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APRENDENDO A LER NO 2º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

O presente Projeto de ensino procura contribuir com o processo de ensino


aprendizagem da leitura na sala de aula e com materiais de fácil utilização para
que a criança aprenda a ler e se desenvolver na sua aprendizagem. Para
realização deste foi planejado uma atividade para uma turma do 2º ano do
Ensino Fundamental, os sujeitos centrais da atividade serão crianças de seis a
sete anos de idade e a professora da turma envolvida. O trabalho buscara
também verificar quais dificuldades os alunos apresentam na leitura e quais
dificuldades a professora encontra para administrar esse ensino. Enquanto
metodologia será utilizada a contação de história, onde encontramos os
procedimentos necessários para a realização do Projeto, uma vez que será muito
importante observar os sujeitos e suas ações na aprendizagem e ensino da leitura.
No processo de ensino-aprendizagem da leitura é de suma importância que o
professor esteja motivado e preparado para lidar com possíveis dificuldades dos
alunos em sua vida escolar, sendo o mesmo o mediador e facilitador da
aprendizagem, criando um ambiente propício para o seu desenvolvimento. A
observação durante a atividade fornecerá dados importantíssimos tais como: a
aprendizagem para construir um bom leitor está grande parte no preparo do
professor, quer teoricamente ou como um bom procedimento pedagógico e
conhecer o que a leitura traz de benefício na vida do cidadão.

Palavras-chave: educação, leitura, aprendizagem, metodologia, formação do professor.


SUMÁRIO

1. Introdução.....................................................................................................05
2 Revisão Bibliográfica ....................................................................................07
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino....................................23
3.1Tema e linha de pesquisa............................................................................23
3.2 Justificativa..................................................................................................23
3.3 Problematização.........................................................................................24
3.4 Objetivos.....................................................................................................24
3.5 Conteúdos..................................................................................................24
3.6 Processo de desenvolvimento....................................................................24
3.7 Tempo para a realização do projeto...........................................................25
3.8 Recursos humanos e materiais..................................................................25
3.9 Avaliação....................................................................................................25
4 Considerações Finais....................................................................................26
5 Referências...................................................................................................28
1 INTRODUÇÃO

O tema escolhido para o presente projeto foi Aprendendo a Ler no 2º Ano do Ensino
Fundamental, projeto este que pretende observar as principais dificuldades que
interferem no processo de aprendizagem da leitura, tendo como consequência a
dificuldade do aluno do ciclo l, do Ensino Fundamental.
O trabalho foi elaborado com a finalidade de preencher os requisitos necessários para
atender o desejo de refletir sobre a prática da leitura no 2º ano do ensino fundamental.
Ao longo da vida o ser humano adquirirá uma bagagem de leitura, essa bagagem é
necessária pois além de obter conhecimento através da leitura desenvolve um potencial
critico, para duvidar, questionar, expor opiniões sem medo e acima de tudo interpretar o
mundo, nesta observação é importante considerar as práticas de leitura como elemento
significativo para ampliar a compreensão sobre o objeto de pesquisa proposto
A finalidade desta atividade é entender como se dá aprendizagem e o
desenvolvimento do hábito de ler desde a educação infantil, falar sobre leitura é
encantador e prazeroso uma vez que muitas são as formas de interpretação que se
realizam da mesma, ler não é o equivalente a decifrar ou decodificar, a aprendizagem se
dará nessa interação, isto é, na prática de trabalhos em grupos pequenos, e que neste
contexto a criança possa entender o texto. O interesse por esse trabalho se justifica por
desenvolver trabalho como professora substituta nas escolas do município que resido e
muitas vezes não possuía os conhecimentos teóricos aos quais poderia recorrer para
compreender, não só a importância da leitura para a vida do ser humano, como também
me preparar melhor como pedagoga.
Os objetivos dessa produção são: analisar o aluno na hora da leitura; verificar o
incentivo à leitura que a criança do 2º ano do ensino fundamental possui em sala de
aula,investigar as práticas de leitura e como esta poderá contribuir na melhoria da
habilidade de interpretação de textos e conseqüentemente na formação de alunos
leitores.
Ao iniciar o trabalho tinha o objetivo geral de verificar como se processa o
ensino-aprendizagem da leitura, como o educador está trabalhando esse ensino e que
tipos de ferramentas pedagógicas utilizam para facilitar esse aprendizado pela criança,
O projeto de ensino será desenvolvido em uma sala do 2º ano do ensino
fundamental, as atividades serão realizadas, observadas e previamente elaborada com a
ajuda da professora regente disposta a ajudar quando houver dificuldades.
Observar e realizar a leitura para as crianças com a utilização de um
livro procurando fazer uma interação do assunto, mostrando gravuras, fazendo
perguntas e comentando o que se passava no texto.
A avaliação será realizada constantemente em todas as atividades, através da
participação, comportamento, desenvolvimento, interesse e socialização.
Foram utilizados alguns autores que sustentam a minha fundamentação
teórica, sendo os principais:
Cagliari (1995), de acordo com ele tudo o que aprendemos na escola está
relacionado com a leitura e dependeremos dela para aprendermos e desenvolvermos na
vida e sociedade, contribui com reflexões sobre a fala e a escrita no processo de
alfabetização,
Kleiman (2000), O ensino da leitura é de fundamental importância para resolver
problemas relacionados com o baixo aproveitamento escolar e ao fracasso na formação
do leitor. Hoje sabemos que para formar um bom leitor é necessário que este tenha uma
alfabetização adequada e muitos materiais que possa lhe oferecer condições para
desenvolver o conhecimento sobre a leitura.
Freire (1992) nos mostra a importância do ato de ler e Silva, (1995) trata de
problemas da leitura na sociedade e escola.
Segundo Martins (2004) a leitura seria o caminho para o processo educacional eficaz
que proporcionaria a formação integral do cidadão. A leitura é de vital importância na
vida do ser humano, pois através dela podemos adquirir os conhecimentos científicos e
promover o desenvolvimento cognitivo. Por isso é necessário que o professor reserve
sempre um tempo e um lugar especial para que os educandos pratiquem o hábito de
leitura.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Do ponto de vista linguístico ler e aprender a codificar o código alfabético. Essa


apropriação indica que para aprender a ler a criança precisa relacionar sons com letras,
concretamente, na sala de aula, alfabetizar também significa ensinar o aluno a ler para
apropriar e compreender o código alfabético. Assim coloco aqui algumas contribuições
teóricas que fundamentam o assunto referente a leitura na alfabetização.
Segundo Curto (2000, p.21), deixa especificado o seguinte:

O professor pode ler muitas coisas em aula, o bilhete enviado


por alguns pais para desculpar a falta de uma criança, as
comunicações procedentes da direção ou de outros
professores, anúncios de atividades infantes, etc., e não
parece haver nenhuma razão para não fazer essa leitura em
voz alta e comentá-la com os alunos. Na maioria das vezes,
isso ajudará a entender a funcionalidade da leitura e da
escrita, dará modelos sobre como ler, como comentar o
escrito, possíveis dúvidas de interpretação, como fazer
inferências (a doenças de um colega é grave ou não, etc.).

A Editora Abril realizou pesquisa com professores sobre livros didáticos


e de literatura, constando que falta inspiração e elegância para seu uso conforme Lajolo
(2004, p. 13):

Motivamos a classe a ler, a ler sempre [...] poucos são os


comentários de falta de interesse, talvez porque repito
sempre o slogan: quem não lê, mal fala, mal ouve, mal vê.
Lêem porque eu incentivo muito e às vezes até dramatizo o
assunto resumidamente, para que o aluno se interesse mais
pela leitura [...]
Após um trabalho árduo e longo, o habito de leitura parece
ter sido implantado.
(FALA DOS PROFESSORES). (LAJOLO, 2004, p.13)

A leitura é um importante instrumento para o processo de reconstrução da sociedade


sabendo que, para a criança saber ler, é necessário primeiramente conhecer a língua
pátria, já que desde o momento do seu nascimento ela participa do grupo de
aprendizagem: familiar, social, cultural..., por meio do qual acumula experiências que se
processam, principalmente, durante a sua trajetória escolar.
De acordo com Stefani, (1997, p.16);

A escola está muito preocupada com seu currículo. Com o


conteúdo que deverá ser assimilado no prazo de x ou y anos.
É quase uma equação matemática... Os milênios de
conhecimento humano conquistados por essa criança em
cinco anos agora pouco interessam...

Segundo a autora a escola está se preocupando apenas em cumprir a carga


horária, os conteúdos, as normas, os regulamentos e se esquecendo que a criança deve
vir em primeiro lugar tendo como prioridade o desenvolvimento de sua aprendizagem e
os conhecimentos que já possui. A leitura deveria ser uma forma prazerosa e não
obrigatório como alguns educadores estabelecem, para tanto é necessário se fazer uso da
mesma no início de tudo, principalmente quando as crianças já têm um conhecimento
pré estabelecido do que se está lendo, para que isso ocorra precisam estar em contado
direto com livros, sendo o educador o guia mestre desta formação, para que seus
educandos sejam capazes de ler e usarem o senso crítico de entendimento sobre o que
estão lendo (MARTINS, 2004).
Segundo Stefani (1997), a criança desde a sua concepção até a entrada
na escola, já possui muitas informações, ou seja, a sua bagagem é bem maior do que
imaginamos. E com a paixão de descobrir o mundo adentra na leitura dos símbolos
humanos, entre eles, o de mais importância social, que é a escrita e sua respectiva
leitura. Para Cagliari (1995, p. 149) “A leitura é a realização do objetivo da escrita.”
Quem escreve, escreve com a intenção que seja lida, não para que fique simplesmente
no papel. Alguns teóricos afirmam que a formação continuada contribui para o
aperfeiçoamento da ação pedagógica em sala de aula, muitos dos erros são corrigidos
através de debates sobre as atividades realizadas com os alunos sem resultados
positivos, assim a formação complementar vem dar novo perfil nas atividades
pedagógicas.
Para Usova (apud MOLINA, 1979, p.2) nos diz que:

Ao final de uma pesquisa, concluiu que, para melhorar os


programas de leitura em escolas secundárias é necessário que
os diretores, bem como os professores de todas as áreas,
melhorem sua própria compreensão do processo de leitura.
Em outras palavras, é preciso mudar, segundo ele, as atitudes
que esses profissionais apresentam em relação à leitura.

Pode se ensinar a ler, e a ler bem, metodicamente, levando a criança à finalidade exata e
perfeita do aprendizado, sem prejuízo algum de seu desenvolvimento, diante dessa
consideração, o texto de leitura infantil no contexto da escola não cumpre somente uma
finalidade pedagógica ela reduz a possibilidade desse grande universo a ser explorado
pela criança e pelo professor. Juracy Assmam Saraiva respalda essa ideia na seguinte
citação:

Enquanto fenômeno de comunicação, o texto literário se


insere no âmbito da cultura, sendo
uma resposta do autor às questões que lhes são
contemporâneas e constituindo-se em uma provocação para o
leitor. Por ser uma expressão artística, o texto literário extrai
dos processos históricos-político-sociais uma visão da
experiência humana que transcende o tempo de sua
concepção e instiga o leitor sob forma de perguntas que o
levam a analisar seu próprio tempo (SARAIVA, 2001, p.
26,27).

Nesta citação ela expõe questões bem interessantes como a literatura


infantil faz parte da cultura humana e também constitui expressões artísticas, a
valorização da leitura infantil vem justamente para aproximar as crianças das situações
reais e práticas sociais de leitura e de escrita. Por isso é que os educadores devem se
interessar pelas produções da literatura infantil, pois a formação da criança leitora passa
também pela formação do professor leitor. Saraiva Mello e Varella (2001, p 84) indicam
ainda que o gosto pela literatura “[...] não é algo casual pois ela se alimenta da
exemplaridade que desencadeia o interesse, a motivação, o encaminhamento pelo
mágico mundo da fantasia [...]”
Para Cagliari (1995): “Além de ter um valor técnico para a alfabetização, a
leitura é ainda uma fonte de prazer, de satisfação pessoal, de conquista, de realização,
que serve de grande estímulo e motivação para que a criança goste da escola e de
estudar”. Desse modo o autor nos diz que a leitura além de ajudar no processo de
alfabetização, proporciona momentos de prazer, satisfação e realização, despertando na
criança o gosto pelo estudo e, sobretudo pela escola.
Devemos incentivar as crianças a ler em casa, pois não é apenas da escola a
responsabilidade de desenvolver o ato de ler. Os pais são fundamentais nesse processo,
ajudando ou até mesmo incentivando seus filhos no momento de realizar as tarefas, nas
situações de brincadeira, pois muitas crianças gostam de reproduzir o que aprenderam
em sala em casa com os irmãos menores.
Segundo Frank Smith (apud SILVA1997, p88) afirma que:

(...) as crianças não aprendem através da instrução, elas


aprendem através do exemplo, e aprendem atribuindo
significado a situações essencialmente significativas. (...) As
crianças aprendem desde o momento em que vêm ao mundo.
Uma criança aprende ouvindo conversas de sua mãe, dentro e
fora de casa. Ela aprende quando o seu pai dá-lhe uma chance
para trabalhar com pregos e martelo. Ela aprende quando
acha necessário verificar o preço de um equipamento
esportivo num catálogo. Ela sempre aprende com o objetivo
de atribuir significado a alguma coisa, e especialmente
quando existe um exemplo, um modelo a ser seguido.

Entende-se que o ambiente familiar da criança é um grande agente de


transformação e mudanças, por isso os pais devem ser o exemplo principal na vida dos
pequenos. É benéfico ter materiais de leitura em casa, não só de leitura escolar, mas
outros como: gibis, revistas e livros de histórias.
De acordo com Cagliari (1995): a escola deveria oferecer diferentes tipos de
materiais àqueles alunos que não podem tê-los em casa ou na de amigos. Sendo que
muitas vezes a leitura de revistas em quadrinhos, fascículos de periódicos, fotonovelas e
revistas ilustradas motivam muito mais os alunos para a leitura, mostrando que há
diversa maneiras de tornar a leitura mais interessante, saindo da rotina dos livros e
cartilhas.A leitura é uma continuidade da escola na vida das pessoas. O educador ao
ensinar a criança a ler, deve desenvolver o gosto pela leitura, criando um espaço na sala
e que trabalhe com eles a importância e a necessidade da leitura. Assim, como afirmam
os teóricos a escola é de fundamental importância na vida da criança e que é neste local
que encontrará a oportunidade e materiais que poderão influenciar o seu aprendizado.
Também a leitura tanto pode acontecer em casa, como na escola depende dos meios que
os pais utilizam para ajudar os seus filhos.
De acordo com Dalla Zen (1997) pelas condições em que se desenvolve a
leitura professores e alunos não têm estado em sintonia com a ideia de que a leitura é
um processo de interação entre o leitor e o texto e que a história de ambos se modificam
nesse encontro. Transforma o leitor porque ele desperta toda a sua experiência de
mundo e a coloca em confronto com a experiência do autor que ganha outra vida. Para
os PCNs (1997, p.65) “Uma prática intensa de leitura na escola é, sobretudo, necessária,
porque ler ensina a ler e a escrever”. Entendemos que ao praticar a leitura estamos
desenvolvendo a leitura e a escrita, porque quanto mais exercitamos o ato de ler
melhoramos a nossa compreensão e desenvolvimento, também na escrita.
Para Cagliari (1995.p.149):

[...] ler é um processo de descoberta, como a busca do saber


cientifico. Outras vezes requer um trabalho paciente,
perseverante, desafiador, semelhante à pesquisa laboratorial.
A leitura pode também ser superficial, sem grandes
pretensões, uma atividade lúdica, como um jogo de bola em
que os participantes jamais se preocupam com a lei da
gravidade, a cinética e a balística, mas nem por isso deixam
de jogar bola com gosto e perfeição.

Também a leitura na biblioteca é de fundamental importância na vida


das pessoas, mas muitas vezes não é o que acontece, sendo necessário criarem
ambientes que favoreçam a aquisição da cultura dos livros.
Pois de acordo com Cagliari (1995), a escola que possui uma biblioteca muitas
vezes guarda os livros como uma relíquia, com este pensamento para que servirá a
biblioteca se os alunos encontram algumas dificuldades em usá-la? Sendo assim a
escola precisaria ter livros a mais e uns seriam destinados a consulta e outros para livre
circulação. Com o passar do tempo os livros se estragam, assim seria importante manter
dois exemplares de um mesmo livro, um para acervo e outro para ser manuseado pelos
alunos.
E ainda no diz Cagliari (1995), que muitas vezes alguns diretores transformam
as bibliotecas em museus que os alunos vão visitar uma vez por ano, sendo que a
biblioteca da escola deveria ser o contrário, um local de mais movimento possível, pois
é um suporte necessário e indispensável tanto na formação dos alunos e professores,
quanto na preparação de suas aulas.
Para Bamberger (1975), a principal deficiência de muitas bibliotecas escolares é
não oferecerem escolha suficiente. Com isso as crianças precisam pegar os que
encontram, e muitas vezes estes livros não atende a seus interesses ficando
decepcionadas e ao invés de desenvolver o hábito da leitura, são prejudicados.
Para Molina (1992, p.30), “Para se familiarizar com o mundo dos livros, o
primeiro passo pode ser aprender a utilizar uma biblioteca.” Segundo o autor a criança
precisa conhecer o mundo da leitura em uma biblioteca através do manuseio dos livros.
Sendo que este é o local mais propício para o seu desenvolvimento.
Segundo os PCNs (1997), para desenvolvimento da prática e do gosto da leitura
a escola precisa oferecer algumas condições como, dispor de uma boa biblioteca, de um
acervo de classe com livros e outros materiais de leitura, organizar momentos de leitura
livre em que o professor também leia, planejar as atividades diárias garantindo que as de
leitura tenham a mesma importância que as demais, possibilitar aos alunos a escolha se
suas leituras, o silêncio no momento da leitura, o empréstimo de livros, variedades de
títulos e construir na escola uma formação de leitores onde todos possam contribuir
com sugestões para o desenvolvimento da prática da leitura onde envolva o conjunto da
unidade escolar.
Segundo Silva (1986, p.72) nos diz:

[...] não basta que a biblioteca execute somente as tarefas


técnicas de difusão da informação; é necessário que ela
exerça influência ativa e dinâmica no contexto envolvente,
preocupando-se com a qualidade do seu acervo e dos seus
serviços, com a origem e necessidades dos usuários, com a
democratização do seu espaço, e com o planejamento de
programas socioculturais.

De acordo com o autor não basta que a biblioteca exista apenas para ser um local
de informação, é preciso que exerça uma influência na vida das pessoas, melhorando o
seu acervo com materiais de qualidade e o atendimento conforme as necessidades dos
usuários.
Coloca-nos a Revista Nova Escola (1998), que as bibliotecas são muito
importantes, mas que cuidar dela não é uma função valorizada entre os professores.
“[...] o professor-bibliotecário tem em mãos uma tarefa e tanto. Precisa organizar os
livros, montar os sistemas de empréstimos e de consulta, ajudar os alunos a usar a
biblioteca e ainda criar programas de incentivo à leitura”. Tarefa que a pessoa
responsável pela biblioteca deve exercer com todo o prazer e dedicação, pois é um
trabalho muito importante para incentivar os alunos a fazer uso da biblioteca.
Afirma Walda Antunes (apud Nova Escola, 1998), “que para a biblioteca vão os
readaptados ou quem está em fase de aposentadoria. [...] oficialmente, bibliotecários são
pessoas com curso superior em biblioteconomia. O professor pode assumir a função,
mas não terá o título nem o salário de bibliotecário”. Segundo a autora as pessoas que
são incumbidas de cuidar de uma biblioteca na maioria das vezes são pessoas que
passam por curso de capacitação ou em fase de aposentadoria, porque as pessoas que
são bibliotecárias precisam ter curso superior.
De acordo com Sulzby & Teale (1991), apesar de ter visto evoluções nessa área
a metodologia ainda é descritiva, era somente analisada o que ocorria durante a
atividade, com o aluno, em vez de se ter uma atividade prazerosa e individual, tinha-se
formação de grupos que não levavam a sério o desafio da leitura. E para completar, em
suas casas educandos não tem o incentivo do amplo prazer de ler, muito por falta de
interesse dos pais, ou por não terem condições de aquisição de livros ou outros métodos
de leitura significativa.Baseado em leituras realizadas sobre o tema sabemos que o
aluno olha para o professor como alguém que sabe tudo, e que este deve servir de
exemplo, procurando desenvolver a leitura e a escrita, despertando a criatividade,
imaginação e oferecendo momentos de interação entre a turma, facilitando a
convivência e o saber, pois quando a criança divide as suas opiniões, idéias, faz
perguntas, recebe atenção e respeito, o professor passa a ser o mediador do
conhecimento, proporcionando oportunidades ou momentos de construção do saber.
Pois de acordo com Leite (2009, p. 72);

A formação faz parte do processo de construção da


identidade de profissional do pedagogo. As identidades
profissionais (e pessoais) resultam de variadas interações
sociais, e a formação acadêmica, sobretudo a primeira
(graduação), é um dos momentos dessa construção. O
diploma certifica a habilitação para o exercício da profissão,
mas não estrutura o perfil do profissional. É
fundamentalmente nos contextos de trabalho que se define o
jeito de ser do profissional.

De acordo com Pimenta (1999), a identidade profissional se constrói a partir do


valor que a sociedade atribui à profissão e de como o professor desenvolve a sua
atividade docente no seu dia-a-dia, buscando apoio em seus conhecimentos e seu modo
de estabelecer-se no mundo.
Segundo Libâneo (1998, p. 80):

A escola de hoje precisa propor respostas educativas e


metodológicas em relação a novas exigências de formação
postas pelas realidades contemporâneas como a capacitação
tecnológicas, a diversidade cultural, a alfabetização
tecnológica, a super informação, o relativismo ético, a
consciência ecológica.

Segundo o autor a escola antes de propor um curso de formação deveria avaliar


todas as necessidades e objetivos dos educadores, para poder atender as exigências de
sua profissão diante da realidade em transformação.
De acordo com Pimenta (1999, p.20), “O desafio, então posto aos cursos de
formação inicial, é colaborar no processo de passagem dos alunos de seu ver o professor
como aluno a seu ver-se como professor, isto é, construir sua identidade de professor”.
Segundo a autora a proposta é mostrar aos sujeitos que no primeiro momento são
alunos, que estão construindo a sua formação inicial e posterior a conclusão a sua
formação de professor.
Para Libâneo (1998, p.83), “É certo que formação geral de qualidade dos alunos
depende de formação de qualidade dos professores.” Segundo o autor para se ter uma
educação de qualidade, primeiro devemos investir nos professores, lhe oportunizando
uma formação de qualidade e que a mesma seja contínua no decorrer de sua docência.
Para Libâneo (1998, p.87):

Se quisermos, pois que o professor trabalhe numa abordagem


sócio-cosntrutivista, e que planeje e promova na sala de aula
situação em que o aluno estruture suas idéias, analise seus
próprios processos de pensamento (acertos e erros), expresse
seus pensamentos, resolva problemas, numa palavra, faça
pensar, é necessário que seu processo de formação tenha
essas características.

Segundo o autor para que isso aconteça é necessário que o processo de formação
do professor tenha todas essas características e que atenda a necessidade dos alunos.
De acordo com Pimenta (1999), o ato de educar na escola consiste em preparar a
criança e os jovens para viver em sociedade e poder solucionar os seus problemas, tendo
ainda a possibilidade de trabalhar os seus conhecimentos científicos e tecnológicos,
procurando desenvolver as suas habilidades com sabedoria.

A fé na formação de professores nunca é mais forte do que a


fé no discurso reformista sobre a educação: introduzir novas
metodologias, democratizar o ensino, diferenciar a pedagogia
para melhor, lutar contra o insucesso escolar, renovar os
conteúdos e as didáticas, desenvolver as pedagógicas activas,
participativas, abrir a escola à vida, partir da vivencia dos
alunos, reconhecer a diversidade das culturas, alargar o
diálogo com os pais, favorecer a sua participação na vida da
escola: tudo isso conduz-nos sempre a conclusão de que é
preciso formar professores!(PERRENOUD, 1993, p. 93)

Conforme o autor nos diz, para que os sistemas de educação não venham sofrer
com o fracasso e insucessos, a fé das mudanças está na formação e capacitação do
professor, sendo positiva ou negativa sempre sobressaíra sobre o professor.
Falando em formação do professor, Silva (1986), nos alerta que muitos
problemas da leitura são decorrentes da má formação dos professores, e que os mesmos
não estão preparados e não aperfeiçoam suas metodologias dinâmicas para desenvolver
aulas motivadoras e criativas. Estão usando textos não como apoio, mas sendo o seu
substituto na sala, digo sem fazer usos dos seus conhecimentos e capacidades de
desenvolver a sua aula sem fazer uso apenas do livro, havendo necessidade de mudança
no ensino.
Para Guimarães (2004, p.30); “A prática profissional determina os contornos da
profissionalidade a ser buscada nos processos de formação inicial e continuada e estes
contribuem para a construção de novas práticas”. Neste contexto entendemos que o
educador ao iniciar a sua docência, busca apoio na sua formação inicial, momento em
que se tem mais a teoria e a partir dessa prática desenvolve a teoria e prática, buscando
melhores condições que propicia a aprendizagem, sendo através da formação
continuada no processo de investir na sua capacitação.
Guimarães (2004), afirma que a prática do professor pode ser distinguida como
uma ação de intermediação não só entre aluno/cultura, mas entre
pais/escola/comunidade, procurando ser o professor o mediador/facilitador no
desenvolvimento do ensino e aprendizagem na sociedade.
De acordo com Pimenta (1999, p.10);

A atividade do professor é o ensinar. Na sua acepção


corrente, é definida como uma atividade prática. O professor
em formação está se preparando para efetivar as tarefas
práticas de ser professor. Dado que não se trata de formá-lo
como reprodutor de modelos práticos dominantes, mas como
agente capaz de desenvolver a atividade material para
transformar o mundo natural e social humano.

Segundo Antunes, (2005), na infância é que se conheça o hábito da leitura,


sendo assim quanto mais cedo começar, mais cedo terá leitores críticos com
conhecimentos mais avançados. Ficando a escola com a responsabilidade juntamente
com a família para não se perder o hábito da leitura, não deixando de lhes ensinar logo
no início de sua escolarização esse grande feito, tarefa que deverá ser feita com muito
zelo pelo educador.
Ainda nos diz Antunes, (2005), que o prazer de ler só terá efeito quando o livro
passar a ter significado na vida do leitor, atender a seus interesses, falar de suas crenças,
seus prazeres e sua escala de valores. E que para a criança ter o hábito de ler em casa ou
na escola terá que ter o mesmo grande efeito que se consegue em um dos dois lugares.
Tanto a leitura feita pelos pais, pela família quanto à feita pelo professor, é muito
importante e fortalecerá o desenvolvimento da linguagem.
Para Carvalho (1994), o bom leitor não se faz por acaso. Depende muito de
como foi a sua infância, seu ambiente familiar, o incentivo, o contato com os livros de
literatura infantil e também através de experiências positivas durante a sua
alfabetização. Porque este bom leitor não é formado por acaso, depende muito de sua
formação, mesmo antes de saber a ler.
Para Stefani (1997, p.11):

O tornar-se leitor adulto é aprender a fazer cada vez melhor o


movimento de entrada e saída: ir para dentro de nós mesmos,
em busca das nossas significações pessoais, e sair desse
mergulho trazendo para fora algo novo, elaborado por nós. E,
nessas entradas e saídas pelos diferentes objetos de leitura,
desenvolvemos nosso ato de ler, de forma significativa, única
e pessoal. Precisamos encontrar situações para isso, assim
como os nadadores precisam da água para desenvolver seu
nado.

Segundo a autora, o espaço da leitura seria de fato a janela aberta que permitiria
a comunicação entre o mundo interior e exterior.
Para Kato (1999) um leitor quando está no início de sua alfabetização tem uma
visão de palavras muito limitada, sendo a apreensão do significado mediado quase
sempre pela decodificação em palavras familiares no contexto da leitura pré
estabelecida de forma visual, em analise e síntese do que se quer decifrar.
Segundo Cagliari (1995), ler é mais importante do que escrever já que muitas
pessoas vivem sem escrever, mas não sem ler. Existem pessoas que não escrevem, mas
sabem ler, sobretudo as que vivem nas cidades e precisam ler placas de ônibus,
números, documentos etc. Devido a vários problemas de evasão e repetência, a escola
deveria dar mais importância a leitura e se preocupar menos com a escrita.É necessário
repensar as maneiras que se vem desenvolvendo a escrita e a leitura na escola, dando
mais destaque a leitura desde o começo da alfabetização, porque quando a criança
aprender a ler terá mais facilidade para se desenvolver ao contrário da que não
aprendeu. Quando a criança aprender a ler terá mais ânimo para realizar as suas
atividades, ir para a escola e estudar porque a leitura será fonte de prazer e realização.

Ninguém gosta de fazer aquilo que é difícil demais nem


aquilo do qual não consegue extrair o sentido. Essa é uma
boa caracterização da tarefa de ler em sala de aula: para uma
grande maioria dos alunos ela difícil demais, justamente
porque ela não faz sentido. Kleiman (2000, p. 16)

De acordo com a autora é necessário trabalhar primeiro o conteúdo, e que este


tenha sentido e que esteja de acordo com a realidade da criança para que a mesma possa
a partir desse entendimento realiza as atividades.
Freire (1996), diz que alfabetizar não é a repetição das palavras, mas se ter
consciência da sua cultura e nela está inserida. Ensinar a ler as palavras ditas e ditadas é
uma forma de mistificar as consciências, despersonalizando-as na repetição - é a técnica
da propaganda massificadora. Aprender a dizer a sua palavra é toda a pedagogia.
Para Zilberman (1991), a escola tem uma função de espaço para aprendizagem,
valorização e consolidação da leitura, diagnosticando a importância da literatura
juntamente com a leitura nos seus educandos desde o início da sua escolarização, o que
não deixa de ser estranho no mundo atual do qual estamos vivenciando, o país
capitalista.
Para Silva (1995), a escola ainda é o único lugar onde se tem a possibilidade de
desenvolver a leitura. Se a escola vier a falhar será o fim dos leitores.
Atualmente muitos professores reconhecem que é necessário estimular a prática
da leitura bem como desenvolver a sua compreensão, mas isto nem sempre é possível,
pois faltam subsídios para o planejamento de atividades envolventes que leve os alunos
a se interessarem pela leitura. Como Dalla Zen (1997) coloca em suas escritas.
De acordo com Cagliari (1995), na escola, a leitura serve não só para se aprender
a ler, como para aprender outras coisas, serve ainda para ensinar e treinar a pronuncia
dos alunos no dialeto-padrão e em outros, além do mais com a leitura teremos duas
formas de se encontrar no mundo das letras; a fala correta e a escrita ortográfica certa,
para que se consiga o objetivo de ambos é preciso planejar tal atividade para que se
consiga tal façanha.
Naturalmente, uma mudança de ponto de partida desencadeará transformações
na prática de sala de aula quanto à leitura. Dessa forma deve organizar antecipadamente
a sua rotina com planejamento de ações pedagógicas contempladoras de atividades
significativas que permitam ao aluno vivenciar situações que estimulem o pensamento e
a reflexão viabilizando o conhecimento e a compreensão. Segundo Silva (2002, p. 14):

Quem se dispõe a entrar numa sala de aula para ensinar tem


que saber satisfatoriamente aquilo que ensina, tem
que dominar os conteúdos e suas disciplinas, para orientar a
leitura, o professor tem que ser leitor, com paixão por
determinados textos ou autores e ódio por outros. (SILVA,
2002, p. 14).

Essa inserção do aluno no universo da cultura letrada desenvolve a habilidade de


dialogar com os textos lidos, através da capacidade de ler em profundidade e interpretar
textos significativos para a formação de sua cidadania, cultura e sensibilidade. Para Solé
(1998, p. 62), o ensino da leitura deve:

...garantir a interação significativa e funcional da criança


com a língua escrita, como meio de construir os
conhecimentos necessários para abordar as diferentes etapas
da sua aprendizagem. (SOLÉ, 1998, p. 62)
A autora ainda assegura que: "Nenhuma tarefa de leitura deveria ser iniciada sem que as
meninas e meninos se encontrem motivados para ela, sem que esteja claro que lhe
encontram sentido". (SOLÉ, 1998, p.91).
A autora Rangel (2005, p. 142), relata que:

Ao refletir sobre a prática da leitura na escola, questiono a


leitura marcada pelo certo/errado, que legitima uma
abordagem da leitura estruturalista, ignorando a experiência
de vida, a história e a prática linguística dos alunos.
(RANGEL, 2005, p 142.)

As dificuldades de compreensão, portanto, afetam diretamente o desempenho


das crianças, não só no que diz respeito à leitura ou linguagem, mas em todas as áreas
do conhecimento e durante todo o tempo de sua escolaridade. Se não houver mudança
na forma de como são conduzidas as atividades de leitura e escrita, os problemas
enfrentados por esses alunos certamente os acompanharão ao longo de suas vidas,
inclusive fora da escola.
Os atos de leitura em sala de aula têm se mostrado insuficientes para que o
professor prepare um cidadão capaz de perceber que ela faz parte de seu cotidiano. Isso
só ocorre quando ela é vista e entendida pelo professor não como simples cumprimento
de um dever, mas como espaço privilegiado, a partir do qual tanto é possível refletir o
mundo quanto se afastar dele; um espaço no qual é possível encontrar aquilo que a vida
trás, quer sob a perspectiva da realidade (enquanto informação, conhecimento) quer sob
a da fantasia. Silva, em seu livro “A produção da leitura”, diz que:
Dentre os pré-requisitos aqui apresentados para o ensino e a
dinamização da leitura escolar, o trabalho do professor
merece maior atenção Isso porque, sem um professor que,
além de se posicionar como um leitor assíduo, crítico e
competente, entenda realmente a complexidade do ato de ler,
as demais condições para a
Uma concepção de leitura que se distancia das tradicionais já fora proposta por Paulo
Freire, o qual defende que a leitura inicia na compreensão do texto:

A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a


posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade
da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem
dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por
sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o
texto e o contexto.

Coelho (1986) argumenta que literatura é arte, é um ato criativo que, por meio
da palavra, cria um universo autônomo, realista ou fantástico, onde os seres, coisas,
fatos, tempo e espaço, mesmo que se assemelhem ao que podemos reconhecer no
mundo concreto que nos cerca, ali transformado em linguagem, assumem uma
dimensão diferente: pertencem ao universo da ficção.
A literatura infantil tem importância fundamental em vários aspectos da educação das
crianças, principalmente em relação à formação de alunos que gostam de ler, pois ela
estimula-os à leitura através do atrativo e do belo que compõe os textos literários.
Cunha (1974, p.45) afirma que:

A Literatura Infantil influi e quer influir em todos os aspectos


da educação do aluno.
Assim, nas três áreas vitais do homem (atividade, inteligência
e afetividade) em que a educação deve
promover mudanças de comportamento, a Literatura Infantil
tem meios de atuar.

A criança é inserida no mundo da leitura mesmo antes de saber ler, pois o primeiro
contato com a leitura se dá por meio da audição de histórias. Com tantos avanços
tecnológicos, ouvir histórias contadas parece não despertar o interesse em ninguém,
entretanto muitas crianças gostam da maneira com o professor se expressa
corporalmente e verbalmente ao contar uma história.
Ao ouvir histórias a criança não é envolvida apenas no aspecto emocional, mas também
cognitivamente, pois seu pensamento é estimulado a buscar significação para o que ela
está ouvindo e elabora internamente esse universo significado. De acordo com Barbosa
(1999, p. 22):

Para a criança, ouvir histórias estimula a criatividade e


formas de expressão corporal. Sendo um momento de
aprendizagem rica em estímulos sensoriais, intelectuais, dá-
lhe segurança emocional. Ouvir histórias também ajuda a
criança a entrar em contato com suas emoções, supre dúvidas
e angústias internas. Através da narrativa a criança começa a
entender o mundo ao seu redor e estabelecer relações com o
outro, a socialização. Consequentemente, são mais criativas,
saem-se melhor no aprendizado e serão adultos mais felizes.

Os contos de fadas também são essenciais. Nas palavras de Jesualdo (1993, p.136-
137), existem pessoas contrárias a se darem contos de fadas às crianças:

Os homens graves e, mais que graves dotados de um


espírito que não vacilamos em qualificar de
falsamente racionalista ou científico são contrários a que se
narre contos de fadas às crianças. Dizem eles que “essas
bobagens somente contribuem para falsear o espírito, gerar
nas crianças o gosto pelo maravilhoso, incliná-las à
credulidade e a afogar nelas o germe de todo sentido
crítico”.

Entretanto, isso não é cabível, pois à medida que a criança vai crescendo e
amadurecendo ela toma consciência do que é real, na ficando presa ao mundo da
fantasia. Os contos de fadas são carregados de significados e não podem ser esquecidos
nas leituras que as crianças farão e as que lhes serão dadas. Bettelheim (1980, p.14)
explica:
Esta é a mensagem que os contos de fadas transmitem às
crianças de forma múltipla: uma luta contra as dificuldades
graves na vida é inevitável, é parte intrínseca da existência
humana; e se a pessoa não se intimida, mas se defronta de
modo firme com as pressões inesperadas e muitas vezes
injustas, ela dominará todos os obstáculos e, ao fim, emergirá
vitoriosa.
O livro infantil deve ter o objetivo de sempre chamar a atenção da criança logo que ela
o vê. Alguns livros falham no que diz respeito ao aspecto ilustrativo. Entretanto, isso
não pode ocorrer nos livros infantis, pois as ilustrações trazem informações
significativas, mostrando como são os personagens. Dessa forma, dá-se uma maior
veracidade à história.
3. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO

3.1Tema e linha de pesquisa

O presente projeto fala sobre Leitura na Educação Infantil, tema presente na linha de
pesquisa Aprendendo a Ler no 2º ano do ensino fundamental. Hoje, a tendência de se
trabalhar com leitura pressupõe que certas atividades sejam feitas diariamente com os
alunos de todos os anos para desenvolver habilidades leitoras.
O professor deverá assim, realizar atividades diversificadas que envolvam a leitura. É
fundamental que sejam feitos contos e recontos de histórias, mas antes disso, é essencial
que seja feita uma mobilização da história a ser contada. O docente também poderá
trabalhar com o texto, fazer dramatizações, contar lendas, parlendas, rimas, enfim, são
múltiplas as possibilidades de atividades. Fazendo isso, a leitura será apresentada às
crianças como algo belo, prazeroso e divertido, possibilitando que elas se interessem
pelo ato de ler.

3.2 Justificativa

O tema Aprendendo a Ler no 2º ano do ensino fundamental foi


escolhido para permitir a compreensão de que o mundo está cheio de oportunidades
para a expansão da vida com alegria, emoção, prazer e convivência social dentro do
mundo da leitura,ela sempre será o principal vinculo de aprendizagem, também para
uma melhor formação profissional.
Diante disso, surgiu-me o interesse em desenvolver um projeto que levará a criança a ter
contato com a leitura sendo o professor seu mediador nessa aventura de descobrir os
mistérios contidos entre as letras da história contada, na escola em relação ao ensino da
leitura o intuito é o de contribuir com a aprendizagem da mesma.
Este projeto poderá servir de apoio aos profissionais da educação,
orientando-os de forma a aprimorar a compreensão e o trabalho com alunos que
apresentam problemas de aprendizagem na leitura na educação infantil.

3.3 Problematização
A leitura promove socialmente o indivíduo, possibilitando seu acesso ao conhecimento
e à cultura. Não aprender a ler é pular um processo de desenvolvimento da criança em
sua vida social e escolar, é negar o direito à cidadania, impossibilitando-o de desvendar
o mundo, por meio da leitura e de escrever sua própria história. Isso posto, torna-se
essencial a busca, no espaço escolar, de mecanismo de compreensão das principais
causas da não aprendizagem da leitura, para fazer intervenções pedagógicas necessárias.
A abordagem desse tema torna-se importante, pois refletirá sobre as dificuldades na
leitura, vivenciada no cotidiano escolar e suas possíveis variáveis.

3.4 Objetivos

Desenvolvimento de motivação para leitura e produção textual


Identificar estratégias utilizadas pelos professores afim de desenvolver nos alunos o
hábito de ler;
Promover socialização através da leitura,

3.5 Conteúdos

Conscientização sobre o ato de ler


Compreender como é a prática de leitura na educação infantil;
Desenvolvimento do gosto por leituras literárias
Entender o que é necessário fazer, para que os alunos se tornem leitores autênticos;
O lugar da leitura no desenvolvimento cognitivo da criança

3.6 Processo de desenvolvimento

Plano de aula (4 horas)

Turma: 2º ano do Ensino Fundamental


Idade: 7 a 8 anos
Tema: Aprendendo a Ler no 2º ano do ensino fundamental
Conteúdo: Noções de Leitura no Desenvolvimento

Procedimentos metodológicos:
1° Momento: Começar a aula com uma roda de conversa, estimulando todos a contar ao
professor e aos colegas o que mais gostam de ler, quais as letras que já conhecem, quais
palavras já sabem ler;
2° Momento: Antes da leitura, informar os alunos sobre o livro que será lido,
antecipando à temática, os personagens, o local em que a narrativa ocorre, favorecendo
assim, o interesse dos alunos pela história;
3° Momento: Lanche e Recreio
4° Contar a história do livro “Violeta-menina” – Ana Carolina Pinheiro. Após a leitura
incentivar os alunos a falar do trecho de que mais gostaram, comparar com outras
histórias já lidas e trabalhadas, reler alguns trechos, retomar ilustrações;

3.7 Tempo para a realização do projeto


O tempo gasto para realização do projeto será de uma semana,
podendo ser desenvolvida no decorrer do ano.

3.8 Recursos humanos e materiais

Livro de literatura infantil, sala de aula.

3.9 Avaliação

A avaliação será realizada constantemente em todas as atividades,


através da participação, comportamento, desenvolvimento, interesse e socialização.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste projeto procurei contribuir com a leitura e os processos pelos quais se constroem
alunos leitores no 2º ano do Ensino Fundamental. Os estudos que foram realizados
confirmaram que a leitura deve ser motivada, compartilhada e desenvolvida em um
ambiente propício para o momento da leitura. Sendo que ela é um dos meios mais
eficazes para desenvolver a linguagem e a personalidade e auxiliará o indivíduo na
construção do saber, oferecendo oportunidades para crescer e aumentar as suas
potencialidades, não só escolares, mas socialmente traz inúmeros benefícios àquele bom
leitor, pois a partir da leitura passamos a compreender e entender o significado de tudo
que nos rodeia. O educador deverá usar de sua criatividade e estratégia didáticas para
possibilitar ao aluno o seu aprendizado. Em relação à metodologia percebi que é
necessário que a professora saiba fazer uso do momento da leitura, procurando explorar
tudo que poderá proporcionar o desenvolvimento desta, tornando este momento mais
motivador para promover a interação entre os colegas. A realidade da escola e seus
aspectos físicos e políticos pedagógicos, bem como a rotina e os projetos que a escola
desenvolve, principalmente o ambiente escolar, com ênfase na sala de aula,
proporcionando a criança realizar este momento de leitura. Compreendo que o processo
da leitura inicia antes mesmo da criança ter o contato com o mundo das letras,
recebendo estímulo dos pais ou pessoas que convivem ao seu redor. A leitura poderá
ocorrer através de gravuras ou mesmo quando ouvem histórias. No entanto, para que
haja o desenvolvimento da leitura é preciso que os professores estejam comprometidos
com a realidade social que envolve o meio que estão inseridos.
Há muito para se investigar, pois temos realidades diferentes mesmo na própria
cidade, porém o projeto realizado foi de fundamental relevância para a minha formação
acadêmica e serviu como suporte para o meu entendimento sobre a importância da
leitura na vida da criança. Na profissão docente há muito que relevar e buscar,
principalmente a qualificação, verificar nossos conhecimentos constantemente na busca
de atender com qualidade a educação de nossos alunos. A investigação foi de suma
importância para as reflexões pedagógicas, não só em relação ao curso, mas a minha
aprendizagem e aproveitamento de tudo que vi durante a faculdade.
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