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FICHA DE LEITURA
JOÃO PESSOA
2016
HANRELL RAMON RIBEIRO DE SOUZA
FICHA DE LEITURA
JOÃO PESSOA
2016
SUMÁRIO
1. IDENTIFICAÇÃO DO LIVRO.............................................................................................3
1.1. Título...............................................................................................................................3
1.2. Autor(a)..........................................................................................................................3
1.3. Editora............................................................................................................................3
1.4. Data de edição..............................................................................................................3
2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO AUTOR.................................................................................3
2.1. Dados biográficos.......................................................................................................3
2.2. Outras obras.................................................................................................................3
3. CONTEÚDO DO LIVRO......................................................................................................3
3.1. Resumo..........................................................................................................................3
3.2. Caracterização da personagem favorita................................................................5
3.3. Citações favoritas........................................................................................................6
3.4. Opinião sobre o livro..................................................................................................6
4. PASSANDO ADIANTE........................................................................................................7
4.1. Indicação motivadora para leitura da obra............................................................7
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1. IDENTIFICAÇÃO DO LIVRO
2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO AUTOR
3. CONTEÚDO DO LIVRO
3.1. Resumo
atrás da moreninha que ultimamente tem atraído seu olhar e aquecido seu
coração. Chegando lá, percebe que ela está chorando e muito agoniada com a
saúde de sua ama. Ela estava lavando os pés da senhora com uma água
quase fervente e Augusto, solidário, oferece-se para ajudar. Depois de
melhorado o problema, a moreninha resolve deixar d. Paula repousar e vai se
embelezar para um sarau. Veste-se estonteantemente com um vestido para lá
de ousado para as damas da época e, como sempre, atrai todos os olhares.
Solicitada para dançar com vários, da preferência a um só cavalheiro: Augusto.
Este, por sua vez, já havia cantado mais de um par de moças pela festa, e
agora se engraçava com Carolina.
Ao fim da festa, as damas da festa perceberam que Augusto havia
cantado várias moças na mesma noite, e reunidas resolvem se vingar. No
ambiente que planejam sua vingança, a moreninha finge dormir, e escuta todo
o plano: as damas vão por um bilhete no paletó de Augusto, convidando-o para
a gruta com o intuito de zombá-lo. A moreninha se apressa em fazer outro
bilhete contando a armadilha, porém não revela sua identidade. Augusto,
alertado da trapaça, vai até o lugar marcado preparado, e, ao invés de ser
zombado, prega uma peça nas moças vingativas: conta-lhes todos os segredos
que ouvira no dia que adentrou o gabinete feminino. As moças vão embora
estarrecidas, porém, Augusto também tem uma surpresa. A autora do outro
bilhete chega, é Carolina, e essa resolve contar segredos, desta vez, os de
Augusto. A menina travessa revela que ouviu toda a conversa de d. Ana e
Augusto na gruta, e ela acaba bebendo um gole da água daquele lugar
também. Augusto, que já está completamente apaixonado por Carolina, resolve
se declarar e contar de todo seu amor, mas é como se a moreninha não
quisesse ouvir, e não o deixa falar.
As festas se acabam e agora já é tempo de cada um voltar para suas
casas. Augusto não para um segundo de falar de d. Carolina, está doente de
amor. Num par de fins de semanas seguintes, Augusto viajou até a Ilha de
Paquetá para passar um pouco do seu tempo com sua tão amada Carolina que
resolveu o ensinar a bordar. Perto de sua viagem de volta à sua casa, Augusto
consegue finalmente confessar seu amor por d. Carolina e esta diz que
também ama, mas que tem medo que seu amado apenas a iluda por alguns
dias. O estudante, curioso, pergunta se esse amado haveria de ser ele e a
menina travessa apenas responde com: talvez.
Uma das características mais românticas deste livro é quando o pai de
Augusto não o deixa mais sair de casa para ir a Ilha de Paquetá e ele apenas
definha mofino. Não come, não dorme, apenas chora de saudade de sua
amada. Quando seu pai percebe que a coisa realmente é seria, o sentimento é
verdadeiro e que ele está fazendo seu filho sofrer, resolve libertá-lo e vão os
dois à Ilha. O pai, agora, com a intenção de conversar com a avó de Carolina,
d. Ana. Por outro lado, Carolina também só sofria na Ilha e, assim como a índia
Ahy, esperava seu amado todos os dias cantando na pedra da gruta.
Percebendo o amor que acontecia entre os dois jovens, a avó de
Carolina toma as rédeas da situação e sugere o casamento do casal. Carolina,
então, não consegue responder e pede meia hora de reflexão perto da gruta,
para finalmente dar sua resposta. Augusto, curioso, resolve seguir sua amada.
Conversando na gruta, Carolina revela que não pode se casar com rapaz que
tem seu coração prometido à outra, ela se refere à menina travessa da infância
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Este trecho me traz uma realidade muito grande, pois sou uma pessoa
que fica tentando aliviar a tristeza de momentos platônicos na esperança, que
acaba os tornando menos impossíveis. Muitos costumam dizer que a
esperança é a ultima que morre, mas eu costumo completar dizendo que ela é,
também, a primeira que mata (risos).
“Amor?... Amor não é efeito, nem causa, nem princípio, nem fim, e é
tudo isso ao mesmo tempo; é uma coisa que... sim... finalmente, para
encurtar razões, amor é o diabo...” (Leopoldo, p. 110/111)
Logo após ler a obra A Moreninha, esta logo se tornou uma das minhas
leituras favoritas. O livro é lindo, sensível e tocante. Ler um livro de dois
séculos atrás é incrível, pois te faz viajar para aquela época e te mostra como
tudo acontecia, como eram dadas as relações sociais, as paisagens, etc.
Mesmo sendo o romance de estreia do autor, a sua maturidade literária
é admirável. Joaquim Manoel de Macedo consegue, além de tudo, criar mais
duas histórias dentro do enredo principal do livro: Os Breves, Branco e Verde e
As Lágrimas de Amor. Ainda, cria uma balada belíssima cantada pela índia
Ahy. Essa artimanha de explorar história dentro de história oferece ao leitor um
enorme aprofundamento na obra e acaba criando fortes vínculos entre quem lê
e quem habita a trama.
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4. PASSANDO ADIANTE
Pode-se dizer muito de uma obra quando alguém gasta apenas um dia
para lê-la de tanta empolgação! Recomendo muito a leitura de A Moreninha,
pois é um livro que te encanta por levar o leitor em uma viagem de volta ao
século XIX e por se passar completamente aqui, no nosso país, o que só o
torna ainda mais aconchegante. Além disso, não é uma obra daquelas
gigantescas que se tornam cansativas pela metade, essa é curta (menos de
200 páginas) e você lê como se estivesse ouvindo música. Este livro é beleza
em palavras, acolhe, cativa e te deixa freneticamente curioso para descobrir o
destino de Augusto e Carolina.