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Escoamento Interno

Mecânica dos Fluidos

Alunos: Arthur Loriato, Antonio Vitor, Angelo Mariani, Rafael Romão, Ulisses Paiva, Danrley Victor,
Pablo Santos, Eduardo Paoli

Professor: Tiago Gusmão Rohr


Características de escoamento interno

➢ Escoamento confinado por superfícies;


➢ A camada limite se desenvolve com restrição;
➢ Existem regiões distintas: região de entrada de escoamento (camada limite em desenvolvimento) e região
desenvolvida (camada limite desenvolvida);
Condições de escoamento
Número de Reynolds
Podemos estimar se as forças viscosas são ou não desprezíveis em comparação com as forças de pressão pelo
cálculo do número de Reynolds (em tubo circular):

𝑅𝑒 = (𝐷 ∗ 𝑉𝑚 ∗ ρ) ÷ μ

Onde:

Forças Inerciais

Forças Viscosas
Escoamento viscoso
Para Re < 1000

➢ Regime Laminar:
É aquele em que as partículas fluidas movem-se em partículas
lisas, ou lâminas, em trajetórias bem definidas.
No escoamento laminar a viscosidade age no fluido no sentido de
amortecer a tendência de surgimento da turbulência. Este
escoamento ocorre geralmente a baixas velocidades e em fluidos
que apresentam grande viscosidade.
A velocidade deste escoamento é representada por u;
Para 2100 ≤ Re ≤ 4000

➢ Regime Intermediário:
É aquele em que as partículas fluidas tornam-se instáveis e
partem-se em um movimento aleatório pelo tubo.
Para Re > 4000

➢ Regime Turbulento:
É aquele em que as partículas misturam-se rapidamente, devido
às flutuações aleatórias no campo tridimensional de velocidades.
Não existem escoamentos turbulentos uni ou bidimensionais.
A velocidade deste escoamento é composta pela velocidade
média u, mais as três componentes das flutuações aleatórias de
velocidade u´, v´ e w´.
A região de entrada
O escoamento tem velocidade uniforme ‘u’ na
entrada do tubo. Devido à condição de não
deslizamento, a velocidade na parede do tubo
deve ser zero em toda a extensão do tubo. A
superfície sólida exerce uma força de
retardamento (atrito) sobre o escoamento,
convertendo parte da energia cinética em calor.
Para escoamento incompressível, a conservação
de massa exige que, conforme a velocidade na
proximidade da parede é reduzida, a velocidade
na região central sem atrito do tubo deve crescer
ligeiramente para compensar e a pressão deve
cair um pouco.
Minerodutos
Minerodutos são dutos que realizam o transporte de
minério, geralmente por longas distâncias, até o
processamento final do material. O minério a ser levado
por esses equipamentos pode ser de diversos tipos,
como ferro, carvão, bauxita, etc.
A estrutura do mineroduto é composta por um cano que
transporta uma lama viscosa chamada polpa com 35%
de água e 65% de sólidos que é o minério de ferro. Esta
polpa rica em minério fino é bombeada por centenas de
quilômetros até o processamento final. Além da água
acrescida, o sistema de bombeamento também utiliza
energia elétrica para o transporte do material. Ao se
atingir certa velocidade esse material passa a ser
movido pela ação da gravidade, entrando em
desaceleração constantemente para se evitar a pressão
excessiva na tubulação e, consequentemente, o
desgaste do equipamento ou eventuais acidentes.
Elevação e Escoamento de Petróleo
Elevação Natural Elevação Artificial

• Quando ocorre? • Quando ocorre?


Início da vida produtiva do reservatório.
Quando a pressão do reservatório não é mais
Poços surgentes.
suficiente.
• Força motriz?
• Força motriz?
O fluxo de fluidos, óleo, água e gás, esta associado a
Uso de gás lift ou bombeio.
energia do reservatório.
• Vantagens?
• Vantagens?
Mantém o reservatório produzindo.
Menores problemas operacionais.
Equipamentos mais simples. • Desvantagens?
Menores custos operacionais. Custo elevado de operação elevado, consumo de gás,
consumo de energia elétrica.
Principais Métodos de elevação artificial
• Bombeio Centrífugo Submerso

Equipamentos de subsuperfície:

Bomba
Admissão da bomba
Protetor
Motor elétrico
Cabo elétrico
• Equipamentos de superfície:

Quadro de comandos
Fonte de energia
Transformador
Cabeça de produção
Caixa de ventilação
Válvula de retenção
Válvula de drenagem
Sensor de pressão e temperatura
• Bombeio Mecânico com Hastes

Característica: é o método de elevação mais utilizado


em todo o mundo.
Quando é usado?
Poços rasos → vazões médias
Poços profundos → vazões baixas

Tem problemas com produção de areia, poços


desviados e poços com presença de muito gás.
• Funcionamento: o movimento rotativo de um motor elétrico
ou de combustão interna é transformado em movimento
alternado.
• Uma coluna de hastes transmite o movimento alternado para
o fundo do poço, acionando uma unidade de bombeio
localizada próxima à cabeça do poço.
• A unidade de bombeio eleva os fluidos produzidos pelo
reservatório para a superfície.
Pergunta 1
Quando consideramos o bombeamento de finos de
minério de ferro através do uso de minerodutos qual
seria a condição de escoamento normalmente esperada
para este caso? Regime laminar, transição ou
turbulento? Justifique sua resposta.
Resposta
A condição de escoamento esperada para transporte de
polpas de minério de ferro seria aquele em que há um
certo grau de turbulência, portanto, espera-se que seja
um regime turbulento para manter as partículas em
suspensão. Esta condição de escoamento esperada é
justificada para que não haja deposição das partículas
sólidas em suspensão de minério no fundo da
tubulação e, consequentemente, cessando o
movimento das partículas e restringindo, assim, a seção
do duto, podendo causar entupimento do mineroduto.
Pergunta 2
A respeito de uma extração de petróleo no mar em
poços profundos, como a temperatura da água
influencia no fluxo de petróleo dentro do tubo e quais
as medidas utilizadas para evitar um possível
problema?
Resposta
A temperatura do mar por ser baixa, influencia
aumentando a viscosidade do fluido dentro do tubo.
Como a viscosidade pode ser definida como
resistência ao fluxo de um fluido, significa que a
temperatura da água dificultaria o bombeamento do
petróleo. A principal medida para evitar esse
problema é o uso de tubos menores com vapores
quentes que ficam faceando ao tubo principal de
petróleo, aquecendo o mesmo e,
consequentemente, aumentando a temperatura do
fluido e diminuindo a sua viscosidade, facilitando o
escoamento.
Referências:

Fox, Robert W; McDonald, Alan T; Pritchard, Philip J; Mitchell, John W. Introdução à Mecânica dos Fluidos. Rio
de Janeiro: LTC, 2018.

http://www.fmt.if.usp.br/~bindilat/Fisica1/MecFluidos.pdf

https://www.if.ufrj.br/~bertu/fis2/hidrodinamica/viscosidade.html
https://www.youtube.com/watch?v=dqfQjcstqWc

https://www.youtube.com/watch?v=Xo8H8pL9kE8

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