confiabilidade aos usuários das demonstrações con-
tábeis. O investidor tem que ter uma avaliação, então, o objetivo da auditoria é trazer confia-
bilidade e validade. É por isso que:
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• As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as


normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e serão obrigato-
riamente submetidas a auditoria por auditores independentes nela registrados. (LSA,
art. 177, §3º)

O auditor independente é o contador que vai validar as demonstrações contábeis. Mas


atenção, pois o auditor independente não é o auditor fiscal de tributos. Esse auditor indepen-
dente vai auditar as demonstrações contábeis. O auditor de tributos vai auditar o correto paga-
mento dos tributos.

Análise das Demonstrações Contábeis

• A análise da Demonstrações contábeis (análise de balanços) é uma técnica que


consiste em verificar, comparar e interpretar as informações presentes nas demons-
trações contábeis, com o objetivo de avaliar, por exemplo, a lucratividade, a rotatividade
de estoques e rentabilidade da empresa, de modo gerencial.

Trata-se de análise e indicadores. Por exemplo, há o índice de endividamento, que será o


passivo sobre o ativo. Então, esse é o objetivo da análise das demonstrações contábeis.
25m
Por exemplo, uma empresa tem um ativo de 20, um passivo de 15 e um PL de 5. O endivi-
damento será 15/20, que será igual a 0,75 ou 75%. Quanto maior o endividamento, pior.

ATENÇÃO
O importante, agora, é saber que as técnicas contábeis são: a escrituração, as demonstrações
contábeis, a análise das demonstrações contábeis e a auditoria.

DIRETO DO CONCURSO
1. (FEPESE/AFTM – ISS – FLORIANÓPOLIS/2014) Assinale a alternativa que apresenta as
técnicas aplicadas em ciências contábeis.
a. Receitas, Despesas, Ativo e Passivo.
b. Ativo + Passivo = Patrimônio Líquido.
c. As contas do ativo (bens e direitos) são, em regra, de natureza devedora.
d. Os fatos mistos representam a junção dos fatos permutativos e modificativos.
e. Escrituração, análises, demonstrações contábeis e auditoria.

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COMENTÁRIO
As técnicas contábeis são: a escrituração, as demonstrações contábeis, a análise das
demonstrações contábeis e a auditoria.
a) Receitas e despesas é resultado; ativo e passivo são contas patrimoniais.
b) Ativo + Passivo não é igual a PL.
c) Existem as contas retificadoras.

2. (VUNESP/FISCAL TRIBUTÁRIO /OSASCO-SP/2019) As técnicas utilizadas pela contabi-


lidade com o propósito de atingir seus objetivos são:
a. escrituração, planejamento, execução e controle.
b. auditoria, escrituração, análise de balanços e demonstrações.
c. contabilização, auditoria, planejamento e execução.
d. escrituração, análise de balanços e planejamento.
e. auditoria, planejamento, contabilização e demonstrações.

COMENTÁRIO
As técnicas contábeis são: a escrituração, as demonstrações contábeis, a análise das
demonstrações contábeis e a auditoria.

3. (CESPE/TÉCNICO EM CONTABILIDADE/EBSERH/2018) A análise de balanços não é


considerada uma técnica contábil, tendo em vista que foi formulada e desenvolvida no
âmbito da administração financeira.
 (  ) Certo. ( ) Errado.

COMENTÁRIO
A análise de balanço é uma técnica contábil.
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4. (FGV/CONTADOR/ALEMA/2013) Com relação aos conceitos básicos da Contabilidade


Geral, relacione os tópicos a seguir.
1) Objeto de estudo
2) Campo de aplicação
3) Finalidade econômica
4) Usuário Externo
5) Técnica Contábil
 (  ) Escrituração
 (  ) Fornecedor
 (  ) Entidade
 (  ) Resultado
 (  ) Patrimônio
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
a. 1 – 3 – 2 – 4 – 5
b. 3 – 4 – 1 – 5 – 2
c. 2 – 1 – 4 – 5 – 3
d. 5 – 4 – 2 – 3 – 1
e. 1 – 2 – 4 – 3 – 5

COMENTÁRIO
Objeto de estudo é patrimônio; campo de aplicação são as entidades; a finalidade econômica
é o resultado e a finalidade administrativa é o controle do patrimônio; o usuário externo é
o fornecedor (por exemplo, o administrador é usuário interno, mas o fornecedor é usuário
externo, o cliente é um usuário externo, é um usuário das demonstrações contábeis, o
empregado é um usuário interno); e a técnica contábil é a escrituração.

GABARITO
1. E
2. B
3. E
4. D

��������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Feliphe Araújo.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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