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BIOGRAFIA WILLIAM SHAKESPEARE

Nascido na Igreja da Santíssima Trindade em 1564, na Inglaterra, Willian


Shakespeare foi um poeta e dramaturgo. John Shakespeare, seu pai, era
negociante e até chegou a ser vereador da cidade onde eles moravam,
Stratford. O escritor estudou na King's New School e aos 18 anos, se casou
com a gestante Anne Hathaway. Possivelmente, no ano de 1588, ele se mudou
para a capital do país, onde começou sua carreira como ator. Em 1592, os
teatros de Londres foram fechados devido a uma epidemia que se alastrou pela
cidade, que só voltaram a abrir 2 anos mais tarde.

Em 1593, publicou o poema Vênus e Adônis e um ano depois, O estupro de


Lucréia (ambos dedicados ao terceiro conde de Southampton, Henry
Wriothesley, que passou a patrocinar William em suas obras). Nessa época, o
jovem William se tornou dramaturgo da The Lord Chamberlain's Men,
escrevendo para essa companhia por quase duas décadas. No ano de 1596,
seu filho Hamnet, de apenas 11 anos, faleceu de causas desconhecidas. Um
ano após, comprou um casarão na sua cidade natal, onde morreu em 1616.

Shakespeare dois poemas narrativos e 154 sonetos. Entretanto, ele é mais


conhecido pelos textos dramáticos. Suas peças foram montadas em um
contexto renascentista, marcado pela valorização humana em oposição à fé e
religião. Foi o principal autor do teatro elisabetano (conhecido assim, pois
surgiu no reinado de Elizabeth I). Nesse período, a Inglaterra ainda matinha
alguns vínculos com as tradições medievais, fazendo com que o teatro servisse
de base para a cultura religiosa e popular. Suas obras dramáticas têm
inspiração dos valores do povo inglês. Alguns especialistas veem semelhanças
entre Romeu e Julieta com a lenda da Idade Média, Tristão e Isolda. Sabemos
que a peça é apenas uma adaptação de "A Trágica História de Romeu e
Julieta", escrito por Arthur Brooke em 1562.

O teatro shakespeariano tem a peculiaridade de ter o lirismo filósofico. As


tragédias, comédias, tragicomédias e dramas têm uma perspectiva mais
humanizada, colocando em evidência os conflitos entre seres humanos,
colocando a subjetividade humana acima da supremacia de Deus. Os sonetos
de Shakespeare apresentam a característica classicista e trazem enigmas e
mistérios. A maior parte de tais sonetos foi direcionada a Henry Wriothesley
(sugerindo até mesmo um caso de amor entre eles, mas isso ainda não é
confirmado). Willian também produziu "sonetos ingleses", se opondo aos
clássicos sonetos italianos. Um soneto shakespeariano é composto por duas
estrofes, sendo a primeira com 12 versos e a segunda com apenas 2; também
é predominante verbos decassílabos e a "medida nova".

As obras de William Shakespeare são divididas em 4 fases:


Fase 1- Literatura mais humanista, atentando ao gênero épico e lírico, pois
dependia do patrocínio da nobreza, e esse tipo de gênero era amado pelos
nobres. Exemplos abaixo:

Vênus e Adônis; O Estupro de Lucréia; Sonetos

Fase 2 - Dramaturgia (carreira no teatro); peças históricas, comédias leves ou


com temática amorosa. Exemplos abaixo:

Trabalhos de amores perdidos; A comédia dos erros; Os dois cavalheiros de


Verona; Tito Andrônico; Romeu e Julieta; Ricardo III; Sonho de uma noite de
verão; O mercador de Veneza; A megera domada

Fase 3 - Período trágico (tragédias e comédias melancólicas). Exemplos


abaixo:

Júlio César; Hamlet; Muito barulho por nada; Troilo e Créssida; Medida por
medida; Otelo; Rei Lear; Macbeth; Antônio e Cleópatra; Coriolano

Fase 4 - Devido a perseguição de funcionários do estado, William teve que


recorrer novamente à proteção da nobreza. Suas peças tiveram que se
adequar ao gosto da aritocracia, com essa fase sendo marcada por um período
de resignação (tragicomédias e temas amenos). Exemplos abaixo:

Conto de inverno; Cimbelino; A tempestade

Frases famosas

"Ser ou não ser, eis a questão"

"Zomba da dor quem nunca foi ferido"

“Se um homem fosse o porteiro do inferno, ficaria velho de tanto girar a chave.”

“Amor que é cego não acerta o alvo.”

RESUMO

A Obra “A Tempestade” conta a história de Próspero, duque de Milão e sua


filha, Miranda. Entretanto, o próprio irmão de Próspero, Antônio, tomou Milão
para si após Próspero confiar o ducado ao nome de seu mano. O legítimo
duque é expulso de sua terra e colocado em um barco, que vai naufragar em
uma ilha onde ele e sua filha ficam. Próspero é revelado como uma espécie de
“feiticeiro”, que tem o poder de invocar espíritos, como Ariel, Íris, Ceres e Juno,
que o ajudam a naufragar o navio com uma tempestade que carrega Alonso
(rei de Nápoles), seu irmão, Sebastião; Ferdinando, filho do rei, Antônio;
Gonzalo, que ajudou Próspero a arranjar suprimentos e tecidos, Trínculo, um
palhaço; Estéfano, despenseiro do navio, o capitão, o contramestre, e mais
pessoas, como Francisco e Adriano, que são nobres.

A história se desenrola com Próspero tendo Calibã, uma besta terrível da ilha
como seu servo e tentando reencontrar seu irmão naquele lugar para se vingar.
Ferdinando, o filho do rei, encontra Miranda e se apaixona perdidamente pela
moça. A princípio,Próspero não aceita o relacionamento de ambos e até
trancafia o rapaz na caverna. Do outro lado da ilha, Antônio tenta aliciar
Sebastião a tomar o trono de seu irmão, mas eles não conseguem, pois na
hora do plano, Gonzalo é acordado pela doce cantiga de Ariel.

Trínculo e Estéfano, seduzindo Calibã, conseguem transformá-lo em seu


súdito; o monstro, já cansado de Próspero, revela informações cruciais a eles,
dizendo que poderiam matar o verdadeiro duque de Milão e serem reis daquela
ilha. Os três ficam bêbados e partem para tentar achar o feiticeiro e sua filha.
Alonso continua tentando achar seu filho. Em um banquete, Ariel tenta contar a
Alonso, Gonzalo e os nobres que Sebastião e Antônio são traidores da realeza,
mas isso apenas confunde os homens. Ariel prega peças em Trínculo e
Estéfano, fazendo o despenseiro dar um soco no palhaço por supostamente
continuar a amaldiçoar Calibã, coisa que o espírito invisível fez.

No fim, cachorros a mando de Próspero caçam Trínculo e Estéfano, e todos


acabam se reunindo perto da caverna. O duque de Milão acaba permitindo que
Ferdinando se case com sua filha e ainda perdoa o irmão pela traição. Ariel é
liberto por Próspero e todos vão escutar sua história.

CRÍTICA

“A Tempestade” apresenta um vocabulário muito complexo. Isso é bom, pois


enriquece o texto, mas dá certa dificuldade ao ler. Gostei muito da história,
como Shakespeare encaixou o sobrenatural e elementos de sua época, como o
duque de Milão e o Rei de Nápoles na obra. Mais pontos positivos são a
humanidade dos personagens: alguns bebem em demasia, outros sofrem por
uma perda, cantam , se divertem, cometem pecados e traições. É ótimo em um
livro esse traço de humanizar as pessoas, além de certos momentos cômicos e
tristes. Os personagens “enrolam” muito quando vão falar algo, e são bem
exagerados. Por exemplo, quando Próspero vai contar sua história para
Miranda, a moça diz: “Vossa história curaria até os próprios surdos”. Os
exageros são uma peculiaridade marcante da obra, e com certeza todas as
obras de Shakespeare tinham esses traços que o diferenciava dos demais
artistas da época. Em suma, livro muito bom e interessante. Recomendo uma
leitura para quem for paciente em buscar significados de algumas palavras
complexas.
PRINCIPAIS PERSONAGENS:

PRÓSPERO, duque de Milão.

ANTÔNIO, irmão de Próspero.

FERDINANDO, filho do rei de Nápoles.

CALIBÃ, escravo selvagem.

MIRANDA, filha de Próspero.

ARIEL, espírito do ar controlado por Próspero.

FONTES:

Livro “A Tempestade”:

http://www.fatecjd.edu.br/clubedolivro/ebooks/A%20Tempestade-William
%20Shakespeare.pdf

Biografia de William Shakespeare:

https://brasilescola.uol.com.br/literatura/william-shakespeare.htm

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