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CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE

Direito Administrativo - exercícios


TRF 1ª REGIÃO - analista judiciário
(judiciária e execução de mandados)
(aula 3 – 28/02/2011)

Prezado(a) aluno(a),

Nessa aula serão abordadas as seguintes matérias:

• Órgão e agentes públicos.

• Administração Pública: direta e indireta.

Qualquer dúvida utilize-se do fórum disponibilizado pelo Ponto dos Concursos.

Grande abraço e ótima aula,

Armando Mercadante
mercadante@pontodosconcursos.com.br

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Durante as aulas anteriores você se deparou com diversas questões de concursos com
indicação de gabarito. O objetivo era que você lesse as questões e já fixasse a resposta
correta. O momento inicial de qualquer estudo não tem como foco testar conhecimentos, mas
sim assimilar e fixar conhecimentos.

Agora sim, você terá a oportunidade de testar o que aprendeu, resolvendo as questões da FCC
contidas na primeira e na segunda aula:

1. (FCC/05/PROCURADOR MUNICIPAL/PREF. SANTOS/SP) A lei para o administrador


público significa “pode fazer assim” e para o particular “deve fazer assim”.

2. (FCC/2009/TRT 7ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) O princípio


da impessoalidade tem dois sentidos: um relacionado à finalidade, no sentido de que ao
administrador se impõe que só pratique o ato para o seu fim legal; outro, no sentido de excluir a
promoção pessoal das autoridades ou servidores públicos sobre suas realizações
administrativas.

3. (FCC/2008/MPE-RS/ASSESSOR/ÁREA ADMINISTRAÇÃO) Pelo princípio da finalidade,


impõe-se à Administração Pública a prática, e tão só essa, de atos voltados para o interesse
público.

4. (FCC/2010/TRE-AM/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ENFERMAGEM) O administrador público está,


em toda a sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei e às exigências do bem
comum.

5. (FCC/2009/TJ-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA) Princípio da


impessoalidade também é conhecido como princípio da finalidade.

6. (FCC/2004/TRE-PE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) A Constituição


Federal não se referiu expressamente ao princípio da finalidade, mas o admitiu sob a
denominação de princípio da:
a) impessoalidade; b) publicidade; c) presunção de legitimidade;
d) legalidade; e) moralidade.

7. (FCC/TRE/MG/ANAL. JUDICIÁRIO/2005) A obrigação atribuída ao Poder Público de


manter uma posição neutra em relação aos administrados, não podendo atuar com
objetivo de prejudicar ou favorecer determinada pessoa, decorre do princípio da:
a) moralidade; b) impessoalidade; c) legalidade; d) motivação; e) imperatividade

8. (FCC/2002/TRE-CE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Uma das possíveis


aplicações do princípio da impessoalidade é impedir que determinadas pessoas recebam
tratamento favorecido em concursos públicos, em razão de deficiência física.

9. (FCC/TRE/MG/ANAL. JUDICIÁRIO/2005) A obrigação atribuída ao Poder Público de manter


uma posição neutra em relação aos administrados, não podendo atuar com objetivo de
prejudicar ou favorecer determinada pessoa, decorre do princípio da:
a) moralidade; b) impessoalidade; c) legalidade; d) motivação; e) imperatividade

10. (FCC/2002/TRE-CE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Uma das possíveis


aplicações do princípio da impessoalidade é considerar inconstitucionais os critérios de títulos
em concursos para provimento de cargos públicos.

11. (FCC/2002/TRE-CE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Uma das possíveis


aplicações do princípio da impessoalidade proibir que constem, na publicidade das obras e
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serviços públicos, nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de


autoridades.

12. (FCC/2002/TRE-CE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Uma das possíveis


aplicações do princípio da impessoalidade impedir que servidores públicos se identifiquem
pessoalmente como autores dos atos administrativos que praticam.

13. (FCC/Analista Judiciário Execução de Mandados - TRF 5ª Região/2003) É uma


decorrência possível do princípio da impessoalidade aplicado à Administração Pública serem
os atos praticados pelos agentes públicos imputados à entidade da Administração em nome da
qual eles agem.

14. (FCC/2010/CASA CIVIL/SP/EXECUTIVO PÚBLICO) O princípio ou regra da Administração


Pública que determina que os atos realizados pela Administração Pública, ou por ela
delegados, são imputáveis não ao funcionário que os pratica, mas ao órgão ou entidade
administrativa em nome do qual age o funcionário é o da impessoalidade.

15. (FCC/2002/TRE-CE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Uma das possíveis


aplicações do princípio da impessoalidade considerar que o servidor age em nome da
Administração, de modo que a Administração se responsabiliza pelos atos do servidor, e este
não possui responsabilidade.

16. (FCC/Analista Judiciário Área Administrativa TRT 24ª Região/2003) O princípio da


moralidade administrativa diz respeito
(A) à moral paralela, que, embora ilegítima, deve ser acatada, porque é lícita.
(B) ao próprio princípio da legalidade e se identifica com a moral aceita pelo homo medius.
(C) à economia interna da Administração, excluída sua apreciação pelo Poder Judiciário.
(D) à desonestidade e, portanto, se subordina ao interesse público ou finalidade do ato.
(E) ao conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina interior da Administração

17. (DPE-SP/FCC/Defensor Público/2007) O princípio da publicidade obriga a presença do


nome do administrador nos atos, obras, serviços e campanhas do Poder Público.

18. (FCC/2010/AL-SP/AGENTE TÉCNICO LEGISLATIVO) O princípio da eficiência com o


advento da Emenda Constitucional nº 19/98 ganhou acento constitucional, passando a
sobrepor-se aos demais princípios gerais aplicáveis à Administração.

19. (FCC/2010/TRE-AC/Analista Judiciário/Área Judiciária) Poder que a lei confere à


Administração Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e
requisitos necessários à sua formalização: poder vinculado. (adaptada)

20. (FCC/2010/TRE-AC/Analista Judiciário/Área Judiciária) Poder que o Direito concede à


Administração Pública, de modo implícito ou explícito, para a prática de atos administrativos
com liberdade de escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo: poder discricionário

21. (FCC/2010/AL-SP/Agente Técnico Legislativo Especializado) O Poder disciplinar


atribuído à Administração pública é o poder de editar atos normativos para ordenar a atuação
dos diversos órgãos e agentes dotados das competências especificadas em lei.

22(FCC/2010/TRE/RS/ANALISTA JUDICIÁRIO) Quando o Poder Executivo exorbita do seu


poder regulamentar pode ter seus atos sustados pelo Congresso Nacional.

23. (FCC/2010/TRE/RS/ANALISTA JUDICIÁRIO) Por força do poder disciplinar o Chefe do


Executivo pode distribuir e escalonar as funções dos seus órgãos, ordenar e rever a atuação
dos seus agentes.

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24. (FCC/2010/AL-SP/Agente Técnico Legislativo Especializado) O Poder disciplinar


atribuído à Administração pública caracteriza-se como o poder conferido às autoridades
administrativas de dar ordens a seus subordinados e de controlar as atividades dos órgãos
inferiores.

25. (FCC/2010/TCE/RO/AUDITOR) O poder disciplinar inerente à Administração Pública para o


desempenho de suas atividades aplica-se a todos os servidores e administrados sujeitos ao
poder de polícia.

26. (FCC/2010/TCE/RO/AUDITOR) O poder disciplinar inerente à Administração Pública para o


desempenho de suas atividades aplica-se aos servidores públicos hierarquicamente
subordinados, bem como àqueles dotados de autonomia funcional.

27. (FCC/2010/TCE/RO/AUDITOR) O poder disciplinar inerente à Administração Pública para o


desempenho de suas atividades dirige-se exclusivamente aos servidores públicos sujeitos ao
poder hierárquico estrito da Administração, não se aplicando a outras pessoas ou aos
servidores que possuam independência funcional.

28. (FCC/2010/TRE/RS/ANALISTA JUDICIÁRIO) Poder hierárquico é a faculdade de punir as


infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e
serviços da Administração.

29. (FCC/2010/AL-SP/Agente Técnico Legislativo Especializado) O Poder disciplinar


atribuído à Administração pública autoriza a aplicação de penalidades aos servidores públicos
e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa.

30. (FCC/2010/AL-SP/Agente Técnico Legislativo Especializado) O Poder disciplinar


atribuído à Administração pública é o poder de aplicar, aos agentes públicos e aos
administrados em geral, as penalidades fixadas em lei, observado o devido processo legal.

31. (FCC/2010/TCE/RO/AUDITOR) O poder disciplinar inerente à Administração Pública para o


desempenho de suas atividades aplica-se discricionariamente, permitindo a não aplicação de
penalidades previstas em lei na hipótese de arrependimento e desde que não tenha havido
prejuízo econômico ao erário.

32. (FCC/2010/AL-SP/Agente Técnico Legislativo Especializado) O Poder disciplinar


atribuído à Administração pública traduz-se no poder da Administração de impor limitações às
liberdades individuais nos limites preestabelecidos na lei.

33. (FCC/2010/TRT9ªR/ANALISTA JUDICIÁRIO) Polícia administrativa e polícia judiciária não


se confundem; a primeira rege-se pelo Direito Administrativo e incide sobre bens, direitos ou
atividades; a segunda, pelo Direito Processual Penal, incidindo sobre pessoas.

34. (FCC/2010/TRT9ªR/ANALISTA JUDICIÁRIO) No desempenho do poder de polícia, a


Administração Pública não pode determinar medidas sumárias, isto é, sem a oitiva do
particular; logo, ainda que se trate de situação de urgência, mister se faz a garantia da
plenitude da defesa.

35. (FCC/2010/TRT9ªR/ANALISTA JUDICIÁRIO) Na esfera federal, prescreve em dez anos a


ação punitiva da Administração, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração
(que não constitua crime), contados da data da prática do ato ou, no caso de infração
permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado.

36. (FCC/2010/TRT9ªR/ANALISTA JUDICIÁRIO) Nem sempre o poder de polícia será


discricionário, ou seja, em algumas hipóteses, a lei já estabelece que, diante de determinados
requisitos, a Administração terá que adotar solução previamente estabelecida, como é o caso
da autorização.
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37. (FCC/2010/TRT9ªR/ANALISTA JUDICIÁRIO) Os meios de atuação do poder de polícia


compreendem somente duas categorias: atos administrativos preventivos, como, por exemplo,
vistoria e fiscalização, e atos administrativos repressivos, como interdição de atividade e
apreensão de mercadorias deterioradas.

38. (TRE/PI - FCC) Sobre o conceito de atos administrativos, é INCORRETO afirmar que
a) os contratos também podem ser considerados atos jurídicos bilaterais.
b) particulares no exercício de prerrogativas públicas também editam ato administrativo.
c) os atos administrativos são sempre atos jurídicos.
d) os Poderes Judiciário e Legislativo não editam ato administrativo.
e) os atos administrativos são sempre passíveis de controle judicial.

39. (TJ do Estado do Piauí/2009/Analista Judiciário/Administrativa/Analista Judicial/FCC)


Quanto aos atos administrativos, é correto afirmar que
a) não podem ser praticados nas Mesas Legislativas.
b) não podem ser praticados por dirigentes de autarquias e das fundações.
c) cabem exclusivamente aos órgãos executivos.
d) podem ser emanados de autoridades judiciárias.
e) sua prática é vedada aos administradores de empresas estatais e serviços delegados.

40. (FCC/2010/TRF/4ª REGIÃO/Analista Judiciário/Taquigrafia) Dentre outras


peculiaridades, NÃO é próprio da competência do ato administrativo ser
a) imprescritível, uma vez que o não exercício da competência, durante qualquer tempo, não a
extingue.
b) intransferível, embora seu exercício possa ser parcial e temporariamente delegado,
conforme a lei.
c) imodificável pela vontade do agente, pois sempre decorre da lei.
d) irrenunciável, apesar de seu exercício ser suscetível de delegação, observada a lei.
e) de exercício facultativo para os órgãos e agentes públicos.

41. (Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas/2010/Analista Judiciário/Judiciária/FCC)


São critérios para a distribuição da competência, como requisito ou elemento do ato
administrativo, dentre outros:
a) delegação e avocação.
b) conteúdo e objeto.
c) matéria, forma e sujeito.
d) tempo, território e matéria.
e) grau hierárquico e conteúdo.

42. (FCC/TCE/AUDITOR/05) A doutrina administrativista afirma, como regra, a


necessidade de motivação dos atos administrativos. Na hipótese em que a motivação
seja devida, sua ausência caracteriza, pelo critério da Lei 4.717/65, o vício de:
a) incompetência
b) forma
c) ilegalidade do objeto
d) inexistência dos motivos
e) desvio de finalidade

43. (TCE-CE, FCC - Auditor - 2006) O “mérito administrativo” mostra-se compatível com o
poder
a) discricionário e com o elemento “competência” do ato administrativo.
b) discricionário e com o elemento “motivo” do ato administrativo.
c) vinculado e com o elemento “forma” do ato administrativo.
d) vinculado e com o elemento “finalidade” do ato administrativo.
e) vinculado e com o elemento “objeto” do ato administrativo.

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44. (Tribunal Regional Eleitoral do Alagoas/2010/Técnico Judiciário/Administrativa/FCC)


Sobre o motivo, como requisito do ato administrativo, é INCORRETO afirmar que
a) motivo e móvel do ato administrativo são expressões que não se equivalem.
b) motivo é o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato administrativo.
c) a sua ausência invalida o ato administrativo.
d) motivo é a causa imediata do ato administrativo.
e) motivo e motivação do ato administrativo são expressões equivalentes.

45. (Tribunal de Justiça do Estado do Amapá/2009/Analista Judiciário/Judiciária/FCC) A


situação na qual a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato
administrativo, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado
obtido caracteriza o vício dito pela Lei
a) ilegalidade do objeto.
b) desvio de finalidade.
c) desvio de poder.
d) inexistência dos motivos.
e) ausência de motivação.

46. (Tribunal Regional Eleitoral do Alagoas/2010/Técnico Judiciário/Administrativa/FCC)


O ato administrativo praticado com fim diverso daquele objetivado pela lei ou exigido
pelo interesse público caracteriza
a) excesso de poder.
b) desvio de finalidade.
c) perda da finalidade.
d) mera inadequação da conduta.
e) crime de desvio de poder.

47. (2007/FCC/TRE-PB/Analista Jud-Administrativa) A presunção de legitimidade é relativa


ou juris tantum.

48. (2007/FCC/TRE-PB/Analista Jud-Administrativa) A presunção de legitimidade tem o


conceito de que os fatos alegados pela Administração supõem-se como verdadeiros.

49. (FCC/2010/AL-SP/Agente Técnico Legislativo Especializado) A imperatividade,


enquanto atributo do ato administrativo, traz como consequência a
a) produção de efeitos do ato, enquanto não decretada a sua invalidade ou nulidade.
b) imposição a terceiros, independentemente de sua concordância, dos atos que estabelecem
obrigações.
c) possibilidade de execução pela própria Administração, independentemente da intervenção
do Poder Judiciário.
d) não necessidade de enquadramento do ato em determinada forma pré-estabelecida.
e) aplicação, em situações concretas, do princípio da supremacia do interesse público sobre o
privado.

50. (2007/FCC/TRE-PB/Analista Jud-Administrativa) A imperatividade ocorre naqueles atos


em que impõem obrigações a terceiros, independentemente de sua concordância.

51. (FCC/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO/DIREITO /SE/2009) A Administração


Pública pode editar atos administrativos e cumprir suas determinações sem necessidade
de oitiva ou autorização prévia do Poder Judiciário ou de qualquer outra autoridade.
Tem-se aí a definição de um dos atributos do ato administrativo, consistente na
a) inexorabilidade de seus efeitos.
b) inafastabilidade do controle jurisdicional.
c) presunção de legitimidade.
d) autoexecutoriedade.
e) insindicabilidade.

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52. (FCC/2010/TRE-AC/Técnico Judiciário/Área Administrativa) É atributo do ato


administrativo, dentre outros,
a) a competência.
b) a forma.
c) a finalidade.
d) a autoexecutoriedade.
e) o objeto.

53. (2007/FCC/TRE-PB/Analista Jud-Administrativa) O ato administrativo pode ser praticado


pela própria Administração Pública, independentemente da intervenção do Poder Judiciário, em
face da autoexecutoriedade.

54. (Técnico Judiciário/TRT 21ª Região/2003/FCC) Considere os seguintes atributos do


ato administrativo:
I - Determinados atos administrativos que se impõem a terceiros, independentemente de sua
concordância;
II - O ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei como aptas
a produzir determinados resultados;
a) imperatividade e à tipicidade
b) autoexecutoriedade e à legalidade
c) exigibilidade e à legalidade
d) legalidade e à presunção de legitimidade
e) tipicidade e à imperatividade

55. (FCC/2010/TRE-AC/Técnico Judiciário/Área Administrativa) Tendo em vista a


classificação dos atos administrativos, é correto afirmar que os atos vinculados são
aqueles
a) destinados a vincular um servidor a uma determinada repartição ou órgão.
b) para os quais a lei estabelece alguns requisitos deixando ao arbítrio do agente a escolha de
outros.
c) para os quais a lei estabelece todos os requisitos e condições para sua realização.
d) para cuja prática o administrador tem liberdade de escolha quanto à conveniência e
oportunidade.
e) baixados pela autoridade maior do órgão público e que são de cumprimento obrigatório
pelos funcionários subordinados.

56. (FCC/TRT16/ANALISTA JUD/EXECUÇÃO DE MANDADOS/2009) Quando se fala em ato


administrativo discricionário, quer dizer que a lei deixa certa margem de liberdade de decisão
para a autoridade, diante do caso concreto, de forma que ela poderá optar por uma dentre
várias soluções possíveis.

57. (FCC/TRT16/Anal. Jud/execução de mandados/2009) Quando se fala em ato


administrativo discricionário, quer dizer que
a) o controle judicial é impossível, pois, a autoridade tem liberdade de atuação na prática do
ato administrativo.
b) a lei deixa certa margem de liberdade de decisão para a autoridade, diante do caso
concreto, de forma que ela poderá optar por uma dentre várias soluções possíveis.
c) a autoridade competente tem arbitrariedade para atuar, podendo, desde que
justificadamente, ultrapassar os limites estabelecidos na lei.
d) a autoridade tem liberdade de atuação quanto à finalidade, em sentido estrito, do ato
administrativo.
e) na parte referente à conveniência, a autoridade não tem liberdade de escolha, devendo
obedecer ao que dispõe a lei.

58. (FCC/TRT16/ANAL. JUD/EXECUÇÃO DE MANDADOS/2009) Quando se fala em ato


administrativo discricionário, quer dizer que na parte referente à conveniência, a autoridade não
tem liberdade de escolha, devendo obedecer ao que dispõe a lei.
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59. (FCC/TRT16/ANAL. JUD/EXECUÇÃO DE MANDADOS/2009) Quando se fala em ato


administrativo discricionário, quer dizer que a autoridade tem liberdade de atuação quanto à
finalidade, em sentido estrito, do ato administrativo.

60. (FCC/2010/TRF/4ª REGIÃO/Analista Judiciário/Taquigrafia) Tendo em vista os


requisitos do ato administrativo, observa- se que, quanto aos atos discricionários, o
núcleo do que costuma ser denominado pela doutrina de mérito administrativo é
formado pelos elementos
a) competência e objeto, os quais não podem ser apreciados pelo Judiciário.
b) motivo e objeto, os quais não estão sujeitos, em princípio, à apreciação judicial.
c) finalidade e motivo, os quais sempre devem ser apreciados pelo Judiciário.
d) objeto e forma, ambos suscetíveis de apreciação judicial em qualquer hipótese.
e) finalidade e competência, ambos insuscetíveis de apreciação pelo Judiciário.

61. (FCC/TRT16/ANAL. JUD/EXECUÇÃO DE MANDADOS/2009) Quando se fala em ato


administrativo discricionário, quer dizer que a autoridade competente tem arbitrariedade para
atuar, podendo, desde que justificadamente, ultrapassar os limites estabelecidos na lei.

62. (FCC/2010/TRE-AC/Técnico Judiciário/Área Administrativa) Sobre a anulação do ato


administrativo, considere:
I. A anulação é a declaração de invalidação de um ato administrativo ilegítimo ou ilegal, feita
pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário.
II. Em regra, a anulação dos atos administrativos vigora a partir da data da anulação, isto é,
não tem efeito retroativo.
III. A anulação feita pela Administração depende de provocação do interessado.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I. b) I e II. c) II. d) II e III. e) III.

63. (FCC/AGENTE FISCAL DE RENDAS/SFA/SP 2006) A Súmula no 473 do Supremo


Tribunal Federal assim dispõe: “A Administração pode anular seus próprios atos,
quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos;
ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.” Daí decorre que
a) a revogação dos atos administrativos pela Administração depende de prévia apreciação
judicial.
b) apenas a Administração pode anular atos administrativos.
c) a apreciação judicial da revogação dos atos administrativos se dá quanto aos aspectos de
conveniência e oportunidade.
d) a anulação dos atos administrativos pela Administração não depende de manifestação
judicial, prévia ou posterior.
e) não se caracterizam direitos adquiridos a partir de atos administrativos tidos por
inconvenientes ou inoportunos.

64. (TRT-23ª Região/FCC/Técnico Judiciário/2007) Sobre o controle dos atos


administrativos, pode-se afirmar que o ato editado com vício de legalidade
a) só pode ser anulado por decisão judicial em ação autônoma.
b) só pode ser anulado ou invalidado pela própria Administração Pública, pois só ela detém o
poder de autotutela.
c) pode ser anulado ou invalidado pela própria Administração Pública, assim como pelo Poder
Judiciário.
d) pode ser anulado pela própria Administração, desde que ocorra ratificação pelo Poder
Judiciário.
e) não pode ser anulado pela Administração Pública, na hipótese de ter ele produzido efeito.

65. (FCC/2010/TCE-RO/Auditor) Distingue-se a anulação do ato administrativo da revogação


do ato administrativo porque, dentre outros fundamentos, a anulação
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a) só pode ser promovida por ação judicial, enquanto a revogação pode se dar por meio de
processo administrativo.
b) dispensa, tanto quanto a revogação, a instauração de processo administrativo, ainda que se
trate de ato constitutivo de direito.
c) funda-se em critérios de oportunidade e conveniência, exigindo a instauração de processo
administrativo, enquanto a revogação ocorre por vícios de ilegalidade.
d) destina-se à retirada de atos administrativos discricionários, enquanto a revogação aplica-se
exclusivamente a atos administrativos vinculados.
e) deve ser promovida em caso de vício de ilegalidade, enquanto a revogação pode se dar por
critérios de oportunidade e conveniência.

66. (Tribunal de Justiça do Estado do Amapá/2009/Analista Judiciário/Execução de


Mandados/FCC) Nos termos da legislação federal aplicável à matéria dos atos
administrativos,
(A) a Administração deve revogar seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e
pode anulá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos.
(B) apenas ao Judiciário compete anular atos da Administração, quando eivados de vício de
legalidade, cabendo à própria Administração revogá-los por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
(C) a Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e
pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, posto que deles não decorrem
direitos adquiridos.
(D) a Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e
pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos.
(E) a própria Administração ou o Judiciário devem revogar atos da Administração, por motivo
de conveniência ou oportunidade, competindo apenas ao Judiciário anulá-los por vício de
legalidade, situação em que deles não decorrem direitos adquiridos.

67. (FCC/2010/TCE-RO/AUDITOR) Distingue-se a anulação do ato administrativo da


revogação do ato administrativo porque, dentre outros fundamentos, a anulação
a) só pode ser promovida por ação judicial, enquanto a revogação pode se dar por meio de
processo administrativo.
b) dispensa, tanto quanto a revogação, a instauração de processo administrativo, ainda que se
trate de ato constitutivo de direito.
c) funda-se em critérios de oportunidade e conveniência, exigindo a instauração de processo
administrativo, enquanto a revogação ocorre por vícios de ilegalidade.
d) destina-se à retirada de atos administrativos discricionários, enquanto a revogação aplica-se
exclusivamente a atos administrativos vinculados.
e) deve ser promovida em caso de vício de ilegalidade, enquanto a revogação pode se dar por
critérios de oportunidade e conveniência.

68. (2007/FCC/TRE-PB/Tec.Jud-Administrativa) Quanto à classificação dos atos


administrativos, é INCORRETO afirmar que o ato
(A) discricionário caracteriza-se como aquele em que a lei conferiu ao administrador certa
liberdade ao não prever um único comportamento possível de ser adotado.
(B) de império ou de autoridade é aquele que a Administração pratica, unilateralmente,
lançando mão de sua supremacia sobre o particular e lhe impõe atendimento.
(C) vinculado é aquele em que a lei estabelece todos os requisitos e condições para a sua
realização e, por isso, surge para o particular interessado direito subjetivo de exigir a sua
edição.
(D) de gestão é aquele que se destina a dar andamento aos processos administrativos e
documentos que tramitam nos órgãos internos da Administração.
E) regulamentar ou geral é o que alcança a todos aqueles em que se encontrem na mesma
situação concreta prevista na sua edição e, portanto, não há destinatário determinado.

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Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto


68 68
Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto
68 68
Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto
68 68

1. errada, 2. correta, 3. correta, 4. correta, 5. correta, 6. A, 7. B, 8. errada, 9. B, 10. errada, 11. correta,
12. errada, 13. Correta, 14. Correta, 15. errada, 16. E, 17. Errada, 18. errada, 19. Correta, 20. Correta,
21. errada, 22. correta, 23. errada, 24. Errada, 25. Errada, 26. Correta, 27. Errada, 28. Errada, 29.
Correta, 30. Errada, 31. Errada, 32. Errada, 33. Correta, 34. Errada, 35. Errada, 36. Errada, 37. Errada,
38. D, 39. D, 40. E, 41. D, 42. B, 43. B, 44. E, 45. D, 46. B, 47. Correta, 48. Errada, 49. B, 50. Correta,
51. D, 52. D, 53. Correta, 54. A, 55. E, 56. Correta, 57. B, 58. Errada, 59. Errada, 60. B, 61. errada, 62. A,
63. D, 64. C, 65. E, 66. D, 67. E, 68. D.

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PONTO 4
Órgãos públicos e agentes públicos

1. (Analista Judiciário Execução de Mandados TRF 1ª Região/2001) Diz-se que os órgãos


públicos autônomos são aqueles
(A) que têm origem na Constituição, colocados no ápice da pirâmide organizacional, sem
qualquer subordinação hierárquica ou funcional, com ampla capacidade administrativa,
financeira e política.
(B) de direção, controle, decisão e comando em assuntos da respectiva competência, tendo
funções técnicas e de planejamento na área de suas correspondentes atribuições, com
capacidade política e administrativa.
(C) situados no alto da estrutura organizacional da Administração Pública logo abaixo dos
independentes e a estes subordinados, tendo ampla capacidade administrativa, financeira e
técnica.
(D) dotados de um único centro de competências ou atribuições ou aqueles integrados por
outros órgãos públicos, no qual estão embutidos outros órgãos menores, todos com
capacidade administrativa e estrutural.
(E) que decidem e agem pela manifestação de um só agente público, que é seu titular ou que
decidem e agem pela manifestação de vontade da maioria de seus membros, todos com
capacidade administrativa e técnica.

De acordo com Hely Lopes Meirelles, órgãos públicos “são centros de competência
instituídos para o desempenho de função estatais, através de seus agentes, cuja atuação
é imputada à pessoa jurídica a que pertencem”.

Veja o conceito de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo: “unidades integrantes da estrutura de


uma mesma pessoa jurídica nas quais são agrupadas competências a serem exercidas por
meio de agentes públicos”.

Na definição de órgão público geralmente os autores utilizam-se de expressões como


“unidades de atribuição”, “centros de competência” ou “unidades abstratas”. Serão essas
as expressões que você encontrará na sua prova.

O importante é você saber que os órgãos não possuem personalidade jurídica, sendo
apenas partes integrantes de uma pessoa jurídica. Órgãos são despersonalizados!

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União, Estados, DF e Municípios possuem personalidade jurídica da mesma forma que as


entidades que compõem a administração indireta, quais sejam, autarquias, fundações públicas
de direito público, fundações públicas de direito privado, empresas públicas e sociedades de
economia mista. Todos eles são pessoas jurídicas.

(TST/ANALISTA/2008) Considere que, há sete anos, Adriano é empregado da Caixa


Econômica Federal (CAIXA), que é uma empresa pública federal. Nessa situação
hipotética, a empregadora de Adriano é entidade integrante da administração federal
indireta. (correta)

Então vamos raciocinar: se os órgãos são partes integrantes de uma pessoa jurídica e todas as
entidades acima citadas são pessoas jurídicas, podemos concluir que existem órgãos dentro
de cada uma delas, concorda?

Para você ter um exemplo: o Departamento da Polícia Federal é um órgão. Ou seja, é uma
unidade de atuação integrante da pessoa jurídica União.

Beleza Armando, eu consigo facilmente identificar um órgão da União, mas quero um exemplo
de órgão de uma autarquia. Sem problemas. Pense na autarquia INSS. Na sua cidade
provavelmente existe uma agência do INSS. Essa agência, da mesma forma que os postos de
atendimentos, as superintendências e as gerências, são órgãos da pessoa jurídica INSS.

Veja que indiquei o exemplo da PF como órgão da União (administração direta) e o de uma
agência como órgão da autarquia INSS (administração indireta) para concluir que existem
órgãos tanto na estrutura da administração direta como na da administração indireta.

Vamos agora ao erro da questão que certamente você já identificou: órgãos não possuem
personalidade jurídica, sendo despersonalizados. Conforme já dito acima, os órgãos são
partes integrantes da pessoa jurídica.

Interessante ainda destacar informação que já consta dos conceitos apresentados de órgãos
públicos: as competências atribuídas aos órgãos públicos são executadas pelos agentes
públicos nele lotados.

- Te
Teo
orriia
a do
do ór
órg

ão
o

Durante o estudo de órgãos, você encontrará explicações sobre as teorias que justificam a
relação existente entre o Estado e os seus agentes públicos.

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Basicamente, são três as teorias: teoria do mandato, teoria da representação e teoria do


órgão (teoria da imputação). De cara já digo para você que a teoria adotada no Brasil é a
teoria do órgão.

Por isso, fique muito atento na prova e não caia em pegadinhas que digam que o agente
público é mandatário ou representante do Estado. Se você marcar como correta uma afirmação
dessa estará aceitando as teorias do mandato ou da representação.

O agente público não é mandatário do Estado, pois a relação entre eles não foi acordada por
meio de um contrato de mandato. O Estado não outorgou para o agente público uma
procuração, para que esse atue em seu nome e sob a sua responsabilidade.

Da mesma forma, o Estado não é uma pessoa incapaz, a ponto de necessitar de


representantes. Faz sentido equiparar o Estado a um menor de idade, que é representado
pelos seus pais?

O Estado não mantém relação de mandato com seus agentes, muito menos esses são
seus representantes!

O que ocorre é que os órgãos e as pessoas jurídicas não expressam suas vontades por si sós.
Esvazie o prédio do INSS e veja o que ocorre. Nada vai acontecer, pois pessoas jurídicas e
órgãos não se expressam sozinhos. Eles dependem dos seus agentes públicos. São esses
quem executam as funções administrativas.

Mas nesse ponto surge uma indagação: têm os agentes públicos vontade própria ou eles
exercem a função pública em obediência e nos termos definidos pelas leis?

Você sabe a resposta, não é? Os agentes devem seguir as disposições das leis e por isso
eu digo que eles não têm vontade própria. O agente público é um instrumento de
expressão da vontade estatal.

Um policial federal, na condição de servidor da União, quando aplica uma multa, não está
expressando a sua vontade pessoal, mas sim aquela constante da lei. Isso é reflexo do
princípio da impessoalidade. Pense no policial diante de um amigo. Se ele seguisse a vontade
dele certamente não multaria o amigo, mas o que importa é a finalidade da lei que regulamenta
o tema. Se não aplicar a sanção desrespeitará a lei e estará exposto a punições.

Mas quem responderá se a conduta do servidor causar prejuízo ao particular?

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De acordo com a teoria do órgão, que se baseia no princípio da imputação volitiva, a conduta
do agente público é imputada (atribuída) à pessoa jurídica do qual ele faça parte. Nesses
termos, a conduta do policial federal é imputada à União e será esta quem responderá por
eventuais danos causados a administrados.

Independente de ser lícita ou ilícita a conduta do agente público, essa será imputada à
pessoa jurídica, e caso dela decorra prejuízo para o administrado, este deverá propor a
ação contra a pessoa jurídica à qual está vinculado o agente.

(BACEN/PROCURADOR/CESPE/2009) Segundo a teoria da imputação, os atos lícitos


praticados pelos seus agentes são imputados à pessoa jurídica à qual eles pertencem,
mas os atos ilícitos são imputados aos agentes públicos. (errada)

- Cr
Criia

çã
ão
o do
dos
s ór
órg

ão
os
s

Adote a seguinte questão de concurso como referência:

(BACEN/PROCURADOR/2009/CESPE) Os órgãos públicos da administração direta,


autárquica e fundacional são criados por lei, não podendo ser extintos por meio de
decreto do chefe do Poder Executivo. (correta)

Para responder essa questão será preciso analisar dois dispositivos da CF/88:

“Art. 61. (...)


§1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
II - disponham sobre:
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o
disposto no art. 84, VI”.

“Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:


VI – dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos”.

Concentre-se num primeiro momento apenas no art. 61 da CF...

No seu conteúdo consta que a lei para criação e para extinção de Ministérios (que são órgãos)
e de órgãos da administração pública é de iniciativa do Presidente da República. Ou seja,
podemos concluir que é preciso lei para criar e extinguir órgãos públicos. Tranquilo até
aqui?

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Mas o enunciado diz: “os órgãos públicos da administração direta, autárquica e fundacional são
criados por lei”.

Veja que o art. 61, §1º, II, e, CF, refere-se a órgãos da administração pública, não fazendo
qualquer restrição se direta ou indireta.

Portanto, está correta a primeira parte da assertiva ao afirmar que os órgãos públicos da
administração direta, autárquica e fundacional são criados por lei.

Superada a primeira parte da questão, analise comigo a parte final, que traz a idéia de que os
órgãos não podem ser extintos por meio de decreto do Chefe do Poder Executivo.

Alguns alunos caem direto nessa pegadinha, dizendo que órgão pode ser extinto por decreto
por força do art. 84, VI, b, da CF. Volte algumas linhas e leia-o novamente antes de
continuarmos.

Ocorre que essa alínea “b” preceitua que cargos e funções vagos podem ser extintos por
decreto, não fazendo referência a órgãos. Inclusive, a alínea “a” é expressa ao afirmar que o
decreto pode ser usado para organização e funcionamento da administração federal, exceto se
implicar em aumento de despesas ou criação e extinção de órgãos. Ou seja, criação e
extinção de órgão somente por lei.

- Ca
Cap
pa
ac
ciid
da
ad
de
e pr
pro
oc
ce
es
ss
su
ua
all e cl
cla
as
ss
siiffiic
ca

çã
ão
o do
dos
s ór
órg

ão
os

Veja a seguinte questão:

(BACEN/PROCURADOR/2009/CESPE) Por não possuírem personalidade jurídica, os


órgãos não podem figurar no pólo ativo da ação do mandado de segurança. (errada)

Inicialmente esclareço que num mandado de segurança o pólo ativo é quem impetra a ação
(quem “entra” com o mandado de segurança).

A questão afirma que os órgãos não podem impetrar mandado de segurança, porém,
esse não é o posicionamento da doutrina e da jurisprudência.

A regra é que os órgãos, por não possuírem personalidade jurídica, não possuem capacidade
processual (personalidade judiciária) não podendo figurar em qualquer um dos pólos de uma
relação processual (o órgão não pode ajuizar ação e contra ele não pode ser ajuizada ação).
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Contudo, essa regra tem sido excepcionada pelos tribunais pátrios ao conferirem
capacidade processual para alguns órgãos ingressarem em juízo.

Imagine a seguinte situação: o Prefeito de determinado município recusa-se a prestar contas


para a Câmara Municipal. Prefeito e Câmara municipal são, respectivamente, agente público e
órgão integrantes do município. Como resolver essa questão?

A jurisprudência admite nesse caso que a Câmara Municipal impetre mandado de segurança
contra o ato ilegal praticado pelo Prefeito. Teremos um órgão impetrando mandado de
segurança, o que por si só justifica o motivo da questão ora comentada está errada.

Pois bem, você já sabe que alguns órgãos podem impetrar mandado de segurança e lhe dei
um exemplo. Mas linhas acima eu disse que apenas alguns órgãos possuem essa capacidade.
São os órgãos classificados como independentes e autônomos. Detalhe: não podem ajuizar
ação por qualquer motivo, mas somente para a defesa de suas prerrogativas e de suas
competências.

Então vamos juntar as peças da explicação para concluir que apenas os órgãos
independentes e os autônomos possuem capacidade processual (personalidade
judiciária) para a defesa de suas prerrogativas e de suas competências.

Mas certamente você deve estar perguntando: quem são os órgãos independentes e os
autônomos?

Os órgãos recebem diversas classificações, dentre elas há uma classificação que leva em
conta a posição estatal e divide os órgãos da seguinte maneira:

- Independentes: são aqueles que têm origem na Constituição Federal e representam


cada um dos Poderes do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário). Estão inseridos no
ápice da pirâmide governamental sem subordinação hierárquica ou funcional. No Executivo
temos Presidência da República, Governadorias e Prefeituras; no Legislativo, Congresso
Nacional, Câmara dos Deputados, Senado Federal, Câmara Legislativa (DF), Assembléias
Legislativas e Câmara dos Vereadores; no Judiciário, Tribunais (ex: STF, STJ, TST...) e os
Juízes singulares;

- Autônomos: estão abaixo dos independentes, localizados na cúpula da Administração.


São subordinados aos chefes dos órgãos independentes. Da mesma forma que esses órgãos,

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possuem autonomia administrativa, técnica e financeira. Como exemplos: Ministérios,


Secretarias de Governo estadual e municipal, Ministério Público, dentre outros. É a resposta da
questão proposta para análise (gabarito: letra C);

- Superiores: são órgãos que não possuem autonomia administrativa e financeira,


estando subordinados a uma chefia mais alta. Possuem, porém, poder de direção sobre os
assuntos de sua competência. Como exemplos: Gabinetes, Coordenadorias, Departamentos e
Divisões;

- Subalternos: são órgãos com reduzido poder de comando que desenvolvem


predominantemente atribuições de execução. Da mesma forma que os superiores, não
possuem autonomia administrativa e financeira. Como exemplos: Portarias e
Almoxarifados.

(Analista Judiciário Área Judiciária TRF 4ª Região/2001) - Os Tribunais Regionais


Federais, a Advocacia-Geral da União e as Coordenadorias, quanto à posição
estatal são considerados, respectivamente, órgãos
(A) superiores, autônomos e independentes.
(B) independentes, autônomos e superiores.
(C) autônomos, independentes e superiores.
(D) superiores, independentes e autônomos.
(E) independentes, superiores e autônomos.

Outras classificações de órgãos que merecem destaque são:

I) Com base na atuação funcional:

- Singulares: também denominados de unipessoais. Nesses órgãos as atuações e as


decisões são atribuídas a apenas um agente, como ocorre na Presidência da República.

- Coletivos ou pluripessoais: atuam mediante manifestação conjunta obrigatória de seus


membros. Como exemplos: Congresso Nacional, Conselho de Contribuintes do Ministério da
Fazenda e as Assembléias Legislativas.

II) Com base na estrutura:

- Simples ou unitários: são aqueles constituídos apenas por um centro de competências,


não havendo divisões internas. O número de agentes que o integram será indiferente, pois o
que interessa é a inexistência de divisões. Sua atuação é concentrada.

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- Compostos: já esses órgãos atuam de forma desconcentrada, pois agregam vários outros
órgãos à sua estrutura. Pense na Secretária de Saúde de seu município, que está vinculada
a hospitais e a postos de saúde.

Justamente pelo fato de os alunos não gostarem de estudar classificação é que sugiro que
estude com afinco. Em concurso fazer diferente é muito importante. Portanto, não tem essa de
tema chato ou bom. Seja diferente da maioria e estude os temas chatos. Tenho certeza que
assim você vai se dar bem.

2. (Analista Judiciário Área Judiciária TRF 4ª Região/2001) - Os membros do Poder


Judiciário, os jurados e os leiloeiros pertencem, respectivamente, à espécie ou
categoria dos agentes
(A) delegados, políticos e administrativos.
(B) administrativos, credenciados e honoríficos.
(C) políticos, honoríficos e delegados.
(D) credenciados, administrativos e delegados.
(E) políticos, delegados e credenciados.

Agente público é toda pessoa natural (pessoa física) que, a qualquer título, exerce
função pública, integrando ou não a Administração Pública.

Dessa forma, um policial federal, que servidor da União, é considerado agente público; um
mesário de eleição, que não é servidor público, também será considerado agente público. Isto
porque ambos exercem função pública. Perceba que o fundamental para a caracterização
do agente público é o exercício de função pública.

A Lei 8.429/92 (conhecida como a “Lei de Improbidade Administrativa”) traz em seu art. 2º o
conceito de agente público:

“Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação
ou qualquer forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas
entidades mencionadas no artigo anterior”.

A noção de agente público não se limita ao âmbito da Administração Pública, pois há pessoas
que exercem função pública e não integram a Administração Pública, como por exemplo, os
funcionários das concessionárias e das permissionárias de serviços públicos.

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O transporte público de ônibus executado nas cidades costuma ser feito por meio de contrato
de permissão. Ou seja, o município realiza uma licitação e a empresa vencedora passa a
operar as linhas municipais na condição de permissionária. Seus empregados – o motorista do
ônibus, por exemplo – estará desempenhando função pública, sendo considerado agente
público.

(ANALISTA/CVM/2003/FCC) Os agentes públicos podem ser definidos como todos


aqueles que, exclusivamente vinculados ao Estado, prestam serviço a este, seja
permanentemente, seja de forma ocasional. (errada)

A expressão “agente público” trata-se de gênero composto por pessoas de diferentes


características, o que motivou a doutrina a classificá-los por espécies, a saber:

• agentes políticos
• agentes delegados
• agentes honoríficos
• agentes credenciados
• agentes administrativos

Alguns doutrinadores preferem a seguinte classificação:

• agentes políticos
• agentes administrativos
• particulares colaboradores (expressão que inclui delegados, honoríficos e credenciados).

(ANALISTA/TRF 1.ª REGIÃO/2001/FCC) Agentes públicos de colaboração são as


pessoas que prestam serviços à Administração por conta própria, por requisição ou com
sua concordância, exercendo função pública, mas não ocupando cargo ou emprego
público. (correta)

(ANALISTA/TRF 1.ª REGIÃO/2001/FCC) Agentes públicos de colaboração são os que


se ligam, por tempo determinado à Administração Pública para o atendimento de
necessidades de excepcional interesse público, sob vínculo celetista. (errada)

(Analista Judiciário Área Judiciária TRF 1ª Região/2001) Diz-se que os agentes


públicos de colaboração são as pessoas que
(A) prestam serviços, sob regime de dependência à Administração Pública direta,
autárquica ou fundacional pública, sob relação de trabalho profissional transitório ou
definitivo.
(B) detêm os cargos de elevada hierarquia da organização da Administração Pública, ou
seja, que ocupam cargos que compõem a cúpula da estrutura constitucional.
(C) se ligam, por tempo determinado à Administração Pública para o atendimento de
necessidades de excepcional interesse público, sob vínculo celetista.
(D) se ligam, contratualmente às empresas paraestatais da Administração indireta, sob
um regime de dependência e mediante uma relação de trabalho, não eventual ou avulso.
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(E) prestam serviços à Administração por conta própria, por requisição ou com
sua concordância, exercendo função pública, mas não ocupando cargo ou
emprego público.

Na prova fique tranquilo, pois ambas as classificações são aceitas. Do próprio enunciado da
questão de prova você conseguirá deduzir qual classificação a banca está utilizando.

Classi
las siffiic
ca

çã
ão
o

1) Agentes políticos

A conceituação de agente político não é uniforme entre os doutrinadores, da mesma forma que
a relação de seus integrantes.

Seguem as duas principais posições doutrinárias:

I) Hely Lopes Meirelles

Conceito: “Agentes políticos são os componentes do Governo nos seus primeiros escalões,
investidos em cargos, funções, mandatos ou comissões, por nomeação, eleição, designação ou
delegação para o exercício de atribuições constitucionais”.

Integrantes: Chefes do Poder Executivo federal, estadual, distrital e municipal, e seus


auxiliares diretos (Ministros de Estado e Secretários de Governo), membros do Poder
Legislativo (senadores, deputados federais, estaduais e distritais e vereadores), dos Tribunais
de Contas, da Magistratura e do Ministério Público e representantes diplomáticos.

(AUDITOR/TCE-MG/2005/FCC) Os magistrados se enquadram no conceito


constitucional de agente público. (correta)

II) Celso Antônio Bandeira de Mello

Conceito: “Agentes políticos são os titulares dos cargos estruturais à organização política do
País, isto é, são os ocupantes dos cargos que compõem o arcabouço constitucional do Estado
e, portanto, o esquema fundamental do poder. Sua função é a de formadores da vontade
superior do Estado”.

Integrantes: Chefes do Poder Executivo federal, estadual, distrital e municipal, e seus


auxiliares diretos (Ministros de Estado e Secretários de Governo) e membros do Poder
Legislativo (senadores, deputados federais, estaduais e distritais e vereadores).
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(AGENTE/POLÍCIA FEDERAL 2000/CESPE) Os agentes de polícia federal ocupam


cargos públicos e exercem funções definidas em lei. Contudo, ao contrário dos
ministros de Estado, juízes e promotores de justiça, eles são agentes públicos e não
agentes políticos. (errada – os juízes e promotores também são agentes públicos. Além
disso, os agentes políticos são espécies de agentes públicos)

Não tenho dúvidas de que diante dessas informações você quer saber qual teoria é a correta.

Na realidade, a solução para enfrentar essa questão numa prova de concurso público não
reside em eliminar uma das posições, mas sim em saber da existência de ambas, que por sinal
encontram diversos adeptos, e, principalmente, que o Supremo Tribunal Federal, no
julgamento do recurso extraordinário nº 228977 (publicado em 12/04/02), adotou a
posição de Hely Lopes Meirelles, inclusive com transcrição de trecho de seu livro no
voto do Ministro que relatou a decisão.

Dessa forma, para a sua prova, opte pela posição do professor Hely Lopes Meirelles que
classifica como agentes públicos:

• Chefes do Poder Executivo federal, estadual, distrital e municipal;


• Auxiliares diretos dos Chefes do Poder Executivo: Ministros de Estado e Secretários de
Governo;
• Membros do Poder Legislativo: senadores, deputados federais, estaduais e distritais e
vereadores;
• Membros dos Tribunais de Contas;
• Membros da Magistratura: juiz, ministros e desembargadores;
• Membros do Ministério Público: promotores e procuradores; e
• Representantes diplomáticos: ex.: diplomatas, cônsules.

De qualquer forma, são características dos agentes políticos:

• desempenham suas funções com prerrogativas e responsabilidades próprias, estabelecidas


na Constituição e em leis especiais;

• suas funções estão associadas à direção do Estado, objetivando a definição de metas,


diretrizes e ações governamentais;

(ANALISTA/TRF 1.ª REGIÃO/2001/FCC) Agentes políticos são os que detêm os cargos


de elevada hierarquia da organização da Administração Pública, ou seja, que ocupam
cargos que compõem a cúpula da estrutura constitucional. (correta)

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• suas competências decorrem da própria Constituição;


• decidem e atuam com independência nos assuntos de sua competência;
• normalmente não estão hierarquizados (ex: não há hierárquica funcional entre senadores e
deputados federais);
• em regra, não possuem vínculo de natureza profissional com o Estado, mas sim de
natureza política (os magistrados e membros do ministério publico possuem vínculo
profissional);

(AUDITOR/TCE-MG/2005/FCC) Os membros do Poder Legislativo qualificam-se como


agentes públicos que integram o quadro de servidores da Administração Pública.
(errada)

• em regra, o exercício de suas funções normalmente é transitório (não há transitoriedade


para os magistrados e membros do ministério publico).

2) Agentes delegados

São particulares que recebem delegação do Poder Público para execução de determinada
atividade, obra ou serviço público. Executam tais atividades em nome próprio, por sua conta e
risco, contudo, com observância das normas impostas pelo Estado, que, por sua vez, exerce
permanente fiscalização.

Os exemplos mais citados são: concessionários, permissionários de obras e serviços


públicos, titulares de serviços notariais e de registro (art. 236, CF - são os titulares de
cartórios, como de notas, de imóveis, de protestos, etc), leiloeiros, tradutores, peritos e
intérpretes públicos.

3) Agentes honoríficos

São cidadãos que exercem transitoriamente serviços denominados serviços públicos


relevantes (múnus público), em regra não remunerados. São escolhidos pelo Estado em razão
de sua condição cívica, sua honorabilidade ou notória capacidade profissional.

Não possuem vínculo profissional com o Estado, apenas sendo considerados “funcionários
públicos” para fins penais (art. 327, Código Penal).

Como exemplos: jurado do Tribunal do Júri e mesário eleitoral.

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4) Agentes credenciados

São aqueles que recebem da Administração Pública a incumbência normalmente remunerada


de praticar determinadas atividades ou representá-la em certos eventos.

Por exemplo, cientista brasileiro que represente o país numa convenção científica internacional.

5) Agentes administrativos

São aqueles que se vinculam ao Estado por relações profissionais, sujeitos à hierarquia
funcional e a regime jurídico determinado.

(ANALISTA/TRF 1.ª REGIÃO/2001/FCC) Agentes políticos são os que prestam


serviços, sob regime de dependência, à Administração Pública direta, autárquica ou
fundacional pública, sob relação de trabalho profissional transitório ou definitivo. (errada)

Alcança tanto os vinculados à Administração Direta como à Administração Indireta,


independente da natureza pública ou privada da entidade.

São representados pelas seguintes categorias: I) ocupantes de cargo efetivo (concursados


vinculados ao regime estatutário, por exemplo, servidores vinculados à Lei 8.112/90); II)
ocupantes de emprego público (concursados vinculados ao regime celetista); III) ocupantes
de cargo em comissão (livre nomeação e exoneração); e IV) temporários, contratados pata
atender a necessidade de excepcional interesse público (art. 37, IX, CF).

(CESPE/SEJUS/ES/2009) O servidor temporário, contratado por tempo determinado


para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, exerce função,
sem estar vinculado a cargo ou emprego público, e se submete a regime jurídico
especial a ser disciplinado em lei de cada unidade da Federação. (correta)

A doutrina não é pacífica quanto à relação existente entre as expressões “agentes


administrativos” e “servidores públicos”. Há quem sustente que todos os agentes
administrativos são servidores públicos. Em sentido diverso caminham aqueles que defendem
que os servidores públicos são apenas os vinculados a pessoas jurídicas de direito público, o
que excluiria os empregados das empresas públicas, das sociedades de economia mista e das
fundações públicas de direito privado. Esses não seriam servidores públicos, mas sim
empregados públicos. A segunda corrente aparenta ser mais coerente com o ordenamento
jurídico pátrio, em que pese a matéria estar longe de ser pacificada.
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(ANALISTA/TRF 1.ª REGIÃO/2001/FCC) Servidores públicos são os que se ligam,


contratualmente às empresas paraestatais da Administração Indireta, sob um
regime de dependência e mediante uma relação de trabalho, não eventual ou avulso.
(errada)

A resposta da questão apresentada para análise é letra D.

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PONTO 5
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: DIRETA E INDIRETA

3. (FCC/2010/Casa Civil/SP/Executivo Público) Ocorre a chamada centralização


administrativa quando o Estado executa suas tarefas por meio
a) das agências executivas e fundações localizadas na sede do governo federal.
b) dos órgãos e agentes integrantes da Administração Direta.
c) apenas de órgãos da Administração Direta com atuação em todo o território nacional.
d) apenas de funcionários da Administração Direta concursados.
e) de órgãos e agências integrantes da Administração Direta e Indireta.

Centralização ocorre quando a atividade é desempenhada diretamente pela


administração direta. É o serviço executado, por exemplo, pela Polícia Federal (órgão da
União) ou pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (órgão do Estado de Minas Gerais).

Portanto, veja as assertivas apresentadas:

a) das agências executivas e fundações localizadas na sede do governo federal. (agências e


fundações são frutos de descentralização e integram a administração indireta)
b) dos órgãos e agentes integrantes da Administração Direta. (resposta correta)
c) apenas de órgãos da Administração Direta com atuação em todo o território nacional.
(órgãos estaduais, distritais e municipais também)
d) apenas de funcionários da Administração Direta concursados. (agentes administrativos
integrantes da administração direta, concursados ou não)
e) de órgãos e agências integrantes da Administração Direta e Indireta. (agências integram a
administração indireta).

4. (FCC/2010/DPE/SP/Agente de Defensoria/Administrador) A descentralização é


efetivada por meio de delegação quando o Estado
a) delega a alguém o exercício de um serviço público sob condições negociadas e não
alteráveis unilateralmente pelo Estado.
b) transfere, por contrato ou ato unilateral, unicamente a execução do serviço.
c) cria uma entidade e a ela transfere, mediante previsão em lei, determinado serviço público.
d) transfere aos concessionários e aos permissionários a titularidade de determinado serviço.
e) transfere bens e ações para uma entidade privada.

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O que vem a ser descentralização? É quando União, Estados, Distrito Federal e Municípios
transferem a execução de determinadas atividades para outras pessoas, descentralizando
essas tarefas.

Porém, há duas formas de descentralização administrativa: descentralização legal e


descentralização negocial.

Em seu estudo vincule descentralização legal à administração indireta e descentralização


negocial às concessionárias e às permissionárias de serviços públicos.

A descentralização legal, também denominada de descentralização por serviço,


descentralização funcional, descentralização técnica ou outorga (guarde principalmente
esse nome), ocorre quando o ente federativo atribui a titularidade e a execução de
determinada atividade para as pessoas jurídicas por ele criadas (autarquias e fundações
públicas de direito público) ou cuja criação foi por ele autorizada (fundações públicas de
direito privado, empresas públicas e sociedades de economia mista).

Ressaltando que também integram a administração indireta as agências reguladoras (são


autarquias ou fundações públicas com regime especial), agências executivas (autarquias ou
fundações públicas que formalizam contrato de gestão com o Poder Público) e associações
públicas (autarquias).

Para ficar mais fácil o entendimento, pense que na descentralização legal o ente federado
transfere a titularidade e a execução de determinada atividade para entidade integrante
da administração indireta.

Dessa forma, o INSS, que é uma autarquia, exerce as atividades que recebeu da União como
titular, uma vez que a descentralização legal implica na transferência da titularidade e da
execução da atividade.

(PGE/PE/Procurador/2009) Segundo a doutrina, na descentralização por serviço, o


poder público mantém a titularidade do serviço e o ente descentralizado passa a deter
apenas a sua execução. (errada)

(PGE/CE/Procurador/2008) Ao criar uma autarquia, a administração pública apenas


transfere a ela a execução de determinado serviço público, permanecendo com a
titularidade desse serviço. (errada)

(ATENDENTE JUDICIÁRIO/TJBA/2003) Administração Indireta, também denominada


administração descentralizada, decorre da transferência, pelo poder público, da

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titulariedade ou execução do serviço público ou de utilidade pública, por outorga ou


delegação. (errada)

Iniciaremos agora a análise da descentralização negocial, que também é denominada de


descentralização por colaboração ou delegação (atenção para essa última expressão).

(MIN. DA SAÚDE/ANALISTA ADMINISTRATIVO/CESPE 2010) A delegação ocorre


quando a entidade da administração, encarregada de executar um ou mais serviços,
distribui competências no âmbito da própria estrutura, a fim de tornar mais ágil e
eficiente a prestação dos serviços. (errada)

Diferentemente do que ocorre na descentralização legal, na descentralização negocial a


pessoa política (União, Estados, DF e Municípios) não transfere a titularidade do serviço,
mas tão somente a sua execução para concessionárias ou permissionárias de serviços
públicos. Essa transferência da execução é formalizada por meio de contrato.

Dessa forma, concessionárias e permissionárias recebem competência para a execução


de serviços públicos, porém a titularidade permanece com o ente público concedente.

Todas as vezes que você pensar em descentralização deve pensar em duas pessoas. Um ente
federado transferindo competências para outra pessoa integrante da administração indireta ou
para concessionárias/permissionárias de serviços públicos.

(FCC/2010/Casa Civil/SP/Executivo Público) A descentralização por meio de


delegação é efetivada quando o Estado
a) realiza a transferência temporária da titularidade do serviço ao órgão responsável.
b) delega competências, no âmbito de sua própria estrutura, a fim de tornar mais ágil e
eficiente a prestação dos serviços.
c) cria uma entidade e a ela transfere, mediante previsão em lei, determinado serviço
público.
d) exerce o serviço público que está previsto no ato como atribuição própria sua.
e) transfere, por contrato ou ato unilateral, unicamente a execução do serviço.

Aqui é preciso chamar sua atenção para o fato de que todas as entidades da administração
indireta serem pessoas jurídicas. Da mesma forma, as concessionárias obrigatoriamente
são pessoas jurídicas. Já as permissionárias podem ser pessoas jurídicas ou pessoas
físicas.

Na questão abaixo reproduzida muitos candidatos erraram pela presença da expressão


“pessoa física” em seu texto. Ocorre que o enunciado está correto, justamente por conta das
permissionárias, que são fruto da descentralização administrativa e podem ser pessoas físicas:

(CESPE/ MIN. PÚBLICO DO TCU/2004) Descentralização é a distribuição de


competências de uma pessoa para outra, física ou jurídica, e difere da desconcentração
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pelo fato de ser esta uma distribuição interna de competências, ou seja, uma distribuição
de competências dentro da mesma pessoa jurídica. (correta)

Diante das informações acima apresentadas, vamos à resolução da questão apresentada....

a) delega a alguém o exercício de um serviço público sob condições negociadas e não


alteráveis unilateralmente pelo Estado. (Existe a possibilidade, nas hipóteses legais, de
alteração unilateral de cláusulas de contratos administrativos).

b) transfere, por contrato ou ato unilateral, unicamente a execução do serviço. (Resposta


correta)

c) cria uma entidade e a ela transfere, mediante previsão em lei, determinado serviço
público. (as concessionárias e permissionárias não são criadas por lei. São pessoas
jurídicas de direito privado que contratam com o poder público a prestação de determinado
serviço público.

d) transfere aos concessionários e aos permissionários a titularidade de determinado


serviço. (Há transferência apenas da execução do serviço público)

e) transfere bens e ações para uma entidade privada. (Essa transferência não guarda
relação com a definição de delegação)

5. (Procurador do Estado 3ª Classe PGE Bahia Novembro/2002) O órgão administrativo


possui as características a seguir, EXCETO:
(A) decorre do fenômeno da desconcentração.
(B) possui funções, cargos e agentes.
(C) constitui centro de competência administrativa.
(D) pode ser, quanto à estrutura, simples ou composto.
(E) constitui pessoa jurídica de direito público interno.

Vamos para desconcentração administrativa...

Se descentralização envolve a transferência de competência entre pessoas, a


desconcentração consiste na distribuição interna de competências dentre os vários
órgãos que integram as pessoas jurídicas.

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(FUNIVERSA/2009/ADASA/Advogado) A autarquia constitui forma de


desconcentração administrativa. (errada)

(CESPE/STJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Enquanto a desconcentração é a distribuição de


competências de uma para outra pessoa, física ou jurídica, a descentralização é a
distribuição interna de competência dentro da mesma pessoa jurídica. (errada, pois
estão invertidos os conceitos)

É comum as bancas tentarem confundir os candidatos com questões envolvendo


descentralização e desconcentração. Exemplo é a questão abaixo cobrada em prova do
CESPE, cuja assertiva está errada, pois a definição apresentada é a de desconcentração:

(SEFAZ/AC/Auditor/2009/CESPE) A delegação de atribuições no âmbito da mesma


pessoa jurídica a outros órgãos recebe a denominação de descentralização. (errada)

Se a banca fizer referência a órgãos, pode ter certeza que a resposta será desconcentração ao
invés de descentralização, uma vez que órgãos não são pessoas jurídicas (gabarito da
questão: letra E.

(OAB CESPE 2009 EXAME DE ORDEM 2009) Os órgãos públicos não são dotados de
personalidade jurídica própria. (correta)

Por fim, é importante destacar outra diferença existente entre descentralização e


desconcentração consistente na relação de hierarquia presente nessa última.

Na descentralização não há hierarquia entre as pessoas envolvidas, mas sim vinculação.


O ente federado exercerá sobre a entidade da administração indireta o que a doutrina
denomina de controle finalístico, supervisão ministerial ou simplesmente tutela. Portanto,
entre União (administração direta) e INSS (administração indireta) não existe hierárquica, mas
sim vinculação.

(OAB CESPE 2009 EXAME DE ORDEM 2009) O controle das entidades que compõem
a administração indireta da União é feito pela sistemática da supervisão ministerial.
(correta)

(CESPE/TJ/RR/ADMINISTRADOR) Não se deve confundir subordinação com


vinculação administrativa. A primeira decorre do poder hierárquico e admite o controle do
superior sobre o inferior; a segunda resulta do poder de supervisão ministerial sobre a
entidade vinculada. (correta)

(CESPE 2007/ANVISA) A ANVISA, que é a autarquia federal, é subordinada ao


Ministério da Saúde (MS) (adaptada). (errada, pois há vinculação)

(DPU/ANALISTA ADMINISTRATIVO/CESPE 2010) A As autarquias estão sujeitas a


controle administrativo exercido pela administração direta, nos limites da lei. (correta)

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(DPU/ANALISTA ADMINISTRATIVO/CESPE 2010) A fundação instituída pelo Poder


Público detém capacidade de autoadministração, razão pela qual não se sujeita ao
controle por parte da administração direta. (errada)

Já na desconcentração haverá relação de hierarquia entre os órgãos envolvidos. Pense


na Polícia Federal que é um órgão. Dentro da Polícia Federal existem diversos órgãos que se
ligam por relações de subordinação e de coordenação. A Corregedoria da PF, por exemplo, é
subordinada à Diretoria Geral. Ou seja, esses órgãos vinculam-se por uma relação de
hierarquia.

Portanto, descentralização ocorre sem hierarquia e desconcentração com hierarquia.

6. (FCC/2010/TRE-RS/Técnico Judiciário/Área Administrativa) NÃO integram a


Administração Pública Indireta:
a) Autarquia e Fundação Pública.
b) Ministério Público e Defensoria Pública.
c) Fundação Pública e Empresa Pública.
d) Sociedade de economia mista e autarquia.
e) Empresa Pública e Sociedade de economia mista.

O Decreto-lei nº 200/67, que, dentre outras providências, dispôs sobre a organização da


Administração Federal e estabeleceu diretrizes para a Reforma Administrativa, em seu art. 4º
assim dividiu a Administração Federal:

I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa


da Presidência da República e dos Ministérios.

II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas


de personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista; e
d) Fundações públicas.

É certo que o referido decreto-lei tem aplicação restrita à Administração Pública federal, o que
não significa que as entidades acima citadas não integrem também a administração indireta
dos Estados, Distrito Federal e Municípios.

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Desta forma, existem autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e


fundações públicas no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

(TRE/MT/CESPE/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO) A prerrogativa de criar empresas


públicas e sociedades de economia mista pertence apenas à União, não dispondo os
estados, o Distrito Federal e os municípios de competência para tal. (errada)

O quadro abaixo indica a composição das Administrações Direta e Indireta:

ADMINISTRAÇÃO DIRETA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA


Órgãos da União Autarquias
Órgãos dos Estados Fundações públicas de direito público
Órgãos do Distrito Federal Fundações públicas de direito privado
Órgãos dos Municípios Empresas públicas
Sociedades de economia mista

(CESPE 2007/SEGER/Analista) As autarquias fazem parte da administração pública


direta. (errada)

(CESPE 2004/TRT 10ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Ronaldo, que trabalha na CEF, é


empregado público na administração federal direta, pois a CAIXA é pessoa jurídica de
direito público (adaptada). (errada)

(CESPE/P.FEDERL/AGENTE) Se fosse transformado em autarquia federal, o DPF


passaria a integrar a administração indireta da União. (correta)

(CESPE 2007/TCU/ACE) Ao ser transformado em empresa pública, o BNDES, que


anteriormente era autarquia, deixou de integrar a administração direta e passou a
fazer parte da administração federal indireta (adaptada). (errada)

(TRE/MT/CESPE/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO) A administração pública direta, na


esfera federal, compreende os órgãos e as entidades, ambos dotados de personalidade
jurídica, que se inserem na estrutura administrativa da Presidência da República e dos
ministérios. (errada, pois os órgãos não possuem personalidade jurídica)

(TER/MT CESPE 2010 ANALISTA JUDICIÁRIO) O Estado Federal brasileiro é integrado


pela União, pelos estados-membros e pelo Distrito Federal, mas não pelos municípios,
que, à luz da CF, desfrutam de autonomia administrativa, mas não de autonomia
financeira e legislativa. (errada)

(TER/MT/CESPE/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO) As autarquias e as fundações públicas,


como entes de direito público que dispõem de personalidade jurídica própria, integram a
administração direta. (errada)

União, Estados, Distrito Federal e Municípios são chamados de entes federados ou pessoas
políticas, ao passo que as pessoas jurídicas integrantes da Administração Indireta são
denominadas de entidades administrativas.

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(DPU/ANALISTA ADMINISTRATIVO/CESPE 2010) A autarquia é pessoa jurídica de


direito público dotada de capacidade política. (errada, pois apenas os entes federados
possuem capacidade política)

Todos os componentes da Administração Direta, as autarquias e as fundações públicas de


direito público são pessoas jurídicas de direito público, enquanto as fundações públicas de
direito privado, empresas públicas e sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de
direito privado.

(FUNIVERSA/2009/ADASA/Advogado) As autarquias, por serem dotadas de


personalidade jurídica de direito público, compõem a administração direta.

Além destes nomes listados como componentes da Administração Indireta, outras pessoas
jurídicas também a integram, mas não com natureza jurídica diferente das apresentadas, pois
serão espécies de autarquias e/ou de fundações públicas, dependendo do caso. São as
seguintes entidades: agências reguladoras, agências executivas e associações públicas.

(CESPE/MRE/OFICIAL) As agências reguladoras são autarquias de natureza especial,


pertencentes ao quadro de órgãos da administração indireta. (errada)

As agências reguladoras até então foram criadas no Brasil com a natureza de autarquias em
regime especial (o que não impede que possam ser criadas com outra natureza jurídica, como
fundações públicas, por exemplo), enquanto as executivas podem ser autarquias ou fundações
públicas que firme com o Poder Público contrato de gestão e possuam plano estratégico. Já as
associações públicas são constituídas com a forma jurídica de autarquias.

Importante frisar, apesar de não ser objeto de estudo desse curso, que as pessoas jurídicas
componentes do terceiro setor, as chamadas paraestatais, não integram a Administração
Pública. São elas: organizações sociais, entidades de apoio, sociedades civis de
interesse privado e serviços sociais autônomos.

(MIN. DA SAÚDE/ANALISTA ADMINISTRATIVO/CESPE 2010) Entidades paraestatais


são pessoas jurídicas de direito privado que colaboram com o Estado no desempenho
de atividades não lucrativas; elas não integram a estrutura da administração pública.
(correta)

A administração indireta está presente em todos os três Poderes (Executivo, Legislativo e


Judiciário), conforme se depreende do caput do art. 37 da CF: “A administração pública direta e
indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios...”.

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As entidades da Administração Indireta estão vinculadas ao Ministério em cuja área de


competência estiver enquadrada a sua principal atividade. Por exemplo, a autarquia Instituto
Nacional do Seguro Social – INSS está vinculada ao Ministério da Previdência Social. Esta
vinculação é denominada supervisão ministerial, tutela ou controle finalístico.

Dessa forma, o controle das pessoas administrativas caberá ao ministério a que estiverem
vinculadas e se materializará sob a forma de supervisão, sem prejuízo da utilização de outros
instrumentos de controle previstos na CF 88.

Apesar da previsão deste controle, é preciso destacar que não há hierarquia entre as pessoas
integrantes da administração direta e as da administração indireta. A hierarquia não se faz
presente na descentralização, mas sim na desconcentração, institutos que já foram objeto de
estudos.

Além disto, vale ressaltar que as pessoas administrativas não integram a estrutura orgânica da
Administração Direta. Assim sendo, a Caixa Econômica Federal (pessoa administrativa), que é
uma empresa pública federal, não integra a estrutura orgânica da União. Diferentemente, a
Receita Federal do Brasil, que é um órgão federal, é integrante da estrutura orgânica da União.
A expressão estrutura orgânica está associada a órgãos e não a pessoas jurídicas.

A questão apresentada tem como resposta a letra B, pois ministério público e defensoria
pública são órgãos, integrantes da estrutura orgânica da respectiva pessoa jurídica.

Por fim, cumpre informar que nem toda sociedade em que o Estado tenha participação
acionária integra a administração indireta, significando dizer que o Estado de Minas Gerais
pode adquirir ações de empresas, sem que estas passem a integrar a administração indireta
mineira.

7. (FCC/2010/TRE-RS/Analista Judiciário/Área Administrativa) A entidade da


Administração Pública indireta que deve ser criada diretamente por lei específica é a
a) fundação pública.
b) empresa pública.
c) sociedade de economia mista.
d) autarquia.
e) fundação privada.

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A entidade abordada na questão tem como exemplos: INSS, INCRA, CADE, CVM, IBAMA,
Banco Central do Brasil, ANATEL, CVI e Conselhos de Fiscalização de profissões
regulamentadas, como Conselho de Medicina, Conselho de Odontologia etc. (exceto OAB,
conforme entendimento do STF - ADI nº 1.717-DF)

Trata-se de autarquia, cujas principais características são:

1) Natureza jurídica:

Possuem personalidade jurídica de direito público interno (art. 41, IV, Código Civil),
podendo ser federais, estaduais, distritais ou municipais.

(CESPE/FISCAL INSS/98) As autarquias caracterizam-se por serem entidades dotadas


de personalidade jurídica de direito público. (correta)

(CESPE/FISCAL INSS/98) As autarquias caracterizam-se como órgãos prestadores de


serviços públicos dotados de autonomia administrativa. (errada)

(CESPE 2007/ANVISA) A ANVISA, que é a autarquia federal, é uma entidade da


administração indireta federal, dotada de personalidade jurídica própria (adaptada).
(correta)

(OAB CESPE 2009 EXAME DE ORDEM 2009) As autarquias podem ter personalidade
jurídica de direito privado. (errada)

2) Criação:

Criada por lei específica, nos termos do art. 37, XIX, CF.

(PGM/NATAL/PROCURADOR/2008/CESPE) A criação de uma autarquia federal é feita


por decreto do presidente da República. (errada)

(MIN. DA SAÚDE/ANALISTA ADMINISTRATIVO/CESPE 2010) As autarquias são


criadas por lei complementar e só por lei complementar podem ser extintas. (errada)

(OAB CESPE 2009 EXAME DE ORDEM 2009) Uma lei que reestruture a carreira de
determinada categoria de servidores públicos pode também dispor acerca da criação de
uma autarquia. (errada, pois tem que ser lei específica, ou seja, uma lei que apenas trate
da criação da autarquia)

3) Momento da aquisição da personalidade jurídica:

A regra prevista no art. 45 do Código Civil de que a existência legal das pessoas jurídicas tem
início com a inscrição no registro próprio de seus atos constitutivos não se aplica às
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autarquias, pois essa norma se restringe às pessoas de direito privado. O momento de


criação da autarquia coincide com o de vigência da lei específica que a instituiu, motivo
pelo qual não é necessário o registro de seus atos constitutivos no Cartório.

4) Extinção:

Pelo princípio da simetria ou paralelismo das formas jurídicas, pelo qual a forma de nascimento
dos institutos jurídicos deve ser a mesma de sua extinção, será lei específica o instrumento
legislativo idôneo para extinção das autarquias, de competência privativa do Chefe do
Executivo.

(PGE/CE/PROCURADOR/2008/CESPE) As autarquias são criadas e extintas por ato do


chefe do Poder Executivo. (errada)

(CESPE 2007/ANVISA) Violaria a Constituição Federal um decreto do presidente da


República que extinguisse a ANVISA, que é a autarquia federal, e transferisse as
competências dessa agência para um órgão do MS (adaptada). (correta)

5) Iniciativa do projeto de lei de instituição/extinção:

Competência privativa do Chefe do Poder Executivo (Presidente da República,


Governadores e Prefeitos), conforme art. 61 da CF:

Art. 61. ( ... )


§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
( ... )
II - disponham sobre:
1
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado
o disposto no art. 84, VI;

Portanto, é o Chefe do Poder Executivo quem apresenta o projeto de lei de criação de uma
autarquia.

A CF/88 refere-se ao Presidente da República, devendo tal regra pelo princípio da simetria
constitucional ser aplicada também aos Estados (governadores), Distrito Federal (governador)
e Municípios (prefeitos) com as devidas adaptações.

1
Apenas para esclarecer, a palavra “órgão” nesse artigo foi utilizada de forma imprecisa, pois a
Constituição atribui-lhe um sentido amplo, abrangendo os órgãos propriamente ditos e as entidades da
administração indireta.

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Apenas para fins de esclarecimento, a palavra “órgão” nesse dispositivo constitucional foi
utilizada de forma imprecisa, pois a Constituição atribuiu-lhe um sentido amplo, abrangendo
os órgãos propriamente ditos e entidades da administração indireta (autarquias,
fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista).

6) Organização:

É reservada ao Chefe do Poder Executivo a competência para editar decretos aprovando o


regulamento ou estatuto da autarquia. É o que determina o art. 84, VI, “a”, da CF/88:

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:


( ... )
VI – dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos.

7) Conceito:

Do decreto-lei nº 200/67 (art. 5º, I): “o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade
jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração
Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e
financeira descentralizada”.

Como muitos alunos acham esse conceito complexo, segue outra definição: pessoa jurídica
de direito público, de natureza administrativa, integrante da Administração Indireta, com
patrimônio próprio exclusivamente público, criada por lei específica para execução de
funções típicas do Estado.

(CESPE 2008/TRE/GO/Técnico Judiciário) Pessoa jurídica de direito público, dotada


de patrimônio próprio, criada por lei para o desempenho de serviço público
descentralizado. A definição acima refere-se a:
A) empresa pública. B) órgão público. C) autarquia. D) sociedade de economia mista

(ESAF/ANALISTA MPU/2004) O serviço público personificado, com personalidade


de direito público, e capacidade exclusivamente administrativa, é conceituado
como sendo um(a):
a) empresa pública
b) órgão autônomo
c) entidade autárquica
d) fundação pública
e) sociedade de economia mista
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(CESPE/FISCAL INSS/98) As autarquias caracterizam-se por integrarem a


administração pública centralizada. (Gabarito: errada)

(CEB/ADMINISTADOR/2010/FUNIVERSA) Assinale a alternativa que representa as


entidades que têm as seguintes características: o serviço autônomo, criado por lei, com
personalidade jurídica de direito público, patrimônio e receita próprios, as quais existem
para executar atividades típicas da administração pública que requeiram, para seu
melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.
A) autarquias
B) empresas públicas
C) sociedades de economia mistas
D) fundações públicas
E) fundações privadas

(AGU-NÍVEL MÉDIO/CESPE 2010) A autarquia é uma pessoa jurídica criada somente


por lei específica para executar funções descentralizadas típicas do Estado. (correta)

(TRT 17ª REGIÃO CESPE 2009 ANALISTA JUDICIÁRIO) Como pessoas jurídicas de
direito público, as autarquias têm personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios e
são criadas com a finalidade de desempenhar atividades próprias e típicas da
administração pública. (correta)

8) Objetivos sociais:

Serviços públicos (saúde, educação, previdência social etc) ou desempenho de atividades


administrativas (Banco Central fiscalizando atividades desenvolvidas pelas instituições
financeiras). Estão excluídas do seu objeto atividades de cunho econômico e mercantil.
As autarquias não visam lucros.

(UNB/CESPE/MMA/AGENTE ADMINISTRATIVO/2009) Autarquias podem ser criadas


para exercerem atividades de ensino, em que se incluem as universidades. (correta)

(CESPE 2009/MMA/Agente Administrativo) Autarquias podem ser criadas para


exercerem atividades de ensino, em que se incluem as universidades. (correta)

9) Autonomia administrativa:

Todas as entidades integrantes da Administração Indireta possuem essa característica.

10) Supervisão ministerial:

Entre a autarquia e a pessoa política instituidora não há hierárquica, mas apenas vinculação
(tutela ou controle finalístico), por meio da qual a administração direta fiscaliza se a autarquia
está desempenhando as funções que lhe foram atribuídas.

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(CESPE/SEJUS/ES/2009) A autarquia, embora possua personalidade jurídica própria,


sujeita-se ao controle ou à tutela do ente que a criou. (correta)

(PGE/CE/PROCURADOR/2008/CESPE) As autarquias são hierarquicamente


subordinadas à administração pública que as criou. (errada)

(PGM/NATAL/PROCURADOR/2008/CESPE) A relação entre uma autarquia e o ente


que a criou é de subordinação. (errada)

(FCC - 2010 - Casa Civil - SP - Executivo Público) Além de outras, NÃO constitui
característica das autarquias, a
a) isenção de controle ou tutela.
b) especialização dos fins ou atividades.
c) criação por lei.
d) personalidade jurídica pública.
e) capacidade de autrminação.

11) Patrimônio:

O patrimônio é próprio e público, de acordo com o art. 982 do Código Civil.

Os bens das autarquias, por serem públicos, possuem as seguintes características:

• impenhorabilidade: não podem ser penhorados.

(ESAF/COMEX/98) Os bens das autarquias não estão sujeitos a penhora. (correta)

• imprescritibilidade: os bens públicos são imprescritíveis, não estando sujeitos à


usucapião.

• não sujeição a ônus: sobre um bem público não incide gravames (ônus), como
exemplos, uma hipoteca ou um penhor.

• alienação condicionada: o bem público poderá ser alienado3, desde que observados
alguns requisitos previstos em lei (art. 17 da Lei 8.666/93).

2
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito
público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
3
A expressão alienação nesse contexto significa transferência da titularidade de determinado bem (“trocar
o dono”). Alienar não se resume à venda, pois existem outros meios de mudança de proprietário, como
ocorre na doação, na permuta e na dação em pagamento.
166

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12) Pagamento de débitos decorrentes de sentença judicial:

Os débitos das pessoas jurídicas de direito público decorrentes de sentença judicial são pagos
por meio de precatório, nos termos do art. 100 da CF, ou por meio de Requisição de
Pequeno Valor - RPV, quando de pequeno valor (no âmbito federal, até 60 salários mínimos).

(OAB CESPE 2009 EXAME DE ORDEM 2009) As autarquias têm prerrogativas típicas
das pessoas jurídicas de direito público, entre as quais se inclui a de serem seus débitos
apurados judicialmente executados pelo sistema de precatórios. (correta)

(CESPE/ PROCURADOR INSS/1998) Os bens do INSS são impenhoráveis. Os débitos


deste ente público, definidos em sentença judicial, são pagos exclusivamente por meio
de precatórios. (errada)

Quanto a esse item eu chamo a sua atenção para o fato de que os débitos das pessoas
públicas, não decorrentes de sentença judicial, não são pagos por precatório ou RPV, mas
sim administrativamente.

Dessa forma, se a União desapropriar um imóvel e o proprietário concordar com a indenização


proposta, o valor será pago administrativamente, e não por meio de precatório ou de RPV, pois
o débito não decorreu de sentença judicial.

13) Nomeação dos dirigentes e aprovação prévia do Legislativo:

Atualmente, mudando sua posição originária, o STF considera constitucional a exigência de


que a nomeação pelo Chefe do Executivo de dirigentes de autarquias, que são ocupantes
de cargos em comissão, esteja condicionada à prévia aprovação pelo Poder Legislativo
(ADI nº 1.281-PA).

Inclusive, o art. 84, XIV, da CF, condiciona a nomeação do presidente e dos diretores do Banco
Central à aprovação pelo Senado Federal, bem como de outros servidores, quando
determinado em lei:

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: (...)


XIV - Nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal
Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral
da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores,
quando determinado em lei.

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14) Regime de trabalho:

A Emenda Constitucional nº 19/98, alterando o caput do art. 39 da CF, pôs fim à


obrigatoriedade das pessoas jurídicas de direito público adotarem regime jurídico único para os
seus servidores, possibilitando às autarquias a adoção do regime de pessoal estatutário
(por ex., Lei 8.112/90 para as autarquias federais) ou celetista (CLT), de acordo com o que
estabelecesse a lei.

Passou a ser possível determinado ente federado ser estatutário e as suas autarquias
celetistas. Conforme eu disse, a EC 19/98 pôs fim ao regime jurídico único, passando a
conviver dois regimes distintos: estatutário, que se baseia num estatuto, e celetista.

O regime estatutário é reservado para os ocupantes de cargos públicos, enquanto o regime


celetista para os ocupantes de emprego público.

Inclusive, no âmbito federal foi editada a Lei 9.962/00 para disciplinar o regime de emprego
público do pessoal da Administração federal direta, autárquica e fundacional.

Porém, depois de aproximadamente 10 anos da promulgação da EC 19/98, olha o que


acontece...

Identificaram um vício na votação do seu projeto, e por conta desse vício foi proposta uma
ação direta de inconstitucionalidade no STF (ADI 2135). Não deu outra: o STF, em 02/08/07,
deferiu parcialmente medida cautelar para suspender com efeitos ex nunc (daquele
momento para frente) a eficácia do indigitado art. 39, caput, com a redação da EC nº
19/98.

Se a EC 19/98 pôs fim ao regime jurídico único ao alterar o art. 39 da CF, com a suspensão de
sua aplicação volta a ser aplicado o art. 39 com sua redação anterior, ou seja, fica
restabelecido o regime jurídico único.

Com essa decisão, o regime jurídico a ser adotado obrigatoriamente pelas pessoas jurídicas de
direito público volta a ser o estatutário (posição que prevalece na doutrina e na
jurisprudência).

Mas e os entes federados que adotaram o regime de emprego público após a EC 19/98? Como
a decisão do STF teve efeitos ex nunc, só produzindo efeitos a partir daquele momento, essas

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situações permanecerão inalteradas, aplicando-se, contudo, o regime jurídico único para as


nomeações posteriores à decisão do STF.

Elaborei um quadro para facilitar seu estudo:

Entre CF/88 e EC Entre a EC 19/98 e a A partir da publicação da


19/98 publicação da cautelar na cautelar na ADI 2.135
ADI 2.135
Regime jurídico único: Regime jurídico estatutário ou Regime jurídico único:
estatutário celetista estatutário. Porém, será
mantido o regime celetista
para os empregados
contratados entre a EC 19/98
e a ADI 2.135, pois a decisão
teve efeitos ex nunc.

15) Prerrogativas:

As autarquias gozam das mesmas prerrogativas e privilégios assegurados à Fazenda Pública


(União, Estados, DF e Municípios):

(CESPE/FISCAL INSS/98) As autarquias caracterizam-se pelo desempenho de


atividades tipicamente estatais. (correta)

• imunidade tributária (art. 150, §2º, CF/88), que veda a instituição de impostos sobre o
patrimônio, renda ou serviços das autarquias, desde que estes sejam vinculados a suas
finalidades essenciais;

(CESPE/BACEN/97) O patrimônio, a renda e os serviços das autarquias estão sempre


protegidos pela imunidade tributária, prevista no texto constitucional vigente. (errada)

(CESPE 2007/ANVISA) A ANVISA, que é a autarquia federal, é imune ao pagamento de


imposto sobre propriedade predial e territorial urbana referente a imóveis utilizados para
o exercício de suas competências legalmente definidas (adaptada). (correta)

• impenhorabilidade de seus bens e de suas rendas;

• imprescritibilidade de seus bens (não podem ser adquiridos por terceiros via usucapião);

• prescrição qüinqüenal, significando que as dívidas e direitos de terceiros contra as


autarquias prescrevem em cinco anos, salvo exceções legais;

• créditos sujeitos à execução fiscal;


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• os débitos decorrentes de condenação em sentença judicial são pagos por meio de


precatórios ou de RPV (requisição de pequeno valor).

• prazos processuais dilatados, conforme art. 188 do CPC: “computar-se-á em quádruplo o


prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o
Ministério Público”.

(CESPE/FISCAL INSS/98) As autarquias caracterizam-se por beneficiarem-se dos


mesmos prazos processuais aplicáveis à administração pública centralizada. (correta)

(FCC/2010/TCE-AP/Procurador) Dentre outras características, distingue-se a


autarquia das empresas estatais em razão de a primeira
a) ser criada por lei, enquanto as empresas estatais podem ser constituídas por
decreto. (a lei autoriza a criação)
b) submeter-se a processo especial de execução, ainda que também não goze de
imunidade tributária. (goza de imunidade tributária quanto aos bens, serviços e renda
destinados aos seus objetivos)
c) gozar de imunidade tributária, embora seus bens também não sejam protegidos pela
impenhorabilidade e pela imprescritibilidade. (como bens públicos são impenhoráveis,
imprescritíveis, não sujeitos a ônus e a alienação é condicionada)
d) poder editar atos dotados de imperatividade e executoriedade, enquanto as
estatais são regidas pelo regime jurídico de direito privado. (apesar de ser a
resposta correta, prefiro dizer que o regime jurídico das estatais é predominantemente
de direito privado)
e) integrar a administração direta, embora não goze de juízo privativo, enquanto as
empresas estatais fazem parte da administração indireta. (integram a administração
indireta e gozam de juízo privativo)

(FCC/2010/DPE/SP/Agente de Defensoria/Administrador) Com relação às


Autarquias considere as afirmativas abaixo.
I. São pessoas jurídicas de direito público criadas por lei específica, que dispõem
de patrimônio próprio e realizam atividades típicas de Estado de forma
descentralizada. (correta)
II. São serviços autônomos, criados por lei, sem personalidade jurídica própria, mas
com patrimônio e receitas próprias e gestão descentralizada.
III. Devem exercer atividade típica de Estado e não atividade econômica em sentido
estrito, não estando sujeitas à falência. (correta)
IV. Podem contratar servidores sem concurso, não obedecem à lei de licitações (Lei
no 8.666/93) e seus bens são penhoráveis.
V. Como regra geral, têm o mesmo regime da pessoa política que as criaram.
Contudo, a lei instituidora pode estabelecer regras específicas para elas. (correta)
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, III, e V. b) I, II e IV. c) III e V. d) I, II e III. e) II, IV e V.

(FCC/2010/BAHIAGÁS/Analista de Processos Organizacionais) Quanto às


autarquias, analise:
I. O seu patrimônio é formado com a transferência de bens móveis e imóveis da
entidade-matriz, os quais se incorporam ao ativo da nova pessoa jurídica. (correta)
II. É pessoa jurídica de Direito Privado, com função pública própria, típica e outorgada
pelo Estado, criada através do registro de seus estatutos, segundo a lei que autoriza a
sua criação.
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III. Os atos dos seus dirigentes equiparam-se aos atos administrativos, devendo
observar os mesmos requisitos para sua expedição, sujeitando-se aos controles internos
e ao exame de legalidade pelo Judiciário, pelas vias comuns ou especiais. (correta)
IV. Por realizarem serviços públicos centralizados, despersonalizados e limitados, se
acham integradas na estrutura orgânica do Executivo e hierarquizadas à tutela do
órgão público vinculado.
V. Nascem com os privilégios administrativos da entidade estatal que as institui,
auferindo as vantagens tributárias e prerrogativas processuais da Fazenda Pública, além
de outros que lhes forem outorgados por lei especial. (correta)
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II. b) IV e V. c) I, III e V. d) II, III e IV. e) III, IV e V.

16) Foro dos litígios:

De início, faça a seguinte divisão:

• ações que envolvam discussões sobre relação laboral (sobre relação de trabalho, como
exemplo, ações pleiteando pagamento de férias, 13º, horas extras etc...)
• demais ações (ações de dano moral, de ressarcimento etc...).

Destaco que todo o meu raciocínio será desenvolvido levando-se em conta autarquias
federais...

- Ações que envolvam discussões sobre relação laboral

Se o regime de trabalho da autarquia for celetista (lembre-se que durante um período


conviveram os regimes celetista e estatutário), as ações trabalhistas serão julgadas na Justiça
do Trabalho. Portanto, um empregado de uma autarquia celetista deve propor uma ação na
Justiça do Trabalho para pleitear horas extras não pagas.

Agora, se o regime for estatutário, as ações que envolvam relação laboral serão julgadas na
Justiça Federal. Portanto, se determinado servidor do INSS pretender pleitear diferenças em
suas remunerações, deverá propor a ação na Justiça Federal.

Será também da Justiça Federal, e não da Justiça do Trabalho, a competência para julgamento
das ações envolvendo servidores temporários e autarquias federais, conforme decidiu o STF
na Reclamação nº 5.171.

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Demais ações

Quanto às demais ações (dano moral, ressarcimento...), a competência será da Justiça


Federal, conforme art. 109, I, da CF, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as
sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho.

(CESPE 2009/TCU/Técnico Federal de Controle Externo) A autarquia, por possuir


autonomia administrativa, econômica e financeira, além de personalidade jurídica
própria, possui capacidade processual própria para ser parte em processos judiciais.
(correta)

17) Agências reguladoras e agências executivas

De forma resumida ...

- Agências reguladoras

No Brasil estão sendo criadas como autarquias em regime especial para regular e/ou fiscalizar
as atividades de determinados setores que desempenham atividades econômicas no país (ex:
ANATEL, ANVISA, ANS etc).

Nada impede que sejam criadas com outra forma jurídica, como fundações públicas, por
exemplo.

(ESAF/CONTADOR RECIFE/2003) As agências criadas nos últimos anos na esfera


federal assumiram a forma jurídica de:
a) fundações públicas b) órgãos da administração direta c) empresas públicas
d) sociedades de economia mista e) autarquias

(ESAF/PROCURADOR FORTALEZA/2002) As agências reguladoras representam uma


nova categoria jurídica no âmbito da Administração Direta, distintas de autarquias e
fundações. (errada)

(CESPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 6ª/2002) As agências reguladoras constituem


espécie distinta de ente da administração pública indireta: não são autarquias nem
empresas públicas; possuem personalidade jurídica de direito privado, amplos poderes
normativos e seus dirigentes não são demissíveis ad nutum. (errada)

(FUNIVERSA/2009/ADASA/Advogado) As agências reguladoras são autarquias de


regime especial. (correta)

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- Agências Executivas

Poderão ser qualificadas como agências executivas as autarquias e as fundações públicas


que celebrem com o Poder Público contrato de gestão, com o objetivo de obterem maior
autonomia administrativa e financeira. Em contraprestação, assumem o compromisso de
alcançar determinadas metas de desempenho.

(UNB/CESPE/SEPLAG/IBRAM/ADVOGADO/2009) Uma autarquia pode ser qualificada


como agência executiva desde que estabeleça contrato de gestão com o ministério
supervisor e tenha também plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento
institucional em andamento. (correto)

(ESAF/PFN/2003) A qualificação como agência executiva pode recair tanto sobre


entidade autárquica como fundacional, integrante da Administração Pública. (correta)

(CESPE 2008/STF/ Técnico Judiciário) Ter um plano estratégico de reestruturação e


desenvolvimento institucional em andamento é pré-requisito básico para a qualificação
de uma instituição como agência executiva. (correta)

(CESPE 2008/STF/ Técnico Judiciário) O contrato de gestão, firmado com o ministério


supervisor, embora seja um documento característico das agências executivas, contendo
a fixação de objetivos estratégicos e metas a serem atingidas pela instituição, não é
imprescindível para a criação da agência executiva. (errada)

(CESPE 2008/STF/ Técnico Judiciário) O grau de autonomia de gestão que possui


uma agência executiva é uma característica que a diferencia das autarquias e fundações
públicas (correta)

18) Associações Públicas:

A Lei 11.107/05 institui a possibilidade de a União, os Estados, o Distrito Federal e os


Municípios reunirem-se para a realização de objetivos de interesse comum por meio de
consórcios públicos. Dessa reunião constituir-se-á pessoa jurídica de direito privado ou
pessoa jurídica de direito público. Neste último caso, será denominada de associação pública,
que nos termos do art. 41, IV, do Código Civil, tem natureza jurídica de autarquia.

19) Conselho de profissões regulamentadas:

Você deve estar se perguntando: por que o Armando considera importante tratar de conselhos
de fiscalização nessa aula?

A resposta é simples: porque são autarquias em regime especial, matéria abrangida pelo
tema administração indireta, presente em diversos concursos públicos.
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Você não precisar conhecer o funcionamento do Conselho Federal de Medicina ou do


Conselho Federal de Engenharia, que são exemplos de conselhos de profissões
regulamentadas, mas tem que saber que esses conselhos são enquadrados como
autarquias, exceto a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB.

Portanto, se a banca afirmar numa prova que todos os conselhos de profissões são
classificados como autarquias, essa assertiva estará errada, pois a OAB, em que pese ser
conselho de profissão, não é considerada pelo STF como autarquia. Os demais conselhos
são autarquias.

De acordo com o STF, a OAB é uma pessoa jurídica de direito público, porém, não se
enquadra com autarquia, motivo pelo qual não integra a administração indireta, não
sendo obrigada a realizar concursos públicos nem a prestar contas ao TCU (ADI 3026/DF).

(CESPE/2009/PC-PB/DELEGADO) A OAB, conforme entendimento do STF, é uma


autarquia pública em regime-especial e se submete ao controle do TCU. (errada)

(ANALISTA JUDICIÁRIO/TER-GO/2009/CESPE) De forma geral, as autarquias


corporativas, como a OAB e os demais conselhos de profissões regulamentadas, devem
prestar contas ao Tribunal de Contas da União (TCU), fazer licitações e realizar
concursos públicos para suas contratações. (errada)

(CESPE/2009/PC-PB/Delegado) Os conselhos de profissões regulamentadas, como o


CREA e o CRM, são pessoas jurídicas de direito privado. (errada)

Dessa forma, para fazer o ponto na prova: os conselhos de profissão são autarquias,
exceto a OAB4.

Você deve aplicar aos conselhos de profissões regulamentadas todas as características e as


prerrogativas das autarquias que a seguir serão revisadas, ressalvando-se apenas uma
particularidade: os servidores dos conselhos de profissões federais não são regidos pela
Lei 8.112/90, mas sim pelo regime trabalhista (CLT), de acordo com a Lei 9.649/98 (ADI
1.717-DF).

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Ressaltou-se a diferença entre a OAB e os demais conselhos profissionais a justificar o seu tratamento
diferenciado, uma vez que aquela não está voltada exclusivamente a finalidades corporativas, mas
também a defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os direitos
humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e
pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas.

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Atenção para esse último detalhe (regime trabalhista dos conselhos), pois se a banca afirmar
que todas as autarquias federais são regidas pela Lei 8.112/90, essa assertiva está
equivocada, pois os conselhos profissionais não são, além de outras autarquias cujo
respectivo ente público optou pelo regime celetista, conforme será estudado oportunamente.

8. (FCC/2010/SEFAZ-SP/Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas)


Fundações instituídas e mantidas pelo poder público sujeitam-se ao mesmo regime das
autarquias, exceto no que diz respeito ao processo seletivo de pessoal.

No início da aula, demonstrei para você que na administração pública existem duas fundações:
fundação pública de direito público e fundação pública de direito privado.

Na verdade, muitos alunos ficam com dúvidas quanto à existência dessas duas fundações
quando fazem a leitura do art. 37, XIX, CF: “somente por lei específica poderá ser criada
autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação”.

Observe que o legislador constituinte faz menção à autorização para criação de fundação, o
que conduz o aluno a entender que só existe a fundação pública de direito privado, pois para
ser pública deveria ser criada por lei específica.

Ocorre que doutrina e jurisprudência majoritárias admitem a existência de duas fundações:


uma criada por lei específica (fundação pública de direito público) e outra cuja criação é
autorizada por lei específica (fundação pública de direito privado).

Relativamente à fundação pública de direito público, sua semelhança com as autarquias é


enorme, tanto que alguns doutrinadores a denominam de fundações autárquicas.

(CESPE/ PAPILOSCOPISTA PF/1997) Na organização da administração pública


brasileira, as fundações públicas de direito público são tidas como entes de natureza
autárquica. (correta)

(CESPE/ DELEGADO PF/1997) A doutrina administrativa mais recente firmou o


entendimento de que todas as fundações instituídas ou mantidas pelo poder público têm
natureza de autarquia. (errada)

Dessa forma, o que eu disse nas questões relacionadas às autarquias será aplicável a
essas fundações, inclusive no que se refere à seleção de pessoal: concurso público de
provas ou provas e títulos. Por isso, está errada a assertiva apresentada.
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Para confirmar essa minha afirmação, veja a questão abaixo:

(CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT 6ª/2002) As fundações de direito público têm a


mesma natureza das autarquias: desfrutam dos privilégios do processo especial de
execução e possuem prazos dilatados em juízo e imunidade tributária relativas aos
impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços. (correta)

Nas provas, as bancas identificam e exploram duas diferenças indicadas pela doutrina entre as
autarquias e as fundações autárquicas:

I) Enquanto a fundação pública é uma universalidade de bens personificada (personalizada),


a autarquia é serviço público personificado.

(ESAF/ANALISTA MPU/2004) O serviço público personificado, com personalidade


de direito público, e capacidade exclusivamente administrativa, é conceituado
como sendo um(a):
a) empresa pública; b) órgão autônomo; c) entidade autárquica;
d) fundação pública; e) sociedade de economia mista

II) As autarquias são criadas para o exercício de funções típicas do Estado, enquanto as
fundações autárquicas exercem funções típicas e atípicas.

Portanto, como você já conhece as principais características das autarquias e das fundações
públicas de direito público, a partir desse momento iniciaremos um breve estudo das
fundações públicas de direito privado.

Fundações públicas de direito privado

O conceito apresentado pelo Decreto-lei 200/67, em seu art. 5º, IV, é o seguinte: “entidade
dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em
virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam
execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa,
patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento
custeado por recursos da União e de outras fontes”.

Agora, um conceito mais simples: pessoa jurídica de direito privado, de natureza


administrativa, integrante da Administração Indireta, cuja criação é autorizada por lei
específica, com patrimônio destinado para a execução de atividades de caráter social.

Vamos então às principais características:

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- Personalidade jurídica: pessoa jurídica de direito privado.

- Criação, extinção e organização: a lei específica, de iniciativa do Chefe do Poder


Executivo, autorizará a sua criação e a sua extinção, cabendo ao decreto também do
Chefe do Executivo definir a sua organização. É interessante reiterar que as pessoas
jurídicas de direito público, como as autarquias e as fundações autárquicas, adquirem
personalidade jurídica (“nascem”) no momento de vigência da lei instituidora. Já as pessoas
jurídicas de direito privado, que é o caso das fundações públicas de direito privado, adquirem
personalidade jurídica com a inscrição de seus atos constitutivos (estatuto) no registro
próprio (cartórios de pessoas jurídicas).

- Patrimônio: bens privados, sendo impenhoráveis aqueles destinados às suas


finalidades.

- Objetivos: assistência social, assistência médica e hospitalar, educação, ensino, pesquisa e


atividades culturais. Destacando que fundações não exercem atividades econômicas. Nos
termos da parte final do art. 37, XIX, CF, caberá à lei complementar definir as áreas de
atuação dessas fundações. Essa LC ainda não foi aprovada (há projeto em tramitação).

(ESAF/AFC/STN/2000) A espécie organizacional da Administração Pública Indireta


que deve ter sua área de atuação definida em lei complementar é:
a) empresa pública; b) órgão autônomo; c) autarquia;
d) fundação; e) sociedade de economia mista.

(FUNIVERSA/2009/ADASA/Advogado) A autarquia deve ter sua área de atuação


definida em lei complementar. (errada)

- Regime de trabalho: celetista.

- Prerrogativas: em regra não possui privilégios. Uma prerrogativa garantida consta do art.
150, §2º, da CF, que lhe confere a imunidade tributária relativamente a impostos sobre
patrimônio, renda ou serviços, desde que vinculadas às suas atividades essenciais. Isso por
que a CF, nesse ponto, não faz qualquer ressalva relativamente às fundações públicas de
direito público e às de direito privado, apenas se referindo a fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público. Outro privilégio diz respeito à impenhorabilidade de bens informada acima.

- Regime jurídico: o regime jurídico será de direito privado, com incidência de regras de
direito público (por ex: obrigatoriedade de realizar concurso público e licitação). Daí dizer-se
que seu regime jurídico é híbrido, como ocorre com as sociedades de economia mista e as
empresas públicas.
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(FCC - 2010 - AL-SP - Agente Técnico Legislativo Especializado - Direito) A respeito


das entidades integrantes da Administração indireta, é correto afirmar que
a) as autarquias, as fundações, as empresas públicas e as sociedades de economia
mista estão sujeitas ao regime jurídico de direito público.
b) as empresas públicas e as sociedades de economia mista sujeitam-se ao regime de
direito privado, exceto no que diz respeito às obrigações tributárias e trabalhistas.
c) as autarquias possuem as mesmas prerrogativas das pessoas jurídicas públicas
políticas, exceto no que diz respeito à penhorabilidade de seus bens.
d) as sociedades de economia mista são constituídas de acordo com as regras do
direito privado e submetem- se à legislação trabalhista, tributária, civil e societária,
porém a sua criação depende de prévia autorização legislativa.
e) todas elas submetem-se ao mesmo regime jurídico das entidades integrantes da
Administração direta, exceto para as empresas públicas e as sociedades de economia
mista no que diz respeito ao regime trabalhista de seus empregados, que é o mesmo
aplicável às empresas privadas.

9. (FCC - 2010 - TCM-CE - Analista de Controle Externo - Inspeção de Obras Públicas) As


sociedades de economia mista e as empresas públicas
a) estão sujeitas ao mesmo regime jurídico das empresas privadas, inclusive no que diz
respeito a matéria tributária e trabalhista.
b) não estão submetidas ao princípios da Administração pública, exceto quando prestadoras
de serviço público.
c) sujeitam-se ao regime jurídico de direito público, quando prestadoras de serviço público, e
ao regime de direito privado, quando exploradoras de atividade econômica.
d) sujeitam-se ao mesmo regime jurídico das fundações públicas, exceto no que diz respeito à
matéria de pessoal.
e) estão sujeitas ao mesmo regime jurídico das empresas privadas, exceto no que diz respeito
a matéria tributária e trabalhista.

A questão trata das empresas públicas e sociedades de economia mista.

Em virtude das semelhanças entre essas duas pessoas jurídicas integrantes da administração
indireta, será possível estudá-las em conjunto.

- Personalidade jurídica: pessoa jurídica de direito privado.

(FUNIVERSA/2009/ADASA/ADVOGADO) As empresas públicas são pessoas jurídicas


de direito público, integrantes da Administração Indireta. (errada)

(OAB CESPE 2009 EXAME DE ORDEM 2009) A Caixa Econômica Federal é pessoa
jurídica de direito público interno. (errada)

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(CESPE 2009/DETRAN-DF/Auxiliar de Trânsito) As autarquias e as empresas


públicas são pessoas jurídicas de direito público e integram a administração indireta.
(errada)

(CESPE 2009/MMA/Agente Administrativo) As empresas públicas e as sociedades de


economia mista têm personalidade jurídica de direito privado, o que, nesse aspecto, as
torna diferentes das autarquias, qualificadas como pessoas jurídicas de direito público.
(correta)

- Criação, extinção e organização: a lei específica, de iniciativa do Chefe do Poder


Executivo, autorizará a criação e a extinção, cabendo ao decreto, também do Chefe do
Executivo, definir a organização.

(MIN. DA SAÚDE/ANALISTA ADMINISTRATIVO/CESPE 2010) As sociedades de


economia mista sob o controle da União devem ser criadas por lei. (errada)

(CESPE 2007/TCU/ACE) Embora o BNDES, que é empresa pública, tenha sido


instituído mediante lei federal, ele pode ser extinto mediante decreto do presidente da
República, independentemente da edição de lei autorizativa (adaptada). (errada)

Sendo pessoas jurídicas de direito privado, a aquisição da personalidade jurídica


(“nascimento”) ocorrerá, após a autorização legislativa, com o registro dos atos
constitutivos no órgão competente (Cartório ou Junta Comercial).

(TJAL/JUIZ DE DIREITO/2008/CESPE) As empresas públicas necessitam, para sua


instituição, de autorização legislativa e da transcrição dos seus atos constitutivos no
cartório competente. (correta)

(TJ/RJ/ANALISTA/2008/CESPE) As sociedades de economia mista são criadas por lei


específica, devendo registrar os seus atos constitutivos em cartório como forma de
aquisição de personalidade jurídica. (errada)

(CESPE 2009/ANATEL/Nível superior) Empresas públicas são pessoas jurídicas de


direito privado criadas mediante autorização legal, integrantes da administração indireta
do Estado. (correta)

- Patrimônio: os bens são privados, conforme art. 98 do Código Civil.

Quanto à possibilidade de penhora desses bens, raciocine da seguinte maneira na prova: os


bens das empresas públicas e das sociedades de economia mista exploradoras de
atividades econômicas são penhoráveis; já os bens das prestadoras de serviços públicos
vinculados à prestação do serviço público serão impenhoráveis. Essa é a posição que
predomina no STF e no STJ.

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(TRF5/JUIZ/2009/CESPE) A penhora de bens de sociedade de economia mista


prestadora de serviço público pode ser realizada ainda que esses bens sejam
essenciais para a continuidade do serviço. (errada)

- Objetivos: prestação de serviços públicos e exploração de atividades econômicas (nos


casos de segurança nacional ou relevante interesse público).

Enquanto as autarquias e as fundações públicas (seja de direito público ou de direito


privado) não podem exercer atividades econômicas, empresas públicas e sociedades de
economia mista podem. É por meio dessas entidades que o Estado explora as atividades
econômicas. Leia com atenção o art. 173 da CF abaixo reproduzido:

“Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de


atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos
da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei”.

Dessa forma, de acordo com referido dispositivo constitucional, a exploração direta de


atividade econômica pelo Estado, que se dá por intermédio dessas entidades, será permitida
em duas situações: quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante
interesse coletivo.

Ocorre que empresas públicas e sociedades de economia mista, em regra, são criadas para a
prestação de serviços públicos.

Portanto, dois são os objetivos dessas entidades: prestação de serviço público e exploração
de atividade econômica.

- Regime de trabalho: celetista (seus empregados ocupam emprego público).

(MIN. DA SAÚDE/ANALISTA ADMINISTRATIVO/CESPE 2010) As empresas públicas e


as sociedades de economia mista são entidades integrantes da administração indireta,
portanto, aos seus funcionários aplica-se o regime jurídico dos servidores públicos
civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. (errada)

(CESPE 2007/TCU/ACE) Os empregados do BNDES, que é empresa pública federal,


são servidores públicos federais e, portanto, a eles se aplica o regime jurídico
estabelecido na Lei n.º 8.112/1990 (adaptada). (errada)

(OAB CESPE 2009 EXAME DE ORDEM 2009) As empresas públicas, cujos funcionários
são regidos pelo regime dos servidores públicos da União, são criadas por meio de
decreto do presidente da República. (errada)

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- Falência: não estão sujeitas à falência, seja prestadora de serviço público ou exploradora de
atividade econômica. Na verdade, nenhuma entidade integrante da administração indireta
está sujeita à falência. Nesse sentido foi elaborada a questão abaixo:

(CESPE/ TÉCNICO JUDICIÁRIO TST/2003) As sociedades de economia mista que


explorem atividades econômicas vinculam-se ao regime jurídico próprio das empresas
privadas, inclusive quanto a direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e
tributários, estando sujeitos à falência. (errada)

(CESPE 2007/SEGER/Analista) As empresas públicas, apesar de serem pessoas


jurídicas de direito privado, não estão sujeitas à falência. (correta)

- Prerrogativas: as exploradoras de atividades econômicas não possuem qualquer


privilégio. Tanto é assim que a CF no já citado art. 173, 1º, II, sujeita-as ao regime jurídico
próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais,
trabalhistas e tributários. Na mesma linha, preceitua o §2º do art. 173 da CF/88 que tais
entidades não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos ao setor privado.

(OAB CESPE 2009 EXAME DE ORDEM 2009) O Banco do Brasil S.A., na qualidade de
sociedade de economia mista controlada pela União, goza de privilégios fiscais não
extensivos ao setor privado. (errada)

Quanto a essa última frase muito cuidado! A CF não diz que elas não podem gozar de
privilégios fiscais! Elas poderão sim gozar destes benefícios desde que sejam estendidos às
demais empresas do setor privado.

(CESPE/ ADVOGADO/ PETROBRÁS/2001) Sendo a PETROBRÁS entidade


exploradora e atividade empresarial, sujeita-se ao mesmo regime jurídico aplicável às
empresas privadas, podendo, inclusive, beneficiar-se de incentivos fiscais. (correta)

(FCC - 2010 - Casa Civil - SP - Executivo Público) É certo que, as Sociedades de


Economia Mista
a) somente podem ser instituídas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal,
vedada a sua criação pelos Municípios.
b) têm como objeto a prestação de uma atividade econômica empresarial, vedada a
realização de atividade pública.
c) embora pertencendo à Administração direta, ostentam estrutura e funcionamento de
empresa particular.
d) não têm, por natureza, qualquer privilégio estatal, só auferindo as prerrogativas
administrativas, tributárias e processuais concedidas especificamente na lei
criadora ou em dispositivos especiais.
e) possuem capital exclusivamente privado e direção exclusiva do ente estatal ao qual
estão subordinadas.

Diferentemente é a situação das prestadoras de serviços públicos, às quais não se aplica


o conteúdo do art. 173 da CF, mas sim o do art. 175. Essas são regidas predominantemente

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pelo regime jurídico de direito público, motivo pelo qual fazem jus a algumas prerrogativas,
conforme inclusive vem reiteradamente decidindo o STF.

Foi assim, por exemplo, no julgamento do RE 407099/RS, em que o STF estendeu para os
Correios, que é empresa pública federal prestadora de serviços públicos, a imunidade tributária
recíproca de que trata o art. 150, VI, “a”, CF, c/c o §2º do mesmo artigo (imunidade de impostos
sobre patrimônio, renda ou serviços, desde que vinculados às suas atividades essenciais).

- Regime jurídico: o regime jurídico será híbrido (direito privado + direito público). Quando
prestadoras de serviços públicos, predominam as normas de direito público; quando
exploradoras de atividades econômicas, predomínio das normas de direito privado.

(FUNIVERSA/2009/ADASA/ADVOGADO) No entendimento do Supremo Tribunal


Federal, as empresas públicas prestadoras de serviços públicos têm natureza jurídica
de fundação pública. (errada)

(FUNIVERSA/2009/ADASA/ADVOGADO) As sociedades de economia mista que


explorem atividade econômica estão sujeitas somente às normas de direito privado.
(errada)

Dependendo do objetivo social escolhido haverá mudança no regime jurídico.

As autarquias e as fundações públicas de direito público são regidas pelo regime jurídico
administrativo (ou regime jurídico de direito público).

Já o regime jurídico das fundações públicas de direito privado, das empresas públicas e das
sociedades de economia mista será híbrido (normas de direito público + normas de direito
privado).

Basta você pensar na Caixa Econômica Federal, empresa pública federal, que apesar de ser
regida por normas de direito privado, pois sua personalidade jurídica é de direito privado,
submete-se a algumas normas de direito público, como, por exemplo, obrigatoriedade de
realizar concursos públicos e licitações.

(CESPE/DELEGADO PF/1997) As empresas públicas e as sociedades de economia


mista não se regem integralmente pelas normas de direito privado. (correta)

Quanto ao regime jurídico das empresas públicas e das sociedades de economia mista é
preciso ainda distinguir se prestadoras de serviços públicos ou exploradoras de atividades
econômicas.

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Em ambos os casos o regime jurídico será híbrido (público + privado). Contudo, se


prestadoras de serviços públicos, serão enquadradas no art. 175 da
CF, sendo suas atividades regidas predominantemente por normas de direito público. Se
exploradoras de atividades econômicas, enquadram-se no art. 173 da CF, com
predominância das normas de direito privado.

A propósito, veja a redação desse art. 173 da CF:

“A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública e da sociedade de


economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de
produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
I – sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto
aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
III – licitação e contração de obras, serviços, compras e alienações, observados os
princípios da administração pública;
IV – a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a
participação de acionistas minoritários.
V – os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.

(CESPE 2009/TCU/Técnico Federal de Controle Externo) As sociedades de economia


mista que exploram atividade econômica não se submetem à exigência constitucional
do concurso público e, quanto às obrigações trabalhistas, sujeitam-se ao regime
próprio das empresas privadas. (errada)

(CESPE/TST/TÉCNICO JUDICIÁRIO) As sociedades de economia mista que explorem


atividades econômicas vinculam-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas,
inclusive quanto a direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários,
estando sujeitas à falência. (errada)

O estatuto dessas entidades exploradoras de atividade econômica ainda não foi criado.
Conforme consta do art. 173, a sua criação depende da aprovação de uma lei, que ainda não
existe.

Sobre esse art. 173, veja a questão abaixo:

(ESAF/AFRF/2003) A Constituição Federal prevê a edição do estatuto jurídico da


empresa pública e da sociedade de economia mista que explorem atividade econômica.
No conteúdo da referida norma jurídica, conforme o texto constitucional, não está
previsto dispor sobre:
a) licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os
princípios da administração pública.
b) constituição e o funcionamento dos conselhos de administração fiscal, com a
participação dos acionistas minoritários.
c) a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusiva quanto aos
direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários.
d) sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade.

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e) forma de distribuição de seus resultados, inclusive para os acionistas


minoritários.

É muito importante que você grave que esse art. 173 só se aplica às exploradoras de
atividade econômica.

Agora dê uma nova lida no inciso III desse art. 173 e analise a questão abaixo:

(ESAF/PFN/2003) Conforme a norma constitucional, a empresa pública exploradora de


atividade econômica terá um tratamento diferenciado quanto às regras de licitação.
(correta)

Contudo, enquanto a lei não for aprovada criando o referido estatuto, tanto as prestadoras de
serviços públicos como as exploradoras de atividades econômicas, no que concerne à licitação
e à contratação, observarão a Lei 8.666/93.

(FCC/2010/PGE-AM/Procurador) O regime jurídico das empresas públicas e


sociedades de economia mista que desempenham atividade econômica em
sentido estrito estabelece que
a) a nomeação de seus dirigentes deve se dar na forma de seu estatuto social, podendo
a lei condicionar tal nomeação à ratificação pelo Poder Legislativo.
b) seus bens são considerados de natureza pública, motivo pelo qual não estão
sujeitos à constrição judicial.
c) a remuneração de seus agentes não está sujeita ao teto constitucional, a menos
que a entidade receba recursos orçamentários para pagamento de despesa de
pessoal ou de custeio em geral. (art. 37, §9º, CF)
d) essas entidades devem assumir necessariamente a forma de sociedade anônima.
e) a licitação e a contratação de obras, serviços, compras e alienações não precisam
observar os princípios da Administração Pública.

Com base nas explicações apresentadas, vamos resolver a questão proposta:

a) estão sujeitas ao mesmo regime jurídico das empresas privadas, inclusive no que diz
respeito a matéria tributária e trabalhista. (resposta correta: art. 173, §1º, CF)

b) não estão submetidas aos princípios da Administração pública, exceto quando prestadoras
de serviço público. (seja prestadora de serviço público ou exploradora de atividade econômica,
estão sujeitas aos princípios da Administração Pública)

c) sujeitam-se ao regime jurídico de direito público, quando prestadoras de serviço público, e


ao regime de direito privado, quando exploradoras de atividade econômica. (serviço público:
regime jurídico predominantemente de direito público; atividade econômica: regime jurídico
predominantemente de direito privado)

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d) sujeitam-se ao mesmo regime jurídico das fundações públicas, exceto no que diz respeito
à matéria de pessoal. (depende da fundação pública adotada, se de direito público ou de
direito privado; além disso, todas as entidades da administração indireta observam as regras
de concurso público)
e) estão sujeitas ao mesmo regime jurídico das empresas privadas, exceto no que diz respeito
a matéria tributária e trabalhista. (inclusive)

10. (FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário - Área Judiciária) As
empresas públicas podem adotar qualquer forma societária, inclusive a forma de sociedade
"unipessoal".

Existem diferenças entre empresa pública e sociedade de economia mista envolvendo


composição do capital, forma jurídica e foro dos litígios.

Só com essa informação você responderia a seguinte questão de concurso:

(PGE/ES/PROCURADOR/CESPE/2008) A única diferença entre sociedade de


economia mista e empresa pública é a composição do capital. (errada)

Vamos analisar cada uma dessas diferenças:

1) Composição do capital:

Para entender essa parte da matéria eu peço para meus alunos pensarem na empresa pública
Caixa Econômica Federal e na sociedade de economia mista Banco do Brasil.

Pergunto: você pode comprar ações da CEF? E do Banco do Brasil?

Você não poderá adquirir ações da CEF, mas poderá comprar as do BB, justamente em função
da composição do capital dessas entidades. A sociedade de economia mista é formada
obrigatoriamente pela conjugação do capital privado com o público. Já o capital da
empresa pública é inteiramente público (pertencente a integrantes da administração
publica).

Por isso, é comum encontrar a afirmação de que o capital da empresa pública é


exclusivamente público, significando que sua origem é exclusivamente de entidades
integrantes da administração pública (entes federados: União, Estados, DF e Municípios; e

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pessoas administrativas: autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de


economia mista).

(PGE/PB/PROMOTOR/2008/CESPE) Constitui elemento diferenciador entre sociedade


de economia mista e empresa pública o(a)
a) regime jurídico de pessoal.
b) composição do capital.
c) patrimônio.
d) natureza da atividade.
e) forma de sujeição ao controle estatal.

(CESPE/PROCURADOR INSS/1998) Uma empresa pública é constituída de capital


exclusivamente público, embora esse capital possa pertencer a mais de um ente.
(correta)

(FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário - Área Judiciária) No que
concerne ao tema sociedades de economia mista e empresas públicas, é
INCORRETO afirmar:
a) O pessoal das empresas públicas e das sociedades de economia mista são
considerados agentes públicos, para os fins de incidência das sanções previstas na Lei
de Improbidade Administrativa.
b) As sociedades de economia mista apenas têm foro na Justiça Federal quando a União
intervém como assistente ou opoente ou quando a União for sucessora da referida
sociedade.
c) Ambas somente podem ser criadas se houver autorização por lei específica, cabendo
ao Poder Executivo as providências complementares para sua instituição.
d) No capital de empresa pública, não se admite a participação de pessoa jurídica de
direito privado, ainda que integre a Administração Indireta.
e) As empresas públicas podem adotar qualquer forma societária, inclusive a forma de
sociedade "unipessoal".

O capital votante majoritário da empresa pública será obrigatoriamente da pessoa


política instituidora, podendo o capital remanescente pertencer a outra(s) pessoa(s)
política(s) e/ou a quaisquer entidades da administração indireta. Quando houver capital de
mais de uma entidade a empresa pública será pluripessoal.

Quanto a essa última informação, há uma particularidade interessante nas empresas públicas:
elas podem ser unipessoais, quando o capital pertencer exclusivamente à pessoa política
instituidora. Tome como exemplo os CORREIOS. A única “dona” dos CORREIOS é a União.
O mesmo acontece com a CEF, cujas quotas pertencem na integralidade à União.

Portanto, uma parte da assertiva ora comentada está correta, pois afirma que as empresas
públicas podem ser unipessoais.

No caso das sociedades de economia mista, conforme já dito, haverá conjugação de capital
público com o da iniciativa privada, devendo o capital votante majoritário permanecer nas

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mãos da pessoa política instituidora ou de pessoa administrativa integrante de sua


administração indireta.

2) Forma jurídica:

Enquanto as sociedades de economia mista só podem ser criadas como sociedades


anônimas, as empresas públicas podem ser instituídas sob qualquer forma admitida no
ordenamento jurídico, inclusive sociedade anônima. Com essa afirmação podemos
concluir que a assertiva apresentada está correta.

(FUNIVERSA/2009/ADASA/ADVOGADO) As sociedades de economia mista são


criadas por lei específica, sob a forma de sociedade anônima, com participação
obrigatória de capital privado e público. (errada)

(CESPE/ANATEL/ Nível superior) Criadas mediante autorização legal sob a forma de


sociedade anônima, as sociedades de economia mista integram a administração indireta
do Estado. (correta)

(POLÍCIA FEDERAL/2009/CESPE) A empresa pública e a sociedade de economia


mista podem ser estruturadas mediante a adoção de qualquer uma das formas
societárias admitidas em direito. (errada)

(DPU/ANALISTA ADMINISTRATIVO/CESPE 2010) A empresa pública é pessoa jurídica


de direito privado organizada exclusivamente sob a forma de sociedade anônima.
(errada)

(ESAF/PROCURADOR FORTALEZA/2002) É possível, na esfera federal, uma empresa


pública ser organizada sob a forma de sociedade anônima, sendo a União Federal sua
única proprietária. (correta)

(ESAF/PFN/2003) Admite-se, na esfera federal, uma empresa pública, sob a forma de


sociedade anônima, com um único sócio. (correta)

(FUNIVERSA/2009/ADASA/ADVOGADO) As empresas públicas são instituídas pelo


Poder Público, mediante autorização de lei específica, sob qualquer forma jurídica e com
capital exclusivamente público. (correta)

(DPU/ANALISTA ADMINISTRATIVO/CESPE 2010) A sociedade de economia mista


pode ser organizada sob quaisquer das formas admitidas em direito. (errada)

Inclusive, quanto às empresas públicas federais, como é da competência da União legislar


sobre direito civil e comercial (art. 22, I, CF), é possível a sua criação sob novas formas
jurídicas.

3) Foro dos litígios:

A terceira diferença entre essas entidades diz respeito ao foro dos litígios, ou seja, em que
juízo deve ser ajuizada uma ação em que uma dessas pessoas jurídicas seja parte.
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Vou ressaltar que todo o meu raciocínio a partir de agora será desenvolvido adotando como
referência pessoas jurídicas da administração federal, pois é o que vai interessar para seu
concurso.

Não sei se na sua cidade tem Fórum. Se existir, você poderá afirmar que no seu município tem
Justiça Estadual.

Agora, em muito menos cidades existe a Justiça Federal. O que eu posso lhe afirmar é que
existe em todas as capitais.

Uma terceira “Justiça” será interessante para nosso estudo: a Justiça do Trabalho.

Portanto, nas questões de provas envolvendo administração pública e foro processual, pense
nessas três “Justiças” que será suficiente.

Nesse ponto do nosso estudo, não me limitarei apenas às empresas públicas e sociedades de
economia mista, mas também trarei para análise as demais entidades da administração
indireta, pois as bancas exploram bem esse tema.

De início, faça a seguinte divisão: ações que envolvam discussões sobre relação laboral
(sobre relação de trabalho, como exemplo, ações pleiteando pagamento de férias, 13º, horas
extras, etc...) e demais ações (ações de dano moral, de ressarcimento, etc...).

Vou buscar facilitar ao máximo o entendimento...

Se o regime de trabalho da entidade for celetista, as ações trabalhistas serão julgadas na


Justiça do Trabalho. Portanto, um empregado da Caixa Econômica Federal (empresa
pública), deve propor uma ação na Justiça do Trabalho para pleitear horas extras não pagas.

Aqui você deve lembrar que todas as pessoas jurídicas de direito privado integrantes da
administração indireta são celetistas (fundações públicas de direito privado, empresa
públicas e sociedades de economia mista).

Portanto, quanto às ações trabalhistas, não há diferença entre empresa pública e


sociedade de economia mista.

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Agora, se o regime for estatutário (somente pessoas jurídicas de direito público), as ações que
envolvam relação laboral serão julgadas na Justiça Federal. Lembrando aqui que apenas estou
considerando entidades da administração pública federal. Portanto, se determinado Polícia
Federal pretender pleitear diferenças em suas remunerações, deverá propor a ação na Justiça
Federal. Serão estatutários, em regra, os servidores das autarquias e das fundações
autárquicas (sem contar nos servidores das pessoas políticas).

(CESPE/PROCURADOR INSS/1998) São processadas e julgadas na justiça federal as


ações propostas por servidores contra as empresas públicas federais com as quais
mantenham relação jurídica laboral. (Gabarito: errada, pois deverão ser propostas na
Justiça do Trabalho)

Será também da Justiça Federal a competência para julgamento das ações envolvendo
temporários e União, autarquias e fundações autárquicas federais.

Até aqui sem problemas? Qualquer dúvida, tente buscar a solução com novas leituras do texto.
Se não conseguir, estarei à disposição no fórum do site.

Vamos agora esquecer as ações trabalhistas e pensar nas demais ações. Nesse ponto surgirá
a diferença entre empresa pública e sociedade de economia mista federais.

Veja o que diz o art. 109 da CF:

Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:


I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem
interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de
falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do
Trabalho;

Observe que o constituinte não fez referência às sociedades de economia mista. Enquanto as
empresas públicas, juntamente com a União e as autarquias (aqui podemos incluir
também as fundações públicas de direito público), serão julgadas pela Justiça Federal,
as sociedades de economia mista serão julgadas pela Justiça Estadual (“Fórum”).

(AFPS/INSS/2002) A entidade da Administração Pública Federal, com personalidade


jurídica de direito privado, que é submetida ao controle jurisdicional na Justiça Federal
de Primeira Instância, nas ações em que figure como autora ou ré, quando não se tratar
de falência, acidente de trabalho, questão eleitoral e matéria trabalhista, é a :
a) autarquia. b) empresa pública. c) fundação pública.
d) sociedade de economia mista. e) fazenda pública.

(CESPE 2007/SEGER/Analista) As sociedades de economia mista federais foram


contempladas com o foro processual da justiça federal. (errada)

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(SEFAZ/AC/AUDITOR/2009/CESPE) Uma ação judicial proposta contra uma empresa


pública federal deverá ser julgada pela justiça comum estadual. (Gabarito: errada)

Segue um quadro resumo de diferenças:

Empresas Públicas Soc. de Economia Mista


Capital público público + privado
Forma jurídica qualquer forma jurídica sociedade anônima
Foro dos litígios
Ações trabalhistas Justiça do Trabalho Justiça do Trabalho
Demais ações Justiça Federal Justiça Estadual

SIMULADO SOBRE ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA

01) A personalidade jurídica do Estado brasileiro pode ser de direito público ou de direito
privado, caso atue, respectivamente, no campo do Direito Público ou no do Direito Privado,
pois a teoria da dupla personalidade do Estado é adotada no Brasil.

02) A União possui personalidade jurídica de direito público externo.

03) Os Territórios Federais, apesar de possuírem personalidade jurídica de direito público, nos
termos do art. 41, II, do CC, não integram a Federação brasileira.

04) A Administração Centralizada é denominada de Direta e a Descentralizada de Indireta.

05) Através da centralização, o Estado atua diretamente executando suas tarefas por meio de
seus órgãos e agentes; já na descentralização, o Estado outorga ou delega a atividade a outras
entidades, atuando de forma indireta.

06) Na desconcentração, ocorre a distribuição, em uma mesma entidade, de atribuições para


outros órgãos.

07) Há hierarquia na descentralização, ao passo que controle finalístico na desconcentração.

08) Sendo as autarquias serviços públicos descentralizados, personalizados e autônomos,


acham-se integradas na estrutura orgânica do Executivo.

09) A espécie organizacional da Administração Pública Indireta que deve ter sua área de
atuação definida em lei complementar é autarquia.

10) Os contratos celebrados pelas fundações públicas devem ser precedidos de licitação,
exceto, se possuírem natureza de direito privado.

11) Após a Emenda Constitucional 19/98, ficou vedado ao Poder Público criar fundações sob
regime de direito privado.

12) Autarquias são criadas por lei específica.

13) Autarquias são pessoas jurídicas de direito privado.

14) Autarquias são pessoas administrativas integrantes da administração descentralizada.

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15) Os bens das autarquias são públicos, portanto, impenhoráveis.

16) Os bens das autarquias estão sujeitos à prescrição.

17) As autarquias possuem autonomia financeira e administrativa, mas não política.

18) As fundações governamentais têm sua área de atuação definida por lei específica.

19) As agências reguladoras só podem ser constituída sob a forma de autarquias.

20) As fundações instituídas pelo poder público, tanto as que têm personalidade jurídica de
direito público quanto as de direito privado, são criadas para a persecução interesses coletivos.

21) As agências reguladoras são autarquias sob regime especial.

22) No contexto da Administração Pública Federal, o que distingue e/ou assemelha os órgãos
da Administração Direta em relação às entidades da Administração Indireta, é que os primeiros
integram a estrutura orgânica da União e as outras não.

23) A qualificação como agência executiva pode recair tanto sobre entidade autárquica como
fundacional, integrante da Administração Pública.

24) Entre União e o Banco do Brasil, que é uma sociedade de economia mista federal, há
hierarquia.

25) Autarquias são entes administrativos autônomos, criados por lei específica, com
personalidade jurídica de Direito Público externo, patrimônio próprio e atribuições estatais
específicas.

26) As autarquias são entes autônomos, mas não são autonomias. Inconfundível é autonomia
com autarquia: aquela legisla para si; esta administra-se a si própria, segundo as leis editadas
pela entidade que a criou.

27) O conceito de autarquia é meramente administrativo; o de autonomia é precipuamente


político.

28) A autarquia é forma de descentralização administrativa, através da personificação de um


serviço retirado da Administração centralizada.

29) À autarquia pode ser outorgado serviço público típico e atividades industriais ou
econômicas, desde que de interesse coletivo.

30) Sendo a autarquia um ente autônomo, não há subordinação hierárquica para com a
entidade estatal a que pertence, mas sim mera vinculação à entidade-matriz, que, por isso,
passa a exercer um controle legal, expresso no poder de correção finalística do serviço
autárquico.

31) A autarquia, sendo um prolongamento do Poder Público, uma longa manus do Estado,
deve executar serviços próprios do Estado, em condições idênticas às do Estado, com os
mesmos privilégios da Administração-matriz e passíveis dos mesmos controles dos atos
administrativos.

32) O que diversifica a autarquia do Estado são os métodos operacionais de seus serviços,
mais especializados e mais flexíveis que os da Administração centralizada.

33) A instituição das autarquias, ou seja, sua criação, faz-se por lei complementar específica.

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34) A organização das autarquias se opera por decreto, que aprova o regulamento ou estatuto
da entidade, e daí por diante sua implantação se completa por atos da diretoria, na forma
regulamentar ou estatutária, independentemente de quaisquer registros públicos.

35) O patrimônio inicial das autarquias é formado com a transferência de bens móveis e
imóveis da entidade matriz, os quais se incorporam ao ativo da nova pessoa jurídica.

36) Os atos dos dirigentes das autarquias não são considerados atos administrativos.

37) Os contratos das autarquias estão sujeitos à licitação.

38) O controle das autarquias realiza-se na tríplice linha política, administrativa e financeira,
mas todos esses controles adstritos aos termos da lei que os estabelece.

39) Em função da autonomia administrativa das autarquias, não é possível a nomeação de


seus dirigentes pelo Executivo.

40) As agências executivas são autarquias em regime especial.

41) O controle financeiro opera nos moldes da Administração direta, inclusive através da
prestação de contas ao tribunal competente, por expressa determinação constitucional.

42) As fundações públicas são "universalidades de bens personalizadas, em atenção ao fim,


que lhe dá unidade".

43) As fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público integram a administração indireta,
podendo ter personalidade jurídica de direito público ou de direito privado.

44) As fundações públicas prestam-se à realização de atividades não lucrativas e atípicas do


Poder Público, mas de interesse coletivo, como a educação, cultura, pesquisa, sempre
merecedoras do amparo estatal.

45) Todas as fundações do Poder Público são criadas por lei específica da entidade matriz e
estruturadas por decreto, independentemente de qualquer registro.

46) Empresas públicas e sociedades de economia mista têm, exclusivamente, como objeto
institucional atividades relativas a serviços públicos.

47) As empresas públicas são criadas por lei específica.

48) As empresas públicas possuem capital exclusivamente público.

49) As empresas públicas podem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima.

50) As empresas públicas têm como objeto a exploração de atividades econômicas ou a


prestação de serviços públicos.

51) As empresas públicas que explorem atividades econômicas não estão obrigadas a licitar.

52) As empresas públicas não podem gozar de privilégios fiscais.

53) As sociedades de economia mista integram a administração indireta, podendo ser federais,
estaduais, municipais ou distritais.

54) As sociedades de economia mista são constituídas na forma de sociedade anônima.

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55) Considerando que, por disposição constitucional, compete ao MP a tutela de interesses


públicos, é indispensável a fiscalização do órgão sobre todos os atos das fundações criadas
pelo Governo, segundo reconhecem os estudiosos.

56) A entidade pública que instituiu a sociedade de economia mista responde, solidariamente,
pelas suas obrigações.

57) Empresas públicas são pessoas jurídicas de Direito Privado cuja criação é autorizada por
lei específica, com capital exclusivamente público, para realizar atividades de interesse da
Administração instituidora nos moldes da iniciativa particular, revestindo-se da forma de
sociedade anônima (S/A).

58) As empresas públicas assemelham-se às sociedades de economia mista por admitirem a


participação do capital particular.

59) As empresas públicas e as sociedades de economia mista sujeitam-se ao regime jurídico


próprio das empresas privadas, exceto quanto às obrigações trabalhistas e tributárias.

60) Quanto à contratação de obras, serviços e compras, bem como à alienação de seus bens,
a empresa pública fica sujeita a licitação nos termos da Lei 8.666/93, enquanto não
promulgada lei que confira o tratamento especial previsto na CF/88.

61) Os atos dos dirigentes de empresas públicas, no que concerne às funções outorgadas ou
delegadas pelo Poder Público, são equiparados a atos de autoridade para fins de mandado de
segurança, e, quando lesivos do patrimônio da entidade, sujeitam-se à anulação por ação
popular.

62) As empresas públicas não possuem, por natureza, qualquer privilégio administrativo,
tributário ou processual, só auferindo aqueles que a lei instituidora ou norma especial
expressamente lhes conceder.

63) As sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de Direito Público, com
participação do Poder Público e de particulares no seu capital e na sua administração, para a
realização de atividade econômica ou serviço de interesse coletivo outorgado ou delegado pelo
Estado.

64) As sociedades de economia mista revestem-se da forma das empresas particulares,


porém, por integram a Administração Pública, não admitem lucro.

65) A doutrina é pacífica ao afirmar que toda participação estatal converte o empreendimento
particular em sociedade de economia mista.

66) O regime de pessoal das entidades integrantes da Administração Indireta é o dos


empregados de empresas privadas, sujeitos à CLT; não obstante, ficam sujeitos a concurso
público, salvo para os cargos ou funções de confiança.

67) O objeto da sociedade de economia mista tanto pode ser um serviço público ou de utilidade
pública como uma atividade econômica empresarial.

68) A sociedade de economia mista adquire personalidade jurídica com a entrada em vigor da
lei que autorizou sua instituição.

69) A sociedade de economia mista exploradora de atividade econômica está sujeita à falência.

70) O capital da empresa pública é exclusivamente público, mas pode pertencer a uma ou mais
entidades.

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71) Em relação ao capital da empresa pública federal, não há mais obrigatoriedade de que ele
pertença exclusivamente à União; outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem
como entidades da Administração Indireta da própria União, dos Estados, do DF e dos
Municípios dele podem participar, desde que a maioria do capital votante permaneça com a
União.

72) As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios
fiscais não extensivos às do setor privados.

73) A Justiça Federal é competente para apreciar as causas em que as empresas públicas e
sociedades de economia mista da União forem interessadas

74) A Justiça Federal é competente para apreciar todas as causas em que as empresas
públicas da União forem interessadas.

75) Os litígios trabalhistas envolvendo os empregados e empresa pública da União serão


decididos pela Justiça Federal.

76) A Constituição Federal prevê a edição do estatuto jurídico da empresa pública e da


sociedade de economia mista que explorem atividade econômica. No conteúdo da referida
norma jurídica, conforme o texto constitucional, não está previsto dispor sobre forma de
distribuição de seus resultados, inclusive para os acionistas minoritários.

77) As empresas públicas e sociedades de economia mista, no contexto da Administração


Pública Federal, detêm alguns aspectos e pontos em comum, juridicamente, mas entre os que
lhes são diferentes destaca-se o foro de controle jurisdicional.

78) O regime jurídico dos servidores de empresas públicas poderá ser trabalhista ou
estatutário.

79) Somente por lei específica pode ser autorizada a criação de empresa pública e de
sociedade de economia mista, mas a criação de suas subsidiárias prescinde de autorização
legislativa;

80) A participação da sociedade de economia mista em empresa privada prescinde de


autorização legislativa.

81) Conforme a norma constitucional, as empresas públicas e as sociedades de economia


mista exploradoras de atividade econômica terão um tratamento diferenciado quanto às regras
de licitação.

82) Admite-se, na esfera federal, uma empresa pública, sob a forma de sociedade anônima,
com um único titular do capital.

GABARITO: 01) F (em qualquer hipótese, pessoa jurídica de direito pública externo), 02) F
(personalidade jurídica de direito público interno), 03) C, 04) C, 05) C, 06) C, 07) F (contrário), 08) F (o
que integra a estrutura orgânica da União são órgãos), 09) F (fundação pública de direito privado), 10) F
(independentemente da natureza, a licitação é obrigatória), 11) F (é possível a criação), 12) C, 13) F (de
direito público), 14) C, 15) C, 16) F (são bens públicos, portanto imprescritíveis, ou seja, não sujeitos à
usucapião), 17) C, 18) F (lei complementar), 19) F (não necessariamente, podem ser órgãos,
fundações...), 20) C, 21) C, 22) C, 23) C, 24) F (vinculação, tutela, controle finalístico, supervisão
ministerial), 25) F (autônomos são os entes federados; direito público interno), 26) C, 27) C, 28) C, 29) F
(não exerce atividade industrial ou econômica), 30) C, 31) C, 32) C, 33) F (lei ordinária específica), 34) C,
35) C, 36) F (são considerados), 37) C, 38) C, 39) F (a nomeação é possível, não afetando sua
autonomia), 40) F (autarquias ou fundações que assinam com o Poder Pública contrato de gestão), 41)
C, 42) C, 43) C, 44) C, 45) F (podem ser criadas por lei ou ter a criação autorizada), 46) F (atividade
econômica ou serviço público), 47) F (a lei autoriza a criação), 48) V, 49) V, 50) V, 51) F (devem licitar),
52) F (as prestadoras de serviços públicos podem), 53) V, 54) V, 55) F (não é obrigatória, pois a
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administração direta já fiscaliza por meio da tutela, 56) F (subsidiariamente), 57) F (qualquer forma
jurídica), 58) F (não admitem), 59) F (inclusive), 60) F (não qualquer empresa pública, mas sim à
exploradora de atividade econômica), 61) V, 62) V, 63) F (direito privado), 64) F (visam ao lucro), 65) F
(apenas se houver conversão por lei), 66) F (a afirmação vale apenas para empresas publicas e
sociedades de economia mista), 67) V, 68) F (com o registro do ato constitutivo), 69) F (não está sujeita),
70) V, 71) V, 72) V, 73) F (sociedade de economia mista é Justiça Estadual), 74) F (todas não; as
trabalhistas, por exemplo, Justiça do Trabalho), 75) F (Justiça do Trabalho), 76) V, 77) V, 78) F (apenas
trabalhista), 79) F (imprescinde), 80) F (imprescinde), 81) V, 82) V.

Nesse momento chego ao final dessa aula.

Grande abraço

Armando Mercadante
armandomercadante@pontodosconcursos.com.br

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