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Anexo IV – Diretrizes Auditoria Energética

Auditoria Energética
Sector Agroalimentar

Auditoria Energética

Trata-se de um procedimento sistemático através do qual se obtêm


conhecimentos adequados sobre o perfil actual do consumo de energia de um
edifício ou conjunto de edifícios (públicos ou privados), ou de uma atividade
e/ou instalação industrial, onde se identificam e quantificam as oportunidades
de economia de energia, com uma boa relação custo/benefício e se dão a
conhecer os resultados. Em suma, consiste num exame detalhado das
condições de utilização de energia com vista à deteção de oportunidades de
racionalização de consumos.

Tipos de Auditoria:

• Setor Industrial:
Diagnóstico energético
Auditoria Energética – SGCIE – DL 71/2008

• Edifícios:
Auditoria Energética – DL 78/2006; DL 79/2006; DL 80/2006

• Frota de Transportes:
Auditoria Energética – RGCEST – DL 228/1990

Auditoria Energética – Metodologia

1. Preparação da Auditoria (planeamento e recolha de informação);


2. Trabalho de campo;
3. Tratamento de informação:
• Análise dos resultados;
• Desagregação dos consumos por sector;
• Balanços de massa e energia.
4. Elaboração de relatório.
1. Preparação da Auditoria (Planeamento e recolha de
informação)

• Visita prévia à instalação;


• Estabelecimento de objetivos;
• Seleção da equipa auditora e atribuição das devidas
responsabilidades;
• Recolha previa da informação necessária à realização da
auditoria;
• Planeamento do trabalho de campo.

2. Trabalho de campo

2.1 Preparação da recolha de dados:

Reunião introdutória com os responsáveis da instalação, seguida de


visita à instalação.

2.2 Identificação dos parâmetros e grandezas a medir:

Para a realização da auditoria deverá ser considerado um período


mínimo de 1 semana de medição, podendo este ser ajustado
dependendo da tipologia de funcionamento da empresa a auditar.
Contudo, os valores que se pretendem quantificar são relativos a uma
base anual.

• Parâmetros a considerar:

a) Avaliação dos consumos globais:

 Consumo global de eletricidade da indústria;


 Consumo global de outros tipos de energia (gás, lenha,
fuel, etc.).

b) Avaliação de consumos dos sistemas térmicos (frio e calor):


 Consumo global dos equipamentos afectos aos
sistemas de produção de frio da indústria ligados ao
processo;
 Consumo global dos equipamentos afectos aos
sistemas de produção de calor da indústria ligados ao
processo.

c) Em relação ao consumo global de eletricidade da indústria,


calcula-se:

 Consumo elétrico afeto ao sistema de ar comprimido;


 Consumo elétrico afeto às bombas e compressores
que não foram considerados nas avaliações anteriores.

d) Em relação aos sistemas térmicos pretende-se avaliar


eventuais deficiências ao nível das instalações, no
funcionamento de equipamentos, etc. Deverá ainda ser
avaliada a qualidade dos materiais de câmaras e infra-
estruturas.

e) Pretende-se avaliar a eficiência das caldeiras de combustão.

2.3 Equipamentos de auditoria necessários:

• Analisador de energia;
• Analisador de gases de combustão;
• Sonda termo-higrométrica;
• Termómetro de contacto;
• Multímetro combinado (c/ pinça amperimétrica, etc.);
• Câmara de termografia;
• Máquina fotográfica digital;
• Temporizador;
• Equipamentos de proteção individual (EPI’s);
• Ferramentas gerais;
• Outros que se considerem úteis na avaliação da
eficiência energética da instalação.

2.4 Recolha de dados e realização de medições;

2.5 Identificação das potenciais medidas de eficiência


energética.
3 Tratamento da informação

• Apresentação de resultados;
• Caraterização energética da empresa (análise dos consumos e
custos das diversas fontes de energia);
• Desagregação dos consumos de energia pelos diversos setores/
produtos;
• Determinação dos índices de eficiência energética anuais:
 IC – Intensidade carbónica;
 CE – Consumo específico;
 IE – Intensidade energética.
• Quantificação das medidas de racionalização de energia;
• Análise qualitativa das instalações e equipamentos afetos e ainda
a sua relação com os respetivos consumos.

4 Elaboração do relatório

A estrutura do relatório da auditoria é influenciada pelas caraterísticas do


subsector de atividade e da instalação auditada, devendo constar os
seguintes elementos:

• Objetivos e enquadramento da auditoria;


• Identificação da instalação;
• Contabilidade energética;
• Análise dos equipamentos de produção, distribuição e utilização
de energia;
• Cálculo dos indicadores de desempenho;
• Outra informação que se considere relevante.

Nota: No relatório deverá constar, de forma organizada, toda a informação


recolhida, a análise sobre a situação energética da empresa, as situações
encontradas, a identificação das anomalias e as propostas de medidas
identificadas.

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