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ALVENARIA ESTRUTUAL

TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO

PROFª ESP. ADRIANE F. LINO


História  Edifícios mais altos foram construídos por
volta de 1972, também em São Paulo.
Condomínio Central Parque Lapa com 4
Início blocos com 12 pavimentos em alvenaria
armada de blocos de concreto.
 Os primeiros edifícios apontados no Brasil,
foram por volta do ano 1966 em São Paulo,
com blocos vazados de concreto e com
apenas 4 pavimentos.
ALVENARIA ESTRUTURAL

O principal conceito estrutural ligado à utilização da alvenaria


estrutural é a transmissão de ações através de tensões de
compressão. Esse é o conceito crucial a ser levado em conta
quando se discute a alvenaria como processo construtivo para
elaboração de estruturas.

Fonte: Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural, Márcio A.


Ramalho - PINI
Componentes da Alvenaria Estrutural
 Blocos: Entre as diversas propriedades que podem ser analisadas, três são consideradas
fundamentais e constituem os parâmetros de controle dos blocos. Estas são: a resistência à
compressão; a precisão dimensional e o índice de absorção, os blocos podem ser de
concreto, cerâmico ou sílico-calcários
 Argamassa: A argamassa de assentamento possui as funções básicas de solidarizar
as unidades, transmitir e uniformizar as tensões entre as unidade de alvenaria,
absorver pequenas deformações e prevenir a entrada de água e de vento nas
edificações.
 Graute: É um concreto com agregados de pequena dimensão e relativamente fluído,
eventualmente necessário para o preenchimento de vazios.
 Armaduras: Barras de aço, utilizadas nas construções em alvenaria, sendo as memas
utilizadas nas estruturas de concreto armado.
Norma NBR 14974-1:2003 - Bloco sílico-calcário para alvenaria - Parte 1: Requisitos, dimensões e métodos de Norma ABNT NBR 14974-1:2003 - Bloco sílico-
ensaio calcário para alvenaria - Parte 1: Requisitos,
dimensões e métodos de ensaio
Requisito
Característica Dimensões dos Dimensões dos
Classe A - 4,5 MPa blocos inteiros meios blocos
Classe B - 6,0 MPa (cm) (cm) (1)
Classe C - 7,5 MPa Tipo
Com Com
Classe D - 8,0 MPa Larg Altur Larg Altur
prim prim
Classe E - 10,0 MPa ura a ura a
ento ento
Resistência à compressão Classe F - 12,0 MPa
Classe G - 15,0 MPa Furado,
Classe H - 20,0 MPa perfurado 11,5 11,3 24,0 11,5 11,3 11,5
Classe I - 25,0 MPa ou vazado
Classe J - 35,0 MPa

Furado,
12,0
perfurado 14,0 11,3 24,0 14,0 11,3
(2)
ou vazado

Os blocos devem ter aspecto homogêneo, compacto e arestas vivas, bem como que
sejam isentos de fissuras ou outros defeitos que possam prejudicar seu assentamento, Furado,
12,0
Aspecto visual resistência ou durabilidade do edifício. Pequenas imperfeições próprias do processo de perfurado 17,5 11,3 24,0 17,5 11,3
(2)
fabricação, transporte ou manuseio não devem constituir motivo de rejeição do lote, ou vazado
desde que atendidos os demais requisitos.

A absorção de água deve situar-se entre o limite inferior de 10% e superior de 18% (10%
Absorção de água (AA)
≤ AA ≤ 18%)

Tolerâncias Dimensionais ± 2 mm para cada grandeza considerada: largura, altura e comprimento


Bloco de Concreto
Requisitos Estrutural tipo A
Estrutural tipo B

Absorção D'Água (% massa) 10 (individual)

~2 (largura)
Tolerâncias Dimensionais (mm)
~3 (altura e comprimento)
6 MPa (blocos em paredes
externas sem revestimento)
Resistência à compressão 4,5 Mpa (blocos em paredes
internas ou externas com
revestimento)
140 x 190 x 190
140 x 190 x 390
Dimensões (mm)
140 x 190 x 190
140 x 190 x 390

Se forem detectadas não conformidades nas dimensões dos blocos (altura, largura e comprimento), isso
indica, em geral, falha no processo de produção, isso é: na fabricação ou na fiscalização dos lotes. Os
problemas com precisão dimensional afetam diretamente a coordenação modular e contribuem para
aumentar os desperdícios de blocos.
A norma 15270-2/2005 recomenda os seguintes limites de  A resistência do bloco (fbk) depende
tolerância – Blocos Cerâmicos: dos materiais primas utilizados na
fabricação do bloco assim como do
Tolerância individual Tolerância média processo de queima. Em geral,
considera-se a resistência como um
Largura (L) indicador de qualidade do bloco.
Comprimento (C) ±5 mm ±3 mm Devido a importância deste parâmetro,
Altura (H) a norma define o procedimento a ser
utilizado para estimar a resistência à
compressão de um lote.
Desvio em relação ao  O valor de resistência mínima para
esquadro (D) ±3 mm ±3 mm
bloco estrutural é 3 MPa, sendo a
Planeza das faces (F)
resistência de 6 MPa o valor mais
comum no mercado. A demanda por
prédios mais altos tem incentivado
 A alvenaria de blocos cerâmicos apresenta algumas fábricas a disponibilizarem
características muito importantes: precisão blocos de 10, 15 e 18 MPa.
dimensional, boa resistência à compressão,
isolamento térmico e acústico, resistência ao fogo e à
penetração da chuva, flexibilidade para a estética.
Argamassa
 Usualmente composta de areia, cimento, cal
e água, a argamassa deve reunir boas
características de trabalhabilidade,
resistência, plasticidade e durabilidade para
o desempenho de suas funções.
 Para o projetista é necessário o conhecimento
da resistência média à compressão da
argamassa, uma vez que a NBR 10837
especifica diferentes valores de tensão
admissível á tração e ao cisalhamento para
alvenaria em função desse parâmetro.

 A Plasticidade é quem realmente permite


que as tensões sejam transferidas de modo
uniforme de uma unidade à outra.
Graute
 Aplicado em determinados pontos da
alvenaria, ele atua como enrijecedor
estrutural. Serve para preencher as
cavidades dos blocos onde serão
acomodadas as armaduras e as amarrações
das paredes.
 Dessa forma pode-se aumentar a capacidade
portante da alvenaria à compressão ou
permitir que as armaduras colocadas
combatam tensões de tração que a
alvenaria por si só não teria condições de
resistir.
 O graute serve também para suprir as
deficiências locais da argamassa, ajudando
a distribuir melhor os esforços na alvenaria.
 Segundo a NBR 10837, o graute deve ter a
sua resistência característica maior ou igual
a duas vezes a resistência característica do
BLOCO.
Armaduras
Elementos da Alvenaria Estrutural

 Paredes: interação de paredes em canto e vãos,


modulação
 Pilares: amarração das paredes em cantos e bordas;
 Cintas: existência de cintas sob a laje do pavimento e à
meia altura;
 Vergas e Contra-Vergas:
Modulação
 Modular a alvenaria é projetar
utilizando uma unidade modular, que
é definida pelas medidas dos blocos,
que podem ou não ser múltiplas umas
das outras.
 A modulação garante a racionalização
da construção e permite o alto índice
de produtividade que este processo é
capaz de atingir, além de reduzir o
desperdício com ajustes e cortes de
blocos.
 Utilizar a família 29 é projetar usando
unidade modular 15 e múltiplos de 15,
onde 15 é a medida do bloco de 14 cm
mais 1 cm de espessura das juntas.
Neste caso, os blocos têm sempre 14
cm de largura, ou seja, o comprimento
dos blocos é sempre múltiplo da
largura, o que evita o uso dos
elementos compensadores, salvo para
ajuste de vãos de esquadrias.
Normas
 Existe um conjunto completo de normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
voltadas à qualidade dos materiais e ao sistema construtivo de alvenaria estrutural com blocos de
concreto. As principais são:
 NBR 15873/2010 – Coordenação Modular para Edificações
 NBR 6136/2016 – Blocos Vazados de Concreto Simples para Alvenaria – Requisitos
 NBR 7184:92 – Determinação da resistência à compressão
 NBR 8215/1983 - Prisma de Blocos Vazados de Concreto Simples para Alvenaria Estrutural Preparo
e ensaio à Compressão
 NBR 15961-1/2011 - Alvenaria estrutural – Blocos de concreto – Parte 1: Projeto
 NBR 15961-2/2011 - Alvenaria estrutural — Blocos de concreto — Parte 2: Execução e controle de
obras
 NBR 12118/2011 – Blocos Vazados de Concreto Simples para Alvenaria – Métodos de ensaio
 NBR 14321 – Paredes de Alvenaria Estrutural – Determinação da resistência ao cisalhamento
 NBR 14322 – Paredes de Alvenaria Estrutural – Verificação da resistência à flexão simples ou à
flexo-compressão.
 NBR 10837:89 – Cálculo de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto
 NBR 8798:85 – Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de
concreto

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