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RELATO

A relação dos alunos e alunas com os diversos Diários, apresentados a eles, deu-lhes o
relacionamento com a escrita diária, no ambiente escolar, de seus próprios diários.
Posteriormente juntamos todos neste presente Diário.

Temos relatos diários, dos alunos, que foi inspirado, primeiramente, pela leitura da Biografia da
Maria Carolina de Jesus, depois começamos a leitura na Biblioteca, da EMEF EJA João Alves dos
Santos, toda semana, de algumas páginas do Livro intitulado Quarto de Despejo, onde Carolina
Maria de Jesus surgiu com este autêntico exemplo de literatura-verdade, que relata o cotidiano
triste e cruel de uma mulher que sobrevive catadora de lixo e moradora da favela do Canindé, em
São Paulo, na segunda metade da década de 50, Carolina usava os cadernos que encontrava no
lixo para escrever pensamentos e contar seu cotidiano. Em seu diário, ela detalha o dia a dia dos
moradores da favela e, sem rodeios, descreve os fatos políticos e sociais que via. Como catadora
de papel e faz de tudo para espantar a fome e criar seus filhos na favela. Em meio a um ambiente
de extrema pobreza e desigualdade de classe, de gênero e de raça, nos deparamos com o duro
dia a dia de quem não tem o amanhã, mas que ainda assim resiste diante da miséria, da violência
e da fome. E percebemos com tristeza que, mesmo tendo sido escrito na década de 1950, este
livro jamais perdeu sua atualidade. O texto é tido como referência da escrita feminina no Brasil.

E nas aulas de português, fizemos outras atividades com outras escritoras de diários, tais como:

 Diário da Marina Torres Sella, uma jovem de 15 anos que foi passar as férias no
acampamento.
 O Diário de Zlata - Zlata Filipovic, tem onze anos e vive em Sarajevo. Mantém um diário,
no qual vai registrando seu cotidiano. Mas a guerra surge na ex-Iugoslávia e invade
subitamente o diário da menina com outros fatos, a guerra. As preocupações do dia a dia
desaparecem diante do medo, da raiva, da perplexidade, que passam a ser registradas no
seu Diário.
 O Diário de Anne Frank - Anne Frank – Anne Frank, uma garota de 13 anos, é obrigada a
se esconder com sua família no sótão de uma casa, para escapar dos campos de
concentração nazistas. Trancada nesse pequeno espaço, com pouco a se fazer e muitos
inconvenientes, ela se entrega cada vez mais a seu grande amigo: seu diário. De "12 de
junho de 1942 - 1° de agosto de 1944. Ao longo deste período, a jovem Anne Frank
escreveu em seu diário toda a tensão que a família Frank sofreu durante a Segunda
Guerra Mundial. Ao fim de muitos dias de silêncio e medo aterrorizante, eles foram
descobertos pelos nazistas e deportados para campos de concentração. Anne inicialmente
seguiu para Auschwitz e mais tarde para Bergen-Belsen."
 Por último, temos O Diário (nem Sempre) Secreto de Pedro, Pedro é um adolescente
comum, irrequieto e cheio de questionamentos: sobre o corpo, sobre o comportamento das
pessoas. Escreve seu cotidiano em um diário, onde coloca suas surpresas,
decepções, esperanças e dúvidas. É um relato bem-humorado, com alguns toques de
ironia, mas cheio de prazer pela vida, curiosidade pelas novas descobertas e alegria pela
primeira conquista amorosa.

Também, assistimos o Filme O Diário de Anne Frank, e alguns documentários. Fernando,


professor de Geografia, passou o filme Escritores da Liberdade.

Fomos ao Teatro , onde o ator Euclides Franco encena "Quarto de Despejo", peça de Carolina de
Jesus considerada um marco da literatura feminina no Brasil, na Sala dos Toninhos, na Estação
Cultura, onde os alunos e alunas tiveram contato com a oralidade sobre o que já havíamos lido na
Biblioteca, sobre a vida de Carolina, sendo assim mais fácil o entendimento da peça apresentada,
por Carolina ser uma vítima da pobreza e do desespero, e o lugar imposto a quem vive no limite.
Apesar de tudo com as dificuldades e problemas da favela, ela conseguiu dar uma educação
digna a seus três filhos. A peça foi fiel ao escrito no Diário Quarto de Despejo. O livro “Quarto de
Despejo” serviu de base para a adaptação teatral e evidencia as inquietudes sociais e as
experiências emocionais de quem vive na falta das coisas essenciais para viver, também aponta
a trajetória ímpar da escritora Carolina Maria de Jesus devotava a sua vida a um propósito: seu
amor à literatura que a fez tirar do lixo as palavras, e das palavras, uma forma de combater as
desigualdades do mundo. Mas milhares de Carolinas ainda se encontram à margem da
sociedade, nas periferias, no subemprego, debaixo dos viadutos, nos presídios, nos hospícios, e
na luta diária para vencer a fome. Por isto sua voz não se cala. E ela vive. Os "quartos de
despejo" triplicaram. O Brasil precisa conhecer a força de Carolina e a sua realeza.

O Diário relata a realidade e o cotidiano do dia a dia de todos, numa época de pós-pandemia,
onde ainda estão se adaptando ao chamado Mundo Novo. As falas e os fatos são aqui
apresentados, com as escritas em folhas avulsas em forma de diário, de cada um dos alunos e
alunas, respeitando fielmente a linguagem deles e delas, sem regras gramaticais corretas, sem
regras de pontuação, sem ter a correção pela professora de protuguês, enfim, contrariando a
gramática, mas que traduz com realismo o que foi relatado pelos mesmos, pela sua maneira de
expressar o seu mundo.

Toda a Equipe Pedagógica esteve envolvida neste Projeto, cada professor de sua área contribuiu
para que este Diário saísse do papel e virasse esta realidade, que vos é apresentado.

CAPAS DOS DIÁRIOS TRABALHOS NA ÁREA DE PORTUGUÊS


Diário da Marina Torres Sella

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