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Gestão de Equipamentos Sociais I

2º Ano, 1º Semestre – MÓDULO PROF. GONÇALO SANTINHA

2014/2015

Desde a década de 70 tem-se notado um aumento da população idosa, não só em Portugal como também
noutros países. Infelizmente, os estereótipos, não só, relativamente aos idosos, continuam a ser uma realidade,
como também relativamente às diversas respostas sociais direcionadas a esta parcela da população.

Aquando o planeamento de equipamentos sociais é necessário ter em conta diversas questões:


 Quais os critérios que estão subjacentes no planeamento de equipamentos de apoio a idosos?
 Quais os critérios da sua localização?
 Como é a cidade percecionada pelos idosos?
 Que fatores condicionam a sua sensação de segurança?
 Que barreiras físicas e psicológicas reduzem o uso e o acesso dos idosos à cidade?
 Como podem estas barreiras ser removidas?
 Em que tipo de cidade gostariam os idosos de viver?

Espaço e qualidade de vida


 Qual a influência dos espaços construído na qualidade de vida nos idosos?
 Edifícios para todos (degraus…), divisões adequadas às necessidades…
 Devemos pensar numa cidade para idosos?
 Será a cidade contemporânea compatível com a população idosa?
 Que cidade queremos?

A CIDADE E O IDOSO
1. A cidade é caracterizada por um conjunto de elementos estruturantes que se devem identificar e
articular segundo a sua função e a perceção; tais elementos devem ser entendidos a várias escalas
territoriais (ex: bairros); em cada uma destas partes há que resolver os seus problemas funcionais e
procurar o reforço da sua vivência coletiva;
2. Os idosos, enquanto grupo com necessidades específicas, requerem particular atenção por parte dos
agentes envolvidos no desenho e gestão da cidade; neste âmbito importa sublinhar as seguintes
palavras-chave: equidade e acessibilidade;

CIDADE: é difícil de definir, já que não se trata apenas de uma zona urbana; pode-se dizer que é uma forma de
organização espacial, cuja estrutura permite aos seus habitantes alcançar um nível satisfatório de bem-
estar.
Constituída com base em critérios demográficos (nº de hab, densidade) e funcionais (comercial religiosa,
turística, administrativa, cultural…).

Qualquer cidade apresenta várias dimensões, interligadas entre si: (1) económica, (2) política e estrutura
social e (3) social/cultural (obrigatória).

 Dimensão económica: a cidade é sede de uma multiplicidade de atividades económicas, destinadas a


produzir bens e a oferecer serviços. São espaços multifuncionais, onde as diversas atividades
apresentam numerosas interações e interdependências;
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 Dimensão política e estrutura social: os centros urbanos são lugares onde se articulam diferentes
classes e categorias sociais e onde se organizam os interesses coletivos. É nas cidades que são definidas
linhas de intervenção política que têm influência nas próprias características sociais e económicas da
cidade e na sua organização espacial;
 Dimensão social/cultural (dimensão obrigatória): a cidade é palco de um confronto contínuo entre
culturas e subculturas diversas. Tais confrontos podem gerar sínteses, mas igualmente exclusão social.
Por outro lado, a cidade é também sede de diversas manifestações de cultura (artísticas, literárias,
musicais, teatrais, etc). Esta questão associa-se ao modo como se distribuem os vários grupos e as
várias atividades nos diversos espaços que compõem a cidade (ou nas cidades dentro da cidade).

A cidade também é considerada um palco de diferenças - permite responder não só à população local como
àquela que vem do mesmo território ou de fora do mesmo. Há uma necessidade de adaptação da cidade aos
novos fenómenos demográficos:

 As novas migrações: os aglomerados urbanos de uma boa parte dos países desenvolvidos constituem
um importante local de chegada de importantes correntes migratórias - indivíduos e grupos
culturalmente distantes em relação aos países de acolhimento;
 Os novos desequilíbrios: nas cidades mais centrais há, atualmente, um aumento das desigualdades
sociais, ao ponto de configurar um verdadeiro dualismo: em termos de remuneração, de oportunidades,
de riscos, de situações face aos apoios sociais, de prestígio, etc;
 As transformações da família e dos equilíbrios demográficos: os efeitos das transformações da
instituição família ao longo das últimas décadas manifestam-se de diversas formas, ex.: no aumento das
pessoas que vivem sós; nas famílias monoparentais, em formas de convívio social não matrimoniais, em
uniões entre homossexuais, etc. Associado a estes fenómenos há ainda o envelhecimento da população,
que tem igualmente necessidades culturais específicas na cidade, bem como necessidades físicas muito
particulares.

COMO DESENHAR A CIDADE?


1) Distinguir o essencial do secundário e intervir sobretudo sobre aquele;
2) Há que intervir sobre os elementos (elementos estruturantes) que se revelam com consequências
funcionais e formais fortes e positivas, sendo percetíveis à generalidade dos cidadãos.

Elementos estruturantes
(1). Percursos viários principais e respetivos nós
a. Estrada - Ligação entre pontos do território (lugares… aldeias… cidades) Funções diferentes:
b. Rua - Ligação entre pontos dentro de um aglomerado (aldeias… cidades) configurações
diferentes
c. Nós – rotundas e cruzamentos de diferentes modos de transporte

De um modo geral há dois tipos conjuntos de funções:

 Função de circulação motorizada: Deslocações de média e grande dimensão, em que as necessidades


se associam normalmente à garantia de condições fluidas, rápidas e seguras de deslocação,
providenciadas por eixos viários com capacidade suficiente;
 Funções de acesso aos espaços urbanos: Necessidades associadas à facilidade de circulação em
marcha reduzida e de manobra de acesso aos espaços de estacionamento + Deslocações em modos
não motorizados particularmente o modo pedonal e todas as funções de vivência urbana.

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O que permite circular na rua? Ruas pedestrianizadas, vias de acesso local, vias distribuidoras locais, vias
distribuidoras principais e vias coletoras.

Vias estruturantes (vocacionadas para os grandes trajetos) – VIAS COLETORAS E DISTRIBUIDORAS PRINCIPAIS
 A nível interurbano: grandes eixos da rede fundamental;
 A nível urbano: asseguram as ligações entre as diferentes áreas de um aglomerado urbano;

Vias locais - VIAS DISTRIBUIDORAS LOCAIS, DE ACESSO LOCAL, PEDONAIS


 A nível interurbano: vias de acesso aos aglomerados;
 A nível urbano: garantem o acesso aos espaços urbanos onde se localizam todas as atividades

VIAS COLETORAS – vias rápidas onde a fluidez e a capacidade são fatores fundamentais;
VIAS DISTRIBUIDORAS PRINCIPAIS – complementam as coletoras na estrutura viária principal;
VIAS DISTRIBUIDORAS LOCAIS – garantem a ligação entre as vias principais e locais;
VIAS DE ACESSO LOCAL – só devem comportar trafego local e pedonal.

Nota: também há vias com utilidade específica (ciclovias, via para autocarro, pracetas…)

(2). Percursos verdes;


(3). Fronteiras (topográficas ou construídas);
(4). Monumentos;
(5). Centralidades (espaços de concentração de funções terciárias).

A cidade pode ser analisada segundo duas perspetivas:

1. Funcional vs percetiva: exprimindo a clareza com que o aglomerado urbano poderá ser apreendido e
identificado pela mente humana. É feito um levantamento dos problemas das centralidades (falta de
ligações, de espaços públicos, ruído, acessibilidade, identidade…) e um levantamento dos problemas das
vias de comunicação (falta de ligações, continuidade visual, identidade…);
2. Individual vs em rede: levantamento das potencialidades (possíveis melhorias);

Como identificar, criar e articular um conjunto de elementos estruturantes? Diferenciando escalas!

BAIRRO (unidade de vizinhança)


 Parte-se da ideia de que cada unidade de vizinhança deve ter uma dimensão suficiente para justificar a
existência de um conjunto de equipamentos e serviços numa distância percorrível a pé.
 Note-se que esta abordagem deve recusar qualquer perspetiva de autossuficiência ou de fechamento
ao exterior: deve haver uma articulação com a envolvente e uma equilibrada mistura social e funcional.
Não devemos provocar o enfraquecimento das relações sociais entre vizinhos.

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Ideias-chave deste ponto:
1. A cidade é caracterizada por um conjunto de elementos estruturantes que se devem identificar e articular
segundo a sua função e a perceção;
2. Tais elementos devem ser entendidos a várias escalas territoriais, nomeadamente ao nível dos bairros (partes
da cidade);
3. Em cada uma destas partes há resolver os seus problemas funcionais e procurar o reforço da sua vivência
coletiva.

O IDOSO NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA E O AMBIENTE CONSTRUÍDO

O fenómeno de envelhecimento demográfico – quando a dinâmica populacional se caracteriza pelo aumento da


importância das pessoas idosas no total da população. O envelhecimento existe mesmo que se diminua o
número de idosos, se a diminuição das outras classes etárias for maior. Nos últimos 40 anos a proporção de
pessoas com +65 anos mais do que duplicou. Ainda existem alguns mitos e estereótipos na sociedade
contemporânea, muitas das vezes são proliferados pelos media.

Mitos: O envelhecimento começa aos 60/65 anos; Os idosos são todos iguais; Os idosos são um fardo para a
economia e a sociedade;
Estereótipos: “Os velhos são como as crianças”; “you can’t teach an old dog new tricks”;

PERCEPÇÃO ATUAL DA REFORMA: idêntica à dos anos 60 - Teoria da rotura. Esta teoria é alvo de algumas
críticas:
rotura
 A reforma afirma-se como inevitável;
 Ao preconizar a rutura dos idosos com o mundo, não exige nem defende uma política para a terceira
idade que se preocupe com os respetivos problemas, antes aceita uma política de indiferença.

É necessária uma mudança de atitude e de discurso, reconhecendo também a existência de problemas, com
a necessidade de mobilizar agentes, meios, esforços e atenções. Estamos, portanto, perante um novo desafio:

1. As pessoas mais velhas deverão ser consideradas participantes ativos na sociedade, que têm recursos e
potenciais que beneficiam a sociedade no seu todo. A sociedade precisa do seu conhecimento, do seu saber
fazer e da sua contribuição e, por conseguinte, elas não devem ser marginalizadas;
2. O envelhecimento cada vez mais acentuado da população não é apenas um desafio: oferece também
oportunidades para aumentar a competitividade e as capacidades de inovação da economia europeia e
para promover o crescimento e o emprego;
3. Responder às necessidades das pessoas mais velhas tornando acessíveis bens e serviços específicos para
melhorar a sua qualidade de vida representa novas oportunidades económicas ("economia grisalha"), que
deverão ser aproveitadas para reforçar o crescimento económico e criar novos postos de trabalho;
4. Uma imagem positiva do envelhecimento e das pessoas mais velhas é extremamente importante para a sua
plena integração e participação cultural e económica, assim como para a coesão social no geral.

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O que é uma comunidade/cidade preparada para os idosos?
 Elementos-chave do ambiente físico estruturados e inclusivos;
 Atenta à mobilidade, segurança, comportamento (saúde), participação social e a diferentes aspetos do
ambiente social e cultura que afetam a participação e o bem-estar mental;
 Atitudes positivas da comunidade face aos idosos;
 Existência de ligação dos idosos a atividades sociais, culturais, de lazer e educação;
 Comunidade que cria oportunidades de cidadania, voluntariado e emprego;
 Cidades que envolvem o ambiente social e os serviços sociais e de saúde.

Exemplos de boas práticas:


 Espaços exteriores: Ambiente; Espaços de verdes; Espaços pedonais; Mobiliário urbano (bancos p.e.);
Pavimento; Ciclovias; Segurança; Acessibilidade.
 Participação social: Acesso a eventos e atividades (transporte, simplificação de processos, horas…);
Acessibilidade financeira; Diversidade de eventos e atividades; Serviços de apoio (centros, escolas,
bibliotecas, parques…); Informação.
 Informação e comunicação: Informação (p.e. telefone, centros de informação, internet, documentação
impressa); Comunicação oral (p.e. através de reuniões, nos centros comunitários…).
 Serviços sociais e de saúde: Boa acessibilidade (boa localização, com atenção às PSN, com informação,
com pouca burocracia, com respeito no tratamento, com mínimas barreiras económicas…); Boa oferta
de serviços (que satisfaça as necessidades e que contenha pessoal qualificado); Voluntariado.

O planeamento implica perceber as necessidades dos idosos! Incluir redes internacionais inovadoras e portais
dedicados. Em casos particulares inclui fazer o planeamento dos equipamentos de apoio aos idosos e ter em
consideração a sua localização.

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PLANEAMENTO DE EQUIPAMENTOS COLETIVOS: CONCEITO E RAZÃO DE SER

Segundo a DGOTDU, os equipamentos coletivos são edificações onde se localizam atividades destinadas à
prestação de serviços de interesse público imprescindíveis à qualidade de vida das populações – bem das
coletividades e bem público. Podem ainda ser designados como instalações (edificações e terrenos envolventes)
destinadas à prestação de serviços desenvolvidos para as coletividades (saúde, ensino, administração,
assistência social, segurança pública, proteção civil, etc.), à prestação de serviços de carácter económico
(mercados, feiras, etc.) e à prática de atividades culturais, de recreio e lazer e de desporto.

Cada equipamento coletivo tem determinadas competências e uma tipologia. São organizados com base numa
elementar
noção de hierarquia (equipamento de nível superior por oposição a equipamento), o que está relacionado com
o nível de oferta e de procura. No caso dos serviços de saúde esta hierarquia torna-se um ponto importante
porque a qualidade do serviço tem muita importância.
Nível 1 – menor número (hospital) – responde à população local e à restante população envolvente
Nível 2 – responde a menor número de pessoas que o nível anterior.

A programação de equipamentos requer um olhar sobre a população base – grupo alvo - o que importa não é
olhar para x% da população em geral, mas sim para x% da população do grupo alvo.

Alguns equipamentos de apoio a idosos:


 Lares de Idosos - equipamentos coletivos em que sejam desenvolvidas atividades de apoio a pessoas
idosas através de alojamento permanente ou temporário, fornecimento de alimentação, cuidados de
saúde, higiene e conforto, fomentando o convívio e a ocupação dos tempos livres;
 Centros de Dia - constituem um tipo de apoio dado através da prestação de um conjunto de serviços
dirigidos a idosos da comunidade, cujo objetivo fundamental é desenvolver atividades que
proporcionem a manutenção dos idosos no seu meio sociofamiliar .

Representatividade das respostas sociais- no seu conjunto, englobando as diversas naturezas jurídicas
(Pública, Privada sem Fins Lucrativos e Privada Lucrativa) Portugal tinha em 2009 cerca de 41.750 respostas
sociais direcionadas para idosos (97,5%) e pessoas adultas em situação de dependência (2,5%).

Capacidade e utilização das respostas sociais - No ano de 2009 as respostas sociais para idosos e pessoas em
situação de dependência em funcionamento em Portugal Continental tinham capacidade para prestar serviços
a cerca de 247.800 utentes. Mais de um terço dessa capacidade era disponibilizada em Serviços de Apoio
Domiciliário, seguindo-se o apoio em instituição Lar de Idosos e num terceiro nível o Centro de Dia.

Qual a relação entre a capacidade e a população – alvo?


Em 2009, a capacidade existente nas 3 principais respostas sociais (Lar de Idosos, SAD e Centro de Dia) e nas
Residências (cerca de 1200 lugares) correspondia a 11,9% da população com 65 ou mais anos.

Nota - as políticas de promoção da autonomia das pessoas idosas e das características das valências de ação
social, os programas públicos de apoio financeiro ao alargamento da rede de serviços e equipamentos sociais
têm privilegiado a diferenciação de grupos alvo do seguinte modo:
A. Centro de Dia: população entre os 65 e os 74 anos;
B. Lar de idosos: população com 75 ou mais anos;
C. Serviço de Apoio Domiciliário: população com 65 ou mais anos.

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Assim, as taxas de cobertura são
analisadas separadamente de acordo
com os respetivos grupos alvo.

Planeamento de Equipamentos Coletivos - atividade desenvolvida pelas instituições do sector público no


sentido de estabelecer as decisões mais adequadas para o desenvolvimento de uma rede de equipamentos
coletivos (pública ou não) - adequar a oferta à procura, ou seja, ver de que forma os equipamentos
respondem às necessidades da população. A lógica de como se programa o equipamento pode influenciar a
utilidade do equipamento. Justifica-se?

1 A evolução do papel do Estado – ajuda a relação com outros equipamentos; ajuda a programar
estrategicamente de forma conjunta e articulada; ajuda no financiamento e na decisão da localização
a. O mercado por si só resolve?
b. Pretende-se agora um Estado mais dinamizador, dialogante e fiscalizador do que normativo e
executante…
c. Importância que os equipamentos (e o seu planeamento) representam na prestação de
serviços à população…
d. Equipamentos podem ser públicos, privados… o seu planeamento deve considerar as
entidades que os vão construir e gerir.

2 As relações de vizinhança
a. Segregação socio-espacial vs proximidade e bairro
b. A importância das relações de vizinhança
c. Os equipamentos locais promovem a vivência dos espaços públicos e fortalecem as relações
de vizinhança --» potenciam processos de sociabilização e tornam-se pontos de contacto
d. Como outrora… mas a rede de relações é atualmente diferente (p.e. ampliação das redes
sociais associada ao fenómeno da globalização).

3 O ordenamento e a mobilidade
Nos últimos 50 anos ocorreu a generalização da posse e uso do telemóvel, bem como do recurso ao
transporte aéreo para as viagens mais longas. Com grandes mudanças tecnológicas ( mais opções, maior
segurança e velocidade) e económicas (menor preço), conseguimos alargar o nosso espaço vital diário e o
espaço como potencial destino de viagens.

Que problemas levanta a dependência do automóvel?


 Alterações dos espaços pedonais – cidade das crianças (que podiam brincar na rua) à cidade dos
automóveis
 Consequências ambientais, económicas e sociais - fortes consumos energéticos, aumento das
emissões de gases de efeitos de estufa, poluição sonora, crescentes congestionamentos de tráfego.

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 Também se reflete na qualidade de vida urbana (devastação ou depreciação dos espaços públicos,
tempo de deslocação diária por parte da população, aumento da sinistralidade…); na saúde pública e
também na educação cívica, não só para as crianças como para os adultos.
 Consequências nos padrões de ocupação e uso do solo:

Maior urbanização… Dispersão urbana… Deslocações cada vez mais longas… Maior utilização do
transporte individual (com os transportes coletivos a tornarem-se menos atrativos) e consequente aumento
de tráfego… Construção de novas infraestruturas viárias (mais espaço urbano dedicado ao automóvel) --
» que por sua vez alimentam este ciclo

ESPAÇO DE PERTENÇA E PRESENÇA VS MOBILIDADE

Se as dimensões da nossa vida se encontrarem próximas e interligadas, é promovida uma deslocação em


modo pedonal ou ciclável.

Habitação

Trabalho Lazer

Caso existam grandes distâncias entre as várias dimensões da nossa vida e pouca interligação entre as
mesmas, este modo de transporte não vai ser possível optando-se um método de deslocação que requer
transporte motorizado (predominância de automóvel).

Habitação

Lazer Trabalho

COMO RESOLVER O EXCESSIVO TRÁFEGO NAS CIDADES?


 Congestionamento local - aumentar a capacidade de escoamento
 Fonte de prejuízos para o tecido urbano - eliminação do trânsito em áreas sensíveis através de
circulares e variantes
 Se prejudica a habitabilidade - encaminhar o trânsito para passagens subterrâneas

É então importante planear para a sustentabilidade – criar cidades/ comunidades sustentáveis/saudáveis!

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As comunidades sustentáveis são locais onde as pessoas querem viver e trabalhar, agora e no futuro. São
comunidades que satisfazem as diversas necessidades dos residentes atuais e futuros, que são sensíveis ao
seu ambiente e contribuem para uma elevada qualidade de vida. São seguras e inclusivas, bem planeadas,
construídas e geridas e oferecem igualdade de oportunidades e bons serviços para todos.
E uma comunidade insustentável?
 Impactos na Natureza (excessivo uso do solo, segregação do espaço, elevados padrões de consumo,
poluição)
 Impactos no crescimento económico (falta de oportunidade de emprego, domínio de algumas formas
de desenvolvimento)
 Impactos no desenho urbano (crescimento uniforme, expansão urbana, ausência de espaços
públicos)
 Impactos na segurança e identidade (elevadas taxas de criminalidade, capacidade de associação
cultural reduzida, sentido de pertença do espaço público reduzido)
 Impactos na capacidade de governação ( falta de visão estratégica e paroquialismo)

Objetivos do PLANEAMENTO DE EQUIPAMENTOS COLETIVOS (P.E.C.)?


 Melhorar a relação equipamento / população
 Diminuir a distância de deslocação
 Maximizar os níveis de utilização (horários, tipos de serviços)
 Evitar o subaproveitamento do equipamento
 Estimular a articulação entre diferentes tipos de equipamentos: ligação entre equipamentos de apoio
à 3ª idade e equipamentos para crianças, proporcionando o convívio inter-geracional
 Estruturar o tecido urbano e social

Finalidades do P.E.C
 Bem-estar: os equipamentos são utilizados para responder à procura (efetiva ou potencial) de
determinados bens e serviços --» prestação de serviços à população (indispensáveis à qualidade de
vida)
 Ordenamento do território: Os equipamentos são utilizados para induzir o desenvolvimento de
uma dada cidade ou região --» p.e.: papel da formação, saúde ou justiça no desenvolvimento;
Igualmente, a existência de equipamentos influencia dinâmicas de ocupação e processos de
sociabilização (e também fluxos de tráfego)
 Competitividade/prestígio: os equipamentos são utilizados para atrair pessoas, investimentos e
iniciativas a uma dada cidade ou região

O P.E.C. implica “olhar” para a prática atual, critérios standard e metodologia.

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PRÁTICA ATUAL - O Estado assume como sua responsabilidade assegurar a existência de equipamentos, de
forma direta ou através de apoios e enquadramento de outras entidades.

 Ao nível Municipal estão em curso planos e dinâmicas tendentes à constituição de redes, mas
sobretudo redes sectoriais, não considerando suficientemente as realidades e dinâmicas
intermunicipais. Ex.s:
o Cartas Educativas - visam assegurar uma rede adequada de equipamentos de educação pré-
escolar, ensino básico e secundário. A elaboração destas Cartas é de competência Municipal,
sendo acompanhadas pelas Direções Regionais de Educação - Mas…. abordagem setorial
pode levantar problemas…
o Cartas Desportivas - em curso… características similares às Educativas?

 A horizontalização/espacialização das redes de equipamentos (e, de uma forma geral, de todas as


redes estruturantes) deveria ser feita no quadro da elaboração de Planos de Ordenamento do
Território.
 PMOT - à sua escala, de acordo com a lei (Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial),
deverão fazê-lo. Têm como objetivo genérico o estabelecimento de princípios e critérios subjacentes
a opções de localização de equipamentos.

Nota: Mesmo dispondo de um plano adequado para orientar a localização dos equipamentos, coloca-se a
questão de como disponibilizar terreno para o efeito. Ex: pretende-se construir uma escola; o município em
vez de escolher a zona para tal prevista no Plano, instala-a no meio de pinhal, em solo rural, que por isso
consegue adquirir mais barato; o Governo colabora na mudança do Plano, até porque o investimento é da
sua competência;

CRITÉRIOS STANDARD - Indicadores necessários à programação e caracterização dos diferentes


equipamentos.

Qualquer equipamento tem por referencial uma População a Servir. Em muitos casos o equipamento serve
a generalidade da população, o que não significa que seja utilizado por todos, mas apenas que o poderá ser.
Noutros casos, destina-se a grupos específicos, nomeadamente a determinados grupos etários, com
pressupostos de maiores ou menores taxas de cobertura.

 População-base – valor da população a partir do qual se justifica a criação de determinado


equipamento. Pode ser indicado, de modo genérico, em número de habitantes, ou mais
detalhadamente, num determinado estado populacional, ou mesmo em número de utentes do
equipamento. A população-base é a população que serve de suporte a uma “unidade mínima” de
equipamento. Entende-se por unidade mínima, o equipamento cujas dimensões e características
representam o LIMIAR a partir do qual se verificam condições de viabilidade económica e funcional.

 Irradiação - valor máximo do tempo de percurso ou da distância percorrida pelos utilizadores entre o
local origem (normalmente residência) e o equipamento (destino), a pé, ou utilizando transportes
públicos. Mede-se em minutos ou quilómetros.

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 Área de Influência - é delimitada pelos pontos do território cujo afastamento ao equipamento
corresponde ao valor de irradiação. Para a sua delimitação, a medição da irradiação é feita sobre as
vias de comunicação, tendo em conta tanto as características físicas do território (morfologia), como a
rede de transportes públicos. Há serviços que requerem mais proximidade que outros!

 Critério de Programação (ou tipologia) - critério para determinar as necessidades em


equipamentos (nº e tipo de unidades) em função da população considerada. Tem por base questões
relativas ao funcionamento e à gestão de equipamento, visando o estabelecimento de condições
adequadas a um serviço de qualidade. O critério de programação de cada tipo de equipamento é
apresentado mediante um ou vários indicadores. Este (s) indicador (es) pode (m) refletir valores
mínimos, valores preferenciais ou valores máximos de utentes, consoante a especificidade do
equipamento e do sector em causa.
o Exemplos (equipamentos de ensino):
 – nº mínimo, máximo ou preferencial de alunos por sala
 – capacidade mínima e máxima

 Critério de Dimensionamento - indicadores que permitem calcular as dimensões dos


equipamentos. Com os critérios de dimensionamento deve poder obter-se, pelo menos, a área de
terreno e a área de construção.
o Exemplo (equipamentos de saúde)
 – Área de construção em m2/cama

 Critério de Localização - Define as condições a ter em conta na escolha da localização dos


equipamentos. Essas condições referem-se sobretudo a complementaridades e incompatibilidades
com outros estabelecimentos, bem como a características especiais a que os locais deverão
obedecer. Recomendações sobre inserção no tecido urbano, requisitos de segurança, infraestruturas
básicas.

METODOLOGIA – antes de tudo, o planeamento de equipamentos é um processo!

O plano reporta-se, sempre, a uma realidade (necessariamente em transformação) e formula objetivos,


para alterar, que deverão ser traduzidos em ações. Tais ações integram a execução física (equipamentos) e
perspetivam a respetiva utilização ao longo do tempo, com a necessária gestão. Um processo destes terá
ainda que ser sujeito a monitorização e correspondente avaliação.

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Elaboração de uma proposta de equipamentos:
 Adoção, como referência inicial, dos critérios standard.
 Levantamento dos equipamentos existentes.
 Contacto com os gestores dos equipamentos, aquando levantamento, aproveitando para questionar
esses critérios.
 Ajustes nos critérios standard e formulação de critérios de satisfação adaptados ao local com base no
conhecimento da realidade e na opinião dos agentes:
o Ex: características de ocupação do solo: população concentrada ou população dispersa
justificam diferentes tipologias e raios de influência dos equipamentos.
o Ex: diversidade climática (p.e.: equip. ao ar livre)

Confrontando critérios de satisfação com equipamentos existentes poderão identificar-se carências.

Carências óbvias: as carências quantitativas = carências obvias


 Quantitativas - população a servir face à capacidade dos equipamentos;
 Qualitativas - decorrentes de localizações desadequadas e/ou da existência de equipamentos com
dimensão inferior à mínima necessária ao seu bom funcionamento; equipamentos fisicamente
degradados…

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Conhecidas as carências - HÁ QUE FORMULAR UMA PROPOSTA (PLANO).

Este plano implica uma visão integrada (intersectorial e especializada) e uma perspetiva executória.
Detetadas carências de equipamentos há que procurar, para responder a cada uma delas, uma localização
criadora de sinergias funcionais ou logísticas, entre si e/ou com equipamentos já existentes.

 Ex.1: sendo necessária uma nova biblioteca para servir todo um município, há que procurar
relacioná-la com elementos da mesma hierarquia, considerando a vantagem de a implantar, por ex.,
junto de complexo escolar (incluindo secundário) ou, em alternativa, de a localizar em área central,
bem servida de transportes.
 Ex. 2: notando-se a necessidade de um equipamento de apoio a idosos, há que verificar a
possibilidade de o colocar junto a equipamentos destinados à infância, provocando convívio entre
diferentes grupos etários, mas também perspetivando uma cozinha comum, ou até uma pequena
sala de desporto que possa servir a ambos.

Exemplo de criação de sinergias:

 Reconhecimento do papel dos equipamentos como elementos estruturantes no duplo ponto de vista:
funcional e percetivo!
 Articulação dos elementos estruturantes numa rede estruturante.

O planeamento dos equipamentos deve ser, então inserido/articulado com o ordenamento do território. É
necessário perspetivar a execução e, para tal, identificar, considerar e envolver os agentes que o processo
exige. Tais agentes podem, neste caso, enquadrar-se nos seguintes grupos, correspondentes a fases de
execução:
 a fase fundiária/urbanística;
 a fase de edificação;
 a fase de gestão do equipamento.

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PLANEAMENTO DE EQUIPAMENTOS NA PROCURA DE CIDADES MAIS AMIGAS DOS IDOSOS

Considerações à condição de idoso: as diferentes restrições


Restrição: indica o grau de dificuldade que cada indivíduo possui para realizar alguma atividade. Que tipo de
restrições?
1. Restrição sensorial: dificuldades na perceção das informações do meio ambiente devido a
limitações nos sistemas sensoriais;
2. Restrição cognitiva: dificuldade no tratamento das informações recebidas (atividades mentais) ou
na sua comunicação;
3. Restrição físico-mental: dificuldades encontradas em relação ao desenvolvimento de atividades que
dependam de força física, coordenação motora, precisão ou mobilidade.

Causas das restrições: deficiência; idade avançada; doença; condições socioculturais; desenho do meio
ambiente.

Muitas das dificuldades em se deslocar de um ponto a outro do espaço urbano podem representar, tanto um
desafio a ser superado, como um cansaço desencorajante… mas dificilmente um convite ao prazer de
usufruir dos lugares.

VISÃO
1 | A vista leva mais tempo a ajustar-se da luz para o escuro e vice-versa;
2 | O olho torna-se incrivelmente suscetível à claridade;
3 | Torna-se mais difícil identificar as distâncias. Já não é tao fácil entender os contrastes e cores –
podem existir problemas em ver claramente os limites de um tapete ou de superfícies molhadas;
4 | As lentes bifocais impedem uma análise correta quando se olha para baixo.

Para compreender as diferentes maneiras de apreensão do espaço, é preciso verificar de que forma a visão
participa na apreensão dos espaços, uma vez que há determinados grupos que veem o ambiente a partir
de outros ângulos de visão (pessoas em cadeiras de rodas).
 Uma pessoa que se desloca em cadeira de rodas terá um ângulo de visão que se situa a cerca de 1
metro do chão. Sob esta perspetiva, a visão que se tem do ambiente de um ângulo bem mais
próximo ao chão ficará comprometida devido às barreiras visuais encontradas (> 80 cm => obstáculo
visual).
 Para a pessoa que precisa de bengala ou muletas e de olhar para o chão, apoiando a sua bengala em
locais firmes, a apreensão do espaço será diferente daquela percebida pelas pessoas que se
deslocam olhando "para frente", "para o alto" ou "para o horizonte", sem a preocupação de
desequilíbrio. A perceção espacial destas pessoas desenvolver-se-á a partir de um diferente caminhar
que procura identificar locais livres de barreiras para evitar quedas.
menor
TATO: Sensibilidade maior ao calor, frio, dor ou queda de pressão. O ambiente que se encontra à volta da
pessoa deve ter em conta todo o tipo de pessoas (torneira-desenho universal).

OLFATO: O sentido do olfato torna-se menos apurado com a idade, tornando assim maior o risco de
ingestão de comida estragada ou queimada e de não perceber o cheiro a fumo ou fuga de gás.

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AUDIÇÃO
1 | O ouvido torna-se menos sensível a sons altos. O som parece distorcido ou baixo. A perda da audição
torna difícil o atendimento a telefones, campainhas, alarmes de incêndio, etc.;
2 | Esta mudança também pode resultar numa diminuição da estabilidade, o que pode tornar o risco de
queda mais frequente.

EQUILÍBRIO
1 | O equilíbrio envolve a visão, a força muscular e a flexibilidade das articulações. Qualquer um destes
fatores pode mudar em função da idade.
2 | A velocidade do passo ao caminhar, a altura dos saltos dos sapatos e a largura do passo da pessoa,
podem mudar. Estas mudanças afetam e tornam a pessoa mais ou menos sujeita a quedas.

Deslocação => relação espaço/tempo

ACESSO AOS SERVIÇOS

Proximidade… a que serviços?


Que distâncias? (tem influência na maior ou menor apetência para sair)
 Mais perto: correios, café, locais de religião, cabeleireiros, centros de saúde….
 Mais longe: hospital, banco…

Mas… como se faz o percurso para os serviços?


1. Mobilidade pedonal;
2. Mobilidade em modo motorizado.

1. Mobilidade pedonal
 Atravessamentos pedonais da rede viária urbana;
 Espaços reservados unicamente a peões (passeios, zonas pedonais);
 Zonas de interface modal (peão/TC; TC/TC; peão/Automóvel).

Diretrizes para o desenho e gestão do espaço pedonal: Conectividade; Conveniência; Convivialidade;


Conforto; Legibilidade.

Conetividade: Ligação fácil entre a origem e o destino (ligação-conexão).


Facilitar a deslocação assegurando uma boa ligação da rede pedonal aos
polos de atracão e à rede de transportes coletivos. Implica uma boa ligação
aos serviços e uma correta hierarquização da rede.

Conveniência: Gerir uma rede contínua e o mais direta possível combinando os caminhos pedonais
separados, os passeios, as vias mistas com tráfego moderado, as passadeiras ou passagens subterrâneas, as
zonas pedonais… Há que contar com as limitações… Há dificuldades em vencer desníveis… Por isso… há que
facilitar as travessias de nível.

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É importante ter presente a interligação da rede pedonal com a classificação hierárquica da rede viária,
definindo prioridades entre utilizadores.
 Coletoras – apostar no desnivelamento;
 Distribuidoras principais - condicionar os atravessamentos locais apropriados e semaforizando-os;
 Distribuidoras locais – limitar as passadeiras a atravessamentos formais;
 Acessos locais – compatibilização do espaço pelos diferentes utilizadores.

…E adequar os espaços às funções… Adequar os espaços


também à diversidade humana…

Uma visão ampla dos utilizadores: de crianças até idosos, incluindo utilizadores com problemas de
acessibilidade permanente ou transitória

Quando desenhamos o espaço devemos ter em conta dois conceitos:


 Alcance: definido pelo utilizador de menor estatura do conjunto considerado. Onde o menor
utilizador alcançar, todos os outros também o poderão fazer;
 Passagem: geralmente representado pelo utilizador de maior estatura. Por onde o maior utilizador
passar, todos os outros também passarão.

Concetualmente, a largura mínima para qualquer área de circulação é determinada pela frequência com que
é utilizado. (Quando não se cruzam, quando se cruzam ocasionalmente, quando se cruzam regularmente e
quando se encontram continuamente e se cruzam).

A deslocação pode ser feita em pé ou em cadeira de rodas. Não esquecer que se tem de ter em conta o
ponto de viragem, não só nos espaços internos como externos. (Espaço necessário para dar uma volta de 90º
ou espaço necessário para dar uma volta de 180º). Para que os passeios sejam acessíveis deve existir uma
relação funcional entre todos os elementos que os integram, como o mobiliário urbano, veículos e
esplanadas de cafés, porque qualquer elemento mal posicionado (por exemplo, um automóvel estacionado
na rua) pode constituir um obstáculo intransponível para algumas pessoas. (coexistência amigável e correta
entre peões e automóveis).

Convivialidade: Promover a atratividade dos espaços, a variedade arquitetónica e cultural e a interação


social. Os espaços têm de ter um propósito, não só do ponto de vista visual mas com atividades que atraem
as pessoas. Para além disso, tem de ser um espaço seguro. iluminação, segurança, variedade, pontos de atração

Conforto: Garantir que a deslocação pedonal se efetue de forma agradável e sem quaisquer restrições. As
pessoas ao deslocarem-se devem estar cientes da existência de qualquer obstáculo. Especialmente invisuais
ou com deficiência visual parcial estão sempre dependentes de indicadores detetáveis que claramente
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assinalem o caminho a seguir e previnam contra obstáculos existentes. (Área delineada de aviso contra a
existência de obstáculos (ex.: escada) e indicadores detetáveis do caminho a seguir)

Legibilidade: Assegurar que os percursos sejam facilmente percetíveis, fáceis de encontrar e de seguir.

NO ENTANTO: A promoção dos 5 princípios deve assegurar atratividade do local e a interação social!

3 Análises complementares:

1. O espaço de articulação com os equipamentos sociais;


o Caminho específico para peões;
o Parque de estacionamento perto da entrada;
o Transição gradual entre zona automóvel e entrada;
o Entrada com proteção para a chuva;
o Via de comunicação bem sinalizada.

2. Os Transportes Públicos:
o Relação motorista-idoso;
o Ausência de rampas – existem escadas o que impede a entrada de cadeira de rodas (p.e.);

3. Os Transportes Privados – é necessário que:


o As áreas pedonais sejam criadas para que os veículos que têm de efetuar cargas e descargas
ou os pertencentes a residentes com problemas da mobilidade – possam ter acesso às
mesmas: a sinalética de proteção devia, portanto, ser amovível;
o Por toda a cidade existam espaços de estacionamento de superfície reservados para pessoas
com mobilidade condicionada;
o Utilizadores com problemas de mobilidade detentores de autorização de estacionamento
sejam, não só bem informados sobre os seus direitos, como igualmente sobre os seus
deveres (estacionar de forma correta sem pôr terceiros em risco);
o Empresas de aluguer de automóveis ofereçam veículos automóveis adaptados para
condutores com deficiência.

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