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PSICOLOGIA COMUNITARIA

UMA PROPOSTA ETICA:


Ao lado de um movimento reivindicatório e ativista que se instalou no Brasil por volta dos anos 1960 e
1970, fez com que surgisse nova área de atuação da Psicologia denominada de Psicologia Comunitária.
O conselho Regional de Psicologia de São Paulo, em pesquisas de 1995, registrou dados sobre a
Psicologia no Brasil, entre eles, constatou que o potencial da profissão ainda não estava sendo explorado
adequadamente e disponibilizado para toda a população, mas preferencialmente para aquela com maior
poder aquisitivo; ainda constata que ela não estava suficientemente comprometida com a transformação
social.

DA CONCEITUAÇÃO A AÇÃO:

• Surgimento da expressão:
• EUA, 1970
• Lane (2000, p. 18):
• “A maioria dos trabalhos dessa época tinham um forte cunho assistencial e manipulativo, utilizado
técnicas procedimentos sem necessária análise crítica - a intenção era boa, porém não os resultados
obtidos.”

• Psicologia Comunitária e a Psicologia Social

• Buscam compreender o psiquismo do sujeito a partir do seu engajamento social


• O ser humano historicamente construído
• Circunstancialidade do sujeito
• Busca compreender a subjetividade e a sua importância

• Freitas (2000, p. 73):


• “A Psicologia (social) comunitária utilizasse do enquadre teórico da psicologia social, privilegiando o
trabalho com grupos, colaborado para a formação da consciência crítica e para a construção de uma
identidade social e individual orientada por preceitos eticamente humano.”

• Sawai (2000, p. 51)


• A Psicologia Comunitária no Brasil surgiu com a finalidade de democratizar a Psicologia, contribuir
para a melhoria das condições de vida das pessoas de baixa renda e fomentar a transformação social.
Assim, ela tem como objetivo contribuir para emancipação social, por meio de ações conscientizadoras
que oportunizem aos indivíduos das comunidades identificarem seus problemas e encontrarem formas de
enfrenta-los e resolve-los, em vez de aceitarem a condução e a tutela de outros.

• O trabalho precisa ser feito de modo a valorizar os talentos e respeitar os limites de todos e de cada um.
Por exemplo, é recomendável explorar a expressão oral, o uso de recursos audiovisuais, os trabalhos de
grupo, as atividades de psicodrama, sabendo-se que eles tem uma finalidade que ultrapassa a descrição
de uma situação ou a informação.
UM FAZER ETICO:
A opção pelo trabalho comunitário traz embutida uma profissão de fé no outro, como ser de direitos
e de respeito, independentemente de sua condição financeira e social
O trabalho comunitário é ético por si mesmo, pois a verdadeira comunidade é aquela que não subtrai
do outro o direito de participação livre, porquanto possui como princípio básico a democracia, a inclusão, e a
participação .
Assim a Psicologia Comunitária não é apenas uma nova área de atuação do psicólogo, mas um
espaço para se promover mudanças sociais e transformações nas condições de vida das pessoas, em direção a
uma vida mais digna, justa, e fiel.

UMA ETICA DO FAZER:


Partindo-se da convicção de que trabalhar em comunidade é lutar por uma sociedade mais justa,
solidaria, digna e humana, e que o fazer da Psicologia Comunitária, por si soo, pressupõe essa dimensão
ética, procuraremos nos aprofundar nesse fazer, ou seja, a fim de encontrarmos um balizamento ético sobre
essa pratica.
O trabalho comunitário é uma necessidade, é um compromisso social, como forma de fazer frente as
injustiças sociais, que exclui os diferentes (pobres, negros, mulheres, crianças, idosos) e os priva de viver a
dignidade.
O importante é o profissional se comprometer em colocar o saber da psicologia a serviço das
demandas sociais, das mudanças que se fizeram necessárias aos avanços coletivos anteriormente elencados.

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