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Programação de Computadores I Prof.

Erlon Pinheiro

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UNIDADE I – Introdução à Lógica de Programação

O que vamos ver:

 Noções de Lógica
 Algoritmizando a Lógica
 Conceitos e Exemplos de Algoritmos
 Noções de Fluxos de Controle
 Algoritmos
 Exercícios de Fixação

1. Noções de Lógica

O uso corriqueiro da palavra lógica está normalmente relacionado à coerência e


racionalidade. Freqüentemente associa-se lógica apenas à matemática, deixando-se
de perceber sua aplicabilidade e relação com as demais ciências.

Lógica é a “arte de bem pensar”, que é a “ciência das formas do pensamento”.


Visto que a forma mais complexa do pensamento é o raciocínio, a lógica estuda a
“correção do pensamento”.

Podemos também dizer que a lógica tem em vista a “ordem da razão”. Isto dá
entender que a nossa razão pode funcionar desordenadamente. Por isso a lógica
estuda e ensina a colocar “ordem no pensamento”. Exemplos:

Todo mamífero é um animal.


Todo cavalo é um mamífero.
Portanto, todo cavalo é um animal.

Espírito Santo é um estado do Brasil.


Capixabas são as pessoas nascidas no Espírito Santo
Logo, todos os capixabas são Brasileiros.

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2. EXISTE LÓGICA NO DIA-A-DIA ?

Sempre que pensamos, a lógica ou a ilógica necessariamente nos acompanha.


Quando falamos ou escrevemos estamos expressando nosso pensamento, logo,
precisamos usar de lógica nessas atividades.

Exemplos:
A gaveta está fechada.
A caneta está dentro da gaveta.
Precisamos primeiro abrir a gaveta para depois pegar a caneta.

Anacleto é mais velho que Felisberto.


Felisberto é mais velho que Marivaldo.
Portanto, Anacleto é mais velho que Marivaldo.

3. MAS E A LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO?

Significa o uso correto das leis de pensamento, da “ordem da razão” e de processos


de raciocínio e simbolização formais na programação de computadores, objetivando
racionalidade e o desenvolvimento de técnicas que cooperam para a produção de
soluções logicamente válidas e coerentes, que resolvam com qualidade os problemas
que se deseja programar.

O raciocínio é algo abstrato, intangível. Os seres humanos têm a capacidade de


expressá-los através da palavra falada ou escrita (idioma). Um mesmo raciocínio
pode ser expresso em qualquer um dos inúmeros idiomas existentes, mas
continuará representando o mesmo raciocínio, usando apenas uma outra
convenção.

Algo similar ocorre com a Lógica de Programação, que pode ser concebida pela
mente treinada e pode ser representada em qualquer uma das inúmeras linguagens
de programação existentes. Para escapar dessa torre de Babel (detalhes das diversas
linguagens de programação), e ao mesmo tempo, representar mais fielmente o
raciocínio da Lógica de Programação, utilizamos os Algoritmos.

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4. O QUE É UM ALGORITMO?

Um algoritmo pode ser definido como uma seqüência de passos que visam atingir
um objetivo bem definido.

Na medida em que precisamos especificar uma seqüência de passos, precisamos


utilizar ordem, ou seja, “pensar com ordem”, portanto precisamos utilizar lógica.

Exemplo de Algoritmo: receita de bolo.

5. ALGORITMIZANDO A LÓGICA

Por que é Importante Construir um Algoritmo?

Um algoritmo tem por objetivo representar mais fielmente o raciocínio envolvido


na Lógica de Programação e, dessa forma, permite-nos abstrair de uma série de
detalhes computacionais, que podem ser acrescentados mais tarde.

Outra importância da construção dos algoritmos é que, uma vez concebida uma
solução algorítmica para um problema, esta pode ser traduzida para qualquer
linguagem de programação. Costumamos denominar esse processo de codificação.

Vamos a um Exemplo?

A troca de uma lâmpada.

Algoritmo 1.1
 pegar uma escada;
 posicionar a escada embaixo da lâmpada;
 buscar uma lâmpada nova;
 subir na escada;
 retirar a lâmpada velha;
 colocar a lâmpada nova.

Involuntariamente, já seguimos uma determinada seqüência de ações que


representadas nesse algoritmo, fazem com que ela seja seguida naturalmente por
qualquer pessoa, estabelecendo um padrão de comportamento, pois qualquer pessoa
agiria da mesma maneira.

A seqüenciação é uma convenção com o objetivo de reger o fluxo de execução do


algoritmo, determinando qual a primeira ação a ser executada e qual ação vem a
seguir. Nesse caso, a seqüência é linear, de cima para baixo.

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O algoritmo tem um objetivo bem definido: trocar uma lâmpada. Porém, e se a


lâmpada não estivesse queimada?

A execução das ações conduziria a uma troca, independentemente de a lâmpada


estar ou não queimada, porque não foi prevista essa possibilidade em sua
construção. A solução seria acrescentar um teste, a fim de verificar se a lâmpada
está ou não queimada.

Algoritmo 1.2
 pegar uma escada;
 posicionar a escada embaixo da lâmpada;
 buscar uma lâmpada nova;
 acionar o interruptor;
 se a lâmpada não acender, então
 subir na escada;
 retirar a lâmpada velha;
 colocar a lâmpada nova.
Agora estamos ligando algumas ações à condição lâmpada não acender, ou seja, se
esta condição for verdadeira (lâmpada queimada) efetuaremos a troca da lâmpada,
seguindo as próximas ações:
 subir na escada;
 retirar a lâmpada velha;
 colocar a lâmpada nova.
Se a condição lâmpada não acender for falsa (a lâmpada está funcionando), as ações
relativas à troca da lâmpada não serão executadas, e a lâmpada (que está em bom
estado) não será trocada.

O algoritmo está correto, visto que atinge seu objetivo, porém, pode ser melhorado,
uma vez que buscamos uma escada e uma lâmpada sem saber se serão necessárias.

Algoritmo 1.3
 acionar o interruptor;
 se a lâmpada não acender, então
 pegar uma escada;
 posicionar a escada embaixo da lâmpada;
 buscar uma lâmpada nova;
 subir na escada;
 retirar a lâmpada velha;
 colocar a lâmpada nova.

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A solução apresentada está aparentemente adequada, porém, não prevê a


possibilidade de a lâmpada nova não funcionar e, portanto, não atingir o objetivo
nesta situação específica. Podemos fazer um refinamento, uma melhoria no
algoritmo, de tal modo que se troque a lâmpada diversas vezes, se necessário, até
que funcione.

Algoritmo 1.4
 acionar o interruptor;
 se a lâmpada não acender, então
 pegar uma escada;
 posicionar a escada embaixo da lâmpada;
 buscar uma lâmpada nova;
 subir na escada;
 retirar a lâmpada velha;
 colocar a lâmpada nova.
 se a lâmpada não acender, então
 retirar a lâmpada queimada;
 colocar outra lâmpada nova;
 se a lâmpada não acender, então
 retirar a lâmpada queimada;
 colocar outra lâmpada nova;
.
.
.
 Até quando ???

Notamos que o Algoritmo 1.4 não está terminado, faltou especificar até quando será
feito o teste da lâmpada. As ações cessarão quando conseguirmos colocar uma
lâmpada que acenda; caso contrário, ficaremos testando indefinidamente.

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Podemos, então, expressar uma repetição de ação sem repetir o texto que
representa a ação, assim como determinar um limite para tal repetição, com o
objetivo de garantir uma condição de parada, ou seja, que seja cessada a atividade de
testar a lâmpada nova quando esta já estiver acesa. Uma solução seria:

Algoritmo 1.5
 acionar o interruptor;
 se a lâmpada não acender, então
 pegar uma escada;
 posicionar a escada embaixo da lâmpada;
 buscar uma lâmpada nova;
 subir na escada;
 retirar a lâmpada velha;
 colocar a lâmpada nova.
 enquanto a lâmpada não acender, faça
 retirar a lâmpada queimada;
 colocar outra lâmpada nova;

A condição lâmpada não acender permaneceu, e estabelecemos um fluxo repetitivo


que será finalizado assim que a condição de parada for falsa, ou seja, assim que a
lâmpada acender. Percebemos que o número de repetições é indefinido, porém, é
finito até alcançar o objetivo: trocar a lâmpada queimada por uma que funcione.

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Até agora estamos efetuando a troca de uma única lâmpada, na verdade, estamos
testando um soquete (acionado por um interruptor), trocando tantas lâmpadas
quantas forem necessárias para assegurar que o conjunto funcione. O que faríamos
se tivéssemos mais soquetes a testar, por exemplo, 10 soquetes ?

Algoritmo 1.6
 acionar o interruptor do primeiro soquete;
 se a lâmpada não acender, então
 pegar uma escada;
 posicionar a escada embaixo da lâmpada;
 buscar uma lâmpada nova;
 subir na escada;
 retirar a lâmpada velha;
 colocar a lâmpada nova.
 enquanto a lâmpada não acender, faça
 retirar a lâmpada queimada;
 colocar outra lâmpada nova;
 acionar o interruptor do segundo soquete;
 se a lâmpada não acender, então
 pegar uma escada;
 posicionar a escada embaixo da lâmpada;
.
.
 acionar o interruptor do terceiro soquete;
 se a lâmpada não acender, então
.
.
 acionar o interruptor do décimo soquete;
.
.

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Observamos que o Algoritmo 1.6 é apenas um conjunto de 10 repetições do


Algoritmo 1.5, uma vez para cada soquete, havendo a repetição de um mesmo
conjunto de ações por um número definido de vezes: 10. Como o conjunto de ações
tem uma forma repetida, poderíamos alterar o fluxo seqüencial de execução de
modo a fazer com que este voltasse a executar o conjunto de ações relativas a um
único soquete (Algoritmo 1.5) tantas vezes quantas fossem desejadas. Uma solução
para 10 soquetes seria:

Algoritmo 1.7
 ir até o interruptor do primeiro soquete.
 enquanto a quantidade de soquetes testados for menor ou igual que
dez, faça
 acionar o interruptor do soquete;
 se a lâmpada não acender, então
 pegar uma escada;
 posicionar a escada embaixo da lâmpada;
 buscar uma lâmpada nova;
 subir na escada;
 retirar a lâmpada velha;
 colocar a lâmpada nova.
 enquanto a lâmpada não acender, faça
 retirar a lâmpada queimada;
 colocar outra lâmpada nova;
 ir até o interruptor do próximo soquete;

Quando a condição ( quantidade de soquetes testados for menor ou igual a dez ) for
verdadeira, as ações responsáveis pela troca ou não de um único soquete serão
executadas. caso a condição de parada seja falsa, ou seja, todos os dez soquetes já
tiverem sido trocados, nada mais será executado.

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6. DE QUE MANEIRA REPRESENTAMOS O ALGORITMO?

Convém enfatizar mais uma vez que um algoritmo é uma linha de raciocínio, que
pode ser descrito de diversas maneiras, de forma gráfica ou textual.

Os algoritmos representados até o momento estavam em forma textual, usando


português coloquial.

As formas gráficas são mais puras por serem mais fiéis ao raciocínio original,
substituindo um grande número de palavras por convenções de desenhos. Para fins
de ilustração mostraremos como ficaria o Algoritmo 1.7 representado graficamente
em um fluxograma tradicional (algoritmo 1.8) e em um Chapin (Algoritmo 1.9).
Algoritmo 1.8

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Algoritmo 1.9

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7. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1 - Um homem precisa atravessar um rio com um barco que possui capacidade de


transportar apenas ele mesmo e mais uma de suas três cargas, que são: um lobo, um
bode e um maço de alfafas. O que o homem deve fazer para conseguir atravessar o
rio sem perder suas cargas?
i n f o r m a ç õ e s :
um barco
um homem
um lobo
um bode
um maço de alfafa
a ç ã o :
atravessar o rio sem perder as cargas
r e s u l t a d o :
todas as cargas na outra margem do rio.

2 - Elabore um algoritmo que mova três discos de uma Torre de Hanói, que consiste
em três hastes (a-b-c), uma das quais serve de suporte para três discos de tamanhos
diferentes (1-2-3), os menores sobre os maiores. Pode-se mover um disco de cada
vez para qualquer haste, contanto que nunca seja colocado um disco maior sobre
um menor. O objetivo é transferir os três discos para outra haste.

informações:
3 discos
3 hastes

a ç õ e s :
movimentar um disco de cada vez de forma que fiquem ordenado

r e s u l t a d o :
discos transferidos e ordenados para outra haste

3. Três jesuítas e três canibais precisam atravessar um rio; para tal, dispõem de um
barco com capacidade para duas pessoas. Por medidas de segurança não se permite
que em alguma margem a quantidade de jesuítas seja inferior à de canibais. Qual a
seqüência de passos que permitiria a travessia com segurança?

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informações:

3 jesuítas
3 canibais
1 barco com capacidade para 2 pessoas

a ç õ e s :
atravessar o rio com segurança

r e s u l t a d o :
3 jesuítas e 3 canibais na outra margem do rio (B)

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UNIDADE II - Tópicos Preliminares

O que vamos ver:

 Tipos de Dados Básicos


 Constantes e Variáveis

1. TIPOS DE DADOS BÁSICOS

Informação é a matéria-prima que faz com que seja necessária a existência dos
computadores, pois eles são capazes de manipular e armazenar um grande volume
de dados com alto desempenho, liberando o homem para outras tarefas onde o seu
conhecimento é indispensável.

Aproximando-se da maneira pela qual o computador manipula as informações,


vamos dividi-las em três tipos primitivos, que serão os tipos básicos que usaremos
na construção de algoritmos.

 Numérico

Os dados numéricos dividem-se em dois grupos: inteiros e reais.

Os números inteiros podem ser positivos ou negativos e NÃO possuem parte


decimal.

Exemplos:
Vejamos algumas proposições declarativas comuns, em que é usado o tipo inteiro:

a) Ele tem 15 irmãos.


b) A escada possui 8 degraus.
c) Meu vizinho comprou 2 carros novos

Enfatizando o conceito de dado, vale observar, por exemplo, o item: 8 é um dado do


tipo inteiro e a informação é associar que 8 é o número de degraus da escada.

 Real
Os números reais podem ser positivos ou negativos e possuem parte decimal.

Exemplos:
a) Ela tem 1.73 metro de altura.
b) Meu saldo bancário é de 215.20.
c) No momento estou pesando 82.5 kg.
Observação: Nas linguagens de programação a separação entre a parte inteira e a
parte decimal de um número é feita pelo ponto (.), e a simples presença do ponto já
significa que é um número real.

 Literal ou Caractere

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São dados formados por caracteres (um ou mais). Esses caracteres podem ser as
letras maiúsculas, as letras minúsculas, os números e os caracteres especiais (&, #,
@, ?, +).

Exemplos:
a) Escolha o sexo: ‘M’ ou ‘F’.
b) Constava na prova: “Use somente a caneta!”;
c) Parque municipal estava repleto de placas: “Não pise na grama”.
d) Nome do vencedor é “Felisberto Laranjeira”.

Observação: Os dados do tipo literal na linguagem C são sempre representados entre


aspas simples quando temos um único caractere ou aspas duplas quando temos mais
de um caractere.

2. CONSTANTES

Entendemos que um dado é constante quando não sofre variação no decorrer do


tempo, ou seja, seu valor é constante desde o início até o fim da execução do
algoritmo, assim como é constante para execuções diferentes no tempo. O uso de
constantes é igual na matemática, por exemplo: o uso da constante pi no cálculo da
área de um círculo (área =  * r2 , onde  = 3.14159).

3. VARIÁVEL

Um dado é classificado como variável quando tem a possibilidade de ser alterado em


algum instante no decorrer do tempo, ou seja, durante a execução do programa em
que é utilizado, o valor do dado sofre alteração ou o dado é dependente da execução
em certo momento ou circunstância.

Exemplos:
A cotação do dólar, o peso de uma pessoa, o índice da inflação.

Quando fazemos um programa, este normalmente recebe dados, os quais precisam


ser armazenados no computador para que possam ser utilizados no processamento;
esse armazenamento é feito na memória.

Um exemplo para ilustrar a diferença entre valores constantes e variáveis seria a


construção de um programa para calcular o valor da área de uma circunferência.

Area = r2
Area  3.14159 * (raio*raio)

4. DECLARAÇÃO DE VARIÁVEIS

No ambiente computacional, as informações variáveis são guardadas em


dispositivos eletrônicos chamados de “memória”. Podemos imaginar essa
“memória” como sendo um armário repleto de gavetas, no qual as gavetas seriam os

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locais físicos responsáveis por armazenar objetos; os objetos (que podem ser
substituídos) seriam os dados e as gavetas, as variáveis.

Visto que na memória (armário) existem inúmeras variáveis (gavetas), precisamos


diferenciá-las, o que é feito por meio de identificadores (etiquetas ou rótulos). Cada
variável (gaveta), no entanto, pode guardar apenas um dado (objeto) de cada vez,
sendo sempre de mesmo tipo primitivo (material).

Portanto, precisamos definir nomes para determinadas gavetas especificando qual o


material dos objetos que lá podem ser armazenados; em outras palavras, declarar as
variáveis que serão usadas para identificar os dados.

5. FORMAÇÃO DE IDENTIFICADORES
Os identificadores são os nomes das variáveis utilizadas nos algoritmos.

As regras básicas para a formação dos identificadores são:

 Podem possuir qualquer tamanho. Entretanto, apenas os 32 primeiros caracteres


são utilizados pelo compilador C.
 Os caracteres que você pode utilizar na formação dos identificadores são: os
números, as letras maiúsculas, as letras minúsculas e o caractere sublinhado (_);
 Compilador C faz diferença entre letras maiúsculas e minúsculas; portanto, o
identificador NUM é exatamente diferente dos identificadores num, Num (aliás,
em C todos esses identificadores seriam diferentes);
 O primeiro caractere deve ser sempre uma letra;
 Não são permitidos espaços em branco e caracteres especiais (@, $, +, -, %, !);
 Não podemos usar as palavras reservadas nos identificadores.

Obs.: Palavras reservadas da linguagem C não podem ser identificadores de


variáveis:
auto, break, case, char, const, continue, default, do, double, else, enum, extern,
float, for, goto, if, int, long, register, return, short, signed, sizeof, static, struct,
switch, typedef, union, unsigned, void, volatile, while.

Exemplos de identificadores válidos:


A
a
nota
NOTA
X5
A32
NOTA1
MATRICULA
nota_1
dia
IDADE

Exemplos de identificadores inválidos:


5b
e@12

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x-y
prova 2n
nota(2)
else
int

6. DECLARAÇÃO DE VARIÁVEIS
As declarações de variáveis são obrigatórias para validar os identificadores. Todas as
variáveis devem ser incluídas em uma única declaração da forma:
tipo lista de variáveis;
tipo lista de variáveis;

Onde tipo representa o conjunto de valores que podemos atribuir a essas variáveis e
as listas de variáveis são os identificadores das variáveis do mesmo tipo separados
por vírgulas.

7. TIPOS DE VARIÁVEIS
Exemplos das declarações de variáveis:

real salario, nota_1;


inteiro matricula, contador;
caractere nome;

8. COMENTÁRIOS

Os comentários não são interpretados pelo compilador, servem apenas para


esclarecer o programador, são excelentes instrumentos de documentação e devem
sempre estar entre /* ......... */. Ou ainda pode-se usar // para comentar o resto da
linha.

Exemplos de comentários:
inteiro num; // variável inteira para guardar o nº de alunos
real nota_1, nota_2; /* Variáveis reais que serão utilizadas para armazenar as duas
notas do aluno. */

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9. Operações aritméticas:

Os operadores aritméticos a serem utilizados:

+ Adição
- Subtração
* Multiplicação
/ Divisão inteira e divisão real
% Resto da divisão

Exemplo: Considere X e Y variáveis do tipo inteiro e com valores 7 e 3


respectivamente.

X + Y => 10 X / Y => 2
X - Y => 4 Y / X => 0
Y - X => - 4 Y % X => 3
X * Y => 21 X % Y => 1
X / 2.0 = 3.5 Y / 3.0 => 1.0

Exemplo:
X + Y – Z => (X + Y) – Z
X * Y % Z => (X * Y) % Z
 A ordem da precedência dentro de uma expressão aritmética pode ser alterada
fazendo-se uso de parênteses. Caso tenha dúvidas quanto à ordem de
precedência de uma expressão, utilize sempre parênteses para especificar
claramente a ordem da avaliação desejada.
Exemplo:

A + B * C => A + (B * C)
Para forçar a precedência usamos os parênteses => (A + B) * C
10. Potenciação e Radiciação
Usaremos inicialmente duas funções matemáticas predefinidas para calcular a
potenciação e a radiciação.

Operador Função Significado Exemplo


pot(x,y) Potenciação x elevado a y pot(2,3)==23== 8.0

rad(x) Radiciação Raiz quadrada de x rad(9)==3.0

Prioridades
Na resolução das expressões aritméticas, as operações guardam uma hierarquia
entre si.
Prioridade Operadores
1ª parênteses mais internos
2ª pot rad
3ª * / % (mod em portugol)
4ª + -

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Em caso de empate (operadores de mesma prioridade), devemos resolver da


esquerda para a direita, conforme a seqüência existente na expressão aritmética.
Para alterar a prioridade da tabela, utilizamos parênteses mais internos.

Exercício: Supondo que A, B e C são variáveis de tipo inteiro, com valores


iguais a 5, 10 e – 8, respectivamente, uma variável real D, com valor de 1.5,
resolva passo a passo (obedecendo a ordem de prioridade) as expressões
aritméticas abaixo e determine quais são os resultados.
a) 2 * A % 3 – C
b) rad( - 2 * C) / 4
c) ((20 / 3) / 3) + pot(2, 8) / 2
d) (30 % 4 * pot(3,3) ) * -1
e) pot( - C, 2 ) + ( D * 10 )/A
f) rad ( pot ( A, B/A) ) + C * D
Respostas: (a) 9 (b) 1.0 (c) 130.0 (d) – 54.0 (e)
67.0 (f) - 7.0

11. Sinal de atribuição


O conteúdo de uma variável pode ser alterado a qualquer momento. Portanto para
atribuir valores a variáveis devemos usar o sinal de  (“=” em C) .

Exemplos:

Portugol C
A  2; A = 2;
B  3; B = 3;
C  A + B; C = A + B;

Exercício: Encontre os erros dos seguintes comandos de atribuição:

inteiro A,D;
real B, C;

A  0;
A  A + 1;
D  B;
C + 1  B + C;
C  3.5;
D  2*C +6*6*2 - 3 * 4;

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12. Operações relacionais (Seguem a ordem de precedência


posicional):
== Igual
> Maior
< Menor
>= Maior ou igual
<= Menor ou igual
!= Diferente

Exemplo: Considere I1 e I2 variáveis do tipo inteiro, R do tipo real com valores


10, 20, 4.5 respectivamente;

I1 > I2 é FALSO I1 > R é VERDADEIRO


I1 == 10 é VERDADEIRO I1 < I2 é VERDADEIRO
I2 != 20 é FALSO I2 == 20 é VERDADEIRO

13. Operadores Lógicos:


não (!) Negação lógica
e (&&) Interseção lógica
ou (||) União lógica

Exemplo: Considere as variáveis: inteiro a = 3; real: x = 1.5:

Expressão Valor Lógico


((a/2 = = x) && (a>2)) Falso
((a != x) || (a/x < 2)) Verdadeiro
! (a/3 <= x) Falso
((a < 2*x) || ( x < a/2)) Falso

 Note que o valo r lógico de uma expressão lógica e (&&) é verdadeira


somente se ambas as partes forem verdadeiras. Caso contrário, o valor lógico
será falso. Por outro lado, o valor lógico de uma expressão lógica ou (||) é falso
somente se ambas as partes forem falsas. Caso contrário, o valor lógico será
verdadeiro.
Exercício: Determine os resultados obtidos na avaliação das expressões
lógicas seguintes, sabendo que A, B, C contêm, respectivamente, 2, 7 e
3.5:
a) (B == (A * C) ) && (C == 2)
b) (B > A) || (B == 4)
c) ((B % A) >= C) || ( ! ( A <= C))
d) ( ! (2 == A)) || ( 3 >= C)
e) ((B / A ) == C ) || ((B / A ) != C)

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Construção de tabela-verdade

Os operadores lógicos são usados para dar suporte às operações lógicas básicas de E
(&&), OU (||) e NÃO (!), de acordo com a tabela-verdade. A tabela usa V para
verdadeiro e F para falso. E1 e E2 são expressões lógicas quaisquer.
E1 E2 !E1 E1 && E2 E1 || E2
V V F V V
V F F F V
F V V F V
F F V F F
n
O número de linhas de uma tabela verdade é sempre 2 onde n é o número de
expressões lógicas presente na sentença. A forma de preenchimento sempre se
dará por colunas e começa preenchendo a primeira coluna com metade V e a
outra metade F, a segunda coluna será preenchida com a metade da metade e
assim por diante. (como no exemplo anterior)
Exercício Proposto: Para cada uma das sentenças lógicas construa a respectiva
tabela-verdade:
a) E1 && !(E2 || E2)
b) !( !E1 || !(E2 && ! E3))
c) (E1 && E2) || !E3
d) !(!(!(E1 || !E2))) && !(E3||!E1)
e) !(!(!E1 || !E2)) && !(E3||!E1)
f) !(!(E1 && E2)) && !(!E3 && !E1)
g) (E1 || !E3) && (!E2 && !(E1 || E3))

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14. Comandos de entrada e saída


Comando de Saída de dados:
É através deste comando (escreva) que o algoritmo apresentará
informações na tela do computador.
escreva  Comando de saída que exibe uma informação no monitor de
vídeo.
EXEMPLO:
inteiro idade;
real peso;
...
escreva( “Ola você tem %i anos de idade“, idade);
escreva( “ e pesa %r KG “, peso);

Supondo que a pessoa tenha 35 anos e pese 70.0 KG a tela ficará assim:

Ola voce tem 35 anos de idade


e pesa 70.0 KG

Usamos os seguintes símbolos para representar variáveis, constantes e


expressões aritméticas ( de acordo com o seu tipo):
%i --> Inteiro
%r --> Real
%c --> Caractere

O comando escreva sempre vai exigir o uso destes símbolos na posição onde
queremos imprimir o conteúdo da variável.

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Comando de entrada de dados


É através deste comando (leia) que o usuário digita um dado que será
armazenado em uma variável na memória do computador.
leia  Comando de entrada que permite a leitura de variáveis de entrada.
EXEMPLO:
inteiro MATRICULA;
real NOTA_1, NOTA_2;
escreva(“Digite sua matricula: “);
leia(“ %i“, &MATRICULA);
escreva(“Digite suas duas notas: “);
leia( “%r%r”, &NOTA_1, &NOTA_2);

Onde o & significa o endereço de memória da variável. O comando leia exige


que seja colocado o & antes do nome da variável.

15. Bloco do programa principal


O bloco do programa principal geralmente começa com a declaração das
constantes e variáveis que o algoritmo utilizará. Em seguida, especifica as
ações a serem executadas sobre os objetos definidos (variáveis e/ou
constantes). Ele é iniciado pela palavra início seguida pela seqüência de
comandos e finalizada pela palavra fim seguida de um ponto.
início
<Bloco de comandos>
fim
Exercício: Utilizando o seguinte trecho de algoritmo, explique o que
está acontecendo em cada linha e qual é o resultado de cada ação
executada.
início
inteiro contador, num1, num2 ;
real expressao;
contador  0;
escreva(“Digite um valor inteiro: “);
leia(“%i”, &num1);
escreva(“ %i ELEVADO AO CUBO = %i “,num1, num1*num1*num1);
escreva(“Digite outro valor inteiro: “);
leia(“%i”, &num2);
escreva(“A soma e: %i “, num1+num2);
contador  contador + 1;
num1  (num2 + num1) % 2;
escreva(“O valor final da expressao e: %i “, num1);
....
fim

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Exercícios de Fixação II

1 - Determine qual é o tipo básico de dados da informação destacado nas sentenças a


seguir:

a) A placa “Pare !” tinha 2 furos de bala.


b) Josefina subiu 5 degraus para pegar uma maçã “boa”.
c) Alberta levou 3.5 horas para chegar ao hospital onde concebeu uma "garota” .
d) Astrogilda pintou em sua camisa: “Preserve o meio ambiente”, e ficou devendo
100.59 ao vendedor de tintas.
e) Felisberto recebeu sua 18a. medalha por ter alcançado a marca de 57.3 segundos
nos 100 metros rasos.

2 – Assinale os identificadores válidos:


a) if b) U2 c) AH! d) ‘ALUNO’ e) #55
f) KM/L g) UYT h) ASBRUBAL i) AB*C j) O&O
k) P{O} l) B52 m) Rua n) CEP o) dia_mês

3 – Supondo que as variáveis Nota_A, Nome_A, NMat sejam utilizadas para


armazenar a nota do aluno, o nome do aluno e o número da matrícula, declare-as
corretamente, associando o tipo básico adequado ao dado que será armazenado.

4 – Encontre os erros da seguinte declaração de variáveis:

inteiro endereco n_filhos;


caractere idade, X, C;
real XPTO, C, peso, R$;

5 - Identifique o tipo dos dados:


(a) inteiro;
(b) real;
(c) caractere;

( ) “MARIA” ( ) 45.0 ( ) 1234 ( ) 0.0


( ) ‘a’ ( ) ‘*’ ( ) -234 ( ) ‘1’
( ) -0.342 ( ) 35.23 ( ) ‘3’ ( ) -18.589
( )” “ ( ) -354.0 ( ) -15.2 ( ) ”José”
( )0 ( ) 897 ( ) -23

6 - Faça a declaração de 2 variáveis do tipo inteiro para armazenar os códigos


de dois produtos, 2 variáveis do tipo real para armazenar os preços destes
produtos e 2 variáveis do tipo caractere para armazenar o tipo do produto
(‘p’: para perecível e ‘n’ para não perecível, por exemplo).

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7 - Indique qual o resultado das expressões aritméticas abaixo:


Sendo: x = 6.0 y=2 z = 4.0 a=8 b = 7.5
c = 7.7 d = 12 p=4 q=3 r = 10 s=3.5
a) x + y – z * a
b) d / y % r * c – b – rad( d – q )
c) d % y – pot( p, q) * z
d) y / d + rad(b+s + pot(q,3) – y )
e) (z * r / (a + d) * a) – d
f) 100 * (q / p) + r

8 - De acordo com as informações abaixo, informe qual o valor das relações ( V


- Verdadeira ou F - falsa):
a) a  2.0, b  9.0, nome  “ana” , profissao  “advogado”
a + 1 >= b*a ( )
nome != “ana” ( )
profissao == “médico” ( )
b) a  6.0 , b  121.0 , nome  “pedro”, profissao  “médico”
a + 1 >= b – 5 ( )
nome != “ana” ( )
profissao == “médico” ( )
c) x  3 , y  4 , z  16 , nome  “maria” :
(( x +y > z ) && (nome == “maria”)) ( )
(( x *y > z ) || ( y > = x )) ( )
(!( x - y > z ) && ( z / y + 1 == x )) ( )
((nome == “josé”) && ( x + y + z < ( y*y ))) ( )

9 - Dadas as declarações:
inteiro NUM;
real SOMA, X;
caractere SIMBOLO;
Assinale os comandos de atribuição inválidos:
( ) SIMBOLO  5; ( ) SOMA  NUM+2*X;
( ) X*X  SOMA; ( ) TUDO  SOMA;
( ) X  X+1; ( ) NUM  5*SOMA+2;
( ) NUM ”*ABC*”;

10 - Marque os identificadores como válidos ou inválidos (explicando a resposta


quando o identificador for inválido):
(a) identificador válido;
(b) identificador inválido;
( ) ano
( ) media_salario
( ) ai!
( ) A15B34
( ) “aula”
( ) 3/1

11 – Faça o rastreamento (tela e memória) do seguinte bloco de


comandos:

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Início
real nota1, nota2, media;
escreva(“Digite as duas notas: “);
leia(“%r%r”, &nota1, &nota2);
media  (nota1 + nota2 ) / 2;
escreva(“ Media = %r “, media);
fim

12 – Encontre os erros no bloco de comandos abaixo:


início
inteiro X, Y ;
real Z;

Z  1.5;
escreva(“Digite um valor inteiro: “);
leia(X;
escreva(X, “ ELEVADO AO CUBO = “, X*X*X);
escreva(“Digite outro valor inteiro: “)
leia(Y);
escreva(“A soma e: , X+Y);
Z + 3  Z + 1;
X  (Y + X) / 5.0;
escreva(“O valor final da expressao e: “ X);
fim

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Unidade III - ESTRUTURA DE ALGORITMOS EM PORTUGOL

1. Introdução
Usaremos um exemplo simples para compreendermos como a
formalização em uma linguagem artificial é importante.

Exemplo Inicial

Suponha que o algoritmo leia dois números que o usuário do computador


digitará no teclado, some-os e mostre o resultado na tela do computador.
1a solução: (Narrativa informal)
1. Leia do teclado dois valores
2. Some os dois valores
3. Mostre o resultado da soma na tela

2a solução: (Narrativa um pouco mais formal seria)


1. Leia o valor do teclado e armazene na memória A;
2. Leia o valor do teclado e armazene na memória B;
3. Some os valores da memória A e B e coloque o resultado na
memória SOMA;
4. Mostre na tela o valor da memória SOMA.

Nesta solução vemos o uso de 3 memórias: A, B e SOMA. Aqui o conceito de memória


é semelhante ao das memórias existentes nas calculadoras. Elas servem para
acumular o resultado de cálculos intermediários.

Uma solução ainda mais formal seria:


3a solução: (Portugol que será utilizado na disciplina)
principal( )
início
inteiro num1, num2, soma;

escreva(“Digite o primeiro número: “);


leia (“%i”, &num1);
escreva(“Digite o segundo número: “);
leia (“%i”, &num2);
soma  num1 + num2;
escreva(“ A soma é %i “, soma);
fim
{ Observe a identação , ou seja, o alinhamento de cada linha do algoritmo}
Aqui as palavras início e fim foram usadas para delimitar o bloco de comandos.

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2. Estrutura de um algoritmo em Portugol

principal( )
ínicio
const <tipo> <identificador>  <dado>;
<tipo> <identificador>;

<comando1>;
...
<comandon>;
fim

Segue um Algoritmo que lê as 4 notas bimestrais de um aluno. Em seguida o


Algoritmo calcula e escreve a média obtida.
Resolução:
principal( )
início
real nota1, nota2, nota3, nota4, media;

escreva (“DIGITE SUAS QUATRO NOTAS: “);


leia (“%r%r%r%r”, &nota1, &nota2, &nota3, &nota4);
media  (nota1 + nota2 + nota3 + nota4) / 4;
escreva (“ SUA MÉDIA É: %r “, media);
fim

//Segunda Versão:
principal( )
início
real nota1, nota2, nota3, nota4, soma, media;

escreva (“DIGITE SUAS QUATRO NOTAS: “);


leia (“%r%r%r%r”, &nota1, &nota2, &nota3, &nota4);
soma  nota1 + nota2 + nota3 + nota4;
media  soma / 4;
escreva (“ SUA MÉDIA É: %r “, media);
fim

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Exercícios Resolvidos:

1) Faça um algoritmo em Portugol que leia os valores reais para largura,


comprimento e altura de um paralelepípedo retângulo e calcule o seu volume.

RESOLUÇÃO:

principal( )
início
real largura, comprimento, altura;
escreva(“Digite os valores para largura, comprimento e altura: “);
leia(“%r%r%r%r”, &largura, &comprimento, &altura);
escreva(“ Volume = %r cm3“, largura*comprimento*altura);
fim

Se o usuário digitar os seguintes valores para as variáveis: largura == 10;


comprimento = = 3; altura = = 2; o resultado do rastreamento do algoritmo
acima ficaria assim:

Tela
Memória
Digite os valores para largura, comprimento e altura: 10 3 2 <Enter>
largura: 10.0
Volume = 60.0 cm3
comprimento: 3.0

altura: 2.0

Versão 2 do algoritmo anterior:


principal( )
início
real largura, comprimento, altura, volume_p;
escreva(“Digite os valores para largura, comprimento e altura: “);
leia(“%r%r%r%r”, &largura, &comprimento, &altura);
volume_p  largura*comprimento*altura;
escreva(“Volume = %r cm3”, volume_p);
fim

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2) Faça um Algoritmo que lê o raio de uma circunferência e calcula sua área.


Resolução:

principal( )
início
const real pi = 3.1416;
real raio, area;
//Entrada de dados
escreva(“Digite o valor do raio: “);
leia (“%r”, &raio);
//Processamento de dados
area  pi * (raio*raio); // ou area  pi * (pot(raio,2));
// Saída de dados
escreva (“Area = %r “, area) ;
fim
3) Faça um algoritmo em Portugol que leia dois valores inteiros para as
variáveis num1 e num2, em seguida efetue as operações de adição, subtração,
multiplicação e divisão de num1 por num2, apresentando ao final os resultados
obtidos.
Resolução:
principal( )
inicio
inteiro num1, num2, soma, sub, mult, divi;
//Entrada de dados
escreva(“Digite dois valores inteiros: “);
leia(“%i%i”, &num1, &num2);
//Processamento de dados
soma  num1+num2;
sub  num1 - num2;
mult  num1 * num2;
divi  num1/num2;
//Saída de dados
escreva(“%i + %i = %i “, num1, num2, soma);
escreva(“%i - %i = %i “,num1, num2, sub);
escreva(“%i * %i = %i “,num1, num2, mult);
escreva(“%i / %i = %i “,num1, num2, divi);
fim

4) Efetuar a leitura de um número inteiro e apresentar o resultado do quadrado


deste número.

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Resolução:
principal( )
inicio
inteiro num;

//Entrada de dados
escreva(“Digite um valor inteiro: “);
leia(“%i”, &num);

//Processamento e saída de dados


escreva( “ %i ao quadrado e %i “, num, num*num);
fim
//Segunda versão:
principal( )
inicio
inteiro num, quad;
//Entrada de dados
escreva(“Digite um valor inteiro: “);
leia(“%i”, &num);
//Processamento de dados
quad  num*num;
//Saída de dados
escreva(“ %i ao quadrado e %i “, num, quad);
fim

//Terceira Versão:
principal( )
inicio
inteiro num;
real quad;
//Entrada de dados
escreva(“Digite um valor inteiro: “);
leia(“%i”, &num);

//Processamento de dados
quad  pot(num, 2);

//Saída de dados
escreva(“ %i ao quadrado e %r “, num, quad);
fim

5) Ler uma temperatura em graus Fahrenheit e apresentá-la convertida em


graus Célsius. A fórmula de conversão é: C  (F – 32) * (5 / 9.0), onde F é a
temperatura em Fahrenheit e C é a temperatura em Célsius.

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Resolução:
principal( )
inicio
real celsius, f;
//Entrada de dados
escreva(“Digite a temperatura em Fahrenheit: “);
leia(“%r”, &f);
//Processamento de dados
celsius  (f – 32)*(5/9.0);
//Saída de dados
escreva(“ A temperatura em Celsius e %r “, celsius);
fim

6) Calcular e apresentar o volume de uma lata de óleo, utilizando a fórmula:


VOLUME  3.14159 * R * R * ALTURA.
Resolução:
principal( )
inicio
const real PI  3.14159;
real volume, raio, altura;
//Entrada de dados
escreva(“Digite o valor do raio e da altura em cm: “);
leia(“%r%r”, &raio, &altura);
//Processamento de dados
volume  PI * pot(raio,2) * altura;
//saída de dados
escreva(“ O volume da lata de óleo é %r cm3 ”, volume);
fim

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Exercícios de Fixação III

1 - Faça um algoritmo em Portugol que leia dois valores inteiros para as variáveis
num1 e num2, em seguida efetue as operações de adição, subtração, multiplicação e
divisão de num1 por num2, apresentando ao final os resultados obtidos.

2 - Faça um algoritmo em Portugol que faça a leitura de um número inteiro e


apresente o resultado do quadrado deste número na tela.

3 - Faça um algoritmo em Portugol que Leia uma temperatura em graus Fahrenheit


e apresente-a convertida em graus Célsius. A fórmula de conversão é: C  (F – 32) *
(5 / 9.0), onde F é a temperatura em Fahrenheit e C é a temperatura em Célsius.

4 - Faça um algoritmo em Portugol que calcule e apresente o volume de uma lata de


óleo, utilizando a fórmula: VOLUME  3.14159 * R * R * ALTURA.

5 - Faça um algoritmo que receba dois números inteiros, calcule e imprima:


soma dos dois números;
subtração do primeiro pelo segundo;
subtração do segundo pelo primeiro;
multiplicação dos dois números;
divisão real do primeiro pelo segundo;
divisão real do segundo pelo primeiro;
divisão inteira do primeiro pelo segundo;
divisão inteira do segundo pelo primeiro;
resto da divisão do primeiro pelo segundo;
resto da divisão do segundo pelo primeiro.

6 - Faça um algoritmo em Portugol que leia dois valores para as variáveis num1 e
num2, efetuar a troca de valores de forma que a variável num1 passe a possuir o
valor da variável num2 e que a variável num2 passe a possuir o valor da variável
num1. Imprimir na tela os valores de num1 e num2 antes e depois da troca.

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7 – Faça um algoritmo que efetue o cálculo do valor de uma prestação em atraso,


utilizando a fórmula: PRESTACAO  VALOR + (VALOR * (TAXA/100) * TEMPO), onde
a TAXA é um valor constante de 2 e o TEMPO é dado em dias.
Resolução:
principal( )
inicio
const real taxa  2.0;
inteiro tempo;
real prestação, valor;

//Entrada de dados
escreva(“Digite o valor da prestação: “);
leia(“%r”, &valor);
escreva(“Digite o tempo de atraso em dias: “);
leia(“%i”,&tempo);
//Processamento de dados
prestação  (valor * (taxa/100)*tempo)+valor;
//saída de dados
escreva(“O valor final da prestação é: %r “, prestação);
fim

8 - Uma loja de animais precisa de um programa para calcular os custos de criação


de coelhos. O custo é calculado com a fórmula CUSTO  (NR_COELHOS * 0.70) / 18 +
10. Faça um algoritmo em Portugol que leia um valor para a variável NR_COELHOS e
apresente na tela o valor da variável CUSTO.

9 - Faça um algoritmo que receba duas notas de um aluno e seus respectivos pesos,
calcule e imprima a média ponderada dessas notas.
Resolução:
principal( )
inicio
real nota1, nota2, media_p;
inteiro peso1, peso2;

//Entrada de dados
escreva(“Digite as duas notas: “);
leia(“%r%r”, &nota1, &nota2);
escreva(“Digite os pesos: “);
leia(“%i%i”, &peso1, &peso2);

//Processamento de dados
media_p  (nota1*peso1 + nota2*peso2)/(peso1+peso2);

//Saída de dados
escreva(“ A media ponderada e %r “, media_p);
fim

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Rastreamento

Memória Tela
Digite as duas notas: 7 8 <Enter>
nota1: 7.0 Digite os pesos: 1 2 <Enter>
nota2: 8.0 A media ponderada e 7.6
media_p: 7.6
peso1: 1
peso2: 2

10 - Faça um algoritmo que receba o valor de um depósito e o valor da taxa de juros.


Calcule e imprima o valor do rendimento e o valor total depois do rendimento.
Resolução:

principal( )
inicio
real deposito, taxa, rend, valor_final;

//Entrada de dados
escreva(“Digite o valor do deposito: “);
leia(“%r”, &deposito);
escreva(“Digite o valor da taxa de juros: “);
leia(“%r”, &taxa);

//Processamento de dados
rend  deposito * (taxa/100);
valor_final  deposito + rend;

//Saída de dados
escreva(“ O valor do rendimento e: %r “, rend);
escreva(“ O valor final com o rendimento e: %r “, valor_final);
fim
Faça o rastreamento

11 - Faça um algoritmo que receba um número inteiro, calcule e imprima a tabuada


desse número.
Resolução:
principal( )
inicio
inteiro num;

//Entrada de dados
escreva(“Digite um numero para a tabuada: “);
leia(“%i”,&num);
//Processamento e saída de dados
escreva(“A tabuada de multiplicação do numero “, num);
escreva(“ %i * 1 = %i “, num, num);
escreva(“ %i * 2 = %i “, num, 2*num);

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escreva(“ %i * 3= %i “, num, 3*num);


escreva(“ %i * 4= %i “, num, 4*num);
escreva(“ %i * 5= %i “, num, 5*num);
escreva(“ %i * 6= %i “, num, 6*num);
escreva(“ %i * 7= %i “, num, 7*num);
escreva(“ %i * 8= %i “, num, 8*num);
escreva(“ %i * 9= %i “, num, 9*num);
escreva(“ %i * 10 = %i “, num, 10*num);
fim
Rastreamento
Memória Tela
Digite um numero para a tabuada: 2 <Enter>
num: 2 2* 1=2
2* 2=4
2* 3=6
2* 4=8
2 * 5 = 10
2 * 6 = 12
2 * 7 = 14
2 * 8 = 16
2 * 9 = 18
2 * 10 = 20
12 - Faça um algoritmo que receba um número real, calcule e imprima o valor
referente ao volume do cubo que tenha este número real como lado.

13 - Faça um algoritmo que receba um número inteiro, calcule e imprima:


a raiz quadrada desse número;
esse número elevado à quinta potência.

14 - Faça um algoritmo que receba o valor do salário de um funcionário e o valor do


salário mínimo. Calcule e imprima quantos salários mínimos ganha esse
funcionário.

15 - Faça um algoritmo que calcule e imprima a área de um retângulo.

16 - Faça um algoritmo que receba o salário de um funcionário, calcule e imprima o


valor do imposto de renda a ser pago, sabendo que o imposto equivale a 5% do
salário.

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17 - Faça um algoritmo que receba o salário de um funcionário, calcule e imprima o


novo salário sabendo-se que este sofreu um aumento de 25%.
Resolução:
principal( )
inicio
const real reaj = 25;
real salario, novo_sal;

//Entrada de dados
escreva(“Digite o valor do salario: “);
leia(“%r”, &salario);
//Processamento de dados
novo_sal  salario * (reaj/100) + salario;
//Saída de dados
escreva(“ O valor do salario reajustado e: %r “, novo_sal);
fim

18 - Faça um algoritmo que receba o peso de uma pessoa, calcule e imprima:


o peso dessa pessoa em gramas;
se essa pessoa engordar 5%, qual será seu novo peso em gramas?

19 - Imprima o cálculo da seguinte equação sendo lidos os parâmetros reais a, b e c:


X = ((a + (2* b + c) * c) / a *a)

20 - Faça um algoritmo que leia as medidas de um retângulo (base, altura), calcule e


imprima sua área e seu perímetro.

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UNIDADE IV – Comandos de Seleção


O que vamos ver:
 Seleção Simples
 Seleção Composta
 Seleção Encadeada
 Seleção Múltipla Escolha

Uma estrutura de seleção permite a escolha de um grupo de ações (bloco) a ser


executado quando determinadas condições, representadas por expressões lógicas ou
relacionais, são ou não satisfeitas.

1. Seleção Simples
Quando precisamos testar certa condição antes de executar uma ação, usamos uma
seleção simples, que segue o seguinte modelo:
se (<condição>) então
Comando; // comando único
<condição> é uma expressão lógica que, quando inspecionada, pode gerar um
resultado falso ou verdadeiro.
Se <condição> for verdadeira, a ação primitiva sob a cláusula então (Comando) será
executada; caso contrário (<condição>) for falsa), encerra-se a seleção (fim), neste
caso sem executar nenhum comando.
Através do exemplo anterior, observamos que, quando existir apenas uma ação após
a cláusula, então basta escrevê-la; já quando precisamos colocar diversas ações é
necessário usar um bloco, delimitado por início e fim conforme o seguinte modelo:

se (<condição>) então
início
Comando-1;
Comando-2;
...
Comando-n;
fim

Exemplo:
principal ( )
inicio
real n1, n2, n3, m;
escreva(“DIGITE TRES NOTAS: “);
leia(“%r%r%r”, &n1, &n2, &n3);
m  (n1 + n2 + n3) / 3;
se ( m >= 7 ) então
inicio
escreva(“APROVADO”);
escreva(“MÉDIA = %r “,m);
fim
fim

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2. Seleção Composta
Quando tivermos situações em que duas alternativas dependem de uma mesma
condição, uma da condição ser verdadeira e outra da condição ser falsa, usamos a
estrutura de seleção composta. Supondo que um conjunto de ações dependa da
avaliação verdadeira uma única ação primitiva dependa da avaliação falsa, usaremos
uma estrutura de seleção semelhante ao seguinte modelo:

se (<condição>) então
início
Comando-1;
Comando-2;
....
Comando-n;
fim
senão
inicio
Comando-z1;
Comando-z2;
fim

principal ( )
inicio
inteiro num1, num2;
escreva(“Digite dois valores inteiros: “);
leia(“%i%i”, &num1, &num2);
se (num1 == num2) então
escreva(“NÚMEROS IGUAIS”);
senão
escreva(“NÚMEROS DIFERENTES”);
fim

Outro exemplo de estrutura condicional composta:

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principal ( )
inicio
real n1, n2, n3, m;
escreva(“DIGITE TRÊS NOTAS: “);
leia(“%r%r%r”, &n1, &n2, &n3);
m  (n1 + n2 + n3) / 3;
se (m >= 7) então
inicio
escreva(“APROVADO”);
fim
senão
inicio
escreva(“ REPROVADO”);
fim
escreva(“MÉDIA = %r “,m);
fim

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3. Seleção Encadeada

Quando precisarmos agrupar várias seleções, formaremos uma seleção encadeada.


Normalmente, tal formação ocorre quando uma determinada ação (ou bloco de
ações) deve ser executada de acordo com um conjunto de possibilidades.

se (<condição 1>) então


se (<condição 2>) então
início
Comando-1;
Comando-2;
....
Comando-n;
fim
senão
se (<condição 3>) então
início
Comando-1;
Comando-2;
....
Comando-n;
fim
senão
se (<condição 4>) então
se (<condição 5>) então
Comando –v;
senão
Comando-f;

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Exemplo de estruturas condicionais encadeadas:


principal ( )
inicio
real N1, N2, N3, M, FALTA;
escreva(“DIGITE TRÊS NOTAS: “);
leia(“%r%r%r”, &N1, &N2, &N3);
M  (N1 + N2 + N3) / 3;
se ( M >= 7) então
inicio
escreva(“ALUNO APROVADO”);
fim
senão
se ( M >= 3) então
inicio
escreva(“PROVA DE RECUPERAÇÃO.”);
FALTA 10 – M;
escreva(“NOTA PARA TIRAR NO EXAME = %r “, FALTA);
fim
senão
inicio
escreva(“ ALUNO REPROVADO”);
fim
escreva(“ SUA MÉDIA FOI: %r “, M);
fim

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Exercícios de Fixação IV

1. Faça um algoritmo para ler três valores numéricos inteiros distintos e determinar
o menor deles.

2. Faça um algoritmo que leia o sexo (m ou M para masculino – f ou F para feminino)


e a idade de uma pessoa e determine se a pessoa já atingiu a maioridade, sabendo-se
que: as pessoas do sexo masculino atingem a maioridade aos 18 anos e as pessoas do
sexo feminino atingem a maioridade aos 21 anos. O algoritmo deve escrever o
resultado esperado.
RESOLUÇÃO

Rastreamento

Memória Tela
sexo: ‘F’ Digite seu sexo (M ou F ): F <Enter>
idade: 27 Digite sua idade: 27 <Enter>
Atingiu a maioridade!
sexo: ‘f’ Digite seu sexo (M ou F ): f <Enter>
idade: 15 Digite sua idade: 15 <Enter>
Nao atingiu a maioridade.
sexo: ‘M’ Digite seu sexo (M ou F ): M <Enter>
idade: 28 Digite sua idade: 28 <Enter>
Atingiu a maioridade!
sexo: ‘m’ Digite seu sexo (M ou F ): m <Enter>
idade: 14 Digite sua idade: 14 <Enter>
Nao atingiu a maioridade.
sexo: ‘$’ Digite seu sexo (M ou F ): $ <Enter>
idade: 2 Digite sua idade: 2 <Enter>
Sexo invalido.

3. Suponha que os termos b1, b2 e b3 abaixo sejam expressões Verdadeiras ou Falsas


e que c1, c2, c3, c4 e c5 sejam comandos quaisquer.

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principal ( )
início
se (b1) então
início
c1;
fim
senão
início
se (b2) então
início
se (b3) então
início
c2;
fim
senão
início
c3;
c4;
fim
fim
c5;
fim
fim

Dado o algoritmo acima, responda:


a) Se b1 for verdadeiro, b2 for verdadeiro e b3 for falso, quais os comandos que
serão executados ?
b) Se b1 for falso, b2 for verdadeiro e b3 for falso, quais os comandos que serão
executados ?
c) Quais os valores de b1, b2, b3 para que somente o comando C5 seja executado ?
d) Se b1 for verdadeiro, b2 for verdadeiro e b3 for verdadeiro, quais os comandos
que serão executados ?
e) Quais os valores de b1, b2 e b3 para que sejam executados os comandos c2 e
c5?

4. Faça um algoritmo que leia dois números, some-os e imprima o resultado caso a
soma seja maior que 10.

5. Faça um algoritmo que leia um número inteiro e imprima a mensagem ‘Número par!’
caso ele seja divisível por 2.

6. Faça um algoritmo que leia 2 números inteiros para as variáveis A e B. Caso A seja
maior que B e B seja par, efetue a troca dos valores de forma que a variável A passe a
conter o valor da variável B e, a variável B passe a conter o valor da variável A.

7. Faça um algoritmo que leia um número inteiro positivo e imprima uma mensagem
dizendo se ele é par ou impar.

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8. Faça um algoritmo que leia dois valores numéricos inteiros e distintos. Apresente a
diferença do maior pelo menor na tela.

9. O que está errado no algoritmo abaixo?


principal ( )
inicio
inteiro num1, num2, par;
printf(Digite um valor inteiro: ”)
leia (“ %r “, num1);
num2  num1 % 2.0; /* resto da divisão ou num2  num1 mod 2.0;*/
se ( num2 == 0 ) então
inicio
par  ‘v’;
fim
senão
inicio
par  ‘f’;
fim
se ( par == ‘v’) então
escreva(“ O numero %i é par! “);

escreva(“ O numero %i NÃO é par! “);

fim

10. Dado o algoritmo abaixo responda qual o valor de Result após a sua execução?
principal ( )
início
real num1;
inteiro num2, result;
num1  1.5;
num2  3;
num1  num1 + 1;
se ( (num1+2<= num2) ou ((num1 + num2 > 5) ou (não (num1+pot(num2,2) / num1 + num2>=4 ))) então

inicio
result 0;
fim
senão
inicio
result  1;
fim
fim

11. Faça um algoritmo que leia dois valores numéricos e imprima o maior. Caso os
números sejam iguais imprima a mensagem ‘Números iguais!’.

12. Faça um algoritmo que leia três números distintos e imprima o maior.

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13. Faça um algoritmo que calcule e imprima o desconto do salário de um


funcionário, sabendo que:
a. se salário < R$ 1000, 00, desconto de 5% sobre o salário;
b. se salário >= R$ 1000, 00 e <= R$2000,00, desconto de 10% sobre o
salário;
c. se salário > R$ 2000, 00, desconto de 15% sobre o salário;

14. Faça um algoritmo que efetue a leitura de três valores numéricos reais distintos e
apresente os valores lidos em ordem crescente.

15. Faça um algoritmo que leia 2 notas e o número de faltas semestrais de um


determinado aluno e calcule a média aritmética entre elas. Imprima a média e uma
mensagem informando a situação final do aluno. O aluno estará aprovado caso sua
média seja maior ou igual a 7. O aluno terá direito a uma recuperação caso sua média
seja maior ou igual a 3, caso contrário estará reprovado. Mesmo que possua média para
aprovação ou recuperação, o aluno estará reprovado caso possua mais de 20 faltas.

16. Dado o algoritmo abaixo responda:


a) Se b1 = VERDADEIRO e b2 = VERDADEIRO, o que será impresso?
b) Se b1 = FALSO e b2 = VERDADEIRO, o que será impresso?
c) Se b1 = FALSO e b2 = FALSO, o que será impresso?
Onde c1, c2 e c3 são mensagens, isto é, cadeias de caracteres.
principal ( )
início
se ( b1 )então
início
escreva (c1);
fim
senão
início
se ( b2) então
início
escreva (c2);
fim
senão
início
escreva (c3);
fim
fim
fim

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17. O que será impresso após a execução do algoritmo abaixo se:


a) num = 10 b) num = 0 c) num = - 4

principal ( )
início
/* declaração de variáveis */
inteiro num;
leia ( “%i”, &num);
se (num > 0) então
escreva (“numero positivo”)
senão
se (num < 0) então
escreva (“numero negativo”)
senão
escreva (“zero”);
fim

18. Uma empresa decide dar um aumento de 4% aos funcionários cujo salário é
inferior a 500 reais. Escreva um algoritmo que receba o salário de um funcionário e
imprima o valor do salário reajustado ou uma mensagem caso o funcionário não tenha
direito ao aumento.

19. Faça um algoritmo que verifique a validade de uma senha fornecida pelo
usuário. A senha correta é o número: 12345. O algoritmo deve imprimir mensagem de
permissão ou negação de acesso.

20. Faça um algoritmo que receba a idade de uma pessoa e imprima mensagem de
maioridade ou não. Assuma que a maioridade ocorre somente aos 21 anos.

21. Faça um algoritmo que receba a altura e o sexo de uma pessoa, calcule e
imprima o seu peso ideal, utilizando as fórmulas abaixo. Assuma M ou F como sendo os
valores válidos para o sexo de uma pessoa.
 para homens: (72.7 * ALTURA) – 58
 para mulheres: (62.1 * ALTURA) – 44.7

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4. Seleção de Múltipla Escolha

Quando um conjunto de valores discretos precisa ser testado e ações diferentes são
associadas a esses valores, estamos diante de uma seleção encadeada homogênea do
tipo se – senão – se. Como esta situação é bastante freqüente na construção de
algoritmos que dependem de alternativas, utilizaremos uma estrutura específica
para estes casos, a seleção de múltipla escolha.

O modelo que expressa as possibilidades é o seguinte:

escolha(X)
inicio
caso V1 : C1; pare;
caso V2 : C2; pare;
caso V3 : C3; pare;
caso V4 : C4;
fim

Caso o contéudo da variável seletora X seja igual ao valor Vn, então, o comando Cn
será executado; caso contrário, serão inspecionados os outros casos até ser
encontrada uma igualdade ou terminarem os caso.

Para executramos um comando que possui mais de um valor em que se verifica sua
necessidade, agrupamos todos esses valores em único caso. E, para executarmos um
comando que se verifica com todos os outros valores, exceto os discriminados caso a
caso, incluímos outra situação: caso contrário.

escolha(X)
inicio
caso V1 : C1; pare;
caso V2: caso V3 : C2; pare;
caso V4 : C3; pare;
caso V5 : C4; pare;
caso contrário: C5;
fim

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Exemplos
1 – Construa um programa que leia um valor numérico inteiro e uma opção de operação
( 1 – Raiz Quadrada, e 2 – Valor ao Quadrado) a qual o número deve ser submetido.

principal ( )
inicio
inteiro num, op;
real resultado;
escreva(“Digite o valor inteiro: “);
leia(“%i”, &num);
escreva(“Escolha uma opção: “);
escreva(“1: Raiz ou 2: Quadrado: “);
leia(“ %c”, &op);
escolha(op)
inicio
caso 1: resultado  rad(num); pare;
caso 2: resultado  pot(num, 2);
fim
escreva(“O resultado é %r ”, resultado);
fim

Outra versão:
principal ( )
inicio
inteiro num, op;
escreva(“Digite o valor inteiro: “);
leia(“%i”, &num);
escreva(“Escolha uma opção: “);
escreva(“1: Raiz ou 2: Quadrado: “);
leia(“ %c”, &op);
escolha(op)
inicio
caso 1: escreva(“ O resultado é %r “,rad(num));
pare;
caso 2: escreva(“O resultado é %r “,pot(num, 2));
pare;
caso contrário: escreva(“Opção Inválida!!!!”);
fim
fim

Importante! A restrição da estrutura escolha é que o seletor só pode ser variável do


tipo inteiro ou um único caractere.

2 – Construa um algoritmo que leia um caractere, e determine se este é uma vogal


maiúscula, ou um digito numérico (caractere numérico), ou um operador
aritmetico, ou senão um outro caractere.

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principal ( )
inicio
caractere car;
escreva(“Digite um caractere: “);
leia(“ %c”, &car);
escolha (car)
inicio
caso ‘A’: caso ’E’: caso ‘I’: caso ‘O’: caso‘U’: escreva(“Vogal maiúscula”);
pare;
caso ‘0’: caso ‘1’: caso ‘2’: caso ‘3’: caso ‘4’: caso ‘5’: caso ‘6’:
caso ‘7’: caso ‘8’: caso ’9’: escreva(”Valor numérico”);
pare;
caso ‘+’: caso ‘-’: caso ‘*’: caso ‘/’: escreva(“Operador aritmético”);
pare;
caso contrário : escreva(“Você digitou outro caractere”);
fim
fim

Exercícios de Fixação V
0000000

Comando de seleção múltipla


1. Faça um algoritmo que leia uma vogal maiúscula e imprima a vogal subseqüente.
Resolução:
principal ( )
inicio
caractere car;
escreva(“Digite uma vogal maiúscula: “);
leia(“ %c”, &car);
escolha (car)
inicio
caso ‘A’: escreva(“Vogal subsequente: E”);
pare;
caso ’E’: escreva(“Vogal subsequente: I”);
pare;
caso ‘I’: escreva(“Vogal subsequente: O”);
pare;
caso ‘O’: escreva(“Vogal subsequente: U”);
pare;
caso‘U’: escreva(“Vogal subsequente: A”);
pare;
caso contrário : escreva(“Você digitou outro caractere”);
fim
fim

2. Faça um algoritmo que leia um caractere e imprima a mensagem ‘É uma vogal!’,


caso o caractere lido seja uma vogal. Caso contrário imprima ‘O caractere lido não é
uma vogal!’.

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Resolução:
principal ( )
inicio
caractere car;
//Entrada de dados
escreva(“Digite um caractere: “);
leia(“ %c”, &car );
//Processamento e saida de dados
escolha( car )
inicio
caso ‘A’: caso ‘a’: caso ‘E’: caso ‘e’: caso ‘O’: caso ‘o’: caso ‘U’: caso ‘u’:
caso ‘ I’: caso ‘i’: escreva(“ O caracter e uma vogal!”);
pare;
caso contrario: escreva(“O caractere lido não e uma vogal!”);
fim
fim

3. Faça um algoritmo que leia o mês e o ano (em números) e exiba o número de dias
do mês digitado.
Obs.: meses com 30 dias: 4, 6, 9, 11
meses com 31 dias: 1, 3, 5, 7, 8, 10, 12
fevereiro possui 28 dias em ano não bissexto e 29 dias em ano bissexto.
Um ano é identificado como bissexto quando for divisível somente por 4, ou
seja, ANO % 4 == 0. Se Ano também for divisível por 100 ele deve ser
divisível por 400. Exemplos de anos bissextos: 1996, 2000, 2004, 2012, 800,
1200, etc.
Anos que não são bissexto: 100, 700, 1000, 1999, 2014, etc.

4. Faça um algoritmo que leia o número de um mês e imprima o nome do mês por
extenso.

5. Faça um algoritmo que leia uma data (dia, mês e ano) em valores numéricos e a
imprima por extenso como mostrado no exemplo abaixo:
Lido: 21 04 1970
Escrito: 21 de abril de 1970

6. No curso de Introdução a Computação, a nota final do estudante é calculada a partir


de 3 notas atribuídas respectivamente a um trabalho de laboratório, a uma avaliação
semestral e a um exame final. As notas variam de 0 a 10 e a nota final é a média
ponderada das 3 notas mencionadas. A tabela abaixo fornece os pesos das notas:
trabalho de laboratório - peso 2
avaliação semestral - peso 3
exame final - peso 5
Faça um algoritmo que receba as 3 notas, calcule e imprima a média final e o
conceito desse estudante. O conceito segue a tabela abaixo:
Média Final Conceito

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8.0 |___| 10.0 A


7.0 |___ 8.0 B
6.0 |___ 7.0 C
5.0 |___ 6.0 D
< 5.0 E

7. Faça um algoritmo que receba um código de origem (número inteiro) e imprima a sua
procedência. A procedência obedece à tabela abaixo. Caso um código inválido seja
digitado imprima uma mensagem de erro.

Código de Origem Procedência


1 Sul
2 Norte
3 Leste
4 Oeste
5 ou 6 Nordeste
7,8 ou 9 Sudeste
10 até 20 Centro-Oeste
21 até 30 Nordeste
Resolução:

principal ( )
inicio
inteiro codigo;

//Entrada de dados
escreva(“ Digite o codigo da região: “);
leia(“%i”, &codigo);
//Processamento e saída de dados
escolha( codigo )
inicio
caso 1: escreva(“Procedencia: Regiao Sul”);
pare;
caso 2: escreva(“Procedencia: Regiao Norte”);
pare;
caso 3: escreva(“Procedencia: Regiao Leste”);
pare;
caso 4: escreva(“Procedencia: Regiao Oeste”);
pare;
caso 5: caso 6: escreva(“Procedencia: Regiao Nordeste”);
pare;
caso 7: caso 8: caso 9: escreva(“Procedencia: Regiao Sudeste”);
pare;
caso contrário: se ( (codigo>=10)&&(codigo<=20)) então
escreva(“Procedencia: Regiao Centro-Oeste”);
senão
se (( codigo>=21)&&(codigo<=30))
escreva(“Procedencia: Regiao Nordeste”);
senão
escreva(“Codigo invalido”);

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fim //escolha
fim//do algoritmo

8. Faça um algoritmo que receba o código correspondente ao cargo de um funcionário e


imprima seu cargo e o percentual de a umento ao qual este funcionário tem direito
seguindo a tabela abaixo:

Código Cargo Percentual


1 Escriturário 50%
2 Secretário 35%
3 Caixa 20%
4 Gerente 10%
5 Diretor não tem aumento
9. Faça um algoritmo que mostre um menu com as seguintes opções:
1. soma
2. multiplicação
3. finalizar
O algoritmo deve receber a opção desejada, receber os dados necessários para a
operação de cada opção, realizar a operação e imprimir o resultado. Na opção finalizar
nada deve acontecer.

10. Uma companhia de seguros tem três categorias de seguros baseadas na idade e
ocupação do segurado. Somente pessoas com pelo menos 18 anos e não mais de 70 anos
podem adquirir apólices de seguros. As classes de ocupações foram definidas em três
grupos de risco. A tabela a seguir fornece as categorias em função da faixa de idade e do
grupo de risco:

Código do Grupo de Risco


Idade Baixo Médio Alto
18 a 24 7 8 9
25 a 40 4 5 6
41 a 70 1 2 3

Faça um algoritmo que receba a idade (um número inteiro) e o grupo de risco
(representados pelos caracteres: `b`: baixo`; `m`: médio ou `a`: alto) e determine e
imprima o código do seguro.

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UNIDADE V – Comandos de Repetição

O que vamos ver:

 Comandos de Repetição com teste no início


 Comandos de Repetição com teste no final
 Comandos de Repetição com variável de controle

Definição: Comandos de Repetição


São comandos caracterizados por permitir que uma seqüência de comandos seja
executada um número repetido de vezes. (Lembrem-se do exemplo inicial do
algoritmo da troca da lâmpada )

1. Repetição com teste no início

Consiste de uma estrutura de controle do fluxo de execução que permite repetir


diversas vezes um mesmo trecho do algoritmo, porém, verificando ANTES de
cada execução se é permitido executar o mesmo trecho.

Forma geral do comando enquanto:


enquanto (<Condição>) faça
inicio
<comando1>;
<comando2>;
...
<comandon>;
fim

Obs.: O faça está sublinhado pois ele é opcional.

Antes da seqüência de comandos ser executada, a condição é avaliada. Caso seja


verdadeira, a seqüência será repetidamente executada enquanto a condição
permanecer verdadeira.

Note que se a condição for falsa já na primeira avaliação, a seqüência de


comandos não será executada.

A condição deverá se tornar falsa em algum momento, caso contrário a seqüência


será executada indefinidamente (Loop infinito).

Exemplo 1: Mostrar os números inteiros de 1 a 10.


principal ( )
inicio
const inteiro maior = 10;
inteiro i;

i  1;
escreva(“ Números inteiros de 1 até %i: “, maior);

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enquanto ( i <= maior) faça


início
escreva ( “%i “, i);
i  i + 1;
fim
fim

A aplicação do comando enquanto se dá em problemas onde o número de


repetições não é conhecido. O exemplo anterior tem apenas exemplo didático,
pois existe outro comando mais apropriado para este caso.

Exemplo 2: Ler uma seqüência de salários terminada por um salário menor que
zero. Para cada salário, mostrar o novo salário reajustado e, ao final, a média dos
salários reajustados. O valor do reajuste deve ser lido no início do algoritmo.
principal ( )
início
real salario, reajuste, novo_sal, tot_reaj, media;
inteiro num_sal;
tot_reaj  0;
num_sal  0;
escreva (“Entre com o reajuste : “);
leia (“%r”, &reajuste);
escreva (“Entre com o salário ou salário negativo para parar: “);
leia (“%r”, &salario);
enquanto ( salario > 0) faça
início
novo_sal  salario + (salario * reajuste) / 100;
tot_reaj  tot_reaj + novo_sal;
num_sal  num_sal + 1;
escreva (“Salário reajustado: %r “, novo_sal);
escreva (“Entre com o salário ou salário negativo para parar: “);
leia (“%r”, &salario);
fim
se (num_sal > 0) então
início
media  tot_reaj / num_sal;
escreva (“Média dos salários = %r “, media);
fim
senão
escreva (“Não existem dados a serem processados”);
fim

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Exemplo 3: Ler uma seqüência de vogais terminada por ponto e exibir os totais
de vogais e não vogais encontradas.
Resolução:
principal ( )
início
const caractere fim = `.`;

caractere car;
inteiro cont_a, cont_e, cont_i, cont_o, cont_u, outros;

cont_a ß 0; cont_e ß 0; cont_i ß 0;


cont_o ß 0; cont_u ß 0; outros ß 0;
escreva (“Entre com o primeiro caractere ou . para parar: “);
leia (“ %c”, &car);
enquanto ( car != fim) faça
início
escolha (car)
inicio
caso ‘a’: caso ‘A’ : cont_a ß cont_a + 1; pare;
caso ‘e’: caso ‘E’ : cont_e ß cont_e + 1; pare;
caso ‘i’ : caso ‘I’ : cont_i ß cont_i + 1; pare;
caso ‘o’: caso ‘O’ : cont_o ß cont_o + 1; pare;
caso ‘u’: caso ‘U’ : cont_u ß cont_u + 1; pare;
caso contrário: outros ß outros +1;
fim
escreva (“Entre com o próximo caractere ou . para parar: “);
leia (“ %c”, &car);
fim
escreva (“O total de a’s é: %i “, cont_a);
escreva (“O total de e’s é: %i “, cont_e);
escreva (“O total de i’s é: %i “, cont_i);
escreva (“O total de o’s é: %i “, cont_o);
escreva (“O total de u’s é: %i “, cont_u);
escreva (“O total de outros é: %i “, outros);
fim

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2. Repetição com teste no final

Para realizar uma repetição com teste no final, utilizamos a estrutura faça
enquanto, que permite que o bloco ou ação primitiva seja repetido enquanto uma
determinada condição seja verdadeira. O modelo genérico desse tipo de repetição
é o seguinte:

faça
início
<comando1>;
<comando2>;
...
<comandon>;
fim
enquanto(<Condição>);

Este comando, assim como o comando ENQUANTO, é usado quando não é


conhecido o número de vezes que uma seqüência de comandos deverá ser
executada. Porém a seqüência será executada pelo menos uma vez, visto que
a avaliação da condição é feita ao final de cada interação.

A seqüência será executada repetidamente até que a condição seja falsa. Esta
condição deve ser uma expressão que retorne um valor lógico.

A condição deverá se tornar falsa em algum momento, caso contrário a seqüência


será executada indefinidamente (Loop infinito).

Exemplo 4: Mostrar os números inteiros de 1 a 10.


principal ( )
início
const inteiro maior = 10;
inteiro i;
i  1;
escreva(“ Números inteiros de 1 até %i: “, maior);
faça
inicio
escreva (” %i “, i);
i  i + 1;
fim
enquanto (i <= maior);
fim

A aplicação do comando faça enquanto se dá em problemas onde o número de


repetições não é conhecido, mas se deseja que a seqüência de comandos seja
executada pelo menos uma vez. O exemplo anterior tem apenas exemplo
didático, pois existe um outro comando mais apropriado para este caso.

Exemplo 5: Mostrar os números inteiros de 1 a 10, sendo que para cada número
mostrado o algoritmo deve aguardar que sejam pressionadas a tecla C e ENTER
para continuar.

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principal ( )
início
const inteiro maior = 10;
inteiro i ;
caractere tecla ;
i  1;
escreva(“ Números inteiros de 1 até %i: “, maior);
faça
inicio
escreva (“%i “, i);
i  i+ 1;
faça
inicio
escreva (“tecle [C] para continuar…”);
leia (“ %c”, &tecla);
fim
enquanto ((tecla != ‘c’ ) e (tecla != ‘C’));
fim
enquanto (i <= maior);
fim

3. Repetição com variável de controle

Nas estruturas de repetição vistas até agora, ocorrem casos em que se torna
difícil determinar o número de vezes em que o bloco de comandos será
executado. Sabemos que ele será executado enquanto uma condição for
satisfeita. A estrutura para é diferente, já que sempre repete a execução do bloco
de comandos um número determinado de vezes, pois ela não prevê uma condição
e possui limites fixos.
Modelo genérico:
para (< inicialização da var> ; <condição de repetição> ; <incremento da var>)
início
<comando1>;
<comando2>;
...
<comandon>;
fim
O comando para é utilizado quando se deseja executar uma seqüência de
comando repetidamente, um número conhecido e fixo de vezes.

O número de vezes é controlado pela variável de controle <var>. Na primeira


parte < inicialização da var> inicializa a variável de controle quando o comando é
executado pela primeira vez. A segunda parte <condição de repetição> testa se a
repetição deve continuar e a terceira parte incrementa a variável de controle
<var> (que geralmente é de uma unidade).

Nos exemplos abaixo a seqüência será executada 10 vezes.

Exemplo 5: Mostrar os números inteiros de 1 a 10 e de 10 a 1.

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principal ( )
início
const inteiro maior = 10;
inteiro i;
escreva(“ Números inteiros de 1 até %i: “, maior);
para( i  1 ; i<= maior ; i  i + 1)
início
escreva (“ %i “, i);
fim
escreva(“ Números inteiros de %i até 1: “, maior);
para (i  10 ; i>= 1 ; i  i -1)
início
escreva (“ %i “, i); //neste caso, o início/fim são dispensáveis (Apenas um comando)
fim
fim

O incremento/decremento da variável de controle é na maioria das vezes igual a


1 ou -1.

Geralmente o tipo da variável de controle é inteiro.

O que aconteceria se maior = 0 ?

Exercícios de Complementares: Comando Enquanto


01. Escreva um algoritmo que receba a idade de um grupo de pessoas, calcule e
imprima a quantidade de pessoas maiores de idade (idade >= 18 anos). Para encerrar
a entrada de dados, deve ser digitado um valor < 0.
Resolução:
principal ( )
inicio
inteiro idade, cont  0;

escreva(“Digite a primeira idade ou idade < 0 para parar: “);


leia(“%i”, &idade);

enquanto ( idade >= 0 ) faça


inicio
se ( idade >= 18 ) então
cont  cont + 1;

escreva(“Digite a proxima idade ou idade < 0 para parar: “);


leia(“%i”, &idade);
fim

se ( cont > 0 ) então


escreva ( “ Total que atingiu a maioridade: %i “, cont);
senão
escreva(“ Ninguém atingiu a maioridade!”);
fim

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02. Escreva um algoritmo que receba a idade de um grupo de pessoas, calcule e


imprima a porcentagem de cada faixa etária em relação ao total de pessoas.

As faixas etárias são:


01 - 15 anos - A
16 - 30 anos - B
31 - 45 anos - C
46 - 60 anos - D
>= 61 anos - E

Para encerrar a entrada de dados, digite uma idade <= 0.

0 3 . Escreva um algoritmo que receba um conjunto de valores inteiros e


positivos,calcule e imprima o maior e o menor valor do conjunto.
 Para encerrar a entrada de dados, deve ser digitado o valor zero.
 Para valores negativos, deve ser enviada uma mensagem.
 Esses valores (zero e negativo) não entrarão nos cálculos.

04. Faça um algoritmo que apresente um menu de opções (apresentado abaixo) para
o cálculo das operações entre dois números reais lidos previamente:
Programa Calculadora
[1] – adição
[2] – subtração
[3] – multiplicacao
[4] – divisão
[5] – sair do programa
Escolha uma opcao:
Possibilitar ao usuário escolher a operação desejada, mostrar o resultado e voltar ao
menu de opções. O programa só deve permitir a saída se o usuário teclar 5.

05. Faça um algoritmo receba o valor e o código de várias mercadorias vendidas em


um determinado dia. Os códigos obedecem a tabela abaixo:

“L” ou “l” - limpeza


“A” ou “a” - alimentação
“H” ou “h” - higiene

Calcule e imprima:
 total vendido naquele dia, com todos os códigos juntos;
 total vendido naquele dia em cada um dos códigos.
Para encerrar a entrada de dados, digite o valor da mercadoria zero.

Exercícios Complementares: Comando faça/enquanto:


1. Faça um algoritmo que receba como entrada, uma lista de números
positivos ou negativos finalizada com o número zero e forneça, como saída,
a soma dos números positivos, a soma dos números negativos e a soma das
duas parciais.

Resolução:

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principal ( )
inicio
inteiro num, soma_pos  0, soma_neg  0, soma_total;
//Entrada e processamento de dados
faça
inicio
escreva(“Digite um numero inteiro ou 0 para parar: “);
leia(“%i”, &num);
se ( num != 0 ) entao
inicio
se ( num > 0 ) entao
soma_ pos  soma_pos + num;
senao
soma_neg  soma_neg + num;
fim // fim se/entao
fim // fim do bloco faça/enquanto
enquanto ( num != 0 );
soma_total  soma_pos + soma_neg;
//Saída de dados
escreva(“Soma dos positivos: %i “, soma_pos);
escreva(“Soma dos negativos: %i “, soma_neg);
escreva(“Soma Total: %i “, soma_total);
fim

02. Faça um algoritmo que receba a idade e a altura de várias pessoas, calcule e
imprima a média das alturas das pessoas com mais de 50 anos. Para encerrar a
entrada de dados, digite idade <= zero.

03. Construa um algoritmo que leia um conjunto de valores inteiros e positivos, e


determine qual o menor e o maior valor do conjunto. Para valor final de entrada
considerar o valor -1 que não deve ser considerado.

Exercícios Complementares: Comando para:


01. Escreva um algoritmo para calcular N! (fatorial de N), sendo que o valor inteiro
de N é fornecido pelo usuário.

Sabe-se que: N! = 1 * 2 * 3 * ... * (N-1) * N;


0! = 1

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Resolução:
principal ( )
inicio
inteiro num, fat  1, i;
//Entrada de Dados com tratamento de erro
faça
inicio
escreva(“Digite um numero inteiro >=0: “);
leia(“%i”, &num);
se ( num < 0 ) então
escreva(“Numero Invalido!”);
fim
enquanto( num < 0 );
//Processamento de dados
para( i  2; i < = num; i  i + 1 )
fat  fat * i ;
//Saída de dados
escreva ( “%i ! = %i “, num, fat);
fim

02. A conversão de graus Farenheit para Centígrados é obtida por C = (5/9.0) * (F -


32). Faça um algoritmo que calcule e escreva uma tabela de graus Centígrados e os
graus Farenheit, que variam de 50 a 65 de 1 em 1.

03. Faça um algoritmo que receba a idade e o estado civil : C - casado, S - solteiro, V
- viúvo e D - desquitado, de 10 pessoas. Calcule e imprima:

 a quantidade de pessoas casadas;


 a média das idades das pessoas viúvas.

Lembre-se do exercício 11 de algoritmos em Portugol:

11 - Faça um algoritmo que receba um número inteiro, calcule e


imprima a tabuada desse número.
Resolução:
principal ( )
inicio
inteiro i, num;
//Entrada de dados
escreva(“Digite um numero para a tabuada: “);
leia(“%i”, &num);
//Processamento e saída de dados
escreva(“A tabuada de multiplicação do numero “, num, “ : “);
para ( i  1; i <= 10; i  i + 1 )
escreva(“ %i * %i = %i “, num, i, i * num);
fim

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Rastreamento

Memória Tela
i: 1, 2, 3, 4, 5, 6, Digite um numero para a tabuada: 2 <Enter>
7, 8, 9, 10, 11 2* 1=2
num: 2 2* 2=4
2* 3=6
2* 4=8
2 * 5 = 10
2 * 6 = 12
2 * 7 = 14
2 * 8 = 16
2 * 9 = 18
2 * 10 = 20

Exercícios de Fixação VI

1. Faça um algoritmo que imprima todos os números inteiros no intervalo [0, 100].

2. Faça um algoritmo que leia uma seqüência de N números positivos e calcule e


imprima a média aritmética entre eles. A leitura é encerrada quando um número
negativo ou nulo for digitado.

3. Faça um algoritmo que leia o peso, em quilogramas, de N bois e calcule e


imprima:
 o peso médio do rebanho;
 o peso do boi mais gordo; e
 o peso do boi mais magro.
Encerre a leitura quando um peso nulo for digitado.

4. Faça um algoritmo que leia 50 dados contendo as medidas de diferentes


retângulos (base, altura), e emita um relatório contendo o perímetro e a área de
cada retângulo.

5. Escreva um algoritmo que encontre o maior e o segundo maior número de uma


série de números lidos do teclado.
Obs: - Use uma marca (um flag) para a saída do comando de repetição, uma vez que o
número de repetições não é conhecido.

6. Faça um algoritmo que leia uma seqüência de números inteiros positivos (um
por vez), e verifique se eles são pares ou impares.
Obs: - Use uma marca (um flag) para a saída do comando de repetição, uma vez que o
número de repetições não é conhecido.

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7. S e j a S = 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, ... um exemplo de uma série de


Fibonacci. Perceba que o padrão de comportamento desta série é tal que cada
número a partir do terceiro é a soma dos dois anteriores. Escreva um algoritmo
que gere uma série de Fibonacci até o n-ésimo termo, onde n será um valor lido.
Dica: - leia os dois primeiros termos.
Resolução:
principal ( )
inicio
inteiro n, t1 2, t2  3, t3, cont  2;
//Entrada de dados com trat. de erro
faça
inicio
escreva(“Entre com o numero de termos ( >=3): “);
leia(“%i”, &n );
se ( n < 3 ) então
escreva(“Numero de termos invalido!”);
fim
enquanto( n < 3 );
//Processamento e saída de dados
escreva(“Serie de Fibonacci: %i %i “, t1, t2);
enquanto( cont < n )
inicio
t3  t1 + t2;
escreva( “ %i “, t3);
t1  t2;
t2  t3;
cont  cont + 1;
fim
fim

8. Dada a série: 2 3 4 9 16 29 54 99... onde cada elemento a partir do quarto é


a soma dos três termos que lhe antecedem. Faça um algoritmo que leia apenas os
três termos iniciais, que podem ser quaisquer, e, a partir daí, obtenha e imprima
mais 20 termos da referida série.

9. Faça um algoritmo que calcule e imprima o valor da soma:


S = 1 + 3 + 5 + 7 + ... + 99
1 2 3 4 50

10. Faça um algoritmo para calcular o valor da equação abaixo. Onde o valor de n
será lido.
n
2
S  6
k 1
k
11. Faça um algoritmo que leia um conjunto de 30 matrículas dos vendedores de
uma firma comercial, juntamente com os respectivos totais de vendas diárias e
verifique quantos deles estão na faixa compreendida entre R$500.00 e R$1500.00.

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Imprima uma listagem contendo todas as matrículas das pessoas situadas no


intervalo especificado, bem como o total delas.

12. Faça um algoritmo que leia uma seqüência de N (o valor de N é lido durante a
execução do algoritmo) conjuntos de dados, cada conjunto contendo a conta do
correntista de uma caderneta de poupança e seu respectivo saldo médio.
Imprima:
a) o total de clientes bons, clientes que possuem o saldo médio entre 500 e 1000
reais;
b) o total de clientes razoáveis, clientes que possuem o saldo médio menor 500
reais;
c) o número da conta com maior saldo médio.

13. Faça um algoritmo que leia 80 números reais, imprima o menor e o número de
vezes que ele aparece.
Resolução:
principal ( )
inicio
real num, menor;
inteiro vezes , i;

escreva(“Digite o 1o numero real: “);


leia(“%i”, &num );
menor  num;
vezes  1;

para ( i 2; i<= 80; i  i+1)


inicio
escreva(“Digite o %io numero real: “, i );
leia(“%i”, &num );
se ( num < menor)
inicio
menor  num;
vezes  1;
fim
senão
se ( num == menor )
vezes  vezes + 1;
fim
escreva(“O menor numero foi %i e apareceu %i vezes“, menor, vezes);
fim

14. O sistema de avaliação de uma determinada disciplina obedece aos seguintes


critérios :
 durante o ano letivo são dadas três notas.
 a nota final é obtida pela média aritmética das notas dadas durante o curso.

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 é considerado aprovado o aluno que obtiver a nota final superior ou igual a


7.0 e que tiver comparecido a um mínimo de 40 aulas.
Faça um algoritmo que:
a) Leia um conjunto de dados contendo a matricula, as três notas e a
freqüência de 100 alunos.
b) Imprima:
 para cada aluno, o número de matricula, a freqüência, a nota final e
uma mensagem informando se este esta aprovado ou reprovado;
 a maior e a menor nota da turma;
 a nota média da turma; e
 o total de alunos reprovados.

15. Faça um algoritmo que leia uma seqüência de dados contendo a matrícula e a
medida da altura dos funcionários de uma empresa e imprima:
 altura média dos funcionários;
 o total de funcionários baixos (altura inferior a 1.55 m); e
 o total de funcionários de altura mediana (1.55m <= Altura <= 1.75m).
Obs: - utilize uma marca (um flag) para indicar o final da entrada de dados.

16. Um serviço de correspondência sentimental mantém um fichário de seus


clientes. Cada ficha contém as seguintes informações: Matrícula, Sexo (M, m, F
ou f), Idade, Altura (em m), Peso (em quilogramas), Cor dos olhos (1-azul, 2-
castanhos, 3- outros), Cor dos cabelos (1- ruivos, 2- loiros, 3- outros).
Prepare um algoritmo que leia este fichário e imprima as matrículas de:
 Todos os homens loiros de olhos castanhos, altura maior que 1.75 m,
pesando entre 75Kg e 95 Kg.
 Todas as mulheres ruivas de olhos azuis, altura entre 1.65 m e 1.75 m,
pesando menos de 60 Kg.
Obs: - utilize uma marca (um flag) para indicar o final da entrada de dados.
Resolução:
//Usarei a digitação de uma matricula negativa ou nula como flag de parada

principal ( )
inicio
inteiro matricula, idade, cor_olhos, cor_cab;
real altura, peso;
caractere sexo;

faca
inicio

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escreva(“Digite a matricula ou matricula <= 0 para parar: “);


leia(“%i”, &matricula);
se ( matricula > 0 )
inicio
escreva(“Sexo (m ou f): “);
leia(“ %c”, &sexo);
escreva(“Idade: “);
leia(“%i”, &idade);
escreva(“Altura e peso: “);
leia(“%r%r”, &altura, &peso);
escreva(“Cor dos olhos: “);
escreva(“1. Azul ou 2. Castanho ou 3. Outros “);
leia(“%i”, &cor_olhos);
escreva(“Cor dos cabelos: “);
escreva(“1. Ruivos ou 2. Loiros ou 3. Outros “);
leia(“%i”, &cor_cab);
se ( (sexo == ‘F’) ||(sexo==’f’))
se ( cor_cab == 1 )
se (cor_olhos == 1 )
se ( (altura>=1.65) && ( altura<=1.75))
se ( peso < 60)
escreva(“A matricula e %i “, matricula);

se ( (sexo == ‘M’) ||(sexo==’m’))


se ( cor_cab == 2 )
se (cor_olhos == 2 )
se ( altura>1.75)
se ( (peso >= 75) && ( peso <=95))
escreva(“A matricula e %i “, matricula);
fim//se matricula
fim
enquanto(matricula>0);
fim

17. Faça um algoritmo à ser fornecido ao Detran para provimento das informações
abaixo descritas, referentes a acidentes em estradas:
 percentagem de motoristas não-habilitados;
 percentagem de homens no volante; e
 percentagem de motoristas inexperientes (menos de 20 anos).

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Os dados de entrada contém o ano de nascimento, o sexo e o código de habilitação


dos motoristas, sendo: Código de Habilitação = 1 - motorista habilitado e Código de
Habilitação = 2 - motorista não-habilitado.
Obs: - utilize uma marca (um flag) para indicar o final da entrada de dados.

18. Faça um algoritmo que teste a validade de uma senha digitada no teclado. A
digitação deve ser refeita até que a senha correta seja digitada ou o número de
tentativas seja maior que 5. A senha correta é o número 12345.

19. Faça um algoritmo que tendo lido uma vogal minúscula imprima sua
correspondente maiúscula. Repita a leitura quantas vezes for necessário até que
uma vogal maiúscula seja digitada como entrada.

20. Faça um algoritmo que leia um número inteiro no intervalo [1, 12] e imprima o
nome do mês correspondente. Garanta que somente números no intervalo [1, 12]
serão aceitos.

21. Faça um algoritmo que imprima a soma de todos os inteiros no intervalo [5, 30].

22. Faça um algoritmo que leia N notas, N é lido, calcule e imprima a média
aritmética entre elas.

23. Faça um algoritmo que leia 50 números e imprima o menor e o maior.

24. Dada a série 2 3 4 9 16 29 54 .... Faça um algoritmo que leia os três primeiros
termos e em seguida imprima os próximos 20 termos.

25. Faça um algoritmo que leia o preço e o código de 20 mercadorias presentes em


uma cesta básica. Os códigos obedecem à tabela abaixo:
‘l’ ou ‘L’ : limpeza
‘a’ ou ‘A’ : alimentação
‘h’ ou ‘H’ : higiene
Calcule e imprima:
- o preço total da cesta básica; e
- para cada código, o preço total das mercadorias presentes na cesta.

26. De posse de um conjunto de dados contendo a altura e o sexo (F, f, m ou M) de 15


pessoas. Faça um algoritmo que calcule e imprima:
 a maior e a menor altura do grupo;
 a altura média das mulheres; e
 o número de homens.

27. A conversão de graus Farenheit para Celsius é obtida por C = 5/9*(F-32). Faça um
algoritmo que calcule e escreva uma tabela de equivalência entre graus Celsius e
graus Farenheit, com os valores variando de 1 em 1 de 50 a 65 graus Farenheit.

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28. Uma empresa decidiu fazer um levantamento dos seus 500 funcionários. Faça um
algoritmo que leia para cada funcionário a idade, o sexo (F, f, m ou M),
experiência de mais de 3 anos no serviço (S, s, n ou N). Calcule e escreva:
 o número de funcionários do sexo feminino;
 o número de funcionários do sexo masculino;
 a idade média dos homens com mais de 3 anos de experiência no serviço;
 a porcentagem dos homens com mais de 45 anos entre o total de homens;
 o número de mulheres com idade inferior a 35 anos com mais de 3 anos
de experiência; e
 a menor idade entre as mulheres com experiência no serviço.

29. Faça um algoritmo que imprima as tabuadas de multiplicação dos números de 1


a 10.

30. Faça um algoritmo que receba 2 notas de 10 alunos. Calcule para cada aluno sua
média e imprima uma mensagem de acordo com a tabela abaixo:
Média Mensagem
Abaixo de 3 Aluno Reprovado
Entre 3 e 7 Aluno de Recuperação
Maior ou igual a 7 Aluno Aprovado

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UNIDADE VI – Estrutura de Dados Composta Homogênea e Unidimensional

O que vamos ver:

 Vetores
 Tipos Estruturados
 Variáveis Compostas Homogêneas
 Variáveis Compostas Unidimensionais – VETORES

1. Vetores
Retornando ao conceito de informações e tipos de informação, podemos notar que
foi feita uma divisão imaginária, a fim de tornar mais simples a classificação das
informações. Talvez alguns já tenham notado que a quantidade de tipos de dados
primitivos não é suficiente para representar toda e qualquer informação que possa
surgir. Portanto, em muitas situações, esses recursos são escassos, o que poderia ser
suprido se existissem mais tipos de dados ou, ainda melhor, se esses tipos pudessem
ser “construídos”, criados, à medida que se fizessem necessários.

2. Tipos Estruturados
São organizações de dados construídas a partir da composição dos tipos primitivos
já existentes (caractere, inteiro, real). Esses novos tipos podem armazenar um
conjunto de dados conhecidos como variáveis compostas. As variáveis que
armazenam esses tipos de dados podem ser classificadas em: variáveis compostas
homogêneas e variáveis compostas heterogêneas.

3. Variáveis Compostas Homogêneas

São variáveis que armazenam vários elementos do mesmo tipo primitivo.

Exemplo: alcatéia (vários lobos), conjunto de números inteiros, e outros.

As variáveis compostas são estruturas de dados (armazenam um conjunto de dados).


Esses dados podem ser armazenados em dois tipos de variáveis: as variáveis
unidimensionais (conhecidas como vetores) e as variáveis multidimensionais
(conhecidas como matriz).

4. Variáveis Compostas Unidimensionais - VETORES


São variáveis que necessitam de apenas um índice para individualizar um elemento
do conjunto.

Exemplo:
real media[40];
ou usando uma constante:

const inteiro TAM=40; // const int TAM = 40;

real media[TAM]; // float media[TAM];

Estrutura que se forma:

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media:
0 1 2 3 4 5 6 ... ... 39
8.0 7.0 5.5 9.5 6.4 9.9 1.0 4.8

Para acessar cada elemento da variável composta unidimensional (vetor) é


necessário especificar o nome da variável seguido do número do elemento que se
deseja acessar (deverá estar entre colchetes). Este número tem o nome de índice. O
índice pode varia de 0 até n-1 (onde n é o número que representa a quantidade de
variáveis simples do vetor).
Exemplos de utilização de um vetor:
leia (“%r”, &media[1]); // scanf(“%f”, &media[1]);
media [2]  8.5; // media[2] = 8.5;
escreva(“ %r “, media[3]);// printf(“%.2f\n”, media[3]);
.......
Exemplo 1: Dados 5 valores numéricos reais elaborar um algoritmo que calcule e
exiba a média dos valores dados e quantos desses valores estão acima da média.
a) Resolução sem utilizar vetor:
principal ( )
início
inteiro cont ;
real n1, n2, n3, n4, n5, media;
cont 0;
escreva(“ Digite o 1º número: “);
leia (“%r”, &n1);
escreva(“ Digite o 2º número: “);
leia (“%r”, &n2);
escreva(“ Digite o 3º número: “);
leia (“%r”, &n3);
escreva(“ Digite o 4º número: “);
leia (“%r”, &n4);
escreva(“ Digite o 5º número: “);
leia (“%r”, &n5);
media  (n1+n2+n3+n4+n5)/5;
escreva(“A média dos números é %r“, media);
se (n1>media) então
cont  cont + 1;
se (n2>media) então
cont  cont + 1;
se (n3>media) então
cont  cont + 1;
se (n4>media) então
cont  cont + 1;
se (n5>media) então
cont  cont + 1;
escreva(“Quantidade de números acima da média é %i“, cont);
fim

b) Resolução utilizando variável composta:

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principal ( )
início
const inteiro qn = 5; // Quantidade de números
real media, numeros[qn], soma;
inteiro i, cont;
cont  0; soma 0; // Inicialização das variáveis contadora e
// acumuladora

para (i0; i < qn ; i  i+1)


início
escreva(“Digite o %io número: “, i+1);
leia(“%r”, &numeros[i]);
fim

para (i0; i < qn ; i  i+1)


soma soma + numeros[i];

media  soma/qn;
escreva(“ A média dos números é: %r “, media);

para (i0; i < qn ; i  i+1)


inicio
se (numeros[i]>media) então
cont  cont +1;
fim
escreva(“ Quantidade de números acima da média: %i “, cont);
fim

Exemplo 2 – Elabore um algoritmo que leia, some e imprima o resultado da soma


entre dois vetores inteiros de 50 posições.
Resolução:
principal ( )
início
const inteiro TAM = 50; // Tamanho do vetor
inteiro vet_a[TAM], vet_b[TAM], vet_r[TAM]; // Declaração dos vetores;
inteiro i; // Declaração da var. inteira a ser utilizada para índice
// Entrada de dados para os dois vetores:
para (i 0; i<TAM; i i+1)
inicio
escreva(“Digite o %io número do vetor a: “, i+1);
leia(“%i”, &vet_a[i]);
escreva(“Digite o %io número do vetor b: “, i+1);
leia(“%i”, &vet_b[i]);
fim

// Processamento de dados
para (i 0; i<TAM; i i+1)
vet_r[i]  vet_a[i] + vet_b[i];

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// Saída de dados
escreva (“ Vetor soma: “);
para (i 0; i<TAM; i i+1)
escreva(“ %i”, vet_r[i]);
fim

Exercícios Propostos:
1) Dado um vetor contendo 10 elementos numéricos elabore um algoritmo que
verifique se outro valor dado pertence ou não ao vetor, se pertencer exibir quantas
vezes ele aparece no vetor. Caso contrário, mostrar uma mensagem informando que
o número não está no vetor.

2) Considere um vetor de tamanho máximo 100 de números reais. Solicite ao


usuário qual o limite superior válido que ele deseja e em seguida desenvolva um
algoritmo que leia o vetor até o limite superior escolhido e determine qual é o
menor valor existente no vetor. O algoritmo deve ainda subtrair de todos os
elementos este valor. Exibir o vetor resultado.

3) Faça um algoritmo que receba as notas da primeira prova de 10 alunos e


armazene essas notas em um vetor. Receba as notas da Segunda prova de 10 alunos
e armazene essas notas em outro vetor. Calcule e imprima a média entre essas duas
notas de cada aluno.

4) Faça um algoritmo que receba as médias de 10 alunos e armazene essas média


em um vetor. Calcule e imprima:
- a média da classe;
- a quantidade de alunos aprovados, isto é, com média >= 7;
- a quantidade de alunos reprovados, isto é, com média < 7.

5) Faça um algoritmo que receba a temperatura média de cada mês do ano e


armazene essas temperaturas em um vetor; calcule e imprima a maior e a menor
temperatura do ano e em que mês estas temperaturas aconteceram.

Exercícios de Fixação VII

1 . Faça um algoritmo que leia um vetor de 40 valores inteiros. Imprima os índices


onde o número 23 aparece.

2. Faça um algoritmo que leia dois vetores A e B de 30 componentes. Gere o vetor C,


do mesmo tipo de A e B, onde cada elemento de C é a subtração do elemento
correspondente de A com B.

3. Faça um algoritmo que tendo lido 2 vetores, A e B, de 20 e 30 elementos,


respectivamente, construa um vetor C composto pela junção dos vetores A e B.
Por exemplo:

const inteiro tam1 = 20, tam2 = 30;

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inteiro vet_a[tam1], vet_b[tam2], vet_c[tam1+tam2];


Exemplo:
vet_a:

0 1
8 7

vet_b:
0 1 2
17 13 55
vet_c:

0 1 2 3 4
8 7 17 13 55

4. Faça um algoritmo que leia um vetor A de 100 componentes. Construa um vetor B,


do mesmo tipo do vetor A, observando a seguinte lei de formação: se o índice do
componente em B é par este deve receber o componente correspondente em A
multiplicado por 2; se o índice em B é impar este recebe o componente
correspondente em A.
Exemplo:
Vet_a:
0 1 2 3 4 5 6 ... ... 99
8 7 5 9 6 9 1 4

Vet_b:
0 1 2 3 4 5 6 ... ... 99
16 7 10 9 12 9 2 4

5. Faça um algoritmo que leia a nota dos 60 alunos da disciplina de programação e


imprima:
 A nota média da turma
 A menor e a maior nota da turma
 O total de alunos cuja nota é inferior a nota média da turma

6. Faça um algoritmo que leia 50 notas e 50 matrículas dos alunos de Programação.


Informe os números de matrícula dos alunos cuja nota é inferior à nota média da
turma.

7. Um armazém trabalha com 100 mercadorias diferentes identificadas pelos


números inteiros de 1 a 100. O dono do armazém utiliza uma tabela para guardar o
preço de cada mercadoria. A tabela tem o formato mostrado abaixo:

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1 2 3 4 5 ... 100
5 20 10 8 54 ... 4.5
onde, a posição 1 armazena o preço da mercadoria identificada pelo número 1, e
assim por diante.
Faça um algoritmo que tendo lido uma tabela com o formato acima imprima o
número das mercadorias cujo preço é maior que 5 reais.

8. Faça um algoritmo que tendo lido um vetor VET de 10 números inteiros positivos,
crie um novo vetor VETPAR com os elementos pares do vetor VET. Antes de
preencher o vetor VETPAR com os números pares de VET faça com que todos os
componentes de VETPAR recebam o valor zero.

Exemplo:
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Vetor VET 2 9 7 5 10 4 3 1 6 21
=

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Vetor VETPAR 2 10 4 6 0 0 0 0 0 0
=

9. Faça um algoritmo que leia dois vetores de 10 elementos do tipo real. Intercale os
elementos destes dois vetores criando um novo vetor de 20 elementos.

Exemplo:
Vetor1
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
2 9 7 5.5 10 4 3 -1 6 21
Vetor2
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
32 -4 12 6 90 -4 5 43 27 82
Vetor criado a partir dos anteriores
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
2 32 9 -4 7 12 5.5 6 10 90 4 -4 3 5 -1 43 6 27 21 82

10. Faça um algoritmo que leia as médias os alunos da turma de Programação.


Calcule a média da turma e imprima as médias maiores ou iguais a média da turma.
Considere que a turma possua no máximo 60 alunos e que existe a possibilidade de
não estar completa.

11. Faça um algoritmo que leia 2 vetores, vetor_1 e vetor_2, de 30 elementos e


informe quantas vezes cada elemento de vetor1 aparece no vetor_2.
Exemplo: Considere os vetores abaixo:
Vetor1

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Programação de Computadores I Prof. Erlon Pinheiro

0 1 2 3 4
2 9 7 5 1
Vetor2
0 1 2 3 4
2 -4 2 7 5

A saída de dados deve ser:

O 1o numero do vetor 1 ( 2 ) apareceu 2 vez(es) no vetor 2


O 2o numero do vetor 1 ( 9 ) NAO apareceu no vetor 2
O 3o numero do vetor 1 ( 7 ) apareceu 1 vez(es) no vetor 2
O 4o numero do vetor 1 ( 5 ) apareceu 1 vez(es) no vetor 2
O 5o numero do vetor 1 ( 1 ) NAO apareceu no vetor 2

12. Uma empresa comercializa uma peça especial para a fábrica da Ferrari. O preço
da peça é determinado mensalmente de acordo com uma tabela anual (vetor). Faça
um programa C que receba a quantidade de peças vendidas por MÊS e armazene
essas quantidades em um vetor. Receba também o preço que a peça foi
comercializada e armazene esses preços em outro vetor. Em seguida o programa
deve: (a) Calcular e mostrar o total de peças vendidas e (b) calcular e mostrar o
faturamento bruto total da empresa em um ano (quantidade * preço).

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