Você está na página 1de 48

CURSO EXTENSOMETRIA

Prof. Edison da Rosa


Prof. Carlos Rodrigo de Melo Roesler

Fevereiro 2019 / GRANTE / EMC / CTC / UFSC


CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
Campo de tensões e deformações
Solução elástica para deformações
Solução elástica para tensões
Círculo de Mohr para tensão e deformação

Estado plano de tensões


Solução para deformações
Solução para tensões
Casos de tensões ou deformações proporcionais

Deformações em direções arbitrárias


Formulação geral
Direção de deformação zero, estado uniaxial biaxial

Estudo de casos
Formulação para 1/4, 1/2, 1/4 + 1/4, 4/4
Tração, flexão
Cisalhamento, torção

Efeito de concentração de tensão


Definição elástica
Gradiente de tensões
Solução no campo plástico

Análise de rosetas
Roseta 0-90 e roseta ± 45
Roseta 0-45-90 e roseta 0-60-120

Estudo de tensões residuais


Método do furo cego
Controle de qualidade

Ponte de Wheatstone na análise de tensões


Formulação 1/4 de ponte a três fios
Calibração dos extensômetros
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.1 – CAMPO DE TENSÕES E DEFORMAÇÕES

Solução elástica para deformações

εi =
1
E
[
σ i −ν ( σ j + σ k ) ]

σ ij ( 1 + ν ) ;
1 1
ε ij = ε ij = γ ij
E 2

Solução elástica para tensões

E  ν 
σi = ε + e ; e = ε ii = ε x + ε y + ε z
1 +ν 1 − 2ν 
i

E
σ ij = ε ij
1 +ν

Círculo de Mohr para tensão

τ
τmáx

σ3 σ2 σ1
σ
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.1 – CAMPO DE TENSÕES E DEFORMAÇÕES

Círculo de Mohr para tensão e deformação

τ
σy
τxy τxy

σx σx σ3 σx σ1
τxy σy σ
σy
−τxy σ2 = σz

εxy 2 ε xy = γxy
εy
εxy εxy

εx εx ε3 εx ε1
εy ε
εxy
εy
− εxy
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.2 – CASOS PARTICULARES DO ESTADO DE TENSÕES

ESTADO UNIAXIAL

Lei de Hooke elementar,


1
εx = σx
E
Efeito de Poisson,
ε y = ε z = −ν ⋅ε x

No caso de anisotropia elástica,


ε y = − ν xy ⋅ ε x ; ε z = − ν xz ⋅ ε x

ESTADOS BIAXIAIS

Estado plano de deformações - EPD;


Deformações não nulas são as que estão num mesmo plano
ε x ≠ 0; ε y ≠ 0; ε z = 0
γ xy ≠ 0; γ xz = 0; γ xz = 0

Estado plano de tensões – EPT;


Tensões não nulas são as que estão num mesmo plano
σ x ≠ 0; σ y ≠ 0; σ z = 0
τ xy ≠ 0; τ xz = 0; τ xz = 0

Estado quase plano de deformações – EQPD.


É o caso prático mais próximo de um EPD.
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.2 – CASOS PARTICULARES DO ESTADO DE TENSÕES

ESTADO TRIAXIAL
Lei de Hooke generalizada.
Caso geral, engloba todos os outros casos.

Solução elástica para deformações

εi =
1
E
[
σ i −ν ( σ j + σ k ) ]

σ ij ( 1 + ν ) ; (i ≠ j )
1 1
ε ij = ε ij = γ ij ;
E 2

Solução elástica para tensões

E  ν 
σi = ε + e
1 +ν 1 − 2ν 
i

σ ij =
E
ε ij ;
1
ε ij = γ ij ; (i ≠ j )
1 +ν 2
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.2 – ESTADO PLANO DE DEFORMAÇÕES

O EPD é uma situação mais conceitual, de uma condição limite


que na prática é dificilmente realizada, pela dificuldade de
garantir deformação absolutamente zero numa dada direção,
considerando ε Z = 0 .

No caso de estruturas com grande espessura de material, o EQPD


é uma solução mais realista.

Solução para tensões

σX =
E
[ε X + ν (ε Y − ε X )]
( 1 − 2ν ) ( 1 + ν )

σY =
E
[ε Y + ν (ε X − ε Y )]
( 1 − 2ν ) ( 1 + ν )
σ Z = ν (σ X + σ Y )

Solução para deformações

ε Z = 0 ; γ XZ = 0 ; γ YZ = 0

εX =
1
[ σ X − ν ( σ Y + σ Z )] ; εY =
1
[ σ Y − ν ( σ X + σ Z )] ; e = ε X + εY
E E

εX =
1
E
[ ( ) (
σ X 1−υ 2 − σ Y υ +υ 2 )] ; εY =
1
E
[ ( ) (
σ Y 1−υ 2 − σ X υ +υ 2 )] ;
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.2 – ESTADO PLANO DE TENSÕES

O caso de um EPT, ao contrário do EPD, é uma situação bastante


comum, de grande aplicação para os problemas de extensometria.
Considera-se σ Z = 0 .

Solução para deformações

ν
εZ = − (σ X +σY )
E
εX =
1
[ σ X −ν ⋅ σ Y ]
E
ε Y = [ σ Y −ν ⋅ σ X ]
1
E

1 − 2ν
e= ( ε X + εY )
1 −ν

Solução para tensões

E  ν 
σZ = ε Z + e 1 − 2ν  =0
1 +ν

ν
εZ = − e
1 − 2ν

σi =
E
( ε i + νε j )
1 −ν 2

i, j = X , Y ou i, j = 1,2
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.2 – ESTADO PLANO DE TENSÕES

Círculo de Mohr

τ
τxy

σ3 σ2 σx σ1
σy σ

−τxy
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.2 – ESTADO PLANO DE TENSÕES

Casos de tensões proporcionais

σ Y = ασ σ X

σX
εX = [1 − α σ ν ]
E

εY =
1
[ ασ σ X − ν σ X ] = σ X [ ασ − ν ]
E E

1
σX = E εX
1 − ασν

Exemplo, para Poisson de 1/3:

ασ ESTADO σX
0 UNIAXIAL 1,00. E ε X
1/2 CILÍNDIRCO 1,20. E ε X
1 ESFÉRICO 1,50. E ε X
-1 ANTI-ESFÉRICO 0,75. E ε X

O caso anti-esférico inclui os casos de cisalhamento e torção.


CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.2 – ESTADO PLANO DE TENSÕES

ασ = 0 σ X = 1,00 ⋅ E ε X

ασ = 1/ 2 σ X = 1,20 ⋅ E ε X

ασ = 1 σ X = 1,50 ⋅ E ε X

εY εX
σY
σX
α σ = −1 σ X = 0,75 ⋅ E ε X
σX σY
εX εY
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.2 – ESTADO PLANO DE TENSÕES

Casos de deformações proporcionais

εY = αε ε X

σX =
E
[ ε X +ν ε Y ]
1 −ν 2

1 + α εν
σX = E εX
1 −ν 2

Exemplo, para Poisson de 1/3:

αε ESTADO σX
-ν UNIAXIAL 1,00. E ε X
1 ESFÉRICO 1,50. E ε X
-1 ANTI-ESFÉRICO 0,75. E ε X
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.2 – ESTADO QUASE PLANO DE DEFORMAÇÕES

O EQPD é uma situação mais realista do que o EPD, pois não


exige uma deformação absolutamente nula numa dada direção.

O EQPD é o que ocorre com estruturas de grande espessura.

O EQPD é definido como o caso no qual a deformação transversal


εZ é constante, consequência da grande espessura, mas não zero
como exige o EPD.

A aplicação para problemas típicos de análise experimental de


tensões, com regiões com elevação de tensão, o EQPD nestas
regiões de concentração de tensão pode ser escrito como:

 1  1 
σ Z = ν σ X 1 −  , ou no caso geral, σ Z = ν (σ X + σ Y ) 1 − 
 Kt   Kt 

sendo K t o fator de concentração de tensão para o ponto


considerado. A tensão máxima no ponto em questão ocorre na
direção X. Considera-se que a tensão em Y seja nula.

O EQPD interpola entre os dois casos limites, EPT, para K t = 1 e


EPD para K t → ∞ , caso de problemas de fratura, na presença de
trincas dentro do material. Assim a equação de σ Z reproduz as
expressões dos dois casos extremos:

σZ = 0, ou σ Z = ν (σ X + σ Y )
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.3 – EFEITO DE CONCENTRAÇÃO DE TENSÃO

Definição elástica
σox

σx
σy
σ MÁX = σ 0 K t

Campo de tensões na proximidade do furo


Exatamente na borda do furo
3.00
atuam as tensões

σ X = σ MÁX = σ 0 K t ; σY = 0 2.00

A ditribuição ao longo do eixo 1.00

Y, horizontal
0.00

 1  ρ 2 3  ρ 4  1.00 2.00 3.00


σX = σ 0 1 +   +   
 2  Y  2  Y  

Para Y = ρ ; σ X = σ 0 ⋅ 3 , valor tradicional para o problema de


placa sob tração com furo circular.
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.3 – EFEITO DE CONCENTRAÇÃO DE TENSÃO

Gradiente de tensões na direção radial, eixo Y,

σy

1 ∂σ Y
G= ;
σ MÁX ∂X

C 1 σoy
G= = ;
ρ X0
X
ρ ρ
X0 = ≈ xo
C 3

Para o caso de furos de forma elíptica, circular incluso,

1
C = 2+ , logo C varia entre 2 e 3.
Kt

Na direção circunferencial, na parede do furo, a tensão varia


como:
σ ϕ = σ 0 ( 1 + 2 cos 2ϕ )

ϕ 0° 60° 90°
σϕ 3σ 0 0 −σ0
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.3 – EFEITO DE CONCENTRAÇÃO DE TENSÃO

Definição do tamanho do SG em regiões com gradiente de tensões.

Com a aproximação linear dada por G, a distância X 0 permite


estabelecer a largura do SG, quando aplicado ao lado do ponto
de concentração de tensão. Como a relação é linear, a 0,2 X 0 do
ponto de máximo a tensão vale 80% da máxima. Como o SG faz uma
média, nestas condições ele estará medindo 90% do valor de
pico. Assim uma recomendação quanto à largura passa a ser:

ρ ρ
bMÁX ≈ a bMÁX ≈
10 15

Exemplificando, para uma região na qual o raio que leva ao


efeito de concentração de tensão é de 10mm, um extensômetro
instalado na face plana, junto à borda do orifício, deve ter
uma largura da grade de no máximo 1 mm.

O critério de escolha do SG é a restrição de largura.


CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.3 – EFEITO DE CONCENTRAÇÃO DE TENSÃO

Definição do tamanho do SG em regiões com gradiente de tensões.

Se o SG é montado por dentro do furo,a distribuição no sentido


circunferencial passa a ser relevante. Novamente tratando como
80% do valor máximo de tensão o limite da região de aplicação,
tal ocorre para um ângulo de ±22,8°. Isto leva a uma relação:

l MÁX ≈ 0,80 ⋅ ρ

Exemplificando, para uma região na qual o raio que leva ao


efeito de concentração de tensão é de 10mm, um extensômetro
instalado internamente ao furo, o comprimento máximo,
independente da largura, será de 8 mm.

O critério de escolha do SG é a restrição de comprimento.


CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.3 – EFEITO DE CONCENTRAÇÃO DE TENSÃO

Solução no campo plástico

Dentro do regime plástico o problema de concentração de tensão


passa a ter um tratamento mais complexo, pois tensão e a
deformação não são mais proporcionais. Uma solução analítica
amplamente usada é a regra de Neuber generalizada:

n
 Kσ   Kε 
    = 1
 Kt   Kt 

Kσ Fator de concentração de tensão


σ máx
Kσ = ≤ Kt
σo

K ε Fator de concentração de deformação


ε máx
Kε = ≥ Kt
εo

n Caso considerado
0,0 Estado plano de deformação
0,5 Problemas axissimétricos
1,0 Estado plano de tensão
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.3 – EFEITO DE CONCENTRAÇÃO DE TENSÃO

Exemplo:
σ o = 250 MPa ; K t = 4

E = 2 ⋅105 ; ε o = 0,00125

σ = k ⋅ ε pn ; n = 0,10 ; k = 800 MPa


1000.00

800.00

600.00

400.00

200.00

0.00

0.000 0.005 0.010 0.015 0.020

Solução:

σ 0, 2 = 430 MPa ; σ 0 ⋅ K t = 1000 MPa

σ máx = 500 MPa ; ε máx = 0,010

Conhecendo-se ε máx é possível selecionar o extensômetro e o


adesivo mais adequados à aplicação.
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.4 – EFEITO DE DEFORMAÇÕES PLÁSTICAS

Definição de deformação plástica

σ εe εp
σ
σE

ε ε

Modelos de curvas tensão-deformação

σ σ σ
σE σE σE

ε ε ε

Modelos de tensão residual

σ r ≈ σ E − σ elástico ; σ elástico ≤ 2σ E

σ r = σ 0 ( Kσ − K t ) ; Kσ ≤ K t

ε r = ε 0 (K ε − K t ) ; K ε ≥ K t
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.5 – DEFORMAÇÕES EM DIREÇÕES ARBRITÁRIAS

Formulação geral

ε2

εc

b εb

α
β ε1

θ
a
εa

εa =
1
( ε 1 + ε 2 ) + 1 ( ε 1 − ε 2 ) cos 2θ
2 2

εb =
1
( ε 1 + ε 2 ) + 1 ( ε 1 − ε 2 ) cos 2(α − θ )
2 2

εc =
1
( ε 1 + ε 2 ) + 1 ( ε 1 − ε 2 ) cos 2(β − θ )
2 2
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.5 – DEFORMAÇÕES EM DIREÇÕES ARBRITÁRIAS

Direção de deformação zero, estado biaxial de tensões


Para o caso biaxial de tensões, a direção de deformação zero,
em relação à direção 1, com θ = 0, é definida por:

ε1 + ε 2 1 + ασ (1 − ν ) − ν
cos 2 β 0 = − =−
ε1 − ε 2 1 − ασ (1 + ν ) + ν

Direção de deformação zero, estado uniaxial de tensões, ασ = 0


No caso de um estado uniaxial de tensões é gerado um estado
biaxial de deformações, e o ângulo para direção de deformação
zero será obtido como:
ε Y = −ν ε X

1 −ν
cos 2β 0 = −
1 +ν

Para este caso a direção de deformação zero é:

ν 0,20 0,25 0,30 0,3333 0,35 0,40 0,50

β0 65,90º 63,43º 61,29º 60,00º 59,39º 57,70º 54,74º

Resumindo, a indicação é 60º ± 3º.

Para uma orientação qualquer,

ε β = ε1
1
[ ( 1 − ν ) + ( 1 + ν ) cos 2β ]
2
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.5 – DEFORMAÇÕES EM DIREÇÕES ARBRITÁRIAS

Para uma orientação qualquer,

ε β = ε1
1
[ ( 1 − ν ) + ( 1 + ν ) cos 2β ]
2

Para alguns valores particulares do ângulo:

β ε β ε1
0º 1
30º (1 − 3ν ) / 4
45º (1 − ν ) / 2
60º (3 − ν ) / 4
90º −ν
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.6 – ESTUDO DE CASOS

TRAÇÃO

Configuração da ponte e posicionamento dos extensômetros:


1/4 de ponte;
1/4 de ponte, insensível à flexão em um plano;
1/4 de ponte, insensível à flexão em dois planos;
1/2 ponte com compensação de temperatura;
1/2 ponte, Poisson;
1/2 ponte diagonal, não cancela flexão;
1/2 ponte, cancela flexão;
1/2 ponte, com 4 extensômetros;
4/4 ponte completa, Poisson;
4/4 ponte completa, dois dummy.

FLEXÃO

Configuração da ponte e posicionamento dos extensômetros:


1/2 ponte, cancela carga axial;
1/2 ponte, com 4 extensômetros;
1/2 ponte, determinar o gradiente de deformação;
4/4 ponte completa, cancela carga axial.
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.6 – ESTUDO DE CASOS

Tração, 1/4 de ponte.


Configuração da ponte e posicionamento dos extensômetros:

1/4 de ponte, simples.


R g1
A
R4
ε V2
ε
B D V1

R g1
R2 R3
C

1/4 de ponte, insensível à flexão em um plano.


R g1

ε A
R4
R g1 V2

Rg2 B D V1

ε
R2 R3
Rg2 C
Rg3

1/4 de ponte, insensível à flexão em dois planos.

Rg4
R g1
ε R g1 A
R4
Rg3 V2
Rg3
ε ε Rg2
B D V1
Rg4
R2 R3
ε Rg2 C
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.6 – ESTUDO DE CASOS

Tração, 1/2 ponte.


Configuração da ponte e posicionamento dos extensômetros:

1/4 ponte com compensação de temperatura.

ε +T
R g1
A
R4
R g1 V2
ε +T
B D V1
T Rg2
R3
C
Rg2 T

1/2 ponte, Poisson. Também tem compensação de temperatura.

R g1
A
R4
εx V2
εx
εy
B D V1
εy
R g1 R g2
R3
C
Rg2
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.6 – ESTUDO DE CASOS

Tração, 1/2 ponte.


Configuração da ponte e posicionamento dos extensômetros:

1/2 ponte, insensível à flexão, em um plano.


R g1
A
ε R4
Rg1 V2

B D V1

ε R2
C
Rg3 Rg3

1/2 ponte diagonal.


R g1
A
R4
ε
V2
R g1
B D V1
Rg3
ε
R2
C
Rg3

1/2 ponte diagonal com 4 SGs, cancela a flexão em dois planos.


R g1

ε R g1 A
R4
Rg3 V2 V1

ε ε B D
Rg2
Rg4 Rg3
R2
ε Rg2 C
Rg4
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.6 – ESTUDO DE CASOS

Tração, ponte completa.


Configuração da ponte e posicionamento dos extensômetros:

Ponte completa, Poisson;

R g1 R g4
A

εx εx
εy
V2 εy
εy εx
B D V1

R g1
R g2
R g3 R g4 εy εx

C
Rg2 Rg3

Ponte completa, dois dummy.

ε +T R g1 R g4
A

V2
R g1 Rg3 ε +T T
B D V1
T ε +T
T
C
Rg2 Rg3
Rg2 Rg4
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.6 – ESTUDO DE CASOS

Flexão, 1/2 ponte.


Configuração da ponte e posicionamento dos extensômetros:

1/2 ponte, cancela carga axial;


Rg1
ε A
R4
Rg1
V2

B D V1

ε
R3
Rg2 C
Rg2

1/2 ponte com 4 extensômetros.


R g1

ε ε A
R4
R g1 Rg2 Rg2
V2

B D V1
Rg3 Rg4 Rg3
R3
ε ε C

Rg4

1/2 ponte, determinar o gradiente de deformação;


dε ε 1 − ε 2
= ; d – distância entre os extensômetros.
dy d
R g1
R g1
ε1
ε2 A
R4
R g2
V2
ε1
( ε 1 - ε2) B D V1
ε2
R3
C
R g2
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.6 – ESTUDO DE CASOS

Flexão, ponte completa.


Configuração da ponte e posicionamento dos extensômetros:

Ponte completa, cancela carga axial.

R g1 R g4
ε ε A
R g1 Rg3 V2
R g1 Rg3

B D V1

Rg2 Rg4
Rg2 Rg4

−ε −ε C
Rg2 Rg3
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.6 – ESTUDO DE CASOS

Torção e cisalhamento.
Configuração da ponte e posicionamento dos extensômetros.

R g1
ε Y ε X
A
σY R4
R g1 V2
σX
ZZ GRT 5
B D V1
σY
Rg2 σX

ε R3
X
ε Y
C
Rg2

Torção e cisalhamento.
Configuração da ponte e posicionamento dos extensômetros.

R g1 R g4
A

R g1 R g4 V2

ZZ GRT 5 ZZ GRT 5
B D V1

R g2 R g3
C
Rg2 Rg3
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.7 – CALIBRAÇÃO DOS SG NA ANÁLISE DE TENSÕES

Calibração shunt

Na análise experimental de tensões não se tem uma grandeza


física que possa ser utilizada para calibrar a leitura da
ponte. Neste caso a solução é simular uma deformação aparente
pela associação em paralelo com os SGs da ponte de um resistor
de precisão, que desequilibra a ponte, simulando uma deformação
no extensômetro.
ε< 0
R CAL
A
R R

B D

R R
R CAL C

ε> 0
Rg RCAL
R= ; ∆R = R − Rg
Rg + RCAL

∆R RCAL Rg
= −1 = −
Rg Rg + RCAL Rg + RCAL

∆R Rg 1 1
= k ⋅ε = − ; ε =− ,
R Rg + RCAL k 1 + RCAL Rg
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.7 – CALIBRAÇÃO DOS SG NA ANÁLISE DE TENSÕES

Calibração shunt

1 1
ε =− , deformação aparente
k 1 + RCAL Rg

A deformação aparente que está sendo simulada é compressiva


quando RCAL está no braço 1 da ponte e trativa quando RCAL está no
braço 2 da ponte.

O procedimento a ser adotado é de uma vez verificada a ponte


quanto às conexões e a adequada aplicação dos extensômetros, é
de primeiro zerar a ponte, esperando a mesma estabilizar, e
após fazer a calibração shunt, braço 1 e braço 2.

Exemplo: Calibração no braço 1 da ponte.


1 
RCAL = − Rg  + 1 ; k = 2; ε = −10− 3 ; RCAL = 499 ⋅ Rg
 kε 

Rg = 120 Ω ; RCAL = 59 880 Ω Rg = 350 Ω ; RCAL = 174 650 Ω


CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.8 – ANÁLISE DE ROSETAS

Quando se trabalha com transdutores é comum usar a Ponte de


Wheatstone com um extensômetro XY formando dois braços
contíguos da ponte, aproveitando o efeito de Poisson para
aumentar a sensibilidade.

Em problemas de análise experimental de tensões isto nunca deve


ser feito, pois o objetivo aqui é determinar o estado de
tensões no ponto. Assim, cada extensômetro da roseta deve ser
tratado individualmente, formando diferentes pontes de
Wheatstone, em quarto de ponte, sempre a três fios.

Isto é necessário para determinar separadamente as deformações


em cada uma das direções, de forma a poder identificar o estado
de tensões.

Uma exceção pode ser aberta para o caso de cisalhamento puro ou


torção, com o uso de rosetas espinha de peixe, a 45º, usando os
dois extensômetros para formar meia ponte.

A análise de rosetas está normalizada pela especificação E 1561


da ASTM.
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.8 – ANÁLISE DE ROSETAS

Roseta 0-90

Usada quando as direções principais são bem estabelecidas.


São determinadas diretamente as deformações principais.

σ1 =
E
( ε 1 + νε 2 )
1 −ν 2

σ2 =
E
( ε 2 + νε 1 )
1 −ν 2

Roseta ± 45

Tipicamente usada para medidas envolvendo tensões tangenciais,


como cisalhamento em vigas, ou esforços de torção.

As deformações medidas valem a metade da deformação de


cisalhamento, convencionalmente definida.

γ XY = 2ε XY

ε XY = ε1 = −ε 2

τ XY = γ XY ⋅ G
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.8 – ANÁLISE DE ROSETAS

Roseta 0-45-90

ε 1, 2 =
1
2
(εa + εc )± 1
2
[ (ε a − ε b ) + (ε b − ε c )
2 2
]
2ε b − (ε a + ε c )
tg 2θ =
εa − εc
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.8 – ANÁLISE DE ROSETAS

Roseta 0-60-120

ε 1, 2 =
1
3 3
[
( ε a + ε b + ε c ) ± 1 2 ( ε a − ε b )2 + (ε b − ε c )2 + (ε c − ε a )2 ]
3 (ε b − ε c )
tg 2θ =
2ε a − (ε b − ε c )
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.8 – ANÁLISE DE ROSETAS

Exemplo
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.8 – ANÁLISE DE ROSETAS

Exemplo

Em um reservatório foi medida uma deformação circunferencial de


3,6 10-4.
Se fosse um estado uniaxial a tensão seria calcula com o valor
de 75 MPa. Porém o ensaio foi realizado em um reservatório com
600 mm de diâmetro, 4 mm de parede e uma pressão interna de 12
atm, aproximadamente 1,2 MPa. Calculando a tensão para o caso
de reservatórios cilíndricos de parede fina, na direção
circunferencial,
pD
σθ = = 90 MPa
2e

Fica evidente que o estado biaxial do estado de tensões


cilíndrico afeta o resultado.Com o coeficiente de Poisson igual
a 1/3, resulta σ X = 1,20 ⋅ E ε X , logo σ X = 90 MPa , conforme
calculado.
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.8 – ANÁLISE DE ROSETAS

Exemplo
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.8 – ANÁLISE DE ROSETAS

Exemplo
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.8 – ANÁLISE DE ROSETAS

Exemplo

Considerando E=210 GPa,

Discussão dos Resultados

Os dados obtidos com a medição da deformação apresentam resultados compatíveis como


esperado, sem problemas de interferência e boa repetibilidade.

As deformações medidas estão retratando a realidade observada durante os testes de fadiga,


mostrando que as regiões onde as trincas ocorrem as deformações são mais elevadas. As deformações
obtidas ajudarão a validar os modelos de elementos finitos.

Conclusões?
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.9 –ESTUDO DE TENSÕES RESIDUAIS

Método do furo cego, ASTM E-837


CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.9 –ESTUDO DE TENSÕES RESIDUAIS

Método do furo cego


CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.9 –ESTUDO DE TENSÕES RESIDUAIS

Controle de qualidade

Uso de extensômetro mais usual, quando já existe uma larga base


de conhecimento dos pontos relevantes quanto à tensão residual,
quanto à direção e ao valor admissível de deformação.

É usado numa base comparativa, dentro de limites definidos


previamente.
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.10 – EXEMPLO DE APLICAÇÃO

GR2C1V2PIb
[ µm/m ]
DB 7 11-D2CB-45 DB 8 12-D2CB DB 9 13-E1LC DB 10 14-F2CA-45
400.0
300.0
200.0
100.0
0.0
-100.0
-200.0

0.0 2.5 5.0 7.5 10.0 12.5 15.0 17.5


CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
4.10 – EXEMPLO DE APLICAÇÃO

Histograma
0.18
0.16
0.14
0.12
0.10
0.08
0.06
0.04
0.02
0.00

5.0 32.0

Distribuição acumulada de probabilidade


100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
0 5 10 15 20 25 30 35
CURSO EXTENSOMETRIA
AULA 4 - USO DE SG PARA ANÁLISE EXPERIMENTAL DE TENSÕES
CONCLUSÃO

NUNCA

σ X = E ⋅ε X
SEMPRE

σX =
E
( ε X +ν ⋅ ε Y )
1 −ν 2

Você também pode gostar