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Estudo Dirigido – Antígona

Alunos: Amanda Boldt Faulhaber de Oliveira Rabello, Henrique Yoshihiro Maeda Gushiken, Isabella
Luísa Feijó Belluco.
Turma: AN-N-B-01-Direito
Professor: Raphael Spode

Perguntas
• O edito de Creonte é legítimo?
• Antígona está questionando o princípio de legalidade ou da legitimidade do edito de Creonte?
Justifique.
• Quais valores estão em jogo no edito de Creonte? Isto é, se há alguma legitimidade, qual é, em
primeira instância, a fonte de legitimidade do edito de Creonte?
• A partir da peça “Antígona”, de onde, deriva, em última instância, a legitimidade das normas
estatais?
• Antígona poderia ser considerada uma revolucionária? O que, na verdade, Antígona está
reclamando com seu ato de “desobediência civil”?

Respostas
• O edito de Creonte é legítimo, haja vista que, Creonte, como governante, não se destoou dos
costumes e tradições morais, declarando Polinices inimigo de guerra da cidade de Tebas,
utilizando, assim, de meios legais para legitimar sua decisão, pois, o que dá legitimidade a uma
norma legal e positiva é a conexão que ela tem com uma norma moral. Só o que uma comunidade
histórica real considerar moral, pode ser legítimo legalmente. Ademais, nem sempre o que é legal
é justo e legítimo.
• A atitude de Antígona ao questionar e se contrapor ao comportamento de Creonte em relação à
sua decisão de não enterrar dignamente seu irmão, Polinices, mostra que ela acredita que a
decisão dele não é legítima. Ao passo que, o enterro é um ato que agrega os valores e princípios
da sociedade tebana na época. Dessa forma, ela julgava que os meios utilizados por Creonte
constrastava com o próprio sistema de crenças, modificando, assim, os aspectos básicos da vida
política.
• Os valores que estão em jogo no edito de Creonte são os costumes e cranças morais, tanto como o
direito à proteção à dignidade humana. Em primeira instância, a primeira fonte de legitimidade de
Creonte é a legalidade de seu poder de decisão como governante legítimo.
• A legitimidade das normas estatais derivaria, em última instância, do uso do poder ideológico,
terceira dimensão do poder, para manipular a vontade e preferência do povo, fazendo com que
queiram coisas opostas ao seu interesse próprio, isto é, o direito à dignidade, pelo direito divino,
nesse caso, ser sepultado. Dessa forma, Creonte agiu de acordo com o direito positivo que possui
um desprendimento da moral, assim, legitimando sua postura
• A protagonista da peça, Antígona, pode ser considerada revolucionária, em virtude de sua atitude
de buscar o direito natural do seu irmão de ser sepultado dignamente, como regia as leis divinas
na época.

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