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CHANCELER

A Jóia do Chanceler é um Timbre, também chamado Chancela; simboliza que ele é o Guarda
do Selo, responsável pela documentação da Loja e sua guarda. Suas atribuições são:
- Anunciar os aniversários e cumprimentar os obreiros e seus familiares. O Chanceler deve
manter um fichário atualizado com o máximo de informações sobre a família maçônica.
- Zelar pelos Livros de Presenças dos Irmãos da Loja e o dos Visitantes, quando houver, O
Livro deverá ser disponibilizado para coleta das assinaturas antes da entrada no Templo e
inicio da Sessão. Todavia se algum Ir:. não lançar sua assinatura nesta hora deverá faze-lo no
interior do Templo, quando a circulação do Livro estará a cargo do Mestre de Cerimônias.
- Manter em dia um Registro Geral dos obreiros para poder fornecer a qualquer momento, e
especialmente nas Sessões de Eleição, uma relação dos habilitados, pela freqüência, a votar.
- O Ir.. Chanceler deverá também informar da assiduidade do obreiro quanto ao número de
sessões freqüentadas, se este for candidato a elevação de Grau.
- O Ir.. Chanceler deve ter um livro onde sejam registrados os documentos nos quais aplicou
o selo, timbre, e tenha assinado. Todos os papéis da Secretaria enviados à Grande Loja e
todos os papéis destinados ao expediente da Loja devem conter estes elementos. Não deverá
todavia proceder desta forma com os documentos que devam sair da Loja quando sujeitos a
pagamento de emolumentos sem que estes estejam devidamente assinados pelo Ir.`.
Tesoureiro ou mediante apresentação do recibo de pagamento.
- Deve possuir um Livro Negro para registro dos nomes que tenham sido recusados pela
Loja, por motivo de ordem Moral, ou outros, insanáveis. Deve possuir um outro Livro onde
sejam lançados os nomes dos que foram recusados por motivos menos graves, os quais, uma
vez esclarecidos, deixarão de ser impeditivos para o ingresso em nossas colunas, obedecidos
os prazos fixados para reapresentação das Propostas. Nestes dois livros agora citados, devem
ser lançados também os nomes daqueles que tenham sido recusados por outras Lojas, e que
constam dos Boletins da Grande Loja.
- É dever do Chanceler comunicar ao Venerável, baseado nos registros de presenças, os
nomes dos membros da Administração que deverão ter seus cargos considerados vagos, em
virtude das ausências não justificadas. Esta comunicação deverá ser feita em Loja. Cabe
portanto ao Ir.. Chanceler, antes de tomar as providências descritas, providenciar o envio de
Pranchas a estes llr.. faltosos, alertando-os para as conseqüências de suas ausências. Prancha
como esta deverá ser enviada aos Obreiros regulares da Loja quando na iminência de serem
eliminados do Quadro da Loja por falta de freqüência aos trabalhos.
- Deveria ser de competência do Ir.. Chanceler comunicar ao Venerável se há ou não número
legal de obreiros para que uma Sessão pudesse ser iniciada legalmente, uma vez que o Livro
de Presenças está sob sua responsabilidade e guarda. Esta informação contudo é prestada pelo
Secretário, segundo o Ritual, no momento em que é interpelado pelo Venerável
Ao Ir.-. Chanceler compete ainda “marcar”, com o Timbre da Loja, o peito dos Neófitos no
dia de sua Iniciação. Freqüentemente o Timbre é substituído por um objeto aquecido (uma
lâmpada por exemplo), que tem efeito mais notável na mente do Neófito ainda vendado, e
deve explicar-lhe que aquele sinal, gravado sobre seu coração é indelével, ainda que
invisível.
Após as Iniciações, os Novos Irmãos são conduzidos ao seu “triângulo” para assinarem, pela
primeira vez, o Livro de Presenças da Loja. Finalmente, compete ao Ir.. Chanceler preencher
mensalmente o Quadro de Obreiros da Loja indicando os llr:. que recolhem à Grande Loja
pela nossa Oficina.
MESTRE DE CERIMÔNIAS
A Jóia do Mestre de Cerimônias é a Régua Graduada. A Régua é considerada como símbolo
do método, da retidão, da Lei. Também pode ser considerada símbolo do Infinito, pois uma
linha reta não tem começo, nem fim. Representa ainda o “aperfeiçoamento moral”.
A Régua, que tem como uso principal o traçado de linhas retas, tem origem bastante antiga.
Consta que era usada para medir as enchentes do Rio Nilo. É ainda utilizada, quando
chamada “Régua de 24 polegadas” como instrumento para marcar o Tempo, que não deve ser
desperdiçado na ociosidade, mas aplicado nos trabalhos para melhoria da Humanidade.
Deve o Mestre de Cerimônias ter pleno conhecimento dos Sinais, Toques e Palavras de todos
os Graus. Deve também ter o mais completo domínio do cerimonial Maçônico, nas sessões
Ordinárias e principalmente, nas sessões Magnas. O Mestre de Cerimônias, embora não seja
uma das Dignidades da Loja, tem grande responsabilidade no andamento dos trabalhos, e por
isto, para exercer este cargo, deve-se escolher criteriosamente um Irmão experiente.
Seu lugar em Loja é no Ocidente, junto à balaustrada que separa o Ocidente do Oriente, no pé
da escada de acesso a este, à frente do Ir:. Tesoureiro. O Mestre de Cerimônias é o diretor do
cerimonial da loja, tendo as seguintes atribuições:
Distribuir com antecedência as insígnias e aventais aos Oficiais da Loja.
Para que não se entre no Templo com a mente ocupada com pensamentos profanos, é comum
que o Mestre de Cerimônia exorte os Irmãos a deixarem seus problemas mundanos lá fora,
concentrando-se para a Sessão que iremos realizar. Na maioria das Lojas o Mestre de
Cerimônias faz uma breve alocução que finaliza com o desejo sincero de ver, ao final dos
trabalhos, o Ir:. Orador consagrá-los Justos e Perfeitos.
• Antes mesmo de adentrar ao Templo, o Ir:. Mestre de Cerimônias deve, no Átrio, organizar
a fileira dos Irmãos com os Aprendizes à frente, seguidos dos Companheiros e Mestres.
Anunciará a entrada dos Vigilantes e do Venerável Mestre, com sua comitiva de Mestres
Instalados, visitantes ilustres, etc. e o acompanhará até o Trono, indo em seguida para o seu
lugar.
• Preencher os Cargos vagos, por Ordem do Venerável Mestre, convidando os Obreiros da
Loja para ocupar o lugar dos Oficiais ausentes, providenciando suas insígnias. Companheiros
e eventualmente Aprendizes podem ser chamados a exercer funções, mas não devem subir ao
Oriente, nem substituir os Vigilantes.
• O Mestre de Cerimônias deve conduzir ao Oriente os Mestres Instalados visitantes e os
Membros dos Altos Corpos. Depois de iniciada a sessão, esta providência será tomada por
ordem do Venerável. Considerando que no Simbolismo o mais alto grau é o de Mestre
Maçom, nenhuma deferência especial precisa ser dedicada aos Graus Filosóficos. Nenhum
grau, ou cargo, por mais elevado que seja, tem esse direito. Como é um gesto de cortesia, se o
Venerável quiser prestar homenagem aos portadores de Graus Filosóficos, a seu exclusivo
critério, ele os convidará ao Oriente..
• Cabe ao Mestre de Cerimônias comunicar ao Venerável que a Loja está composta, que os
cargos estão preenchidos e que todos os llr.. se acham revestidos de suas insígnias etc.
aguardando então instruções do Venerável para o prosseguimento dos trabalhos.
• É da competência do Mestre de Cerimônias organizar todas as Comissões formadas para
dar ingresso às autoridades do Grão-Mestrado, ao Pavilhão Nacional e, nas sessões brancas,
aos profanos visitantes.
O Mestre de Cerimônias acompanha o Past Venerável ou o Orador até o Altar dos
Juramentos para abertura (ou fechamento) do Livro da lei e também o reconduzirá ao
Oriente. Durante a abertura (ou o fechamento) permanecerá de pé, sem fazer qualquer sinal,
fora do Pavimento Mosaico, por trás do Past Venerável ou do Orador.
Depois da leitura do Balaústre, o Mestre de Cerimônias deverá levantar-se e verificar se a
sua redação foi ou não aprovada, e comunicar o resultado ao Venerável Mestre, mencionando
se a aprovação foi unânime, ou por maioria. Tal procedimento é repetido sempre que houver
aprovação pelo sinal convencional. Após a aprovação do Balaústre, o Mestre de Cerimônias
recolhe o livro do Secretário e o conduz ao Venerável e ao Orador, para colher suas
assinaturas.
• E responsabilidade do Mestre de Cerimônias a circulação da Bolsa de Propostas e
Informações, colhendo ritualisticamente toda Proposta, Prancha, Peça de Arquitetura etc. que
os Obreiros pretendam encaminhar à Loja. Não há mais anúncio, por parte do Mestre de
Cerimônias, de que ele se encontra preparado para iniciar o giro com a Bolsa de Propostas,
mas, ao término da coleta, irá postar-se entre colunas e anunciará ao 2º Vigilante que
percorreu a Loja com formalidades, estando entre colunas aguardando ordens e aguardará
efetivamente a ordem do Venerável para dirigir-se ao Trono e entregar-lhe a Bolsa.
• O Mestre de Cerimônias assistirá, de pé e à ordem ao lado do Trono do Venerável, a
abertura da Bolsa de Propostas. Aguardará a devolução da mesma pelo Venerável, verificará
se de fato está vazia e só então retornará ao seu lugar.
• Quando da formação da Cadeia de União, o Mestre de Cerimônias posta-se entre os
Vigilantes e recebendo de cada um deles a Palavra Semestral irá comunicá-la, como a
recebeu, ao Venerável Mestre. Após a confirmação de que a palavra está correta, retorna à
sua posição na Cadeia de União, para o seu encerramento.
- Ao término da Cadeia de União, é responsabilidade do Mestre de Cerimônias incinerar o
cartão onde a Palavra Semestral veio escrita.
• Toda e qualquer peça ou coluna gravada da qual a oficina não tenha querido tomar
conhecimento, inclusive as Propostas e sindicâncias de profanos rejeitados ou que desistam
da Iniciação, deverão ser igualmente incinerados pelo Mestre de Cerimônias.
• O Mestre de Cerimônias deverá conduzir ao Altar do Venerável qualquer solicitação,
moção, Lembrete etc. feito por escrito por qualquer Irmão, que não tenha sido colocado a
tempo na Bolsa de Propostas e informações.
• Conduzir ao seu devido lugar qualquer Ir:. que eventualmente chegue atrasado à sessão.
• Conduzir à porta do Templo o Ir:. que, por qualquer motivo, precise ausentar-se durante os
trabalhos, temporária ou definitivamente.
• Conduzir os candidatos à iniciação, Elevação, Exaltação, Filiação ou Regularização até o
Altar dos Juramentos, para que prestem o compromisso solene e sejam reconhecidos pelo
Venerável, em sua nova condição.
• Auxiliar o Venerável em todas as formalidades Ritualísticas existentes nas Sessões de
Pompas Fúnebre, Adoção de Lowtons, Confirmação de Casamentos etc., que são muito
trabalhosas.
• Embora o Livro de Presenças seja responsabilidade do Ir:. Chanceler, a coleta de
assinaturas dos 1h:. que tenham se atrasado ou não tenham assinado, é feita no interior do
Templo pelo Ir:. Mestre de Cerimônias, que circulará com o livro pelas colunas.
O Mestre de Cerimônias é o mensageiro oficial do Venerável, podendo eventualmente ser
auxiliado pelo 1~ Diácono, se assim determinar o Venerável.
O trabalho do Mestre de Cerimônias é tão importante que, estando entre colunas, tem o
direito de pedir a palavra diretamente ao Venerável, com uma simples pancada da palma da
mão direita no dorso da mão esquerda.
O Ir:. Mestre de Cerimônias é também o único Oficial que tem o direito de circular
livremente em Loja, podendo levantar-se e fazê-lo, a qualquer momento, sem pedir
permissão.
HOSPITALEIRO

A Jóia do hospitaleiro é uma pequena sacola que, simbolicamente, representa o Farnel do


Peregrino, do Viajante, do Pedinte e que, maçônicamente, leva o nome de Bolsa Para o
Tronco de Solidariedade..
E o Ir:. Hospitaleiro que, em nome da Fraternidade coleta os óbolos da Beneficência, da
Solidariedade Maçônica, destinados a atender as necessidades dos menos aquinhoados pela
sorte.
E um cargo de alta importância, embora muitos que ocupam este lugar não estejam
conscientes disto. E comum que se escolha um Ir:. mais idoso, ou que de alguma forma tenha
afinidade com a Assistência Social, mas esta não é a forma mais adequada de seleção.
Entre os qualificativos que este Ir.. deve ter, podemos enumerar: deve ter situação financeira
estável, e poder dispor com liberdade do seu tempo. Deve ser ativo, vigilante, bom
observador e que, pela firmeza de seu caráter, não seja alvo fácil da piedade cega. Não deve,
entretanto, ser duro ou inacessível, nem deixar de ser humildade.
A escolha deste Ir:. deve considerar sua moral sem mácula, que conheça todos os IIr:. do
Quadro, e se possível, seus familiares. Deve ainda gozar da simpatia de todos para que lhe
seja possível abordar um Ir:. e participar de seus problemas como se fosse seu parente.
O trabalho do Ir:. Hospitaleiro no Templo é irrelevante, mas, fora dele, este Oficial deve ter o
maior carinho com os demais Irmãos, muita dedicação, muito desprendimento.
Seria desejável que este Ir:. pudesse, periodicamente, visitar o Lar dos demais componentes
da Loja, tomar conhecimento de seus problemas conjugais, financeiros, de saúde, assim como
de suas alegrias e realizações. Quando os problemas do Irmão do Quadro sejam de difícil
solução, deverá levá-los ao Venerável para que, juntos, estudem uma maneira de solucioná-
los, não devendo divulgá-los em Loja pois poderia magoar o Ir:. ou seus familiares.
O Ir:. Hospitaleiro deve então dispor dos metais recolhidos em sua Bolsa para o Tronco de
Solidariedade e que estão sob a guarda do Ir:. Tesoureiro, mediante solicitação a este, por
escrito e com o visto do Venerável, para sanar as necessidades daquele que esteja, realmente,
necessitado. Obviamente, sendo este o destino dos metais recolhidos, é impróprio que sejam
utilizados, sob nenhum pretexto, para outros fins que não sejam o da Beneficência.
Caso a doença se instale do Lar de algum obreiro da Loja, o Hospitaleiro tem autoridade e
autonomia para nomear comissões de llr:. para fazer visitas, ou dar plantão nos Hospitais. Da
mesma forma, nos momentos felizes como o nascimento de um filho, ou neto, é de bom tom
que as esposas e cunhadas festejem o acontecimento levando carinho e amizade àquela
família, que por extensão, é nossa também! Se o infortúnio da morte bate à porta de um Ir:.
da Loja, o Hospitaleiro é o Irmão encarregado de levar o acontecido ao conhecimento de
todos, e providenciar a documentação necessária para o sepultamento. Posteriormente deverá
procurar a família do falecido, para obter a restituição dos seus documentos, aventais e
insígnias.
Para que o Hospitaleiro possa executar sua missão convenientemente, deverá possuir uma
nominata atualizada, com o maior número de telefones possível. Se houver necessidade de
algum auxilio urgente, o Hospitaleiro deverá comunicar-se com o Venerável para, juntos,
tomarem as primeiras providências de socorro.
E necessário que o Ir:. Hospitaleiro esteja em condições de informar sobre as condições dos
obreiros que receberam (ou estejam recebendo) auxilio, para que se avalie a necessidade de
este beneficio deve ser mantido, aumentado, ou mesmo suprimido.
O Hospitaleiro, por ser o detentor do uso dos metais colhidos pela Bolsa para o Tronco.de
Solidariedade, deve manter escrituração de Receita e Despesa, cujo balancete será
apresentado regularmente à Comissão de Finanças. Cabe ainda organizar um Balancete Geral
do seu Caixa, a fim de transmiti-lo ao seu sucessor, com o parecer da Comissão de
Beneficência.
A humanidade é obrigação de todos os llr:. porém é especialmente necessária ao Ir:.
Hospitaleiro. Sua função caritativa deve ser reconhecida por todos, mas deve ser exercida
com justiça e seriedade, para que todos possam contar com seu saudável apoio, quando dele
necessitaremos Ir:. Hospitaleiro deverá informar todos os pedidos de auxilio.
O Ir:. Hospitaleiro só circula em Loja no momento determinado pelo Venerável para a coleta
dos óbolos, portando a Bolsa para o Tronco de Solidariedade. Seu trajeto, formal, obedece ao
mesmo traçado da Bolsa de Propostas e Informações. Ao final de seu giro deve postar-se
entre colunas e anuncia-lo ao Ir 2º Vigilante e, depois de autorizado, vai ao triângulo do Ir
..

Tesoureiro a quem entrega o produto do seu trabalho para ser por este conferido, informado
ao Venerável, e mantido sob sua guarda, até que seja necessário utilizá-lo.
O montante colhido pela Bolsa para o Tronco de Solidariedade deverá ser divulgado pelo
Venerável antes do anúncio do encerramento dos trabalhos, seguido pela frase: valor que
...

será debitado á Tesouraria, e creditado a Hospitalaria.


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