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Trabalho Avaliativo - Ánalise de Romance Romântico

A Moreninha - Joaquim Manuel de Macêdo

P2 - Técnico Integrado em Edificações - IFCE

Alunos: Arielly Pereira Rodrigues, Camila Vitória da Silva Almeida,

Carlos Augusto Mendes de Oliveira, Letícia Carvalho Rodrigues,

Maria Gabriela dos Santos Feitosa, Mariana Assunção Amado de Oliveira

Professora: Eugênia Tavares Martins

Narrar O quê? Com quem? Onde? Quando? Como? Porquê?

Contar Fato Com os Espaço/ Período de Modo Razão/


algo personagens Ambiente tempo Motivo

BIOGRAFIA

1.0 - Dados do Autor

Joaquim Manuel de Macedo, jornalista, professor, romancista, poeta,


dramaturgo e escritor de memórias, nasceu em Itaboraí, RJ, em 24 de junho de
1820, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11 de abril de 1882. É o patrono da
cadeira n°20 da Academia Brasileira de Letras.

É filho de Severino de Macedo Carvalho e Benigna Catarina da Conceição.


Formou-se no Colégio do Rio de Janeiro, com especialização em medicina, e
exerceu no interior da província por um período de tempo. No mesmo ano em que se
formou em 1844, publicou " A Moreninha" e tornou-se famoso de uma só vez, dando
início a uma pequena revolução literária e iniciando uma onda de romances
nacionais. Alguns estudiosos acreditam que a heroína do livro é obviamente sua
namorada e futura esposa Maria Catarina de Abreu Sodré, prima de transposição -
Alvarez de Azevedo, irmã mais nova.

Em 1849, fundou a revista Guanabara com Araújo Porto-Alegre e Gonçalves


Dias, seu poema de romance A maior parte do conteúdo de "A Nebulosa" apareceu
na revista, e alguns críticos o consideraram um dos melhores trabalhos do
romantismo.

Voltou ao Rio, abandonou a medicina e foi professor de história e geografia


do Brasil na Academia Pedro II. Tem uma relação estreita com a família real e foi
professor dos filhos da princesa Isabel. Como evidenciado por seu discurso
parlamentar, ele lutou no Partido Liberal e serviu-o com princípios de lealdade e
firmeza. Ele serviu como representante provincial (1850, 1853, 1854-59) e
representante geral (1864-68 e 1873-81). Membro muito ativo do Instituto Histórico
(desde 1845) e do Comitê Gestor da Educação Pública do Tribunal (1866). Nos
últimos anos, ele sofreu de declínio mental e morreu antes dos 62 anos.

Entre as várias atividades que desenvolve, a sua carreira intelectual é ativa e


fecunda. Como um dos fundadores do romance brasileiro, foi considerado uma das
maiores figuras da literatura contemporânea durante sua vida até o sucesso de seu
principal romancista, José de Alencar.

O memorialista ainda é lido com interesse nas Memórias da Rua do Ouvidor


e Um passeio pela cidade do Rio de Janeiro. Foi no romance, entretanto, que
Macedo conseguiu perdurar.

2.0 - Algumas Obras

A moreninha (1844)

O moço loiro (1845)

Os dois amores (1848)

Rosa (1849)

Vicentina (1853)

O forasteiro (1855)

Os romances da semana (1861)

Rio do Quarto (1869)

A luneta mágica (1869)

As Vítimas-algozes (1869)
As mulheres de mantilha (1870-1871).

ESTRUTURA

1.0 - Enredo

a) Apresentação:

Tudo começa quando Filipe convida os amigos Augusto, Leopoldo e


Fabrício para festejar e passar o feriado de Sant'Anna na casa de sua avó, na
Ilha de Paquetá. Já na ilha, os estudantes conhecem Dona Ana, a anfitriã, e
as três mulheres mais bonitas da ilha:Carolina, Joaquina e Joana.

Eles conversam sobre as mulheres que estarão nas festividades e as


paixões que poderiam surgir. Daí, surge a aposta.

b) Complicação: Quebra da zona de conforto.

Filipe, com o apoio dos outros estudantes, aposta com Augusto, (o mais
inconstante do grupo, e que nunca fica mais de um mês com a mesma
pessoa) que ele iria se apaixonar por uma mesma moça, por mais de 15 dias,
e não se cansaria dela. Se Augusto ficasse apaixonado, ele perderia a aposta
e deveria escrever um romance da experiência que vivera. Se Filipe
perdesse, ele quem deveria escrever o romance.

c) Clímax:

Acontece quando os dois estão na gruta da ilha. Dias antes, Augusto


contou à avó de Carolina sobre sua primeira paixão, e que não sabia de
nenhuma informação da garota atualmente. Carolina diz que ouviu tudo e que
Augusto deve procurar sua antiga paixão de infância, e ele retruca falando
que a ama, e não à outra menina.

Então, a situação se resolve quando Moreninha revela que ela é a moça


a quem ele prometeu se casar, lhe mostrando o “camafeu”, um presente que
ele deu quando os dois eram crianças.

d) Desfecho/Desenlace: Solução para o problema.


O desfecho dá-se no final da história quando Augusto e Carolina já estão
de casamento marcado, e Augusto perde a aposta que havia feito com Filipe.

e) Epílogo:

Filipe, Fabrício e Leopoldo chegam à ilha. Nesse dia, completa 1 mês da


aposta dos rapazes, então Filipe cobra o romance de Augusto, que declara já
estar pronto e ser intitulado como “A moreninha”.

2.0 - Personagens

2.1. Principais:

Augusto: Ele estuda medicina, é romântico e se apaixona por Carolina. É


descrito como inconstante nos seus relacionamentos, se apaixona fácil mas
logo perde o encanto.

Leopoldo: É estudante de medicina, sendo o mais animado e engraçado dos


amigos de Augusto.

Fabrício: É outro estudante de medicina, amigo de Augusto. Não está


disposto a se relacionar amorosamente.

Filipe: estudante de medicina, irmão de Carolina e amigo de Augusto.

Carolina: É a moreninha(apelidada assim pelo seu tom de pele), é irmã de


Filipe, tem 14 anos. É inquieta, engraçada e mora com a avó.

Dona Ana: É avó de Filipe e Carolina, tem 60 anos, é dona da casa na ilha e
tem um carinho especial por seus netos, por serem órfãos.

Joaquina: É uma menina loira e de olhos azuis, tem 16 anos e é prima de


Filipe.

Joana: Também é prima de Filipe, tem 17 anos, é branca e tem cabelos


escuros.

2.2. Protagonistas

Augusto e Carolina,a Moreninha.

2.3. Antagonista:
Não há um “vilão” propriamente dito. O que mais se assemelha é o pai de
Augusto, por ser turrão e proibir o filho de visitar Carolina aos domingos, por
achar que a paixão está interferindo nos seus estudos.

2.4. Secundário:

Fabrício, Filipe, Leopoldo, D. Violante, D. Quinquinha, D. Gabriela, D.


Clementina, o pai de Augusto, Rafael(Escravo/criado de Augusto),
Tobias(Escravo de Joana), D. Ana, Paula (criada de Carolina, foi sua ama-de-
leite), Kleberc (alemão que mora na ilha).

2.5. Personagens planos: (aquele que não muda durante a narrativa;)

A maior parte dos personagens são planos, simples, construídos


superficialmente, inclusive a própria Carolina.

2.6. Personagens redondos: (aquele que “cresce” no decorrer da narrativa)

Augusto é o personagem que mais se destaca, e que finalmente se


apaixona de verdade, sem “cansar” da moça tão rápido. Essa mudança de
comportamento representa seu crescimento na narrativa.

2.7. Tipos:

Todos os personagens são típicos da burguesia do Rio de Janeiro do


século XIX, com suas problemáticas girando ao entorno das futilidades
burguesas.

2.8. Estereótipos:

Os escravos/criados são estereotipados e só aparecem na trama para


serem maltratados ou realizar o desejo de seus amos. Eles não possuem
desejos próprios, ou um desenvolvimento maior.

As moças primas de Filipe retratam o ideal feminino daquele período, não


possuindo maiores preocupações além da paixão com os rapazes, ou com o
próprio visual.

3.0 - Espaço/Ambiente

3.1 Espaço:
Se passa, na maior parte do tempo, na casa de veraneio (localizada na
Ilha de Paquetá, na Baía de Guanabara, Rio de Janeiro) de D. Ana.

3.2. Ambiente: “clima que rola”.

Rola um clima de romance, “A moreninha” é uma história básica de


romance onde o final da história é um final feliz como a maioria das histórias
românticas.

4.0 - Tempo

O tempo é cronológico, se desenvolvendo ao decorrer de 3 semanas e


meia. É linear na maior parte do tempo, porém em alguns momentos ocorrem
flashbacks.

5.0 - Narrador

Narrador observador onisciente: narra em 3ª pessoa – quase um “Deus”;


conhece a fundo os personagens; descreve suas sensações e emoções.

O romance é escrito em terceira pessoa, com narrador onisciente, que é


como se Augusto tivesse contando a história

6.0 - Discurso: fala/interação entre os personagens.

6.1. Discurso direto:

- Estamos no dia 20 de agosto: um mês!

- É verdade! Um mês!…exclamou Filipe.

- Um mês!… gritaram Fabrício e Leopoldo.

6.2. Discurso indireto:

O experimentado velho fingiu ter-se deixado enganar, e retirando-se, trancou


a porta ao pobre estudante.

6.3. Discurso indireto livre:

Bravo! exclamou Filipe, entrando e despindo a casaca, que pendurou em um


cabide velho.
IMPORTÂNCIA

1.0 - Sua importância dentro do Romantismo

A obra A Moreninha tem sua importância no fato de ser considerado o


primeiro romance romântico brasileiro. Como a maior parte dos movimento
literários, o romantismo era mais forte na Europa, por ter surgido lá, e o livro
de Joaquim Manuel de Macêdo foi responsável por dar os primeiros passos
do Romantismo no território nacional, este que foi a escola de maior duração
no país, perdurando por cerca de 60 anos.

A linguagem é simples, o enredo baseado no suspense prende o leitor, e


o final é feliz, características típicas dessa fase romântica. Joaquim, o autor,
ficou conhecido na corte do Rio de Janeiro, por retratar a alta sociedade da
cidade naquela época.

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