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Texto Ina Von Binzer – Os meus romanos

Introdução

O inicio da educação escolar aos 10 anos em um internato por um ano, fez exame de
professora anos depois. Após o falecimento de sua mãe se viu obrigada a representar a
família.Após estes acontecimentos Ina segue para dar aulas por conta própria e chega ao Brasil
em 1881 que permaneceu até 1884.
Deu aula para famílias antigas do Rio de Janeiro e São Paulo a obra é considerada
importante, pois retrata uma época de maneira bem detalhada e intima.
Houve no prefácio perguntas, dúvidas de como a historia foi registrada (edições,
publicações e traduções) das cartas. Se fez também uma pesquisa sobre as famílias nas quais a
autora teve contato e a escola na qual trabalhou, uma vez que, no livro não contém citações
detalhadas e aprofundadas, como nome dos envolvidos e exatidão de alguns lugares no qual Ina
teve contato.

As cartas de Ina Von Binzer

As cartas são escritas para a amiga da autora durante toda a sua passagem no Brasil.
Ela descreve como era sua rotina, seus olhares e percepções coma nova vida em um pais
no qual está se acostumando socialmente e se esforçando a se acostumar. Se auto intitula em
todas as cartas Ulla, por achar curioso e gostar da idéia cultural de apelidos e diminutivos que
temos em fazer com nomes.
Seus relatos falam da comida, horários, hábitos e rotinas diárias, formas cuidados com o
jardim e empregados (que na época se mantinham os escravos) das casas de famílias e da escola
onde se hospedou obtinham vários costumes diferentes aos dela, nos quais se tornam uma
dificuldade de compreensão e principalmente adaptação.
No primeiro ano em 1881, com a primeira família que continha 12 filhos, sendo que 7
deles ficam em sua responsabilidade de ensino integral de alemão e Frances.
Outra visão que a escritora tem é as relações de culturas brasileira e africana, com a sua
alemã, onde fax comparações e até mesmo certos julgamentos, isto também se aplica com a
relação de visão ao mundo e sociedade da época, principalmente quando se aborda o fato do
negro, escravo, o processo de abolição da escravatura, a ausência de políticas aplicadas para tal
grupo social. O que preocupava e incomodava Iná era como a sociedade não tratava da falta de
estruturas presentes e planos futuros sobre a libertação dos escravos.
Visão que podemos tomar como entendida uma vez que Ina era professora e percebia
como a ausência que os negros estavam tendo á acessos formativos educacionais e até mesmo
de formação ao trabalho iria afetar toda á historia do nosso país. No meu ponto de vista ela
estava certa pois nossa divida histórica reflete até hoje nos dias atuais em vários campos de
importantes na estrutura da nossa sociedade brasileira.
Durante os anos que Ina permanece no Brasil é descrito seu deslumbre pelas riquexas
naturais como as plantações de café e igrejas em Minas Geais, festa de São João, viagem da
serra paulista á Santos, também descreve a diferença nada positiva de comemorações como o
carnaval e o natal e ao clima da cidade do Rio de Janeiro.
Em suas cartas há bastante detalhes também sobre a forma de tratamento os brasileiros
com hospedes e seu contato com a corte da sociedade brasileira, uma de suas citações foi ai ida
a casa de Dom Pedro I, no qual tal edifício hoje se tornou o museu nacional.
Outra observação citadas nas cartas de Ina é referente ao comercio que existia uma
grande defasagem de certas profissões como sapateiros, por exemplo, e dos produtos serem
todos importados da Europa, nos mostrando assim uma falta de produção brasileira.
Sua atuação como professora de Frances, alemão e de piano é exposta nas casas de
família do Rio de Janeiro e no internato de maneira sempre muito frustrante pois as diferenças
culturais e social, nas quais a praticamente impedem de lecionar, pois as pedagogias alemãs
conhecidas por ela, não são aplicáveis em nosso pais, por tais diferenciações, apenas em São
Paulo, Ina consegue trabalhar da maneira como idealizava pois a família na qual a contratou
tinha referências alemãs em sua estrutura familiar.
Apesar de Ina ser sempre contratada pela mais alta sociedade da época, o que nos mostra
como a educação tinha seu acesso limitado e restritivo apenas a alta classe da sociedade.
Contudo seu tratamento com o professor era mínimo, isto é muitas vexes a hospedagem e local
de aulas era precária, isto nos mostra a cultura sobre falta de valorização do profissional da
educação.
Em São Paulo, por ter ficado em uma cidade do interior, nos mostra ainda a ausência de
transportes e estradas estruturas, no quais eram utilizados cavalos, carruagens, carroças, com
trilhas de terra, densa vegetação, que muitas vezes proposital para manter a segurança da casa.
As cartas de Ina por serem sempre a amiga são sempre bem descritivas nos levando ao
imaginativo de cada situação imposta pela mesma, nos ajudando a reconstruir a sociedade da
época em suas variáveis temáticas além da educação como: tratamento ao trabalhador, estrutura
de cidades urbanas e rurais, formação de cultura nacional, vida cotidiana.
A documentação dessas cartas é uma ótima documentação histórica por serem narrativas
descritivas, apesar com um olhar de uma estrangeira é um registro histórico importante para o
entendimento da construção de nossa sociedade e de nossa história.

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