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Aula 01

Estatuto da Criança e do Adolescente p/


SEDUC-AL - 2021 Pré-Edital

Autor:
Ricardo Torques
Aula 01

10 de Fevereiro de 2021

09785203433 - George Neto Bezerra


Ricardo Torques
Aula 01

Sumário

Disposições Preliminares do ECA ........................................................................................................................ 5

1 - Doutrina da Proteção Integral .................................................................................................................. 5

2 - Conceito de criança e de adolescente ...................................................................................................... 6

3 - Princípios Basilares .................................................................................................................................... 9

3.1 - Princípio da prioridade absoluta ....................................................................................................... 9

3.2 - Princípio da dignidade..................................................................................................................... 11

3.3 - Princípio da não discriminação......................................................................................................... 12

4 - Interpretação do ECA.............................................................................................................................. 12

Direitos Fundamentais ....................................................................................................................................... 13

1 - Direito à Vida e à Saúde ........................................................................................................................ 13

2 - Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade ................................................................................... 19

3 - Direito à Convivência Familiar e Comunitária ......................................................................................... 23

3.1 - Disposições Gerais ........................................................................................................................... 24

3.2 - Famílias ............................................................................................................................................ 32

3.3 - Família Substituta ............................................................................................................................. 34

4 - Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer ............................................................................ 58

5 - Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho ........................................................................... 62

Legislação Destacada e Jurisprudência Correlata ........................................................................................... 65

Questões Comentadas ...................................................................................................................................... 73

Lista de Questões ............................................................................................................................................ 300

Gabarito ......................................................................................................................................................... 397

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APRESENTAÇÃO DO CURSO
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE PARA
SEDUC-AL
Tenho a felicidade de apresentar a você o nosso Curso de Estatuto da Criança e do Adolescente, voltado
para o concurso da Secretaria de Educação do Estado de Alagoas (SEDUC-AL).

O Governo de Alagoas divulgou a composição da comissão organizadora do novo concurso Seduc AL. O edital
vai ofertar 3.000 vagas para o cargo de professor de nível superior nas mais diversas especialidades. Vale
ressaltar que o governo ainda não disponibilizou a data de publicação do edital.

Nesse curso, iremos abordar:

Estatuto da Criança e do Adolescente

Os assuntos serão tratados para atender tanto àquele que está iniciando os estudos na área, bem como
àquele que está estudando há mais tempo. Os conceitos serão expostos de forma didática, com explicação
dos institutos jurídicos e resumos da jurisprudência, quando importante para a prova.

Vejamos a metodologia do nosso curso.

METODOLOGIA DO CURSO
Podemos afirmar que as aulas levarão em consideração as seguintes “fontes”.

FONTES

Legislação e
Doutrina quando Jurisprudência Documentos
Assuntos relevantes
essencial e relevante dos Internacionais
no cenário jurídico
majoritária Tribunais Superiores pertinentes ao
assunto.

Para tornar o nosso estudo mais completo, é muito importante resolver questões anteriores, para nos
situarmos diante das possibilidades de cobrança. Traremos questões variadas para demonstrar como o
assunto pode ser cobrado em provas.

Essas observações são importantes, pois permitirão que, dentro da nossa limitação de tempo e com máxima
objetividade, possamos organizar o curso de modo focado, voltado para acertar questões de primeira fase.

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Esta é a nossa proposta!

Vistos alguns aspectos gerais da matéria, teçamos algumas considerações acerca da metodologia de estudo.

As aulas em .pdf tem por característica essencial a didática. Ao contrário do que encontraremos na doutrina
especializada, o curso todo se desenvolverá com uma leitura de fácil compreensão e assimilação.

Isso, contudo, não significa superficialidade. Pelo contrário, sempre que necessário e importante os assuntos
serão aprofundados. A didática, entretanto, será fundamental para que diante do contingente de disciplinas,
do trabalho, dos problemas e questões pessoais de cada aluno, possamos extrair o máximo de informações
para hora da prova.

Para tanto, o material será permeado de esquemas, gráficos informativos, resumos, figuras, tudo com o fito
de “chamar atenção” para as informações que realmente importam.

Com essa estrutura e proposta pretendemos conferir segurança e tranquilidade para uma preparação
completa, sem necessidade de recurso a outros materiais didáticos.

Finalmente, destaco que um dos instrumentos mais relevantes para o estudo em .pdf é o contato direto e
pessoal com o Professor. Além do nosso fórum de dúvidas, estamos disponíveis por e-mail e,
eventualmente, pelo Facebook. Aluno nosso não vai para a prova com dúvida. Por vezes, ao ler o material
surgem incompreensões, dúvidas, curiosidades, nesses casos basta acessar o computador e nos escrever.
Assim que possível respondemos a todas as dúvidas. É notável a evolução dos alunos que levam a sério a
metodologia.

Assim, cada aula será estruturada do seguinte modo:

Teoria de forma objetiva e


METODOLOGIA Referência e análise da
direta com síntese do
ESTRATÉGIA CARREIRA legislação pertinente ao
pensamento doutrinário
JURÍDICA assunto.
relevante e dominante.

Súmulas, orientações
jurisprudenciais e Muitas questões anteriores Resumo dos principais
jurisprudência pertinente de provas comentadas. tópicos da matéria.
comentadas.

APRESENTAÇÃO PESSOAL

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Por fim, resta uma breve apresentação pessoal. Meu nome é Ricardo Strapasson Torques! Sou graduado em
Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pós-graduado em Direito Processual.

Estou envolvido com concurso público há 07 anos, aproximadamente, quando ainda na faculdade. Trabalhei
no Ministério da Fazenda, no cargo de ATA. Fui aprovado para o cargo Fiscal de Tributos na Prefeitura de São
José dos Pinhais/PR e para os cargos de Técnico Administrativo e Analista Judiciário nos TRT 4ª, 1º e 9º
Regiões. Atualmente, trabalho exclusivamente como professor.

Quanto à atividade de professor, leciono exclusivamente para concurso, com foco na elaboração de
materiais em pdf. Temos, atualmente, cursos em Direitos Humanos, Legislação, Direito Eleitoral e Filosofia
do Direito.

Deixarei abaixo meus contatos para quaisquer dúvidas ou sugestões. Terei o prazer em orientá-los da melhor
forma possível nesta caminhada que estamos iniciando.

E-mail: rst.estrategia@gmail.com

CRONOGRAMA DE AULAS
AULA CONTEÚDO DATA
Aula 1 Estatuto da Criança e do Adolescente – parte I 10.02
Aula 2 Estatuto da Criança e do Adolescente – parte II 15.02
Aula 3 Estatuto da Criança e do Adolescente – parte III 20.02

Essa é a distribuição dos assuntos ao longo do curso. Eventuais ajustes poderão ocorrer, especialmente por
questões didáticas. De todo modo, sempre que houver alterações no cronograma acima, vocês serão
previamente informados, justificando-se.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (PARTE 01)


CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Nessa aula vamos abranger parte importante da matéria. Vamos do art. 1º do ECA, que trata dos conceitos
iniciais, até o art. 69, tratando dos direitos específicos assegurados às crianças e aos adolescentes.

O nosso estudo do ECA será distribuído em 3 aulas, sendo que esta é uma das mais importantes para a prova.

É importante destacar, também, que essa parte da matéria teve diversos dispositivos alterados
recentemente pelas Leis n. 13.509, de 2017 e n. 13.715, de 2018, os quais, com certeza, poderão ser objeto
de cobrança na sua prova. Portanto, fiquem atentos!

Bons estudos a todos!

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES DO ECA


Vamos começar com os primeiros 6 artigos do ECA. Nesse rol temos, especialmente, a definição de criança
e adolescente e os princípios basilares que informam o ECA.

O art. 1º fala sobre o que o ECA trata. Aqui é fácil!

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.

Que o ECA trata a respeito dos direitos das crianças e dos adolescentes todos sabíamos. Para a prova,
entretanto, você deve saber que a ideia de “proteção integral” remete a algo a mais!

1 - Doutrina da Proteção Integral

O ECA, que substituiu o Código de Menores, vem justamente no sentido de regulamentar as orientações
gerais conferidas pela Constituição, sendo integralmente constituído à luz da proteção integral da criança e
do adolescente, estatuídos no art. 227, caput, da CF.

Comparando o ECA com a legislação anterior temos:

CÓDIGO DE doutrina da situação


MENORES irregular

doutrina da proteção
ECA
integral

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Afirma a doutrina que, ao superar o Código de Menores, a nova disciplina presente no ECA retrata o conjunto
de regras internacionais de proteção à criança e ao adolescente, notadamente a Convenção sobre os Direitos
das Crianças.

De acordo com a doutrina de Guilherme Nucci1:

(...) além de todos os direitos assegurados aos adultos, afora todas as garantias colocadas
à disposição dos maiores de 18 anos, as crianças e os adolescentes disporão de um plus,
simbolizado pela completa e indisponível tutela estatal para lhes afirmar a vida digna e
próspera, ao menos durante a fase de seu amadurecimento.

Esse fundamento evidencia o reconhecimento de que tanto a criança como o adolescente são sujeitos de
direitos que recebem tratamento especial devido à condição de pessoa em desenvolvimento.

Em frente!

2 - Conceito de criança e de adolescente

O art. 2º do ECA estabelece os conceitos de criança e de adolescente. O ECA não adota o critério psicológico
para distinguir criança de adolescente, mas critério de idade.

Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa ATÉ DOZE ANOS de idade
incompletos, e adolescente aquela ENTRE DOZE E DEZOITO ANOS DE IDADE.

Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se EXCEPCIONALMENTE este Estatuto
às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.

Assim...

CRIANÇA ADOLESCENTE

• de 0 a 12 anos • de 12 a 18 anos
incompletos incompletos

Completados 18 anos, o adolescente passa a ser um adulto, regido pela legislação civil, não mais merecendo
proteção do ECA. Essa é a regra!

Pergunta-se:

1 NUCCI, Guilherme. Estatuto da Criança e do Adolescente Comentado. Rio de Janeiro: Editora Forense,
2014, versão eletrônica.

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O ECA poderá ser aplicado a maiores de 18 anos?

Aqui nós temos uma grande controvérsia.

Pela literalidade do ECA, a resposta ao questionamento acima é positiva. Conforme o art. 2º, parágrafo único,
“aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade”. Por exemplo,
o art. 121, §5º, do ECA, ao disciplinar a medida socioeducativa de internação prevê a possibilidade de o
jovem, já maior de idade, permanecer custodiado até os 21 anos. Assim, prevê expressamente o ECA, no art.
121:

§ 5º A liberação será compulsória aos vinte e um anos de idade.

Se determinado adolescente, às vésperas de atingir a maioridade, pratica um ato infracional grave, sujeito à
medida de internação, poderá permanecer, caso seja aplicada a medida pela via judicial, internado para além
dos 18 anos. Ao 21, a liberação será compulsória.

Nesse sentido, está a doutrina2:

Na verdade, o parágrafo único continua em vigor e é plenamente válido. Na apuração de


ato infracional, por exemplo, ainda que o adolescente tenha alcançado a maioridade, o
processo judicial se desenvolve no âmbito da Justiça da Infância e Juventude. Vale dizer,
aquele que já completou 18 anos ainda está sujeito à imposição de medidas
socioeducativas e de proteção. A aplicação do Estatuto somente cessa quando a pessoa
completa 21 anos (art. 121, §5º). No âmbito cível, verifica-se que a adoção pode ser
pleiteada no âmbito da Justiça da Infância e Juventude, mesmo que o adotando já tenha
completado 18 anos, nos casos em que este já se encontra sob a guarda ou a tutela (art.
40).

Esse entendimento é também adotado pelo STJ3:

HABEAS CORPUS. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. MEDIDA SÓCIO-


EDUCATIVA. SEMILIBERDADE. MENOR QUE COMPLETARA DEZOITO ANOS. PRETENSÃO DE

2 BARROS, Guilherme Freire de Melo Barros. Estatuto da Criança e do Adolescente. 6ª edição, Salvador:
Editora JusPodivm, 2012, p. 23.

3 HC 38.019/RJ, Rel. Ministro HÉLIO QUAGLIA BARBOSA, SEXTA TURMA, julgado em 19/05/2005, DJ
27/06/2005, p. 453.

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EXTINÇÃO DA MEDIDA. CONTRARIEDADE LEGAL. ART. 120, § 2º. IMPOSSIBILIDADE. ORDEM


DENEGADA.

1. A teor do que dispõe o art. 104, parágrafo único, da Lei 8.069/90, considera-se a idade
do menor à época da prática do ato infracional.

2. Somente quando o reeducando completar 21 anos de idade será obrigatoriamente


liberado, nos termos do art. 121, § 5º, do Estatuto da Criança e do Adolescente, que não
foi alterado com a entrada em vigor da Lei 10.406/02.

3. Ausência de ilegal constrangimento decorrente da manutenção da medida sócio-


educativa imposta a infrator que atingira os 18 anos de idade.

4. Ordem denegada.

Didaticamente podemos identificar três correntes.

1ª CORRENTE: aplica-se excepcionalmente o dispositivo, tal como se vislumbra no art. 121,


§5º, do ECA.

2ª CORRENTE: o art. 2º, parágrafo único, do ECA, foi derrogado pelo Código Civil, que prevê a
maioridade civil aos 18, momento em que cessam quaisquer possibilidades de aplicação do
ECA.

O entendimento dessa segunda corrente é bem interessante, na medida em que até 2002,
tínhamos a vigência do CC/16, que fixava a maioridade civil a partir dos 21 anos de idade.
O ECA, por sua vez, foi editado para tutelar menores de 18 anos. Em face disso, durante
anos, permaneceu um vácuo em termos de tutela jurídica para quem tivesse entre 18 e 21
anos de idade. Assim, a segunda corrente firmou entendimento no sentido de que o art.
2º, parágrafo único, do ECA, foi editado para atender a essa situação, à excepcionalidade
de não haver norma para atender jovens entre 18 e 21 anos de idade. Com a superveniência
do CC/02, e a redução da maioridade civil para os 18 anos, a norma do ECA perdeu sentido,
ficando derrogada.

3º CORRENTE: o art. 2º, parágrafo único, do ECA, não se aplica às relações civis, em face do
regramento posterior pelo Código Civil de 2002, que reduziu a maioridade civil para os 18
anos.

Essa terceira corrente, a prevalecer nas provas de concurso público, sugere a distinção
entre as esferas cíveis e penais. Em relação aos aspectos cíveis, com a superveniência do
CC/02, não mais se aplica o ECA aos maiores de 18. Contudo, em relação aos aspectos
infracionais, aplica-se o art. 2º, parágrafo único, entre cujos exemplos o mais claro é o art.
121, §5º, do ECA, que prevê liberação compulsória aos 21 anos de idade.

Reforçando! A terceira e última corrente – QUE ESTÁ DE ACORDO COM O STJ – deve ser adotada por nós
nas provas objetivas de concurso.

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3 - Princípios Basilares

Vimos no início que a doutrina da proteção constitui o fundamento do ECA. É o valor supremo de toda a
legislação. Soma-se a esse fundamento três princípios fundamentais:

PRINCÍPIOS BASILARES DO ECA

princípio da princípio da
não discriminação
prioridade absoluta dignidade

Vejamos cada um deles!

3.1 - Princípio da prioridade absoluta

O princípio da prioridade absoluta está previsto tanto na Constituição, no art. 227, caput, como no ECA, no
art. 1º, caput.

Segundo o referido princípio, constitui dever da família, da sociedade e do Estado em ação conjunta
assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão.

Em síntese, o princípio enuncia que “à frente dos adultos, estão as crianças e adolescentes”4.

Em face disso, o art. 4º, do ECA, parágrafo único, traz exemplos de como realizar o princípio da prioridade
absoluta. Vejamos:

 primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias.

4 NUCCI, Guilherme. Estatuto da Criança e do Adolescente Comentado. Rio de Janeiro: Editora Forense,
2014, versão eletrônica.

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 precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública.

 preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas.

 destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à


infância e à juventude.

Notem que todas as atividades acima declinadas devem ser asseguradas às pessoas em geral. O Estado deve
prover a proteção e o socorro da população, bem como deve desenvolver políticas sociais e destinar recursos
públicos às necessidades das pessoas. Contudo, em relação às crianças e aos adolescentes deve conferir
absoluta prioridade de tratamento.

De acordo com a redação literal do ECA:

Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público


assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde,
à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,
ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:

a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;

b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;

c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;

d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à


infância e à juventude.

Vejamos, por fim, uma questão que cobrou esse dispositivo:

(FCC - 2016) NÃO é dever da comunidade e da sociedade em geral assegurar ao adolescente, com absoluta
prioridade, o direito
a) à convivência familiar.
b) ao esporte.
c) ao lazer.
d) à cultura.

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e) ao ensino superior.
Comentários
Observe como a questão é simples!
O art. 4º, em seu caput, traz as garantias conferidas à criança e ao adolescente com absoluta prioridade.
Desta forma, a alternativa E é o gabarito da questão, pois não revela um direito mencionado no ECA. Note
que o dispositivo fala em direito à educação, mas não específica os níveis escolares.

3.2 - Princípio da dignidade

O referido princípio caminha junto com o princípio da prioridade absoluta e informa o respeito que se deve
ter em relação aos direitos fundamentais das crianças e adolescentes. Ademais, esse princípio é qualificado
pela necessidade de mínima assistência ao menor.

Nesse contexto, o art. 3º, do ECA, reforça que crianças e adolescentes gozam de todos os direitos
fundamentais inerentes à pessoa humana, com a obrigação de que sejam asseguradas oportunidades e
facilidades para lhes propiciar o desenvolvimento físico, moral, espiritual e social, em condições de liberdade
e de dignidade.

Veja o caput do art. 3º:

Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à


pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-
lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar
o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e
de dignidade.

Essa regra é relevante, pois destaca a necessidade de se conferir uma proteção especial pelo fato de serem
pessoas em desenvolvimento e, portanto, encontrarem-se numa situação de vulnerabilidade.

Em razão disso, asseguram-se vários direitos. Nesse aspecto, o art. 4º, do ECA, reproduz o art. 227, caput, da
CF, e prevê os seguintes direitos:

vida saúde alimentação educação, ao

esporte lazer profissionalização cultura

convivência
dignidade respeito, à liberdade familiar e
comunitária.

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Além disso, em respeito à dignidade das crianças e adolescentes, estabelece o art. 5º algumas vedações
importantes, a fim de que eles não sejam submetidos à negligência, à discriminação, à exploração, à
violência, à crueldade e à opressão. Como forma de evitar tais atos, há a previsão de crimes e sanções civis
e administrativas para quem violar, por ação ou omissão, a dignidade das crianças e adolescentes.

Prevê o Estatuto:

Art. 5º NENHUMA criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência,


discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei
qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.

3.3 - Princípio da não discriminação

Cumpre destacar, ainda, que a Lei nº 13.257/2016 acrescentou o parágrafo único ao art. 3º, do ECA, para
prever que os direitos que serão estudados ao longo do Estatuto são aplicados a todas as crianças e
adolescentes sem qualquer discriminação. É o que traz o ECA:

Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e


adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia
ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e
aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra
condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem.

Desse modo, são vedadas as discriminações entre os protegidos pelo ECA em razão do nascimento, situação
familiar, idade, sexo, raça, étnica entre outros.

4 - Interpretação do ECA

Confira primeiramente o dispositivo pertinente a esse tópico:

Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige,
as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição
peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.

Em relação a esse dispositivo podemos fazer um contraponto com a Lei 4.657/1942, Lei de Introdução às
normas do Direito Brasileiro (LINDB). O art. 5º da norma prevê que na interpretação das normas jurídicas em
geral devem ser levados em consideração os fins sociais e as exigências do bem comum. Em relação ao ECA,
esses dois parâmetros são mantidos e acrescidos a outros, específicos desse ramo jurídico. Confira:

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PARÂMETROS INTERPRETATIVOS DO ECA

 os fins sociais a que ela se dirige;

 as exigências do bem comum;

 os direitos e deveres individuais e coletivos;

 a condição peculiar da criança e do adolescente como


pessoas em desenvolvimento.

Esses parâmetros devem, portanto, orientar a hermenêutica do ECA.

DIREITOS FUNDAMENTAIS
Em relação aos Direitos Fundamentais, o ECA distribui o assunto em 5 pontos:

direito à liberdade, ao direito à convivência


direito à vida e à saúde
respeito e à dignidade familiar e comunitária

direito à
direito à educação, à
profissionalização e à
cultura e ao lazer
proteção no trabalho

A fim de tornar nosso estudo dinâmico, vamos trazer a legislação, destacando os direitos elencados, contudo,
sem deixar de abordar as principais normas para a prova.

Vamos lá!

1 - Direito à Vida e à Saúde

O assunto direito à vida e à saúde está disciplinado entre os arts. 7º e 14 do ECA.

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O direito à vida e à saúde são inerentes à condição humana. Em relação às crianças e aos adolescentes
confere-se um tratamento privilegiado, em razão das peculiaridades da fase de sua existência.

A efetivação desses direitos, de acordo com o art. 7º, do ECA, deve ocorrer por intermédio de políticas
públicas para o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas. Confira a redação literal:

Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a


efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento
sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.

Nesse contexto, o ECA assegura o atendimento à gestação. Em relação a esse aspecto, tivemos várias
alterações promovidas pela Lei nº 13.257/2016. Devido ao fato de serem alterações recentes no ECA, vamos
dar a devida atenção ao assunto.

Assim se apresenta o art. 8º na redação atual:

Art. 8o É assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às políticas de saúde


da mulher e de planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada, atenção
humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-
natal integral no âmbito do Sistema Único de Saúde.

§ 1o O atendimento pré-natal será realizado por profissionais da atenção primária.

§ 2o Os profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua vinculação, no


último trimestre da gestação, ao estabelecimento em que será realizado o parto,
garantido o direito de opção da mulher.

§ 3o Os serviços de saúde onde o parto for realizado assegurarão às mulheres e aos seus
filhos recém-nascidos alta hospitalar responsável e contrarreferência na atenção primária,
bem como o acesso a outros serviços e a grupos de apoio à amamentação.

§ 4o Incumbe ao poder público proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe,


no período pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as consequências
do estado puerperal.

§ 5o A assistência referida no § 4o deste artigo deverá ser prestada também a gestantes e


mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção, bem como a
gestantes e mães que se encontrem em situação de privação de liberdade.

§ 6o A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência


durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato.

§ 7o A gestante deverá receber orientação sobre aleitamento materno, alimentação


complementar saudável e crescimento e desenvolvimento infantil, bem como sobre
formas de favorecer a criação de vínculos afetivos e de estimular o desenvolvimento
integral da criança.

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§ 8o A gestante tem direito a acompanhamento saudável durante toda a gestação e a


parto natural cuidadoso, estabelecendo-se a aplicação de cesariana e outras intervenções
cirúrgicas por motivos médicos.

§ 9o A atenção primária à saúde fará a busca ativa da gestante que não iniciar ou que
abandonar as consultas de pré-natal, bem como da puérpera que não comparecer às
consultas pós-parto.

§ 10. Incumbe ao poder público garantir, à gestante e à mulher com filho na primeira
infância que se encontrem sob custódia em unidade de privação de liberdade, ambiência
que atenda às normas sanitárias e assistenciais do Sistema Único de Saúde para o
acolhimento do filho, em articulação com o sistema de ensino competente, visando ao
desenvolvimento integral da criança.

A Lei nº 13257/2016 recebeu a denominação de Marco Legislativo da Primeira Infância, com a fixação de
princípios e diretrizes.

Mas qual o conceito de primeira infância?

De acordo com a Lei, a primeira infância compreende o período entre os primeiros 6 anos completos ou 72
meses de vida da criança.

Assim, a primeira informação que você deve levar para a prova é a seguinte:

PRIMEIRA Período que abrange os primeiros 6


INFÂNCIA anos de vida (ou 72 meses).

Essa nova lei trouxe diversas alterações. Temos alterações no ECA, na CLT, na Lei nº 11.770/2008 (Programa
Empresa Cidadã) e até mesmo no CPP. Para o nosso estudo importa analisar as alterações promovidas no
ECA!

Em relação ao ECA e dentro do tópico pertinente ao estudo do direito à vida e à saúde nós tivemos uma
completa reformulação dos dispositivos.

Para fins de prova, nos interessa algumas informações específicas. Nota-se um esforço da legislação em
desenvolver programas e políticas de atendimento adequadas à proteção da gestação. Lembre-se:

 A mãe terá direito de escolher, nos últimos 3 MESES da gestação, o local onde será
realizado o parto.

 É assegurado à gestante e à parturiente o direito a um acompanhante durante o período


que estiver em estabelecimento hospitalar.

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 O Poder Público deverá atuar a fim de garantir os direitos das gestantes perante a rede
pública de saúde, atuará também em posição interventiva nos contratos de emprego,
preservará o direito das gestantes que estiverem em restrição de liberdade.

 Além de promover os direitos das gestantes e parturientes, o Estado deverá coibir


práticas discriminatórias e violadoras dos direitos das gestantes.

Vejamos, na sequência, o art. 8º-A, que foi introduzido no ECA por força da Lei 13.798/2019. É um dispositivo
singelo, mas por ser alteração recente, sempre há possibilidade de cobrança por parte do examinador:

Art. 8º-A. Fica instituída a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, a


ser realizada anualmente na semana que incluir o dia 1º de fevereiro, com o objetivo de
disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a
redução da incidência da gravidez na adolescência. (Incluído pela Lei nº 13.798, de 2019)

Parágrafo único. As ações destinadas a efetivar o disposto no caput deste artigo ficarão a
cargo do poder público, em conjunto com organizações da sociedade civil, e serão dirigidas
prioritariamente ao público adolescente. (Incluído pela Lei nº 13.798, de 2019)

A Semana foi instituída com o propósito de executar uma série de atividades preventivas e educativas para
minimizar índices de gravidez precoces.

O art. 9, ainda dentro do tema da proteção dos direitos das crianças na primeira infância, reporta-se ao
aleitamento materno. De acordo com o dispositivo, cabe ao Poder Público, juntamente com as empresas,
criar condições adequadas às mães durante a fase de lactação. Confira:

Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições


adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida
privativa de liberdade.

§ 1o Os profissionais das unidades primárias de saúde desenvolverão ações sistemáticas,


individuais ou coletivas, visando ao planejamento, à implementação e à avaliação de ações
de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e à alimentação complementar
saudável, de forma contínua.

§ 2o Os serviços de unidades de terapia intensiva neonatal deverão dispor de banco de


leite humano ou unidade de coleta de leite humano.

Quanto à primeira infância e às medidas a serem desenvolvidas nos hospitais temos o art. 10:

Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos


e particulares, são obrigados a:

I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, pelo


prazo de dezoito anos;

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II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão plantar e digital e da


impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras formas normatizadas pela autoridade
administrativa competente;

III - proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no


metabolismo do recém-nascido, bem como prestar orientação aos pais;

IV - fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente as intercorrências


do parto e do desenvolvimento do neonato;

V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe.

VI - acompanhar a prática do processo de amamentação, prestando orientações quanto à


técnica adequada, enquanto a mãe permanecer na unidade hospitalar, utilizando o corpo
técnico já existente.

Como você deve notar, não há como memorizar a maioria desses dispositivos para a prova. Temos que ler
essas obrigações para que possamos compreendê-los. Como é um tema recente, há a perspectiva de que
possa ser exigido em provas. Assim, a forma mais segura de não cair em questões como essa é manter a
atenção à leitura dos dispositivos que são autoexplicativos.

Dando continuidade, o art. 11, do ECA, prevê:

Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de cuidado voltadas à saúde da criança e
do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, observado o princípio da
equidade no acesso a ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde.

§ 1o A criança e o adolescente com deficiência serão atendidos, sem discriminação ou


segregação, em suas necessidades gerais de saúde e específicas de habilitação e
reabilitação.

§ 2o Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente, àqueles que necessitarem,


medicamentos, órteses, próteses e outras tecnologias assistivas relativas ao tratamento,
habilitação ou reabilitação para crianças e adolescentes, de acordo com as linhas de
cuidado voltadas às suas necessidades específicas.

§ 3o Os profissionais que atuam no cuidado diário ou frequente de crianças na primeira


infância receberão formação específica e permanente para a detecção de sinais de risco
para o desenvolvimento psíquico, bem como para o acompanhamento que se fizer
necessário.

O ECA prevê atendimento integral à saúde da criança e do adolescente pelo SUS, por intermédio de
atendimento especializado, abrangendo:

 fornecimento de medicamentos, próteses e recursos

 estabelecimentos que permitam a permanência dos pais em tempo integral

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 controle das condições dos hospitais, notadamente em relação às situações de


tratamento degradante ou desumano.

O art. 12 do ECA prevê uma regra importante. Caso a criança ou adolescente necessitarem de internação
médica, por exemplo, terá direito a permanecer internada acompanhada e aís ou responsável. Fique atento
que essa regra não se aplica apenas à criança na primeira infância (nos primeiros 6 anos de vida), mas a todos
os tutelados pelo ECA (ou seja, menores de 18 anos).

Confira:

Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as unidades neonatais, de


terapia intensiva e de cuidados intermediários, deverão proporcionar condições para a
permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação
de criança ou adolescente.

O art. 13 confere um dever às entidades de atendimento a crianças e adolescentes. Caso encontrem crianças
ou adolescentes em situação de castigo físico, tratamento cruel, degradante ou maus tratos, DEVEM
comunicar o Conselho Tutelar. Veja:

Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou


degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente
comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras
providências legais.

§ 1o As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção
serão obrigatoriamente encaminhadas, sem constrangimento, à Justiça da Infância e da
Juventude.

§ 2o Os serviços de saúde em suas diferentes portas de entrada, os serviços de assistência


social em seu componente especializado, o Centro de Referência Especializado de
Assistência Social (Creas) e os demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos da Criança
e do Adolescente deverão conferir máxima prioridade ao atendimento das crianças na
faixa etária da primeira infância com suspeita ou confirmação de violência de qualquer
natureza, formulando projeto terapêutico singular que inclua intervenção em rede e, se
necessário, acompanhamento domiciliar.

Vamos explorar adiante, com maiores detalhes, a questão da entrega de filhos para a adoção. O ECA sofreu
algumas mudanças com a Lei 13.509/2017, justamente para agilizar a adoção nesses casos. Contudo, desde
já fique atento à redação do §1º acima citado.

Se uma grávida comparecer à unidade de saúde relatando o desejo de entregar o filho para a adoção, é
responsabilidade do estabelecimento (por intermédio da pessoa responsável ou dirigente) encaminhar a
grávida à Justiça da Infância e Juventude.

A finalidade desse encaminhamento é, primeiramente, de orientar a grávida e, caso confirmado o desejo de


entrega, iniciar procedimento para adoção da criança o quanto antes possível, com intuito de preservar o
direito à convivência familiar e comunitária.

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Para encerrar a parte relativa ao direito à vida e à saúde, vamos analisar o art. 14, segundo o qual o SUS deve
promover programas de assistência médica e odontológica à população infantil!

Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas de assistência médica e


odontológica para a prevenção das enfermidades que ordinariamente afetam a população
infantil, e campanhas de educação sanitária para pais, educadores e alunos.

§ 1o É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades


sanitárias.

§ 2o O Sistema Único de Saúde promoverá a atenção à saúde bucal das crianças e das
gestantes, de forma transversal, integral e intersetorial com as demais linhas de cuidado
direcionadas à mulher e à criança.

§ 3o A atenção odontológica à criança terá função educativa protetiva e será prestada,


1
inicialmente, antes de o bebê nascer, por meio de aconselhamento pré-natal, e,
posteriormente, no sexto e no décimo segundo anos de vida, com orientações sobre saúde
bucal.

§ 4o A criança com necessidade de cuidados odontológicos especiais será atendida pelo


Sistema Único de Saúde.

§ 5º É obrigatória a aplicação a todas as crianças, nos seus primeiros dezoito meses de vida,
de protocolo ou outro instrumento construído com a finalidade de facilitar a detecção,
em consulta pediátrica de acompanhamento da criança, de risco para o seu
desenvolvimento psíquico.

Finalizamos, assim, o primeiro tópico!

2 - Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade

Vamos estudar, nesse tópico, os arts. 15 a 18-B do ECA. Novamente temos um rol de direitos que são
assegurados em razão da condição de pessoa em desenvolvimento.

Vamos iniciar com o art. 15, que é enunciativo de vários direitos.

Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como
pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis,
humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.

No que diz respeito à liberdade, assegura-se o direito de:

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ir, vir e estar nos


brincar, praticar
logradouros públicos crença e culto
opinião e expressão esportes e divertir-
e espaços religioso
se
comunitários

participar da vida
familiar e participar da vida buscar refúgio,
comunitária, sem política auxílio e orientação
discriminação

Esses direitos estão arrolados no art. 16, do ECA:

Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:


d
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições
legais;

II - opinião e expressão;

III - crença e culto religioso;

IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;

V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;

VI - participar da vida política, na forma da lei;

VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.

Veja, ainda, a redação dos arts. 17 e 18, do ECA, que também possuem uma redação enunciativa de direitos,
cuja leitura é o suficiente:

Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e


moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade,
da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.

Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a
salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou
constrangedor.

O ECA trata do direito à educação de crianças e adolescentes, com destaque para a vedação ao uso do castigo
físico ou de tratamento cruel ou degradante, em termos de correção e disciplina.

Esse tema está disciplinado nos arts. 18-A e 18-B do ECA, que foram inseridos no Estatuto pela Lei nº
13.010/2014, denominada de Lei da Palmada. Esse diploma fixou alguns conceitos, os quais devemos
conhecer para a nossa prova.

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CASTIGO FÍSICO: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada


com o uso da força física sobre a criança ou o adolescente que
resulte em:
• sofrimento físico; ou
• lesão

TRATAMENTO CRUEL OU DEGRADANTE: conduta ou forma cruel de


tratamento em relação à criança ou ao adolescente
4 que:

• humilhe
• ameace gravemente
• ridicularize

A partir desses conceitos, o ECA criou um sistema voltado para orientação e tratamento de situações de
castigo físico e tratamento cruel ou degradantes. Primeiramente, leia o art. 18-A e, após, verifique quais são
os “encaminhamentos” determinados pelo ECA quando for constatados tais violações de direitos:

Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados SEM o uso
de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção,
disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família
ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas
socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los
ou protegê-los.

Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se:

I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física
sobre a criança ou o adolescente que resulte em:

a) sofrimento físico; ou

b) lesão;

II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à


criança ou ao adolescente que:

a) humilhe; ou

b) ameace gravemente; ou

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c) ridicularize.

Caso seja identificada a prática de algumas das situações acima contra crianças ou adolescentes será
determinado:

 encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família

Aqui teremos o encaminhamento dos próprios responsáveis pelas pelo castigo físico ou
pelo tratamento cruel ou degradante. A finalidade é romper com a prática por intermédio
de um processo de conscientização.

 encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico

Esse encaminhamento poderá ser destinado tanto à criança/adolescente como aos


responsáveis, a depender do caso de contexto
e das violações.

 encaminhamento a cursos ou programas de orientação

Do mesmo modo, aplica-se à vítima e ao agressor.

 obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado

Aqui a determinação é específica e direcionada à criança (e também ao adolescente) vítima


de castigo físico ou tratamento cruel ou degradante.

 advertência

Nesse caso, a admoestação será destinada ao agressor.

Essas medidas estão fixadas, por sua vez, no art. 18-B, do ECA:

Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos


executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de
crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico
ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou
qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às
seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso:

I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família;

II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;

III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;

IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado;

V - advertência.

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Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar,
sem prejuízo de outras providências legais.

Por fim, vejamos uma questão que trata do tema aqui abordado:

(FUNRIO - 2016) Na educação de crianças e adolescentes é proibido, segundo o ECA:


I – castigos físicos que resultem em sofrimento físico ou lesão;
II – tratamento cruel ou degradante, que faça uso da a humilhação, ameaças graves ou ridicularização;

III – participação na vida política, na forma da lei.


Marque a alternativa que corresponde à resposta correta.
a) Todas estão corretas.
b) Todas estão erradas.
c) II e III estão corretas.
d) I e III estão corretas.
e) I e II estão corretas.
Comentários
Vamos analisar cada um dos itens.
Os itens I e II estão corretos. De acordo com o art. 18-A, da Lei nº 8.069/90, a criança e o adolescente têm o
direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante.
O item III está incorreto. Com base no art. 16, VI, do ECA, a criança e o adolescente tem o direito de participar
da vida política.
Desse modo, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

3 - Direito à Convivência Familiar e Comunitária

O direito à convivência familiar e comunitária abrange os arts. 19 a 52 do ECA e trata de uma parte relevante
da matéria. A relevância decorre não apenas do fato de que o conteúdo é mais extenso, mas também em
razão dos assuntos que são estudados nesta parte da matéria.

Para situá-lo, ao se falar em direito à convivência familiar vamos abranger a análise das famílias e,
principalmente, da questão que envolve a colocação de crianças e adolescentes em famílias substitutas por
intermédio da guarda, tutela e adoção!

Portanto, redobre a atenção.

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3.1 - Disposições Gerais

A Lei nº 12.010/2009, conhecida como Lei de Convivência Familiar, trouxe diversas alterações no ECA,
tratando sobre o direito à convivência familiar e sobre a adoção.

Essa lei parte do princípio de que a família é o lugar natural em que deve permanecer a criança.

Assim, a retirada da criança ou adolescente de sua família natural ocorrerá unicamente em situações
excepcionais, por decisão judicial devidamente motivada, garantindo-se o contraditório e a ampla defesa. A
retirada se dá para entidade de acolhimento familiar ou institucional, e deve ter caráter provisório e com
brevidade. Com o ECA, abandona-se a ideia de acolhimento em abrigo, para se falar em acolhimento
institucional.

Veja o que nos informa o art. 19, caput e §1º, do ECA:


f
Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família
e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e
comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.

§ 1º Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento


familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 3 (três) meses,
devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe
interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de
reintegração familiar ou pela colocação em família substituta, em quaisquer das
modalidades previstas no art. 28 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)

A retirada da criança ou adolescente da família natural decorre de medida protetiva aplicada pelo juiz, a
qual ocorre por meio da emissão de uma guia de acolhimento (individualizada), diante da qual a entidade
produzirá um plano individualizado de ações, com a indicação das necessidades da criança e das ações
previstas para viabilizar o retorno da criança à família natural e enviará relatórios regulares, no prazo e três
meses, relatando a evolução do acolhimento.

Com base nesses relatórios interdisciplinares, o juiz decide se a criança deve continuar na entidade, retornar
à família natural ou extensa. Além disso, caso verifique tratar-se de situação na qual o retorno é impossível
procederá à colocação em família substituta.

Assim...

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O ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL
SERÁ

decide-se pela reintegração,


por intermédio de manutenção do acolhimento
avaliado a cada três
relatórios (institucional ou em família
meses
interdisciplinares acolhedora) ou colocação em família
substituta

Aqui cabem três observações. Primeira,,,,,, esse prazo de três meses, a que se refere o § 1º, do art. 19, na
redação anterior à vigência da Lei 13.509, de 2017, era de seis meses, e não de três. Isso já foi objeto de
inúmeras questões de prova e, provavelmente, vai continuar aparecendo durante algum tempo. Sendo
assim, fique atento: toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar
ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 3 (três) meses.

Segunda, essa alteração, em um primeiro momento, foi vetada pelo Presidente da República. Quer dizer, a
Lei n. 13.509/17, com a intenção de alterar o prazo de seis meses para três, foi vetada no dispositivo que,
justamente, fazia essa alteração. Ocorre que o veto foi derrubado e, por fim, a alteração foi promulgada.
Esse “vai e vem” gerou muita confusão e muita discussão na época, razão que torna o dispositivo ainda mais
passível de aparecer em provas.

Terceira, você não pode confundir esse prazo, que se refere aos programas de acolhimento familiar ou
institucional, com o prazo lá do art. 94, XIV, que nós ainda vamos ver. O prazo do art. 94, que é de seis meses,
se refere à reavaliação periódica dos casos dos adolescentes sujeitos à programa de internação.

Fique tranquilo, ainda vamos ver isso tudo. Por enquanto, o importante é você não confundir a reavaliação
que se opera nos programas de acolhimento familiar ou institucional, que é de três meses, com a reavaliação
que se opera nos programas de internação, que é de seis meses. Ok?

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(FCC - 2018) De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, o prazo máximo para
reavaliação da situação da criança ou do adolescente que estiver em programa de
acolhimento familiar ou institucional é de.
a) 06 meses.
b) 03 meses.
c) 02 meses.
d) 04 meses.
e) 05 meses.
Comentários
Como vocês podem perceber, o examinador colocou bem na alternativa A a redação antiga do
art. 19, § 1º, do ECA, mas, como nós sabemos, o prazo será de 3 (três) meses.
Desse modo, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

Sigamos!

A reintegração consiste no retorno da criança ou do adolescente à família natural ou extensa.

O acolhimento institucional, por sua vez, consiste em deixar as crianças sob o cuidado do Estado, nas
unidades institucionais de acolhimento.

A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará


por mais de 18 meses, exceto em caso de comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse,
por decisão fundamentada. É o que temos no §2º, do ECA:

§ 2o A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento


institucional NÃO se prolongará por MAIS DE 18 MESES, salvo comprovada necessidade
que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade
judiciária.

Fique atento, pois o prazo foi reduzido de dois anos para 18 meses. A ideia é evitar, ao máximo, o
prolongamento do acolhimento institucional, que é prejudicial ao exercício dos direitos de convivência
familiar e comunitária.

O acolhimento familiar consiste na colocação da criança ou adolescente em família acolhedora, que


gratuitamente recebe a criança, podendo obter a sua guarda. Ele é preferível ao acolhimento institucional
pela maior proximidade da convivência familiar ou comunitária e que poderá ser desenvolvida por entidades
governamentais ou não.

Por fim, a colocação em família envolve as modalidades de adoção, que serão estudadas adiante.

Ainda em relação à convivência familiar, em alteração recente no ECA, foi conferido o direito de conviver
com os pais caso estejam privados de liberdade. Essa convivência será promovida por intermédio de visitas
periódicas a serem promovidas por quem detiver a responsabilidade direta pela criança.

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O §3º, do art. 19, destaca a regra de que a permanência da criança e do adolescente deve ocorrer perante a
matéria natural:

§ 3o A manutenção ou a reintegração de criança ou adolescente à sua família terá


preferência em relação a qualquer outra providência, caso em que será esta incluída em
serviços e programas de proteção, apoio e promoção, nos termos do § 1o do art. 23, dos
incisos I e IV do caput do art. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei.

§ 4o Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado


de liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses
de acolhimento institucional, pela entidade responsável, independentemente de
autorização judicial.

Pela Lei 13.509/2017, tivemos o acréscimo de dois parágrafos ao art. 19:

§ 5º Será garantida a convivência integral da criança com a mãe adolescente que estiver
em acolhimento institucional. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)

§ 6º A mãe adolescente será assistida por equipe especializada multidisciplinar.


(Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)

A situação retratada aqui é específica. Muitas adolescentes, ainda na adolescente, têm filhos. Caso estejam
acolhidas institucionalmente, aos filhos será assegurado o direito à convivência familiar com a mãe durante
o período do acolhimento.

Ainda no âmbito das novidades, precisamos dar atenção ao art. 19-A e art. 19-B, que foram acrescidos ao
ECA pela Lei 13.509/2017. Vamos começar com o art. 19-A, caput, §1º e 2º:

Art. 19-A. A gestante ou mãe que manifeste interesse em entregar seu filho para adoção,
antes ou logo após o nascimento, será encaminhada à Justiça da Infância e da Juventude.

§ 1º A gestante ou mãe será ouvida pela equipe interprofissional da Justiça da Infância e


da Juventude, que apresentará relatório à autoridade judiciária, considerando inclusive os
eventuais efeitos do estado gestacional e puerperal.

§ 2º De posse do relatório, a autoridade judiciária poderá determinar o encaminhamento


da gestante ou mãe, mediante sua expressa concordância, à rede pública de saúde e
assistência social para atendimento especializado.

Os dispositivos acima foram criados para facilitar a entrega para adoção de crianças quando a mãe manifesta
interesse em entregar o filho para adoção.

Assim, quando a mãe demonstrar interesse em entregar o filho para adoção, haverá encaminhamento da
mãe para a Vara de Infância e Juventude para que seja acompanhada e ouvida pela equipe técnica auxiliar.
Essa equipe, formada por profissionais de diversas áreas, elaborará um relatório que irá subsidiar a decisão
judicial de destituição do poder familiar.

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Antes, entretanto, de decidir pela destituição é necessário buscar por familiares da criança, que tenham
interesse e condições de cuidá-la. Por primeiro, busca-se a possibilidade de deixar a criança sob os cuidados
do pai. Caso não haja pai registral ou esse também não tenha interesses ou condições, serão buscados
familiares próximos, como tios, avós etc.

De todo modo, como a ordem é simplificar o procedimento de colocação em família substituta, a busca pela
família extensa deverá ser empreendida pelo prazo de 90 dias, prorrogáveis por mais 90 dias.

Leia com atenção:

§ 3º A busca à família extensa, conforme definida nos termos do parágrafo único do art. 25
desta Lei, respeitará o prazo máximo de 90 (noventa) dias, prorrogável por igual período.

Averiguada a impossibilidade de colocação da criança rejeitada pela mãe, sob os cuidados do pai ou sob os
cuidados de familiares, o juiz decreta a perda do poder familiar, tal como prevê o dispositivo abaixo:

§ 4º Na hipótese de não haver a indicação do genitor e de não existir outro representante


da família extensa apto a receber a guarda, a autoridade judiciária competente deverá
decretar a extinção do poder familiar e determinar a colocação da criança sob a guarda
provisória de quem estiver habilitado a adotá-la ou de entidade que desenvolva
programa de acolhimento familiar ou institucional.

Não obstante todo esse procedimento célere que se desenvolve com o intuito de preservar ao máximo o
direito à convivência familiar e comunitária, nascido a criança, a mãe será chamada a ratificar a sua vontade
em juízo, em uma audiência.

§ 5º Após o nascimento da criança, a vontade da mãe ou de ambos os genitores, se houver


pai registral ou pai indicado, deve ser manifestada na audiência a que se refere o § 1o do
art. 166 desta Lei, garantido o sigilo sobre a entrega.

§ 6º Na hipótese de não comparecerem à audiência nem o genitor nem


representante da família extensa para confirmar a intenção de exercer o poder
familiar ou a guarda, a autoridade judiciária suspenderá o poder familiar da mãe, e
a criança será colocada sob a guarda provisória de quem esteja habilitado a adotá-
la. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017).

Para que possamos encerrar o dispositivo, resta estudar o §7º. Quanto aos demais, a leitura será o suficiente.

§ 7º Os detentores da guarda possuem o prazo de 15 (QUINZE) DIAS para propor a ação


de adoção, contado do dia seguinte à data do término do estágio de convivência.

Determinada a decretação da perda do poder familiar, a criança será o quanto breve possível inserida no
convívio com os pretensos adotantes (estágio de convivência). A contar do término do estágio de
convivência, inicia-se o prazo de 15 dias para que o pedido de adoção seja formalizado perante a Vara da
Infância e Juventude.

Confira os demais dispositivos do art. 19-A, do ECA:

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§ 8º Na hipótese de desistência pelos genitores - manifestada em audiência ou perante a


equipe interprofissional - da entrega da criança após o nascimento, a criança será mantida
com os genitores, e será determinado pela Justiça da Infância e da Juventude o
acompanhamento familiar pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias.

§ 9º É garantido à mãe o direito ao sigilo sobre o nascimento, respeitado o disposto no art.


48 desta Lei.

§ 10. Serão cadastrados para adoção recém-nascidos e crianças acolhidas não procuradas
por suas famílias no prazo de 30 (trinta) dias, contado a partir do dia do acolhimento.

A desistência é admitida até a publicação da sentença que decreta a perda do poder familiar. Nesse caso,
em razão das circunstâncias, a família será acompanhada pelo prazo de 180 dias.

No art. 19-B temos a figura do “programa de apadrinhamento”. Esse programa tem por objetivo viabilizar,
na medida do possível, a convivência familiar e comunitária de criança ou de adolescentes que estejam
acolhidos. Coloca-se o menor de 18 anos, em uma família externa ao acolhimento, a fim de propiciar um
relacionamento familiar.

Esse programa de apadrinhamento caracteriza-se:

 Atender a criança/adolescente com vínculo externo.

Trata-se, portanto, de uma forma de retirar a criança ou o adolescente do ambiente do acolhimento


institucional ou familiar.

 Abrange aspectos: social, moral, físico, cognitivo, educacional e financeiro.

Compete ao padrinho conviver com a criança ou adolescente em vários aspectos. Será o responsável
pelo seu desenvolvimento social e moral. Deverá cuidar da saúde e da educação do menos de 18
anos. Terá, inclusiva, responsabilidade financeira.

 O apadrinhamento pode se dar por pessoas físicas e jurídicas.

Feito isso, vamos ao dispositivo:

Art. 19-B. A criança e o adolescente em programa de acolhimento institucional ou familiar


poderão participar de programa de apadrinhamento.

§ 1º O apadrinhamento consiste em estabelecer e proporcionar à criança e ao adolescente


vínculos externos à instituição para fins de convivência familiar e comunitária e
colaboração com o seu desenvolvimento nos aspectos social, moral, físico, cognitivo,
educacional e financeiro.

§ 2º Vetado.

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§ 3º Pessoas jurídicas podem apadrinhar criança ou adolescente a fim de colaborar para


o seu desenvolvimento.

§ 4º O perfil da criança ou do adolescente a ser apadrinhado será definido no âmbito de


cada programa de apadrinhamento, com prioridade para crianças ou adolescentes com
remota possibilidade de reinserção familiar ou colocação em família adotiva.

§ 5º Os programas ou serviços de apadrinhamento apoiados pela Justiça da Infância e da


Juventude poderão ser executados por órgãos públicos ou por organizações da sociedade
civil.

§ 6º Se ocorrer violação das regras de apadrinhamento, os responsáveis pelo programa e


pelos serviços de acolhimento deverão imediatamente notificar a autoridade judiciária
competente.

Como podemos perceber, o apadrinhamento envolve a formação de um referencial afetivo na vida da criança
e do adolescente.

Sigamos!

Os arts. 20 a 23 do ECA arrolam algumas regras muito importantes que, com frequência, são cobradas em
prova. Assim, antes de ler os artigos, vamos destacar aquilo que você não pode esquecer para a prova!

OBRIGAÇÕES DOS PAIS NO QUE DIZ RESPEITO AO DIREITO À


CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA
• Os filhos tidos dentro ou fora do casamento ou por adoção têm os mesmos direitos.
• O poder familiar é exercício em igualdade de condições pelos pais.
• Ambos os pais têm o dever de sustento, guarda e educação.
• Ambos os pais possuem direitos, deveres e responsabilidades iguais no cuidado e na
educação dos filhos.
• A falta de recursos, por si só, não é impeditivo para o exercício do poder familiar.
• A condenação criminal não gera perda automática do poder familiar, a não ser que o
crime praticado esteja sujeito à pena de reclusão e seja contra outrem igualmente titular
do mesmo poder familiar ou contra filho, filha ou outro descendente.

Esquematizadas as regras, leia os dispositivos do ECA:

Art. 20. Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os
mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias
relativas à filiação.

Art. 21. O poder familiar será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela mãe,
na forma do que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em
caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária competente para a solução da
divergência.

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Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores,
cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as
determinações judiciais.

Parágrafo único. A mãe e o pai, ou os responsáveis, têm direitos iguais e deveres e


responsabilidades compartilhados no cuidado e na educação da criança, devendo ser
resguardado o direito de transmissão familiar de suas crenças e culturas, assegurados os
direitos da criança estabelecidos nesta Lei.

Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a
perda ou a suspensão do poder familiar.

§ 1o Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a criança
ou o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente
ser incluída em serviços e programas oficiais de proteção, apoio e promoção.

§ 2º A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do poder familiar,


EXCETO na hipótese de condenação por crime doloso, sujeito à pena de reclusão contra
outrem igualmente titular do mesmo poder familiar ou contra filho, filha ou outro
descendente. (Redação dada pela Lei nº 13.715, de 2018)

O art. 23, § 2º, tem redação dada pela Lei 13.715, de 2018. Na redação anterior, o ECA se limitava a dizer
que a condenação criminal do pai ou da mãe não implicaria a destituição do poder familiar, exceto na
hipótese de condenação por crime doloso, sujeito à pena de reclusão, contra o próprio filho ou filha. Agora,
essa hipótese foi expandida, também, para os casos em que o crime for cometido contra outrem igualmente
titular do mesmo poder familiar (ex.: pai comete crime contra a mãe ou mãe comete crime contra o pai) e
contra descendente, que não seja filho ou filha (ex.: netos ou netas). Ou seja, hoje, perde o poder familiar
aquele que comete crime:

• (i) Doloso
• (ii) Sujeito à pena de reclusão
• (iii) Contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar OU contra filho ou filha OU
contra outro descendente.

Imagine a seguinte situação: João e Maria são casados e possuem um filho, Pedro, de 10 anos. Certo dia,
João chega em casa bêbado e, na frente de Pedro, agride Maria, dolosamente, vindo a causar lesões de
natureza grave. Nesse caso, João poderia ser destituído do seu poder familiar em relação a Pedro, caso fosse
condenado pelo crime de lesão corporal de natureza grave, previsto no art. 129, § 1º, do Código Penal, e
apenado com pena de reclusão? Sim. Isso porque, João cometeu crime doloso (i), sujeito à pena de reclusão
(i), contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar.

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Vale apontar que a mesma Lei n. 13.715/18, também alterou o Código Penal, trazendo um dispositivo um
pouco mais completo. Confira:

Art. 92 - São também efeitos da condenação: (...) II – a incapacidade para o exercício do


poder familiar, da tutela ou da curatela nos crimes dolosos sujeitos à pena de reclusão
cometidos contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar, contra filho, filha
ou outro descendente ou contra tutelado ou curatelado; (Redação dada pela Lei nº 13.715,
de 2018)

Para encerrar as regras gerais, confira o art. 24 que anuncia a ação de destituição do poder familiar (ADPF),
que será estudada adiante.

Art. 24. A perda e a suspensão do poder familiar serão decretadas judicialmente, em


procedimento contraditório, nos casos previstos na legislação civil, bem como na hipótese
de descumprimento injustificado dos deveres e obrigações a que alude o art. 22.

(MPE-PR- 2019) Julgue o item:


Perderá por ato judicial o poder familiar aquele que praticar contra filho, filha ou outro descendente,
homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave ou seguida de morte, quando se tratar de crime
doloso envolvendo violência doméstica e familiar.
Comentários
A assertiva está correta, de acordo com a nova redação do art. 23, § 2º, do ECA, trazida pela Lei n. 13.715/18.

3.2 - Famílias

Os tipos de famílias tuteladas pelo ECA podem ser divididos em três grupos pela chamada “classificação
trinária”. Assim, existe a família natural, a família extensa ou ampliada e a família substituta.

Vejamos um esquema:

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Família extensa ou
Família natural Família substituta
ampliada

Vai além da unidade


pais e filhos,
englobando os em razão de
Pais e filhos. parentes com quem a guarda, tutela e
criança mantém um adoção.
vínculo de
afinidade/afetividade.

Para manutenção da criança ou adolescente em determinada família, usa-se a chamada “linha de


excepcionalidade”, que deve observar a seguinte ordem de colocação:

1º. Família natural

2º. Família extensa

3º. Família substituta composta por parentes

4º. Família substituta composta por não parentes

• Adoção nacional;
• Adoção internacional por brasileiros;
• Adoção internacional por estrangeiros.

Nesse contexto, ECA diferencia família natural da extensa do seguinte modo:

a comunidade formada pelos pais ou qualquer um


FAMÍLIA NATURAL
deles e seus descendentes

aquela que se estende para além da unidade pais e


filhos ou da unidade do casal, formada por parentes
FAMÍLIA EXTENSA (ou ampliada) próximos com os quais a criança ou adolescente
convive e mantém vínculos de afinidade e
afetividade.

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3.3 - Família Substituta

Vamos iniciar com o art. 28, caput:

Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção,
independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei.

Na colocação da criança em família substituta, deve-se levar em consideração opinião de criança, sempre
que possível. Já em relação aos adolescentes é necessário o consentimento.

Sempre que possível


Criança Opinião
deve ser ouvida.

Adolescente Deve consentir, sempre Consentimento

Esse direito está previsto, inclusive, no art. 12, da Convenção sobre Direitos da Criança da ONU.

ARTIGO 12

1. Os Estados Partes assegurarão à criança que estiver capacitada a formular seus próprios
juízos o direito de expressar suas opiniões livremente sobre todos os assuntos relacionados
com a criança, levando-se devidamente em consideração essas opiniões, em função da
idade e maturidade da criança.

2. Com tal propósito, se proporcionará à criança, em particular, a oportunidade de ser


ouvida em todo processo judicial ou administrativo que afete a mesma, quer diretamente
quer por intermédio de um representante ou órgão apropriado, em conformidade com as
regras processuais da legislação nacional.

Nesse sentido, confira os §§ 1º e 2º:

§ 1o Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por equipe
interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre
as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente considerada.

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§ 2o Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu


consentimento, colhido em audiência.

Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação de afinidade ou de afetividade,


a fim de evitar ou minimizar as consequências decorrentes da medida. Desse modo, sempre que possível,
os irmãos devem ser mantidos juntos.

§ 3o Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação de


afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequências decorrentes da
medida.

A regra em relação aos irmãos somente não será observada caso haja comprovada existência de risco de
abuso ou outra situação que justifique a excepcionalidade de solução diversa. De todo modo, procura-se
evitar o rompimento definitivo dos vínculos fraternais.

§ 4o Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda da mesma família
substituta, ressalvada a comprovada existência de risco de abuso ou outra situação que
justifique plenamente a excepcionalidade de solução diversa, procurando-se, em qualquer
caso, evitar o rompimento definitivo dos vínculos fraternais.

Confira, na sequência, os §§ 5º e 6º, cuja leitura é o suficiente para fins de prova:

§ 5o A colocação da criança ou adolescente em família substituta será precedida de sua


preparação gradativa e acompanhamento posterior, realizados pela equipe
interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente com o
apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política municipal de garantia do direito
à convivência familiar.

§ 6o Em se tratando de criança ou adolescente indígena ou proveniente de comunidade


remanescente de quilombo, é ainda obrigatório:

I - que sejam consideradas e respeitadas sua identidade social e cultural, os seus costumes
e tradições, bem como suas instituições, desde que não sejam incompatíveis com os
direitos fundamentais reconhecidos por esta Lei e pela Constituição Federal;

II - que a colocação familiar ocorra prioritariamente no seio de sua comunidade ou junto a


membros da mesma etnia;

III - a intervenção e oitiva de representantes do órgão federal responsável pela política


indigenista, no caso de crianças e adolescentes indígenas, e de antropólogos, perante a
equipe interprofissional ou multidisciplinar que irá acompanhar o caso.

E, para encerrar o tópico, veja quatro dispositivos cuja leitura é o suficiente:

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Art. 29. NÃO se deferirá colocação em família substituta a pessoa que revele, por qualquer
modo, incompatibilidade com a natureza da medida ou não ofereça ambiente familiar
adequado.

Art. 30. A colocação em família substituta NÃO admitirá transferência da criança ou


adolescente a terceiros ou a entidades governamentais ou não-governamentais, sem
autorização judicial.

Art. 31. A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional,


somente admissível na modalidade de adoção.

Art. 32. Ao assumir a guarda ou a tutela, o responsável prestará compromisso de bem e


fielmente desempenhar o encargo, mediante termo nos autos.

A colocação em família substituta depende de decisão judicial, de modo que o Conselho Tutelar não poderá
alterar a família na qual a criança está inserida.

Na sequência, vamos analisar cada uma das espécies de colocação em família substituta.

Guarda

É a primeira forma de colocação em família substituta prevista no ECA. No entanto, é importante lembrar
que a guarda também está regulamentada no Código Civil. A diferença é que a guarda tratada no Código
aplica-se ao término do casamento, ou seja, nas hipóteses de divórcio e de anulação. Por exemplo, o CC
disciplina a denominada guarda compartilhada.

A guarda que estudaremos aqui é provisória e constitui uma das modalidades de colocação em família
substituta e ocorrerá para a regularização de uma situação de fato, exercida sem controle judicial. Além
disso, ela poderá ser deferida também, excepcionalmente, para atender a situações peculiares ou suprir a
falta eventual dos pais ou responsáveis, conforme prevê o ECA:

Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança
ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos
pais.

§ 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou


incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por
estrangeiros.

§ 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção, para


atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou responsável,
podendo ser deferido o direito de representação para a prática de atos determinados.

Sistematizando para a prova, tenha em mente:

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destina-se a regularizar a posse de fato


GUARDA
excepcionalmente, destina-se a suprir situações
peculiares ou a falta eventual dos pais ou
responsáveis

De acordo com o ECA, a guarda traz o dever de assistência material, moral e educacional à criança ou
adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais.

Em face disso, o protegido terá a condição de dependente dos detentores da guarda, com validade, inclusive,
para fins previdenciários.

Confira:

§ 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os


fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários.

De acordo com o §4º, art. 33, do ECA, a guarda será concedida, em regra, no bojo das ações de tutela de
adoção. Excepcionalmente, a guarda - que ora estudamos - será deferida para atender a situações
peculiares ou para suprir a falta momentânea dos pais. Confira:

§ 4o SALVO expressa e fundamentada determinação em contrário, da autoridade


judiciária competente, ou quando a medida for aplicada em preparação para adoção, o
deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros NÃO impede o exercício do
direito de visitas pelos pais, assim como o dever de prestar alimentos, que serão objeto de
regulamentação específica, a pedido do interessado ou do Ministério Público.

Além disso, a concessão da guarda não impede, em regra, o direito de visita dos pais e não elide a
responsabilidade por prestar alimentos. Assim, se a criança estiver sob guarda poderá receber a visita dos
genitores. Contudo, a visita poderá ser evitada em duas situações:

 por decisão judicial fundamentada; e


 em guardas concedidas no período do estágio de convivência.

A guarda constitui um ato precário, revogável a qualquer tempo mediante decisão fundamentada do Juiz da
Infância e Juventude, após ouvir o Ministério Público.

Em síntese...

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GUARDA
• provisória
• destina-se a regularizar um situação de fato
• dever de assistência material, moral e educacional à criança ou ao adolescente
• quem está sob a proteção da guarda será considerado dependente, inclusive, para fins
previdenciários
• deferida para atender a situações peculiares ou para suprir a falta momentânea dos pais.
• revogável por decisão fundamentada

O art. 34, do ECA, trata do acolhimento familiar, que é uma espécie de colocação da criança ou do
adolescente em família substituta. Em termos simples, o acolhimento familiar constitui modalidade na qual
a criança ou adolescente que está em acolhimento institucional é inserido em famílias que perfazem um rol
de requisitos e desejam receber crianças em situação de vulnerabilidade. Em contrapartida, essas famílias
recebem recursos do Estado para que possam prover o sustento e necessidades materiais da criança.

Quanto ao acolhimento familiar, lembre-se:

➢ tem preferência ao acolhimento institucional;


➢ é subsidiária por recursos públicos;
➢ é temporário; e
➢ é excepcional.

Para encerrar o assunto “guarda”, confira a legislação:

Art. 34. O poder público estimulará, por meio de assistência jurídica, incentivos fiscais e
subsídios, o acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente afastado do
convívio familiar.

§ 1o A inclusão da criança ou adolescente em programas de acolhimento familiar terá


preferência a seu acolhimento institucional, observado, em qualquer caso, o caráter
temporário e excepcional da medida, nos termos desta Lei.

§ 2o Na hipótese do § 1o deste artigo a pessoa ou casal cadastrado no programa de


acolhimento familiar poderá receber a criança ou adolescente mediante guarda, observado
o disposto nos arts. 28 a 33 desta Lei.

§ 3o A União apoiará a implementação de serviços de acolhimento em família acolhedora


como política pública, os quais deverão dispor de equipe que organize o acolhimento
temporário de crianças e de adolescentes em residências de famílias selecionadas,
capacitadas e acompanhadas que não estejam no cadastro de adoção.

§ 4o Poderão ser utilizados recursos federais, estaduais, distritais e municipais para a


manutenção dos serviços de acolhimento em família acolhedora, facultando-se o repasse
de recursos para a própria família acolhedora.

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Art. 35. A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial
fundamentado, ouvido o Ministério Público.

Na sequência, vejamos o assunto tutela.

Tutela

A tutela guarda um "plus" em relação à guarda, pois é a forma de colocação em família substituta que, além
de regularizar a posse de fato da criança ou do adolescente, também confere direito de representação ao
tutor.

A tutela se aplica apenas a pessoa de até 18 anos e pressupõe a perda ou suspensão do poder familiar,
além de implicar os deveres de guarda.

TUTELA

•forma de colocação em família substituta que confere o direito de representação ao tutor


•até os 18 anos de idade
•pressupõe a perda ou suspensão do poder familiar.

Em suma, a tutela constitui uma guarda qualificada. Qualificada pelo dever de administração do patrimônio
da criança ou do adolescente. Essas regras de administração patrimonial estão previstas no Código Civil.

Confira os dispositivos do ECA:

Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito) anos
incompletos.

Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou


suspensão do poder familiar e implica necessariamente o dever de guarda.

Art. 37. O tutor nomeado por testamento ou qualquer documento autêntico, conforme
previsto no parágrafo único do art. 1.729 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código
Civil, deverá, no prazo de 30 (trinta) dias após a abertura da sucessão, ingressar com pedido
destinado ao controle judicial do ato, observando o procedimento previsto nos arts. 165 a
170 desta Lei.

Parágrafo único. Na apreciação do pedido, serão observados os requisitos previstos nos


arts. 28 e 29 desta Lei, somente sendo deferida a tutela à pessoa indicada na disposição de
última vontade, se restar comprovado que a medida é vantajosa ao tutelando e que não
existe outra pessoa em melhores condições de assumi-la.

Art. 38. Aplica-se à destituição da tutela o disposto no art. 24.

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Adoção

A terceira forma de colocação de crianças e adolescentes em famílias substitutas é a adoção. Dada as


consequências e todo o procedimento judicial envolvido, o ECA possui uma disciplina extensa e detalhada,
muito importante para a nossa prova.

Além disso, desde já é importante que você saiba que a adoção, no nosso ordenamento, é dividida em
adoção nacional e adoção internacional. Sabemos que a adoção é medida excepcional, ou seja, somente se
a orientação e a aplicação de medidas de proteção, se a guarda (ou tutela), se o acolhimento familiar ou o
acolhimento institucional falharem ou não forem suficientes para assegurar o direito à convivência familiar
da criança ou do adolescente é que falaremos em adoção.

Aqui, é importante distinguir a ordem de preferência entre a adoção nacional e internacional. Se não houver
outra saída a não ser a colocação da criança ou adolescente na modalidade de adoção, devemos prestigiar a
adoção nacional à internacional. A adoção internacional é excepcionalíssima.

Feitas essas condições iniciais, vamos começar com a adoção nacional.

Adoção Nacional

Antes da vigência do ECA e da nova política de proteção do menor, a adoção se dava em benefício dos
adotantes. O próprio Código Civil de 1916 previa que somente os maiores de 50 anos e sem prole viva
poderiam adotar.

Com a mudança de entendimento, hoje, a adoção se dá em benefício do adotado, sendo obrigatória a


demonstração das reais vantagens, tudo em nome do superior interesse da criança e do adolescente.

Assim, desde logo, lembre-se...

A adoção se dá em benefício do adotado, sendo


imprescindível a demonstração das reais
vantagens de tal modalidade de colocação em
família substituta.

O próprio ECA é expresso nesse sentido:

Art. 43. A adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e
fundar-se em motivos legítimos.

A adoção possui certas características.

1ª característica: A adoção é ato personalíssimo, desta forma, é vedada a adoção por


procuração.

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Essa norma comporta exceção importante, a adoção post mortem, ou seja, a adoção deferida a
adotante morto, após a demonstração da sua vontade inequívoca de adotar, porém, antes da sentença
definitiva.

O ECA é expresso em admitir a adoção mesmo após a morte do adotante caso tenha manifestado de
forma inequívoca a vontade de adotar, mas vier a falecer no curso do procedimento. Essa regra consta
do art. 42, §6º, do ECA, que será lido mais adiante.

Além disso, por entendimento do STJ, é possível a adoção post mortem de pessoa que morra antes
mesmo de ajuizar o processo, se, por outros meios, for possível a prova da vontade inequívoca de
adotar.

2ª característica: A adoção é ato irrevogável.

O adotante não pode voltar atrás na adoção. Se os adotantes não quiserem mais continuar com a
adoção terá que ser feito um novo processo de destituição do poder familiar.

Confira a redação literal do ECA:

Art. 39. A adoção de criança e de adolescente reger-se-á segundo o disposto nesta


Lei.

§ 1o A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas


quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família
natural ou extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei.

§ 2o É vedada a adoção por procuração.

§ 3º Em caso de conflito entre direitos e interesses do adotando e de outras pessoas,


inclusive seus pais biológicos, devem prevalecer os direitos e os interesses do
adotando.

A característica da irrevogabilidade informa que uma vez perpetuada a adoção seus efeitos são
definitivos, não havendo possibilidade para retomada do poder familiar pela família de origem.

Não obstante, é premissa para os procedimentos de adoção, especialmente na fase decisória do


procedimento, a verificação se a adoção é benéfica ao adotado, o que se dá pela demonstração efetiva
de que há reais vantagens ao adotando em razão do superior interesse da criança e do adolescente.

Cotejando com essa premissa básica do ECA, o STJ flexibilizou a regra da irrevogabilidade. O caso
envolveu adoção unilateral, no qual um dos pais biológicos permanece exercendo seu poder familiar.
O pai adotante – cônjuge da mãe biológica – pleiteou a adoção unilateral que fora concedida. Porém,
na convivência familiar constatou-se enfraquecimento do vínculo afetivo entre adotando e adotante.
Diante disso, a 3ª Turma do STJ, com fundamento do art. 43, do ECA, entendeu pela flexibilização da
irrevogabilidade, devido ao fato de que a adoção deve ocorrer e permanecer enquanto tal desde que
apresente reais vantagens para o adotando.

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Confira5:

ADOÇÃO UNILATERAL. REVOGAÇÃO. POSSIBILIDADE. No caso de adoção unilateral, a


irrevogabilidade prevista no art. 39, § 1º do Estatuto da Criança e do Adolescente pode ser
flexibilizada no melhor interesse do adotando.

Sigamos!

3ª característica: A adoção é ato incaducável.

A presente característica implica o fato de que, na hipótese de falecimento dos adotantes, os vínculos
com a família natural não serão reestabelecidos. Devemos lembrar que a adoção resulta no
rompimento total dos vínculos familiares, salvo os impedimentos matrimoniais.

Confira o art. 49, do ECA:

Art. 49. A morte dos adotantes não restabelece o poder familiar dos pais naturais.

4ª característica: A adoção é um ato excepcional.

A colocação da criança ou do adolescente em família substituta pela modalidade de adoção somente


ocorrerá após esgotamento das possibilidades de colocação perante a família natural, biológica ou
extensa.

Não havendo condições de deixar a criança sob os cuidados dos pais ou familiares, pode-se falar em
adoção.

5ª característica: A adoção é ato pleno.

Essa característica existe para evitar situações antes admitidas em nosso ordenamento, pelo qual se adotava,
porém, os vínculos com a família de origem eram mantidos.

Nesse contexto, vale a leitura do art. 41, do ECA:

Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e
deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e
parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.

§ 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantêm-se os vínculos


de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos
parentes.

5
REsp 1.545.959-SC, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, Rel. para acórdão Min. Nancy Andrighi, por
maioria, julgado em 6/6/2017, DJe 1/8/2017.

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§ 2º É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus descendentes, o adotante,


seus ascendentes, descendentes e colaterais até o 4º grau, observada a ordem de
vocação hereditária.

6ª característica: A adoção deve ser constituída por sentença judicial e somente produz
efeitos a partir do trânsito em julgado.

Essa característica impossibilita a adoção por escritura pública.

O art. 47, do ECA, trata dessa característica no caput da seguinte forma:

Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se por sentença judicial, que será inscrita no registro
civil mediante mandado do qual não se fornecerá certidão.

Quanto ao registro da sentença, leia atentamente os §§ abaixo:

§ 1º A inscrição consignará o nome dos adotantes como pais, bem como o nome de seus
ascendentes.

§ 2º O mandado judicial, que será arquivado, cancelará o registro original do adotado.

§ 3o A pedido do adotante, o novo registro poderá ser lavrado no Cartório do Registro Civil
do Município de sua residência.

§ 4o NENHUMA observação sobre a origem do ato poderá constar nas certidões do


registro.

§ 5o A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante e, a pedido de qualquer deles,


poderá determinar a modificação do prenome.

§ 6o Caso a modificação de prenome seja requerida pelo adotante, é obrigatória a oitiva


do adotando, observado o disposto nos §§ 1o e 2o do art. 28 desta Lei.

§ 7o A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença constitutiva,


exceto na hipótese prevista no § 6o do art. 42 desta Lei [falecimento no curso do processo
de adoção], caso em que terá força retroativa à data do óbito.

§ 8o O processo relativo à adoção assim como outros a ele relacionados serão mantidos
em arquivo, admitindo-se seu armazenamento em microfilme ou por outros meios,
garantida a sua conservação para consulta a qualquer tempo.

Antes de encerrar, dois parágrafos merecem destaque.

O primeiro deles é o §9º do art. 47 do ECA, que estabelece a prioridade de trâmite processual dos processos
relativos à adoção. Pretende-se, diante dos diversos processos que tramitam perante a infância e juventude,
priorizar os procedimentos relativos à adoção.

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O segundo dispositivo é o §10, fruto de recente alteração legislativa. Esse dispositivo passou a prever prazo
máximo para o trâmite do processo de adoção, como uma forma de forçar, na medida do possível, o
magistrado dar solução integral de mérito no prazo máximo de 120 dias. Admite-se, entretanto, prorrogação
por decisão fundamentada da autoridade judiciária.

Confira ambos os dispositivos:

§ 9º Terão prioridade de tramitação os processos de adoção em que o adotando for criança


ou adolescente com deficiência ou com doença crônica.

§ 10. O PRAZO MÁXIMO para conclusão da ação de adoção será de 120 (cento e vinte)
dias, prorrogável uma única vez por igual período, mediante decisão fundamentada da
autoridade judiciária.

Para a prova...

ato personalíssimo

ato irrevogável
Adoção

ato incaducável

ato excepcional

deve ser constituída por sentença

Requisitos objetivos da adoção

O ECA apresenta uma série de requisitos para que a adoção seja deferida, vejamos cada um deles.

 Idade

O adotante deve ter, no mínimo, 18 anos, e uma diferença do adotado de, pelo menos, 16 anos.

Sobre a idade máxima do adotado, confira o art. 40, do ECA:

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Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se
já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.

Da leitura do dispositivo, você deve compreender que existe uma exceção, na qual é possível adotar alguém
com mais de 18 anos! Isso ocorre na hipótese de o adotado já estar sob a guarda ou tutela dos adotantes,
situação excepcional que admite que a situação jurídica de filho seja declarada judicialmente, mesmo após
atingir a maioridade. Nessa hipótese temos apenas a chancela judicial de uma situação de fato.

O art. 42, no caput e §1º, traz os limites de idade acima retratados. Vamos aproveitar a oportunidade para
analisar a íntegra do dispositivo:

Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado


civil.

§ 1º NÃO podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando.

§ 2o Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente


ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família.

§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, DEZESSEIS ANOS mais velho do que o adotando.

§ 4o Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar


conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e DESDE QUE
o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de convivência e que
seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não
detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão.

§ 5o Nos casos do § 4o deste artigo, desde que demonstrado efetivo benefício ao adotando,
será assegurada a guarda compartilhada, conforme previsto no art. 1.584 da Lei no 10.406,
de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil.

§ 6o A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de


vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença.

Vejamos, ainda, uma questão que abordou exatamente esse assunto:

(VUNESP - 2017) No curso de processo de adoção de criança ou adolescente, o casal adotante se divorcia.
Nesse caso, é correto afirmar que a adoção
a) poderá ser deferida, autorizando-se a guarda compartilhada, desde que demonstrado efetivo benefício
ao adotando.

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b) não poderá ser deferida, exceto se o estágio de convivência se realizar com um dos cônjuges, após
pareceres favoráveis das equipes técnicas da área de psicologia e de assistência social.
c) não poderá ser deferida, caso em que fica assegurada ao adotando a imediata colocação em programas
de acolhimento familiar, bem como em cadastros estaduais e nacional de crianças e adolescentes em
condições de serem adotados.
d) poderá ser deferida, dispensando-se o estágio de convivência a partir da homologação do divórcio, da
separação judicial ou da união estável.
Comentários
Nesse caso e com base nos §§4º e 5º, do art. 42, do ECA, a doação poderá ser deferida, autorizando-se a
guarda compartilhada, desde que demonstrado efetivo benefício ao adotando.
Portanto, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

 Consentimento dos genitores

Exceto se houver a extinção ou destituição prévia do poder familiar, será necessário o consentimento dos
genitores.

Em relação ao consentimento são estabelecidas algumas regras:

O consentimento deve ser prestado após o


nascimento. Antes não tem valor

Esse consentimento deve ser precedido de


orientação
REGRAS PARA O
CONSENTIMENTO
Deve ser prestado ou ratificado perante
autoridade judicial

Pode ser retratado até a data da audiênia do


§ 1º, do art. 166

Essas informações são extraídas dos arts. 45 e 166, do ECA:

Art. 45. A adoção depende do consentimento dos pais ou do representante legal do


adotando.

§ 1º. O consentimento será dispensado em relação à criança ou adolescente cujos pais


sejam desconhecidos ou tenham sido destituídos do poder familiar.

§ 2º. Em se tratando de adotando MAIOR DE DOZE ANOS DE IDADE, será também


necessário o seu consentimento.

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Art. 166. Se os pais forem falecidos, tiverem sido destituídos ou suspensos do poder
familiar, ou houverem aderido expressamente ao pedido de colocação em família
substituta, este poderá ser formulado diretamente em cartório, em petição assinada pelos
próprios requerentes, dispensada a assistência de advogado.

§ 1o Na hipótese de concordância dos pais, o juiz:

I - na presença do Ministério Público, ouvirá as partes, devidamente assistidas por


advogado ou por defensor público, para verificar sua concordância com a adoção, no prazo
máximo de 10 (dez) dias, contado da data do protocolo da petição ou da entrega da criança
em juízo, tomando por termo as declarações; e

II - declarará a extinção do poder familiar.

§ 5o O consentimento é retratável até a data da realização da audiência especificada no §


1o deste artigo, e os pais podem exercer o arrependimento no prazo de 10 (dez) dias,
contado da data de prolação da sentença de extinção do poder familiar. (Redação dada
pela Lei nº 13.509, de 2017)

Observação: Você não precisa se preocupar tanto com a redação do art. 166, agora. O importante é destacar
que os §§ 1º e 5º do artigo foram alterados pela Lei n. 13.509/17 (alteração recente, que merece uma
atenção especial).

 Oitiva da criança ou consentimento do adolescente.

Precedência de estágio de convivência.

O estágio de convivência tem por finalidade avaliar a adaptação da criança na família adotante,
especialmente a verificação quanto ao estabelecimento de vínculos. O período de estágio, se fixado, é
obrigatório. À luz do caso concreto, o juiz determinará o período de estágio probatório, que poderá ser
dispensado caso o adotado esteja sob tutela ou guarda legal dos adotantes ou se verificado o vínculo
constituído entre eles.

Antes de verificar o teor do art. 46, do ECA, importante destacar que ele foi alterado em parte pela Lei
13.509/2017.

Primeiramente, é importante notar que o caput fixou um tempo máximo de estágio de convivência,
justamente com o intuito de evitar que o processo de adoção se prolongue demasiadamente. Além disso,
por decisão fundamentada do juiz da infância e juventude esse admite-se a prorrogação por igual prazo.

Antes, não havia prazo. Agora:

PRAZO MÁXIMO DO ESTÁGIO DE


90 dias, prorrogável por 90 dias
CONVIVÊNCIA

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Essa é a regra geral.

Contudo, há uma regra específica adotada para as adoções cujos pretensos adotantes residente fora do País.
Nesse caso, o tempo mínimo do estágio de convivência será de 30 dias, ao passo que o máximo será de 45
dias, admitindo-se uma única prorrogação do prazo.

Assim:

PRAZO MÁXIMO DO ESTÁGIO DE


mínimo de 30 dias e máximo de 45 dias,
CONVIVÊNCIA EM ADOÇÕES QUE
admitindo-se prorrogação por igual
ENVOLVA PESSOA OU CASAL RESIDENTE
período
OU DOMICILIADO FORA DO PAÍS

Feito isso, vejamos o dispositivo do ECA:

Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente,
pelo PRAZO MÁXIMO DE 90 (NOVENTA) DIAS, observadas a idade da criança ou
adolescente e as peculiaridades do caso.

§ 1o O estágio de convivência poderá ser dispensado se o adotando já estiver sob a tutela


ou guarda legal do adotante durante tempo suficiente para que seja possível avaliar a
conveniência da constituição do vínculo.

§ 2o A simples guarda de fato não autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio
de convivência.

§ 2º-A. O prazo máximo estabelecido no caput deste artigo pode ser prorrogado por até
igual período, mediante decisão fundamentada da autoridade judiciária.

§ 3º Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País, o


estágio de convivência será de, no mínimo, 30 (TRINTA) DIAS e, no máximo, 45
(QUARENTA E CINCO) DIAS, prorrogável por até igual período, uma única vez, mediante
decisão fundamentada da autoridade judiciária.

§ 3º-A. Ao final do prazo previsto no § 3º deste artigo, deverá ser apresentado laudo
fundamentado pela equipe mencionada no § 4o deste artigo, que recomendará ou não o
deferimento da adoção à autoridade judiciária

§ 4o O estágio de convivência será acompanhado pela equipe interprofissional a serviço da


Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis
pela execução da política de garantia do direito à convivência familiar, que apresentarão
relatório minucioso acerca da conveniência do deferimento da medida.

§ 5º O estágio de convivência será cumprido no território nacional, preferencialmente na


comarca de residência da criança ou adolescente, ou, a critério do juiz, em cidade limítrofe,
respeitada, em qualquer hipótese, a competência do juízo da comarca de residência da
criança.

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 Prévio cadastramento.

Para a adoção, exige-se um procedimento prévio de habilitação dos pretendentes à adoção, expressamente
disciplinado no ECA.

Trata-se da inscrição dos pretendentes num cadastro de pessoas interessadas na adoção, que, atualmente,
é nacional.

Para determinação da adoção, observa-se a ordem cronológica de inscrição no cadastro de adoção, com a
finalidade de moralizar a adoção, sem preferências entre os habilitados.

Há, contudo, hipóteses excetivas, nas quais a ordem cronológica não será observada.

Assim, a fim de memorizar essa ordem, vejamos:

DETERMINAÇÃO DA
ADOÇÃO

REGRA EXCEÇÕES

ordem cronológica a adoção por não


adoção por parentes
contar da parentes que
adoção unilateral com vínculo de
habilitação para a tenham
afinidade
adoção tutela/guarda legal
e desde que a
criança tenha mais
de 3 anos.

Outro aspecto importante referente à adoção é a intuito personae. Ela é vedada, em regra, pois viola as
normas que vimos acima. Contudo, são comuns situações no Brasil em que os pais oferecem a criança para
terceiros cuidarem da criação. Excepcionalmente admite-se essa modalidade de adoção, especialmente
quando o vínculo afetivo já estiver estabelecido, em prol do superior interesse da criança.

Além desses requisitos há os chamados requisitos subjetivos, quais sejam:

 Idoneidade do adotante.

 Motivos legítimos e desejo de filiação.

 Reais vantagens para o adotando.

Por outro lado, a lei prevê os casos de impedimentos para a adoção. Em síntese, temos:

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 não podem adotar os ascendentes e irmãos, pois são considerados família extensa e não caso de
adoção.
 não é possível a adoção por tutor, enquanto não prestar contas e saldar o seu alcance (ou pagar o
prejuízo).

A primeira regra consta do art. 42, já citado acima; ao passo que a seguinte regra consta do dispositivo abaixo
citado:

Art. 44. Enquanto não der conta de sua administração e saldar o seu alcance, não pode o
tutor ou o curador adotar o pupilo ou o curatelado.

Adoção Internacional

A peculiaridade da adoção internacional reside no deslocamento da criança ou do adolescente do país de


origem para um país de acolhida.

De acordo com o ECA:

aquela na qual a pessoa ou casal


ADOÇÃO INTERNACIONAL postulante é residente ou domiciliado fora
do Brasil

Nesse assunto o ECA incorporou as normas da Convenção de Haia de Proteção à Criança e Cooperação à
Adoção Internacional. Uma das principais regras diz respeito à cooperação internacional para a adoção, a
fim de evitar o tráfico internacional de crianças.

O art. 51, do ECA, trata de requisitos para a adoção internacional:

Art. 51. Considera-se adoção internacional aquela na qual o pretendente possui residência
habitual em país-parte da Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa à Proteção
das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, promulgada pelo
Decreto no 3.087, de 21 junho de 1999, e deseja adotar criança em outro país-parte da
Convenção.

§ 1o A adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro ou domiciliado no Brasil


SOMENTE terá lugar quando restar comprovado:

I - que a colocação em família adotiva é a solução adequada ao caso concreto;

II - que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança ou adolescente


em família adotiva brasileira, com a comprovação, certificada nos autos, da inexistência de
adotantes habilitados residentes no Brasil com perfil compatível com a criança ou
adolescente, após consulta aos cadastros mencionados nesta Lei;

III - que, em se tratando de adoção de adolescente, este foi consultado, por meios
adequados ao seu estágio de desenvolvimento, e que se encontra preparado para a

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medida, mediante parecer elaborado por equipe interprofissional, observado o disposto


nos §§ 1o e 2o do art. 28 desta Lei.

§ 2o Os brasileiros residentes no exterior terão preferência aos estrangeiros, nos casos


de adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro.

§ 3o A adoção internacional pressupõe a intervenção das Autoridades Centrais Estaduais e


Federal em matéria de adoção internacional.

Portanto:

 deve ser dado preferência à colocação em família substituta no Brasil;

 deve ser consultado o adolescente e verificado se está preparado para a medida;

 brasileiros residentes no exterior têm preferência aos estrangeiros na adoção


internacional;

 todo o processo deve ser intermediado pelas autoridades centrais estaduais e federais.

Sobre esse último aspecto, vamos aprofundar um pouco mais.

No Brasil, admite-se que cada Estado-membro tenha a sua autoridade central em matéria de adoção
internacional. Há uma autoridade central federal, representada pela Secretaria Especial de Direitos
Humanos, ligada à Presidência da República, bem como autoridades estaduais, representadas pelas
Comissões de Adoção Internacional.

Todo o procedimento de adoção internacional passa pelas comissões estaduais. À autoridade central é
conferida a atribuição de zelar pelo cumprimento das normas internas e da Convenção de Haia, bem como
zelar pelos direitos relativos ao superior interesse das crianças.

Assim, quem tiver interesse na adoção internacional, deverá procurar a autoridade do país de acolhida e
comprovar que se encontra em condições de adotar, segundo as normas do seu país. Notem que o
procedimento prévio de habitação para a adoção ocorrerá no país de origem dos adotantes, desde que as
prescrições da Convenção de Haia sejam observadas.

Esse processo será encaminhado ao país de onde se pretende adotar. A autoridade competente verificará se
há alguma criança em condição de adoção e, caso haja, procederá à verificação das condições do pretenso
adotante.

Preenchidos os requisitos para a adoção, será confeccionado laudo de habilitação que, por sua vez, é
requisito à petição inicial de adoção. A fase judicial inicia-se com a apresentação dessa petição inicial que
deve, necessariamente, conter o laudo de habilitação.

Registre-se que o adotado não perde a condição de brasileiro. Assim, a adoção internacional não é causa
de perda da nacionalidade.

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Fases da adoção internacional:

Habilitação perante as
autoridades centrais
Fases da adoção
internacional
Processo Judicial perante a
Vara da Infância e
Juventude

O extenso art. 52, do ECA, declina todo o procedimento da adoção internacional. Confira com atenção:

Art. 52. A adoção internacional observará o procedimento previsto nos arts. 165 a 170
desta Lei, com as seguintes adaptações:

I - a pessoa ou casal estrangeiro, interessado em adotar criança ou adolescente brasileiro,


deverá formular pedido de habilitação à adoção perante a Autoridade Central em matéria
de adoção internacional no país de acolhida, assim entendido aquele onde está situada
sua residência habitual;

II - se a Autoridade Central do país de acolhida considerar que os solicitantes estão


habilitados e aptos para adotar, emitirá um relatório que contenha informações sobre a
identidade, a capacidade jurídica e adequação dos solicitantes para adotar, sua situação
pessoal, familiar e médica, seu meio social, os motivos que os animam e sua aptidão para
assumir uma adoção internacional;

III - a Autoridade Central do país de acolhida enviará o relatório à Autoridade Central


Estadual, com cópia para a Autoridade Central Federal Brasileira;

IV - o relatório será instruído com toda a documentação necessária, incluindo estudo


psicossocial elaborado por equipe interprofissional habilitada e cópia autenticada da
legislação pertinente, acompanhada da respectiva prova de vigência;

V - os documentos em língua estrangeira serão devidamente autenticados pela autoridade


consular, observados os tratados e convenções internacionais, e acompanhados da
respectiva tradução, por tradutor público juramentado;

VI - a Autoridade Central Estadual poderá fazer exigências e solicitar complementação


sobre o estudo psicossocial do postulante estrangeiro à adoção, já realizado no país de
acolhida;

VII - verificada, após estudo realizado pela Autoridade Central Estadual, a compatibilidade
da legislação estrangeira com a nacional, além do preenchimento por parte dos postulantes
à medida dos requisitos objetivos e subjetivos necessários ao seu deferimento, tanto à luz
do que dispõe esta Lei como da legislação do país de acolhida, será expedido laudo de
habilitação à adoção internacional, que terá validade por, no máximo, 1 (um) ano;

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VIII - de posse do laudo de habilitação, o interessado será autorizado a formalizar pedido


de adoção perante o Juízo da Infância e da Juventude do local em que se encontra a criança
ou adolescente, conforme indicação efetuada pela Autoridade Central Estadual.

§ 1o Se a legislação do país de acolhida assim o autorizar, admite-se que os pedidos de


habilitação à adoção internacional sejam intermediados por organismos credenciados.

§ 2o Incumbe à Autoridade Central Federal Brasileira o credenciamento de organismos


nacionais e estrangeiros encarregados de intermediar pedidos de habilitação à adoção
internacional, com posterior comunicação às Autoridades Centrais Estaduais e publicação
nos órgãos oficiais de imprensa e em sítio próprio da internet.

§ 3o Somente será admissível o credenciamento de organismos que:

I - sejam oriundos de países que ratificaram a Convenção de Haia e estejam devidamente


credenciados pela Autoridade Central do país onde estiverem sediados e no país de
acolhida do adotando para atuar em adoção internacional no Brasil;

II - satisfizerem as condições de integridade moral, competência profissional, experiência e


responsabilidade exigidas pelos países respectivos e pela Autoridade Central Federal
Brasileira;

III - forem qualificados por seus padrões éticos e sua formação e experiência para atuar na
área de adoção internacional;

IV - cumprirem os requisitos exigidos pelo ordenamento jurídico brasileiro e pelas normas


estabelecidas pela Autoridade Central Federal Brasileira.

§ 4o Os organismos credenciados deverão ainda:

I - perseguir unicamente fins não lucrativos, nas condições e dentro dos limites fixados
pelas autoridades competentes do país onde estiverem sediados, do país de acolhida e pela
Autoridade Central Federal Brasileira;

II - ser dirigidos e administrados por pessoas qualificadas e de reconhecida idoneidade


moral, com comprovada formação ou experiência para atuar na área de adoção
internacional, cadastradas pelo Departamento de Polícia Federal e aprovadas pela
Autoridade Central Federal Brasileira, mediante publicação de portaria do órgão federal
competente;

III - estar submetidos à supervisão das autoridades competentes do país onde estiverem
sediados e no país de acolhida, inclusive quanto à sua composição, funcionamento e
situação financeira;

IV - apresentar à Autoridade Central Federal Brasileira, a cada ano, relatório geral das
atividades desenvolvidas, bem como relatório de acompanhamento das adoções
internacionais efetuadas no período, cuja cópia será encaminhada ao Departamento de
Polícia Federal;

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V - enviar relatório pós-adotivo semestral para a Autoridade Central Estadual, com cópia
para a Autoridade Central Federal Brasileira, pelo período mínimo de 2 (dois) anos. O envio
do relatório será mantido até a juntada de cópia autenticada do registro civil,
estabelecendo a cidadania do país de acolhida para o adotado;

VI - tomar as medidas necessárias para garantir que os adotantes encaminhem à


Autoridade Central Federal Brasileira cópia da certidão de registro de nascimento
estrangeira e do certificado de nacionalidade tão logo lhes sejam concedidos.

§ 5o A não apresentação dos relatórios referidos no § 4o deste artigo pelo organismo


credenciado poderá acarretar a suspensão de seu credenciamento.

§ 6o O credenciamento de organismo nacional ou estrangeiro encarregado de intermediar


pedidos de adoção internacional terá validade de 2 (dois) anos.

§ 7o A renovação do credenciamento poderá ser concedida mediante requerimento


protocolado na Autoridade Central Federal Brasileira nos 60 (sessenta) dias anteriores ao
término do respectivo prazo de validade.

§ 8o Antes de transitada em julgado a decisão que concedeu a adoção internacional, não


será permitida a saída do adotando do território nacional.

§ 9o Transitada em julgado a decisão, a autoridade judiciária determinará a expedição de


alvará com autorização de viagem, bem como para obtenção de passaporte, constando,
obrigatoriamente, as características da criança ou adolescente adotado, como idade, cor,
sexo, eventuais sinais ou traços peculiares, assim como foto recente e a aposição da
impressão digital do seu polegar direito, instruindo o documento com cópia autenticada da
decisão e certidão de trânsito em julgado.

§ 10. A Autoridade Central Federal Brasileira poderá, a qualquer momento, solicitar


informações sobre a situação das crianças e adolescentes adotados.

§ 11. A cobrança de valores por parte dos organismos credenciados, que sejam
considerados abusivos pela Autoridade Central Federal Brasileira e que não estejam
devidamente comprovados, é causa de seu descredenciamento.

§ 12. Uma mesma pessoa ou seu cônjuge não podem ser representados por mais de uma
entidade credenciada para atuar na cooperação em adoção internacional.

§ 13. A habilitação de postulante estrangeiro ou domiciliado fora do Brasil terá validade


máxima de 1 (um) ano, podendo ser renovada.

§ 14. É vedado o contato direto de representantes de organismos de adoção, nacionais ou


estrangeiros, com dirigentes de programas de acolhimento institucional ou familiar, assim
como com crianças e adolescentes em condições de serem adotados, sem a devida
autorização judicial.

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§ 15. A Autoridade Central Federal Brasileira poderá limitar ou suspender a concessão de


novos credenciamentos sempre que julgar necessário, mediante ato administrativo
fundamentado.

Veja ainda os arts. 52-A a 52-D:

Art. 52-A. É vedado, sob pena de responsabilidade e descredenciamento, o repasse de


recursos provenientes de organismos estrangeiros encarregados de intermediar pedidos
de adoção internacional a organismos nacionais ou a pessoas físicas.

Parágrafo único. Eventuais repasses somente poderão ser efetuados via Fundo dos
Direitos da Criança e do Adolescente e estarão sujeitos às deliberações do respectivo
Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente.

Art. 52-B. A adoção por brasileiro residente no exterior em país ratificante da Convenção
de Haia, cujo processo de adoção tenha sido processado em conformidade com a legislação
vigente no país de residência e atendido o disposto na Alínea “c” do Artigo 17 da referida
Convenção, será automaticamente recepcionada com o reingresso no Brasil.

§ 1o Caso não tenha sido atendido o disposto na Alínea “c” do Artigo 17 da Convenção de
Haia, deverá a sentença ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça.

§ 2o O pretendente brasileiro residente no exterior em país não ratificante da Convenção


de Haia, uma vez reingressado no Brasil, deverá requerer a homologação da sentença
estrangeira pelo Superior Tribunal de Justiça.

Art. 52-C. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o país de acolhida, a decisão da
autoridade competente do país de origem da criança ou do adolescente será conhecida
pela Autoridade Central Estadual que tiver processado o pedido de habilitação dos pais
adotivos, que comunicará o fato à Autoridade Central Federal e determinará as
providências necessárias à expedição do Certificado de Naturalização Provisório.

§ 1o A Autoridade Central Estadual, ouvido o Ministério Público, somente deixará de


reconhecer os efeitos daquela decisão se restar demonstrado que a adoção é
manifestamente contrária à ordem pública ou não atende ao interesse superior da criança
ou do adolescente.

§ 2o Na hipótese de não reconhecimento da adoção, prevista no § 1o deste artigo, o


Ministério Público deverá imediatamente requerer o que for de direito para resguardar os
interesses da criança ou do adolescente, comunicando-se as providências à Autoridade
Central Estadual, que fará a comunicação à Autoridade Central Federal Brasileira e à
Autoridade Central do país de origem.

Art. 52-D. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o país de acolhida e a adoção
não tenha sido deferida no país de origem porque a sua legislação a delega ao país de
acolhida, ou, ainda, na hipótese de, mesmo com decisão, a criança ou o adolescente ser

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oriundo de país que não tenha aderido à Convenção referida, o processo de adoção seguirá
as regras da adoção nacional.

Desse extenso dispositivo, interessa para a prova as seguintes informações:

1) Pedido formulado perante a autoridade central do país de


acolhida (onde residem os pretensos adotantes internacionais)

2) Relatório da autoridade central do país de acolhida explicitando


que possuem capacidade jurídica e adequação para a adoção.

3) Envio da informação à autoridade central brasileira.

4) Se compatíveis as legislações e preenchidos os requisitos será


expedido laudo de habilitação para adoção com validade de, no
máximo, 1 ano.

5) Pedido judicial de adoção perante o Juízo da Vara de Infância em


que estiver a criança a ser adotada conforme definição da
autoridade central.

Demais dispositivos do ECA pertinentes à adoção

 direito a conhecer a origem biológica:

Art. 48. O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter
acesso irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes,
APÓS COMPLETAR 18 (DEZOITO) ANOS.

Parágrafo único. O acesso ao processo de adoção poderá ser também deferido ao


adotado menor de 18 (dezoito) anos, a seu pedido, assegurada orientação e assistência
jurídica e psicológica.

 cadastro de adotandos e de interessados na adoção:

Art. 50. A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou foro regional, um registro de
crianças e adolescentes em condições de serem adotados e outro de pessoas interessadas
na adoção.

§ 1º O deferimento da inscrição dar-se-á após prévia consulta aos órgãos técnicos do


juizado, ouvido o Ministério Público.

§ 2º Não será deferida a inscrição se o interessado não satisfazer os requisitos legais, ou


verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 29.

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§ 3o A inscrição de postulantes à adoção será precedida de um período de preparação


psicossocial e jurídica, orientado pela equipe técnica da Justiça da Infância e da Juventude,
preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política
municipal de garantia do direito à convivência familiar.

§ 4o Sempre que possível e recomendável, a preparação referida no § 3 o deste artigo


incluirá o contato com crianças e adolescentes em acolhimento familiar ou institucional em
condições de serem adotados, a ser realizado sob a orientação, supervisão e avaliação da
equipe técnica da Justiça da Infância e da Juventude, com apoio dos técnicos responsáveis
pelo programa de acolhimento e pela execução da política municipal de garantia do direito
à convivência familiar.

§ 5o Serão criados e implementados cadastros estaduais e nacional de crianças e


adolescentes em condições de serem adotados e de pessoas ou casais habilitados à
adoção.

§ 6o Haverá cadastros distintos para pessoas ou casais residentes fora do País, que somente
serão consultados na inexistência de postulantes nacionais habilitados nos cadastros
mencionados no § 5o deste artigo.

§ 7o As autoridades estaduais e federais em matéria de adoção terão acesso integral aos


cadastros, incumbindo-lhes a troca de informações e a cooperação mútua, para melhoria
do sistema.

§ 8o A autoridade judiciária providenciará, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a


inscrição das crianças e adolescentes em condições de serem adotados que não tiveram
colocação familiar na comarca de origem, e das pessoas ou casais que tiveram deferida sua
habilitação à adoção nos cadastros estadual e nacional referidos no § 5 o deste artigo, sob
pena de responsabilidade.

§ 9o Compete à Autoridade Central Estadual zelar pela manutenção e correta alimentação


dos cadastros, com posterior comunicação à Autoridade Central Federal Brasileira.

§ 10. Consultados os cadastros e verificada a ausência de pretendentes habilitados


residentes no País com perfil compatível e interesse manifesto pela adoção de criança ou
adolescente inscrito nos cadastros existentes, será realizado o encaminhamento da
criança ou adolescente à adoção internacional.

§ 11. Enquanto não localizada pessoa ou casal interessado em sua adoção, a criança ou o
adolescente, sempre que possível e recomendável, será colocado sob guarda de família
cadastrada em programa de acolhimento familiar.

§ 12. A alimentação do cadastro e a convocação criteriosa dos postulantes à adoção serão


fiscalizadas pelo Ministério Público.

§ 13. Somente poderá ser deferida adoção em favor de candidato domiciliado no Brasil
NÃO CADASTRADO previamente nos termos desta Lei quando:

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I - se tratar de pedido de adoção unilateral;

II - for formulada por parente com o qual a criança ou adolescente mantenha vínculos de
afinidade e afetividade;

III - oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda legal de criança maior de 3 (três)
anos ou adolescente, desde que o lapso de tempo de convivência comprove a fixação de
laços de afinidade e afetividade, e não seja constatada a ocorrência de má-fé ou qualquer
das situações previstas nos arts. 237 ou 238 desta Lei.

§ 14. Nas hipóteses previstas no § 13 deste artigo, o candidato deverá comprovar, no curso
do procedimento, que preenche os requisitos necessários à adoção, conforme previsto
nesta Lei.

§ 15. Será assegurada prioridade no cadastro a pessoas interessadas em adotar criança ou


adolescente com deficiência, com doença crônica ou com necessidades específicas de
saúde, além de grupo de irmãos.

Finalizamos, assim, o estudo da adoção!

4 - Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer

Em relação ao direito à educação, o ECA assegura:

 igualdade de condições para o acesso e permanência na escola.

 direito de ser respeitado por seus educadores.

 direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares


superiores.

 direito de organização e participação em entidades estudantis.

 acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência, com vagas no mesmo
estabelecimento que seus irmãos.

Veja do art. 53:

Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno


desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para
o trabalho, assegurando-se-lhes:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - direito de ser respeitado por seus educadores;

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III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares


superiores;

IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;

V - acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência, garantindo-se vagas no


mesmo estabelecimento a irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da
educação básica. (Redação dada pela Lei nº 13.845, de 2019)

Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico,
bem como participar da definição das propostas educacionais.

Destaco o inciso V, alterado pela Lei 13.845/2019, o qual prevê que será garantido à criança e ao adolescente
acesso à escola pública e gratuita, próxima da residência e, aqui reside a novidade, em mesmo
estabelecimento que seus irmãos frequentem. Fique atento a essa mudança!

Ainda em relação ao direito à educação, o ECA estabelece que é dever do Estado garantir:

 ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram
acesso na idade própria;

 progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

 atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência, preferencialmente


na rede regular de ensino;

 atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade;

 acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a
capacidade de cada um;

 oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador;

 atendimento, no ensino fundamental, por meio de programas suplementares de


material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

Vejamos uma questão que cobra o art. 53:

(CESPE - 2017) À luz do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) — Lei n.º 8.069/1990 — e da CF, julgue
o item seguinte.

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Situação hipotética: Paula, que tem doze anos de idade e é aluna do sétimo ano do ensino fundamental,
discordou dos critérios de avaliação propostos pela professora de sua classe durante uma avaliação da
aprendizagem. Assertiva: Nessa situação, de acordo com o ECA, se houver recusa da referida professora em
rever os critérios de avaliação, Paula terá direito de contestar os critérios avaliativos no conselho de classe
da escola.
Comentários
A assertiva está correta. De acordo com o art. 53, III, da Lei nº 8.069/90, a criança e o adolescente têm direito
à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e
qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer
às instâncias escolares superiores.

Para finalizar, vejamos o art. 53-A, introduzido no ECA pela Lei nº 13.840/2019:

“Art. 53-A. É dever da instituição de ensino, clubes e agremiações recreativas e de


estabelecimentos congêneres assegurar medidas de conscientização, prevenção e
enfrentamento ao uso ou dependência de drogas ilícitas.”

Trata-se de um dispositivo bastante direto, que informa ser dever da instituição de ensino, clubes ou
agremiações recreativas adotar medidas de conscientização sobre a dependência de drogas ilícitas. A ideia
do dispositivo é informar e prevenir o uso de drogas por crianças e adolescentes, assim, as escolas ou
qualquer forma de clube ou associação recreativa devem fazer campanhas para conscientizar, prevenir e
enfrentar o problema do consumo de drogas.

Agora, leia o art. 54, do ECA:

Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram
acesso na idade própria;

II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,


preferencialmente na rede regular de ensino;

IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade;

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a
capacidade de cada um;

VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador;

VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material


didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.

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§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular
importa responsabilidade da autoridade competente.

§ 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes


a chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela frequência à escola.

Do rol acima, extraímos que o ensino fundamental é obrigatório e gratuito, constituindo direito público
subjetivo de todas as crianças e adolescentes, sob pena de responsabilização da autoridade competente. Em
relação ao ensino médio, fixa-se o dever de implementá-lo progressivamente de forma obrigatória a todos.

Em relação aos pais, fixa o ECA que eles têm o dever de matricular os filhos no ensino regular. Além disso, se
no ambiente escolar forem identificadas situações de maus-tratos, faltas injustificadas, evasão escolar ou
repetência, tais informações serão repassadas ao Conselho Tutelar.

Veja:

Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede
regular de ensino.

Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao


Conselho Tutelar os casos de:

I - maus-tratos envolvendo seus alunos;

II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;

III - elevados níveis de repetência.

No que diz respeito à cultura, valores culturais, artísticos e históricos serão levados em consideração no
processo educativo. Além disso, o Poder Público deverá implementar políticas públicas na área cultural.

Confira os dispositivos finais do tópico:

Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências e novas propostas relativas a
calendário, seriação, currículo, metodologia, didática e avaliação, com vistas à inserção de
crianças e adolescentes excluídos do ensino fundamental obrigatório.

Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos


próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade
da criação e o acesso às fontes de cultura.

Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a
destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer
voltadas para a infância e a juventude.

Vamos seguir em frente, agora, com a análise do último grupo de direitos fundamentais abordados pelo ECA:

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5 - Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho

Referente ao assunto, o ECA estabelece algumas regras de formação profissional e protetivas do mercado
de trabalho.

O ECA trata da profissionalização e da proteção ao trabalho dos adolescentes. Sabe-se que a Constituição
veda qualquer forma de trabalho, ainda que na condição de aprendiz, antes dos 14 anos de idade. Veja:

Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, SALVO NA
CONDIÇÃO DE APRENDIZ.

Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada por legislação especial, sem
prejuízo do disposto nesta Lei.

A aprendizagem é definida no art. 62, do ECA, da seguinte forma:

formação técnico-profissional ministrada


APRENDIZAGEM segundo as diretrizes e bases da legislação
de educação em vigor.

Confira a literalidade:

Art. 62. Considera-se aprendizagem a formação técnico-profissional ministrada segundo


as diretrizes e bases da legislação de educação em vigor.

O art. 63, por sua vez, trata dos princípios que orientam a aprendizagem:

Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios:

I - garantia de acesso e freqüência obrigatória ao ensino regular;

II - atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;

III - horário especial para o exercício das atividades.

Em forma de esquema, temos:

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PRINCÍPIOS

garantia de acesso e atividade compatível


horário especial para o
frequência obrigatória com o desenvolvimento
exercício das atividades
ao ensino regular do adolescente

Veja, na sequência os arts. 64 a 66:

Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é assegurada bolsa de aprendizagem.

Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são assegurados os direitos
trabalhistas e previdenciários.

Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é assegurado trabalho protegido.

Ainda em relação ao adolescente aprendiz, assegura-se:

 bolsa de aprendizagem

direitos trabalhistas e previdenciários

Na sequência, o ECA estabelece algumas vedações em relação ao trabalho do menor, seja ele realizado como
trabalho a partir dos 16 anos, seja como aprendiz:

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noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco


horas do dia seguinte
VEDA O TRABALHO

perigoso, insalubre ou penoso

realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu


desenvolvimento físico, psíquico, moral e social

realizado em horários e locais que não permitam a frequência à


escola

Confira:

Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de


escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado
trabalho:

I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte;

II - perigoso, insalubre ou penoso;

III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico,


psíquico, moral e social;

IV - realizado em horários e locais que não permitam a freqüência à escola.

Por fim, o ECA trata do trabalho educativo que constitui programa social voltado para a capacitação do
adolescente, com vistas ao exercício de atividade regular remunerada.

Veja:

Art. 68. O programa social que tenha por base o trabalho educativo, sob responsabilidade
de entidade governamental ou não-governamental sem fins lucrativos, deverá assegurar
ao adolescente que dele participe condições de capacitação para o exercício de atividade
regular remunerada.

§ 1º Entende-se por trabalho educativo a atividade laboral em que as exigências


pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal e social do educando prevalecem sobre
o aspecto produtivo.

§ 2º A remuneração que o adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a participação na


venda dos produtos de seu trabalho não desfigura o caráter educativo.

Segundo o ECA:

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a atividade laboral em que as exigências


TRABALHO pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal e
EDUCATIVO social do educando prevalecem sobre o aspecto
produtivo

Para encerrar a parte teórica pertinente à aula de hoje, veja que o artigo 69 estabelece, como premissa à
profissionalização e à proteção do trabalho do adolescente, a consideração de que ele é uma pessoa em
desenvolvimento e deve ser capacitado para o mercado de trabalho.

Art. 69. O adolescente tem direito à profissionalização e à proteção no trabalho,


observados os seguintes aspectos, entre outros:

I - respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento;

II - capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho.

LEGISLAÇÃO DESTACADA E JURISPRUDÊNCIA CORRELATA


 Art. 2º, do ECA: diferença entre criança e adolescente.

Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa ATÉ DOZE ANOS de idade
incompletos, e adolescente aquela ENTRE DOZE E DEZOITO ANOS DE IDADE.

Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se EXCEPCIONALMENTE este Estatuto
às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.

 Art. 8º, do ECA: política de primeira infância.

Art. 8o É assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às políticas de saúde


da mulher e de planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada, atenção
humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-
natal integral no âmbito do Sistema Único de Saúde.

§ 1o O atendimento pré-natal será realizado por profissionais da atenção primária.

§ 2o Os profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua vinculação, no


último trimestre da gestação, ao estabelecimento em que será realizado o parto,
garantido o direito de opção da mulher.

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§ 3o Os serviços de saúde onde o parto for realizado assegurarão às mulheres e aos seus
filhos recém-nascidos alta hospitalar responsável e contrarreferência na atenção primária,
bem como o acesso a outros serviços e a grupos de apoio à amamentação.

§ 4o Incumbe ao poder público proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe,


no período pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as consequências
do estado puerperal.

§ 5o A assistência referida no § 4o deste artigo deverá ser prestada também a gestantes e


mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção, bem como a
gestantes e mães que se encontrem em situação de privação de liberdade.

§ 6o A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência


durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato.

§ 7o A gestante deverá receber orientação sobre aleitamento materno, alimentação


complementar saudável e crescimento e desenvolvimento infantil, bem como sobre
formas de favorecer a criação de vínculos afetivos e de estimular o desenvolvimento
integral da criança.

§ 8o A gestante tem direito a acompanhamento saudável durante toda a gestação e a


parto natural cuidadoso, estabelecendo-se a aplicação de cesariana e outras intervenções
cirúrgicas por motivos médicos.

§ 9o A atenção primária à saúde fará a busca ativa da gestante que não iniciar ou que
abandonar as consultas de pré-natal, bem como da puérpera que não comparecer às
consultas pós-parto.

§ 10. Incumbe ao poder público garantir, à gestante e à mulher com filho na primeira
infância que se encontrem sob custódia em unidade de privação de liberdade, ambiência
que atenda às normas sanitárias e assistenciais do Sistema Único de Saúde para o
acolhimento do filho, em articulação com o sistema de ensino competente, visando ao
desenvolvimento integral da criança.

 Art. 16, do ECA: direitos compreendidos pelo direito de liberdade.

Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:

I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições
legais;

II - opinião e expressão;

III - crença e culto religioso;

IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;

V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;

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VI - participar da vida política, na forma da lei;

VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.

 Art. 18-A, do ECA: castigo físico.

Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados SEM o uso
de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção,
disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família
ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas
socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los
ou protegê-los.

Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se:

I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física
sobre a criança ou o adolescente que resulte em:

a) sofrimento físico; ou

b) lesão;

II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à


criança ou ao adolescente que:

a) humilhe; ou

b) ameace gravemente; ou

c) ridicularize.

 Art. 19, do ECA: direito à convivência familiar.

Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família
e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e
comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.

§ 1o Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento


familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 3 (três) meses,
devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe
interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de
reintegração familiar ou pela colocação em família substituta, em quaisquer das
modalidades previstas no art. 28 desta Lei.

§ 2o A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional


não se prolongará por mais de 18 (dezoito meses), salvo comprovada necessidade que
atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária.

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§ 3o A manutenção ou a reintegração de criança ou adolescente à sua família terá


preferência em relação a qualquer outra providência, caso em que será esta incluída em
serviços e programas de proteção, apoio e promoção, nos termos do § 1o do art. 23, dos
incisos I e IV do caput do art. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei.

§ 4o Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado


de liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses
de acolhimento institucional, pela entidade responsável, independentemente de
autorização judicial.

§ 5º Será garantida a convivência integral da criança com a mãe adolescente que estiver
em acolhimento institucional.

§ 6º A mãe adolescente será assistida por equipe especializada multidisciplinar

 Art. 19-A, do ECA: entrega para adoção.

Art. 19-A. A gestante ou mãe que manifeste interesse em entregar seu filho para adoção,
antes ou logo após o nascimento, será encaminhada à Justiça da Infância e da Juventude.

§ 1º A gestante ou mãe será ouvida pela equipe interprofissional da Justiça da Infância e


da Juventude, que apresentará relatório à autoridade judiciária, considerando inclusive os
eventuais efeitos do estado gestacional e puerperal.

§ 2º De posse do relatório, a autoridade judiciária poderá determinar o encaminhamento


da gestante ou mãe, mediante sua expressa concordância, à rede pública de saúde e
assistência social para atendimento especializado.

§ 3º A busca à família extensa, conforme definida nos termos do parágrafo único do art. 25
desta Lei, respeitará o prazo máximo de 90 (noventa) dias, prorrogável por igual período.

§ 4º Na hipótese de não haver a indicação do genitor e de não existir outro representante


da família extensa apto a receber a guarda, a autoridade judiciária competente deverá
decretar a extinção do poder familiar e determinar a colocação da criança sob a guarda
provisória de quem estiver habilitado a adotá-la ou de entidade que desenvolva
programa de acolhimento familiar ou institucional.

§ 5º Após o nascimento da criança, a vontade da mãe ou de ambos os genitores, se houver


pai registral ou pai indicado, deve ser manifestada na audiência a que se refere o § 1o do
art. 166 desta Lei, garantido o sigilo sobre a entrega.

§ 8º Na hipótese de desistência pelos genitores - manifestada em audiência ou perante a


equipe interprofissional - da entrega da criança após o nascimento, a criança será mantida
com os genitores, e será determinado pela Justiça da Infância e da Juventude o
acompanhamento familiar pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias.

 Art. 19-B, do ECA: programa de apadrinhamento.

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Art. 19-B. A criança e o adolescente em programa de acolhimento institucional ou familiar


poderão participar de programa de apadrinhamento.

§ 1º O apadrinhamento consiste em estabelecer e proporcionar à criança e ao adolescente


vínculos externos à instituição para fins de convivência familiar e comunitária e
colaboração com o seu desenvolvimento nos aspectos social, moral, físico, cognitivo,
educacional e financeiro.

§ 2º Vetado.

§ 3º Pessoas jurídicas podem apadrinhar criança ou adolescente a fim de colaborar para


o seu desenvolvimento.

§ 4º O perfil da criança ou do adolescente a ser apadrinhado será definido no âmbito de


cada programa de apadrinhamento, com prioridade para crianças ou adolescentes com
remota possibilidade de reinserção familiar ou colocação em família adotiva.

§ 5º Os programas ou serviços de apadrinhamento apoiados pela Justiça da Infância e da


Juventude poderão ser executados por órgãos públicos ou por organizações da sociedade
civil.

§ 6º Se ocorrer violação das regras de apadrinhamento, os responsáveis pelo programa e


pelos serviços de acolhimento deverão imediatamente notificar a autoridade judiciária
competente.

 Art. 28, do ECA: família substituta.

Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção,
independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei.

§ 1o Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por equipe
interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre
as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente considerada.

§ 2o Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu


consentimento, colhido em audiência.

§ 3o Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação de


afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequências decorrentes da
medida.

§ 4o Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda da mesma família
substituta, ressalvada a comprovada existência de risco de abuso ou outra situação que
justifique plenamente a excepcionalidade de solução diversa, procurando-se, em qualquer
caso, evitar o rompimento definitivo dos vínculos fraternais.

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§ 5o A colocação da criança ou adolescente em família substituta será precedida de sua


preparação gradativa e acompanhamento posterior, realizados pela equipe
interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente com o
apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política municipal de garantia do direito
à convivência familiar.

 Art. 33, do ECA: guarda.

Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança
ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos
pais.

§ 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou


incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por
estrangeiros.

§ 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção, para


atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou responsável,
podendo ser deferido o direito de representação para a prática de atos determinados.

§ 4o SALVO expressa e fundamentada determinação em contrário, da autoridade


judiciária competente, ou quando a medida for aplicada em preparação para adoção, o
deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros NÃO impede o exercício do
direito de visitas pelos pais, assim como o dever de prestar alimentos, que serão objeto de
regulamentação específica, a pedido do interessado ou do Ministério Público.

 Art. 36, do ECA: tutela.

Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito) anos
incompletos.

Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou


suspensão do poder familiar e implica necessariamente o dever de guarda.

 Art. 39, do ECA: adoção.

Art. 39. A adoção de criança e de adolescente reger-se-á segundo o disposto nesta Lei.

§ 1o A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando


esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou
extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei.

§ 2o É vedada a adoção por procuração.

§ 3º Em caso de conflito entre direitos e interesses do adotando e de outras pessoas,


inclusive seus pais biológicos, devem prevalecer os direitos e os interesses do adotando.

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Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se
já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.

Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado


civil.

§ 1º NÃO podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando.

§ 2o Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente


ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família.

§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, DEZESSEIS ANOS mais velho do que o adotando.

§ 4o Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar


conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e DESDE QUE
o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de convivência e que
seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não
detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão.

§ 5o Nos casos do § 4o deste artigo, desde que demonstrado efetivo benefício ao adotando,
será assegurada a guarda compartilhada, conforme previsto no art. 1.584 da Lei no 10.406,
de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil.

§ 6o A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de


vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença.

Art. 45. A adoção depende do consentimento dos pais ou do representante legal do


adotando.

§ 1º. O consentimento será dispensado em relação à criança ou adolescente cujos pais


sejam desconhecidos ou tenham sido destituídos do poder familiar.

§ 2º. Em se tratando de adotando MAIOR DE DOZE ANOS DE IDADE, será também


necessário o seu consentimento.

Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente,
pelo PRAZO MÁXIMO DE 90 (NOVENTA) DIAS, observadas a idade da criança ou
adolescente e as peculiaridades do caso.

§ 1o O estágio de convivência poderá ser dispensado se o adotando já estiver sob a tutela


ou guarda legal do adotante durante tempo suficiente para que seja possível avaliar a
conveniência da constituição do vínculo.

§ 2o A simples guarda de fato não autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio
de convivência.

 Art. 51, do ECA: adoção internacional.

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Art. 51. Considera-se adoção internacional aquela na qual o pretendente possui residência
habitual em país-parte da Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa à Proteção
das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, promulgada pelo
Decreto no 3.087, de 21 junho de 1999, e deseja adotar criança em outro país-parte da
Convenção.

§ 1o A adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro ou domiciliado no Brasil


SOMENTE terá lugar quando restar comprovado:

I - que a colocação em família adotiva é a solução adequada ao caso concreto;

II - que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança ou adolescente


em família adotiva brasileira, com a comprovação, certificada nos autos, da inexistência de
adotantes habilitados residentes no Brasil com perfil compatível com a criança ou
adolescente, após consulta aos cadastros mencionados nesta Lei;

III - que, em se tratando de adoção de adolescente, este foi consultado, por meios
adequados ao seu estágio de desenvolvimento, e que se encontra preparado para a
medida, mediante parecer elaborado por equipe interprofissional, observado o disposto
nos §§ 1o e 2o do art. 28 desta Lei.

§ 2o Os brasileiros residentes no exterior terão preferência aos estrangeiros, nos casos


de adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro.

§ 3o A adoção internacional pressupõe a intervenção das Autoridades Centrais Estaduais e


Federal em matéria de adoção internacional.

 Art. 60, do ECA: trabalho da criança e do adolescente.

Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, SALVO NA
CONDIÇÃO DE APRENDIZ.

 Art. 67, do ECA: vedação ao trabalho da criança e do adolescente.

Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de


escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado
trabalho:

I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte;

II - perigoso, insalubre ou penoso;

III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico,


psíquico, moral e social;

IV - realizado em horários e locais que não permitam a freqüência à escola.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final da primeira parte do estudo do ECA. Foi uma aula tranquila e que trouxe informações
muito importantes para a prova.

Excelentes estudos e até o próximo encontro.

Ricardo Torques

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QUESTÕES COMENTADAS

FCC

1. (FCC/MPE-MT - 2019) A Lei nº 8.069/1990 aplica-se


a) às crianças até 12 anos de idade incompletos e adolescentes entre 12 e 18 anos de idade, podendo ser
aplicada excepcionalmente às pessoas entre 18 e 21 anos de idade.
b) exclusivamente às crianças até 11 anos completos e adolescentes entre 12 e 18 anos, podendo ser
aplicada, excepcionalmente, às pessoas entre 18 e 21 anos de idade.
c) exclusivamente às crianças até 12 anos completos e adolescentes entre 12 e 18 anos de idade.
d) indistintamente aos indivíduos até 18 anos de idade.
e) indistintamente aos indivíduos entre 18 e 21 anos de idade.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente


está prevista no art. 2º e em seu parágrafo único:

Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade
incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.

Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às
pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.

As alternativas B, C, D e E estão incorretas e não correspondem à previsão do Estatuto quanto à sua


aplicação.

2. (FCC/MPE-MT - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente assegura o direito à liberdade, ao


respeito e à dignidade,

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a) inclusive o da preservação da imagem.


b) inclusive o de trabalhar em qualquer idade.
c) exceto o de participar da vida política, na forma da lei.
d) exceto o de brincar, praticar esportes e divertir-se.
e) exceto o de buscar refúgio, auxílio e orientação.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O art. 17 do Estatuto da Criança e do Adolescente


dispõe que “o direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança
e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e
crenças, dos espaços e objetos pessoais.”

A alternativa B está incorreta. O adolescente tem direito a trabalhar, mas o art. 60 estabelece que é proibido
qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz.

Por oportuno, recorde-se da previsão do art. 7º, XXXIII da Constituição Federal: “São direitos dos
trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: proibição de
trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis
anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos.”

As alternativas C, D e E estão incorretas pois constituem aspectos do direito à liberdade previstos,


respectivamente, nos incisos VI, IV e VII do art. 16 do ECA.

Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:

I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições
legais;

II - opinião e expressão;

III - crença e culto religioso;

IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;

V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;

VI - participar da vida política, na forma da lei;

VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.

3. (FCC/TJ-MA - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990), ao tratar


especificamente da perda do Poder Familiar, define que

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a) esse poder familiar será exercido preferencialmente pela mãe, na forma do que dispuser a legislação civil,
assegurado à mãe o direito de, em caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária competente para a
solução da divergência.
b) a perda e a suspensão do poder familiar serão decretadas pelo Conselho Tutelar; e as condições de vida,
a relação familiar e o acesso a direitos deverão ser acompanhados pelas secretarias municipais das diferentes
políticas sociais, em consonância com suas atribuições.
c) a perda do poder familiar, nos casos de carência na provisão de bens materiais, deverá ser decretada e só
será suspensa com a inclusão em programas oficiais de auxílio, além da obrigatoriedade de
acompanhamento do Conselho Tutelar e da Secretaria Municipal de Assistência Social.
d) a falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão
do poder familiar. Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a criança ou o
adolescente será mantido, em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente ser incluída em
programas oficiais de auxílio.
e) a perda do poder familiar deverá ser decretada em casos de maus-tratos e as crianças e adolescentes
serão acolhidos pela família extensa, definida no ECA como aquela que contempla, exclusivamente, os avós
paternos e maternos, e a escolha entre os dois deverá seguir o critério de maior vínculo

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 21 do ECA: “O poder familiar será exercido, em igualdade
de condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles o
direito de, em caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária competente para a solução da
divergência.”

A alternativa B está incorreta. O art. 24 do Estatuto prevê que a perda e a suspensão do poder familiar serão
decretadas judicialmente, em procedimento contraditório, nos casos previstos na legislação civil, bem como
na hipótese de descumprimento injustificado dos deveres e obrigações a que alude o art. 22 do ECA.

A alternativa C está incorreta. Nos termos do caput do art.23 do ECA: “A falta ou a carência de recursos
materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiar.”

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Trata-se da disposição contida no caput do art. 23 e
no §1º do Estatuto da Criança e do Adolescente:

Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a
perda ou a suspensão do poder familiar.

§ 1º Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a criança
ou o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente
ser incluída em serviços e programas oficiais de proteção, apoio e promoção.

A alternativa E está incorreta. O parágrafo único do art. 25 apresenta o conceito de família extensa ou
ampliada, não restringindo aos avós: “Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende
para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a
criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.”

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4. (FCC/TJ-MA - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente, ao tratar do programa de acolhimento


institucional, estabelece regras com vistas ao cumprimento do direito da criança e do adolescente à
convivência familiar e comunitária. Para tanto,
a) a permanência da criança e do adolescente não se prolongará por mais de vinte e quatro meses, salvo
comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pelo Conselho
Tutelar e Ministério Público.
b) toda criança ou adolescente terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada três meses, devendo a
autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe interprofissional ou
multidisciplinar, decidir, de forma fundamentada, pela possibilidade de reintegração familiar ou pela
colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas na legislação.
c) os dirigentes de entidades que desenvolvem programas de acolhimento familiar ou institucional
remeterão à autoridade judiciária, no máximo a cada vinte e quatro meses, relatório circunstanciado acerca
da situação de cada criança ou adolescente acolhido e sua família, para fins da reavaliação.
d) a entidade de acolhimento deverá observar, no atendimento, o vínculo da criança e do adolescente com
a família extensa, considerando que a colocação da criança ou adolescente em família substituta terá
preferência em relação a qualquer outra providência.
e) a garantia da convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai, por meio de visitas periódicas,
deverá ser promovida obrigatoriamente mediante autorização judicial.

Comentários

A alternativa A está incorreta. O §2º do art. 19 do ECA prevê que o prazo máximo será de 18 (e não 24)
meses e a decisão caberá à autoridade judiciária (e não ao Conselho Tutelar e MP): “A permanência da
criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará por mais de 18
(dezoito meses), salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente
fundamentada pela autoridade judiciária.”

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A alternativa apresenta a disposição do §1º do art. 19
do Estatuto da Criança e do Adolescente: “Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de
acolhimento familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 3 (três) meses,
devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe interprofissional
ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou pela
colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei.”

A alternativa C está incorreta. O §2º do art. 92 do Estatuto estabelece que o envio do relatório
circunstanciado será feito, no máximo, a cada 6 meses: “Os dirigentes de entidades que desenvolvem
programas de acolhimento familiar ou institucional remeterão à autoridade judiciária, no máximo a cada 6
(seis) meses, relatório circunstanciado acerca da situação de cada criança ou adolescente acolhido e sua
família, para fins da reavaliação prevista no § 1º do art. 19 desta Lei.”

A alternativa D está incorreta. Nos termos do §3º do art. 19 do ECA: “A manutenção ou a reintegração de
criança ou adolescente à sua família terá preferência em relação a qualquer outra providência, caso em que
será esta incluída em serviços e programas de proteção, apoio e promoção, nos termos do § 1º do art. 23,
dos incisos I e IV do caput do art. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei.”

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A alternativa E está incorreta. De acordo com o §4º do art. 19 do Estatuto, o direito de visita independe de
autorização judicial: “Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado
de liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento
institucional, pela entidade responsável, independentemente de autorização judicial.”

5. (FCC/TJ-MA - 2019) No que se refere à colocação em família substituta, o Estatuto da Criança e do


Adolescente prevê que:
a) nos casos de adoção internacional, depois de completo o processo em território nacional e a adoção
sendo aprovada, o acompanhamento posterior se dará só no país de acolhida.
b) a guarda não dá à criança a condição de dependente, no que se refere aos direitos previdenciários.
c) ainda permanece uma preferência em relação ao acolhimento institucional em detrimento ao
acolhimento familiar, quando acontece por um curto período de tempo.
d) a adoção confere a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, desligando-o de
seus pais e parentes biológicos.
e) nesse processo, somente as crianças com 12 anos ou mais poderão ser ouvidas pela equipe
interdisciplinar.

Comentários

A alternativa A está incorreta. O acompanhamento posterior é previsto no art. 28, §5º do Estatuto: “A
colocação da criança ou adolescente em família substituta será precedida de sua preparação gradativa e
acompanhamento posterior, realizados pela equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da
Juventude, preferencialmente com o apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política municipal de
garantia do direito à convivência familiar.” Em se tratando de adoção internacional, deve-se observar
também o art. 52, IV que estabelece que “o relatório será instruído com toda a documentação necessária,
incluindo estudo psicossocial elaborado por equipe interprofissional habilitada e cópia autenticada da
legislação pertinente, acompanhada da respectiva prova de vigência.” Nota-se, portanto, que o
acompanhamento não ocorrerá apenas no país de acolhida.

A alternativa B está incorreta. Nos termos do art. 33, §3º do ECA: “A guarda confere à criança ou adolescente
a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários.”

A alternativa C está incorreta. A previsão do art. 34, §1º é oposta à apresentada na alternativa: “A inclusão
da criança ou adolescente em programas de acolhimento familiar terá preferência a seu acolhimento
institucional, observado, em qualquer caso, o caráter temporário e excepcional da medida, nos termos desta
Lei.”

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. A alternativa apresenta o disposto no caput do art.
41 do Estatuto da Criança e do Adolescente: “A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os
mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo
os impedimentos matrimoniais.”

A alternativa E está incorreta. Para responder a alternativa, deve-se considerar o disposto nos §§1º e 2º do
art. 28 do Estatuto:

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Art. 28. § 1º Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por
equipe interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de
compreensão sobre as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente
considerada.

§ 2º Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu consentimento,


colhido em audiência.

6. (FCC/DPE-AM - 2018) Os programas de apadrinhamento, segundo disciplinados no Estatuto da


Criança e do Adolescente,
a) consistem em estabelecer e proporcionar, à criança e ao adolescente em programa de acolhimento
institucional ou familiar, vínculos externos à instituição para fins de convivência familiar e comunitária.
b) dependem, para seu funcionamento, de autorização do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente, ao qual compete deferir ou não o registro do programa.
c) dirigem-se a crianças que vivenciem, no seio de sua família, situação de risco social crônico, tendo como
principal escopo prover apoio de modo a evitar eventual aplicação de medidas de acolhimento.
d) são mantidos pelas Varas da Infância e Juventude, e consistem na seleção, pelas equipes interprofissionais
do Judiciário, dentre os pretendentes à adoção devidamente cadastrados, de voluntários aptos a oferecer
apoio material e afetivo a crianças e adolescentes acolhidos que não recebam visitas de familiares há mais
de seis meses.
e) podem ter como padrinhos e/ou madrinhas pessoas físicas, desde que maiores de 21 anos ou pessoas
jurídicas, desde que tenham dentre seus objetivos estatutários a promoção de direitos de crianças e
adolescentes.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o §1º, do art. 19-B, do ECA:

§ 1o O apadrinhamento consiste em estabelecer e proporcionar à criança e ao adolescente


vínculos externos à instituição para fins de convivência familiar e comunitária e
colaboração com o seu desenvolvimento nos aspectos social, moral, físico, cognitivo,
educacional e financeiro.

A alternativa B está incorreta, pois não há tal exigência no ECA.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 19-B, caput, do ECA, a criança e o adolescente em
programa de acolhimento institucional ou familiar poderão participar de programa de apadrinhamento.

A alternativa D está incorreta. O §5º, do art. 19-B, da Lei nº 8.069/90, estabelece que os programas ou
serviços de apadrinhamento apoiados pela Justiça da Infância e da Juventude poderão ser executados por
órgãos públicos ou por organizações da sociedade civil.

A alternativa E está incorreta, pois segundo o §3º, do art. 19-B, da referida Lei, não se exige tal disposição
estatutária das pessoas jurídicas.

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§ 3o Pessoas jurídicas podem apadrinhar criança ou adolescente a fim de colaborar para o


seu desenvolvimento.

7. (FCC/DPE-AM - 2018) A comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes
corresponde, no Estatuto da Criança e do Adolescente, ao conceito de família
a) biológica.
b) consanguínea.
c) natural.
d) vertical.
e) parental.

Comentários

De acordo com o art. 25, do ECA, entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou
qualquer deles e seus descendentes.

Desse modo, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

Vale lembrar que a família biológica ou consanguínea é o conjunto de pessoas que descende do mesmo
ancestral comum. A família parental contempla laços consanguíneos ou por afinidade, em arranjos diversos.
Enquanto a família vertical é aquela hierarquizada entre ascendentes e descendentes.

8. (FCC/DPE-AP - 2018) O estágio de convivência, conforme regulamentado no Estatuto da Criança e


do Adolescente,
a) deve preceder a adoção, pelo prazo máximo de noventa dias, observadas a idade da criança ou
adolescente e as peculiaridades do caso.
b) fica dispensado nas hipóteses em que o adotante já detenha a guarda de fato do adotando.
c) em caso de adoção por pessoa domiciliada fora do Brasil, terá duração de no mínimo quarenta e cinco
dias, facultado, em casos excepcionais, seu término no país de domicílio do adotante.
d) será exigido, no caso de criança acolhida, sempre que a criança não tiver história de convívio anterior com
o pretende à guarda, tutela, adoção ou apadrinhamento. e) é a última etapa do processo de habilitação para
a adoção, precedendo necessariamente a sentença judicial.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 46, da Lei nº 8.069/90:

Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente,
pelo prazo máximo de 90 (noventa) dias, observadas a idade da criança ou adolescente e
as peculiaridades do caso.

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A alternativa B está incorreta. De acordo com o §1º, do art. 46, da referida Lei, o estágio de convivência
poderá ser dispensado se o adotando já estiver sob a tutela ou guarda legal do adotante durante tempo
suficiente para que seja possível avaliar a conveniência da constituição do vínculo

A alternativa C está incorreta. Vejamos o que prevê o §3º, do art. 46, do ECA:

§ 3o Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País, o estágio
de convivência será de, no mínimo, 30 (trinta) dias e, no máximo, 45 (quarenta e cinco)
dias, prorrogável por até igual período, uma única vez, mediante decisão fundamentada da
autoridade judiciária.

A alternativa D está incorreta, pois não existe estágio de convivência na guarda, na tutela e no
apadrinhamento.

A alternativa E está incorreta. Em situações excepcionais o estágio de convivência pode ser dispensado, por
isso nem sempre precede a sentença judicial.

9. (FCC/DPE-AP - 2018) Manifestando a mãe interesse em entregar seu filho para adoção, segundo
dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente,
a) é garantida fruição do direito à licença maternidade até o momento da entrega.
b) é garantido a ela o direito ao sigilo sobre o nascimento, respeitado o direito do adotado em conhecer sua
origem biológica.
c) será indagada sobre eventuais pessoas, de seu conhecimento, interessadas em adotar seu filho.
d) será orientada quanto aos efeitos de sua decisão, podendo retratar-se até o início do estágio de
convivência com o pretendente à adoção.
e) será obrigatoriamente inserida em programas de planejamento familiar e atendimento psicossocial.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 19-A, §9º, combinado com o art.
48, ambos do ECA, é garantido a mãe o direito ao sigilo sobre o nascimento. Além disso, o adotado tem
direito de conhecer sua origem biológica.

Art. 19-A. A gestante ou mãe que manifeste interesse em entregar seu filho para adoção,
antes ou logo após o nascimento, será encaminhada à Justiça da Infância e da Juventude.

§ 9o É garantido à mãe o direito ao sigilo sobre o nascimento, respeitado o disposto no art.


48 desta Lei.

--

Art. 48. O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter
acesso irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes,
após completar 18 (dezoito) anos.

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10. (FCC/DPE-RS - 2018) Sobre a adoção, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, é correto
afirmar:
a) É possível a adoção por casal homoafetivo, independentemente do estado civil, desde que maiores de 21
anos.
b) O adotante há de ser, pelo menos, 12 anos mais velho do que o adotando.
c) Não podem adotar os ascendentes e os colaterais até terceiro grau do adotando.
d) O adotando deve contar com, no máximo, 18 anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou
tutela dos adotantes.
e) A adoção será precedida de estágio de convivência obrigatório com a criança ou adolescente, pelo prazo
mínimo de 90 dias, observadas a idade da criança ou adolescente e as peculiaridades do caso.

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 40, do ECA:

Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se
já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.

Vejamos os erros das demais alternativas:

✓ Alternativa A:

Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado


civil.

✓ Alternativa B:

Art. 42

§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando.

✓ Alternativa C:

Art. 42

§ 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando.

✓ Alternativa E:

Art. 46

§ 1º O estágio de convivência poderá ser dispensado se o adotando já estiver sob a tutela


ou guarda legal do adotante durante tempo suficiente para que seja possível avaliar a
conveniência da constituição do vínculo.

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11. (FCC/DPE-AP - 2018) Conforme o ordenamento penal pátrio e o entendimento dos tribunais
superiores:
a) Compete à Justiça Estadual do local do upload processar e julgar os crimes consistentes em disponibilizar
ou adquirir material pornográfico envolvendo criança ou adolescente (arts. 241, 241-A e 241-B da Lei no
8.069/1990) quando praticados por meio da rede mundial de computadores.
b) Para a configuração do crime de corrupção de menores, atual artigo 244-B do Estatuto da Criança e do
Adolescente, se faz necessária a prova da efetiva corrupção do menor, uma vez que se trata de delito
material, cujo bem jurídico tutelado pela norma visa, sobretudo, a impedir que o maior imputável induza ou
facilite a inserção ou a manutenção do menor na esfera criminal.
c) Não configura o crime de corrupção de menores na hipótese em que o maior imputável pratica com o
menor a infração penal ou induz a praticá-la, quando o adolescente possui outros antecedentes infracionais,
pois, a cada nova prática criminosa em que o menor participa não se pode falar de um aumento da
degradação de sua personalidade.
d) Para a caracterização do crime de estupro de vulnerável previsto no art. 217-A, caput, do Código Penal,
basta que o agente tenha conjunção carnal ou pratique qualquer ato libidinoso com pessoa menor de 14
anos. O consentimento da vítima, sua eventual experiência sexual anterior ou a existência de relacionamento
amoroso entre o agente e a vítima não afastam a ocorrência do crime.
e) Ocorre erro de tipo no crime de corrupção de menores, não cabendo à defesa apresentar elementos
probatórios capazes de sustentar a alegação de desconhecimento do acusado acerca da menoridade do
coautor.

Comentários

A alternativa A está incorreta. Segundo o STF, compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes
consistentes em disponibilizar ou adquirir material pornográfico envolvendo criança ou adolescente, quando
praticados por meio da rede mundial de computadores.

A alternativa B está incorreta. A súmula nº 500, do STJ, estabelece que a configuração do crime do art. 244-
B do ECA independe da prova da efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito formal.

A alternativa C está incorreta. Trata-se de uma jurisprudência do STJ, vejamos:

“PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. COMPENSAÇÃO DA


CIRCUNSTÂNCIA ATENUANTE DE CONFISSÃO ESPONTÂNEA COM A AGRAVANTE DE
REINCIDÊNCIA. FALTA DE INTERESSE. PENA JÁ FIXADA NO MÍNIMO LEGAL, NA SEGUNDA
FASE DA DOSIMETRIA, EM VISTA DA ATENUANTE DE MENORIDADE. SÚMULA 231/STJ.
CORRUPÇÃO DE MENORES. CRIME FORMAL. INEXIGIBILIDADE DE PROVA DA EFETIVA
CORRUPÇÃO DO MENOR. ALEGAÇÃO DE QUE O MENOR JÁ SERIA CORROMPIDO.
DESCABIMENTO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO.

III. É descabido o argumento de que o menor já seria corrompido, porquanto o


comportamento do réu, consistente em oportunizar, ao inimputável, nova participação em
fato delituoso, deve ser igualmente punido, tendo em vista que implica em afastar o menor,
cada vez mais, da possibilidade de recuperação. Precedentes.

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IV. Agravo Regimental desprovido” (AgRg no Resp no1371397-DF, Rel. Ministra Assusete
Magalhães, Sexta Turma, 04/06/2013).

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o que dispõe a súmula nº 593, do STJ:

Súmula n. 593: O crime de estupro de vulnerável se configura com a conjunção carnal ou


prática de ato libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevante eventual consentimento
da vítima para a prática do ato, sua experiência sexual anterior ou existência de
relacionamento amoroso com o agente.

A alternativa E está incorreta. Para o reconhecimento do erro de tipo quanto ao crime de corrupção de
menores não basta alegar o desconhecimento quanto à idade para que se tenha por demonstrada a
excludente de ilicitude.

12. (FCC/DPE-AP - 2018) Acerca da Convenção sobre os Direitos da Criança:


a) Considera-se como criança todo ser humano com menos de dezoito anos de idade, ainda que, em
conformidade com a lei aplicável à criança, a maioridade seja alcançada antes.
b) O seu Protocolo Facultativo relativo ao Envolvimento de Crianças em Conflitos Armados dispõe
expressamente, como dever dos Estados Partes, que menores de 16 anos não serão recrutados
compulsoriamente em suas forças armadas.
c) A Convenção estabeleceu a constituição do Comitê para os Direitos da Criança, determinando que os
Estados Partes se comprometam a apresentar a este, por intermédio do Secretário-Geral das Nações Unidas,
relatórios anuais sobre as medidas adotadas com vistas a tornar efetivos os direitos reconhecidos na
Convenção.
d) O Comitê para os Direitos da Criança, após o recebimento dos relatórios elaborados pelos Estados Partes
e de informes de organizações não governamentais, emite relatório final contendo recomendações, com
força vinculante para os Estados Partes.
e) O seu 3° Protocolo estabelece mecanismo de petição individual das vítimas de violação da Convenção e
dos dois Protocolos Facultativos ao Comitê para os Direitos da Criança.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com a Convenção sobre os Direitos da Criança, considera-se como
criança todo ser humano com menos de dezoito anos de idade, a não ser que, em conformidade com a lei
aplicável à criança, a maioridade seja alcançada antes.

A alternativa B está incorreta. O art. 2º, do Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança
relativo ao envolvimento de crianças em conflitos armados, estabelece que os Estados Partes assegurarão
que menores de 18 anos não serão recrutados de maneira compulsória em suas forças armadas.

A alternativa C está incorreta. Vejamos o que dispõe o art. 44, 1, da CDC:

Artigo 44

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1. Os Estados Partes se comprometem a apresentar ao comitê, por intermédio do


Secretário-Geral das Nações Unidas, relatórios sobre as medidas que tenham adotado com
vistas a tornar efetivos os direitos reconhecidos na convenção e sobre os progressos
alcançados no desempenho desses direitos:

a) num prazo de dois anos a partir da data em que entrou em vigor para cada Estado Parte
a presente convenção;

b) a partir de então, a cada cinco anos.

A alternativa D está incorreta, pois conforme o 45, “d” da Convenção sobre os Direitos da Criança não há
força vinculante.

Artigo 45

A fim de incentivar a efetiva implementação da Convenção e estimular a cooperação


internacional nas esferas regulamentadas pela convenção:

d) o comitê poderá formular sugestões e recomendações gerais com base nas informações
recebidas nos termos dos Artigos 44 e 45 da presente convenção. Essas sugestões e
recomendações gerais deverão ser transmitidas aos Estados Partes e encaminhadas à
Assembleia geral, juntamente com os comentários eventualmente apresentados pelos
Estados Partes.

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, conforme dispõe o art. 5, 1, do Protocolo Facultativo
à Convenção sobre os Direitos da Criança Relativo a um Procedimento de Comunicações:

Artigo 5 - Comunicações Individuais

1. As comunicações poderão ser apresentadas por pessoas ou grupos de pessoas, ou em


nome de pessoas ou grupos de pessoas, sujeitas à jurisdição de um Estado parte, que
afirmem ser vítimas de uma violação cometida por esse Estado parte de quaisquer dos
direitos enunciados em qualquer um dos seguintes instrumentos de que esse Estado seja
parte:

(a) A Convenção;

(b) O Protocolo Facultativo à Convenção referente à venda de crianças, à prostituição


infantil e à pornografia infantil;
(c) O Protocolo Facultativo à Convenção referente ao envolvimento de crianças em
conflitos armados.

13. (FCC/DPE-AM - 2018) Segundo a Convenção sobre os Direitos da Criança,


a) toda criança, desde que sua idade e maturidade lhe permita algum discernimento, tem direito de
expressar suas opiniões livremente.

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b) incumbe aos pais manifestar e representar a opinião e o interesse dos filhos nos assuntos que os afetem,
cabendo-lhes, nessa missão, zelar sempre pela prevalência do superior interesse da criança.
c) os Estados Partes devem estipular em seus ordenamentos internos uma idade a partir da qual a opinião
pessoal e direta da criança poderá ser considerada na decisão sobre assuntos que a afetem.
d) os Estados Partes discriminarão, em suas normas internas, as situações em que a opinião da criança será
considerada independentemente da opinião de seus pais ou responsável.
e) será proporcionada à criança a oportunidade de ser ouvida em todo processo administrativo que a afete,
quer diretamente quer por intermédio de um representante ou órgão apropriado.

Comentários

A questão cobra o conhecimento do art. 12, da Convenção sobre os Direitos da Criança. Vejamos:

Artigo 12

1. Os Estados Partes assegurarão à criança que estiver capacitada a formular seus próprios
juízos o direito de expressar suas opiniões livremente sobre todos os assuntos relacionados
com a criança, levando-se devidamente em consideração essas opiniões, em função da
idade e maturidade da criança.

2. Com tal propósito, se proporcionará à criança, em particular, a oportunidade de ser


ouvida em todo processo judicial ou administrativo que afete a mesma, quer diretamente
quer por intermédio de um representante ou órgão apropriado, em conformidade com as
regras processuais da legislação nacional.

Assim, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

14. (FCC/DPE-RS - 2017) Sobre a adoção de criança e adolescente, nos termos preconizados pela Lei n°
8.069/1990, é correto afirmar:
a) Se o adotando tiver idade igual ou superior a 10 anos de idade é necessário o seu consentimento para a
adoção.
b) O adotante há de ser, pelo menos, 18 anos mais velho do que o adotando.
c) Falecendo o adotante no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença, a adoção não poderá ser
deferida.
d) É expressamente vedada a adoção conjunta pelos divorciados e os ex-companheiros.
e) O adotando deve contar com, no máximo, 18 anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou
tutela dos adotantes.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o §2º, art. 45, do ECA, se o adotando tiver mais do que 12
anos de idade é necessário o seu consentimento para a adoção.

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§ 2º. Em se tratando de adotando maior de doze anos de idade, será também necessário o
seu consentimento.

A alternativa B está incorreta. Com base no art. 42, §3º, da Lei nº 8.069/90, o adotante deve ser, pelo menos,
16 anos mais velho do que o adotando, e não 18.

§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando.

A alternativa C está incorreta. Segundo o §6º, do art. 42, da referida Lei, a adoção poderá ser deferida antes
de protocolada a sentença.

§ 6o A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de


vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença.

A alternativa D está incorreta. O §4º, do art. 42, do ECA, prevê que os divorciados e os ex-companheiros
podem adotar conjuntamente.

§ 4o Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar


conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o
estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de convivência e que
seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não
detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão.

A alternativa E está correta e o gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 40, da Lei nº 8.069/90:

Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se
já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.

15. (FCC/DPE-SC - 2017) Sem considerar a interpretação mais flexível eventualmente dada pela
jurisprudência aos dispositivos que regem o instituto da adoção, é regra hoje prevista no Estatuto da
Criança e do Adolescente que
a) a adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer
antes do início do procedimento.
b) para adoção conjunta, é indispensável, no mínimo, que os adotantes sejam ou tenham sido casados
civilmente ou que mantenham ou tenham mantido união estável.
c) se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, rompem-se os vínculos de filiação entre o
adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos parentes.
d) a adoção internacional pressupõe a intervenção de organismos nacionais e estrangeiros, devidamente
credenciados, encarregados de intermediar pedidos de habilitação à adoção internacional.
e) a guarda de fato autoriza, por si só, a dispensa do estágio de convivência.

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A alternativa A está incorreta. De acordo com o §6º, do art. 42, do Estatuto da Criança e do Adolescente, a
adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer no
curso do procedimento, antes de prolatada a sentença.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois se refere ao §2º, do art. 42, da Lei nº 8.069/90:

§ 2o Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou


mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família.

A alternativa C está incorreta. Com base no §1º, do art. 41, da referida Lei, se um dos cônjuges ou concubinas
adota o filho do outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do
adotante e os respectivos parentes.

A alternativa D está incorreta. O §3º, do art. 51, do ECA, prevê que a adoção internacional pressupõe a
intervenção das Autoridades Centrais Estaduais e Federal em matéria de adoção internacional.

A alternativa E está incorreta. Segundo o art. 46, §2º, da Lei nº 8.069/90, a simples guarda de fato não
autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio de convivência.

16. (FCC/DPE-SC - 2017) Dentre as atribuições específicas que lhe são expressas na lei, ao Conselho
Tutelar cabe
a) zelar por sua autonomia, apresentando anualmente proposta orçamentária do órgão ao Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente a quem deve prestar contas de suas atividades.
b) fiscalizar o cumprimento das portarias judiciais relacionadas ao acesso de crianças e adolescentes
desacompanhados de seus pais a espetáculos públicos.
c) aplicar medida de encaminhamento a tratamento psicológico ao professor que utilizar de castigo físico
como forma de disciplina de crianças que sejam suas alunas.
d) coordenar a elaboração e fiscalizar a execução dos planos individuais de atendimento de crianças cujo
acolhimento institucional foi por ele deliberado.
e) executar suas decisões, aplicando sanções administrativas em caso de obstrução de sua ação.

Comentários

O art. 18-B, do Estatuto da Criança e do Adolescente, prevê as atribuições do Conselho Tutelar:

Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos


executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de
crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico
ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou
qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às
seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso

I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família

II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;

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III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;

IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado;

V – advertência;

Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar,
sem prejuízo de outras providências legais.

Aplicar medida de encaminhamento a tratamento psicológico ao professor que utilizar de castigo físico como
forma de disciplina de crianças que sejam suas alunas, está dentre as atribuições do Conselho Tutelar. Por
isso, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

17. (FCC/TJ-SC - 2017) Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, são regras que devem ser
observadas para a concessão da guarda, tutela ou adoção,
a) o consentimento do adolescente, colhido em audiência, exceto para a guarda.
b) a opinião da criança que, sempre que possível, deve ser colhida por equipe Inter profissional e considerada
pela autoridade judiciária competente.
c) a prevalência das melhores condições financeiras para os cuidados com a criança ou adolescente.
d) a prioridade da tutela em favor de família extensa quando ainda coexistir o poder familiar.
e) a preferência dos pais ou responsável por algum dos eventuais pretendentes à guarda, tutela ou adoção.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 28, caput e §2º, do ECA, o consentimento do
adolescente, colhido em audiência, é necessário em todas as modalidades de colocação em família substituta
(guarda, tutela ou adoção).

Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção,
independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei.

§ 2o Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu consentimento,


colhido em audiência.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois se refere ao §1º, do art. 28, da Lei nº 8.069/90:

§ 1o Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por equipe
interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre
as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente considerada.

A alternativa C está incorreta. As melhores condições financeiras para os cuidados com a criança ou
adolescente não é o fator que prevalece na decisão quando da colocação em família substituta. Com base
no §3º, do art. 28, da referida Lei, deve ser analisado o conjunto de condições, especialmente grau de

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parentesco e a relação de afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequências


decorrentes da medida.

§ 3o Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação de


afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequências decorrentes da
medida.

A alternativa D está incorreta. Segundo o parágrafo único, do art. 36, do Estatuto da Criança e do
Adolescente, o deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou suspensão do poder
familiar, de modo que não é possível coexistir a tutela com o poder familiar.

Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou


suspensão do poder familiar e implica necessariamente o dever de guarda.

A alternativa E está incorreta. Não é verificada a preferência dos pais ou responsável por algum dos eventuais
pretendentes à guarda, tutela ou adoção, mas, devem ser analisados especialmente o grau de parentesco e
a relação de afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequências decorrentes da medida,
conforme prevê o §3º, do art. 28, já mencionado.

18. (FCC/TRT-1ªR - 2016) É considerado tratamento cruel à criança ou adolescente, conforme


disposição expressa do Estatuto da Criança e do Adolescente − ECA:
a) menoscabo.
b) ridicularização.
c) castigo físico.
d) admoestação.
e) obtemperação.

Comentários

O artigo 18 - A, do ECA, trata do que é considerado como tratamento cruel à criança e ao adolescente. Esse
artigo é fruto de uma alteração relativamente recente, perpetrada em 2014.

Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso
de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção,
disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família
ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas
socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los
ou protegê-los.

Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se:

I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física
sobre a criança ou o adolescente que resulte em:

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a) sofrimento físico; ou

b) lesão;

II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à


criança ou ao adolescente que:

a) humilhe; ou

b) ameace gravemente; ou

c) ridicularize.

Assim, a ridicularização é considerado um tipo de tratamento cruel e degradante.

Portanto, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

19. (FCC/TRT-1ªR - 2016) A formação técnico-profissional do adolescente NÃO deverá obedecer a


a) horário especial, estabelecido em lei.
b) horário especial, de acordo com a atividade.
c) peculiaridades do seu desenvolvimento pessoal.
d) adequação ao mercado de trabalho.
e) prevalência das atividades educativas sobre as produtivas.

Comentários

Para responder a questão devemos conhecer o art. 63, do ECA.

Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios:

I - garantia de acesso e freqüência obrigatória ao ensino regular;

II - atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;

III - horário especial para o exercício das atividades.

A alternativa A é o gabarito da questão. O horário especial para o exercício das atividades não é estabelecido
em lei.

20. (FCC/TRT-1ªR - 2016) NÃO está compreendido, nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente
− ECA (Lei n° 8.069/90), dentro do direito ao respeito à criança e do adolescente, a preservação
a) da autonomia.
b) da imagem.
c) dos recursos materiais.

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d) dos objetos pessoais.


e) das ideias.

Comentários

O ECA não prevê a preservação dos recursos materiais como um direito ao respeito da criança e do
adolescente.

Portanto, a alternativa C não contempla um direito que deve ser preservado.

Vejamos o art. 17 que justifica as demais alternativas e conceitua o direito ao respeito.

Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e


moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade,
da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.

CESPE

21. (CESPE/TJ-PR - 2019) A atual doutrina da proteção integral, que rege o direito da criança e do
adolescente, reconhece crianças e adolescentes como
a) objetos de proteção do Estado e de medidas judiciais, mas que devem ser responsabilizados pela própria
situação de irregularidade.
b) sujeitos de direito, devendo o Estado, a família e a sociedade lhes assegurar direitos fundamentais.
c) objetos de proteção do Estado e de medidas judiciais, sendo o Estado o principal responsável por lhes
assegurar direitos.
d) sujeitos de direito que devem ser responsabilizados pela própria situação de irregularidade.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A doutrina da Proteção Integral alterou o prisma de
visão da criança e do adolescente, inicialmente vistos como objetos de proteção, para sujeitos de direitos -
das mais diversas naturezas, inclusive. Tal posicionamento pode ser observado na Lei nº 8.069/90 em alguns
dispositivos, a exemplo do art. 15 e dos incisos I e II do parágrafo único do art. 100. Além disso, recorde-se
do caput do art. 4º que prevê o dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público
assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária.

Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como
pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis,
humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.

Art. 100. Parágrafo único. São também princípios que regem a aplicação das medidas:

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I - condição da criança e do adolescente como sujeitos de direitos: crianças e adolescentes


são os titulares dos direitos previstos nesta e em outras Leis, bem como na Constituição
Federal;

II - proteção integral e prioritária: a interpretação e aplicação de toda e qualquer norma


contida nesta Lei deve ser voltada à proteção integral e prioritária dos direitos de que
crianças e adolescentes são titulares;

A alternativa A e D estão incorretas. O Código de Menores (Lei nº 6.697/79) tratava crianças e adolescentes
como objeto de proteção. O Estatuto, por sua vez, trata-os como sujeitos de direito, numa clara mudança: a
substituição da doutrina da situação irregular pela doutrina da proteção integral.

A alternativa C está incorreta. Como visto no art. 4º do ECA, o Estado não é o único responsável por assegurar
direitos à criança e o adolescente, cabendo também à família, à comunidade e a sociedade em geral.

22. (CESPE/SLU DF - 2019) Com base nas legislações que regem as políticas de saúde, de assistência
social e previdência social, julgue o item a seguir, considerando que as siglas PNAS, SUAS e LOAS referem-
se, respectivamente, à Política Nacional de Assistência Social, ao Sistema Único de Assistência Social e à
Lei Orgânica de Assistência Social.
Os centros de referência especializados de assistência social (CREAS) devem imputar máxima prioridade ao
atendimento de crianças entre zero a seis anos de idade com suspeita de terem sofrido violência física.

Comentários

A assertiva está correta. O art. §2º do art. 13 do Estatuto da Criança e do Adolescente prevê que “os serviços
de saúde em suas diferentes portas de entrada, os serviços de assistência social em seu componente
especializado, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e os demais órgãos do
Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente deverão conferir máxima prioridade ao
atendimento das crianças na faixa etária da primeira infância com suspeita ou confirmação de violência de
qualquer natureza, formulando projeto terapêutico singular que inclua intervenção em rede e, se necessário,
acompanhamento domiciliar.” A primeira infância é aquela que compreende o período que vai do
nascimento aos 6 anos de idade.

23. (CESPE/SLU DF - 2019) Acerca de políticas, diretrizes, ações e desafios na área da família, da criança
e do adolescente, julgue o item subsecutivo.
Em atendimento a gestante adulta, o assistente social deve informar-lhe que o acompanhamento pré-natal
será realizado por profissionais da atenção secundária.

Comentários

A assertiva está incorreta. De acordo com o §1º do art. 8º do Estatuto da Criança e do Adolescente, o
atendimento pré-natal será realizado por profissionais da atenção primária.

24. (CESPE/TJ-AM - 2019) Angélica, de vinte e cinco anos de idade, deu à luz gêmeos em uma
maternidade pública, e, durante sua internação manifestou à assistente social Joana, que a acompanhava,

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o interesse em entregar seus filhos recém-nascidos à adoção, em razão de já ter Pedro, com seis anos de
idade, passar por situação socioeconômica precária e carecer de apoio familiar, visto que tinha uma
relação difícil com seu companheiro e pai das três crianças, Alan, de quarenta e cinco anos de idade, que
cumpria, havia dois meses, pena de dois anos pelo crime de furto e não havia recebido bem a notícia da
gravidez. Angélica também relatou a Joana que morava em um cômodo cedido pela vizinha, mas que
precisava desocupar em noventa dias o imóvel.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item seguinte, considerando os dispositivos do Estatuto da
Criança e do Adolescente.
São assegurados a Angélica dois acompanhantes de sua preferência durante o período imediato do pós-
parto.

Comentários

A assertiva está incorreta. O §6º do art. 8º do Estatuto da Criança e do Adolescente prevê que a gestante e
a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência durante o período do pré-natal, do
trabalho de parto e do pós-parto imediato.

25. (CESPE/TJ-AM - 2019) Angélica, de vinte e cinco anos de idade, deu à luz gêmeos em uma
maternidade pública, e, durante sua internação manifestou à assistente social Joana, que a acompanhava,
o interesse em entregar seus filhos recém-nascidos à adoção, em razão de já ter Pedro, com seis anos de
idade, passar por situação socioeconômica precária e carecer de apoio familiar, visto que tinha uma
relação difícil com seu companheiro e pai das três crianças, Alan, de quarenta e cinco anos de idade, que
cumpria, havia dois meses, pena de dois anos pelo crime de furto e não havia recebido bem a notícia da
gravidez. Angélica também relatou a Joana que morava em um cômodo cedido pela vizinha, mas que
precisava desocupar em noventa dias o imóvel.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item seguinte, considerando os dispositivos do Estatuto da
Criança e do Adolescente.
Como forma de minorar as consequências do estado puerperal, a equipe da maternidade deve proporcionar
a Angélica assistência psicológica durante sua internação e referenciar esse serviço para que ele também
ocorra no pós-alta.

Comentários

A assertiva está correta. O §4º do art. 8º do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90) estabelece
que incumbe ao poder público proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe, no período pré e pós-
natal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as consequências do estado puerperal.

26. (CESPE/TJ-AM - 2019) Angélica, de vinte e cinco anos de idade, deu à luz gêmeos em uma
maternidade pública, e, durante sua internação manifestou à assistente social Joana, que a acompanhava,
o interesse em entregar seus filhos recém-nascidos à adoção, em razão de já ter Pedro, com seis anos de
idade, passar por situação socioeconômica precária e carecer de apoio familiar, visto que tinha uma
relação difícil com seu companheiro e pai das três crianças, Alan, de quarenta e cinco anos de idade, que

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cumpria, havia dois meses, pena de dois anos pelo crime de furto e não havia recebido bem a notícia da
gravidez. Angélica também relatou a Joana que morava em um cômodo cedido pela vizinha, mas que
precisava desocupar em noventa dias o imóvel.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item seguinte, considerando os dispositivos do Estatuto da
Criança e do Adolescente.
Em razão da privação de liberdade de Alan, o convívio de Pedro com o genitor será interrompido, devendo
ser reestabelecido após o cumprimento da pena.

Comentários

A assertiva está incorreta. O §4º do art. 19 do Estatuto da Criança e do Adolescente garante a convivência
da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado de liberdade, por meio de visitas periódicas
promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento institucional, pela entidade responsável,
independentemente de autorização judicial.

27. (CESPE/TJ-PA - 2019) O pai que usa de força física contra seu filho menor de idade para discipliná-
lo incide no que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) denomina
a) tratamento degradante.
b) tratamento cruel.
c) vexame.
d) violência doméstica.
e) castigo físico.

Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Os conceitos de castigos físicos e tratamento cruel ou
degradante estão previstos, respectivamente, nos incisos I e II do parágrafo único do art. 18-A do ECA.
Vejamos o conceito legal de castigo físico:

Art. 18-A. Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se:

I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física
sobre a criança ou o adolescente que resulte em:

a) sofrimento físico; ou

b) lesão.

As alternativas A, B, C e D estão incorretas e não correspondem ao conceito indagado pelo comando da


questão.

28. (CESPE/TJDFT - 2019) Uma gestante, pretendendo entregar para adoção o seu filho que vai nascer,
dirigiu-se ao cartório de registro civil.

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Nessa situação hipotética, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, a gestante deverá ser
encaminhada para
a) o Ministério Público local.
b) a justiça da infância e da juventude local.
c) assistente social cadastrado na serventia.
d) o conselho tutelar local.
e) o conselho de direitos da criança e do adolescente local.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Nos termos do caput do art. 19-A do Estatuto da
Criança e do Adolescente: “A gestante ou mãe que manifeste interesse em entregar seu filho para adoção,
antes ou logo após o nascimento, será encaminhada à Justiça da Infância e da Juventude.”

As alternativas A, C, D e E estão incorretas, porque não apresentam o órgão responsável para lidar com a
situação apresentada na questão.

29. (CESPE/TJ-AM - 2019) Angélica, de vinte e cinco anos de idade, deu à luz gêmeos em uma
maternidade pública, e, durante sua internação manifestou à assistente social Joana, que a acompanhava,
o interesse em entregar seus filhos recém-nascidos à adoção, em razão de já ter Pedro, com seis anos de
idade, passar por situação socioeconômica precária e carecer de apoio familiar, visto que tinha uma
relação difícil com seu companheiro e pai das três crianças, Alan, de quarenta e cinco anos de idade, que
cumpria, havia dois meses, pena de dois anos pelo crime de furto e não havia recebido bem a notícia da
gravidez. Angélica também relatou a Joana que morava em um cômodo cedido pela vizinha, mas que
precisava desocupar em noventa dias o imóvel.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item seguinte, considerando os dispositivos do Estatuto da
Criança e do Adolescente.
A condenação criminal de Alan implica na destituição de seu poder familiar como medida protetiva na defesa
da prole.

Comentários

A assertiva está incorreta. O §2º do art. 23 do Estatuto da Criança e do Adolescente prevê que a condenação
criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do poder familiar, exceto na hipótese de condenação
por crime doloso sujeito à pena de reclusão contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar ou
contra filho, filha ou outro descendente.

30. (CESPE/TJ-PA - 2020) O Estatuto da Criança e do Adolescente reconhece o grupo familiar formado
por pais, filhos e demais parentes próximos como família
a) extensa ou ampliada.
b) natural.

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c) adotiva.
d) nuclear.
e) substituta.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O conceito de família extensa ou ampliada encontra-
se no parágrafo único do art. 25 do Estatuto da Criança e do Adolescente: “Entende-se por família extensa
ou ampliada aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por
parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e
afetividade.”

A alternativa B está incorreta. O conceito de família natural está positivado no caput do art. 25 do ECA:
“Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes.”

A alternativa C está incorreta. O ECA não apresenta o conceito de família adotiva mas, como o nome sugere,
trata-se do núcleo familiar que acolherá a criança adotada.

A alternativa D está incorreta. A família nuclear é formada pelo núcleo familiar simples: casal e filhos.

A alternativa E está incorreta. Família substituta é termo amplo que se refere àquela decorrente do processo
de guarda, tutela ou adoção.

31. (CESPE/SLU DF - 2019) Acerca de políticas, diretrizes, ações e desafios na área da família, da criança
e do adolescente, julgue o item subsecutivo.
O Estatuto da Criança e do Adolescente compreende o conceito de família extensa ou ampliada com base
nos laços parentais, consanguíneos e nas relações de afinidade e afetividade.

Comentários

A assertiva está correta. O parágrafo único do art. 25 do Estatuto da Criança e do Adolescente apresenta p
conceito de família extensa ou ampliada: “Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende
para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a
criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.”

32. (CESPE/TJDFT - 2019) A adoção de pessoas maiores de dezoito anos de idade deverá ser realizada,
necessariamente,
a) por ato extrajudicial, mediante registro em registro público, sem necessidade de consentimento dos pais
biológicos, ainda que estes sejam conhecidos.
b) por ato extrajudicial, mediante averbação em registro público, sem necessidade de consentimento dos
pais biológicos, ainda que estes sejam conhecidos.
c) por sentença judicial, não sendo admissível a adoção por ato extrajudicial.
d) por ato extrajudicial, mediante registro em registro público, se houver consentimento dos pais biológicos,
caso estes sejam conhecidos.

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e) tanto por sentença judicial como por ato extrajudicial, mediante escritura em registro público, se houver
consentimento dos pais biológicos, caso estes sejam conhecidos.

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Nos termos do art. 1.619 do Código Civil: “A adoção
de maiores de 18 (dezoito) anos dependerá da assistência efetiva do poder público e de sentença constitutiva,
aplicando-se, no que couber, as regras gerais da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e
do Adolescente.”

33. (CESPE/Pref Campo Grande - 2019) Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente, julgue o
item subsequente.
Pessoa solteira e maior de dezoito anos de idade pode adotar, desde que a diferença de idade entre ela e o
adotando seja de, pelo menos, dezesseis anos.

Comentários

A assertiva está correta. Trata-se da combinação do caput do art. 42 e do seu §3º, ambos do Estatuto da
Criança e do Adolescente:

Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil.

§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando.

34. (CESPE/Pref Campo Grande - 2019) Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente, julgue o
item subsequente.
O instituto da guarda confere à criança ou ao adolescente a condição de dependente para todos os fins de
direito.

Comentários

A assertiva está correta. De acordo com o art. 33, §3º do Estatuto da Criança e do Adolescente: “A guarda
confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive
previdenciários.”

35. (CESPE/SEJC DF - 2019) Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), julgue o item a
seguir.
O deferimento da tutela independe da idade da pessoa a ser tutelada.

Comentários

A assertiva está incorreta. De acordo com o caput do art. 36 do Estatuto da Criança e do Adolescente: “A
tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito) anos incompletos.”

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36. (CESPE/SEJC DF - 2019) Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), julgue o item a
seguir.
A revogação de guarda de menor de idade dispensa ato judicial.

Comentários

A assertiva está incorreta. Aduz o art. 35 do Estatuto da Criança e do adolescente: “A guarda poderá ser
revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial fundamentado, ouvido o Ministério Público.”

37. (CESPE/SEJC DF - 2019) Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), julgue o item a
seguir.
A adoção de criança é medida irrevogável.

Comentários

A assertiva está correta. De acordo com o art. 39, §1º do Estatuto da Criança e do Adolescente: “A adoção é
medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de
manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa, na forma do parágrafo único do art.
25 desta Lei.”

38. (CESPE/SEJC DF - 2019) Acerca da adoção de crianças e adolescentes no Brasil, julgue o item
seguinte, de acordo com a Lei n.º 12.010/2009.
É vedada a adoção de crianças brasileiras por estrangeiros.

Comentários

A assertiva está incorreta. A adoção internacional é possível e está regulada a partir do art. 51 do Estatuto
da Criança e do Adolescente. Vejamos algumas previsões:

Art. 51. Considera-se adoção internacional aquela na qual o pretendente possui residência
habitual em país-parte da Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa à Proteção
das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, promulgada pelo
Decreto nº 3.087, de 21 junho de 1999 , e deseja adotar criança em outro país-parte da
Convenção.

§ 1º A adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro ou domiciliado no Brasil


somente terá lugar quando restar comprovado:

I - que a colocação em família adotiva é a solução adequada ao caso concreto;

II - que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança ou adolescente


em família adotiva brasileira, com a comprovação, certificada nos autos, da inexistência de
adotantes habilitados residentes no Brasil com perfil compatível com a criança ou
adolescente, após consulta aos cadastros mencionados nesta Lei;

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III - que, em se tratando de adoção de adolescente, este foi consultado, por meios
adequados ao seu estágio de desenvolvimento, e que se encontra preparado para a
medida, mediante parecer elaborado por equipe interprofissional, observado o disposto
nos §§ 1º e 2º do art. 28 desta Lei.

39. (CESPE/SEJC DF - 2019) Acerca da adoção de crianças e adolescentes no Brasil, julgue o item
seguinte, de acordo com a Lei n.º 12.010/2009.
É permitida a adoção por procuração em caso de o solicitante ser brasileiro que reside no exterior.

Comentários

A assertiva está incorreta. O art. 39, §2º veda expressamente a adoção por procuração: “É vedada a adoção
por procuração.”

40. (CESPE/TJ-PA - 2020) Pedro, aluno do 6º ano do ensino fundamental II, fez uma prova objetiva de
matemática em sua escola e tirou nota 9,0, de um total de 10 pontos, por ter errado uma questão,
conforme indicado na prova pela professora. Ao comparar sua prova com a do colega Saulo, da mesma
turma, verificou que Saulo havia registrado para a questão o mesmo gabarito que ele, mas a resposta do
colega tinha sido considerada correta enquanto a dele havia sido considerada errada.
Nessa situação hipotética, considerando-se o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente, os critérios
avaliativos adotados pela professora na atribuição das notas
a) não podem ser contestados diretamente por Pedro nem por Saulo, pois cabe aos pais/responsáveis deles
buscar a solução do conflito junto à direção da escola.
b) podem ser contestados diretamente tanto por Pedro quanto por Saulo, que podem, ainda, recorrer às
instâncias escolares superiores se não solucionarem o conflito junto à professora.
c) não podem ser contestados por Saulo, porque o problema afeta diretamente a nota de Pedro, e não a
dele.
d) podem ser contestados por Pedro apenas se ele for integrante do grêmio estudantil da escola.
e) não podem ser contestados por Pedro, porque a professora tem autonomia para adotar critérios
avaliativos distintos se assim considerar necessário.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Para responder adequadamente, o candidato deveria
recordar-se da previsão do art. 53, inciso III do Estatuto da Criança e do Adolescente:

Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno


desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para
o trabalho, assegurando-se-lhes:

III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares


superiores;

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41. (CESPE/Pref Campo Grande - 2019) Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente, julgue o
item subsequente.
É permitido que menor de quatorze anos de idade trabalhe, na condição de aprendiz, em atividade
compatível com o seu desenvolvimento, devendo-lhe ser garantidos o acesso e a frequência obrigatória ao
ensino regular e horário especial para o exercício das atividades.

Comentários

A assertiva está correta. A assertiva apresenta os princípios que devem ser observados quando do exercício
da aprendizagem:

Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios:

I - garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular;

II - atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;

III - horário especial para o exercício das atividades.

42. (CESPE/DPDF - 2019) Joana, de vinte e cinco anos de idade, é mãe de Maria, de dois anos de idade,
cujo pai falecera antes de ela ter nascido. Para que Joana fosse submetida a tratamento médico em outro
estado da Federação, a guarda judicial de Maria foi concedida aos avós paternos, João e Clarissa. Na
sentença que concedeu a guarda, o magistrado impôs a Joana o dever de prestar alimentos a Maria. Por
todos serem hipossuficientes, Clarissa procurou a Defensoria Pública para orientação jurídica.
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue os itens seguintes, de acordo com a legislação
pertinente e a jurisprudência dos tribunais superiores.
Segundo jurisprudência pacificada do STJ, Maria é dependente previdenciária dos seus avós paternos.

Comentários

A questão está correta. Há previsão jurisprudência sobre a dependência previdência da criança sob guarda
(STJ. Corte Especial. EREsp 1141788/RS, Min. Rel. João Otávio de Noronha, julgado em 07/12/2016). Além
disso, vejamos o que dispõe o art. 33, §3º, do ECA:

Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança
ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos
pais.

§ 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os


fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários.

43. (CESPE/DPDF - 2019) Joana, de vinte e cinco anos de idade, é mãe de Maria, de dois anos de idade,
cujo pai falecera antes de ela ter nascido. Para que Joana fosse submetida a tratamento médico em outro
estado da Federação, a guarda judicial de Maria foi concedida aos avós paternos, João e Clarissa. Na

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sentença que concedeu a guarda, o magistrado impôs a Joana o dever de prestar alimentos a Maria. Por
todos serem hipossuficientes. Clarissa procurou a Defensoria Pública para orientação jurídica.
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue os itens seguintes, de acordo com a legislação
pertinente e a jurisprudência dos tribunais superiores.
A guarda dada aos avós paternos de Maria é irrevogável, porque foi concedida por sentença judicial e obriga
a prestação de assistência material, moral e educacional.

Comentários

A guarda pode ser revogada a qualquer tempo pelo juiz, apenas é exigida a oitiva do Ministério Público para
a revogação. Assim, a questão está incorreta, nos termos do art. 35, do ECA:

Art. 35. A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial
fundamentado, ouvido o Ministério Público.

44. (CESPE/DPDF - 2019) Joana, de vinte e cinco anos de idade, é mãe de Maria, de dois anos de idade,
cujo pai falecera antes de ela ter nascido. Para que Joana fosse submetida a tratamento médico em outro
estado da Federação, a guarda judicial de Maria foi concedida aos avós paternos, João e Clarissa. Na
sentença que concedeu a guarda, o magistrado impôs a Joana o dever de prestar alimentos a Maria. Por
todos serem hipossuficientes. Clarissa procurou a Defensoria Pública para orientação jurídica.
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue os itens seguintes, de acordo com a legislação
pertinente e a jurisprudência dos tribunais superiores.
Agiu equivocadamente o magistrado ao impor a Joana o dever de prestar alimentos a Maria: os alimentos
prestados pelos pais são incompatíveis com a guarda, modalidade de colocação de criança e adolescente em
família substituta.

Comentários

A questão está incorreta, conforme dispõe o art. 33, §4º, do ECA, a guarda não impede o dever de prestar
alimentos. Vejamos:

§ 4º Salvo expressa e fundamentada determinação em contrário, da autoridade judiciária


competente, ou quando a medida for aplicada em preparação para adoção, o deferimento
da guarda de criança ou adolescente a terceiros não impede o exercício do direito de visitas
pelos pais, assim como o dever de prestar alimentos, que serão objeto de regulamentação
específica, a pedido do interessado ou do Ministério Público.

45. (CESPE/DPDF - 2019) Maurício, com treze anos de idade, foi atendido em hospital público. Depois
de realizados os exames clínicos e a entrevista pessoal com o adolescente, o médico que o atendeu
comunicou ao conselho tutelar local a suspeita de que Maurício havia sido vítima de castigo físico
praticado pelos próprios pais. O conselho tutelar averiguou o caso e concluiu que os pais de Maurício
haviam lesionado os braços do garoto, mediante emprego de pedaço de madeira, em razão de ele ter se

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recusado a ir à escola. Com base nisso, o conselho tutelar aplicou aos pais uma advertência e os
encaminhou para tratamento psicológico.
Com referência a essa situação hipotética, julgue os itens que se seguem, de acordo com o Estatuto da
Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990).
O Estatuto da Criança e do Adolescente faz distinção entre castigo físico e tratamento cruel ou degradante
e, nos termos desse Estatuto, a lesão sofrida por Maurício não é considerada tratamento cruel ou
degradante.

Comentários

A questão está correta. Tal distinção está prevista no art. 18-A, caput e parágrafo único, do ECA:

Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de
castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina,
educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada,
pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por
qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se:

II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à


criança ou ao adolescente que:

a) humilhe; ou

b) ameace gravemente; ou

c) ridicularize.

A situação narrada não se qualifica como tratamento cruel ou degradante, pois houve de fato a violência,
não se tratando de caso de humilhação, ameaça grave ou ridicularização.

46. (CESPE/DPDF - 2019) Em 15 de abril de 2019, Ricardo, com 17 anos de idade, praticou ato infracional
análogo ao crime de roubo. O Ministério Público ofereceu representação contra Ricardo quando ele já
estava com 18 anos de idade. Ao final do procedimento judicial, o magistrado aplicou a Ricardo, então
com 18 anos de idade, a medida socioeducativa de internação. Por ocasião de reavaliação da medida, foi
concedida a Ricardo a progressão para o regime de semiliberdade. Durante o cumprimento da medida em
regime de semiliberdade, foi prolatada nova sentença, aplicando a Ricardo, agora com 19 anos de idade,
medida de internação em razão da prática, em 15 de março de 2019, de ato infracional análogo ao crime
de homicídio. A partir dessa situação hipotética, jugue os itens subsecutivos, de acordo com a legislação
pertinente e com a jurisprudência dos tribunais superiores.
O cumprimento de medida socioeducativa de internação sempre dependerá de plano individual de
atendimento (PIA), instrumento de previsão, registro e gestão das atividades a serem desenvolvidas com o
adolescente; diferentemente, nos casos de cumprimento de medida socioeducativa em regime de prestação
de serviços à comunidade, o PIA é dispensável.

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Comentários

A questão está incorreta. O PIA é exigido no cumprimento de qualquer medida socioeducativa. Veja o que
dispõe o art. 52, da Lei nº 12.594/12:

Art. 52. O cumprimento das medidas socioeducativas, em regime de prestação de serviços


à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade ou internação, dependerá de Plano
Individual de Atendimento (PIA), instrumento de previsão, registro e gestão das atividades
a serem desenvolvidas com o adolescente.

47. (CESPE/DPDF - 2019) Em 15 de abril de 2019, Ricardo, com 17 anos de idade, praticou ato infracional
análogo ao crime de roubo. O Ministério Público ofereceu representação contra Ricardo quando ele já
estava com 18 anos de idade. Ao final do procedimento judicial, o magistrado aplicou a Ricardo, então
com 18 anos de idade, a medida socioeducativa de internação. Por ocasião de reavaliação da medida, foi
==1d4eaf==

concedida a Ricardo a progressão para o regime de semiliberdade. Durante o cumprimento da medida em


regime de semiliberdade, foi prolatada nova sentença, aplicando a Ricardo, agora com 19 anos de idade,
medida de internação em razão da prática, em 15 de março de 2019, de ato infracional análogo ao crime
de homicídio. A partir dessa situação hipotética, jugue os itens subsecutivos, de acordo com a legislação
pertinente e com a jurisprudência dos tribunais superiores.
A nova sentença prolatada que aplica a Ricardo novamente medida de internação, desta vez pela prática do
ato infracional análogo ao delito de homicídio, contraria a legislação vigente.

Comentários

A questão está correta. Nos termos do art. 45, caput e §2º, da Lei nº 12.594/12, é vedada a aplicação de
nova medida de internação por atos praticados anteriormente se o adolescente já estiver cumprindo a
medida de internação. Veja:

Art. 45. Se, no transcurso da execução, sobrevier sentença de aplicação de nova medida, a
autoridade judiciária procederá à unificação, ouvidos, previamente, o Ministério Público e
o defensor, no prazo de 3 (três) dias sucessivos, decidindo-se em igual prazo.

§ 2º É vedado à autoridade judiciária aplicar nova medida de internação, por atos


infracionais praticados anteriormente, a adolescente que já tenha concluído cumprimento
de medida socioeducativa dessa natureza, ou que tenha sido transferido para
cumprimento de medida menos rigorosa, sendo tais atos absorvidos por aqueles aos quais
se impôs a medida socioeducativa extrema.

48. (CESPE/TJ-SC - 2019) Com relação ao direito fundamental das crianças à educação, julgue os itens
a seguir à luz do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e do entendimento dos tribunais superiores.
I - Direito social fundamental, a educação infantil constitui norma de natureza constitucional programática
que orienta os gestores públicos dos entes federativos.

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II - Em se tratando de questões que envolvam a educação infantil, poderá o juiz, ao julgá-las, sensibilizar-se
diante da limitação da reserva do possível do Estado, especialmente da previsão orçamentária e da
disponibilidade financeira.
III - O Poder Judiciário não pode impor à administração pública o fornecimento de vaga em creche para
menor, sob pena de contaminação da separação das funções do Estado moderno.
Assinale a opção correta.
A) Nenhum item está certo.
B) Apenas o item I está certo.
C) Apenas o item II está certo.
D) Apenas os itens I e III estão certos.
E) Apenas os itens II e III estão certos.

Comentários

Vejamos cada um dos itens.

O item I está errado, pois o direito à educação é direito social fundamental e mais do que uma norma
programática, trata-se de um direito público subjetivo. Desta maneira, o legislador constitucional quis tornar
exigível a sua total efetividade. O direito à educação, pelo menos a fundamental, é parte da condição de
dignidade da pessoa humana e integra o que se chama de mínimo existencial.

O item II está incorreto, pois a reserva do possível não pode de forma alguma restringir a cláusula de direitos
fundamentais, de modo que o Estado não pode se negligenciar diante da concretização do direito
educacional.

O item III está errado, pois o Poder Judiciário pode sim impor à Administração Pública o fornecimento de
vaga em creche e isto não contamina de forma alguma a separação dos Poderes. Neste sentido, cite-se o
seguinte julgado:

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. DIREITO À EDUCAÇÃO INFANTIL PREVISTO NA


CONSTITUIÇÃO FEDERAL. CONTROVÉRSIA SOLVIDA PELA CORTE DE ORIGEM COM AMPARO
EM FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA
282/STF. DISPONIBILIZAÇÃO DE VAGA PARA CRIANÇAS EM CRECHE.

7. Se é certo que ao Judiciário recusa-se a possibilidade de substituir-se à Administração


Pública, o que contaminaria ou derrubaria a separação mínima das funções do Estado
moderno, também não é menos correto que, na nossa ordem jurídica, compete ao juiz
interpretar e aplicar a delimitação constitucional e legal dos poderes e deveres do
Administrador, exigindo-se, de um lado, cumprimento integral e tempestivo dos deveres
vinculados e, quanto à esfera da chamada competência discricionária, respeito ao due
process e às garantias formais dos atos e procedimentos que pratica.

Portanto, a alternativa correta é a letra A, pois nenhum item está correto.

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49. (CESPE/MPE-PI - 2019) O professor de uma escola suspeitou, durante a aula, de que um de seus
alunos, de doze anos de idade, estava sendo vítima de maus-tratos.
Nesse caso, o ECA determina que o caso seja obrigatoriamente reportado
a) ao Ministério Público.
b) ao conselho tutelar.
c) ao juízo da infância e da juventude.
d) à autoridade policial mais próxima.
e) ao centro especializado de assistência social mais próximo.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois está em total consonância com o previsto no
ECA:

Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou


degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente
comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras
providências legais.

Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao


Conselho Tutelar os casos de:

I - maus-tratos envolvendo seus alunos;

50. (CESPE/MPE-PI - 2019) De acordo com o ECA, considera-se uma forma de tratamento cruel ou
degradante
a) a lesão.
b) a humilhação.
c) o sofrimento físico.
d) o castigo.
e) a punição física.

Comentários

A alternativa B é a correta e o gabarito da questão. O ECA prevê que toda a criança e o adolescente devem
ser protegidos contra casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, tratamento cruel ou degradante e
maus-tratos (art. 13). E, em seu art. 18-A destrincha o que é considerado tratamento cruel ou degradante,
nos seguintes termos:

Art. 18-A. [...]

Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se:

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II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à


criança ou ao adolescente que:

a) humilhe; ou

b) ameace gravemente; ou

c) ridicularize.

51. (CESPE/MPE-PI - 2019) A respeito da colocação de criança ou adolescente em família substituta,


julgue os itens seguintes.
I – Pode ser padrinho ou madrinha pessoa maior de dezoito anos não inscrita nos cadastros de adoção, desde
que cumpra os requisitos do programa de apadrinhamento de que faz parte.
II – Para que um adolescente seja colocado em família substituta, ele sempre deverá ser ouvido previamente
por equipe interprofissional, o que faz que sua opinião seja terminativa para a realização do ato.
III – Em regra, o deferimento da guarda de criança a terceiros faz cessar o dever dos pais de prestar alimentos
e o direito a visitas.
IV – O falecimento do adotante no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença, desde que ele
tenha apresentado inequívoca manifestação de vontade sobre o ato, não obsta que seja a adoção deferida.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e IV estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Apenas os itens III e IV estão certos.

Comentários

O item I está correto, pois é transcrição de dispositivo do ECA:

Art. 19-B. [...]

§ 2º Podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores de 18 (dezoito) anos não inscritas
nos cadastros de adoção, desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de
apadrinhamento de que fazem parte.

O item II está errado, porque, no tocante à colocação em família substituta, a criança/adolescente será
ouvida sempre que possível e sua opinião será considerada (e não terminativa), nos termos do art. 28, §1º,
do ECA.

O item III está errado, pois, de acordo com o art. 33 do ECA,

Art. 33. [...]

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§4º Salvo expressa e fundamentada determinação em contrário, da autoridade judiciária


competente, ou quando a medida for aplicada em preparação para adoção, o deferimento
da guarda de criança ou adolescente a terceiros não impede o exercício do direito de visitas
pelos pais, assim como o dever de prestar alimentos, que serão objeto de regulamentação
específica, a pedido do interessado ou do Ministério Público.

O item IV está correto, uma vez que vai ao encontro do que preconiza o ECA:

Art. 42. [...]

§6º A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de
vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença.

Assim, a alternativa C é a correta e gabarito da questão.

52. (CESPE/TJ-BA - 2019) Com referência a adoção, guarda, medidas pertinentes aos pais ou
responsáveis e direitos fundamentais da criança e do adolescente, julgue os itens a seguir.
I A princípio, para a constatação da adoção à brasileira, o estudo psicossocial da criança, do pai registral e da
mãe biológica não se mostra imprescindível.
II A omissão na lei previdenciária impede que os infantes recebam pensão por morte do guardião, uma vez
que, pelo critério da especialidade, não basta a norma prevista no ECA que declara a condição de dependente
de crianças e adolescentes, porque ela se afigura como meramente programática.
III O descumprimento da obrigação de prestação material do pai que dispõe de recursos ao filho gera a
responsabilização do genitor e o seu dever de pagamento de indenização por danos morais.
IV Diante da efetiva comprovação de hipossuficiência financeira do genitor, o juiz deverá deixar de aplicar
multa por descumprimento dos deveres inerentes ao poder familiar, tendo em vista o seu caráter
exclusivamente preventivo e pedagógico.
Estão certos apenas os itens
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.

Comentários

Vejamos cada item:

De acordo com o entendimento do STJ, para a constatação da adoção à brasileira, em princípio, o estudo
psicossocial da criança, do pai registral e da mãe biológico não se mostra necessário. Deste modo, o ITEM I
está correto.

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Por oportuno, registre-se, contudo, que o STJ, no ano de 2018, em um julgado específico, entendeu que para
constatação da “adoção à brasileira”, em princípio, o estudo psicossocial da criança, do pai registral e da
mãe biológica não se mostra necessário. Contudo, se o reconhecimento da “adoção à brasileira” foi fator
preponderante para a destituição do poder familiar, a realização da perícia se mostra imprescindível para
aferição da presença de causa para a excepcional medida de destituição e para constatação de existência de
uma situação de risco para a infante, caracterizando cerceamento de defesa o seu indeferimento (Info 624).

CUIDADO! Podem ser cobradas questões acerca do tema e, dependendo do modo como o enunciado seja
construído, a alternativa estará correta:

(C) A princípio, para a constatação da adoção à brasileira, o estudo psicossocial da criança, do pai registral e da mãe
biológica é prescindível.

(C) Para que haja a decretação da perda do poder familiar da mãe biológica em razão suposta entrega da filha para
adoção irregular (“adoção à brasileira”) é indispensável a realização do estudo social e avaliação psicológica das
partes litigantes.

O item II está incorreto, pois, o STJ entendeu que o menor sob guarda tem direito à concessão do benefício
de pensão por morte do seu mantenedor, comprovada sua dependência econômica, nos termos do art. 33,
§ 3º, do ECA, ainda que o óbito do instituidor da pensão seja posterior à vigência da Medida Provisória
1.523/96, reeditada e convertida na Lei n. 9.528/97. Funda-se essa conclusão na qualidade de lei especial do
Estatuto da Criança e do Adolescente (8.069/90), frente à legislação previdenciária (Info 595 e 619).

O item III está correto, pois se encontra em consonância com o entendimento do STJ no sentido de que a
omissão voluntária e injustificada do pai quanto ao amparo MATERIAL do filho, não proporcionando a este
condições dignas de sobrevivência e causando danos à sua integridade física, moral, intelectual e psicológica,
gera danos morais, passíveis de compensação pecuniária, nos termos do art. 186 do Código Civil (Info
609/STJ).

Por fim, o item IV está errado, pois vai de encontro com a redação da Súmula 636 do STJ que afirma que a
hipossuficiência financeira ou a vulnerabilidade familiar não é suficiente para afastar a multa pecuniária
prevista pelo descumprimento, doloso ou culposo, dos deveres inerentes ao poder familiar, de tutela, de
guarda, ou determinados pela autoridade judiciária ou o Conselho Tutelar.

Assim, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

53. (CESPE/DPE-PE - 2018) Acerca dos institutos guarda, tutela e adoção, previstos no ECA, assinale a
opção correta.
a) A morte dos adotantes restabelece o poder familiar dos pais naturais se estes ainda estiverem vivos e não
lhes tiver sido destituído o poder familiar.
b) O tutor nomeado por testamento deverá, no prazo de trinta dias após a abertura da sucessão, registrar
no cartório competente a sua anuência, sendo dispensada a análise judicial.
c) Em caso de adoção por pessoa ou casal residente fora do Brasil, o estágio de convivência cumprido no
território nacional poderá ser dispensado, desde que comprovado o exercício de guarda de fato.

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d) O deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros impossibilita o exercício do direito de visita


dos pais e extingue o dever de prestar alimentos.
e) Divorciados podem adotar conjuntamente, desde que haja acordo sobre a guarda e o regime de visitas e
desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do casamento e seja comprovada a
existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor da guarda.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 49, do ECA, a morte dos adotantes não restabelece o
poder familiar dos pais naturais.

A alternativa B está incorreta. O art. 37, da Lei nº 8.069/90, estabelece que o tutor nomeado por testamento
deverá, no prazo de 30 dias após a abertura da sucessão, ingressar com pedido destinado ao controle judicial
do ato.

A alternativa C está incorreta. Vejamos o que dispõe o §3º, do art. 46, da referida Lei:

§ 3o Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País, o estágio
de convivência será de, no mínimo, 30 (trinta) dias e, no máximo, 45 (quarenta e cinco)
dias, prorrogável por até igual período, uma única vez, mediante decisão fundamentada da
autoridade judiciária.

Conforme se nota, o estágio de convivência não poderá ser dispensado.

A alternativa D está incorreta. O §4º, do art. 33, do ECA, prevê que o deferimento da guarda de criança ou
adolescente a terceiros não impede o exercício do direito de visitas pelos pais, assim como o dever de prestar
alimentos.

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, nos termos do art. 42, §4º, da Lei nº 8.069/90:

§ 4o Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar


conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o
estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de convivência e que
seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não
detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão.

54. (CESPE/DPE-PE - 2018) A respeito do poder familiar dos pais, assinale a opção correta.
a) A condenação criminal do pai ou da mãe implica a destituição automática do poder familiar, especialmente
no caso de condenação por crime doloso sujeito à pena de reclusão praticado contra o próprio filho ou filha.
b) O poder familiar será exercido apenas pelo pai, a quem compete prover o sustento e o bem-estar da
família.
c) O fato de a mãe e o pai terem direitos iguais e deveres e responsabilidades compartilhados no cuidado e
na educação da criança implica que apenas as crenças e culturas que lhes sejam comuns deverão ser
transmitidas às crianças.

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d) A perda do poder familiar poderá ser decretada pelo conselho tutelar do município no caso de
descumprimento injustificado dos deveres de sustento, guarda e educação dos filhos.
e) A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do
poder familiar; nesse caso, a família deverá ser incluída em serviços e programas oficiais de proteção, apoio
e promoção.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o §2º, do art. 23, do ECA, a condenação criminal do pai ou da
mãe não implicará a destituição do poder familiar, exceto na hipótese de condenação por crime doloso
sujeito à pena de reclusão contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar ou contra filho, filha
ou outro descendente.

A alternativa B está incorreta. O art. 21, da Lei nº 8.069/90, prevê que o poder familiar será exercido, em
igualdade de condições, pelo pai e pela mãe.

A alternativa C está incorreta. Com base no art. 22, da referida Lei, a mãe e o pai, ou os responsáveis, têm
direitos iguais e deveres e responsabilidades compartilhados no cuidado e na educação da criança, devendo
ser resguardado o direito de transmissão familiar de suas crenças e culturas.

A alternativa D está incorreta, pois a perda e a suspensão do poder familiar serão decretadas judicialmente.
É o que dispõe o art. 24, do ECA:

Art. 24. A perda e a suspensão do poder familiar serão decretadas judicialmente, em


procedimento contraditório, nos casos previstos na legislação civil, bem como na hipótese
de descumprimento injustificado dos deveres e obrigações a que alude o art. 22.

A alternativa E está correta e ó gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 23, caput e §1º, da Lei nº
8.069/90:

Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a
perda ou a suspensão do poder familiar.

§ 1o Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a criança
ou o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente
ser incluída em serviços e programas oficiais de proteção, apoio e promoção.

55. (CESPE/Procurador do Município de João Pessoa - 2018) Caso ocorram violações às regras de
apadrinhamento de criança e adolescente, os responsáveis pelo programa e pelos serviços de acolhimento
deverão imediatamente
a) suspender o ato de apadrinhamento.
b) instaurar processo administrativo para apuração da falta.
c) comunicar o fato ao Ministério Público.
d) notificar o fato à autoridade judiciária competente.

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e) proibir o contato da criança com o representante do apadrinhador.

Comentários

A questão cobra o conhecimento do §6º, art. 19-B, do ECA. Vejamos:

§ 6o Se ocorrer violação das regras de apadrinhamento, os responsáveis pelo programa e


pelos serviços de acolhimento deverão imediatamente notificar a autoridade judiciária
competente.

Assim, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

56. (CESPE/TJ-CE - 2018) Considerando o disposto no ECA e a jurisprudência do STJ acerca da adoção
unilateral, assinale a opção correta.
A) Nessa espécie de adoção, há ruptura total da relação entre o adotado e seus pais biológicos, substituindo-
se a linha biológica originária do adotado para todos os efeitos, inclusive os civis.
B) Caso o poder familiar de um dos genitores do adotando seja destituído, será necessária consulta ao grupo
familiar estendido, a fim de a adoção unilateral ser concluída.
C) Mesmo depois de transitada em julgado a sentença de adoção unilateral, é possível a sua revogação em
razão de arrependimento do adotado, em favor do melhor interesse dele.
D) O objeto da adoção unilateral é o menor completamente desassistido, cuja percepção de pertencimento
familiar é impactada pelo próprio processo de adoção.
E) O adotado unilateralmente por cônjuge pode, ao atingir a maioridade, requisitar a revogação da adoção
por não mais ter interesse nela.

Comentários

A adoção unilateral, ou adoção por cônjuge, é aquela adoção que ocorre por um dos cônjuges, em relação
ao filho do outro. Nesse tipo de adoção, cuja característica principal é, justamente, a não ruptura total da
relação entre o adotado e seus pais biológicos, uma vez que um deles permanece no exercício do poder
familiar, mesmo depois de transitada em julgado a sentença, é possível a sua revogação em razão do
arrependimento do adotado, em favor do melhor interesse dele. Isso foi o que disse o STJ, no Informativo
608, de 2017. Vale a pena dar uma lida na decisão, tendo em vista a sua didática e completude:

“PROCESSUAL CIVIL. CIVIL. RECURSO ESPECIAL. ADOÇÃO UNILATERAL. REVOGAÇÃO.


POSSIBILIDADE.

1. A adoção unilateral, ou adoção por cônjuge, é espécie do gênero adoção, que se


distingue das demais, principalmente pela ausência de ruptura total entre o adotado e os
pais biológicos, porquanto um deles permanece exercendo o Poder Familiar sobre o menor,
que será, após a adoção, compartilhado com o cônjuge adotante.

2. Nesse tipo de adoção, que ocorre quando um dos ascendentes biológicos faleceu, foi
destituído do Poder Familiar, ou é desconhecido, não há consulta ao grupo familiar

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estendido do ascendente ausente, cabendo tão-só ao cônjuge supérstite decidir sobre a


conveniência, ou não, da adoção do filho pelo seu novo cônjuge⁄companheiro.

3. Embora não se olvide haver inúmeras adoções dessa natureza positivas, mormente
quando há ascendente - usualmente o pai - desconhecidos, a adoção unilateral feita após
o óbito de ascendente, com o conseqüente rompimento formal entre o adotado e parte de
seu ramo biológico, por vezes, impõe demasiado sacrifício ao adotado.

4. Diante desse cenário, e sabendo-se que a norma que proíbe a revogação da adoção é,
indisfarçavelmente, de proteção ao menor adotado, não pode esse comando legal ser
usado em descompasso com seus fins teleológicos, devendo se ponderar sobre o acerto de
sua utilização, quando reconhecidamente prejudique o adotado.

5. Na hipótese sob exame, a desvinculação legal entre o adotado e o ramo familiar de seu
pai biológico, não teve o condão de romper os laços familiares preexistentes, colocando o
adotado em um limbo familiar, no qual convivia intimamente com os parentes de seu pai
biológico, mas estava atado, legalmente, ao núcleo familiar de seu pai adotivo.

6. Nessas circunstâncias, e em outras correlatas, deve preponderar o melhor interesse da


criança e do adolescente, que tem o peso principiológico necessário para impedir a
aplicação de regramento claramente desfavorável ao adotado - in casu, a vedação da
revogação da adoção - cancelando-se, assim, a adoção unilateral anteriormente
estabelecida.

7. Recurso provido para para, desde já permitir ao recorrente o restabelecimento do seu


vínculo paterno-biológico, cancelando-se, para todos os efeitos legais, o deferimento do
pedido de adoção feito em relação ao recorrente.” (STJ. 3ª Turma. REsp 1.545.959-SC, Rel.
Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, Rel. para acórdão Min. Nancy Andrighi, julgado em
6/6/2017).

Apenas para relembrar, a vedação da revogação da adoção é aquela que consta do art. 39, § 1º, do ECA.
Confiram:

Art. 39. A adoção de criança e de adolescente reger-se-á segundo o disposto nesta Lei.

§ 1o A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando


esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou
extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei.

Disso, podemos depreender que está correta a alternativa C, gabarito da questão.

Vejamos o erro das demais alternativas:

A alternativa A está incorreta, porque, como vimos, na adoção unilateral, não há que se falar em “ruptura
total da relação entre o adotado e seus pais biológicos”.

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A alternativa B está incorreta, uma vez que essa exigência não consta da lei ou da jurisprudência. Ao
contrário. Disse o STJ na decisão:

“Nesse tipo de adoção, que ocorre quando um dos ascendentes biológicos faleceu, foi
destituído do Poder Familiar, ou é desconhecido, não há consulta ao grupo familiar
estendido do ascendente ausente, cabendo tão-só ao cônjuge supérstite decidir sobre a
conveniência, ou não, da adoção do filho pelo seu novo cônjuge⁄companheiro” (STJ. 3ª
Turma. REsp 1.545.959-SC, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, Rel. para acórdão Min.
Nancy Andrighi, julgado em 6/6/2017).

A alternativa D está incorreta, porque, como vimos, não há aqui um “menor completamente desassistido”.
O que falta a ele é, apenas, um dos genitores.

E a alternativa E está incorreta, uma vez que o vínculo que se forma com a adoção não pode ficar ao sabor
do interesse do adotado, como quer dizer o enunciado.

57. (CESPE/MPE-RR - 2017) Segundo o ECA, “A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e
cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção,
disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos
responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa
encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.” Nesse sentido, entende-se por
I castigo físico a ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a criança
ou o adolescente e que lhes cause sofrimento físico ou lesão.
II tratamento cruel ou degradante a conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao
adolescente que lhes humilhe, ameace gravemente ou ridicularize.
III tratamento cruel ou degradante a alienação parental praticada por um dos genitores, por ser uma forma
de humilhar a criança ou o adolescente.
Assinale a opção correta.
a) Nenhum item está certo.
b) Apenas o item III está certo.
c) Apenas os itens I e II estão certos.
d) Todos os itens estão certos.

Comentários

A questão exige o conhecimento do art. 18-A, do Estatuto da Criança e do Adolescente. Vejamos:

Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de
castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina,
educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada,
pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por
qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.

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Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se:

I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física
sobre a criança ou o adolescente que resulte em:

a) sofrimento físico; ou

b) lesão;

II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à


criança ou ao adolescente que:

a) humilhe; ou

b) ameace gravemente; ou

c) ridicularize.

Vamos analisar cada um dos itens.

O item I está correto, com base no art. 18-A, I.

O item II está correto, com base no art. 18-A, II.

Por fim, o item III está incorreto, pois traz o conceito errado de tratamento cruel ou degradante.

Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

58. (CESPE/MPE-RR - 2017) Com base na legislação relativa às crianças e aos adolescentes, julgue os
itens que se seguem.
I A criança e o adolescente têm o direito de ser criados em suas famílias naturais, embora, em determinados
momentos, possa ser necessária sua colocação em família substituta.
II A guarda pressupõe a obrigação da prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou ao
adolescente, e o seu detentor poderá opor-se a terceiros, destes excetuados os pais da criança ou do
adolescente.
III A tutela pressupõe a prévia perda do poder familiar, mas nem sempre implicará o dever de guarda.
IV Além de ser orientada pelo princípio do melhor interesse da criança ou do adolescente, a adoção deverá
representar real vantagem para o adotando e fundar-se em motivos legítimos.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) III e IV.

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Comentários

Vamos analisar cada um dos itens.

O item I está correto, pois é o que dispõe o art. 19, da Lei nº 8.069/90:

Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família
e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e
comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.

O item II está incorreto. De acordo com o art. 33, da referida Lei, a guarda obriga a prestação de assistência
material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a
terceiros, inclusive aos pais.

O item III está incorreto. O parágrafo único, do art. 36, do ECA, prevê que o deferimento da tutela pressupõe
a prévia decretação da perda ou suspensão do poder familiar e implica necessariamente o dever de guarda.

Por fim, o item IV está correto, conforme estabelece o art. 43, do Estatuto da Criança e do Adolescente:

Art. 43. A adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e
fundar-se em motivos legítimos.

Desse modo, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

59. (CESPE/TCE-PA - 2016) Julgue o item subsecutivo, acerca do Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA).
A participação na vida política e a prática de esportes são consideradas aspectos do direito à liberdade do
adolescente.

Comentários

A assertiva está correta, pois é o que dispõe o art. 16, IV e VI, do Estatuto da Criança e do Adolescente:

Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:

I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições
legais;

II - opinião e expressão;

III - crença e culto religioso;

IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;

V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;

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VI - participar da vida política, na forma da lei;

VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.

60. (CESPE/SEDF - 2017) À luz do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) — Lei n.º 8.069/1990 — e
da CF, julgue o item seguinte.
Situação hipotética: Lorena, que tem dez anos de idade, relatou à sua professora que está sofrendo maus-
tratos em casa. Assertiva: Nesse caso, a professora deverá relatar o episódio ao diretor da escola; este, por
sua vez, terá de, imediatamente, comunicar o caso ao conselho tutelar, sendo o injustificável retardamento
e(ou) a omissão puníveis na forma estabelecida no ECA.

Comentários

A assertiva está correta. Com base no art. 56, I, do ECA, os dirigentes de estabelecimentos de ensino
fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de maus-tratos envolvendo seus alunos.

61. (CESPE/TCE-PA - 2016) Julgue o item subsecutivo, acerca do Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA).
É responsabilidade dos pais ou responsáveis matricular seus filhos na rede regular de ensino, devendo os
dirigentes de estabelecimentos de ensino comunicar ao conselho tutelar os casos de reiteração de faltas
injustificadas.

Comentários

A assertiva está correta, pois é o que dispõe o art. 55, combinado com o art. 56, II, ambos do ECA:

Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede
regular de ensino.

Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao


Conselho Tutelar os casos de:

II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;

62. (CESPE/SEDF - 2017) À luz do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) — Lei n.º 8.069/1990 — e
da CF, julgue o item seguinte.
Situação hipotética: Maurício completou quatorze anos de idade e deseja trabalhar, mas não quer abandonar
seus estudos. Assertiva: Nesse caso, o direito de proteção especial permite que Maurício seja admitido ao
trabalho, cabendo ao Estado garantir seu acesso à escola.

Comentários

A assertiva está correta. De acordo com o art. 54, VI, do ECA, é dever do Estado assegurar à criança e ao
adolescente oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador.

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Além disso, o art. 65, da referida Lei, estabelece que ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são
assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários.

63. (CESPE/INSS - 2016) Com fundamento no Estatuto do Idoso e no ECA, julgue o item subsequente.
O acolhimento familiar configura medida de proteção de caráter definitivo da criança e do adolescente.

Comentários

A assertiva está incorreta.

De fato, o acolhimento familiar é uma medida de proteção. Contudo, não possui caráter definitivo.

Vejamos o § 1º, do art. 101, do ECA.

§ 1º O acolhimento institucional e o acolhimento familiar são medidas provisórias e


excepcionais, utilizáveis como forma de transição para reintegração familiar ou, não sendo
esta possível, para colocação em família substituta, não implicando privação de liberdade.

Note que o acolhimento familiar, tal como o acolhimento institucional, é uma medida provisória e
excepcional.

64. (CESPE/MPE-RR - 2017) De acordo com os princípios orientadores do direito da criança e do


adolescente, em favor deles deve ser dada primazia em todas as esferas de interesse, seja no campo
judicial, extrajudicial, administrativo, social ou familiar. Tal tratamento não comporta questionamentos
ou ponderações, pois foi essa a escolha nacional por meio do legislador constituinte. De acordo com a
doutrina, tal primazia corresponde ao princípio
a) da municipalização.
b) da prevenção especial.
c) da prioridade absoluta.
d) do interesse superior da criança e do adolescente.

Comentários

De acordo com o art. 4º, do ECA, é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder
público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Além disso, veja o que determina o art. 227, da CF/88:

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente


e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação,
ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência

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familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,


discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

Desse modo, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

VUNESP

65. (VUNESP/Pref Itapevi - 2019) Conforme o artigo 3º da Lei nº 8.069, de 1990, a criança e o
adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da
proteção integral de que trata essa Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e
social, em condições de
a) autonomia e independência.
b) liberdade e dignidade.
c) sociabilidade e emancipação.
d) diversidade e inclusão.
e) respeito e convivência.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o caput do art. 3º do Estatuto da
Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90): "A criança e o adolescente gozam de todos os direitos
fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei,
assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar
o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade."

As alternativas A, C, D e E estão incorretas, pois não correspondem à previsão legal objeto da questão.

66. (VUNESP/Pref Itapevi - 2019) Enquanto o antigo Código de Menores destinava-se somente àqueles
em situação irregular ou inadaptados, a Lei nº 8.069/90 reconhece o direito de todas as crianças e
adolescentes à cidadania, independentemente de classe social. No Código havia um caráter
discriminatório, que associava a pobreza à delinquência, encobrindo as reais causas das dificuldades
vividas por esse público. Diferentemente, no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) os direitos
adquiridos têm um caráter universal. Define o ECA, em seu art. 3º, que criança e o adolescente gozam de
todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros
meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral,
espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade, sem prejuízo
a) do cumprimento de deveres.
b) do acesso específico.
c) da proteção integral.

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d) das conquistas do Código.


e) da conduta adequada.

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o caput do art. 3º do Estatuto da
Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90): "A criança e o adolescente gozam de todos os direitos
fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei,
assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar
o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade."

As alternativas A, B, D e E estão incorretas, pois não correspondem à previsão legal objeto da questão.

67. (VUNESP/TRANSERP - 2019) O cuidado com as crianças vítimas de violência sexual sem integração,
de fato, com a rede de atenção, implica não se comprometer com o real enfrentamento do problema nos
âmbitos individual e coletivo. O Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente estabelece a
estruturação desse cuidado a partir da articulação e integração em rede das instâncias públicas
governamentais e da sociedade civil. Nessa perspectiva, é correto afirmar que o assistente social é um elo
nessa rede que, por meio de sua relação de horizontalidade com outros profissionais e instituições, pode
contribuir para o planejamento e a execução de programas e ações mais amplas de
a) proteção.
b) culpabilização.
c) adequação.
d) compensação.
e) averiguação.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A doutrina da proteção integral, prevista no art. 1º
do ECA, é norte para todas as políticas públicas e medidas destinadas às crianças e adolescentes. O assistente
social, por meio de sua efetiva atuação profissional, contribui para a concretização de programas e ações de
proteção a essa parcela da população.

As alternativas B, C, D e E estão incorretas, pois não se apresentam como medidas perfeitamente alinhadas
ao Estatuto da Criança e do Adolescente.

68. (VUNESP/Pref Peruíbe - 2019) Em relação às disposições preliminares do Estatuto da Criança e do


Adolescente – ECA, assinale a alternativa correta.
a) O ECA adota como princípio geral a proteção da situação singular e individual do menor de dez anos.
b) O ECA adota como princípio fundamental a proteção integral à criança e ao adolescente.
c) Os casos expressos no ECA não se aplicam às pessoas de 21(vinte e um) anos de idade, mesmo que
excepcionalmente.

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d) Para os fins do ECA, considera-se adolescente a pessoa a partir dos 13 (treze) anos de idade.
e) Na interpretação do ECA, deverá ser levado em conta apenas os fins individuais de cada criança ou
adolescente a que ele se dirige.

Comentários

A alternativa A está incorreta. Como visto acima, o ECA adota a proteção integral à criança e ao adolescente.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A previsão da proteção integral abre o texto do
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90): “Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança
e ao adolescente.”

A alternativa C está incorreta. A previsão do parágrafo único do art. 2º do ECA é exatamente oposta à
apresentada na alternativa: “Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas
entre dezoito e vinte e um anos de idade.”

A alternativa D está incorreta. De acordo com o caput do art. 2º do Estatuto: “Considera-se criança, para os
efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito
anos de idade.”

A alternativa E está incorreta. Nos termos do art. 6º do ECA: “Na interpretação desta Lei levar-se-ão em
conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e
coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.”

69. (VUNESP/Pref Cerquilho - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069/90, é
específica para a proteção integral a um grupo de pessoas mais vulneráveis, que são as crianças e os
adolescentes. Nesse grupo estão inseridas crianças
a) de até 12 anos de idade incompletos, e adolescentes aqueles entre 12 e 18 anos de idade.
b) de até 10 anos de idade completos, e adolescentes aqueles entre 11 e 21 anos. E, excepcionalmente, as
pessoas cuja idade mental não ultrapassou os 10 anos.
c) entre 1 e 7 anos completos, pré-adolescentes dos 8 aos 12 anos e adolescentes dos 13 aos 21 anos (24 se
estiver estudando).
d) que se encontram na faixa etária de 0 a 15 anos e adolescentes na faixa etária compreendida entre 16 e
21 anos.
e) que, independentemente da idade, sejam incapazes de exercer uma atividade remunerada, e
adolescentes, que são todos os indivíduos até 24 anos capazes de exercer uma atividade remunerada, mas
que ainda residem na casa dos pais.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O conceito legal de criança e adolescente está
expresso no caput do art. 2º do Estatuto da Criança e do Adolescente: “Considera-se criança, para os efeitos
desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de
idade.”

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As alternativas B, C, D e E estão incorretas, pois não correspondem à previsão legal objeto da questão.

70. (VUNESP/Pref Cerquilho - 2019) Para os efeitos do Estatuto da Criança e do Adolescente, considera-
se criança a pessoa até 12 (doze) anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre 12 (doze) e 18
(dezoito) anos de idade, mas
a) o juiz poderá alterar essa definição legal, desde que seja para beneficiar a criança ou o adolescente
infrator.
b) as medidas socioeducativas não se submetem a essa regra quando tiverem por escopo garantir a proteção
do seu destinatário.
c) essas regras legais poderão ser afastadas pela Justiça da Infância e da Juventude quando se tratar de casos
de grande repercussão que demandem tratamento diferenciado.
d) o Estatuto poderá ser aplicado, independentemente da idade, ao adulto que cometer ato infracional
considerado grave.
e) aplica-se, excepcionalmente, o Estatuto às pessoas entre 18 (dezoito) e 21 (vinte e um) anos de idade,
nos casos expressos em lei.

Comentários

A alternativa A está incorreta. Não há qualquer previsão legal nesse sentido e o juiz deve aplicar o Estatuto
nos exatos termos em que este define criança e adolescente.

A alternativa B está incorreta. As medidas socioeducativas devem ser aplicadas conforme as disposições do
Estatuto quanto à idade da criança e do adolescente.

A alternativa C está incorreta. Não há qualquer previsão legal nesse sentido.

A alternativa D está incorreta. O artigo 2º e o parágrafo único do Estatuto delimitam sua aplicação às
crianças, adolescentes e, excepcionalmente, aos maiores de idade entre 18 e 21 anos, ficando restrito aos
casos expressos em lei.

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Trata-se da previsão do parágrafo único do art. 2º do
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90): “Nos casos expressos em lei, aplica-se
excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.”

71. (VUNESP/SEMAE PIRACICABA - 2019) A criança deve estar plenamente preparada para o
desenvolvimento harmonioso de sua personalidade, crescer no seio da família, em um ambiente de
felicidade, amor e compreensão; deve, ainda, estar plenamente preparada para uma vida independente
na sociedade. Nesse sentido, determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no art. 5º, que
nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão, ferindo seus direitos fundamentais, sendo punido na forma da lei
qualquer atentado, por ação ou
a) premeditação.

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b) omissão.
c) vingança.
d) justiça.
e) determinação.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o texto positivado no art. 5º do
Estatuto da Criança e do Adolescente: “Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer
atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.”

As alternativas B, C, D e E estão incorretas pois não correspondem à previsão legal objeto da questão.

72. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) Ao se adotar os termos genéricos “criança” e “adolescente”, é


necessário explicitar quais são os indivíduos considerados criança e adolescente. Nesse sentido, a Lei
Federal nº 8.069/1990, ao fixar o estatuto da criança e do adolescente, estabelece que se considera criança
a pessoa
a) entre quatro e doze anos completos de idade, e adolescente, aquela entre treze e vinte anos completos
de idade.
b) até doze anos de idade incompletos, e adolescente, aquela entre doze e dezoito anos de idade.
c) cursando a educação infantil ou o ensino fundamental, e adolescente, aquela cursando o ensino médio.
d) que não é capaz de responder por seus atos, e adolescente, aquela que tem discernimento dos fatos e,
portanto, capaz de responder por seus atos.
e) inimputável perante a lei, isto é, não é capaz de entender uma conduta ilícita e, assim, não pode ser
penalizada; já o adolescente é uma pessoa imputável.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o caput do art. 2º do Estatuto da
Criança e do Adolescente: “Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade
incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.”

As alternativas A, C, D e E estão incorretas pois não correspondem à definição legal objeto da questão.

73. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) De acordo com o art. 6º do ECA, Lei Federal nº 8.069/1990, em sua
interpretação: “levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os
direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas
a) carentes”.
b) em desenvolvimento”.
c) em situação de risco”.

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d) vulneráveis socialmente”.
e) frágeis emocionalmente”.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Nos termos do art. 6º do Estatuto da Criança e do
Adolescente: “Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências
do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente
como pessoas em desenvolvimento.”

As alternativas A, C, D e E estão incorretas pois não correspondem à previsão legal objeto da questão.

74. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) Conforme o art. 4º da Lei Federal nº 8.069/1990, que trata do
Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do
Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação, entre outros, do direito à alimentação.
Desse modo, também as escolas devem servir alimentação nos horários determinados e de forma
orientada, pois, além de promover o desenvolvimento saudável, esse serviço é
a) parte do processo educativo.
b) um modo de liberar os pais dessa responsabilidade.
c) condição para que os educandos nunca sejam reprovados.
d) elemento necessário para garantir boa estatura aos alunos.
e) um dos meios de garantir que os alunos não tenham nenhuma doença.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A questão era meramente interpretativa, sem um
fundamento legal específico firmado em algum dispositivo do Estatuto da Criança e do Adolescente. Ao
estabelece uma rotina de alimentação, além de promover o desenvolvimento saudável (suprimento
adequado de nutrientes, aumento da imunidade, correto desenvolvimento corporal, base energética para
desenvolvimento de atividades etc.), a escola colabora no processo educativo das crianças e dos
adolescentes ali matriculados.

A alternativa B está incorreta. Como visto no próprio enunciado, o cuidado com crianças e adolescentes é
dever da família, comunidade, sociedade em geral e do Poder Público. Assim, ainda que a escola ofereça
refeições aos alunos, os pais continuarão obrigados a prover a sua alimentação.

A alternativa C está incorreta. Não há qualquer relação direta entre alimentação – reprovação.

A alternativa D está incorreta. Não necessariamente; sabe-se que a estatura é determinada, também, por
questões genéticas.

A alternativa E está incorreta. De fato, uma boa alimentação auxilia no sistema imunológico, mas não é
garantia de imunidade a toda e qualquer doença.

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75. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) De acordo o art. 4º da Lei Federal nº 8.069/1990, que trata do
Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do
Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação, entre outros, dos direitos referentes à
vida e à saúde. Nesse sentido, cabe, também à escola e a seus profissionais, desenvolver, junto às crianças,
atividades e hábitos de higiene,
a) usando medidas corretivas para que elas aprendam os hábitos de higiene rapidamente.
b) orientando-as para que elas os aprendam e os incorporem como parte de uma vida saudável.
c) priorizando apenas os hábitos de higiene bucal como os mais necessários a serem ensinados para todas
as crianças.
d) mantendo cobrança rigorosa e até punição, junto aos pais, para que eles se obriguem a ensinar, em casa,
os hábitos de higiene a seus filhos.
e) oferecendo cuidados de higiene para as crianças da creche e limitando-se a ensinar, aos alunos da pré-
escola e do ensino fundamental, apenas o asseio das mãos.

Comentários

A alternativa A está incorreta. A escola e seus profissionais não podem fazer uso de medidas corretivas.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A questão era meramente interpretativa, sem um
fundamento legal específico firmado em algum dispositivo do Estatuto da Criança e do Adolescente. Cabe à
escola e aos seus profissionais orientar, sem estabelecimento de punições, as crianças e adolescentes para
que adquiram hábitos de higiene como forma auxiliar à consecução de saúde e qualidade de vida.

A alternativa C está incorreta. Todos os hábitos de higiene são relevantes e deverão ser ensinados aos alunos
– crianças e adolescentes.

A alternativa D está incorreta. Não há qualquer fundamento legal para tal possibilidade.

A alternativa E está incorreta. A escola e seus profissionais devem buscar oferecer aos alunos, crianças e
adolescentes, o máximo de informações possíveis quanto à higiene (e não apenas o asseio das mãos).

76. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) Odila é iniciante na função de Auxiliar de Atendimento Educacional,
no município de Francisco Morato. Decidiu fazer um curso com noções básicas de primeiros socorros
porque observou que os alunos se machucam com frequência em sua unidade de trabalho e, segundo
verificou no art. 4º da Lei Federal nº 8.069/1990, Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever do Poder
Público, dentre outros participantes, assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação, dentre outros, dos
direitos referentes à vida, à saúde, ao esporte, ao lazer. Por sua vez, o parágrafo único desse artigo explicita
que a garantia de prioridade compreende
a) providência de socorro em unidade particular e só excepcionalmente em unidade pública.
b) aviso imediato aos pais para que eles ofereçam o socorro à criança.
c) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias.

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d) destinação de recursos públicos prioritariamente às áreas relacionadas com a proteção da juventude.


e) adoção de políticas públicas voltadas primeiramente às atividades esportivas e posteriormente às ações
da saúde.

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A garantia de prioridade está esmiuçada no parágrafo
único do art. 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente e prevê:

Art. 4º. Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:

a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;

b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;

c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;

d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à


infância e à juventude.

As alternativas A, B, D e E estão incorretas pois não encontram fundamento no parágrafo único do art. 4º
do Estatuto da Criança e do Adolescente.

77. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) O ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, estabelece, no art.
3º, que “a criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana,
sem prejuízo da proteção integral”, da qual ele trata, assegurando-se-lhes “todas as oportunidades e
facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições
de liberdade e de dignidade”. No parágrafo único desse artigo, acrescido em 2016, o ECA afirma que esses
direitos, os quais enuncia, “aplicam-se a todas as crianças e aos adolescentes, sem discriminação” de
nenhuma espécie. Considerando essa totalidade das crianças e dos adolescentes, à qual o ECA se refere,
Tomás e Eliene, Auxiliares de Atendimento Educacional no município de Francisco Morato,
compreenderam, corretamente que, ao atuarem na escola pública, na recepção a alunos com deficiência,
no auxílio do transporte de materiais e objetos pessoais,
a) privilegiam esses alunos porque só prestam esse atendimento a eles.
b) estão fazendo mais que sua obrigação porque desejam ajudar a quem precisa.
c) estão cumprindo ordens superiores, mas isso deveria ser obrigação dos pais ou de cuidadores.
d) participam da eliminação de barreiras ao acesso desses alunos a bens e serviços que lhes assegurem o
direito à educação.
e) substituem o educar pelo cuidar, desviando-se das atribuições legais do cargo de auxiliar de atendimento
educacional.

Comentários

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A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. A questão era meramente interpretativa, sem um
fundamento legal específico firmado em algum dispositivo do Estatuto da Criança e do Adolescente. No
entanto, para facilitar a compreensão, apresentamos o conceito de profissional de apoio escolar, previsto
no art. 3º, XIII do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015): “pessoa que exerce atividades de
alimentação, higiene e locomoção do estudante com deficiência e atua em todas as atividades escolares nas
quais se fizer necessária, em todos os níveis e modalidades de ensino, em instituições públicas e privadas,
excluídas as técnicas ou os procedimentos identificados com profissões legalmente estabelecidas.” Nota-se,
portanto, que Tomás e Eliene permitem que as barreiras sejam eliminadas (ou, ao menos, atenuadas) para
garantir aos alunos o direito à educação.

A alternativa A está incorreta. Os direitos das pessoas com deficiência não podem ser vistos como privilégios,
mas como mecanismos para atenuar ou eliminar as barreiras existentes e, assim, permitir que esses
indivíduos exerçam seus direitos em condições de igualdade com as demais pessoas.

A alternativa B está incorreta. Tomás e Eliene são auxiliares de atendimento educacional e, por isso, ajudar
os alunos nas suas mais diversas necessidades faz parte de suas atribuições.

A alternativa C está incorreta. O cuidado com a criança e o adolescente é de responsabilidade comum da


família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público, como previsto no caput do art. 4º do
ECA: “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta
prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao
lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária.”

A alternativa E está incorreta. Auxiliar os alunos na remoção de barreiras em nada substitui o educar pelo
cuidar.

78. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) A Lei Federal nº 8.069/90 (ECA), em seu art. 5º, determina que
“Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou
omissão, aos seus direitos fundamentais”. Tratando de tema correlacionado, o parágrafo único do art. 2º
da Lei Federal nº 13.185/2015, que institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying),
dispõe sobre a intimidação sistemática na rede mundial de computadores (cyberbullying), e coloca que
isso ocorre “quando se usarem os instrumentos que lhe são próprios para depreciar, incitar a violência,
adulterar fotos e dados pessoais com o intuito de criar meios de
a) passatempo.
b) ostentação.
c) divulgação de boatos.
d) constrangimento psicossocial.
e) obtenção de vantagem financeira.

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A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o parágrafo único do art. 2º da Lei nº
13.185/2015: “Há intimidação sistemática na rede mundial de computadores (cyberbullying), quando se
usarem os instrumentos que lhe são próprios para depreciar, incitar a violência, adulterar fotos e dados
pessoais com o intuito de criar meios de constrangimento psicossocial.”

As alternativas A, B, C e E estão incorretas pois não correspondem ao conceito legal previsto no parágrafo
único do art. 2º da Lei nº 13.185/2015.

79. (VUNESP/Pref São Roque - 2019) Conforme o artigo 4º, da Lei Federal nº 8.069/1990, Estatuto da
Criança e do Adolescente, é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público
assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida,
à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Entre outros elementos, a garantia de
prioridade compreende:
a) agilidade, no prazo máximo de vinte e quatro horas, em processos e decisões judiciais nos quais haja
criança envolvida.
b) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias.
c) destinação extemporânea de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à
juventude.
d) preterição na formulação e na execução das políticas sociais públicas para crianças e adolescentes.
e) postergação de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. O parágrafo único do art. 4º do Estatuto da Criança e
do Adolescente apresenta medidas concretizadoras da garantia de prioridade, dentre elas a primazia de
proteção e socorro:

Art. 4º. Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:

a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;

b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;

c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;

d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à


infância e à juventude.

As alternativas A, C, D e E estão incorretas pois não correspondem a medidas de garantia de prioridade das
crianças e adolescentes.

80. (VUNESP/Pref Itapevi - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069/1990, é
reconhecido internacionalmente como uma das mais avançadas legislações dedicadas à garantia dos

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direitos da população infanto-juvenil. De acordo com o art. 13 do ECA, os casos de suspeita ou confirmação
de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente, sem
prejuízo de outras providências legais, serão obrigatoriamente comunicados ao
a) responsável legal.
b) Conselho Tutelar.
c) Conselho de Direitos.
d) Delegado de polícia.
e) Juizado Especial.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 13 do Estatuto da Criança e do
Adolescente: “Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e
de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da
respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais.”

81. (VUNESP/TRANSERP - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente considera os casos de castigo


físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente como questões
de saúde e obriga sua comunicação ao Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais. De
acordo com o art. 13 (§ 2º) do ECA, os serviços de saúde em suas diferentes portas de entrada, os serviços
de assistência social em seu componente especializado, o Centro de Referência Especializado de
Assistência Social (Creas) e os demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do
Adolescente deverão conferir máxima prioridade ao atendimento das crianças na faixa etária da primeira
infância com suspeita ou confirmação de violência de qualquer natureza, formulando projeto terapêutico
singular que inclua intervenção em rede e, se necessário,
a) afastamento do agressor.
b) acompanhamento domiciliar.
c) busca ativa.
d) guarda compartilhada.
e) reintegração institucional.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Nos termos do §2º do art. 13 do Estatuto da Criança
e do Adolescente (Lei nº 8.069/90): “Os serviços de saúde em suas diferentes portas de entrada, os serviços
de assistência social em seu componente especializado, o Centro de Referência Especializado de Assistência
Social (Creas) e os demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente deverão
conferir máxima prioridade ao atendimento das crianças na faixa etária da primeira infância com suspeita
ou confirmação de violência de qualquer natureza, formulando projeto terapêutico singular que inclua
intervenção em rede e, se necessário, acompanhamento domiciliar.”

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82. (VUNESP/Pref Peruíbe - 2019) Nos termos do que disciplina o Estatuto da Criança e do Adolescente,
os profissionais que atuam no cuidado diário ou frequente de crianças na primeira infância receberão
formação específica e permanente para
a) a detecção de sinais de risco para o desenvolvimento psíquico.
b) a detecção de sinais de risco de negligência por parte da família.
c) o acompanhamento da família da criança.
d) a constante atualização de aplicação de atividades lúdicas.
e) o acompanhamento da escolarização.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O §3º do art. 11 do Estatuto da Criança e do


Adolescente (Lei nº 8.069/90) estabelece que “os profissionais que atuam no cuidado diário ou frequente de
crianças na primeira infância receberão formação específica e permanente para a detecção de sinais de risco
para o desenvolvimento psíquico, bem como para o acompanhamento que se fizer necessário.”

As alternativas B, C, D e E estão incorretas, uma vez que não correspondem à previsão legal objeto da
questão.

83. (VUNESP/Pref Peruíbe - 2019) Nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente, quando ocorrer
a suspeita ou a confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante contra crianças ou
adolescentes, sem prejuízo de outras providências legais, será
a) obrigatoriamente comunicado aos pais ou responsáveis legais.
b) facultativamente comunicado à autoridade policial competente.
c) obrigatoriamente comunicado ao Conselho Tutelar da respectiva localidade.
d) obrigatoriamente comunicado a qualquer Conselho Tutelar.
e) facultativamente comunicado ao Diretor da Escola onde estuda a criança ou o adolescente.

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Nos termos do caput do art. 13 do Estatuto da Criança
e do Adolescente (Lei nº 8.069/90): “Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento
cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados
ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais.”

As alternativas A, B, D e E estão incorretas, tendo em vista que não preenchem adequadamente o órgão
competente.

84. (VUNESP/Pref Peruíbe - 2019) A juíza Gladys Pinheiro, da Primeira Vara da Infância e Juventude da
Serra, alerta que tem recebido muitos casos de abusos que acontecem dentro de casa onde as crianças

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moram, segundo ela: “Os criminosos podem ser os próprios pais, ou amigos, padrastos, pessoas próximas
da família que nem se imagina que se trata de um pedófilo, um abusador.”
(https://www.gazetaonline.com.br/noticias/cidades/2018/06/escolas-saoobrigadas- a-relatar-maus-tratos-dizem-especialistas-
1014136792.html)

Ao tomar conhecimento da reportagem sobre o caso, uma professora procurou o secretário da escola e
confidenciou que estava desconfiada que um de seus alunos estava sendo vítima de maus-tratos. O
secretário, com fundamento no Estatuto da Criança e do Adolescente, orientou acertadamente a professora
a:
a) comunicar ao Conselho Tutelar os casos de suspeita de maus tratos que tenha conhecimento.
b) antes de qualquer providência, conversar com a criança para que ela confirme suas suspeitas.
c) manter sigilo da conversa, já que assuntos de natureza sexual não são afetos a sua função e você não tem
como ajudar.
d) procurar os pais ou responsáveis para conversar e confirmar ou não suas suspeitas.
e) por não se tratar de assunto do âmbito educacional, não deve se envolver na situação.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Trata-se da previsão contida no caput do art. 13 do
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90): “Os casos de suspeita ou confirmação de castigo
físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão
obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras
providências legais.”

As alternativas B, C, D e E estão incorretas, pois não correspondem ao tratamento legal dado à situação
apresentada no comando da questão.

85. (VUNESP/Pref Arujá - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei Federal nº
8.069/1990, trata dos direitos das crianças e adolescentes em todo o Brasil. A partir do Estatuto, crianças
e adolescentes brasileiros, sem distinção de raça, cor ou classe social, passaram a ser reconhecidos como
sujeitos de direitos e deveres, considerados como pessoas em desenvolvimento a quem se deve prioridade
absoluta do Estado. De acordo com previsões definidas no artigo 7º do ECA, a criança e o adolescente têm
direito a proteção à vida e à saúde, ao nascimento e ao desenvolvimento sadio e harmonioso, em
condições dignas de existência, mediante a efetivação de
a) políticas sociais públicas.
b) atendimento suplementar eficaz.
c) proteção familiar seletiva.
d) monitoramento de sua conduta.
e) estratégias adequadas de ação.

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A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Segundo o art. 7º do Estatuto da Criança e do


Adolescente (Lei nº 8.069/90): “A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante
a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e
harmonioso, em condições dignas de existência.”

As alternativas B, C, D e E estão incorretas, uma vez que não correspondem à previsão legal sobre o tema.

86. (VUNESP/Pref Arujá - 2019) Paula, professora de uma turma de 3 anos, percebeu que uma criança,
Aline, apresentou mudança de comportamento: chora ou se irrita com facilidade, isola-se e não aceita tirar
o casaco mesmo em dias quentes. Certo dia, ao convencer Aline a tirar o casaco, Paula percebeu uma
grande marca no ombro da criança. Ao observar melhor, foram constatadas inúmeras lesões pelo corpo
da menina, que chorava intensamente ao ser questionada sobre o que teria acontecido. Diante da
situação, Paula comunicou o fato à diretora da unidade escolar que agiu de acordo com o artigo 13, da Lei
Federal nº 8.069 de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), que entre outros, afirma:
a) Apenas os casos confirmados de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra
crianças serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem a
necessidade de outras providências legais pela instituição de ensino.
b) Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-
tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva
localidade, sem prejuízo de outras providências legais.
c) Os casos de suspeita e confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos
contra criança serão, se necessário, comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, após
conversa com a família e anuência dos responsáveis.
d) Os casos de suspeita de maus-tratos reiterados contra crianças serão comunicados ao Conselho Tutelar.
Os casos confirmados de maus-tratos e abusos devem ser obrigatoriamente encaminhados ao hospital
público mais próximo para que as autoridades policiais sejam acionadas.
e) Os casos de suspeita e confirmação de castigo físico e de maus-tratos contra criança serão comunicados
preferencialmente ao Conselho Tutelar e serão obrigatoriamente comunicados pelos responsáveis pela
instituição de ensino ao Ministério Público e à Secretaria Municipal de Educação.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Nos termos do caput do art. 13 do Estatuto da Criança
e do Adolescente (Lei nº 8.069/90): “Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento
cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados
ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais.” Note que o
dispositivo se refere aos casos de suspeita e de confirmação e que a comunicação ao Conselho Tutelar é
obrigatória.

As alternativas A, C, D e E estão incorretas, tendo em vista que não apresentam adequadamente a previsão
do Estatuto da Criança e do Adolescente.

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87. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) O art. 13 da Lei Federal nº 8.069/1990 determina que nos casos de
suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos, contra
criança ou adolescente, serão obrigatoriamente comunicados ao
a) Conselho Tutelar da capital do Estado, sem prejuízo de outras providências legais.
b) Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais.
c) Conselho Tutelar da capital do Estado, independentemente de quaisquer outros dispositivos legais.
d) Juizado de Menores da Capital do Estado, independentemente de quaisquer outros dispositivos legais.
e) Juizado de Menores da respectiva localidade, mesmo com prejuízo de outras providências legais.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Nos termos do caput do art. 13 do Estatuto da Criança
e do Adolescente (Lei nº 8.069/90): “Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento
cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados
ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais.” Note que o
dispositivo se refere aos casos de suspeita e de confirmação e que a comunicação ao Conselho Tutelar é
obrigatória.

As alternativas A, C, D e E estão incorretas, pois não apresentam adequadamente a previsão do Estatuto da


Criança e do Adolescente.

88. (VUNESP/Pref SJRP - 2019) O Estatuto da Criança do Adolescente (ECA), em vista do


desenvolvimento integral desse segmento, no cap. I, dedica especial atenção ao direito à vida e a saúde.
Nesse sentido, prevê a garantia desse direito mediante a efetivação de políticas sociais públicas que
permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso. Para tanto, o art. 11 do ECA define que
é assegurado acesso integral às linhas de cuidado voltadas à saúde da criança e do adolescente, por
intermédio do Sistema Único de Saúde (SUS), observado o princípio da equidade no acesso a ações e
serviços. O parágrafo 3º desse artigo, define que os profissionais, que atuam no cuidado diário ou
frequente de crianças na primeira infância, receberão formação específica e permanente para o
acompanhamento que se fizer necessário e para
a) a reparação de problemas amplos e de ordens diversas.
b) a convivência harmoniosa no ambiente escolar.
c) a plena e harmoniosa adaptação orgânica.
d) a detecção de sinais de risco para o desenvolvimento psíquico.
e) a superação e solução de desordens familiares.

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Conforme o §3º do art. 11 do Estatuto da Criança e
do Adolescente: “Os profissionais que atuam no cuidado diário ou frequente de crianças na primeira infância

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receberão formação específica e permanente para a detecção de sinais de risco para o desenvolvimento
psíquico, bem como para o acompanhamento que se fizer necessário.”

As alternativas A, B, C e E estão incorretas, tendo em vista que não representam a previsão legal do ECA.

89. (VUNESP/Pref Valinhos - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) dispõe sobre a
proteção integral à criança e ao adolescente. Os artigos 1º a 6º trazem regras e princípios a serem
observados quando da análise de todas as disposições nele contidas. Dentre outras previsões expressas
no ECA, é correto afirmar que é assegurado atendimento integral à saúde da criança e do adolescente, por
intermédio do Sistema Único de Saúde, garantido o acesso universal e igualitário às ações e aos serviços
para promoção, proteção e recuperação da saúde. Conforme determina o art. 12 do ECA, os
estabelecimentos de atendimento à saúde deverão proporcionar condições para a permanência de um
dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente,
a) em casos excepcionais.
b) em tempo integral.
c) conforme ordem médica.
d) a critério do gestor.
e) definido pelo grau de dependência.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Segundo o art. 12 do Estatuto da Criança e do


Adolescente (Lei nº 8.069/90): “Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as unidades
neonatais, de terapia intensiva e de cuidados intermediários, deverão proporcionar condições para a
permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou
adolescente.”

As alternativas A, C, D e E estão incorretas, pois não apresentam corretamente a previsão contida no ECA.

90. (VUNESP/Pref Valinhos - 2019) Ísis é maior de idade e, há um mês, deu à luz uma criança. No
entanto, como ela não tem condições de sustentar a sua prole, Ísis procurou a Guarda Civil de Valinhos
manifestando o interesse em entregar seu filho para adoção. Nessa hipótese, o Estatuto da Criança e do
Adolescente estabelece que a conduta da Guarda deverá ser a seguinte:
a) acompanhar Ísis e a criança até a Delegacia de Polícia para formalizar o ato de encaminhamento da criança
para adoção.
b) receber a criança, mediante o termo próprio, para o devido encaminhamento à autoridade competente,
e dispensar Ísis.
c) encaminhar Ísis à Justiça da Infância e da Juventude para os devidos procedimentos legais.
d) lavrar o competente boletim de ocorrência e comunicar o Ministério Público.
e) levar a criança para o Conselho Tutelar, que a encaminhará a um abrigo, e conduzir Ísis à presença do
Ministério Público.

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Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o §1º do art. 13 do Estatuto da Criança
e do Adolescente (Lei nº 8.069/90): “As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos
para adoção serão obrigatoriamente encaminhadas, sem constrangimento, à Justiça da Infância e da
Juventude.”

As alternativas A, B, D e E estão incorretas, posto que não apresentam o correto procedimento aplicado ao
caso hipotético apresentado no comando da questão.

91. (VUNESP/Pref Cerquilho - 2019) De acordo com o art. 11 do Estatuto da Criança e do Adolescente
(1990), é assegurado acesso integral às linhas de cuidado voltadas à saúde da criança e do adolescente,
por intermédio do Sistema Único de Saúde, observado o princípio da equidade no acesso a ações e serviços
para promoção, proteção e recuperação da saúde. Sabendo disso, os professores de uma creche
procuraram respeitar o disposto no parágrafo 3º do art. 11 desse estatuto, que trata dos profissionais que
atuam no cuidado diário ou frequente de crianças na primeira infância, conforme descrito a seguir:
Saulo: matriculou-se em um curso específico sobre tecnologias assistivas para aprender a utilizá-las com
crianças e adolescentes com deficiência.
Carlos: obteve formação específica e permanente para a detecção de sinais de risco para o desenvolvimento
psíquico da criança e do adolescente, bem como para o acompanhamento que se fizer necessário.
Ester: recebeu orientações gerais e esporádicas para reconhecimento de sinais de maus-tratos, castigo físico
e tratamento cruel e/ou degradante contra a criança e o adolescente.
Assinale a alternativa que indica o(s) professor(es) que seguiu(ram) fielmente o disposto no parágrafo 3 do
art. 11 do ECA.
a) Saulo, apenas.
b) Carlos, apenas.
c) Ester, apenas.
d) Carlos e Ester.
e) Saulo e Carlos.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. O §3º do art. 13 do Estatuto da Criança e do


Adolescente (Lei nº 8.069/90) prevê que os profissionais que atuam no cuidado diário ou frequente de
crianças na primeira infância receberão formação específica e permanente para a detecção de sinais de risco
para o desenvolvimento psíquico, bem como para o acompanhamento que se fizer necessário. Logo, Carlos
foi o único que seguiu fielmente o disposto no ECA.

92. (VUNESP/Pref Campinas - 2019) Para responder à questão, considere o relato a seguir.
Há cerca de 10 dias, E.S., 19 anos, trouxe seu filho de dois anos para fazer curativo em um ferimento na
perna. Ao realizar o procedimento, o enfermeiro observou que a criança estava muito assustada e arredia e
apresentava equimoses, em estágios diferentes, nas pernas, braços e tronco. Suspeitando tratar-se de um

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caso de maus tratos contra a criança, realizou visitas domiciliárias de acompanhamento constatando que o
pai e a mãe da criança faziam abuso do álcool, tornando-se agressivos. A presença de novas lesões no corpo
da criança, seu comportamento e o relato de vizinhos confirmaram as suspeitas iniciais do enfermeiro.
Frente a essa situação, de acordo com o estabelecido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, o
enfermeiro deve, obrigatoriamente, entre outras ações,
a) comunicar o Conselho Tutelar da localidade.
b) solicitar o acompanhamento da família por assistente social.
c) encaminhar o caso ao Núcleo de Apoio à Saúde da Família – NASF, para orientação e providências.
d) providenciar a remoção da criança para casa de parente próximo ou verificar a disponibilidade de vaga
em família substituta cadastrada na região para recebê-la.
e) encaminhar os pais a atendimento em centro de apoio a fim de avaliação e tratamento para o abuso do
álcool.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Prevê o caput do art. 13 do Estatuto da Criança e do
Adolescente (Lei nº 8.069/90): “Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel
ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao
Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais.”

As alternativas B, C, D e E estão incorretas, porque não apresentam o correto procedimento a ser adotado
pelo enfermeiro.

93. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) traz a concepção de
que crianças e adolescentes são sujeitos de direito e cidadãos em situação específica de desenvolvimento,
o que demanda um tipo de proteção especial e prioritária. Para garantir essa proteção, o Estatuto
concebeu um Sistema de Garantia de Direitos (SGD), que estabelece uma ampla parceria entre o Poder
Público e a sociedade civil. Conforme determina o art. 7º do ECA, a criança e o adolescente têm direito à
proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam, em condições
dignas de existência, o nascimento e o desenvolvimento sadio e
a) autônomo.
b) humano.
c) solidário.
d) harmonioso.
e) adequado.

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Nos termos do art. 7º do Estatuto da Criança e do
Adolescente (Lei nº 8.069/90): “A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante

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a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e


harmonioso, em condições dignas de existência.”

As alternativas A, B, C e E estão incorretas, posto que não apresentam corretamente a previsão legal acerca
do tema.

94. (VUNESP/TJ-RJ - 2019) Quanto ao direito à saúde e à vida da criança e do adolescente, à luz dos
artigos 7º e seguintes do Estatuto da Criança e do Adolescente, é correto afirmar que
a) o descumprimento das obrigações impostas pelo artigo 10 do Estatuto da Criança e do Adolescente
configura ilícito de natureza administrativa, nos termos do artigo 228 do mesmo diploma legal.
b) as gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos à adoção serão obrigatoriamente
encaminhadas à Justiça da Infância e da Juventude.
c) o fornecimento gratuito de medicamentos, próteses e outros recursos necessários ao tratamento,
habilitação ou reabilitação de crianças e adolescentes constitui obrigação do Poder Público e a reserva do
possível afasta interferência judicial no desempenho de políticas públicas na área da saúde, em caso de
descumprimento.
d) a assistência odontológica, com o fito de garantir a saúde bucal de crianças e adolescentes, representa
medida de respeito à integridade física da pessoa em desenvolvimento, e, por isso, não se aplica à gestante,
que será inserida em programa específico voltado à saúde da mulher.
e) a obrigação de manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, terá seu
prazo de dezoito anos reduzido ou dispensado, se as entidades hospitalares fornecerem declaração de
nascimento vivo, em que constem necessariamente as intercorrências do parto e do desenvolvimento do
neonato.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 228 do Estatuto, trata-se de crime e não de infração
administrativa.

Art. 228. Deixar o encarregado de serviço ou o dirigente de estabelecimento de atenção à


saúde de gestante de manter registro das atividades desenvolvidas, na forma e prazo
referidos no art. 10 desta Lei, bem como de fornecer à parturiente ou a seu responsável,
por ocasião da alta médica, declaração de nascimento, onde constem as intercorrências do
parto e do desenvolvimento do neonato:

Pena - detenção de seis meses a dois anos.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A alternativa apresenta o disposto no §1º do art. 13
do Estatuto da Criança e do Adolescente: “As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus
filhos para adoção serão obrigatoriamente encaminhadas, sem constrangimento, à Justiça da Infância e da
Juventude.”

A alternativa C está incorreta. Nos termos do §2º do art. 11 do ECA: “Incumbe ao poder público fornecer
gratuitamente, àqueles que necessitarem, medicamentos, órteses, próteses e outras tecnologias assistivas
relativas ao tratamento, habilitação ou reabilitação para crianças e adolescentes, de acordo com as linhas

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de cuidado voltadas às suas necessidades específicas.” O STF (RE 581.352, por exemplo) já teve a
oportunidade de pronunciar-se sobre a impossibilidade de o Poder Público alegar a reserva do possível para
justificar descumprimento de direitos fundamentais.

A alternativa D está incorreta. O §2º do art. 14 do Estatuto estabelece que o Sistema Único de Saúde
promoverá a atenção à saúde bucal das crianças e das gestantes, de forma transversal, integral e intersetorial
com as demais linhas de cuidado direcionadas à mulher e à criança. Nota-se, portanto, que a gestante
também terá acesso à atenção odontológica.

A alternativa E está incorreta. O inciso I do art. 10 do ECA prevê que os hospitais e demais estabelecimentos
de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados a manter registro das atividades
desenvolvidas, através de prontuários individuais, pelo prazo de dezoito anos e não explicita qualquer
hipótese de redução desse prazo.

95. (VUNESP/Pref Barretos - 2019) Sobre o Estatuto da Criança e do Adolescentes, assinale a alternativa
correta.
a) O SUS promoverá programas de assistência médica e odontológica para a prevenção das enfermidades
que ordinariamente afetam a população infantil, e campanhas de educação sanitária para pais, educadores
e alunos.
b) É facultativa a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias.
c) O SUS promoverá a atenção à saúde bucal das crianças e gestantes de baixa renda.
d) A criança com necessidade de cuidados odontológicos especiais será atendida em clínicas conveniadas
pelo SUS.
e) É obrigatória a aplicação a todas as crianças, nos seus primeiros seis meses de vida, de protocolo com a
finalidade de facilitar a detecção de risco para o seu desenvolvimento psíquico.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A alternativa está em conformidade com o caput do
art. 14 do Estatuto da Criança e do Adolescente: “O Sistema Único de Saúde promoverá programas de
assistência médica e odontológica para a prevenção das enfermidades que ordinariamente afetam a
população infantil, e campanhas de educação sanitária para pais, educadores e alunos.”

A alternativa B está incorreta. De acordo com o §1º do art. 14 do ECA: “É obrigatória a vacinação das crianças
nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias.”

A alternativa C está incorreta. A atenção à saúde bucal não está restrita às crianças e gestantes de baixa
renda. Nos termos do §2º do art. 14 do ECA: “O Sistema Único de Saúde promoverá a atenção à saúde bucal
das crianças e das gestantes, de forma transversal, integral e intersetorial com as demais linhas de cuidado
direcionadas à mulher e à criança.”

A alternativa D está incorreta. O §4º do art. 14 do Estatuto prevê que a criança com necessidade de cuidados
odontológicos especiais será atendida pelo Sistema Único de Saúde (e não em clínicas conveniadas).

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A alternativa E está incorreta. O protocolo, como prevê o §5º do art. 14 do ECA, deve ser aplicado a todas as
crianças nos seus primeiros 18 meses de vida: “É obrigatória a aplicação a todas as crianças, nos seus
primeiros dezoito meses de vida, de protocolo ou outro instrumento construído com a finalidade de facilitar
a detecção, em consulta pediátrica de acompanhamento da criança, de risco para o seu desenvolvimento
psíquico.”

96. (VUNESP/Pref Itapevi - 2019) O ECA é portador de uma nova ordem jurídica, a partir da proposta
de mudança de mentalidade da sociedade em relação às suas crianças e adolescentes. Trata-se de
entender a criança e o adolescente como pessoas em desenvolvimento e como sujeitos de direitos.
Conforme expressa o art. 16 do ECA, crianças e adolescentes têm, entre outros, o direito de brincar,
praticar esportes e divertir-se; de opinião e expressão; de participar da vida familiar e comunitária; de
participar na vida política. Tais aspectos definem no ECA o direito à
a) liberdade.
b) compreensão.
c) segurança.
d) saúde.
e) confiança.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o caput do art. 16 do ECA:

Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:

I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições
legais;

II - opinião e expressão;

III - crença e culto religioso;

IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;

V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;

VI - participar da vida política, na forma da lei;

VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.

As alternativas B, C, D e E estão incorretas, uma vez que não correspondem ao direito abordado na questão.

97. (VUNESP/Pref Itapevi - 2019) De acordo com o artigo 18 da Lei Federal nº 8.069, de 1990, (ECA),
com relação à criança e ao adolescente,

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a) é dever de todos velar pela sua dignidade, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento,
aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
b) sua imagem pode ser revelada de qualquer forma e por quaisquer meios para fins de proteção e resguardo
de sua identidade.
c) devem ser educados e cuidados pelos pais ou responsáveis com o uso de castigo físico, como formas de
correção e disciplina.
d) podem ser considerados perante a sociedade como pessoas sem direitos civis, humanos e sociais, de
acordo com as leis.
e) os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico e de maus-tratos contra eles deverão ser
obrigatoriamente comunicados à polícia.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A alternativa apresenta a disposição do art. 18 do


Estatuto da Criança e do Adolescente: “É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente,
pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.”

As alternativas B, C, D e E estão incorretas, pois não fazem referência o art. 18, objeto de questionamento,
e vão de encontro a toda a sistemática apresentada pelo Estatuto.

98. (VUNESP/Pref Peruíbe - 2019) Maria, que é auxiliar de transporte escolar, com a intenção de corrigir
um escolar que não queria colocar o cinto de segurança, chamou sua atenção de forma humilhante,
ridicularizando-o perante aos demais escolares presentes. Nos termos do Estatuto da Criança e do
Adolescente, considera-se a conduta de Maria como
a) castigo físico.
b) lesão moral.
c) sofrimento psíquico.
d) tratamento cruel ou degradante.
e) tratamento educativo.

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. O conceito de tratamento cruel ou degradante é


apresentado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente no inciso II do art. 18-A. Considerando que Maria
chamou a atenção do escolar de forma humilhante e o ridicularizou, sua atitude enquadra-se nas alíneas “a”
e “c” do referido dispositivo:

Art. 18-A. Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se:

II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à


criança ou ao adolescente que:

a) humilhe; ou

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b) ameace gravemente; ou

c) ridicularize.

99. (VUNESP/Pref Peruíbe - 2019) De acordo com o artigo 15 do Estatuto da Criança e do Adolescente
(Lei nº 8.069/1990), a criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como
pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais
garantidos na Constituição e nas leis. O direito à liberdade, ao respeito e à dignidade compreendem,
respectivamente, os seguintes aspectos:
a) preservação da autonomia; participação da vida política; ser educado sem o uso de castigo físico.
b) preservação dos valores, ideias e crenças; participação da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
crença e culto religioso.
c) ser colocado a salvo de qualquer tratamento desumano; preservação da autonomia; crença e culto
religioso.
d) preservação da identidade; ser colocado a salvo de qualquer tratamento vexatório; brincar, praticar
esportes e divertir-se.
e) opinião e expressão; inviolabilidade da integridade física; ser educado e cuidado sem o uso tratamento
cruel ou degradante.

Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Uma das manifestações do direito à liberdade é a
liberdade de opinião e expressão, prevista no art. 16, II do Estatuto; o direito ao respeito, consignado no art.
17, garante a inviolabilidade da integridade física da criança e do adolescente; o direito à dignidade garante
o direito de ser educado e cuidado sem o uso de tratamento cruel ou degradante, como consignado no art.
18-A do ECA. Vejamos:

Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:

I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições
legais;

II - opinião e expressão;

III - crença e culto religioso;

IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;

V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;

VI - participar da vida política, na forma da lei;

VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.

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Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e


moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade,
da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.

Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de
castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina,
educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada,
pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por
qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.

100. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) No que concerne ao direito à liberdade, ao respeito e à dignidade
previstos na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), é correto afirmar
que
a) o direito à liberdade não compreende, entre outros aspectos, brincar, praticar esportes e se divertir.
b) é dever exclusivamente da União velar pela dignidade da criança e do adolescente.
c) a opinião e expressão, entre outros aspectos, são compreendidos como direito à liberdade.
d) o direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, porém não abrange a preservação
dos espaços e objetos pessoais.
e) o direito à liberdade não compreende, entre outros aspectos, a crença e culto religioso.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com a transcrição acima, o “brincar, praticar esportes e divertir-
se” é uma manifestação do direito à liberdade.

A alternativa B está incorreta. Trata-se de um dever de todos, como bem prevê o art. 18 do ECA: “É dever de
todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano,
violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.”

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. O art. 16 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei
nº 8.069/90) apresenta aspectos do direito à liberdade e, dentre eles, está incluído o direito à opinião e
expressão.

Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:

I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições
legais;

II - opinião e expressão;

III - crença e culto religioso;

IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;

V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;

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VI - participar da vida política, na forma da lei;

VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.

A alternativa D está incorreta. O direito à preservação dos espaços e objetos pessoais está abarcado pelo
direito ao respeito previsto no art. 17 do ECA: “O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade
física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade,
da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.”

A alternativa E está incorreta. O direito à crença e ao culto religioso, previsto no inciso III do art. 16, é uma
faceta do direito à liberdade.

101. (VUNESP/Pref Arujá - 2019) A violência sexual de crianças e adolescentes, ainda que usualmente
ocorra no âmbito privado, é uma questão social e legal. É considerada uma ofensa aos seus direitos
básicos, tais como o direito ao respeito, à dignidade, à integridade física e emocional, à convivência
familiar e social saudável, trazendo graves repercussões sobre sua vida pessoal, familiar e social. Nos casos
de violência sexual, deve-se acionar uma das instituições que atuam na investigação, diagnóstico,
enfrentamento e atendimento à vítima e suas famílias, entre as quais o
a) Centro de Referência da Assistência Social.
b) Conselho Tutelar.
c) Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente.
d) Centro de Atenção Psicossocial.
e) Centro de Defesa da Criança e do Adolescente.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. O caput do art. 13 do Estatuto da Criança e do


Adolescente prevê que os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou
degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao
Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais. É pacífico p
entendimento que o termo “maus tratos” compreende também a suspeita ou conformação de violência
sexual.

As alternativas A, C, D e E estão incorretas pois não apresentam o órgão competente para atuar na
investigação, diagnóstico, enfrentamento e atendimento à vítima de violência sexual e suas famílias.

102. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) Conforme a Lei Federal nº 8.069/1990 (ECA), Art. 18-A, “A criança e
o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados
a) com carinho, atenção e castigos leves quando necessário”.
b) conforme a visão de educação da família a que pertencem”.
c) com o uso de prêmios e de recompensas quando obedientes”.
d) sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante”.

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e) sem sanções disciplinares quando cometerem atos considerados infracionais”.

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Nos termos do caput do art. 18-A do Estatuto da
Criança e do Adolescente: “A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de
castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou
qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes
públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-
los, educá-los ou protegê-los.”

As alternativas A, B, C e E estão incorretas pois não apresentam corretamente a disposição contida no art.
18-A do Estatuto.

103. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) Carlos e Joana vão prestar um concurso para o cargo de monitor de
creche do município de Olímpia. Sendo assim, estão estudando a Lei nº 8.069, de 1990 (ECA). Para
responder corretamente às questões do certame, com relação aos arts. de 15 a 18-A dessa Lei, eles
precisam saber que a criança e o adolescente
a) podem ser educados pela força física, como forma de correção, educação e disciplina.
b) têm direito à liberdade e participação da vida política, na forma da lei.
c) são isentos de direitos civis em função de sua idade e capacidades.
d) devem ter sua dignidade velada pela família, eximindo a sociedade dessa responsabilidade.
e) têm direito de estar nos logradouros públicos, sem nenhum tipo de ressalva ou restrição legal.

Comentários

A alternativa A está incorreta. O ECA veda o uso da força física como maneira de corrigir, educar ou
disciplinar crianças e adolescentes. Vejamos o art. 18-A: “A criança e o adolescente têm o direito de ser
educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de
correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada,
pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa
encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.”

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Uma das manifestações do direito à liberdade, previsto
no art. 16 do Estatuto da Criança e do Adolescente, é a sua participação na vida política, na forma da lei.

Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:

VI - participar da vida política, na forma da lei;

A alternativa C está incorreta pois o Estatuto da Criança e do Adolescente apresenta-se como uma
verdadeira carta de direitos que independem da capacidade civil da criança ou adolescente.

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A alternativa D está incorreta. O art. 18 do Estatuto estabelece que é dever de todos (e não apenas da
família) velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento
desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.

A alternativa E está incorreta. De acordo com o inciso I do art. 16 do ECA: “O direito à liberdade compreende
os seguintes aspectos: ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as
restrições legais.”

104. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) De acordo com o item II do art. 18-A da Lei Federal nº 8.069/1990, a
conduta que humilhe, ou ameace gravemente ou ridicularize à criança ou ao adolescente, é considerada
a) castigo.
b) correção penal.
c) tratamento corretivo.
d) tratamento cruel ou degradante.
e) tratamento disciplinar.

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Os conceitos de castigo físico e de tratamento cruel
ou degradante estão previstos nos incisos I e II do parágrafo único do art. 18-A do ECA. Vejamos:

Art. 18-A. Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se:

I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física
sobre a criança ou o adolescente que resulte em:

a) sofrimento físico; ou

b) lesão;

II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à


criança ou ao adolescente que:

a) humilhe; ou

b) ameace gravemente; ou

c) ridicularize.

105. (VUNESP/Pref SJRP - 2019) LFS, oito anos, é uma criança saudável e frequenta o 3º ano do ensino
fundamental de uma escola pública. Está acima do peso e gosta de levar em sua mochila um carrinho com
o qual brinca desde pequeno, por isso é alvo de bullying pelos colegas e de entrega compulsória do seu
brinquedo à professora, sem devolução. Tais práticas ferem a um dos direitos fundamentais definido pelo
art. 17 do ECA que garante a inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do

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adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, das ideias
e crenças, dos espaços e objetos pessoais. Trata-se do direito fundamental
a) à tolerância.
b) ao protagonismo.
c) ao respeito.
d) à generosidade.
e) à privacidade.

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Nos termos do art. 17 do Estatuto da Criança e do
Adolescente: “O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da
criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores,
ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.”

As alternativas A, B, D e E estão incorretas pois não correspondem ao direito assegurado no art. 17 do ECA.

106. (VUNESP/Pref SJRP - 2019) Dentre os tipos de violência, os maus-tratos praticados contra crianças
e adolescentes pelos próprios pais ou responsáveis são extremamente comuns. Na dinâmica familiar,
muitas vezes a violência ou a negligência é considerada natural, ou mesmo como uma forma de resolução
de conflitos. Contrário a essa prática, o ECA determina em seu art. 18-A que a criança e o adolescente têm
o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante,
definido como conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao adolescente que o
humilhe ou o ameace gravemente ou o
a) corrija.
b) ridicularize.
c) culpabilize.
d) eduque.
e) valorize.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Trata-se da alínea “c” do inciso II do parágrafo único
do art. 18-A do Estatuto da Criança e do Adolescente:

Art. 18-A. Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se:

II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à


criança ou ao adolescente que:

a) humilhe; ou

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b) ameace gravemente; ou

c) ridicularize.

107. (VUNESP/Pref Cerquilho - 2019) Durante o intervalo, um aluno do segundo ano confessou e
mostrou marcas de uma surra que havia levado de sua mãe por derrubar o leite na hora do café. De acordo
com a legislação vigente, tal fato chegou ao conhecimento do Conselho Tutelar do município. Em situações
de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou
qualquer outro pretexto, pelos pais, a genitora poderá estar sujeita a sanções. De acordo com Estatuto da
Criança e do Adolescente, artigo 18-B e incisos, o Conselheiro Tutelar poderá asseverar, de acordo com a
gravidade do caso, aplicando, entre outras, a seguinte medida:
a) perda e destituição do poder familiar.
b) emancipação da criança ou adolescente, nos termos da lei civil.
c) encaminhamento a cursos ou programas de orientação.
d) transferência da tutela da criança para esfera escolar.
e) multa de até dois salários mínimos por castigo ou tratamento cruel a que tenha conhecimento.

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. As medidas estão previstas no art. 18-B do Estatuto
da Criança e do Adolescente e, dentre elas, a possibilidade de encaminhamento a cursos ou programas de
orientação. Vejamos:

Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos


executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de
crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico
ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou
qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às
seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso:

I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família;

II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;

III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;

IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado;

V - advertência.

As alternativas A, B, D e E estão incorretas, pois não apresentam medidas aplicáveis à mãe agressora.

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108. (VUNESP/Pref Cerquilho - 2019) Nos moldes do que prevê, expressamente, o Estatuto da Criança e
do Adolescente, a inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente é um
dos aspectos do direito
a) à liberdade.
b) ao respeito.
c) público.
d) coletivo.
e) à cidadania.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Nos termos do art. 17 do Estatuto da Criança e do
Adolescente (Lei nº 8.069/90): “O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica
e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia,
dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.”

As alternativas A, C, D e E estão incorretas, uma vez que não correspondem à correta previsão legal.

109. (VUNESP/Pref Cerquilho - 2019) Conforme o art. 18-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei
nº 8.069/1990), os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos
executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de crianças e de
adolescentes, de tratá-los, educá-los ou protegê-los, que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou
degradante como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos,
sem prejuízo de outras sanções cabíveis, a medidas que serão aplicadas de acordo com a gravidade do
caso.
Considere que os responsáveis a seguir praticaram castigo físico e/ou tratamento cruel à criança e/ou ao
adolescente. Em face do exposto no art. 18-B do ECA, assinale a alternativa que apresenta a correta aplicação
da medida legal.
a) Carmem (responsável legal de uma criança de 4 anos) passou por uma entrevista com a assistente social.
b) Márcio (pai de criança de 9 anos) foi encaminhado a um juiz da vara de infância e juventude.
c) Luis Paulo (professor em pré-escola) foi interrogado pelo delegado de polícia.
d) Júlio César (responsável legal de adolescente) foi preso por 5 (cinco) dias.
e) Heloísa (mãe de adolescente) foi encaminhada a programa comunitário de proteção à família.

Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. As medidas estão previstas no art. 18-B do Estatuto
da Criança e do Adolescente e, dentre elas, a possibilidade de encaminhamento a programa comunitário de
proteção à família aplicável a Heloísa. Vejamos:

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Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos


executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de
crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico
ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou
qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às
seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso:

I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família;

II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;

III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;

IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado;

V - advertência.

As alternativas A, B, C e D estão incorretas, pois não apresentam medidas previstas no art. 18-B do ECA.

110. (VUNESP/Pref Cerquilho - 2019) Segundo a Lei Federal nº 8.069/1990, Estatuto da Criança e do
Adolescente, artigo 18-A : A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso
de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou
qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos
agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar
deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.
Para os fins dessa Lei, considera-se tratamento cruel ou degradante conduta ou forma cruel de tratamento
em relação à criança ou ao adolescente que
a) faça uso da força física sobre a criança ou o adolescente e que resulte em sofrimento físico ou lesão.
b) comprovadamente tenha realizado abusos físicos, psicológicos e sexuais.
c) humilhe; ou ameace gravemente; ou ridicularize.
d) discrimine; ou abandone, ou agrida fisicamente causando feridas ou marcas.
e) negligencie; ou contrarie; ou bata com paus, fios ou objetos cortantes; ou obrigue a realizar alguma ação
contra a vontade do menor.

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Os conceitos de castigos físicos e tratamento cruel ou
degradante estão previstos, respectivamente, nos incisos I e II do parágrafo único do art. 18-A do ECA.
Vejamos o conceito legal de tratamento cruel ou degradante:

Art. 18-A. Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se:

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II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à


criança ou ao adolescente que:

a) humilhe; ou

b) ameace gravemente; ou

c) ridicularize.

As alternativas A, B, D e E estão incorretas, tendo em vista que não apresentam a definição legal para
tratamento cruel ou degradante.

111. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) O ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Federal nº
8.069/1990, inclui o “brincar, praticar esportes e divertir-se” no inciso IV de seu art. 16, estabelecendo-o,
desse modo, como um dos sete aspectos compreendidos
a) pela premiação ao bom comportamento.
b) pelo desenvolvimento motor.
c) pelo direito ao respeito.
d) pela saúde mental.
e) pelo direito à liberdade.

Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. O art. 16 apresenta o direito à liberdade seus diversos
aspectos, dentre eles o direito de brincar, praticar esportes e divertir-se. Vejamos:

Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:

I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições
legais;

II - opinião e expressão;

III - crença e culto religioso;

IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;

V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;

VI - participar da vida política, na forma da lei;

VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.

As alternativas A, B, C e D estão incorretas pois não apresentam o correto enquadramento do “brincar,


praticar esportes e divertir-se” como uma manifestação do direito à liberdade.

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112. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) Entre as atribuições do cargo de Auxiliar de Atendimento


Educacional (AAE), está a de criar um ambiente de acolhimento, que dê segurança e confiança às crianças,
garantindo-lhes oportunidades para o seu desenvolvimento integral. Nessa perspectiva, encontramos no
art. 18 da Lei nº 8.069/90 (ECA) que “É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente,
pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou
constrangedor”. Levando-se em conta tanto a alegada atribuição do cargo quanto o que está disposto no
art. 18 da Lei nº 8.069/90, quando houver conflitos ou problemas de disciplina entre alunos, o AAE deverá,
como primeira medida,
a) escutá-los e principiar um diálogo, buscando compreender o ocorrido.
b) repreendê-los na frente de todos os colegas e direcioná-los, em seguida, à diretoria.
c) criticá-los verbalmente e mantê-los longe uns dos outros, evitando que conversem entre si.
d) avisar rispidamente os alunos envolvidos no conflito de que o ocorrido será, de imediato, reportado aos
pais.
e) chamar um professor para que este, no gozo de sua autoridade, censure verbalmente os alunos e decida
qual punição dar a eles.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A questão é puramente interpretativa: ao estabelecer


uma relação dialogada, permitindo a escuta, o auxiliar de atendimento educacional respeitará os alunos,
eventualmente em conflito, e, desse modo, permitirá seu pleno desenvolvimento.

As alternativas B, C, D e E estão incorretas, pois não apresentam medidas respeitosas de lidar com os alunos.

113. (VUNESP/Pref Itapevi - 2019) Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, art. 19, “É direito da
criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família
substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu
desenvolvimento integral”. Desse modo,
a) toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional
terá sua situação reavaliada, no mínimo a cada 12 meses.
b) a permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará,
em hipótese alguma, por mais de 6 meses.
c) a mãe ou o pai privado de liberdade não terão direito à convivência com a criança ou adolescente, em
hipótese alguma.
d) a manutenção ou a reintegração de criança ou adolescente à sua família terá preferência em relação a
qualquer outra providência.
e) a mãe adolescente em acolhimento institucional será assistida por equipe especializada e, dependendo
de autorização judicial, poderá ter convivência integral com a criança.

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A alternativa A está incorreta. A reavaliação ocorrerá, como prevê o §1º do art. 19, no máximo, a cada 3
meses: “Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou
institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 3 (três) meses, devendo a autoridade judiciária
competente, com base em relatório elaborado por equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de
forma fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou pela colocação em família substituta,
em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei.”

A alternativa B está incorreta. A alternativa apresenta dois erros: o prazo correto é de 18 meses e tal prazo
poderá ser excedido se comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse. Vejamos o §2º do
art. 19 do ECA: “A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não
se prolongará por mais de 18 (dezoito meses), salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior
interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária.”

A alternativa C está incorreta. O §4º do art. 19 do Estatuto garante a convivência da criança ou adolescente
com o pai / mãe privado de liberdade: “Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe
ou o pai privado de liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses
de acolhimento institucional, pela entidade responsável, independentemente de autorização judicial.”

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. A alternativa apresenta-se em conformidade com o


§3º do art. 19 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90): “A manutenção ou a reintegração
de criança ou adolescente à sua família terá preferência em relação a qualquer outra providência, caso em
que será esta incluída em serviços e programas de proteção, apoio e promoção, nos termos do § 1º do art.
23, dos incisos I e IV do caput do art. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei.”

A alternativa E está incorreta. O §4º do art. 19 do ECA, transcrito acima, prevê que as visitas independem de
autorização judicial.

114. (VUNESP/Pref Valinhos - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei Federal nº
8.069/1990) estabelece no artigo 19 que é direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio
de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e
comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral. Conforme o § 2º deste artigo, a
permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará
por mais de
a) 12 meses, salvo comprovada necessidade atestada por equipe multidisciplinar.
b) 18 meses, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente
fundamentada pela autoridade judiciária.
c) 24 meses, salvo comprovada necessidade atestada pelo pedagogo e pelo assistente social.
d) 12 meses, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente
fundamentada pela defensoria pública.
e) 24 meses, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente atestada
pelo Ministério Público.

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A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. O §2º do art. 19 do Estatuto da Criança e do


Adolescente (Lei nº 8.069/90) prevê que a permanência da criança e do adolescente em programa de
acolhimento institucional não se prolongará por mais de 18 (dezoito meses), salvo comprovada necessidade
que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária.

As alternativas A, C, D e E estão incorretas, pois não apresentam corretamente o prazo máximo de


permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional.

115. (VUNESP/Pref Sorocaba - 2019) A convivência familiar e comunitária, um dos direitos fundamentais
definidos pelo ECA, é também objetivo de serviços da Assistência Social voltados para esse segmento. A
permanência da criança e do adolescente em sua família de origem é princípio que rege normativas e
serviços de convívio e fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Nessa direção, o artigo 23 do
ECA estabelece que a falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda
ou a suspensão do poder familiar. Ainda de acordo com o referido artigo (§ 1º), não existindo outro motivo
que por si só autorize a decretação da medida, a criança ou o adolescente será mantido em sua família de
origem, a qual deverá obrigatoriamente ser incluída em serviços e programas oficiais de
a) planejamento familiar.
b) seleção e prestação de serviços.
c) orientação socioeconômica.
d) proteção, apoio e promoção.

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Nos termos do §1º do art. 23 do Estatuto da Criança
e do Adolescente: “Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a criança ou
o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente ser incluída em
serviços e programas oficiais de proteção, apoio e promoção.”

As alternativas A, B e C estão incorretas, posto que não apresentam corretamente a natureza dos serviços e
programas oficiais.

116. (VUNESP/Pref Cerquilho - 2019) A convivência familiar e comunitária é um dos direitos


fundamentais estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Assim é que, toda criança ou
adolescente que, excepcional e provisoriamente, estiver inserido em programa de acolhimento familiar
ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada três meses. Ainda de acordo com o ECA
(art. 19, § 2º), a permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não
se prolongará por mais de 18 (dezoito meses), salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior
interesse, devidamente fundamentada
a) pelo Conselho Tutelar.
b) pela assistente social de referência.
c) pela autoridade judiciária.

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d) pelos pais ou responsável.


e) pela equipe técnica do acolhimento.

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Nos exatos termos do §2º do art. 19 do Estatuto da
Criança e do Adolescente: “A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento
institucional não se prolongará por mais de 18 (dezoito meses), salvo comprovada necessidade que atenda
ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária.”

As alternativas A, B, D e E estão incorretas, uma vez que que não apresentam o órgão competente
adequadamente.

117. (VUNESP/Pref Cerquilho - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente garante que a permanência
de uma criança ou adolescente em um programa de acolhimento institucional
a) precisa ser reavaliada depois de três meses, para que sejam, obrigatoriamente, reintegrados à sua família
de origem após esse período.
b) protege essa criança e esse adolescente de qualquer contato com pai ou mãe privados de liberdade
durante o período de acolhimento.
c) terá preferência em relação à manutenção e reintegração à sua família, nos casos de denúncia que
envolvam negligência ou maus-tratos.
d) agiliza o processo de inserção de crianças e adolescentes que foram vítimas de violência em famílias
substitutas.
e) pode se prolongar por mais de dezoito meses, quando for comprovada necessidade que atenda ao seu
superior interesse.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o §1º do art. 19 do ECA, a autoridade judiciária decidirá sobre
a possibilidade de reintegração familiar ou pela colocação em família substituta: “Toda criança ou
adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua situação
reavaliada, no máximo, a cada 3 (três) meses, devendo a autoridade judiciária competente, com base em
relatório elaborado por equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela
possibilidade de reintegração familiar ou pela colocação em família substituta, em quaisquer das
modalidades previstas no art. 28 desta Lei.”

A alternativa B está incorreta. O §4º do art. 19 do Estatuto garante a convivência da criança e do adolescente
com a mãe ou o pai privado de liberdade: “Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a
mãe ou o pai privado de liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas
hipóteses de acolhimento institucional, pela entidade responsável, independentemente de autorização
judicial.”

A alternativa C está incorreta. O §3º do art. 19 do ECA prevê que a manutenção ou reintegração à família é
que tem preferência: “A manutenção ou a reintegração de criança ou adolescente à sua família terá
preferência em relação a qualquer outra providência, caso em que será esta incluída em serviços e programas

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de proteção, apoio e promoção, nos termos do § 1º do art. 23, dos incisos I e IV do caput do art. 101 e dos
incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei.”

A alternativa D está incorreta pois não há qualquer previsão legal nesse sentido.

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Em conformidade com o §2º do art. 19 do Estatuto da
Criança e do Adolescente: “A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento
institucional não se prolongará por mais de 18 (dezoito meses), salvo comprovada necessidade que atenda
ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária.”

118. (VUNESP/TJ-RO - 2019) O apadrinhamento de crianças ou adolescentes acolhidos


institucionalmente consiste em estabelecer e proporcionar a eles vínculos externos à instituição para fins
de convivência familiar e comunitária e colaborar com o seu desenvolvimento nos aspectos social, moral,
físico, cognitivo e financeiro. A respeito do apadrinhamento de crianças e adolescentes acolhidos
institucionalmente, nos termos do art. 19-B do ECA, é correto afirmar:
a) O perfil da criança ou adolescente a ser apadrinhado será definido no âmbito do programa de
apadrinhamento de cada Vara da Infância e Juventude, priorizando-se os acolhidos com remota possibilidade
de reinserção familiar ou colocação em família adotiva e observada a idade mínima de 10 anos.
b) Podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores de 18 anos de idade não inscritas nos cadastros de
adoção, desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de apadrinhamento de que fazem parte,
não havendo exigência legal expressa no ECA de que residam na mesma Comarca que a criança ou
adolescente.
c) Podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores de 18 anos idade, desde que residentes na mesma
Comarca da criança ou adolescente. O perfil da criança ou adolescente a ser apadrinhado será definido pelo
programa de apadrinhamento da respectiva Vara da Infância e Juventude, observada a idade mínima de 07
anos.
d) Podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores de 18 anos de idade, inscritas ou não nos cadastros
de adoção, residentes ou não na mesma Comarca que a criança ou adolescente, observada a diferença
mínima de 16 anos entre padrinho ou madrinha e apadrinhado.
e) O perfil da criança ou adolescente a ser apadrinhado observará a remota possibilidade de reinserção
familiar ou colocação em família adotiva e a idade mínima de 08 anos.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Trata-se da disposição contida no §2º do art. 19-B do
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90): “Podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores
de 18 (dezoito) anos não inscritas nos cadastros de adoção, desde que cumpram os requisitos exigidos pelo
programa de apadrinhamento de que fazem parte.” Não há qualquer exigência legal do ECA quanto ao local
de residência do padrinho ou madrinha.

As alternativas A e E estão incorretas. O Estatuto não estabelece idade mínima para o programa de
apadrinhamento, como denota-se da leitura do §4º do art., 19-B do ECA: “O perfil da criança ou do
adolescente a ser apadrinhado será definido no âmbito de cada programa de apadrinhamento, com

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prioridade para crianças ou adolescentes com remota possibilidade de reinserção familiar ou colocação em
família adotiva.”

As alternativas C e D estão incorretas. De acordo com o §2º do art. 19-B do ECA, os padrinhos ou madrinhas
não podem ser inscritos nos programas de adoção, sem fazer qualquer exigência quanto à residência ou
diferença etária em relação à criança ou adolescente: “Podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores
de 18 (dezoito) anos não inscritas nos cadastros de adoção, desde que cumpram os requisitos exigidos pelo
programa de apadrinhamento de que fazem parte.”

119. (VUNESP/TJ-RO - 2019) Com relação à chamada família extensa ou ampliada, nos termos do que
prevê o art. 25, parágrafo único, do ECA, é correto afirmar:
a) Família extensa é aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal e é
formada por parentes próximos, entendidos como os ascendentes e colaterais até o terceiro grau, ao passo
que a família ampliada é formada por pessoas, parentes ou não, com as quais a criança ou adolescente
convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.
b) Família extensa ou ampliada, expressões sinônimas para o parágrafo único do art. 25 do ECA, é tanto
aquela formada por parentes próximos, entendidos como os ascendentes e colaterais até o terceiro grau,
quanto aquela formada por pessoas, parentes ou não, com as quais a criança ou adolescente convive e
mantém vínculos de afinidade e afetividade.
c) Família extensa ou ampliada, expressões sinônimas para o parágrafo único do art. 25 do ECA, é aquela
que se estende para além da unidade pais e filhos e é formada por pessoas com grau de parentesco próximo
ou por pessoas com as quais a criança convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.
d) Família extensa é aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal e é
formada por parentes próximos, entendidos como os ascendentes e os colaterais até o quarto grau, ao passo
que a família ampliada é aquela formada por pessoas, parentes ou não, que convivem e mantêm com a
criança ou adolescente efetivos laços de afinidade e afetividade.
e) Família extensa ou ampliada, expressões sinônimas para o parágrafo único do art. 25 do ECA, é aquela
que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos
com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.

Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. O conceito de família extensa ou ampliada encontra-
se positivado no parágrafo único do art. 25 do Estatuto da Criança e do Adolescente: “Entende-se por família
extensa ou ampliada aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal,
formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de
afinidade e afetividade.”

As alternativas A, B, C e D estão incorretas, pois não correspondem à previsão legal sobre família extensa ou
ampliada – expressões sinônimas.

120. (VUNESP/Pref Itapevi - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece que pessoas
maiores de 18 anos são aptas a adotar crianças ou adolescentes, independentemente se seu estado civil,
desde que

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a) a adoção seja precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente, pelo prazo máximo de
90 dias, observadas a idade da criança ou adolescente e as peculiaridades do caso.
b) o adotante seja, pelo menos, dez anos mais velho do que o adotando.
c) na adoção conjunta, os adotantes sejam obrigatoriamente casados civilmente.
d) os divorciados comprovem a união marital de pelo menos 10 anos antes da separação.
e) o adotando, sendo maior de 8 anos, consinta na adoção pelos adotantes.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Trata-se da previsão contida no caput do art. 46 do
Estatuto da Criança e do Adolescente: “A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou
adolescente, pelo prazo máximo de 90 (noventa) dias, observadas a idade da criança ou adolescente e as
peculiaridades do caso.”

A alternativa B está incorreta. Nos termos do §3º do art. 42 do ECA: “O adotante há de ser, pelo menos,
dezesseis anos mais velho do que o adotando.”

A alternativa C está incorreta. O ECA exige o casamento civil ou a união estável. Vejamos o §2º do art. 42:
“Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união
estável, comprovada a estabilidade da família.”

A alternativa D está incorreta. Segundo o art. 42, §4º do Estatuto, não há qualquer exigência de comprovação
de tempo mínimo de união marital: “Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem
adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o estágio de
convivência tenha sido iniciado na constância do período de convivência e que seja comprovada a existência
de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor da guarda, que justifiquem a
excepcionalidade da concessão.”

A alternativa E está incorreta. O consentimento é exigido quando a criança for maior de 12 anos de idade,
como previsto no §2º do art. 45 do ECA: “Em se tratando de adotando maior de doze anos de idade, será
também necessário o seu consentimento.”

121. (VUNESP/TJ-RS - 2019) José, no curso do procedimento de adoção de Pedro, faleceu em


01/01/2019. Antes do falecimento já havia, diversas vezes, manifestado o desejo de adotar Pedro. Todos
os requisitos legais para a adoção já estavam devidamente comprovados nos autos do processo de adoção.
Foi prolatada a sentença de adoção em 10/02/2019.
Tendo em vista a disciplina constante do Estatuto da Criança e do Adolescente, é correto afirmar que
a) a sentença deve ser revista, tendo em vista que a morte do adotante impede a continuidade do processo
de adoção.
b) a sentença é válida, retroagindo à data do óbito de José.
c) a sentença é válida, somente produzindo efeitos a partir do trânsito em julgado, por ter natureza
constitutiva.

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d) a sentença somente será válida se os sucessores de José concordarem em dar continuidade ao processo
de adoção.
e) a sentença é nula de pleno direito, tendo em vista que não pode constituir uma relação jurídica de uma
parte que já faleceu.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A adoção post mortem é possível e regulada no §6º
do art. 42 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Veja: “A adoção poderá ser deferida ao adotante que,
após inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a
sentença.” Como visto no comando da questão, todos os requisitos legais já estavam devidamente
comprovados nos autos do processo de adoção – antes do falecimento de José. Quanto aos efeitos, recorde-
se do art. 47, §7º também do ECA: “A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença
constitutiva, exceto na hipótese prevista no § 6º do art. 42 desta Lei, caso em que terá força retroativa à data
do óbito.”

A alternativa A está incorreta. Não há necessidade de revisão da sentença, posto que a morte do adotante
não impede que o processo de adoção tenha continuidade.

A alternativa C está incorreta. Como visto, a sentença terá força retroativa à data do óbito de José.

A alternativa D está incorreta. Não há qualquer previsão de validade da sentença condicionada à


concordância dos sucessores do adotante.

A alternativa E está incorreta. A sentença é válida e a adoção será regular.

122. (VUNESP/Pref Sorocaba - 2019) Historicamente, a adoção de crianças e adolescentes pautava- se


por práticas seletivas que colocavam o adotando em posição de objeto, para suprir um desejo de quem
adotava. Com o ECA e as alterações nele introduzidas pela Lei nº 12.010/2009, são estabelecidas as
garantias e os procedimentos para colocação da criança ou adolescente em família substituta, mediante
guarda, tutela ou adoção. O processo para adoção percorre um caminho rigoroso, prevendo as condições,
os procedimentos, o preparo e o acompanhamento posterior ao seu deferimento, concluído somente se
fundar-se em motivos legítimos e apresentar reais vantagens para o adotando. De acordo com o artigo 39
§ 1º do ECA, deve-se recorrer à adoção apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança
ou do adolescente na família natural ou extensa, sendo esta uma medida excepcional e
a) flexível.
b) satisfatória.
c) irrevogável.
d) reversível.

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Nos termos do art. 39, §1º do Estatuto da Criança e
do Adolescente: “A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando

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esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa, na forma do


parágrafo único do art. 25 desta Lei.”

123. (VUNESP/TJ-RJ - 2019) Pedro, criança de 4 anos, com pais desconhecidos, vive em uma instituição
de menores abandonados. Em razão de sua aparência física (branco e de olhos claros) despertou o
interesse na adoção por um casal alemão. Entretanto, outro casal brasileiro, regularmente cadastrado para
adoção na forma da lei, também manifestou interesse em adotar Pedro.
Acerca do caso hipotético, assinale a alternativa correta.
a) Deverá ser deferida a adoção ao casal que melhor apresentar condições de satisfazer os interesses da
criança.
b) Deverá ser dada preferência ao casal estrangeiro, tendo em vista que a adoção irá representar a Pedro a
possibilidade de ser cidadão da comunidade europeia, o que significa uma manifesta vantagem em seu
interesse.
c) Caso seja deferida a adoção ao casal alemão, a saída de Pedro do território nacional somente poderá
ocorrer a partir da publicação da decisão proferida pelo juiz em primeira instância, mesmo sem o trânsito
em julgado, vedada a concessão de tutela provisória.
d) Deverá ser dada preferência ao casal brasileiro, se este apresentar perfil compatível com a criança.
e) Pedro deverá previamente ser inserido no programa de apadrinhamento e, apenas no caso de insucesso
deste, poderá ser deferida a adoção, com preferência ao casal brasileiro.

Comentários

A alternativa A está incorreta. Como visto no comentário acima, os brasileiros residentes no exterior terão
preferência aos estrangeiros.

A alternativa B está incorreta. O art. 51, §1º do Estatuto da Criança e do Adolescente prevê as situações em
que terá lugar a adoção internacional:

Art. 51. §1º A adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro ou domiciliado no


Brasil somente terá lugar quando restar comprovado:

I - que a colocação em família adotiva é a solução adequada ao caso concreto;

II - que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança ou adolescente


em família adotiva brasileira, com a comprovação, certificada nos autos, da inexistência de
adotantes habilitados residentes no Brasil com perfil compatível com a criança ou
adolescente, após consulta aos cadastros mencionados nesta Lei;

III - que, em se tratando de adoção de adolescente, este foi consultado, por meios
adequados ao seu estágio de desenvolvimento, e que se encontra preparado para a
medida, mediante parecer elaborado por equipe interprofissional, observado o disposto
nos §§ 1º e 2º do art. 28 desta Lei.

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A alternativa C está incorreta. Nos termos do art. 52, §8º do Estatuto: “Antes de transitada em julgado a
decisão que concedeu a adoção internacional, não será permitida a saída do adotando do território nacional.”
O marco, portanto, é o trânsito em julgado e não a publicação da sentença.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 51, §2º do ECA: “Os brasileiros
residentes no exterior terão preferência aos estrangeiros, nos casos de adoção internacional de criança ou
adolescente brasileiro.”

A alternativa E está incorreta. A participação em programa de apadrinhamento não é obrigatória, como bem
dispõe o art. 19-B do ECA: “A criança e o adolescente em programa de acolhimento institucional ou familiar
poderão participar de programa de apadrinhamento.”

124. (VUNESP/TJ-RJ - 2019) Quanto às diretrizes sobre a guarda, forma de colocação em família
substituta, de acordo com os artigos 28 e seguintes do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069,
de 13 de julho de 1990), é correto afirmar que
a) a guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente,
conferindo aos seus pais o direito de opor-se aos seus detentores e terceiros.
b) o maior de doze anos deverá comparecer, obrigatoriamente, em audiência judicial, mas por não se tratar
de adoção, seu consentimento à guarda será avaliado de acordo com o laudo técnico apresentado pela
equipe técnica judicial e as provas reunidas em instrução.
c) a guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial fundamentado, ouvido o Ministério
Público, porque destinada à regularização da posse de fato.
d) a inclusão de crianças e adolescentes em programas de acolhimento, como forma de guarda, tem caráter
temporário e excepcional, mas não prefere o acolhimento institucional.
e) a guarda confere à criança ou adolescente a condição de segurado, dos quais seus detentores poderão
ser dependentes, se houver requerimento de benefício previdenciário, com expresso consentimento de seus
pais.

Comentários

A alternativa A está incorreta. O caput do art. 33 prevê que a guarda obriga a prestação de assistência
material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a
terceiros, inclusive aos pais.

A alternativa B está incorreta. Em se tratando de colocação em família substituta (guarda, tutela ou adoção),
o art. 28, §2º do Estatuto exige o consentimento do maior de 12 anos: “Tratando-se de maior de 12 (doze)
anos de idade, será necessário seu consentimento, colhido em audiência.”

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A alternativa apresenta a previsão do art. 35 do


Estatuto da Criança e do Adolescente: “A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato
judicial fundamentado, ouvido o Ministério Público.”

A alternativa D está incorreta. O acolhimento familiar terá preferência ao acolhimento institucional, como
estabelece o art. 34, §1º do Estatuto: “A inclusão da criança ou adolescente em programas de acolhimento

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familiar terá preferência a seu acolhimento institucional, observado, em qualquer caso, o caráter temporário
e excepcional da medida, nos termos desta Lei.”

A alternativa E está incorreta. Nos termos do art. 33, §3º do ECA: “A guarda confere à criança ou adolescente
a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários.”

125. (VUNESP/TJ-RO - 2019) Com relação à adoção, nos termos dos artigos 39 e seguintes do ECA, é
correto afirmar:
a) Conforme art. 46 do ECA, o prazo máximo do estágio de convivência será de 90 dias, improrrogável,
dispensando-se referido estágio se o adotando já estiver sob a tutela ou guarda legal do adotante durante
tempo suficiente para que seja possível avaliar a conveniência da constituição do vínculo.
b) Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar conjuntamente,
contanto que tenham formalizado o pedido de adoção em juízo enquanto ainda conviviam e acordem sobre
guarda e regime de visitas, independentemente do início do estágio de convivência, conforme § 4º do art.
42 do ECA.
c) Nos termos do § 6º do art. 42 do ECA, a adoção poderá ser deferida, se comprovadamente benéfica à
criança ou adolescente, ao cônjuge ou companheiro já falecido do adotante supérstite quando da data de
propositura da ação ou formalização do pedido por este, desde que se comprove no curso do processo que
a pessoa falecida tinha inequívoca vontade de adotar e desde que não se tenham passado mais de dois anos
entre o falecimento e a propositura da ação ou formalização do pedido.
d) A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença constitutiva, exceto na hipótese
prevista no § 6º do art. 42 do ECA, caso em que terá força retroativa à data do óbito, conforme prevê o § 7º
do art. 47 do ECA.
e) Em se tratando de adotando maior de dez anos de idade, será necessário seu consentimento expresso,
conforme § 2º do art. 45 do ECA. No caso de adolescente maior de doze anos de idade, tal consentimento
deverá ser colhido em audiência, na presença do Ministério Público.

Comentários

A alternativa A está incorreta. O art. 46, §2º-A, ao referir-se ao estágio de convivência, dispõe que “o prazo
máximo estabelecido no caput deste artigo pode ser prorrogado por até igual período, mediante decisão
fundamentada da autoridade judiciária.”

A alternativa B está incorreta. Aduz o art. 42, §4º do Estatuto: “Os divorciados, os judicialmente separados e
os ex-companheiros podem adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de
visitas e desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de convivência e
que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor da guarda,
que justifiquem a excepcionalidade da concessão.”

A alternativa C está incorreta. O art. 42, §6º prevê a adoção post mortem: “A adoção poderá ser deferida ao
adotante que, após inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de
prolatada a sentença.” A alternativa apresentou mais exigências que o dispositivo.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. A alternativa apresenta a disposição do art. 47, §7º
do Estatuto da Criança e do Adolescente: “A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da

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sentença constitutiva, exceto na hipótese prevista no § 6º do art. 42 desta Lei, caso em que terá força
retroativa à data do óbito.”

A alternativa E está incorreta. Nos termos do art. 45, §2º do ECA: “Em se tratando de adotando maior de
doze anos de idade, será também necessário o seu consentimento.”

126. (VUNESP/ESEF - 2019) No que diz respeito às regras de adoção de crianças e adolescentes, assinale
a alternativa correta.
a) Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil, desde que não sejam
ascendentes ou irmãos do adotando.
b) O adotante há de ser, pelo menos, dezoito anos mais velho do que o adotando.
c) É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus descendentes, o adotante, seus ascendentes,
descendentes e colaterais até o 3º grau, observada a ordem de vocação hereditária.
d) A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios,
desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, inclusive os impedimentos matrimoniais.
e) É permitida a adoção por procuração pública.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A alternativa apresenta o disposto no caput do art.
42 e no §1º, ambos do Estatuto da Criança e do Adolescente:

Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil.

§ 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando.

A alternativa B está incorreta. Nos termos do art. 42, §3º do ECA: “O adotante há de ser, pelo menos,
dezesseis anos mais velho do que o adotando.”

A alternativa C está incorreta. O ECA limita até o 3º grau em seu art. 41, §2º: “É recíproco o direito sucessório
entre o adotado, seus descendentes, o adotante, seus ascendentes, descendentes e colaterais até o 4º grau,
observada a ordem de vocação hereditária.”

A alternativa D está incorreta. De acordo com o caput do art. 41 do Estatuto: “A adoção atribui a condição
de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer
vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.”
A alternativa E está incorreta. Prevê o art. 39, §2º do ECA: “É vedada a adoção por procuração.”

127. (VUNESP/Pref Piracicaba - 2020) Conforme o artigo 53 da Lei nº 8.069/90, que dispõe sobre o
Estatuto da Criança e do Adolescente, a criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, ao preparo para o exercício da cidadania e à qualificação para o trabalho.
De acordo com o inciso V desse mesmo artigo, é assegurado à criança e ao adolescente o acesso à escola
pública e gratuita,

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a) na instituição de ensino e no horário escolhidos pela família, desde que a instituição esteja localizada na
cidade de residência do aluno.
b) próxima de sua residência, garantindo-se vagas no mesmo estabelecimento a irmãos que frequentem a
mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica.
c) em jornada de tempo integral, a ser garantida até o ano de 2024, além do acesso a material didático e
alimentação durante o tempo de permanência na escola.
d) bem como a garantia de transporte escolar gratuito a todos os educandos da educação básica que residam
a mais de um quilômetro e meio de distância da escola.
e) sendo asseguradas vagas no mesmo estabelecimento exclusivamente a irmãos gêmeos ou irmãos de
criança com deficiência, menores de 12 anos, desde que estejam matriculados no mesmo ciclo do ensino
fundamental.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Vejamos a disposição do art. 53, inciso V do Estatuto
da Criança e do Adolescente:

Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno


desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para
o trabalho, assegurando-se-lhes:

V - acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência, garantindo-se vagas no


mesmo estabelecimento a irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da
educação básica.

128. (VUNESP/Pref Itapevi - 2019) Mirela, aluna do 6º ano de uma escola de Itapevi, procurou a diretora
para conversar sobre três assuntos:
a. que a diretora converse com a professora de Geografia, tendo em vista que ela está desrespeitando um
aluno de forma recorrente;
b. questionar os critérios avaliativos das provas adotados pelo professor de Matemática;
c. propor a organização de um grêmio estudantil.
Diante do exposto, é correto afirmar que
a) os três pedidos de Mirela são procedentes e a diretora pode acatá-los porque estão assegurados pela Lei
nº 8.069, de 1990 (ECA).
b) Mirela está equivocada, pois seus pedidos não estão garantidos por nenhuma lei, e os dois primeiros
desrespeitam o poder de liderança do professor.
c) a Lei nº 8.069, de 1990 (ECA), não menciona a possibilidade de os alunos organizarem entidades
estudantis, tampouco de questionarem procedimentos de avaliação dos docentes.
d) o professor não pode ter os critérios de avaliação de provas questionados, mas a formação do grêmio
estudantil é possível, pois é respaldada pela Lei nº 8069, de 1990 (ECA).

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e) a forma como o professor trata o aluno faz parte de sua metodologia de ensino, não cabendo
interferências. Os dois outros pedidos poderão ser atendidos, em função da Lei nº 8.069, de 1990 (ECA).

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O art. 53, ao tratar sobre o direito à educação, prevê
diversas garantias às crianças e adolescentes. Vejamos o dispositivo e a possibilidade de Mirela ter seus
pedidos atendidos pela diretora:

Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno


desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para
o trabalho, assegurando-se-lhes:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - direito de ser respeitado por seus educadores;

III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares


superiores;

IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;

V - acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência, garantindo-se vagas no


mesmo estabelecimento a irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da
educação básica.

As alternativas B, C, D e E estão incorretas pois todos os pedidos poderão ser realizados por Mirela e
atendidos pela diretora.

129. (VUNESP/Pref Itapevi - 2019) Assinale, dentre as alternativas a seguir, aquela que está de acordo
com os artigos 53 e 54 da Lei Federal nº 8.069, de 1990, (Eca).
a) Júlia, uma criança de 8 anos com deficiência visual, foi impedida de ser matriculada em uma escola regular,
porque o atendimento educacional para portadores de deficiência só pode ser feito em escola de educação
especial.
b) Kleber, aluno de 13 anos, foi suspenso de uma escola regular por criticar o critério de avaliação do
professor de História.
c) Suzana, uma adolescente de 14 anos, estuda em uma escola pública bem distante de sua residência,
porque ao matricular-se foi informada de que não podia estudar na escola pública próxima a sua casa.
d) Orestes tem 17 anos e trabalha durante a noite. Ao buscar matricular-se no curso noturno, foi impedido
por ser muito jovem.
e) Maíra tem 15 anos e espírito de líder. Organizou em sua escola um grêmio estudantil e constantemente
faz reuniões com os colegas e com a direção para atuar nas melhorias da unidade escolar.

Comentários

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A alternativa A está incorreta. O ECA, no inciso III do art. 54, estabelece como dever do Estado assegurar à
criança e ao adolescente o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino.
A alternativa B está incorreta. O art. 53, III do Estatuto assegura à criança e ao adolescente o direito de
contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores.
A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 53, inciso V do Estatuto: “A criança e o adolescente têm
direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania
e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua
residência, garantindo-se vagas no mesmo estabelecimento a irmãos que frequentem a mesma etapa ou
ciclo de ensino da educação básica.”
A alternativa D está incorreta. O art. 54, VI do ECA prevê que é dever do Estado assegurar à criança e ao
adolescente oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador (Orestes).
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. O Estatuto da Criança e do Adolescente, ao tratar
sobre o direito à educação no art. 53, assegura o direito de organização e participação em entidades
estudantis.

Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno


desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para
o trabalho, assegurando-se-lhes:

IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;

130. (VUNESP/Pref Itapevi - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei nº 8.069/90)
determina que os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular
de ensino. A lei diz que o governo precisa controlar quantas crianças estão na escola, fazer a chamada
todos os dias e, junto como os pais, cuidar para que a criança não fique faltando à aula. Em seu artigo 56,
afirma que os dirigentes de estabelecimento de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar,
entre outros, os casos de
a) elevados níveis de repetência.
b) comparecimento reiterado de aluno sem uniforme e sem material escolar.
c) consumo de drogas nas imediações da escola.
d) brigas e desentendimentos entre alunos na sala de aula.
e) alunos portando armas dentro da instituição.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A questão aborda o artigo 56 do Estatuto da Criança
e do Adolescente, de modo especial o inciso III:

Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao


Conselho Tutelar os casos de:

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I - maus-tratos envolvendo seus alunos;

II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;

III - elevados níveis de repetência.

As alternativas B, C, D e E estão incorretas pois não correspondem à previsão legal.

131. (VUNESP/Pref Peruíbe - 2019) A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho; e
para garantia desses direitos, o Estatuto da Criança e do Adolescente determina que é dever do Estado
assegurar
a) atendimento no ensino fundamental, por meio de programas suplementares de material didático-escolar,
transporte, alimentação e assistência à saúde.
b) atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, exclusivamente na rede regular de
ensino.
c) acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, independentemente da
capacidade de cada um.
d) progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade do ensino superior.
e) acesso ao ensino médio obrigatório para os que a ele não tiveram acesso na idade própria.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O art. 54 do Estatuto da Criança e do Adolescente


apresenta os deveres do Estado no que diz respeito à educação e assegura o "atendimento no ensino
fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e
assistência à saúde" no inciso VII.

Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram
acesso na idade própria;

II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,


preferencialmente na rede regular de ensino;

IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade;

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a
capacidade de cada um;

VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador;

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VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material


didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

A alternativa B está incorreta. Assegura o inciso III o atendimento educacional especializado aos portadores
de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.
A alternativa C está incorreta. Prevê o inciso V que o acesso aos níveis mais elevados de ensino ocorrerá
segundo a capacidade de cada um.
A alternativa D está incorreta. O inciso II assegura a progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade
ao ensino médio.
A alternativa E está incorreta. De acordo com o inciso I, o ensino fundamental (e não o ensino médio) é
obrigatório e gratuito.

132. (VUNESP/Pref Peruíbe - 2019) Ana, que é Diretora de uma Escola Municipal de Ensino Fundamental
em Peruíbe, verificando que Paulinho não vem comparecendo à Escola há mais de trinta dias, sem
justificativa, utilizou todos os recursos escolares possíveis para sanar a situação e evitar a repetência do
aluno, porém não obteve sucesso. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, Ana deverá
comunicar o fato
a) ao representante legal de Paulinho.
b) ao defensor público do Município de Peruíbe.
c) à autoridade judiciária da Vara da Infância e Juventude local.
d) ao representante do Ministério Público local.
e) ao Conselho Tutelar.

Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. O art. 56, II do Estatuto da Criança e do Adolescente
determina que os dirigentes deverão fazer a comunicação do fato ao Conselho Tutelar:

Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao


Conselho Tutelar os casos de:

I - maus-tratos envolvendo seus alunos;

II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;

III - elevados níveis de repetência.

As alternativas A, B, C e D estão incorretas posto que não apresentam o órgão competente ao qual deve ser
feita a comunicação.

133. (VUNESP/Pref Peruíbe - 2019) Considerando-se o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente


– Lei nº 8.069/1990 – em seu Art. 53, “A criança e o adolescente têm direito ___________ , visando ao

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pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho
(...)”.
Assinale a alternativa que completa a lacuna de acordo com a legislação.
a) à saúde
b) ao lazer
c) à cultura
d) ao esporte
e) à educação

Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Nos termos do art. 53 do Estatuto da Criança e do
Adolescente: "A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua
pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: (...)".

134. (VUNESP/Pref Peruíbe - 2019) Em uma escola de ensino fundamental da rede pública municipal de
Peruíbe, o Inspetor de Alunos notou que uma aluna faltava às aulas com bastante frequência. Conversando
com um professor, soube que se tratavam de faltas injustificadas e que todos os recursos escolares para a
solução do problema já haviam sido esgotados. De acordo com a Lei Federal nº 8.069/90, Art. 56, o
dirigente desse estabelecimento de ensino deve comunicar o caso ao
a) Conselho Tutelar.
b) Supervisor de Ensino.
c) Secretário da Educação.
d) Conselho de Classe e Série.
e) pai ou responsável pela criança.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O art. 56, II do Estatuto da Criança e do Adolescente
determina que os dirigentes deverão fazer a comunicação do fato ao Conselho Tutelar:

Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao


Conselho Tutelar os casos de:

I - maus-tratos envolvendo seus alunos;

II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;

III - elevados níveis de repetência.

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As alternativas B, C, D e E estão incorretas posto que não apresentam o órgão competente ao qual deve ser
feita a comunicação.

135. (VUNESP/Pref Peruíbe - 2019) No início do ano letivo, em uma escola pública municipal de ensino
fundamental, estavam sendo definidas as propostas educacionais. O pai de uma adolescente,
regularmente matriculada nessa escola, compareceu e queria participar da definição das propostas
educacionais, mas foi impedido de participar pelo diretor da escola. Conforme a Lei Federal nº 8.069/90,
art. 53, é correto afirmar que
a) o diretor da escola cometeu um erro, pois os pais têm o direito de participar da definição das propostas
educacionais.
b) a participação na definição das propostas educacionais fica reservada apenas aos membros do Conselho
de Classe e Série.
c) o diretor da escola agiu corretamente, pois é direito dos membros do corpo docente participar da
definição das propostas educacionais.
d) a lei assegura aos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, sem fazer menção de sua
participação na definição das propostas educacionais.
e) os pais ou responsáveis têm acesso às propostas educacionais após sua definição pela escola, mas não
têm direito de intervir em sua construção.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O parágrafo único do art. 53 do Estatuto da Criança e
do Adolescente prevê que "é direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como
participar da definição das propostas educacionais." Logo, o diretor da escola cometeu um erro.

A alternativa B está incorreta. A participação não fica restrita aos membros do Conselho, mas é estendida
aos pais e responsáveis.

A alternativa C está incorreta. Como visto, o direito da escola cometeu um erro pois os pais e responsáveis
também têm direito a participar da definição das propostas educacionais.

A alternativa D está incorreta. A lei assegura a ciência do processo pedagógico e a participação da definição
das propostas educacionais.

A alternativa E está incorreta. Os pais ou responsáveis podem participar da definição das propostas
educacionais.

136. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) No que concerne ao direito à educação, à cultura, ao esporte e ao
lazer previstos na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), é correto
afirmar que
a) a criança e o adolescente têm direito à educação, sendo, entretanto, vedado a estes contestar quaisquer
critérios avaliativos.

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b) é dever do Estado ofertar ensino noturno regular, adequado às condições da criança e do adolescente
trabalhador.
c) o acesso ao ensino obrigatório e gratuito não é considerado um direito público subjetivo.
d) o não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular importa
responsabilidade da autoridade competente.
e) é dever dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, sendo, entretanto, vedada a
participação na definição das propostas educacionais.

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, exatamente como prescreve o art. 54, §2º:

§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular
importa responsabilidade da autoridade competente.

A alternativa A está incorreta. O art. 53, III do ECA assegura à criança e ao adolescente o direito de contestar
critérios avaliativos podendo, inclusive, recorrer às instâncias escolares superiores.

Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno


desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para
o trabalho, assegurando-se-lhes:

III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares


superiores;

A alternativa B está incorreta. Recorde-se que criança não pode trabalhar, de modo que tal direito é
reservado ao adolescente trabalhador, como prevê o art. 54, VI do Estatuto: "É dever do Estado assegurar à
criança e ao adolescente: oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente
trabalhador."

A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 54, §1º do ECA: "O acesso ao ensino obrigatório e
gratuito é direito público subjetivo."

A alternativa E está incorreta. Nos termos do parágrafo único do art. 53: "É direito dos pais ou responsáveis
ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais."

137. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) Eduardo, inscrito no concurso para Inspetor de Alunos promovido
pelo município de Olímpia, participou de um encontro sobre “educação inclusiva” desenvolvido por uma
ONG. Assim, Eduardo tomou conhecimento de que a educação inclusiva pode ser entendida como uma
concepção de ensino contemporânea que tem como objetivo garantir o direito de todos à educação, pois
as diferenças não são vistas como obstáculos, mas tão somente como diversidades. Tomou conhecimento,
também, que esse direito está garantido pela Lei Federal nº 8.069/1990, Estatuto da Criança e do
Adolescente, Art. 54.

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De acordo com esse artigo, “É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: (...) atendimento
educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente
a) em escolas especiais”.
b) em classes especiais”.
c) na rede regular de ensino”.
d) em classes comuns, regidas por especialistas”.
e) em salas especiais anexas às escolas da rede regular de ensino”.

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. O ECA, no inciso III do art. 54, estabelece como dever
do Estado assegurar à criança e ao adolescente o atendimento educacional especializado aos portadores de
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.

Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,


preferencialmente na rede regular de ensino.

138. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) Em relação à concepção democrática da escola, o ECA (Estatuto da
Criança e do Adolescente), Lei Federal nº 8.069/1990, aborda os direitos da participação da comunidade
em assuntos da gestão escolar. Segundo o seu artigo 53, parágrafo único, os pais/responsáveis usufruem
o direito de ter “ciência do processo pedagógico, bem como
a) participar de todas as reuniões pedagógicas”.
b) participar da definição das propostas educacionais”.
c) supervisionar os trabalhos desenvolvidos pelos docentes”.
d) decidir sobre os critérios de avaliação das diferentes disciplinas”.
e) participar dos Conselhos de Classe, decidindo o futuro educacional dos alunos”.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. O parágrafo único do art. 53 do Estatuto da Criança e
do Adolescente prevê que "é direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como
participar da definição das propostas educacionais."

139. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) Preparando-se para o concurso de Inspetor de Alunos, promovido
pelo Município de Olímpia, Andréa tomou conhecimento de que o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA), Lei Federal nº 8.069, de 1990, constitui, para os brasileiros, o marco legal e regulatório dos direitos
humanos de crianças e adolescentes. No quesito relativo à valorização das diferenças individuais, de
gênero, étnicas e socioculturais e o combate à desigualdade, o ECA dispõe, nº art. 58, que “No processo

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educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da


criança e do adolescente, garantindo-se a estes
a) um currículo diversificado, que abarque temas das diversas culturas que compõem a nação brasileira”.
b) a liberdade de escolha e o acesso às tecnologias voltadas à disseminação da cultura”.
c) atividades extraclasse que possam atender aos interesses da maioria dos alunos”.
d) disciplinas optativas, que atendam às origens culturais de cada aluno”.
e) a liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura”.

Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Nos termos do art. 58 do Estatuto da Criança e do
Adolescente: "No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do
contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da criação e o acesso às fontes
de cultura."

140. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) Márcia é diretora de uma escola de ensino fundamental e percebeu
que um aluno de 9 anos apresentava diariamente manchas roxeadas na pele e alguns ferimentos
superficiais. Conversando com o estudante, este lhe disse que não tinha, nem brincava com animais como
gatos e cães, tampouco alguém na escola o havia machucado. Nesse caso, Márcia classificou esse episódio
como suspeita de maus tratos, envolvendo o aluno, e encaminhou o fato ao Conselho Tutelar. A atitude
dessa dirigente, de acordo com o art. 56 da Lei nº 8.069, de 1990 (ECA), está
a) errada, porque ocorrências desse tipo devem ser comunicadas ao Ministério Público.
b) correta, pois é seu dever comunicar ao Conselho Tutelar esse tipo de ocorrência.
c) errada, porque esses casos devem ser conversados e resolvidos apenas com os pais ou responsáveis.
d) errada, porque, enquanto diretora, não deve se envolver em situações desse tipo.
e) parcialmente correta, porque deve conversar com o aluno para averiguar o problema, porém, jamais
comunicar a algum órgão.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. O art. 56, I do Estatuto da Criança e do Adolescente
determina que os dirigentes deverão fazer a comunicação do fato ao Conselho Tutelar:

Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao


Conselho Tutelar os casos de:

I - maus-tratos envolvendo seus alunos;

II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;

III - elevados níveis de repetência.

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Desse modo, observa-se que a atitude de Márcia, diretora da escola, está correta e amparada legalmente.

141. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) Considere as situações a seguir para responder à questão.
I. Júlio tem 16 anos e frequenta a escola à noite, pois trabalha durante o dia.
II. Mara tem 52 anos e cursa a Educação de Jovens e Adultos porque precisou interromper seus estudos
quando jovem.
III. Beatriz nasceu há um mês e foi impedida de ser matriculada na creche em função de sua idade.
IV. Pedro tem 10 anos e a escola pública onde estuda exige que seus pais paguem uma mensalidade.
Diante do exposto, os estudantes cuja situação descrita está garantida pela Lei no 8.069 de 1990 (ECA), art.
54, são
a) Pedro e Júlio.
b) Beatriz e Pedro.
c) Júlio e Mara.
d) Júlio, Pedro e Beatriz.
e) Júlio, Mara e Beatriz.

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Para responder corretamente à questão, vamos
recordá-lo primeiramente do art. 54 do Estatuto da Criança e do Adolescente e, em seguida, analisaremos
as situações apresentadas pelas afirmativas:

Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram
acesso na idade própria;

II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,


preferencialmente na rede regular de ensino;

IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade;

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a
capacidade de cada um;

VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador;

VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar,


transporte, alimentação e assistência à saúde.

I. Júlio, com 16 anos, tem seu direito assegurado no inciso VI visto que é adolescente trabalhador e, por isso,
estuda à noite.

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II. Mara tem seu direito à educação consubstanciado na Educação de Jovens e Adultos, uma manifestação
do inciso I que garante o ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram
acesso na idade própria.

III. Beatriz, por força do inciso IV, poderia ter sido matriculada para atendimento em creche.

IV. Pedro, de acordo com o inciso I, tem direito ao ensino fundamental obrigatório e gratuito, ou seja, não é
correta a exigência de pagamento de mensalidade.

142. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) Paulo é um jovem de 19 anos que deixou de frequentar a escola na
idade própria, referente ao ensino fundamental, em decorrência de morar na zona rural junto de seus pais
que lá trabalhavam. Agora, ele quer voltar a estudar e, por isso, procurou uma escola pública que lhe
propôs uma estrutura de curso com seriação, calendário e metodologia diferentes do ensino regular. De
acordo com a Lei nº 8.069 de 1990 (ECA), art. 57, Paulo
a) deverá se matricular em uma escola de ensino privado que aceita situações diferenciadas de currículo.
b) perderá tempo estudando nas condições descritas, porque essas alterações prejudicam o aprendizado.
c) permanecerá sem estudar, pois a lei citada impede as pessoas excluídas do ensino fundamental
obrigatório de prosseguir seus estudos.
d) poderá voltar a estudar nessa escola porque a lei permite alterações de seriação, calendário e
metodologia, dentre outras, nesse caso.
e) deverá voltar a estudar, porém, somente com alterações no calendário e no sistema de avaliações.

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 57 do Estatuto da Criança e do
Adolescente: "O poder público estimulará pesquisas, experiências e novas propostas relativas a calendário,
seriação, currículo, metodologia, didática e avaliação, com vistas à inserção de crianças e adolescentes
excluídos do ensino fundamental obrigatório." Desse modo, não há qualquer óbice para que Paulo retome
seus estudos na escola desejada.

As alternativas A, B, C e E estão incorretas, pois não se adequam à previsão legal do Estatuto.

143. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) Com base no artigo 56 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei
nº 8.069/90), casos de maus-tratos envolvendo os alunos e de elevados níveis de repetência deverão ser
comunicados pelos dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental
a) ao Conselho Tutelar.
b) ao Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente.
c) à autoridade judiciária da comarca ou foro regional.
d) ao Ministério Público.
e) à Autoridade Central Estadual.

Comentários

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A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O art. 56, incisos I e III do Estatuto da Criança e do
Adolescente determina que os dirigentes deverão fazer a comunicação do fato ao Conselho Tutelar:

Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao


Conselho Tutelar os casos de:

I - maus-tratos envolvendo seus alunos;

II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;

III - elevados níveis de repetência.

144. (VUNESP/Pref SJRP - 2019) Uma das transformações trazidas pela mobilização popular da década
de 1980 foi a conquista da condição cidadã para a criança e o adolescente, promulgada no ECA. Nessa
direção, o Estatuto dedica diferentes artigos na especificação dos direitos legalmente previstos. Assim, é
que o ECA prevê o direito de acesso à escola pública e gratuita próxima à residência da criança ou do
adolescente. Ampliando essa perspectiva, o art. 56 determina que os dirigentes de estabelecimentos de
ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar, esgotados os recursos escolares, os casos de: maus-
tratos envolvendo seus alunos, reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, e, também,
a) incidência de baixo desempenho.
b) desrespeito ao regulamento escolar.
c) ocorrências de agressões.
d) envolvimento com drogas.
e) elevados níveis de repetência.

Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Para responder à questão, vejamos a disposição do
art. 56 do Estatuto da Criança e do Adolescente:

Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao


Conselho Tutelar os casos de:

I - maus-tratos envolvendo seus alunos;

II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;

III - elevados níveis de repetência.

145. (VUNESP/Pref Cerquilho - 2019) De acordo com o artigo 54 do Estatuto da Criança e do Adolescente,
é dever do Estado assegurar atendimento, através de programas suplementares de material didático-
escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde para estudantes

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a) com baixo poder aquisitivo.


b) internados em ambiente hospitalar.
c) residentes em comunidades quilombolas.
d) do ensino fundamental.
e) com necessidades educacionais especiais.

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Nos termos do art. 54, inciso VII do Estatuto da Criança
e do Adolescente: "É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: atendimento no ensino
fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e
assistência à saúde."

146. (VUNESP/Pref Cerquilho - 2019) Ao chegar na escola com vários vergões vermelhos e marcas de
cinta nas costas, um aluno de 5 anos contou que por conta de um ato de indisciplina (ofender com
palavrões seu avô) ele foi castigado por sua mãe. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA, 1990), ao tomar ciência de situações como essa
a) a escola não deve tomar medida, alguma, pois o castigo ocorrido fora da escola, se deu para educar o
garoto.
b) os profissionais devem, obrigatoriamente, comunicar o fato ao Conselho Tutelar.
c) a única medida cabível à escola, é a de conversar com o aluno orientando sobre a inconveniência de seu
ato.
d) a instituição escolar deve elaborar um projeto de trabalho sobre a importância de respeito aos “mais
velhos”.
e) os profissionais precisam ignorar o fato, uma vez que ocorreu fora da escola, no seio da família.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. O art. 56, incisos I do Estatuto da Criança e do
Adolescente determina que os dirigentes deverão fazer a comunicação do fato ao Conselho Tutelar:

Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao


Conselho Tutelar os casos de:

I - maus-tratos envolvendo seus alunos;

II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;

III - elevados níveis de repetência.

147. (VUNESP/Pref Cerquilho - 2019) De acordo com o artigo 53 do Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA, 1990), o direito à educação de crianças e adolescentes deve assegurar-lhes

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a) que as punições advindas de ato de indisciplina escolar, por parte daqueles que são encarregados de sua
educação sejam de caráter vexatório e não incluam castigos físicos.
b) direito a atividade laboral, sempre que seus genitores, carente de recursos financeiros para subsistência,
acompanharem a atividade em tempo integral.
c) oferta de atendimento médico especializado, dentro do Conselho Tutelar de sua cidade, em particular
para casos clínicos complexos e de assistência à drogadição.
d) vaga em estabelecimento público gratuito, em tempo integral, para todos alunos em idade escolar de
educação básica.
e) acesso à escola pública e gratuita, garantindo-se vagas no mesmo estabelecimento a irmãos que
frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica.

Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Prevê o art. 53, inciso V do Estatuto da Criança e do
Adolescente: "A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua
pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: acesso à
escola pública e gratuita, próxima de sua residência, garantindo-se vagas no mesmo estabelecimento a
irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica."

As alternativas A, B, C e D estão incorretas e não encontram fundamento no art. 53 do Estatuto.

148. (VUNESP/Pref Campinas - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe, expressamente,


que os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar, entre
outros, os casos de
a) violência contra o corpo docente.
b) reclamações quanto à qualidade do ensino.
c) comportamentos inadequados.
d) fraco desempenho escolar.
e) elevados níveis de repetência.

Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Para responder à questão, vejamos a disposição do
art. 56 do Estatuto da Criança e do Adolescente:

Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao


Conselho Tutelar os casos de:

I - maus-tratos envolvendo seus alunos;

II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;

III - elevados níveis de repetência.

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149. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) Ana, uma professora de Arte na Rede Municipal de Francisco
Morato, aproveitando as notícias veiculadas na mídia sobre a exposição das obras de Tarsila do Amaral no
MASP, propôs aos seus alunos do 6º ano do ensino fundamental, dentro da abordagem triangular, fazer
uma apreciação de uma reprodução da obra Abaporu da artista. Ao receber seu trabalho corrigido, um
aluno não concordou com a avaliação feita pela professora e a questionou. A professora foi até à Diretora
da Escola para reclamar de tal absurdo. A Diretora, com base no artigo 53 da Lei Federal nº 8.069/1990,
ponderou que a criança
a) tem direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores.
b) deve respeito aos professores, não devendo questionar a autoridade do professor e, portanto, deverá ser
repreendida.
c) deve ser considerada ingênua em seu comentário sobre a avaliação de seu trabalho feita pela professora.
d) está correta ao questionar a professora, pois não deve ter entendido a sua proposta de avaliação.
e) tem direito de igualdade em relação aos seus colegas que receberam notas maiores, visto que todos têm
os mesmos direitos perante a lei.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Para responder adequadamente, o candidato deveria
recordar-se da previsão do art. 53, inciso III do Estatuto da Criança e do Adolescente:

Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno


desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para
o trabalho, assegurando-se-lhes:

III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares


superiores;

As alternativas B, C, D e E estão incorretas e não se adequem à disposição legal apresentada pelo ECA.

150. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) Helena e Roger, candidatos a Auxiliares de Atendimento


Educacional no município de Francisco Morato, ao analisarem juntos o ECA – Estatuto da Criança e do
Adolescente, Lei Federal no 8.069/90, perguntaram-se onde encontrariam, nessa Lei, algo que
correspondesse a ter postura como educador. Após leitura atenta, concordaram que essa postura
equivaleria àquela que cumpre o que determina o art. 58 do ECA: “No processo educacional respeitar-se-
ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente,
garantindo-se, a esses, a liberdade da criação e o acesso às fontes de
a) prazer”.
b) cultura”.
c) riqueza”.
d) sucesso”.

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e) produtividade”.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Nos termos do art. 58 do Estatuto da Criança e do
adolescente: "No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios
do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da criação e o acesso às
fontes de cultura."

151. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) No capítulo IV do ECA, estabelece-se o direito à Educação, à Cultura,
ao Esporte e ao Lazer. O art. 59, contido nesse capítulo, determina que os municípios, com apoio ________,
estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de
lazer voltadas para a infância e a juventude.
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna.
a) das famílias
b) da comunidade
c) dos professores
d) da gestão educacional
e) dos estados e da União

Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Nos termos do art. 59 do Estatuto da Criança e do
adolescente: "Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de
recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude."

152. (VUNESP/TJ-RJ - 2019) Assinale a alternativa que revela o atual entendimento do STJ sobre a
interpretação do corte etário para ingresso de crianças na educação básica.
a) Determinou que é papel do Poder Judiciário suprir as omissões legislativas sobre o tema, e definiu que o
acesso ao Ensino Infantil se dá aos 4 anos de idade e ao Ensino Fundamental aos 6 anos, completados até 31
de março do ano da matrícula.
b) Afirmou que os órgãos administrativos têm plena liberdade para fixarem, dentro dos critérios das regiões
em que atuam, as faixas etárias que melhor expressarem as necessidades da comunidade, tendo em vista
que a legislação federal que tutela o assunto não admite a intervenção judicial nesse sentido, por ser matéria
administrativa.
c) Foi declarada a legalidade dessa medida, contanto que tal limitação seja feita por Lei Municipal, uma vez
que compete a esse ente federativo legislar sobre a matéria.
d) Declarou a inconstitucionalidade de legislação estadual que trate desse recorte, informando que compete
ao legislador municipal e federal legislarem sobre o tema, por se tratar de ensino fundamental e não médio
ou superior.

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e) Decidiu que não é dado ao Judiciário substituir-se às autoridades públicas de educação para fixar ou
suprimir requisitos para o ingresso de crianças no ensino fundamental, quando os atos normativos de
regência não revelem traços de ilegalidade, abusividade ou ilegitimidade.

Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. A alternativa encontra fundamento no Recurso


Especial 1.412.704/PE do STJ: "Não é dado ao Judiciário, como pretendido na ação civil pública movida pelo
Parquet, substituir-se às autoridades públicas de educação para fixar ou suprimir requisitos para o ingresso
de crianças no ensino fundamental, quando os atos normativos de regência não revelem traços de
ilegalidade, abusividade ou ilegitimidade."

A alternativa A está incorreta. Como visto, acima, o Poder Judiciário não pode substituir-se às autoridades
públicas de educação para fixar ou suprimir requisitos para o ingresso de crianças no ensino fundamental,
quando os atos normativos de regência não revelem traços de ilegalidade, abusividade ou ilegitimidade.

As alternativas B, C e D estão incorretas. Na ADC 17/DF, o Supremo Tribunal Federal decidiu que "é
constitucional a exigência de 6 (seis) anos de idade para o ingresso no ensino fundamental, cabendo ao
Ministério da Educação a definição do momento em que o aluno deverá preencher o critério etário."

153. (VUNESP/Pref São Roque - 2019) A escola X é reconhecida na região sul da cidade de São Roque
como uma instituição de qualidade. A família Souza matriculou sua filha mais velha no 4º ano do ensino
fundamental I, mas não conseguiu vaga para matricular o filho mais novo no 1º ano do ensino
fundamental. Diante da situação, a diretora informou-lhes que deveriam esperar o próximo ano para
avaliar a possibilidade de surgimento de vaga. A família Souza, inconformada com a decisão da diretora,
consultou o supervisor de ensino Josias. Com fundamento na Lei Federal nº 8.069/90 (ECA), artigo 53, V o
supervisor decidiu corretamente que
a) o caso não é de sua competência profissional e, portanto, deve ser submetido ao conselho tutelar do
município.
b) havendo transporte escolar, os irmãos podem ser matriculados em escolas distintas, desde que na mesma
região.
c) o caso não é de sua competência profissional e, portanto, deve ser submetido ao Ministério Público
Estadual.
d) havendo transporte escolar, os irmãos podem ser matriculados em escolas distintas, em distância não
superior a 10 km uma da outra.
e) se devem garantir vagas no mesmo estabelecimento a irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo
de ensino da educação básica.

Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 53, V do Estatuto da Criança e
do Adolescente: "A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de
sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: acesso

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à escola pública e gratuita, próxima de sua residência, garantindo-se vagas no mesmo estabelecimento a
irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica."

As alternativas A, B, C e D estão incorretas pois não correspondem adequadamente à previsão legal aplicável
ao tema.

154. (VUNESP/Pref Itapevi - 2019) Nos termos do artigo 67 do Estatuto da Criança e do Adolescente, ao
adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido em
entidade governamental ou não governamental, é vedado trabalho noturno realizado
a) entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte.
b) entre as vinte e três horas de um dia e as seis horas do dia seguinte.
c) fora do período compreendido entre e aurora e o crepúsculo.
d) entre as vinte e duas horas de um dia e as seis horas do dia seguinte.
e) entre as vinte e três horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O candidato deveria recordar-se do art. 67, inciso I
do Estatuto da Criança e do Adolescente:

Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de


escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado
trabalho:

I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte.

155. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) De acordo com o disposto no art. 62 da Lei Federal nº 8.069/1990,
considera-se aprendizagem
a) a formação técnico-profissional ministrada, segundo os critérios autônomos da escola,
independentemente de quaisquer outras prerrogativas.
b) a formação técnico-profissional ministrada, segundo as diretrizes e bases da legislação de educação em
vigor.
c) o processo de aquisição de conhecimento formal dentro dos prazos estabelecidos pelo Projeto Político-
Pedagógico de cada escola.
d) o resultado das avaliações periódicas dos conteúdos estabelecidos pelas diretrizes e bases da legislação
em vigor.
e) a mediação da escola na avaliação e no desempenho do alunado quanto ao conteúdo a ser adquirido.

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A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Nos termos do art. 62 do Estatuto da Criança e do
Adolescente: "Considera-se aprendizagem a formação técnico-profissional ministrada segundo as diretrizes
e bases da legislação de educação em vigor."

As alternativas A, C, D e E estão incorretas e não correspondem ao conceito de aprendizagem apresentado


pelo Estatuto.

156. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) Os efeitos da inserção de crianças em ocupações perigosas podem
ser constatados de forma imediata e também a longo prazo: as atividades consideradas de risco podem
levar à morte ou comprometer seu desenvolvimento. Além dessas consequências, o trabalho infantil
também se configura como um elemento de perpetuação do ciclo da pobreza. Funciona como um círculo
vicioso: é tanto causa como consequência. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) dedica especial
atenção a esse tema e, no artigo 66, prevê que ao adolescente portador de deficiência é assegurado
trabalho
a) circunstancial.
b) reduzido.
c) temporário.
d) protegido.
e) permanente.

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Nos termos do art. 66 do Estatuto da Criança e do
Adolescente: "Ao adolescente portador de deficiência é assegurado trabalho protegido."

157. (VUNESP/TJ-AC - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente é orientado pelo princípio da


proteção integral da criança e do adolescente, que tem como marco legal o artigo 227 da Constituição
Federal. Sob tal ótica, quanto à técnica empregada pelo diploma menorista para definir criança e
adolescente, bem como para considerá-los sujeitos de direitos e obrigações frente à família, à sociedade
e ao Estado, é correto afirmar que
a) a condição psíquica pode ser considerada de forma complementar à biológica porque a idade,
isoladamente considerada, pode não levar à segura qualificação do menor como criança ou adolescente,
adotando-se critério cronológico mitigado.
b) ao se permitir que o maior de 18 (dezoito) anos permaneça no pólo passivo de ação de execução de
medida socioeducativa, o Estatuto da Criança e do Adolescente não restou adstrito ao critério cronológico
absoluto.
c) é de diferenciação e tem por objetivo impedir a tipificação de condutas perpetradas por pessoa menor de
12 (doze) anos como infração penal, nos termos da legislação aplicável.
d) de acordo com o artigo 2º, caput, criança é pessoa com até 12 (doze) anos incompletos, e adolescente
aquela que tiver entre 12 (doze) e 18 (dezoito) anos, adotando-se critério cronológico absoluto.

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A alternativa correta e gabarito da questão é a alternativa D. O Estatuto estabelece no art. 2º uma


importante divisão conceitual, com implicações práticas relevantes. Considera-se criança a pessoa com até
12 anos incompletos, ou seja, aquele que ainda não completou seus doze anos. Por sua vez, adolescente é
aquele que conta 12 anos completos e 18 anos incompletos. Ao completar 18 anos, a pessoa deixa de ser
considerada adolescente e alcança a maioridade civil (art. 5º do CC). O critério adotado pelo legislador é
puramente cronológico, sem adentrar em distinções biológicas ou psicológicas acerca do atingimento da
puberdade ou do amadurecimento da pessoa.

Vejamos as demais assertivas.

A alternativa A está incorreta, pois, como dito nas linhas superiores o critério adotado pelo legislador
brasileiro é puramente cronológico, sem adentrar em distinções biológicas ou psicológicas acerca do
atingimento da puberdade ou do amadurecimento da pessoa.

A assertiva B está errada, porque o Estatuto aplica o critério puramente cronológico, não havendo qualquer
exceção à isso. O que ocorre é que o parágrafo único do art. 2º aplica excepcionalmente o Estatuto às pessoas
entre 18 e 21 anos de idade. Ou seja, o Estatuto fixa os conceitos de criança e adolescente e tem por objetivo
tutelá-los, mas é possível sua aplicação em situações nas quais o adolescente já tenha atingido a maioridade
civil.

A alternativa C está incorreta, pois tanto a criança, quanto o adolescente praticam ato infracional (e não
infração penal). Ocorre que, às crianças não podem ser aplicadas medidas socioeducativas, tão somente
medidas protetivas.

158. (VUNESP/TJ-AC - 2019) Com relação à assistência médica prestada pelo Sistema Único de Saúde
para prevenção de enfermidades que ordinariamente afetam a população infantil, é correto afirmar que

a) a atenção à saúde bucal das crianças e das gestantes será promovida de forma transversal, integral e
intersetorial com as demais linhas de cuidado direcionadas à mulher e à criança.

b) a atenção odontológica à criança terá função educativa e será prestada quando o bebê nascer, e, após, no
sexto e no décimo segundo anos de vida, com orientação sobre saúde bucal.

c) nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias, não será obrigatória a vacinação das crianças se
justificada a recusa pelos pais ou responsável, por crença pessoal ou religiosa, no prazo estabelecido pelo
calendário de vacinação estabelecido pelo PNI.

d) a obrigatoriedade de aplicação de protocolo ou outro instrumento desenvolvido para a detecção de risco


para o desenvolvimento psíquico da criança tem como marco inicial o primeiro ano de vida.

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A alternativa A é a correta e gabarito da questão. Em atenção à saúde bucal das crianças e gestantes, o ECA
prevê:

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Art. 14. [...]

§2º O Sistema Único de Saúde promoverá a atenção à saúde bucal das crianças e das
gestantes, de forma transversal, integral e intersetorial com as demais linhas de cuidado
direcionadas à mulher e à criança.

Vejamos as demais assertivas.

A alternativa B está errada, porque a atenção odontológica à criança será prestada, inicialmente, antes
mesmo de o bebê nascer. Confira a redação do ECA:

Art. 14. [...]

§3º A atenção odontológica à criança terá função educativa protetiva e será prestada,
inicialmente, antes de o bebê nascer, por meio de aconselhamento pré-natal, e,
posteriormente, no sexto e no décimo segundo anos de vida, com orientações sobre saúde
bucal.

A alternativa C está incorreta, pois é obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas
autoridades sanitárias (art. 14, §1º, do ECA).

A assertiva D está errada, porque a obrigatoriedade de aplicação de protocolo ou outro instrumento


desenvolvido para a detecção de risco para o desenvolvimento psíquico da criança tem como marco inicial
os primeiros dezoito meses de vida. Veja o ECA:

Art. 14. [...]

§ 5º É obrigatória a aplicação a todas as crianças, nos seus primeiros dezoito meses de vida,
de protocolo ou outro instrumento construído com a finalidade de facilitar a detecção, em
consulta pediátrica de acompanhamento da criança, de risco para o seu desenvolvimento
psíquico.

159. (VUNESP/TJ-AC - 2019) Com relação à família substituta, o artigo 28 e seguintes do Estatuto da
Criança e do Adolescente oferece diretrizes sobre a adoção, sendo correto afirmar:
a) o direito à convivência familiar entre o adotado e o adotante inicia-se no estágio de convivência, decorre
do princípio da igualdade entre os filhos adotados e biológicos e tem graduação orientada pela intenção de
adotar.
b) a adoção realizada em troca de promessa de pagamentos ou afim pode ser deferida se demonstrado o
benefício ao adotado, à luz do espírito humanitário que norteia o ato de adotar.
c) fundando-se o pedido em motivos legítimos e representando vantagem ao adotado será deferida a
adoção, mediante compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo, mediante termo nos autos.
d) a falta de estudo social e psicológico à época do deferimento da adoção macula o procedimento e permite
a sua revogação ou retratação, pela possibilidade de violação do princípio do melhor interesse do menor.

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A alternativa correta é a letra C. Contudo, ousamos discordar da Banca. Isto porque, a primeira parte da
assertiva de fato está correta, pois de acordo com a redação do art. 43 do ECA, que diz:

Art. 43. A adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e
fundar-se em motivos legítimos.

Contudo, a segunda parte da assertiva, que afirma que a adoção será realizada “mediante compromisso de
bem e fielmente desempenhar o encargo, mediante termo nos autos”, está incorreta, pois essa previsão se
aplica tão somente à guarda ou à tutela, pois não criam vínculos definitivos com a criança ou adolescente,
diferente do que ocorre no caso da adoção, que se completa por sentença.

De todo modo, as demais alternativas estão incorretas, de modo que esse é o gabarito apontado pela banca.

Vejamos as demais alternativas.

A alternativa A está incorreta. Como forma de preparação para a formação do vínculo definitivo da adoção,
o Estatuto prevê que as partes, adotante e adotando, devem passar por um período de convivência (art. 46
do ECA), que será acompanhado e relatado pela equipe interprofissional do Juizado da Infância e da
Juventude (§4º). Compete ao magistrado fixar o prazo de realização do estágio de convivência, atendidas as
peculiaridades do caso concreto.

A assertiva B está errada. A adoção intuito personae é a hipótese de adoção em que os pais biológicos
influenciam diretamente na escolha da família substituta, como ocorreria no caso de promessa de
pagamento e é inválida.

A alternativa D está incorreta, pois não há qualquer previsão legal neste sentido. Frise-se, contudo, que o
STJ já admitiu a possibilidade de revogação da adoção unilateral se isso for melhor para o adotando (Info
608/STJ).

160. (VUNESP/TJ-MT - 2018) No que se refere à garantia da prioridade absoluta, da forma como prevista
no Estatuto da Criança e do Adolescente, tem-se que esta compreende:
a) garantia de imunidade contra todo tipo de exploração sexual.
b) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas.
c) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública, salvo se houver idoso.
d) destinação privilegiada de recursos públicos e privados nas áreas relacionadas com o meio ambiente e os
direitos sociais.
e) a extensão da proteção quando atingida a idade adulta em situações expressamente previstas na lei.

Comentários

A garantia da prioridade absoluta vem disciplinada no art. 4º, do ECA, mais especificamente no seu parágrafo
único. De acordo com esse dispositivo:

Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SEDUC-AL - 2021 Pré-Edital 184


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a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;

b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;

c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;

d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à


infância e à juventude.

É por conta do disposto na sua alínea “c”, que o gabarito oficial foi considerado a alternativa B.

Vejamos as demais alternativas:

A alternativa A está incorreta por trazer uma garantia que não está compreendida no conceito do art. 4º.

A alternativa C peca em criar uma ressalva (“salvo se houver risco”) que não existe no Estatuto (alínea “b”).

A alternativa D fala em “meio ambiente” e “direitos sociais”, o que contradiz a alínea “d”, do art. 4º.

E a alternativa E, assim como a alternativa A, traz uma disposição completamente alheia ao conceito de
“garantia de prioridade” previsto no Estatuto.

161. (VUNESP/TJ-MT - 2018) A respeito da adoção, assinale a assertiva correta.


a) A adoção por procuração é admitida em caso de comoriência.
b) O adotando deve contar com, no máximo, dezesseis anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda
ou tutela dos adotantes.
c) Em caso de conflito entre direitos e interesses do adotando e de outras pessoas, inclusive seus pais
biológicos, devem prevalecer os direitos e os interesses do adotando.
d) A adoção é medida excepcional, porém revogável em certos casos, à qual se deve recorrer apenas quando
esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa.
e) A simples guarda de fato autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio de convivência.

Comentários

A alternativa A está incorreta. Segundo o ECA (art. 39, § 2º), é vedada a adoção por procuração.

A alternativa B está incorreta também. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do
pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes (art. 40, do ECA).

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Segundo o art. 39, § 3º:

§ 3o Em caso de conflito entre direitos e interesses do adotando e de outras pessoas,


inclusive seus pais biológicos, devem prevalecer os direitos e os interesses do adotando.

A alternativa D está, por outro lado, está incorreta. A adoção é medida irrevogável (art. 39, § 1º). Confiram:

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§ 1o A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando


esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou
extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei.

E a alternativa E, por fim, está incorreta também. Ao contrário do que diz a assertiva, a simples guarda de
fato não autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio de convivência (art. 46, § 2º):

§ 2o A simples guarda de fato NÃO autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio
de convivência.

162. (VUNESP/MP-SP - 2018) Nos termos do disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em
relação à Família Natural, Substituta, Guarda, Tutela ou Adoção, é correto afirmar que
a) poderá ser deferida adoção em favor de candidato domiciliado no Brasil não cadastrado previamente nos
termos expressos da Lei no 8.069/90 (ECA) quando for formulada por parente com o qual a criança ou
adolescente mantenha vínculos de afinidade e afetividade.
b) os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no
próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro documento público, qualquer
que seja a origem da filiação, não podendo tal reconhecimento preceder o nascimento do filho.
c) salvo expressa e fundamentada determinação em contrário, da autoridade judiciária competente, o
deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros não impede o exercício do direito de visitas
pelos pais, afastando apenas o dever de prestar alimentos.
d) o deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou suspensão do poder familiar e
estabelece, salvo decisão expressa da autoridade judiciária, o dever de guarda.
e) a colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, independentemente da
situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos da Lei no 8.069/90 (ECA), sendo que em se tratando
de criança maior de 10 (dez) anos de idade, será necessário seu consentimento, colhido em audiência.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Essa, inclusive, é uma das três hipóteses que a lei
ressalva. De acordo com o art. 50, § 13, II, do ECA:

§ 13. Somente poderá ser deferida adoção em favor de candidato domiciliado no Brasil
não cadastrado previamente nos termos desta Lei quando:

I - se tratar de pedido de adoção unilateral;

II - for formulada por parente com o qual a criança ou adolescente mantenha vínculos de
afinidade e afetividade;

III - oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda legal de criança maior de 3 (três)
anos ou adolescente, desde que o lapso de tempo de convivência comprove a fixação de
laços de afinidade e afetividade, e não seja constatada a ocorrência de má-fé ou qualquer
das situações previstas nos arts. 237 ou 238 desta Lei.

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A alternativa B, por outro lado, está incorreta. O reconhecimento em questão pode tanto preceder o
nascimento do filho, quanto suceder-lhe ao falecimento, nos termos do art. 26, parágrafo único, do ECA.
Veja:

Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta
ou separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura
ou outro documento público, qualquer que seja a origem da filiação.

Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou suceder-lhe


ao falecimento, se deixar descendentes.

A alternativa C está incorreta, também. Salvo expressa e fundamentada determinação em contrário, da


autoridade judiciária competente, ou quando a medida for aplicada em preparação para adoção, o
deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros não impede o exercício do direito de visitas
pelos pais, assim como o dever de prestar alimentos (art. 33, § 4º, do ECA).

A alternativa D está incorreta também. O deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou
suspensão do poder familiar e implica necessariamente o dever de guarda (art. 36, parágrafo único, do ECA).

E a alternativa E também está incorreta. A idade é a de 12 (doze) anos, não de 10 (dez). Veja (art. 28, caput,
e § 2º, do ECA):

Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção,
independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei.

§ 2o Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu consentimento,


colhido em audiência.

163. (VUNESP/TJSP - 2018) “Depois que Dona Benta concluiu a história do mundo contada à moda dela,
os meninos pediram mais.
– Mais, quê? – perguntou a boa avó. – Poderei contar muitas histórias assim – história da Física, história da
Química, história da Geologia, história da Geografia...
– Conte a história da Geografia – pediu Pedrinho, que andava sonhando com viagens pelos países
estrangeiros.
E Dona Benta contou a Geografia.”
(Monteiro Lobato. Geografia de Dona Benta – in Obras Completas. vol. 1. Série B. Editora Brasiliense: São
Paulo, 1972. p. 47)
Para o Estatuto da Criança e do Adolescente, a avó, Dona Benta, integra a família
a) natural de Pedrinho, formada pelos ascendentes e descendentes, podendo viajar somente com ela para o
exterior, com autorização do pai ou da mãe, ou do juiz.
b) extensa ou ampliada de Pedrinho, formada de parentes próximos com os quais a criança convive e
mantém vínculos de afinidade, podendo viajar somente com ela para o exterior, independentemente de
qualquer autorização.

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SEDUC-AL - 2021 Pré-Edital 187


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c) extensa ou ampliada de Pedrinho, formada de parentes próximos com os quais a criança convive e mantém
vínculos de afinidade, mas não pode, somente com ela, viajar para o exterior, sem autorização de ambos os
pais ou do juiz.
d) natural de Pedrinho, formada pelos ascendentes e descendentes, mas não pode, somente com ela, viajar
para o exterior, sem autorização de ambos os pais ou do juiz.

Comentários

Questão fácil que cobrou o conhecimento do art. 25, do ECA:

Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles
e seus descendentes.

Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para
além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com
os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.

Assim, Dona Benta, avó de Pedrinho, é considerada família extensa ou ampliada.

A questão ainda cobra a autorização para viagem ao exterior. Mesmo com a família extensa, a criança não
poderá viajar sem autorização. Vejamos o art. 83:

Art. 83. Nenhuma criança poderá viajar para fora da comarca onde reside,
desacompanhada dos pais ou responsável, sem expressa autorização judicial.

Assim, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

164. (VUNESP/TJSP - 2018) A adoção internacional de criança brasileira, ou domiciliada no Brasil,


somente terá lugar quando
a) o estrangeiro ou casal estrangeiro apresentar situação socioeconômica vantajosa para a criança, se não
houver adotantes habilitados no Brasil, na mesma situação ou melhor.
b) comprovado que a colocação em família adotiva estrangeira, independentemente de qualquer outro
requisito, é solução que não traz prejuízo à criança, salvo se esta manifestar o desejo de permanecer no
Brasil.
c) independentemente da existência de adotantes habilitados residentes no Brasil com perfil compatível com
a criança, o juiz concluir que aquela é a melhor solução para a criança.
d) comprovado que a colocação em família adotiva é a solução adequada ao caso concreto e que foram
esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança em família adotiva brasileira, com a comprovação,
certificada nos autos, da inexistência de adotantes habilitados residentes no Brasil com perfil compatível
com a criança, após consulta aos cadastros mencionados no Estatuto da Criança e do Adolescente.

Comentários

A questão cobra os incisos do art. 51, § 1º. Vejamos:

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SEDUC-AL - 2021 Pré-Edital 188


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Art. 51. Considera-se adoção internacional aquela na qual o pretendente possui residência
habitual em país-parte da Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa à Proteção
das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, promulgada pelo
Decreto no 3.087, de 21 junho de 1999, e deseja adotar criança em outro país-parte da
Convenção.

§ 1o A adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro ou domiciliado no Brasil


somente terá lugar quando restar comprovado:

I - que a colocação em família adotiva é a solução adequada ao caso concreto;

II - que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança ou adolescente


em família adotiva brasileira, com a comprovação, certificada nos autos, da inexistência de
adotantes habilitados residentes no Brasil com perfil compatível com a criança ou
adolescente, após consulta aos cadastros mencionados nesta Lei;

III - que, em se tratando de adoção de adolescente, este foi consultado, por meios
adequados ao seu estágio de desenvolvimento, e que se encontra preparado para a
medida, mediante parecer elaborado por equipe interprofissional, observado o disposto
nos §§ 1o e 2o do art. 28 desta Lei.

Assim, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

165. (VUNESP/TJRS - 2018) No que diz respeito aos dispositivos previstos no Estatuto da Criança e do
Adolescente relativos ao período de gestação até o final da amamentação, assinale a alternativa correta.
a) O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao aleitamento
materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa de liberdade, à exceção daquelas
incluídas em regime disciplinar diferenciado.
b) Em virtude dos efeitos do estado gestacional ou puerperal, é vedado à gestante ou à mãe que manifeste
interesse em entregar seu filho para adoção, antes ou logo após o nascimento.
c) A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência durante o período do
pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato.
d) A gestante ou mãe que manifeste interesse em entregar seu filho para adoção, antes ou logo após o
nascimento, será encaminhada à Justiça da Infância e da Juventude, sendo que após a formalização do
interesse manifestado em audiência ou perante a equipe interprofissional, é vedada a desistência da entrega
da criança, pela mãe, após o nascimento.
e) Os estabelecimentos de atendimento à saúde, à exceção das unidades neonatais e de terapia intensiva,
deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos
casos de internação de criança ou adolescente.

Comentários

Vejamos:

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SEDUC-AL - 2021 Pré-Edital 189


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A alternativa A está incorreta, uma vez que cria uma restrição que não existe na lei (“à exceção daquelas
incluídas em regime disciplinar diferenciado”). Confiram (art. 9º, caput, do ECA):

Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições


adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida
privativa de liberdade.

A alternativa B está incorreta. A gestante ou mãe pode sim manifestar o interesse de entregar seu filho para
adoção, antes ou logo após o nascimento, hipótese em que será encaminhada à Justiça da Infância e da
Juventude (art. 19-A, do ECA).

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Trata-se de cópia literal do art. 8º, § 6º, do ECA. Vejam:

§ 6o A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência


durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato.

A alternativa D está incorreta. Na hipótese de desistência pelos genitores, manifestada em audiência ou


perante a equipe profissional, é com os genitores que a criança será mantida, sendo que será determinado
pela Justiça da Infância e da Juventude o acompanhamento familiar pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias
(art. 19-A, § 8º, do ECA).

A alternativa E está incorreta. Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as unidades neonatais


e de terapia intensiva, deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos
pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente (art. 12, do ECA).

166. (VUNESP/TJ-SP - 2017) Assinale a alternativa correta.


a) O deferimento da tutela não pressupõe a decretação da perda ou da suspensão do poder familiar.
b) A criança ou o adolescente colocado em família substituta pode ser transferido a terceiros ou a entidades
governamentais ou não governamentais, desde que mediante autorização judicial.
c) A criança ou o adolescente colocado sob guarda fica sob a dependência material e moral do detentor,
exceto para efeitos previdenciários.
d) A revogação da guarda exige o esgotamento do duplo grau de jurisdição, a elaboração de parecer pelo
Conselho Tutelar e a oitiva do Ministério Público.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o parágrafo único, do art. 36, da Lei nº 8.069/90, o deferimento
da tutela pressupõe a decretação da perda ou da suspensão do poder familiar.

Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou


suspensão do poder familiar e implica necessariamente o dever de guarda.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o art. 30, da referida Lei:

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SEDUC-AL - 2021 Pré-Edital 190


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Art. 30. A colocação em família substituta não admitirá transferência da criança ou


adolescente a terceiros ou a entidades governamentais ou não-governamentais, sem
autorização judicial.

A alternativa C está incorreta. Com base no §3º, do art. 33, do ECA, a criança ou o adolescente colocado sob
guarda fica sob a dependência material e moral do detentor, inclusive para efeitos previdenciários.

§ 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os


fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários.

A alternativa D está incorreta. O art. 35, do Estatuto da Criança e do Adolescente, estabelece que a guarda
poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial fundamentado, ouvido o Ministério Público.

167. (VUNESP/TJ-SP - 2017) Ação de anulação de registro de nascimento cumulada com pedidos de
investigação e reconhecimento de paternidade, proposta em março de 2017, por filho nascido em
dezembro de 2003, contra A, que consta do assento de nascimento como pai do autor, e contra B, a quem
se atribui a verdadeira paternidade. Realizado o exame de DNA, conclui-se que A, com quem o autor não
estabeleceu vínculo socioafetivo, não é o pai biológico do autor da ação, mas sim B. O suposto pai (B)
morre no curso do processo, antes do julgamento. Deve, então, o juiz
a) converter o julgamento em diligência e, obtendo o depoimento pessoal do autor, avaliar se persiste seu
interesse na obtenção de julgamento harmonizado com a verdade real e biológica.
b) julgar extinto o processo com resolução do mérito, reconhecendo a prescrição.
c) julgar extinto o processo sem resolução do mérito em razão do falecimento do suposto pai e,
consequentemente, da perda do objeto da ação.
d) julgar procedente a ação, após a inclusão dos herdeiros do falecido no polo passivo do feito.

Comentários

Nesse caso, o juiz deve julgar procedente a ação, após a inclusão dos herdeiros do falecido no polo passivo
do feito. Vejamos o art. 27, do ECA, combinado com o art. 110, do NCPC:

Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e


imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer
restrição, observado o segredo de Justiça.

Art. 110. Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á a sucessão pelo seu espólio
ou pelos seus sucessores, observado o disposto no art. 313, §§ 1o e 2o.

Assim, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

168. (VUNESP/Prefeitura de Andradina-SP - 2017) Em relação aos direitos fundamentais da criança e do


adolescente, conforme prescreve o Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a alternativa correta.

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a) A falta ou a carência de recursos materiais constitui um motivo para a perda ou suspensão do poder
familiar.
b) A colocação em família substituta do menor de doze anos de idade será precedida de seu consentimento,
colhido em audiência.
c) No caso de maus-tratos envolvendo crianças e adolescentes, os dirigentes de estabelecimentos de ensino
comunicarão à autoridade judicial competente.
d) O adolescente portador de deficiência não poderá ser incluído no programa de formação técnico-
profissional.
e) É proibido qualquer trabalho aos menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 23, do ECA, a falta ou a carência de recursos materiais
não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiar.

A alternativa B está incorreta. Com base no art. 28, da Lei nº 8.069/90, a colocação em família substituta far-
se-á mediante guarda, tutela ou adoção, independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente.

A alternativa C está incorreta. O art. 56, I, da referida Lei, prevê que os dirigentes de estabelecimentos de
ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de maus-tratos envolvendo seus alunos.

A alternativa D está incorreta. Não somente é garantido o direito aos adolescentes com deficiência como a
idade para aprendizagem é elastecida nesse caso. para eles a idade máxima é de 24 anos.

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 60, do ECA:

Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na
condição de aprendiz.

169. (VUNESP/MPE-SP - 2017) As diretrizes conceituais do III Congresso Mundial de Enfrentamento da


Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes estabelecem que a violência sexual contra crianças e
adolescentes é um macroconceito que envolve duas expressões:
a) abuso sexual praticado contra crianças, como todo ato, de qualquer natureza, atentatório ao direito
humano ao desenvolvimento sexual da criança; e exploração sexual, quando praticado por agente em
situação de poder e de desenvolvimento sexual desigual em relação ao adolescente vítima.
b) abuso sexual praticado por agente em situação de poder e de desenvolvimento sexual desigual em relação
ao adolescente vítima e exploração sexual praticada por diferentes agentes da sociedade, em relação à
criança vítima.
c) abuso sexual e exploração sexual, como todo ato, de qualquer natureza, atentatório ao direito humano ao
desenvolvimento sexual da criança e do adolescente, praticado por agente em situação de poder e de
desenvolvimento sexual desigual em relação à criança e adolescente vítimas.

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d) abuso sexual praticado por adultos da família contra crianças, atentatório ao seu direito humano ao
desenvolvimento sexual, e exploração sexual, praticada pelas diferentes mídias, atentatório ao direito
humano ao desenvolvimento sexual do adolescente vítima.
e) abuso sexual praticado pela mídia contra crianças, atentatório ao seu direito humano ao desenvolvimento
sexual e exploração sexual, praticada por adultos contra jovens adolescentes, atentatório ao direito humano
ao desenvolvimento sexual do adolescente vítima.

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Uma forte diretriz adotada pelos documentos finais
do III Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi a de dar
visibilidade as duas expressões principais da violência sexual, abuso e exploração.

Neste documento entende-se a violência sexual expressada de duas formas, abuso sexual e exploração
sexual, como todo ato, de qualquer natureza, atentatório ao direito humano ao desenvolvimento sexual da
criança e do adolescente, praticado por agente em situação de poder e de desenvolvimento sexual desigual
em relação à criança e adolescente vítimas.

170. (VUNESP/TJM-SP - 2016) Nos termos preconizados pela Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, a
criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em
processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na
Constituição e nas leis. E, ainda, estabelece que o direito ao respeito consiste
a) em buscar refúgio, auxílio e orientação, bem como crença e culto religioso.
b) na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente.
c) na participação da vida política, na forma da lei, como também da vida familiar e comunitária, sem
discriminação.
d) em ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais.
e) em ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta.

Comentários

O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do


adolescente, conforme estabelece o art. 17, do ECA:

Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e


moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade,
da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.

Por isso, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

As alternativas A, C e D estão incorretas, pois dizem respeito ao direito à dignidade. Vejamos o art. 16, da
referida Lei:

Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:

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I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições
legais;

II - opinião e expressão;

III - crença e culto religioso;

IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;

V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;

VI - participar da vida política, na forma da lei;

VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.

Por fim, a alternativa E também está incorreta. De acordo com o art. 19, da Lei nº 8.069/90, é direito da
criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família
substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento
integral.

171. (VUNESP/MPE-SP - 2016) O artigo 4º da Lei Federal nº 8.069/90, Estatuto da Criança e do


Adolescente – estabelece que é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder
público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária e, em seu parágrafo único, esclarece que a garantia de
prioridade compreende, além de outras, a
a) primazia na destinação de recursos voltados à proteção e ao socorro nas instituições públicas.
b) primazia na destinação de recursos para atendimento emergencial, exclusivamente no sistema público de
saúde.
c) primazia na formulação e na execução das políticas públicas voltadas ao esporte.
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à
juventude.
e) destinação privilegiada de recursos materiais e financeiros voltados ao atendimento em instituições
particulares especializadas.

Comentários

Essa questão cobra o parágrafo único do art. 4º, citado no caput da questão.

Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:

a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;

b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;

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c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;

d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à


infância e à juventude.

Assim, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

FGV

172. (FGV/Pref Angra - 2019) A foto a seguir, mostra a passeata realizada em Salvador (BA) para celebrar
o 27º ano da publicação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A respeito da mensagem da faixa, “Caminhada do ECA. Criança e Adolescente não é Futuro e sim Presente”,
analise as afirmativas a seguir.
I. A mensagem enfatiza a necessidade de aplicar de imediato as diretrizes do Estatuto, que define o cuidado
com crianças e adolescentes como uma prioridade no presente.
II. A mensagem defende o cumprimento do Estatuto para efetivar os direitos de cidadania das crianças e
adolescentes, dando-lhes perspectivas de uma vida melhor no presente e no futuro.
III. A mensagem celebra a inovação trazida pelo Estatuto, de considerar crianças e adolescentes como adultos
em miniatura, por isso sujeitos jurídicos com os mesmos direitos e responsabilidades.
Assinale a opção que indica as afirmativas que interpretam corretamente a mensagem.
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Vejamos cada afirmativa:

Aa afirmativas I e II estão corretas. O Estatuto da Criança apresenta disposições que definem cuidados para
o presente, mas também previsões programáticas, a serem aplicadas como uma meta futura às crianças e
adolescentes. O artigo 3º, por exemplo, apresenta uma série de direitos que devem ser garantidos de
imediato mas que, com o decurso do tempo, passarão por melhorias e incrementos.

Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à


pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-
lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar
o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e
de dignidade.

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Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e


adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia
ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e
aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra
condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem.

A afirmativa III está incorreta. A visão da criança como um adulto em miniatura é característica do século
XIX. Atualmente, as crianças e os adolescentes são vistos como sujeitos em desenvolvimento.

173. (FGV/DPE-RJ - 2019) Solteira, desempregada e mãe de três meninos, Kelly desesperou-se com a
quarta gravidez e decidiu que abandonaria o bebê no hospital. Então uma amiga apresentou-lhe uma
conhecida, Vera, e Kelly concordou em entregar a criança para ela. Vera decorou o quarto e fez um enxoval
para o bebê, uma menina. Na maternidade, Kelly se arrependeu e decidiu ficar com a filha recém-nascida.
Inconformada, Vera procurou a Defensoria Pública.
Considerando o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente:
a) Kelly não será obrigada a entregar a filha para Vera, mas caberá ação contra a genitora de indenização à
pretendente por danos morais e materiais;
b) a situação deverá ser informada à Justiça da Infância e da Juventude, que imediatamente encaminhará o
bebê para adoção por adotantes habilitados;
c) o Conselho Tutelar providenciará o acolhimento institucional do bebê no aguardo do resultado da
audiência de conciliação entre Vera e Kelly;
d) a menina será mantida com a mãe e caberá o encaminhamento da hipótese à Justiça da Infância e da
Juventude, que determinará o acompanhamento familiar;
e) Kelly será destituída do poder familiar por abandono de incapaz e Vera terá preferência para consumar a
adoção combinada na gestação.

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. O acordo entre Kelly (mãe) e Vera é ilegal pois, de
acordo com o §1º do art. 13 do Estatuto da Criança e do Adolescente, “as gestantes ou mães que manifestem
interesse em entregar seus filhos para adoção serão obrigatoriamente encaminhadas, sem constrangimento,
à Justiça da Infância e da Juventude". Desse modo, Kelly deveria ter procurado o Judiciário para que fossem
cumpridos os procedimentos legais de colocação da criança em família substituta. Além disso, conforme o
§5º do art. 166 do ECA, o consentimento é retratável até a data da realização da audiência e os pais podem
exercer o arrependimento no prazo de 10 dias, contado da data de prolação da sentença de extinção do
poder familiar. Não havia, portanto, nenhum fundamento que impedisse Kelly de desistir de entregar a
criança.

A alternativa A está incorreta. O acordo entre Kelly e Vera é ilícito e, por isso, não é cabível ação
indenizatória.

As alternativas B, C e E estão incorretas pois a Kelly é garantido o direito de retratar-se do consentimento e


arrepender-se. Logo, não seria possível, por qualquer maneira que fosse, obrigá-la a entregar seu filho para
adoção.

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174. (FGV/DPE-RJ - 2019) A jovem Débora, de 20 anos, ficou grávida de um namorado que não quis
assumir o filho. Considerando-se muito jovem, a gestante decidiu entregar o filho para adoção.
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90), a jovem deverá ser obrigatoriamente
encaminhada sem constrangimento para:
a) o Conselho Tutelar;
b) o Ministério Público;
c) o CREAS;
d) o CRAS;
e) a Justiça da Infância.

Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o §1º do art. 13 do Estatuto da Criança
e do Adolescente (Lei nº 8.069/90): “As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos
para adoção serão obrigatoriamente encaminhadas, sem constrangimento, à Justiça da Infância e da
Juventude.”

As alternativas A, B, C e D estão incorretas pois não correspondem à previsão legal adequada.

175. (FGV/Pref Salvador - 2019) Michel, de 15 anos, foi baleado na perna quando “trabalhava” em uma
boca de fumo, o que o levou à internação hospitalar em estado grave. A mãe do rapaz se prontificou a
permanecer junto ao filho durante o período de hospitalização, mas o hospital se recusou, alegando que
se tratava de adolescente autor de ato infracional.
Sobre a conduta do hospital, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), assinale a afirmativa
correta.
a) Correta, porque os hospitais só precisam garantir condições para permanência em tempo integral de um
dos pais ou responsável nos casos de internação de criança.
b) Correta, já que o adolescente cometeu ato infracional, devendo ser acompanhado, no período de
internação hospitalar, por agente de segurança, que zelará por sua permanência no local.
c) Incorreta, pois o estabelecimento de atendimento à saúde deve proporcionar condições para a
permanência em tempo integral de pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente.
d) Incorreta, pois os hospitais devem comunicar a internação hospitalar de crianças e adolescentes para o
Conselho Tutelar, pedindo a autorização para permanência de familiar no local.
e) Correta, já que o estado de saúde do adolescente era grave, e a permanência de acompanhante
representaria um estresse desnecessário à família.

Comentários

A alternativa A está incorreta. Como visto, a garantia de acompanhamento é para criança ou adolescente
que seja internado.

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A alternativa B está incorreta. O fato de o adolescente ter cometido um ato infracional não o impede de ser
acompanhado por sua mãe.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Segundo o art. 12 do Estatuto da Criança e do


Adolescente: “Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as unidades neonatais, de terapia
intensiva e de cuidados intermediários, deverão proporcionar condições para a permanência em tempo
integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente.”

A alternativa D está incorreta. Como visto, trata-se de um direito que não depende de autorização.

A alternativa E está incorreta. O ECA não faz qualquer distinção quanto ao estado de saúde da criança e do
adolescente.

176. (FGV/Pref Angra - 2019) Uma família recusou-se a vacinar seu filho recém-nascido e foi denunciada
ao Conselho Tutelar. Considerando a situação acima e o que dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente,
assinale a afirmativa correta.
a) O Estado não deve legislar sobre a obrigatoriedade de vacinas.
b) O Conselho Tutelar não deve interferir em casos dessa natureza.
c) O Conselho Tutelar deve aprovar (ou reprovar) as motivações alegadas pelas famílias.
d) O Estado deve garantir vacinas, mas sua aplicação é facultada à decisão familiar.
e) O Estado deve obrigar a vacinação nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias.

Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. O §1º do art. 14 do Estatuto da Criança e do


Adolescente (Lei nº 8.069/90) define que é obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados
pelas autoridades sanitárias.

A alternativa A está incorreta. O Estado detém legitimidade para legislar sobre saúde e, consequentemente,
sobre a obrigatoriedade da vacinação por tratar-se, também, de medida de saúde coletiva.

A alternativa B está incorreta. O Conselho Tutelar deverá atuar na defesa dos interesses das crianças e dos
adolescentes, dentre eles o direito à vida e à saúde.

A alternativa C está incorreta. Não há que se falar em motivações, visto que a vacinação é obrigatória.

A alternativa D está incorreta. Como visto, a vacinação é obrigatória.

177. (FGV/DPE-RJ - 2019) Em uma instituição destinada à execução de medidas socioeducativas, a


assistente social Irene recebe um adolescente que relata estar sendo constantemente humilhado e
ameaçado por um dos agentes que trabalha na instituição.
Irene imediatamente entra em contato com o Conselho Tutelar, que pode aplicar a seguinte medida ao
agente, sem prejuízo de outras providências legais:
a) advertência;

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b) multa;
c) demissão;
d) transferência;
e) suspensão.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Os incisos I e V do art. 18-B do Estatuto da Criança e
do Adolescente apresentam as medidas aplicáveis em caso de castigos físicos e/ou tratamento cruel ou
degradante:

Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos


executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de
crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico
ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou
qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às
seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso:

I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família;

II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;

III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;

IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado;

V - advertência.

Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar,
sem prejuízo de outras providências legais.

As alternativas B, C, D e E estão incorretas, tendo em vista que não apresentam medidas aplicáveis em caso
de castigo físico e/ou tratamento cruel ou degradante.

178. (FGV/Pref Angra - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu Capítulo sobre o Direito à
Liberdade, ao Respeito e à Dignidade, afirma que o direito ao respeito consiste
a) na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente.
b) na proteção dos menores, por serem indefesos de fato e incapazes perante a lei.
c) no suporte moral e material aos jovens, para a consolidação de sua futura autonomia.
d) no suprimento das carências ou necessidades da criança e do adolescente.
e) na preservação dos interesses da criança e do adolescente, segundo o discernimento da família e do
Estado.

Comentários

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A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O direito ao respeito está previsto no art. 17 do
Estatuto da Criança e do Adolescente que prevê que “o direito ao respeito consiste na inviolabilidade da
integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da
identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.”

As alternativas B, C, D e E estão incorretas, visto que não se adequam à previsão contida acerca do direito
ao respeito.

179. (FGV/Pref Angra - 2019) O Art. 15 da Lei nº 8.069/90 define a criança e o adolescente como
a) objetos de tutela social e moral.
b) seres portadores de direitos parciais.
c) pessoas em processo de desenvolvimento.
d) menores de idade com amplo direito à assistência.
e) indivíduos em condição infanto-juvenil.

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Nos termos do art. 15 do Estatuto da Criança e do
Adolescente: “A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas
humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na
Constituição e nas leis.”

As alternativas A, B, D e E estão incorretas, visto que não apresentam a definição legal da criança e do
adolescente contida no art. 15.

180. (FGV/DPE-RJ - 2019) Michelle, 20 anos, presa em flagrante com grande quantidade de drogas
escondida nas roupas de sua filha Ana Júlia, 3 anos, foi, posteriormente, condenada a 5 anos de reclusão.
Assim que a mãe foi presa, a criança foi encaminhada para uma entidade de acolhimento.
Considerando o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente, a reintegração familiar da menina poderá
ser feita na forma de:
a) adoção simples por pessoa com comprovados laços de consanguinidade e parentesco;
b) adoção plena pelos progenitores maternos ou por tutores indicados pela genitora;
c) guarda temporária por pretendentes habilitados do Cadastro Nacional de Adoção;
d) permanência no abrigo no aguardo do cumprimento integral da pena de reclusão pela mãe;
e) inserção em família extensa com quem ela tenha convivência e vínculos de afinidade e afetividade.

Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Inicialmente, deve-se lembrar que a privação de
liberdade não veda a convivência de Michelle e Júlia, como dispõe o §4º do art. 19 do Estatuto da Criança e
do Adolescente: “Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado de
liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento

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institucional, pela entidade responsável, independentemente de autorização judicial.” Além disso, de acordo
com o §2º do art. 23 do ECA, a condenação criminal, em regra, não implica a destituição do poder familiar,
salvo a hipótese de condenação por crime doloso sujeito à pena de reclusão contra outrem igualmente titular
do mesmo poder familiar ou contra filho, filha ou outro descendente. O ECA prioriza a manutenção ou
reinserção familiar, ainda que na família extensa, em detrimento de outras medidas de acolhimento. Nesse
sentido, vejamos o conceito de família extensa ou ampliada apresentado pelo parágrafo único do art. 25, a
preferência pela inserção da criança ou do adolescente em família extensa, disposta no §3º do art. 19 e, por
fim, a excepcionalidade da adoção, prevista no §1º do art. 39.

Art. 25. Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende
para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos
com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e
afetividade.

Art. 19. §3º A manutenção ou a reintegração de criança ou adolescente à sua família terá
preferência em relação a qualquer outra providência, caso em que será esta incluída em
serviços e programas de proteção, apoio e promoção, nos termos do § 1º do art. 23, dos
incisos I e IV do caput do art. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei.

Art. 39. §1º A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas
quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural
ou extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei.

As alternativas A, B, C e D estão incorretas pois não apresentam medidas de manutenção ou reinserção


familiar, ainda que na família extensa.

181. (FGV/DPE-RJ - 2019) Verificou-se que a menina Maria Luísa, de 4 anos, estava sendo submetida a
maus-tratos, o que ensejou seu acolhimento institucional.
Segundo o ECA (Lei nº 8.069/90), a permanência em programa de acolhimento, exceto se comprovada
necessidade fundamentada pela autoridade judiciária, NÃO se prolongará por mais de:
a) 6 meses;
b) 12 meses;
c) 18 meses;
d) 24 meses;
e) 30 meses.

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o §2º do art. 19 do Estatuto da Criança
e do Adolescente (Lei nº 8.069/90): “A permanência da criança e do adolescente em programa de
acolhimento institucional não se prolongará por mais de 18 (dezoito meses), salvo comprovada necessidade
que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária.”

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As alternativas A, B, D e E estão incorretas, pois não apresentam corretamente o prazo máximo de


permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional.

182. (FGV/DPE-RJ - 2019) Adriana tem 15 anos e deu entrada em um serviço de acolhimento institucional
no final de sua gestação.
Após o nascimento, a criança:
a) por determinação judicial, será colocada em família substituta;
b) terá garantida a convivência integral com a mãe;
c) será entregue aos avós maternos, caso existam;
d) deverá ser entregue para a adoção;
e) ficará sob os cuidados de uma entidade religiosa.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A situação hipotética apresentada enquadra-se


perfeitamente na previsão do §5º do art. 19 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90): “Será
garantida a convivência integral da criança com a mãe adolescente que estiver em acolhimento
institucional.”

As alternativas A, C, D e E estão incorretas, pois não apresentam o tratamento legal dado ao tema.

183. (FGV/DPE-RJ - 2019) Desde o início do século XX, as políticas produzidas para os ditos “menores”
priorizavam o afastamento de suas famílias de origem e a “internação”.
A partir da década de 1970, todavia, a internação maciça passou a não atender mais os anseios sociais, dado
o entendimento de que os “internatos” funcionariam como escolas de crime, e a família passou a ser
considerada o melhor espaço para o desenvolvimento físico e psicológico de uma criança.
A criação da Agência de Adoção, em 1979, inseria-se nessa conjuntura.
Com relação à adoção, atualmente, analise as afirmativas a seguir.
I. Trata-se de uma importante estratégia de oferecer oportunidades de desenvolvimento e um futuro melhor
às crianças pobres.
II. Decorre diretamente da desorganização familiar e de gravidezes indesejadas.
III. Consiste em uma medida excepcional e irrevogável, à qual se se deve recorrer apenas quando esgotados
todos os recursos para manter a criança (ou adolescente) na família natural ou extensa.
Está correto o que se afirma em:
a) somente I;
b) somente II;
c) somente III;
d) somente I e III;
e) I, II e III.

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Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Vamos analisar as afirmativas separadamente:

A afirmativa I está incorreta. A adoção não é medida voltada apenas às crianças pobres, mas a todas aquelas
que não puderem ser mantidas em sua família natural ou inseridas na família extensa ou ampliada.

A afirmativa II está incorreta. A desorganização familiar e a gravidez não são causas que impliquem,
necessariamente, em adoção. Tais situações podem ser contornadas com a ajuda de familiares, por exemplo.

A afirmativa III está correta. Nos termos do §1º do art. 39 do ECA: “A adoção é medida excepcional e
irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou
adolescente na família natural ou extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei.”

184. (FGV/DPE-RJ - 2019) Maurício e Rita residem no Uruguai, mas desejam adotar uma criança
brasileira, como eles. Entram com o pedido de adoção no Brasil. Depois de todos os trâmites legais, o casal
é chamado para iniciar o processo de estágio de convivência com uma criança.
Nesse sentido, o ECA determina que esse estágio:
a) realizar-se-á no país de residência dos postulantes à adoção, pelo prazo máximo de 90 (noventa) dias,
retornando ao Brasil para avaliação;
b) inicialmente se dará no Brasil por 30 (trinta) dias, sob a supervisão diária de uma instituição de
acolhimento;
c) ocorrerá no país de residência dos postulantes à adoção, desde que este seja signatário da Convenção de
Haia;
d) será cumprido no território nacional, preferencialmente na comarca de residência da criança ou
adolescente;
e) acontecerá na capital do estado de nascimento da criança, de modo que a Vara da Infância ou a Defensoria
Pública possam acompanhar o processo.

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. O §5º do art. 46 do Estatuto da Criança e do


Adolescente prevê que o estágio de convivência será cumprido no território nacional, preferencialmente na
comarca de residência da criança ou adolescente, ou, a critério do juiz, em cidade limítrofe, respeitada, em
qualquer hipótese, a competência do juízo da comarca de residência da criança.

A alternativa A está incorreta. Como visto pela transcrição acima, o estágio de convivência será cumprido,
em regra, no território nacional, preferencialmente na comarca de residência da criança ou adolescente.
Quando ao prazo, dispõe o §3º do art. 46 do Estatuto: “Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou
domiciliado fora do País, o estágio de convivência será de, no mínimo, 30 (trinta) dias e, no máximo, 45
(quarenta e cinco) dias, prorrogável por até igual período, uma única vez, mediante decisão fundamentada
da autoridade judiciária.”

A alternativa B está incorreta. O acompanhamento do estágio de convivência é tratado no §4º do art. 46 do


ECA: “O estágio de convivência será acompanhado pela equipe interprofissional a serviço da Justiça da

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Infância e da Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política
de garantia do direito à convivência familiar, que apresentarão relatório minucioso acerca da conveniência
do deferimento da medida.”

As alternativas C e E estão incorretas. Como afirmado anteriormente, o estágio de convivência será


cumprido, em regra, no território nacional, preferencialmente na comarca de residência da criança ou
adolescente.

185. (FGV/MPE-RJ - 2019) Ezequiel e Maria, devidamente habilitados, propõem ação de adoção de Paulo
Henrique, de 8 anos. O casal é entrevistado pela equipe técnica da Vara da Infância e Juventude, no curso
do estágio de convivência iniciado com a criança, e ratifica o interesse na adoção, pois já consideram Paulo
Henrique como seu filho, nutrindo muito afeto pela criança. O estudo técnico conclui que a adoção
apresenta reais vantagens para o adotando, sendo favorável ao deferimento do pedido. Antes da
realização da audiência de instrução e julgamento, Ezequiel sofre grave acidente de trânsito e vem a
falecer. Maria se mantém firme no propósito de adotar Paulo Henrique e deseja que a adoção seja julgada
procedente inclusive em relação a Ezequiel, para que o nome deste conste do novo registro de nascimento
que será efetuado para Paulo Henrique, após o trânsito em julgado da sentença de adoção.
Tendo em vista o disposto na Lei nº 8.069/90 (ECA) e as peculiaridades do caso ora apresentado:
a) a ação deve ser obrigatoriamente extinta em relação a Ezequiel, em virtude de seu falecimento,
prosseguindo em relação a Maria, que poderá adotar a criança;
b) a sentença de adoção tem natureza constitutiva, motivo pelo qual o pedido formulado por Ezequiel não
poderia prevalecer após o seu falecimento, em razão de impossibilidade jurídica;
c) a morte do adotante Ezequiel restabelece o poder familiar do pai biológico da criança, razão pela qual seu
nome não poderá constar do novo registro de nascimento da criança;
d) a adoção produz efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença, exceto na hipótese narrada, caso em
que retroage à data do óbito;
e) a manifestação de vontade de Ezequiel no estudo técnico realizado pela equipe da Vara da Infância não
é válida, pois a Lei nº 8.069/90 exige escritura pública para essa finalidade.

Comentários

A alternativa A está incorreta. A adoção post mortem é possível e, por isso, deverá prosseguir.

A alternativa B está incorreta. O art. 47, §7º prevê expressamente que, em se tratando de adoção post
mortem, a sentença terá força retroativa à data do óbito.

A alternativa C está incorreta. A morte do adotante não gera o restabelecimento do poder familiar do pai
biológico.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. A adoção post mortem é possível e regulada no §6º
do art. 42 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Veja: “A adoção poderá ser deferida ao adotante que,
após inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a
sentença.” Como visto no comando da questão, todos os requisitos legais já estavam devidamente

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comprovados nos autos do processo de adoção – antes do falecimento de José. Quanto aos efeitos, recorde-
se do art. 47, §7º também do ECA: “A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença
constitutiva, exceto na hipótese prevista no § 6º do art. 42 desta Lei, caso em que terá força retroativa à data
do óbito.”

A alternativa E está incorreta. A exigência feita pelo Estatuto refere-se à manifestação inequívoca de vontade
do adotante antes da prolação da sentença.

186. (FGV/Pref Angra - 2019) De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90),
relacione as situações listadas a seguir às suas respectivas atribuições legais.
1. Guarda
2. Tutela
3. Adoção
( ) É deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito) anos incompletos e pressupõe a prévia
perda ou suspensão do poder familiar.
( ) É uma medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos
de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa.
( ) Obriga a prestação de assistência material, moral e educacional ao menor, que assume a condição de
dependente, para todos os fins e efeitos de direito.
Assinale a opção que mostra a relação correta, segundo a ordem apresentada.
a) 1, 2 e 3.
b) 2, 1 e 3.
c) 3, 2 e 1.
d) 1, 3 e 2.
e) 2, 3 e 1.

Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Vejamos de acordo com as disposições do Estatuto da
Criança e do Adolescente:

1. Guarda: Obriga a prestação de assistência material, moral e educacional ao menor, que assume a condição
de dependente, para todos os fins e efeitos de direito.

Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança
ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos
pais.

§ 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os


fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários.

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2. Tutela: É deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito) anos incompletos e pressupõe a
prévia perda ou suspensão do poder familiar.

Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito) anos
incompletos.

Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou


suspensão do poder familiar e implica necessariamente o dever de guarda.

3. Adoção: É uma medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os
recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa.

Art. 39. §1º A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas
quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural
ou extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei.

187. (FGV/DPE-RJ - 2019) Maria Lúcia, mãe de Paulo, 9 anos, procurou o Conselho Tutelar após ter sido
chamada pela Escola Municipal ABC, onde o menino cursa o 4º ano do Ensino Fundamental. Paulo é
cadeirante e, segundo relato da mãe, a diretora solicitou sua transferência para outra unidade escolar,
alegando que as necessidades do menino e a cadeira de rodas traziam transtornos para a turma de alunos
e para a equipe escolar.
Considerando o disposto no ECA e na lei que trata dos direitos da pessoa com deficiência, a diretora da escola
está:
a) correta, porque apenas a rede particular está obrigada a garantir atendimento aos portadores de
necessidades especiais físicas ou intelectuais;
b) correta, porque Paulo deverá preferencialmente ser inserido em unidade de ensino especial adequada às
suas reais necessidades como deficiente físico;
c) errada, porque Paulo tem direito à educação pública em sistema educacional inclusivo com condições de
acesso e permanência na escola;
d) errada, porque a própria escola deve prover tanto a escolaridade regular quanto a assistência na área de
reabilitação e saúde para alunos com deficiência;
e) correta, porque a atenção demandada por um aluno portador de necessidades especiais prejudica o
aproveitamento dos alunos com autonomia.

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. O art. 53 do Estatuto da Criança e do Adolescente, ao


tratar sobre o direito à educação, assegura a igualdade de condições para acesso e permanência na escola:

Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno


desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para
o trabalho, assegurando-se-lhes:

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I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

Além disso, no inciso III do art. 54, o Estatuto estabelece como dever do Estado assegurar à criança e ao
adolescente o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na
rede regular de ensino.
As alternativas A, B e E estão incorretas. Como visto, a diretora da escola está errada.
A alternativa D está incorreta. Não cabe à escola prover a assistência na área de reabilitação e saúde para
alunos com deficiência. Tal direito é assegurado no âmbito do Sistema Único de Saúde:

Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de cuidado voltadas à saúde da criança e do
adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, observado o princípio da
equidade no acesso a ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde.

§ 1º A criança e o adolescente com deficiência serão atendidos, sem discriminação ou


segregação, em suas necessidades gerais de saúde e específicas de habilitação e
reabilitação.

§ 2º Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente, àqueles que necessitarem,


medicamentos, órteses, próteses e outras tecnologias assistivas relativas ao tratamento,
habilitação ou reabilitação para crianças e adolescentes, de acordo com as linhas de
cuidado voltadas às suas necessidades específicas.

§ 3º Os profissionais que atuam no cuidado diário ou frequente de crianças na primeira


infância receberão formação específica e permanente para a detecção de sinais de risco
para o desenvolvimento psíquico, bem como para o acompanhamento que se fizer
necessário.

188. (FGV/Pref Salvador - 2019) Com relação ao Estatuto da Criança e do Adolescente, analise as
afirmativas a seguir.
I. A criança e o(a) adolescente têm direito à educação, centrando-se no pleno desenvolvimento para o
trabalho.
II. Os Municípios, com apoio dos Estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos e
espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude.
III. Os dirigentes de estabelecimentos de Ensino Fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar apenas os
casos de maus tratos envolvendo seus alunos.
Está correto o que se afirma em
a) I, somente.
b) II, somente.
c) I e II, somente.
d) II e III, somente.
e) I, II e III.

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Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Vamos analisar as afirmativas separadamente:

A afirmativa I está incorreta. O caput do art. 53 do ECA dispõe que "a criança e o adolescente têm direito à
educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e
qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: (...)" Note que a educação alcançará três dimensões
distintas: desenvolvimento pessoa, exercício da cidadania e qualificação para o trabalho.

A afirmativa II está correta. Nos termos do art. 59 do Estatuto da Criança e do Adolescente: "Os municípios,
com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços para
programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude."

A afirmativa III está incorreta. O art. 56 do Estatuto prevê outras situações que gerarão a obrigação de
comunicação ao Conselho Tutelar além dos casos de maus tratos:

Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao


Conselho Tutelar os casos de:

I - maus-tratos envolvendo seus alunos;

II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;

III - elevados níveis de repetência.

189. (FGV/Pref Angra - 2019) Temos nós, educadores, garantido em sala de aula os direitos de nossas
crianças e adolescentes?
Em reunião pedagógica, os profissionais de Educação Infantil discutem os direitos das crianças previstos pelo
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90) e listam um conjunto de procedimentos que
promovem, na escola, oportunidades para o exercício da cidadania desde a infância.
As opções a seguir exemplificam corretamente os procedimentos listados para uma vivência democrática, à
exceção de uma. Assinale-a.
a) Saber expressar a própria opinião sem ofender e agredir.
b) Saber escutar os outros, concordando ou divergindo.
c) Resolver os conflitos, recorrendo à autoridade do professor.
d) Sensibilizar-se diante da injustiça ou da discriminação.
e) Colocar-se no lugar do outro e ser solidário.

Comentários

A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão. O ato de resolver conflitos, inerentes ao convívio
social, é uma manifestação democrática mas poderá tornar-se abusiva quando basear-se unicamente na
autoridade do professor e sem que sejam observados parâmetros de proporcionalidade e razoabilidade.

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As alternativas A, B, D e E estão corretas e representam atitudes de respeito, empatia, compreensão,


acolhimento, não discriminação, solidariedade.

190. (FGV/Pref Angra - 2019) Guilherme é aluno do Ensino Fundamental e, ao final do primeiro semestre,
contabiliza uma quantidade de faltas acima de cinquenta por cento do percentual permitido por lei. A
escola já comunicou o fato aos responsáveis, mas as ausências injustificadas não diminuíram.
Nesse caso, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, a escola deve
a) reprovar o aluno e pedir que seja retirado do estabelecimento escolar pelo Ministério Público.
b) estabelecer um plano de recuperação para que sejam repostas as atividades não realizadas.
c) suspender a matrícula do aluno na Secretaria de Educação e notificar a família da situação de abandono
escolar.
d) comunicar a situação ao Conselho Tutelar, uma vez esgotados os recursos escolares.
e) solicitar que a família transfira a criança para outra escola, dotada de um programa de aceleração de
estudos.

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê, dentre
outras hipóteses, que a reiteração de faltas injustificadas obriga que o diretor da escola comunique o fato
ao Conselho Tutelar:

Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao


Conselho Tutelar os casos de:

I - maus-tratos envolvendo seus alunos;

II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;

III - elevados níveis de repetência.

As alternativas A, B, C e E estão incorretas e não correspondem ao tratamento legal dispensado ao tema.

191. (FGV/Pref Angra - 2019) A respeito dos direitos que o Estado deve assegurar à criança e ao
adolescente, assinale (V) para a afirmativa verdadeira e (F) para a falsa.
( ) Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade
própria.
( ) Acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência, durante a educação básica.
( ) Atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade.
Assinale a opção que mostra a relação correta, segundo a ordem apresentada.
a) F – V – F.
b) F – V – V.

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c) V – F – F.
d) V – V – V.
e) F – F – V.

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Vamos analisar cada afirmativa:

A afirmativa I é verdadeira. Prevê o art. 54, inciso I do Estatuto da Criança e do Adolescente: "É dever do
Estado assegurar à criança e ao adolescente: ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os
que a ele não tiveram acesso na idade própria."

A afirmativa II é verdadeira. De acordo com o art. 53, V do ECA: "A criança e o adolescente têm direito à
educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e
qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua
residência, garantindo-se vagas no mesmo estabelecimento a irmãos que frequentem a mesma etapa ou
ciclo de ensino da educação básica."

A afirmativa III é verdadeira. Trata-se de direito assegurado no art. 54, IV do Estatuto: "É dever do Estado
assegurar à criança e ao adolescente: atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos
de idade."

192. (FGV/Pref Angra - 2019) Em todo o Brasil, a mão de obra de crianças e adolescentes ainda é
explorada de forma indiscriminada. Seja nos semáforos, nos lixões, em feiras, ou dentro de casa, os
direitos à infância e à educação são negados para quase três milhões de crianças e adolescentes no país,
de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
https://www.cartacapital.com.br/sociedade/o-triste-aumento-dotrabalho- infantil-no-brasil/

O texto denuncia a exploração indiscriminada da mão de obra infantil e adolescente. Segundo o Estatuto da
Criança e do Adolescente, o trabalho de menor de 14 anos
a) é proibido, salvo na condição de aprendiz com garantia de frequência na escola.
b) é facultado, desde que na área rural.
c) é permitido, desde que os pais ou responsáveis notifiquem a escola.
d) é proibido, à exceção de atividade com direitos trabalhistas, fora do horário da escola.
e) é autorizado, salvo na condição de filho único e com acesso à escola.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O art. 60 do Estatuto da Criança e do Adolescente


prevê que é proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz.
O art. 63, em complemento, apresenta os princípios que devem ser observados quando da aprendizagem:

Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios:

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I - garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular;

II - atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;

III - horário especial para o exercício das atividades.

Assim, com fundamento no Estatuto da Criança e do Adolescente, tem-se que o trabalho de menor de 14
anos é proibido, salvo na condição de aprendiz com garantia de frequência à escola.

193. (FGV/Pref Angra - 2019) Com relação ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), assinale (V)
para a afirmativa verdadeira e (F) para a falsa.
( ) O ECA garante que as crianças e adolescentes não sejam considerados meros objetos de intervenção da
família e do Estado e sejam tratados como sujeitos de direitos.
( ) O ECA, além dos direitos individuais que são garantidos a todos, considera que crianças e adolescentes
estão na condição de pessoas em desenvolvimento.
( ) O ECA incentiva o direito à profissionalização e estabelece a idade de 12 anos para o início de atividades
produtivas registradas na carteira de trabalho.
As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente,
a) F – V – F.
b) F – V – V.
c) V – F – F.
d) V – V – F.
e) F – F – V.

Comentários

A afirmativa I é verdadeira. Nos termos do art. 15 do Estatuto da Criança e do Adolescente: "A criança e o
adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de
desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis."

A afirmativa II é verdadeira. O art. 71 do Estatuto prevê que a criança e o adolescente têm direito a
informação, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua
condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.

A afirmativa III é falsa. O ECA só apoia a profissionalização após os 14 anos de idade, como prevê o art. 60:
"É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz."

Portanto, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

194. (FGV/Pref Angra - 2019) Com base no Art. 67 da Lei nº 8.069/90, as opções a seguir caracterizam
restrições legais ao exercício de atividade laboral por parte de adolescente empregado, à exceção de uma.
Assinale-a.

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a) Ele está impedido de realizar trabalho noturno, entre as 22 horas de um dia e as 05 horas do dia seguinte.
b) Ele não deve ter remuneração, pois a atividade laboral deve visar à dimensão pedagógica e não ao aspecto
lucrativo.
c) Ele está proibido de exercer trabalho perigoso, insalubre ou penoso, com risco de prejuízo à sua saúde.
d) Ele está impedido de prestar trabalho em horários e locais que não lhe permitam frequentar a escola.
e) Ele não pode trabalhar em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico,
moral e social.

Comentários

A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão. O art. 67 do Estatuto da Criança e do Adolescente


não veda que haja remuneração pelos trabalhos prestados. Vejamos:

Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de


escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado
trabalho:

I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte;

II - perigoso, insalubre ou penoso;

III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico,


psíquico, moral e social;

IV - realizado em horários e locais que não permitam a frequência à escola.

As alternativas A, C, D e E estão corretas e correspondem à previsão dos incisos do art. 67 do ECA.

195. (FGV/TJ-RS - 2020) Nos juizados especiais, O processo orienta-se pelos critérios da oralidade,
simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade.
Ao tratar das intimações e das citações no âmbito dos Juizados Especiais Cíveis, a Lei n. 9.099 de 1995
estabelece que:
a) a citação não separar por edital;
b) a citação é feita exclusivamente por oficial de justiça;
c) O comparecimento espontâneo não suprirá a falta ou nulidade da citação;
d) dos atos praticados na audiência, considerar-se-ão cientes as partes presentes após intimação por oficial
de justiça;
e) dos atos praticados na audiência, considerar-se-ão cientes as partes presentes após a publicação no Diário
Oficial.

Comentários

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A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o §2º, do art. 18, do ECA, não se fará
citação por edital.

Art. 18. A citação far-se-á:

I - por correspondência, com aviso de recebimento em mão própria;

II - tratando-se de pessoa jurídica ou firma individual, mediante entrega ao encarregado da


recepção, que será obrigatoriamente identificado;

III - sendo necessário, por oficial de justiça, independentemente de mandado ou carta


precatória.

§ 2º Não se fará citação por edital.

196. (FGV/TJ-SC/2018) José, 20 anos, na companhia do irmão João, 16 anos, procura o Oficial da Infância
e Juventude buscando orientação de como proceder para que o adolescente não perca uma grande chance
de aprendizagem. Isso porque João precisa, com urgência, assinar um contrato de trabalho e abrir uma
conta bancária. Acontece que os pais dos irmãos estão viajando, com retorno previsto para dois dias após
a data limite para a assinatura do termo.
Segundo o princípio da proporcionalidade e atualidade previsto no ECA, João poderá assinar o contrato e
abrir a conta bancária:
a) sozinho, pois menor púbere;
b) com o direito de representação pelo irmão José;
c) com a suspensão do poder familiar;
d) com a ratificação posterior dos pais;
e) com a tutela pelo irmão José.

Comentários

No presente caso, João poderá ser representado por seu irmão José. Trata-se, de fato, do princípio da
proporcionalidade. Vejamos o 2º, do art. 33, do ECA:

§ 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção, para


atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou responsável, podendo
ser deferido o direito de representação para a prática de atos determinados.

O dispositivo acima prevê o direito de representação para determinados atos, que é exatamente o necessário
para abrir uma conta bancária.

Portanto, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

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197. (FGV/TJ-SC - 2018) Oficial da Infância e Juventude recebe denúncia de que Márcio e Marcelo, com
15 e 16 anos, que vivem na zona rural, estão fora dos bancos escolares por opção dos pais, que preferem
não os matricular na rede regular de ensino, para que continuem a auxiliá-los em tempo integral com a
plantação de milho. O Oficial da Infância e Juventude presta toda a orientação e apoio ao casal, mas os
pais insistem que o melhor para os filhos é permanecer no trabalho rural, pois já terminaram o ensino
fundamental.
Diante da negativa dos pais, e com base nas atribuições do Oficial da Infância e Juventude previstas no ECA,
o procedimento a ser adotado é:
a) efetuar relatório à autoridade judicial;
b) comunicar o fato ao Ministério Público;
c) acionar o Conselho Tutelar;
d) registrar a ocorrência em sede policial;
e) lavrar auto de infração.

Comentários

Como sabemos, os pais têm o dever de matricular seus filhos na rede regular de ensino. Esse é um dos
deveres inerentes ao poder familiar. Vejamos o art. 55, do ECA:

Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede
regular de ensino.

O descumprimento desse dever por parte dos pais acarreta a infração administrativa prevista do art. 249, do
ECA, e implica em lavratura do auto de infração pelo Oficial.

Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, os deveres inerentes ao poder familiar ou


decorrente de tutela ou guarda, bem assim determinação da autoridade judiciária ou
Conselho Tutelar:

Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de


reincidência.

Assim, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

198. (FGV/TJ-SC - 2018) Maria, mãe de Joana, de 17 anos, desaparecida há 2 meses, procura o Juízo da
Infância e da Juventude a fim de tentar localizar a filha, na companhia de Júlia, 3 anos, sua neta, filha de
Joana. Ao ser atendida pelo Oficial da Infância e Juventude, descobre que a filha está internada pela prática
de ato infracional.
Na oportunidade, o Oficial da Infância e Juventude lhe informa a entidade de internação em que a filha está
e os direitos dos adolescentes privados de liberdade, destacando-se:
a) visita íntima entre Joana e Júlia;

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b) atendimento em creche e pré-escola para Júlia;


c) visitas de Maria, mas não de Júlia;
d) telefonemas diários para Júlia;
e) visitas externas para ver Júlia.

Comentários

A alternativa A está incorreta. O adolescente em cumprimento de medida de internação tem direito a


receber visitas semanalmente, contudo, não se aplica a visita íntima nesse caso. Vejamos o art. 124, VII:

Art. 124. São direitos do adolescente privado de liberdade, entre outros, os seguintes:

VII - receber visitas, ao menos, semanalmente;

Ademais, o art. 68, da Lei 12.594/2012, estabelece a visita íntima. Para isso, necessário que seja cônjuge ou
esteja convivendo, comprovadamente, em união estável. Contudo, a questão não traz nenhuma indicação
nesse sentido.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Estando a mãe em cumprimento de medida


socioeducativa ou não, a criança de zero a cinco anos tem direito ao atendimento em creche e pré-escola.
Vejamos o art. 54, IV, do ECA:

Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade;

Além da previsão genérica do ECA, o art. 49, VIII, da Lei 12.594/2012, prevê especificamente o direito ao
atendimento em creche e pré-escola quando o adolescente internado possuir filhos.

A alternativa C está incorreta. Júlia também pode visitar Joana.

A alternativa D está incorreta, pois não há previsão de telefonemas.

Do mesmo modo, a alternativa E está incorreta, pois embora se permita a visita externa, ela não constitui
um direito automático do adolescente em cumprimento de medida socioeducativa de internação, mas
depende de cumprimento de metas e da responsabilidade do adolescente, a ser aferida pela equipe técnica
da entidade de internação.

199. (FGV/TJ-SC - 2018) Marcelo e Márcio vivem em união estável e decidem adotar uma criança. Para
tanto, encaminham-se até o Juízo da Infância e da Juventude, recebendo do Oficial da Infância e Juventude
a seguinte orientação sobre a habilitação de pretendentes à adoção prevista no ECA:
a) somente serão habilitados para adoção de criança ou adolescente com deficiência ou doença crônica;
b) um se habilita e, após a adoção, o outro ingressa com pedido de adoção unilateral;
c) é vedada a adoção conjunta por pessoas que vivem em união homoafetiva;

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d) não poderão se habilitar, pois apenas os casados podem adotar conjuntamente;


e) terão prioridade no cadastro, caso desejem adotar criança ou adolescente com deficiência ou doença
crônica.

Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, com base no art. 47, § 9º, do ECA:

§ 9º Terão prioridade de tramitação os processos de adoção em que o adotando for criança


ou adolescente com deficiência ou com doença crônica.

As demais alternativas estão incorretas.

- A adoção de criança ou adolescente com deficiência ou doença grave não pode ser uma imposição.

- O processo de adoção é movido por ambos os adotantes, conjuntamente.

- é permitida a adoção por casais que vivem em união homoafetiva no Brasil.

- O casamento não é obrigatoriedade para a adoção.

200. (FGV/TJ-SC - 2018) O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece ser assegurada, com absoluta
prioridade, a efetivação dos direitos da criança e do adolescente. Assim, Oficial da Infância e Juventude
orientou os profissionais da saúde de um hospital particular sobre o dever que possuem de respeitar tal
princípio, quando do atendimento de crianças e adolescentes na emergência.
A orientação do Oficial da Infância e Juventude, nessa hipótese, está:
a) correta, porque a prioridade compreende a primazia de receber proteção e socorro;
b) incorreta, pois a prioridade compreende a primazia de receber proteção e socorro apenas na rede pública;
c) incorreta, já que a prioridade abrange a precedência de atendimento nos serviços de relevância pública;
d) incorreta, pois inexiste prioridade, quando não há destinação privilegiada de recursos públicos;
e) correta, uma vez que a garantia da prioridade abrange a necessidade de uma intervenção mínima.

Comentários

A orientação do Oficial está correta, pois a criança e o adolescente possuem prioridade absoluta na
efetivação de vários direitos, inclusive do direito à saúde. Vejamos o art. 4º, parágrafo único, do ECA:

Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público


assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,
ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:

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a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;

Assim, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

201. (FGV/TJ-SC - 2018) Vinte adolescentes entre 15 e 17 anos, todos desacompanhados, montam
acampamento, na rua, em frente à porta de entrada do show de uma famosa banda internacional de pop
rock, que ocorrerá daqui a cinco dias. Oficial da Infância e Juventude dirige-se até lá para conversar com o
grupo, a fim de que evitem pernoitar no local, por ser muito perigoso.
Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente, conclui-se que os adolescentes:
a) poderão pernoitar no local, considerando o direito à liberdade;
b) não poderão pernoitar no local, uma vez que violariam o direito à própria dignidade;
c) poderão pernoitar no local, pela abrangência do direito ao respeito;
d) não poderão pernoitar no local, pois o direito à liberdade não abrange a permanência;
e) poderão pernoitar no local, em razão do direito à cultura.

Comentários

O direito de liberdade abrange i aspecto de ir e vir, mas não o de permanecer. Vejamos o art. 16, I, do ECA:

Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:

I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições
legais;

Assim, os adolescentes não poderão pernoitar no local. Dessa forma, a alternativa D está correta e é o
gabarito da questão.

202. (FGV/TJ-SC - 2018) Maria, criança com 7 anos, testemunhou o seu padrasto praticar violência física
contra a sua irmã Joana, de 12 anos, o que causou na adolescente intenso sofrimento. Cientificado dos
fatos, o Promotor de Justiça ingressou com ação penal em face do abusador, pugnando pela oitiva das
irmãs em Juízo.
Considerando o sistema de garantia de direitos introduzido pela Lei nº 13.431/2017, a oitiva das meninas
será realizada da seguinte forma:
a) escuta especializada de Joana, vítima, e depoimento comum de Maria, testemunha;
b) depoimentos especiais de Maria e Joana, testemunha e vítima, respectivamente;
c) escutas especializadas de Maria e Joana, testemunha e vítima, respectivamente;
d) depoimento especial de Joana, vítima, e depoimento comum de Maria, testemunha;
e) depoimentos comuns de Joana, vítima, e Maria, testemunha, por não se tratar de violência sexual.

Comentários

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SEDUC-AL - 2021 Pré-Edital 217


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A Lei 13.431/2017 estabeleceu um sistema de proteção para a criança que seja vítima ou testemunha de
violência. As crianças e adolescentes poderão ser ouvidos no processo por meio do depoimento especial,
conforme § 1º, do art. 4º, da referida Lei.

§ 1º Para os efeitos desta Lei, a criança e o adolescente serão ouvidos sobre a situação de
violência por meio de escuta especializada e depoimento especial.

Vejamos, ainda, o art. 8º:

Art. 8º Depoimento especial é o procedimento de oitiva de criança ou adolescente vítima


ou testemunha de violência perante autoridade policial ou judiciária.

Dessa forma, tanto Maria quanto Joana serão ouvidas por meio do depoimento especial, de forma que a
alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

203. (FGV/TJ-SC - 2018) Em visita hospitalar à maternidade pública, Oficial da Infância e Juventude é
abordado por gestante, reclamando do atendimento que lhe vem sendo prestado pelo hospital, já que não
está lhe sendo garantida a presença de um acompanhante. Reclama também porque lhe afirmaram que
não poderá aguardar o parto natural, sendo a cesariana o procedimento rotineiro.
De acordo com os ditames da Lei nº 13.257/2016, que estabeleceu políticas públicas para a primeira infância,
o procedimento hospitalar está:
a) correto, pois a garantia de acompanhante da gestante é apenas da parturiente, e não existe direito ao
parto natural;
b) incorreto, quanto ao direito à acompanhante da gestante e correto quanto à ausência de direito ao parto
natural;
c) incorreto, quanto aos direitos à acompanhante da gestante e à realização do parto natural;
d) correto, quanto ao direito à acompanhante da gestante e incorreto quanto ao direito ao parto natural;
e) correto, pois a presença do acompanhante da gestante e a realização do parto natural são decisões
técnicas do médico.

Comentários

A Lei 13.257/2016, alterou o ECA e previu o direito que possui a gestante e a parturiente de ser acompanhada
por uma pessoa de sua preferência. Vejamos o § 6º, do art. 8º, do ECA:

Art. 8º É assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às políticas de saúde da


mulher e de planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada, atenção
humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-
natal integral no âmbito do Sistema Único de Saúde.

§ 6º A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência


durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato.

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Além disso, a gestante tem direito a parto natural e a cesariana ou outros procedimentos apenas serão
aplicados por motivos médicos. Veja o § 8º do mesmo artigo:

§ 8o A gestante tem direito a acompanhamento saudável durante toda a gestação e a


parto natural cuidadoso, estabelecendo-se a aplicação de cesariana e outras intervenções
cirúrgicas por motivos médicos.

Assim, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

204. (FGV/TJ-SC - 2018) Oficial da Infância e Juventude, ao sair para diligência de fiscalização no final de
semana, passa em frente a uma entidade de acolhimento institucional, quando observa dois policiais
efetuando a entrega de uma criança de 4 anos de idade. A mãe agrediu a criança em um parque, e está
sendo conduzida até a delegacia de polícia.
Considerando os princípios que regem a aplicação das medidas de proteção, a atuação dos policiais está:
a) correta, diante da proporcionalidade e atualidade da medida;
b) incorreta, desrespeitada a obrigatoriedade da informação;
c) correta, observada a proteção integral e prioritária;
d) incorreta, violada a prevalência da família;
e) correta, respeitado o interesse superior da criança.

Comentários

A regra é que, se afastada do convívio dos pais, a criança deve ser mantida com a família extensa. Apenas
em últimos casos se procede o acolhimento institucional, pois se trata de medida excepcional e por tempo
limitado. Vejamos o art. 19, do ECA:

Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família
e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e
comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.

Assim, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

205. (FGV/Prefeitura de Paulínia-SP - 2016) Joana, mãe de Júlio, criança com deficiência, procura a
Secretaria Municipal de Educação para obtenção de vaga para seu filho no 1º ano do Ensino Fundamental
da rede pública municipal. Ao indagar sobre a existência de vagas na rede regular de ensino, recebe
imediatamente a resposta de que deverá matricular seu filho na única escola especial da cidade, que fica
muito distante de sua residência.
Considerando o desejo de Joana, a conduta adotada pelo município
a) não está correta, pois Júlio possui preferencialmente o direito de receber atendimento especializado na
rede regular de ensino, ainda que a escola seja distante de sua residência.

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SEDUC-AL - 2021 Pré-Edital 219


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b) está correta, pois Júlio deverá se matricular na escola pública especial indicada, desde que o município lhe
forneça o transporte.
c) não está correta, pois Júlio deverá ser matriculado em uma escola especial próxima de sua residência.
d) está correta, pois Júlio deverá se matricular na escola pública especial indicada, ainda que o município não
lhe forneça o transporte.
e) não está correta, pois Júlio possui preferencialmente o direito de receber atendimento especializado na
rede regular de ensino próxima de sua residência.

Comentários

De acordo com o art. 53, V, da Lei nº 8.069/90, a criança e o adolescente têm direito ao acesso à escola
pública e gratuita próxima de sua residência.

Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno


desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para
o trabalho, assegurando-se-lhes:

V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.

Assim, a conduta adotada pelo município não está correta, pois Júlio possui preferencialmente o direito de
receber atendimento especializado na rede regular de ensino próxima de sua residência.

Dessa forma, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

CONSULPLAN

206. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2018) Quanto à família substituta, analise as afirmativas a seguir.


I. A colocação da criança ou adolescente em família substituta se fará mediante a guarda, tutela ou adoção
e independentemente da sua situação jurídica.
II. Os grupos de irmãos deverão ser colocados sob adoção, tutela ou guarda da mesma família substituta,
ressalvada a comprovada existência de risco de abuso ou outra situação que justifique plenamente a
excepcionalidade de solução diversa.
III. A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional, somente admissível nas
modalidades de tutela e adoção.
IV. Tratando-se de menor de 12 (doze) anos de idade, não será necessário seu consentimento expresso.
Estão corretas as afirmativas
A) I, II, III e IV.
B) II e III, apenas.
C) I, II e IV, apenas.
D) II, III e IV, apenas.

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Comentários

A assertiva I está correta, uma vez que reproduz o art. 28 do ECA. Vejam:

Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção,
independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei.

A assertiva II também está correta. Ela trata da disposição do art. 28, § 4º, do Estatuto. Vejamos:

§ 4º Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda da mesma família
substituta, ressalvada a comprovada existência de risco de abuso ou outra situação que
justifique plenamente a excepcionalidade de solução diversa, procurando-se, em qualquer
caso, evitar o rompimento definitivo dos vínculos fraternais.

A assertiva III, por outro lado, está incorreta. Ao contrário do que dispõe a assertiva, a colocação em família
substituta constitui medida excepcional, somente admissível na modalidade de adoção (de tutela, não).
Vejam (art. 31, ECA):

Art. 31. A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional,


somente admissível na modalidade de adoção.

E a assertiva IV, por fim, está correta. Segundo o art. 28, § 2º, do Estatuto:

§ 2º Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu


consentimento, colhido em audiência.

O gabarito, portanto, é a alternativa C.

207. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2018) Considerando o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente


(ECA) sobre a proteção integral à criança e ao adolescente, analise as afirmativas a seguir.
I. Criança, para os efeitos do ECA, é a pessoa que possuiu até 12 (doze) anos de idade completos. Em
situações excepcionais, expressas em lei, o Estatuto poderá ser aplicado às pessoas entre 18 (dezoito) anos
e 21 (vinte e um) anos de idade.
II. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em
família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu
desenvolvimento integral. A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento
institucional não se prolongará por mais de 24 (vinte e quatro meses), salvo comprovada a necessidade que
atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária.
III. A convivência integral da criança com a mãe adolescente que estiver em acolhimento institucional será
devidamente garantida.
IV. Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado de liberdade, por
meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento institucional, pela
entidade responsável, independentemente de autorização judicial.
Estão corretas as afirmativas

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a) I, II, III e IV.


b) III e IV, apenas.
c) I, III e IV, apenas.
d) II, III e IV, apenas

Comentários

A assertiva I está incorreta. O examinador apenas substituiu a palavra “incompletos” pela palavra
“completos” na redação do art. 2º, do ECA. Confiram:

Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade
incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.

Apesar disso, nos casos expresso em lei, é possível a aplicação do Estatuto a pessoas entre dezoito e vinte e
um anos de idade, nos termos do art. 2º, parágrafo único.

A assertiva II está incorreta. Ao invés do que diz a assertiva, o prazo em questão é de 18 (dezoito) meses, e
não de 24 (vinte e quatro) meses, segundo o art. 19, § 2º, do Estatuto. Vejam:

Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família
e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e
comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.

§ 2o A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional


não se prolongará por mais de 18 (dezoito meses), salvo comprovada necessidade que
atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária.

A assertiva III, por outro lado, está correta. A assertiva corresponde à cópia literal do art. 19, § 5º, do Estatuto:

§ 5o Será garantida a convivência integral da criança com a mãe adolescente que estiver
em acolhimento institucional.

E a assertiva IV, por fim, está correta também. De acordo com o art. 19, § 4º:

§ 4o Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado


de liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses
de acolhimento institucional, pela entidade responsável, independentemente de
autorização judicial.

Estando corretas apenas as assertivas III e IV, o gabarito só pode ser a alternativa B.

208. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2018) Quanto à adoção, analise as afirmativas a seguir.


I. Em caso de conflito entre direitos e interesses do adotando e de outras pessoas, inclusive seus pais
biológicos, devem prevalecer os direitos e os interesses do adotando.

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II. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios,
desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais. É recíproco o
direito sucessório entre o adotado, seus descendentes, o adotante, seus ascendentes, descendentes e
colaterais até o 4º grau, observada a ordem de vocação hereditária.
III. O prazo máximo para conclusão da ação de adoção será de 120 (cento e vinte) dias, prorrogável uma
única vez por igual período, mediante decisão fundamentada da autoridade judiciária.
IV. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o país de acolhida e a adoção não tenha sido deferida no
país de origem porque a sua legislação a delega ao país de acolhida ou, ainda, na hipótese de, mesmo com
decisão, a criança ou o adolescente ser oriundo de país que não tenha aderido à Convenção referida, o
processo de adoção seguirá as regras da adoção nacional.
Estão corretas as afirmativas
a) I, II, III e IV.
b) III e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.

Comentários

A assertiva I está correta. De acordo com o art. 39, § 3º, do ECA:

§ 3º Em caso de conflito entre direitos e interesses do adotando e de outras pessoas,


inclusive seus pais biológicos, devem prevalecer os direitos e os interesses do adotando.

A assertiva II, também, está correta. Segundo o art. 42 do Estatuto:

Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e
deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo
os impedimentos matrimoniais.

A assertiva III, do mesmo modo, está correta. Nos termos do art. 47, § 10, do ECA:

§ 10. O prazo máximo para conclusão da ação de adoção será de 120 (cento e vinte) dias,
prorrogável uma única vez por igual período, mediante decisão fundamentada da
autoridade judiciária.

E a assertiva IV, por fim, está correta também. Conforme o art. 52-D, do Estatuto:

Art. 52-D. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o país de acolhida e a adoção
não tenha sido deferida no país de origem porque a sua legislação a delega ao país de
acolhida, ou, ainda, na hipótese de, mesmo com decisão, a criança ou o adolescente ser
oriundo de país que não tenha aderido à Convenção referida, o processo de adoção seguirá
as regras da adoção nacional.

Estando todas as assertivas correta, nosso gabarito só pode ser a alternativa A (I, II, III e IV).

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209. (CONSULPLAN/Prefeitura de Cascavel-PR - 2016) O trabalho infantil é proibido no Brasil, exceto na


condição de aprendiz. A condição de aprendiz vale para adolescentes a partir de:
a) 12 anos.
b) 13 anos.
c) 14 anos.
d) 15 anos.
e) 16 anos.

Comentários

A aprendizagem é permitida a partir dos 14 anos, por expressa previsão constitucional. Vejamos o art. 7º,
inciso XXXIII.

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:

XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de


qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de
quatorze anos;

Deste modo, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

Outras Bancas

210. (IBFC/Pref Cruzeiro do Sul - 2019) Regina é mãe de Larissa, de 8 (oito) anos de idade e de Matheus,
que completou 12 (doze) anos de idade. Ela cuida dos dois filhos sozinha. Regina não vê a hora do filho
Matheus se tornar um adolescente. Sobre este caso e considerações trazidas pelo ECA, assinale a
alternativa correta.
a) Segundo o ECA, Matheus já é um adolescente.
b) Tanto Larissa, quanto Matheus são crianças.
c) Matheus será um adolescente quando completar 13 (treze) anos de idade.
d) Tanto Larissa, quanto Matheus são adolescentes.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o caput do art. 2º do Estatuto da
Criança e do Adolescente – ECA: “Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de
idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.” Desse modo, Larissa é uma
criança (8 anos) e Matheus é uma adolescente (12 anos completos).

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As alternativas B, C e D estão incorretas pois não apresentam respostas que se adequam ao tratamento legal
dado pelo ECA à situação hipotética apresentada.

211. (IBFC/Pref Cuiabá - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n° 8069/90) traz normas que
têm como objetivo a proteção integral da criança e do adolescente. Sobre as disposições desse diploma
jurídico, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.
I. Considera-se criança a pessoa de doze anos de idade completos, e adolescente aquela entre treze e
dezessete anos de idade.
II. É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta
prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao
lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária.
III. A garantia de prioridade compreende a preferência na formulação e na execução das políticas sociais
públicas.
a) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
b) Apenas as afirmativas I e II estão corretas
c) As afirmativas I, II e III estão corretas
d) Apenas a afirmativa I está correta

Comentários

Vejamos cada uma das afirmativas:

A afirmativa I está incorreta. A definição de criança e adolescente encontra-se no caput do art. 2º do Estatuto
da Criança e do Adolescente: “Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de
idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.”

A afirmativa II está correta. Nos termos do caput do art. 4º do ECA: “É dever da família, da comunidade, da
sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.”

A afirmativa III está correta. A afirmativa apresenta a alínea “c” do parágrafo único do art. 4º do ECA:

Art. 4º. Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:

a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;

b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;

c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;

d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à


infância e à juventude.

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Portanto, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

212. (IBFC/Pref Cuiabá - 2019) O contexto histórico tem apresentado a necessidade de proteger crianças
e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, tornando-se de extrema importância atentar-se às
condições de desenvolvimento infantil. Visto que, algumas legislações já citavam a importância familiar
no processo de desenvolvimento da infância. Considere o século que tal reconhecimento recebeu maior
ênfase e analise as afirmativas abaixo.
I. No final do século XX, por meio de uma nova constituição e a criação do Estatuto da Criança e do
Adolescente.
II. No final do século XIX, por meio do Estatuto da Criança e do Adolescente.
III. No início do século XX, por meio de uma nova constituição e a criação do Estatuto da Criança e do
Adolescente.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas a afirmativa I está correta
b) Apenas a afirmativa II está correta
c) Apenas a afirmativa III está correta
d) As afirmativas I, II e III estão corretas

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Primeiramente, recorde-se que o século XX é o período
compreendido de 1901 a 2000. A Constituição Federal foi promulgada em outubro de 1988 e o Estatuto da
Criança e do Adolescente em julho de 1990 – ambos no final do século XX.

As alternativas B, C e D estão incorretas e não correspondem ao correto enquadramento temporal dos


diplomas legais referenciados: Constituição Federal e Estatuto da Criança e do Adolescente.

213. (IBFC/Pref Cuiabá - 2019) Sobre o objetivo do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), assinale a
alternativa correta.
a) De somente proteger a criança e ao adolescente do trabalho.
b) De se efetivar apenas a garantia de direitos de crianças.
c) De definir apenas a forma de atuação das entidades governamentais e não governamentais na prevenção
e nos casos de violação desse direito.
d) De se efetivar a garantia de direitos de crianças e adolescentes. Contém em seus artigos a proibição do
trabalho infantil, a proteção ao trabalhador adolescente e define a forma de atuação das entidades
governamentais e não governamentais na prevenção e nos casos de violação desse direito.

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. O direito à profissionalização e à proteção no trabalho


está previsto no Capítulo V do Estatuto da Criança e do Adolescente (art. 60 e seguintes). Vejamos:

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Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na
condição de aprendiz.

Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada por legislação especial, sem
prejuízo do disposto nesta Lei.

Art. 68. O programa social que tenha por base o trabalho educativo, sob responsabilidade
de entidade governamental ou não-governamental sem fins lucrativos, deverá assegurar
ao adolescente que dele participe condições de capacitação para o exercício de atividade
regular remunerada.

§ 1º Entende-se por trabalho educativo a atividade laboral em que as exigências


pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal e social do educando prevalecem sobre
o aspecto produtivo.

§ 2º A remuneração que o adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a participação na


venda dos produtos de seu trabalho não desfigura o caráter educativo.

As alternativas A, B e C estão incorretas, pois restringem o âmbito de atuação e proteção do Estatuto.

214. (IBFC/Pref Cuiabá - 2019) Sobre a força significativa do ECA, assinale a alternativa correta.
a) Representa força da Lei, que nem sempre institui mecanismos de ordenamento jurídico.
b) Representa um conjunto de Normas que não têm peso relevante para ordenamento jurídico.
c) Representa um marco Legal e não Regulatório dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes.
d) Representa a força da Lei, que institui mecanismos de exigibilidade.

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº


8.069/90) é uma lei e, como tal, institui mecanismos de exigibilidade.

As alternativas A, B e C estão incorretas pois não apresentam o correto enquadramento normativo do ECA.

215. (QUADRIX/CRESS SC - 2019) Julgue o item, relativo ao Estatuto da Criança e do Adolescente.


Os estabelecimentos de atendimento à saúde, excluindo as unidades de terapia intensiva, deverão
proporcionar condições para a permanência, em tempo integral, de um dos pais ou responsáveis, nos casos
de internação de criança ou adolescente.

Comentários

A assertiva está incorreta. De acordo com o art. 12 do Estatuto da Criança e do Adolescente, as unidades de
terapia intensiva também devem proporcionar tais condições: “Os estabelecimentos de atendimento à
saúde, inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de cuidados intermediários, deverão
proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de
internação de criança ou adolescente.”

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216. (IBFC/Pref Vinhedo - 2019) Ao que se refere a Lei nº 8.069/90 do “Estatuto da Criança e do
Adolescente”, em seu Título II, Capítulo I (Do Direito à Vida e à Saúde) em seu artigo 13º em que se lê: “Os
casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente
comunicados ao ____________ da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais”.
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna.
a) Juizado de menores
b) Conselho Tutelar
c) Departamento de Polícia
d) Centro de Atenção Psico Social

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Nos termos do caput do art. 13 do Estatuto da Criança
e do Adolescente: “Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante
e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar
da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais.”

217. (IBFC/Pref Conde - 2019) Sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990), analise
as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.
I. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos
contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva
localidade, sem prejuízo de outras providências legais.
II. As disposições do Estatuto da Criança e do Adolescente não abrangem as gestantes.
III. A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas
sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas
de existência.
a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas
b) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
c) As afirmativas I, II e III estão corretas
d) Apenas as afirmativas I e III estão corretas

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Vamos à análise das afirmativas:

A afirmativa I está correta. Nos termos do caput do art. 13 do Estatuto da Criança e do Adolescente: “Os
casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos
contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva
localidade, sem prejuízo de outras providências legais.”

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A afirmativa II está incorreta. O ECA apresenta diversos dispositivos que tratam da proteção às gestantes, a
exemplo do art. 8º: “É assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às políticas de saúde da
mulher e de planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada, atenção humanizada à gravidez,
ao parto e ao puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema Único
de Saúde.”

A afirmativa III está correta. De acordo com o art. 7º do ECA: “A criança e o adolescente têm direito a proteção
à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o
desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.”

218. (IBFC/Pref Vinhedo - 2019) Em uma discussão dentro da sala de aula, professora e aluno divergem
de opinião. Ela argumentativamente se sobressai à fala do aluno e mal o deixa expor verbalmente o que
ele pensou e sentiu a respeito do assunto do qual divergiram. De acordo com o Estatuto da Criança e do
Adolescente, o direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da
criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos
valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais. Pode-se afirmar que a professora privou o aluno
de parte deste direito. Contudo, há pais, responsáveis e profissionais que ainda recorrem aos castigos
físicos para disciplinar as crianças e os adolescentes. No Estatuto, o castigo físico “é entendido como a
ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a criança ou o adolescente
que resulte em”:
I. Sofrimento físico ou lesão.
II. Tratamento cruel ou degradante que ridicularize e/ou humilhe.
III. Conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança e/ou ao adolescente que ameace
gravemente.
Assinale a alternativa correta
a) I, apenas
b) II, apenas
c) III, apenas
d) I, II, III

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O parágrafo único do art. 18-A apresenta os conceitos
de castigo físico (inciso I) e tratamento cruel ou degradante (inciso II).

Art. 18-A. Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se:

I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física
sobre a criança ou o adolescente que resulte em:

a) sofrimento físico; ou

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b) lesão;

II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à


criança ou ao adolescente que:

a) humilhe; ou

b) ameace gravemente; ou

c) ridicularize.

Assim, como visto pela transcrição acima, apenas a afirmativa I está correta. As afirmativas II e III fazem
menção ao conceito de tratamento cruel ou degradante.

219. (IBFC/Pref C Sto Agostinho - 2019) Sobre os aspectos que envolvem o direito à liberdade, segundo
o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), assinale a alternativa incorreta.
a) buscar refúgio, auxílio e orientação
b) brincar, praticar esportes e divertir-se
c) participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação
d) ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, sem ressalvas de restrições legais

Comentários

A alternativa D está incorreta e é o gabarito da questão. O art. 16, ao apresentar aspectos do direito à
liberdade, prevê que a criança e o adolescente podem ir, vir e estar em logradouros públicos e espaços
comunitários, mas devem ser observadas as restrições legais.

Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:

I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições
legais;

II - opinião e expressão;

III - crença e culto religioso;

IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;

V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;

VI - participar da vida política, na forma da lei;

VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.

As alternativas A, B e C estão corretas e previstas, respectivamente, nos incisos VII, IV e V do art. 16 do ECA.

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220. (IBFC/Pref Cruzeiro do Sul - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90)
disciplina sobre os direitos de crianças e adolescentes no Brasil. De acordo com essa legislação, artigo 15
a criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e a dignidade. Considere o disposto no artigo
16 e assinale a alternativa incorreta.
a) O direito a liberdade corresponde à inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do
adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e
crenças, dos espaços e objetos pessoais
b) O direito à liberdade compreende buscar refúgio, auxílio e orientação
c) O direito à liberdade corresponde também à opinião e expressão
d) O direito à liberdade corresponde a ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários,
ressalvadas as restrições legais

Comentários

A alternativa A está incorreta e é o gabarito da questão. A alternativa trata do direito ao respeito (e não à
liberdade) previsto no art. 17 do Estatuto da Criança e do Adolescente: “O direito ao respeito consiste na
inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação
da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.”

As alternativas B, C e D estão corretas e apresentam aspectos do direito à liberdade, previstos nos incisos
do art. 16 do ECA:

Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:

I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições
legais;

II - opinião e expressão;

III - crença e culto religioso;

IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;

V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;

VI - participar da vida política, na forma da lei;

VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.

221. (IBFC/Pref Cruzeiro do Sul - 2019) De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em
seu art. 17 o direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança
e do adolescente, abrangendo a preservação da(o) , da(o) , da autonomia, dos valores, ideias
e crenças, dos espaços e objetos pessoais. A esse respeito, assinale a alternativa que preencha correta e
respectivamente as lacunas.

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a) imagem / identidade
b) idade / família
c) cultura / corpo
d) gosto / vontade

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O art. 17 do Estatuto da Criança e do Adolescente


prevê que “o direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança
e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e
crenças, dos espaços e objetos pessoais.”

As alternativas B, C e D estão incorretas, pois não preenchem adequadamente as lacunas.

222. (IBFC/Pref Cruzeiro do Sul - 2019) Segundo o Art. 18-A do ECA, “a criança e o adolescente têm o
direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como
formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da
família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou
por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los”. Nesse contexto,
analise as afirmativas abaixo.
I. Castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a criança ou
o adolescente que resulte em lesão.
II. Tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao
adolescente que humilhe.
III. Sofrimento físico: toda e qualquer ação que resulte em ameaça.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas a afirmativa I está correta
b) Apenas a afirmativa II está correta
c) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
d) Apenas as afirmativas I e II estão corretas

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Os conceitos de castigo físico e tratamento cruel ou
degradante estão previstos nos incisos I e II do parágrafo único do art. 18-A. Analisaremos as afirmativas com
base nesse dispositivo:

Art. 18-A. Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se:

I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física
sobre a criança ou o adolescente que resulte em:

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a) sofrimento físico; ou

b) lesão;

II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à


criança ou ao adolescente que:

a) humilhe; ou

b) ameace gravemente; ou

c) ridicularize.

A afirmativa I está correta e em conformidade com a alínea “b” do inciso I transcrito acima.

A afirmativa II está correta e de acordo com a alínea “a” do inciso II apresentado acima.

A afirmativa III está incorreta. Como visto, o sofrimento físico é um resultado do castigo físico.

223. (QUADRIX/CRESS SC - 2019) Julgue o item, relativo ao Estatuto da Criança e do Adolescente.


Nas situações em que a mãe ou o pai estiver em privação de liberdade, será garantida a convivência da
criança e do adolescente com o(a) genitor(a) por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou,
no caso de acolhimento institucional, pela entidade responsável, independentemente de autorização
judicial.

Comentários

A assertiva está correta. De acordo com o §4º do art. 19 do Estatuto da Criança e do Adolescente: “Será
garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado de liberdade, por meio de
visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento institucional, pela entidade
responsável, independentemente de autorização judicial.”

224. (QUADRIX/CRESS SC - 2019) Julgue o item, relativo ao Estatuto da Criança e do Adolescente.


Um dos critérios para a realização da adoção é que o adotante seja, pelo menos, dezesseis anos mais velho
que o adotando.

Comentários

A assertiva está correta. Nos termos do §3º do art. 42 do ECA: “O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis
anos mais velho do que o adotando.”

225. (IBFC/Pref C Sto Agostinho - 2019) Encontramos referências legais para a adoção de crianças e
adolescentes no Brasil junto ao Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº. 8069/1990). Na referida
legislação há indicações de aspectos que devem ser observados no que diz respeito a adoção internacional.

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Considere o disposto no ECA sobre a adoção internacional, analise as afirmativas abaixo e dê valores de
Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) É permitido o repasse de recursos provenientes de organismos estrangeiros encarregados de intermediar
pedidos de adoção internacional a organismos nacionais ou a pessoas físicas.
( ) Considera-se adoção internacional aquela na qual o pretendente possui residência habitual em país parte
da Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993, relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria
de Adoção Internacional, promulgada pelo Decreto no 3.087/ 1999, e deseja adotar criança em outro país-
parte da Convenção.
( ) Os brasileiros residentes no exterior terão preferência aos estrangeiros, nos casos de adoção internacional
de criança ou adolescente brasileiro.
( ) A adoção internacional pressupõe a intervenção das Autoridades Centrais Estaduais e Federal em matéria
de adoção internacional.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
a) F, V, V, V
b) V, V, V, F
c) V, F, F, F
d) V, V, F, F

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Vamos analisar as afirmativas separadamente:

A afirmativa I é falsa. O caput do art. 52-A do Estatuto da Criança e do Adolescente veda o repasse de tais
recursos: “É vedado, sob pena de responsabilidade e descredenciamento, o repasse de recursos provenientes
de organismos estrangeiros encarregados de intermediar pedidos de adoção internacional a organismos
nacionais ou a pessoas físicas.”

A afirmativa II é verdadeira. Prevê o caput do art. 51 do Estatuto: “Considera-se adoção internacional aquela
na qual o pretendente possui residência habitual em país-parte da Convenção de Haia, de 29 de maio de
1993, Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, promulgada
pelo Decreto nº 3.087, de 21 junho de 1999 , e deseja adotar criança em outro país-parte da Convenção.”

A afirmativa III é verdadeira. De acordo com o art. 51, §2º do ECA: “Os brasileiros residentes no exterior terão
preferência aos estrangeiros, nos casos de adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro.”

A afirmativa IV é verdadeira. Nos termos do art. 51, §3º do ECA: “A adoção internacional pressupõe a
intervenção das Autoridades Centrais Estaduais e Federal em matéria de adoção internacional.”

226. (IBFC/Pref Cruzeiro do Sul - 2019) A adoção constitui uma das muitas medidas que são apresentadas
pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), sendo abordada a partir do artigo 39. Considere o
disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente sobre a adoção e analise as afirmativas abaixo.

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I. A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos
de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa.
II. É permitida a adoção por procuração.
III. A adoção não atribui a condição de filho ao adotado, não possuindo assim os mesmos direitos e deveres,
inclusive sucessórios de outros filhos, uma vez que são mantidos os vínculos com a família de origem ou
biológica.
IV. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda
ou tutela dos adotantes.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas
b) Apenas as afirmativas I e III estão corretas
c) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
d) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas

Comentários

Vejamos cada afirmativa:

A afirmativa I está correta. Trata-se do disposto no art. 39, §1º do Estatuto da Criança e do Adolescente: “A
adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de
manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa, na forma do parágrafo único do art.
25 desta Lei.”
A afirmativa II está incorreta. Prevê o art. 39, §2º do ECA: “É vedada a adoção por procuração.”
A afirmativa III está incorreta. De acordo com o caput do art. 41 do Estatuto: “A adoção atribui a condição
de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer
vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.”
A afirmativa V está correta. Nos termos do art. 40 do ECA: “O adotando deve contar com, no máximo, dezoito
anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.”
Assim, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

227. (IBFC/Pref Vinhedo - 2019) Está descrito no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que é dever
da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, a efetuação dos direitos
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,
ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária de todas as crianças e adolescentes. Dentro
do ECA existem normas referentes às crianças e adolescentes com deficiência.
A esse respeito, assinale a alternativa incorreta:
a) É dever do Estado garantir um sistema educacional inclusivo em todos os níveis, sem discriminação e com
base na igualdade de oportunidades ao longo de toda a vida e inclusão no sistema educacional geral.
b) É imprescindível garantir o ensino fundamental gratuito e compulsório para todas as crianças e
adolescentes com qualquer tipo de deficiência, assegurando as adaptações de acordo com as necessidades
individuais, visando facilitar sua educação.

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c) É necessário o apoio técnico e financeiro pelo poder público às instituições privadas sem fins lucrativos,
especializadas e, com atuação exclusiva, em educação especial.
d) É eletivo a adoção de medidas de apoio individualizadas e efetivas, em ambientes que maximizem o
desenvolvimento acadêmico e social, de acordo com a meta de inclusão plena.

Comentários

A alternativa D está incorreta e é o gabarito da questão. A adoção de medidas de apoio individualizadas e


efetivas não é facultativa / eletiva, mas obrigatória. Vejamos o inciso VI do art. 1º do Decreto nº 7.611/2011:

Art. 1º O dever do Estado com a educação das pessoas público-alvo da educação especial
será efetivado de acordo com as seguintes diretrizes:

I - garantia de um sistema educacional inclusivo em todos os níveis, sem discriminação e


com base na igualdade de oportunidades;

II - aprendizado ao longo de toda a vida;

III - não exclusão do sistema educacional geral sob alegação de deficiência;

IV - garantia de ensino fundamental gratuito e compulsório, asseguradas adaptações


razoáveis de acordo com as necessidades individuais;

V - oferta de apoio necessário, no âmbito do sistema educacional geral, com vistas a facilitar
sua efetiva educação;

VI - adoção de medidas de apoio individualizadas e efetivas, em ambientes que maximizem


o desenvolvimento acadêmico e social, de acordo com a meta de inclusão plena;

VII - oferta de educação especial preferencialmente na rede regular de ensino; e

VIII - apoio técnico e financeiro pelo Poder Público às instituições privadas sem fins
lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial.

As alternativas A, B e C estão corretas e correspondem, respectivamente, aos incisos I, IV e VIII do artigo 1º,
acima transcrito.

228. (IBFC/Pref Vinhedo - 2019) De acordo com a Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990, assinale a
alternativa incorreta.
a) Compete ao Poder Público recensear os educandos, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou
responsável, pela frequência à escola
b) O acesso ao ensino obrigatório e gratuito, é direito público subjetivo
c) É direito dos pais ou responsáveis, matricular ou não seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino
d) É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição
das propostas educacionais

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Comentários

A alternativa A está correta. Prevê o art. 54, §3º do ECA: “Compete ao poder público recensear os educandos
no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela frequência à
escola.”
A alternativa B está correta. De acordo com o art. 54, §1º do Estatuto: “O acesso ao ensino obrigatório e
gratuito é direito público subjetivo.”

A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão. A matrícula não é facultativa, mas uma obrigação
dos pais / responsável como prevê o art. 55 do Estatuto da Criança e do Adolescente: “Os pais ou responsável
têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.”

A alternativa D está correta. Nos termos do parágrafo único do art. 53 do ECA: “É direito dos pais ou
responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas
educacionais.”

229. (IBFC/Pref Vinhedo - 2019) De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), assinale a
alternativa correta.
a) O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular, importa
responsabilidade de autoridade competente.
b) Os pais ou responsáveis têm obrigação de matricular seus filhos ou pupilos nas redes particulares.
c) Os professores de ensino fundamental, comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de maus-tratos
envolvendo seus alunos.
d) É dever dos municípios assegurar à criança e ao adolescente progressiva extensão da obrigatoriedade e
gratuidade ao ensino médio.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Nos termos do art. 54, §2º do Estatuto da Criança e
do Adolescente: “O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular
importa responsabilidade da autoridade competente.”

A alternativa B está incorreta. A matrícula deve ser realizada na rede regular de ensino como prevê o art. 55
do Estatuto da Criança e do Adolescente: “Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos
ou pupilos na rede regular de ensino.”

A alternativa C está incorreta. O ECA prevê legitimidade para tal comunicação a diversos sujeitos. Nesse
sentido, vejamos o art. 70-B do Estatuto:

Art. 70-B. As entidades, públicas e privadas, que atuem nas áreas a que se refere o art. 71,
dentre outras, devem contar, em seus quadros, com pessoas capacitadas a reconhecer e
comunicar ao Conselho Tutelar suspeitas ou casos de maus-tratos praticados contra
crianças e adolescentes.

Parágrafo único. São igualmente responsáveis pela comunicação de que trata este artigo,
as pessoas encarregadas, por razão de cargo, função, ofício, ministério, profissão ou

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ocupação, do cuidado, assistência ou guarda de crianças e adolescentes, punível, na forma


deste Estatuto, o injustificado retardamento ou omissão, culposos ou dolosos.

A alternativa D está incorreta. Trata-se de um dever do Estado, como prevê o art. 54, II do Estatuto:

Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

230. (IBFC/Pref Vinhedo - 2019) A Lei nº 8.069, de 13 de Julho de 1990, dispõe sobre o Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA) e dá outras providências. Assinale a alternativa incorreta quanto aos
deveres do Estado em relação à Educação.
a) Garantir o ensino fundamental à criança e ao adolescente, sendo que a sua gratuidade se restringe apenas
àqueles que estudarem na idade própria
b) Possibilitar o atendimento educacional especializado aos deficientes, preferencialmente na rede regular
de ensino
c) Permitir o acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a
capacidade de cada um
d) Atendimento ao ensino fundamental, por meio de programas suplementares para que haja material
didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde

Comentários

A alternativa A está incorreta e é o gabarito da questão. Os deveres do Estado estão previstos no art. 54 do
Estatuto da Criança e do Adolescente e o inciso I prevê que o ensino fundamental será obrigatório e gratuito,
inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria.

Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram
acesso na idade própria;

II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,


preferencialmente na rede regular de ensino;

IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade;

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a
capacidade de cada um;

VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador;

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VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material


didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

As alternativas B, C e D estão corretas e correspondem, respectivamente, aos deveres apontados pelos


incisos III, V e VII transcritos acima.

231. (IBFC/Pref Vinhedo - 2019) A Lei n° 8.069/1990, estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA), entre outras disposições, traz os direitos sociais e a proteção integral desse público.
No que se refere ao que o documento estabelece sobre o direito à educação de alunos e alunas com
deficiência, assinale a alternativa correta:
a) Segundo o documento, crianças e adolescentes abrigadas devem ter garantida a escola no abrigo onde
moram, não sendo obrigatória a frequência na escola regular
b) A Lei nº 8.069 não estabelece diretrizes referentes à educação de alunos e alunas com deficiência, o
documento apenas dispõe as ações do Conselho Tutelar, em caso de maus tratos
c) O ECA defende que as crianças com deficiência devem estar matriculadas em escolas especiais, espaços
que garantem a aprendizagem desse público-alvo
d) O ECA estabelece que o Estado deve assegurar atendimento educacional especializado aos alunos e alunas
com deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Os deveres do Estado estão previstos no art. 54 do
Estatuto da Criança e do Adolescente e o inciso III prevê o atendimento educacional especializado aos
portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.
As alternativas A, B e C estão incorretas. Como visto, o ECA prevê que as crianças e adolescentes com
deficiência devem frequentar, preferencialmente, a rede regular de ensino.

232. (IBFC/Pref C Sto Agostinho - 2019) Lúcia é uma mãe muito dedicada e prefere ensinar sua filha Júlia
de 7 (sete) anos em casa. Lúcia alega que sua filha não aprende na escola. Neste ano Júlia não está
matriculada em nenhuma instituição e está com aquisições de aprendizagem que já ultrapassam a fase
que vivenciaria em uma instituição formal. Sobre este contexto, analise as afirmativas abaixo e dê valores
Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.
( ) Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de
reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares.
( ) No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto
social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade de aprenderem saberes diversos em
uma instituição formal ou somente no seio familiar.
Assinale a alternativa que apresente a sequência correta de cima para baixo.
a) V, V, F
b) F, V, V
c) V, F, F

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d) F, F, V

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Vamos analisar os itens separadamente:

A afirmativa I é verdadeira. De acordo com o art. 55 do Estatuto da Criança e do Adolescente: "Os pais ou
responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino."

A afirmativa II é verdadeira. A afirmativa encontra-se fundamentada no art. 56 do Estatuto:

Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao


Conselho Tutelar os casos de:

I - maus-tratos envolvendo seus alunos;

II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;

III - elevados níveis de repetência.

A afirmativa III é falsa. O art. 58 do ECA dispõe que "no processo educacional respeitar-se-ão os valores
culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes
a liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura."

233. (IBFC/Pref C Sto Agostinho - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seus artigos
53 e 54, estabelecem o direito ao acesso à educação e as responsabilidades do Estado sobre esse direito.
Em relação ao dever do Estado, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.
I. Oferecer atendimento educacional especializado as pessoas com deficiência, preferencialmente na rede
de ensino regular.
II. Oferecer o acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, respeitando a
capacidade de cada um.
III. Garantir a oferta gratuita do ensino regular apenas nos horários matutino e vespertino.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas a afirmativa II está correta
b) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
c) Apenas as afirmativas I e II estão corretas
d) Apenas a afirmativa I está correta

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Veremos cada uma das afirmativas:

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A afirmativa I está correta. O art. 54, III do Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe que é dever do Estado
assegurar à criança e ao adolescente atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino.

A afirmativa II está correta. O "acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística,
segundo a capacidade de cada um" é um direito garantido pelo inciso V do art. 54 do ECA.

A afirmativa III está incorreta. O inciso VI do art. 54 assegura a oferta de ensino noturno regular, adequado
às condições do adolescente trabalhador. Logo, não é possível afirmar que a oferta de ensino ocorrerá
somente nos horários matutino e vespertino.

234. (IBFC/Pref Cruzeiro do Sul - 2019) Lucas tem 10 (dez) anos, e é o filho caçula de Dona Matilde e
Senhor João. Eles moram em um terreno arrendado na área rural, mas não tão distante do centro da
cidade. Ele ajuda, em todas as manhãs, seus pais no plantio de hortaliças e, posteriormente, na parte da
tarde, acompanha seus pais à comercialização dessas hortaliças. Lucas se considera um adulto e fica
orgulhoso de ajudar os pais no sustento da casa. Com base neste caso e o estabelecido no Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA, Lei nº 8.069/1990), assinale a alternativa correta.
a) Lucas já é considerado um adolescente e pode trabalhar como aprendiz junto com seus pais
b) Lucas é uma criança, mas acompanhado dos pais ele pode exercer qualquer atividade profissional
c) Segundo o ECA, Lucas é uma criança e deveria estar na escola
d) O ECA não proíbe que Lucas trabalhe, mas também deveria estar estudando

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. O caput do art. 2º estabelece que se considera criança
a pessoa até 12 anos de idade incompletos - Lucas tem 10 anos, logo é uma criança. O art. 60, por sua vez,
veda qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade.

A alternativa A está incorreta. Lucas, com 10 anos de idade, ainda é uma criança.

As alternativas B e D estão incorretas. O ECA veda qualquer atividade profissional aos menores de 14 anos.

235. (IBFC/Pref Cruzeiro do Sul - 2019) Cristiano, de 11 (onze anos e meio) é um menino muito
empenhado em aprender. Seus pais o incentivam desde os seus 3 (três) anos de idade a estudar e a
valorizar o que a escola lhe proporciona. Neste ano, Cristiano abandonou a escola e pediu para que seus
pais o ensinassem em casa. Sobre esse contexto e o que prevê o ECA, analise as afirmativas abaixo e dê
valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.
( ) No que se refere ao papel da escola, os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental
comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar,
esgotados os recursos escolares.

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( ) Os pais efetuaram a matrícula do filho no início do ano, mas se Cristiano não quer frequentar a escola, os
pais podem acatar a vontade do filho e deixá-lo em casa para estudar.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
a) V, V, V
b) V, V, F
c) F, F, V
d) F, V, V

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Vejamos as afirmativas:

A afirmativa I é verdadeira. De acordo com o art. 55 do Estatuto da Criança e do Adolescente: "Os pais ou
responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino."

A afirmativa II é verdadeira. A afirmativa encontra-se fundamentada no art. 56 do Estatuto:

Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao


Conselho Tutelar os casos de:

I - maus-tratos envolvendo seus alunos;

II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;

III - elevados níveis de repetência.

A afirmativa III é falsa. A evasão escolar, como visto acima, deve ser comunicada ao Conselho Tutelar (art.
56, II do ECA). Além disso, o STF, no julgamento do RE 888.815, posicionou-se quanto à impossibilidade de
homeschooling no Brasil por ausência de previsão legal.

236. (IBFC/Pref Cruzeiro do Sul - 2019) O ECA traz considerações importantes acerca do dever do Estado
para com a criança e o adolescente. A esse respeito, assinale a alternativa incorreta.
a) Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular
de ensino
b) Progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio
c) Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador
d) Atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade

Comentários

A alternativa D está incorreta e é o gabarito da questão. Os deveres do Estado para com a criança e o
adolescente estão previstos no art. 54 do Estatuto e, conforme o inciso IV, o atendimento em creche e pré-
escola é garantido às crianças de zero a cinco anos de idade.

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Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram
acesso na idade própria;

II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,


preferencialmente na rede regular de ensino;

IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade;

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a
capacidade de cada um;

VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador;

VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material


didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

As alternativas A, B e C estão corretas e correspondem aos incisos III, II e VI respectivamente.

237. (IBFC/Pref Cruzeiro do Sul - 2019) César é um pai muito empenhado na educação dos filhos. Sua
esposa, Cristina ensina Língua Portuguesa e Matemática todas as manhãs ao filho do meio, Pedro, de 8
(oito) anos de idade. César ensina, em todas as tardes, assuntos de cultura geral, à criança. Ambos
decidiram que devem ensinar Pedro e, posteriormente o filho caçula, dentro de casa. Sobre este caso,
analise as afirmativas.
I. Segundo o ECA, os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular
de ensino.
II. O ECA não obriga pais ou responsável a matricularem seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino,
mas ao Poder Público é exigido que sejam disponibilizadas escolas e vagas a todas as crianças em idade
escolar.
III. O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo, portanto os pais não podem privar
seus filhos deste direito inegociável.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas a afirmativa I está correta
b) Apenas a afirmativa II está correta
c) Apenas a afirmativa III está correta
d) Apenas as afirmativas I e III estão corretas

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Vamos analisar cada afirmativa separadamente:

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A afirmativa I está correta. Nos termos do art. 55 do Estatuto: "Os pais ou responsável têm a obrigação de
matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino."

A afirmativa II está incorreta. Como visto acima, os pais ou responsável são obrigados a matricular seus filhos
ou pupilos na rede regular de ensino.

A afirmativa III está correta. A afirmativa encontra fundamento no art. 54, §1º e no art. 55, ambos do ECA:

Art. 54. §1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.

Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede
regular de ensino.

238. (IBFC/Pref Vinhedo - 2019) Recentemente, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº
8.069/1990, completou 28 (vinte e oito) anos de publicação. Ao longo desses anos é possível perceber que
este documento legislador contribuiu para proteger, dentre outros, a integridade física e emocional de
crianças e adolescentes por todo Brasil. No âmbito do trabalho infantil coerentemente, o ECA prevê:
I. Ao adolescente até doze anos de idade é assegurada bolsa de aprendizagem.
II. Crianças e adolescentes podem prestar serviços comunitários (realização de tarefas gratuitas de interesse
geral), por período não excedente a 12 (doze) meses, junto a entidades assistenciais, hospitais, escolas e
outros estabelecimentos congêneres, bem como em programas comunitários ou governamentais.
III. Ao adolescente aprendiz (maior de quatorze anos), são assegurados os direitos trabalhistas e
previdenciários.
IV. O ECA proíbe qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz.
V. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido
em entidade governamental ou não-governamental, é vedado, dentre outros, o trabalho noturno, realizado
entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte.
Está correto o que se apresenta em:
a) III, IV e V apenas
b) I, II e IV apenas
c) II, III e V apenas
d) I, III e IV apenas

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Veremos item a item de acordo com as disposições
contidas no Estatuto da Criança e do Adolescente:

A afirmativa I está incorreta. De acordo com o art. 64: "Ao adolescente até quatorze anos de idade é
assegurada bolsa de aprendizagem."

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A afirmativa II está incorreta. O art. 117 dispõe que "a prestação de serviços comunitários consiste na
realização de tarefas gratuitas de interesse geral, por período não excedente a seis meses, junto a entidades
assistenciais, hospitais, escolas e outros estabelecimentos congêneres, bem como em programas
comunitários ou governamentais."

A afirmativa III está correta. Prevê o art. 65: "Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são
assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários."

A afirmativa IV está correta. Nos termos do artigo 60: "É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze
anos de idade, salvo na condição de aprendiz."

A afirmativa V está correta. Trata-se da vedação positivada no art. 67, inciso I do Estatuto:

Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de


escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado
trabalho:

I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte;

239. (IBFC/Pref Cruzeiro do Sul - 2019) O trabalho é abordado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente
nos artigos 60 a 69. Considere o disposto em tal legislação, analise as afirmativas abaixo e assinale a
alternativa correta.
I. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são assegurados os direitos trabalhistas e
previdenciários.
II. Ao adolescente portador de deficiência é opcional que o trabalho seja protegido.
III. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são assegurados os direitos trabalhistas e
previdenciários.
a) Apenas a afirmativa II está correta
b) Apenas a afirmativa III está correta
c) Apenas as afirmativas I e III estão corretas
d) Apenas as afirmativas I e II estão corretas

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Vejamos item a item:

Afirmativas I e III - Corretas. Nos termos do art. 65 do Estatuto da Criança e do Adolescente: " Ao adolescente
aprendiz, maior de quatorze anos, são assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários."

Afirmativa II - Incorreta. O art. 66 do ECA prevê que ao adolescente portador de deficiência é assegurado
trabalho protegido. Não é uma opção, mas uma obrigação.

240. (QUADRIX/CRESS-SC - 2019) Julgue o item:

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Os estabelecimentos de atendimento à saúde, excluindo as unidades de terapia intensiva, deverão


proporcionar condições para a permanência, em tempo integral, de um dos pais ou responsáveis, nos casos
de internação de criança ou adolescente.

Comentários

A alternativa está incorreta, pois a permanência, em tempo integral, de um dos pais ou responsáveis no caso
de internação de criança ou adolescente também inclui as unidades de terapia intensiva. Neste sentido,
preconiza o ECA:

Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as unidades neonatais, de


terapia intensiva e de cuidados intermediários, deverão proporcionar condições para a
permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação
de criança ou adolescente.

241. (QUADRIX/CRESS-SC - 2019) Julgue o item:


Nas situações em que a mãe ou o pai estiver em privação de liberdade, será garantida a convivência da
criança e do adolescente com o(a) genitor(a) por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou,
no caso de acolhimento institucional, pela entidade responsável, independentemente de autorização
judicial.

Comentários

A alternativa está correta, pois está em consonância com o art. 19, § 4º, do ECA:

§4º Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado
de liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses
de acolhimento institucional, pela entidade responsável, independentemente de
autorização judicial.

Por oportuno, registre-se a seguinte distinção:

MÃE/PAI PRIVADO DE LIBERDADE CRIANÇA/ADOLESCENTE EM ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL


Visitas periódicas promovidas pelo
Visitas periódicas promovidas pela entidade responsável
responsável

242. (QUADRIX/CRESS-SC - 2019) Julgue o item:


Um dos critérios para a realização da adoção é que o adotante seja, pelo menos, dezesseis anos mais velho
que o adotando.

Comentários

A alternativa está correta. A pessoa que pretende adotar deve contar 18 anos completos. Não importa se
casada, solteira ou vive em união estável. Além disso, é preciso que o adotante seja, pelo menos, 16 anos
mais velho do que a criança ou adolescente a ser adotado. Neste sentido, o §3º do art. 42 do ECA:

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§3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando.

243. (CEFETBAHIA/MPE-BA - 2018) Considerando as disposições contidas no Estatuto da Criança e do


Adolescente (ECA), lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, é incorreto afirmar que
a) o poder público estimulará, por meio de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, o acolhimento,
sob a forma de adoção, de criança ou adolescente afastado do convívio familiar.
b) a guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou ao adolescente,
conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais.
c) a guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos
procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por estrangeiros.
d) poderão ser utilizados recursos federais, estaduais, distritais e municipais para a manutenção dos serviços
de acolhimento em família acolhedora, facultando-se o repasse de recursos para a própria família
acolhedora.
e) excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção, para atender a situações
peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou responsável, podendo ser deferido o direito de
representação para a prática de atos determinados.

Comentários

A alternativa A está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 34, do ECA, o poder público
estimulará, por meio de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, o acolhimento, sob a forma de
guarda, de criança ou adolescente afastado do convívio familiar.

A alternativa B está correta, conforme dispõe o art. 33, da Lei nº 8.069/90:

Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança
ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos
pais.

A alternativa C está correta, conforme dispõe o §1º, do art. 33, da Lei nº 8.069/90:

§ 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou


incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por
estrangeiros.

A alternativa D está correta, conforme dispõe o §4º, do art. 34, da Lei nº 8.069/90:

§ 4o Poderão ser utilizados recursos federais, estaduais, distritais e municipais para a


manutenção dos serviços de acolhimento em família acolhedora, facultando-se o repasse
de recursos para a própria família acolhedora.

A alternativa E está correta, conforme dispõe o §2º, do art. 33, da Lei nº 8.069/90:

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§ 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção, para


atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou responsável, podendo
ser deferido o direito de representação para a prática de atos determinados.

244. (FUNDEP/Bombeiros-MG - 2018) Segundo o que dispõe o seu Estatuto, a criança e o adolescente
têm direito de serem educados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante como
formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto por parte dos pais, integrantes da
família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes executores de medidas socioeducativas ou por
qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.
Considerando os termos do citado Estatuto, é correto afirmar que
a) para a caracterização de castigo físico, não é necessário o uso de força física.
b) o tratamento cruel ou degradante se manifesta mediante ridicularização e humilhação, não se
caracterizando pelo uso de ameaça, ainda que grave.
c) o castigo físico aplicado à criança e ao adolescente não acarreta sanção quando se tratar de
comportamento manifestamente incorporado na cultura local, sendo, assim, socialmente aceito como
método de disciplina.
d) sem prejuízo de outras sanções cabíveis, as pessoas que praticarem castigo físico ou tratamento cruel ou
degradante contra criança e adolescente estão submetidas, entre outras medidas, ao encaminhamento a
tratamento psicológico ou psiquiátrico.

Comentários

A questão cobra do candidato conhecimentos sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. Vejamos:

A alternativa A está incorreta. Segundo o próprio ECA, para que haja castigo físico é necessário o emprego
de força física (art. 18-A, Parágrafo único, I):

Art. 18-A. (...)

Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se

I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física
sobre a criança ou o adolescente que resulte em:

a) sofrimento físico; ou

b) lesão;

A alternativa B, também, está incorreta. O tratamento cruel ou degradante também se concretiza por meio
da ameaça grave (art. 18-A, II, b):

Art. 18-A. (...)

Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se

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II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à


criança ou ao adolescente que:

a) humilhe; ou

b) ameace gravemente; ou

c) ridicularize.

A alternativa C está incorreta. Essa ressalva não existe no ECA e nem faria sentido diante de todo o conjunto
de disposições protetivas que o Estatuto propõe.

E a alternativa D, por fim, está correta e é o gabarito da questão. Confiram o art. 18-B, do Estatuto:

Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos


executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de
crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico
ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou
qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às
seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso:

I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família;

II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;

III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;

IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado;

V - advertência.

245. (FUNDEP/MPMG - 2018) Assinale a alternativa CORRETA:


a) Uma das diretrizes da política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente é a federalização
do atendimento.
b) O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de
zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, sendo composto por 5 (cinco) membros,
escolhidos pela população local para mandato de 3 (três) anos, permitida uma recondução.
d) Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de
cuidados intermediários, deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral de todos
os titulares do poder familiar, de forma conjunta, nos casos de internação de criança ou adolescente.
d) Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional
terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 3 (três) meses.

Comentários

Questão que cobra alteração legislativa de 2017. Vejamos:

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SEDUC-AL - 2021 Pré-Edital 249


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A alternativa A está incorreta. Ao contrário do que prevê a alternativa, a federalização do atendimento não
é uma das diretrizes da política de atendimento. A banca tentou confundir o candidato, trocando o termo
“municipalização” (art. 88, I, ECA) por “federalização”.

A alternativa B está incorreta. O mandato dos membros do conselho tutelar é de 4 (quatro) anos (art. 132,
ECA).

A alternativa C, igualmente, está incorreta. A permanência de que trata a alternativa é de apenas um dos
pais ou responsável, e não de todos os titulares do poder familiar (art. 12, ECA).

E a alternativa D está correta, sendo o gabarito da questão. A banca cobrou apenas a parte alterada em 2017
do artigo. Vejamos o dispositivo na íntegra:

“§ 1o Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento


familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 3 (três) meses,
devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe
interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de
reintegração familiar ou pela colocação em família substituta, em quaisquer das
modalidades previstas no art. 28 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)”

246. (UEM - 2017) De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a alternativa correta
em relação à adoção.
a) O adotando deve contar com, no máximo, dezesseis anos à data do pedido, mesmo se já estiver sob a
guarda ou a tutela dos adotantes.
b) A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios,
desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.
c) A idade mínima para adotar é de 21 (vinte e um) anos, independentemente do estado civil.
d) Para adoção conjunta, não é necessário que os adotantes sejam casados civilmente ou que mantenham
união estável.
e) O adotante há de ser, pelo menos, cinco anos mais velho do que o adotando.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 40, do Estatuto da Criança e do Adolescente, o adotando
deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos
adotantes.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 41, caput, da Lei nº 8.069/90:

Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres,
inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os
impedimentos matrimoniais.

A alternativa C está incorreta. Com base no art. 42, caput, da referida Lei, podem adotar os maiores de 18
anos, independentemente do estado civil.

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SEDUC-AL - 2021 Pré-Edital 250


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A alternativa D está incorreta. O §2º, do art. 42, do ECA, estabelece que para adoção conjunta, é
indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união estável, comprovada a
estabilidade da família.

A alternativa E está incorreta. Segundo o §3º, do art. 42, da Lei nº 8.069/90, o adotante há de ser, pelo
menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando.

247. (FMP Concursos/MPE-RO - 2017) Considerando o direito fundamental da criança e do adolescente


à convivência familiar, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, é CORRETO afirmar:
a) Para a concessão da guarda, tutela e adoção de criança e adolescente, é imprescindível a prévia suspensão
ou destituição do poder familiar de ambos os pais.
b) E garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou pai privado de liberdade, por meio
de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento institucional, pela
entidade responsável, independentemente de autorização judicial.
c) Por expressa determinação do Estatuto da Criança e do Adolescente, buscando preservar a integridade
emocional, as crianças com idade inferior a sete anos não podem visitar os pais privados de liberdade.
d) A falta ou a carência de recursos materiais dos pais, por si só, autoriza o Ministério Público a ajuizar ação
de suspensão ou destituição do poder familiar.
e) Todas as alternativas anteriores estão incorretas.

Comentários

A alternativa A está incorreta. Segundo o parágrafo único, do art. 36, do ECA, a perda ou suspensão do poder
familiar é imprescindível apenas na tutela.

Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou


suspensão do poder familiar e implica necessariamente o dever de guarda.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o §4º, do art. 19, da Lei nº
8.069/90:

§ 4o Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado


de liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses
de acolhimento institucional, pela entidade responsável, independentemente de
autorização judicial.

A alternativa C está incorreta. No Estatuto da Criança e do Adolescente não há nenhuma norma que
impossibilite a criança, que tenha ela sete anos ou menos, de visitar os pais privados de liberdade.

A alternativa D está incorreta. De acordo com o art. 23, da Lei nº 8.069/90, a falta ou a carência de recursos
materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiar.

A alternativa E está incorreta, pois a alternativa B está correta.

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248. (FMP Concursos/MPE-RO - 2017) Segundo a Lei n° 8.069/1990 e posteriores alterações, é CORRETO
afirmar:
a) Salvo expressa e fundamentada determinação em contrário da autoridade judiciária competente ou,
quando a medida for aplicada em preparação à adoção, o deferimento da guarda de criança e de adolescente
a terceiros não impede o exercício do direito de visitas pelos pais, assim como o dever de prestar alimentos,
que serão objeto de regulamentação específica, a pedido do interessado ou do Ministério Público.
b) O responsável pelo programa de acolhimento familiar ou institucional, verificando a possibilidade de a
criança ou de o adolescente reintegrar-se na família de origem, fará imediata comunicação à autoridade
judiciária, que dará vista ao Ministério Público, pelo prazo de 15 dias, decidindo em igual prazo.
c) Na adoção, exige a lei que os pretendentes sejam maiores de vinte e um anos, independentemente do
estado civil.
d) Não exige a lei diferença mínima de idade entre o adotante e o adotado.
e) Nas ações de suspensão ou destituição do poder familiar, estando o pai ou a mãe da criança ou do
adolescente privados de liberdade, a autoridade judiciária dispensará a sua oitiva.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, conforme estabelece o art. 33, §4º, do ECA:

§ 4o Salvo expressa e fundamentada determinação em contrário, da autoridade judiciária


competente, ou quando a medida for aplicada em preparação para adoção, o deferimento
da guarda de criança ou adolescente a terceiros não impede o exercício do direito de visitas
pelos pais, assim como o dever de prestar alimentos, que serão objeto de regulamentação
específica, a pedido do interessado ou do Ministério Público.

A alternativa B está incorreta, pois o prazo é de 5 dias. Vejamos o art. 101, §8º, da Lei nº 8.069/90:

§ 8o Verificada a possibilidade de reintegração familiar, o responsável pelo programa de


acolhimento familiar ou institucional fará imediata comunicação à autoridade judiciária,
que dará vista ao Ministério Público, pelo prazo de 5 (cinco) dias, decidindo em igual
prazo.

A alternativa C está incorreta. Com base no art. 42, da referida Lei, a idade é de 18 anos, e não 16.

Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado


civil.

A alternativa D está incorreta. O art. 42, §3º, do ECA, prevê diferença de 16 anos do adotante para o adotado.

§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando.

A alternativa E está incorreta. Nesse caso, a autoridade judicial requisitará sua apresentação para a oitiva.
Conforme estabelece o §5º, do art. 161, da Lei nº 8.069/90:

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§ 5o Se o pai ou a mãe estiverem privados de liberdade, a autoridade judicial requisitará


sua apresentação para a oitiva.

249. (UECE-CEV/SEAS-CE - 2017) No que concerne ao instituto jurídico da tutela, tomando-se por base o
ECA, é correto afirmar que
a) as normas de decretação de perda ou suspensão do poder familiar aplicam-se à destituição da tutela.
b) o tutor nomeado por testamento ou qualquer documento autêntico, conforme previsto no Código Civil,
deverá, no prazo de 60 (sessenta) dias após a abertura da sucessão, ingressar com pedido destinado ao
controle judicial do ato, observando o procedimento previsto no ECA.
c) o deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou suspensão do poder familiar, mas não
implica, necessariamente, o dever de guarda.
d) a tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito) anos completos.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Vejamos os arts. 38 e 24, do Estatuto da Criança e do
Adolescente:

Art. 38. Aplica-se à destituição da tutela o disposto no art. 24.

Art. 24. A perda e a suspensão do poder familiar serão decretadas judicialmente, em


procedimento contraditório, nos casos previstos na legislação civil, bem como na hipótese
de descumprimento injustificado dos deveres e obrigações a que alude o art. 22.

A alternativa B está incorreta. O referido prazo é de 30 dias, e não 60, conforme prevê o art. 37, da Lei nº
8.069/90:

Art. 37. O tutor nomeado por testamento ou qualquer documento autêntico, conforme
previsto no parágrafo único do art. 1.729 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 -
Código Civil, deverá, no prazo de 30 (trinta) dias após a abertura da sucessão, ingressar com
pedido destinado ao controle judicial do ato, observando o procedimento previsto nos arts.
165 a 170 desta Lei.

A alternativa C está incorreta. Com base no parágrafo único, do art. 36, da referida Lei, o deferimento da
tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou suspensão do poder familiar e implica necessariamente o
dever de guarda.

A alternativa D está incorreta. O art. 36, caput, estabelece que a tutela será deferida, nos termos da lei civil,
a pessoa de até 18 anos incompletos.

250. (UECE-CEV/SEAS-CE - 2017) No que tange à adoção, é correto afirmar que


a) é o instituto que atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive
sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, inclusive os impedimentos matrimoniais.
b) a guarda de fato autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio de convivência.

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c) a morte dos adotantes restabelece o poder familiar dos pais naturais.


d) em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País, o estágio de convivência,
cumprido no território nacional, será de, no mínimo, 30 (trinta) dias, e, no máximo, 45 (quarenta e cinco)
dias, prorrogável por até igual período, uma única vez, mediante decisão fundamentada da autoridade
judiciária.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 41, do ECA, a adoção atribui a condição de filho ao
adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com
pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.

A alternativa B está incorreta. Com base no §2º, do art. 46, da Lei nº 8.069/90, a simples guarda de fato não
autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio de convivência.

A alternativa C está incorreta. O art. 49, da referida Lei, estabelece que a morte dos adotantes não
restabelece o poder familiar dos pais naturais.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe a primeira parte do §3º, do art.
46, do ECA:

§ 3o Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País, o estágio
de convivência será de, no mínimo, 30 (trinta) dias e, no máximo, 45 (quarenta e cinco)
dias, prorrogável por até igual período, uma única vez, mediante decisão fundamentada da
autoridade judiciária.

251. (UECE-CEV/SEAS-CE - 2017) No que diz respeito à assistência médica e odontológica arrolada no
Estatuto da Criança e do Adolescente — ECA — (Lei Federal nº 8.069/90), é correto afirmar que
a) não é obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias.
b) a atenção odontológica à criança terá função educativa protetiva e será prestada, inicialmente, no sexto
e no décimo segundo anos de vida, com orientações sobre saúde bucal.
c) o Sistema Único de Saúde promoverá a atenção à saúde bucal das crianças e das gestantes, de forma
transversal, integral e intersetorial com as demais linhas de cuidado direcionadas à mulher e à criança.
d) somente a criança com necessidade de cuidados odontológicos especiais será atendida pelo Sistema Único
de Saúde.

Comentários

A questão exige o conhecimento o art. 14, da Lei nº 8.069/90. Vamos analisar cada uma das alternativas:

A alternativa A está incorreta. De acordo com §1º, é obrigatória a vacinação das crianças nos casos
recomendados pelas autoridades sanitárias.

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A alternativa B está incorreta. Com base no §3º, a atenção odontológica à criança terá função educativa
protetiva e será prestada, inicialmente, antes de o bebê nascer, por meio de aconselhamento pré-natal, e,
posteriormente, no sexto e no décimo segundo anos de vida, com orientações sobre saúde bucal.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o §2º:

§ 2o O Sistema Único de Saúde promoverá a atenção à saúde bucal das crianças e das
gestantes, de forma transversal, integral e intersetorial com as demais linhas de cuidado
direcionadas à mulher e à criança.

A alternativa D está incorreta. O art. 14, caput, estabelece que o Sistema Único de Saúde promoverá
programas de assistência médica e odontológica para a prevenção das enfermidades que ordinariamente
afetam a população infantil, e campanhas de educação sanitária para pais, educadores e alunos.

252. (PUC-PR/TJ-PR - 2017) Sobre os direitos fundamentais à vida e à saúde da mulher gestante previstos
no Estatuto da Criança e do Adolescente, leia as assertivas a seguir e, depois, assinale a alternativa
CORRETA.
I. A gestante tem direito a 02 (dois) acompanhantes de sua preferência durante o período do pré-natal, do
trabalho de parto e do pós-parto imediato.
II. Caso os profissionais de saúde de referência já tenham vinculado a gestante, no último trimestre da
gestação, ao estabelecimento em que será realizado o parto, a mulher não tem o direito de optar por outro
local.
III. A obrigação do poder público de proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe se limita ao
período pré-natal.
IV. O atendimento pré-natal será realizado por profissionais da atenção primária.
a) Apenas as assertivas I e IV estão corretas.
b) Apenas a assertiva IV está correta.
c) Apenas as assertivas II e IV estão corretas.
d) Apenas as assertivas I e III estão corretas.
e) Apenas a assertiva III está correta.

Comentários

A questão requer o conhecimento do art. 8º, do ECA. Vamos analisar cada um dos itens.

O item I está incorreto. Com base no §6º, durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-
parto imediato, a gestante tem direito a apenas um acompanhante, e não dois.

§ 6º A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência


durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato.

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O item II está incorreto. De acordo com o §2º, é garantido o direito de opção da mulher, mesmo que os
profissionais de saúde de referência já tenham vinculado a gestante, no último trimestre da gestação, ao
estabelecimento em que será realizado o parto.

§ 2º Os profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua vinculação, no


último trimestre da gestação, ao estabelecimento em que será realizado o parto, garantido
o direito de opção da mulher.

O item III está incorreto. Compete ao poder público proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe
no período pré e pós-natal. Vejamos o §4º:

§ 4o Incumbe ao poder público proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe, no


período pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as consequências do
estado puerperal.

Por fim, o item IV está correto, conforme prevê o §1º:

§ 1o O atendimento pré-natal será realizado por profissionais da atenção primária.

Dessa forma, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

253. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - 2017) Considere as normas da Lei Federal nº 8.069, de 13/07/1990,
para assinalar a alternativa correta sobre adoção.
a) O adotando deve contar com, no máximo, dezesseis anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda
ou tutela dos adotantes.
b) O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, mesmo se já estiver sob a guarda
ou tutela dos adotantes.
c) O adotando deve contar com, no máximo, vinte anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou
tutela dos adotantes.
d) O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda
ou tutela dos adotantes.
e) O adotando deve contar com, no máximo, dezesseis anos à data do pedido, mesmo se já estiver sob a
guarda ou tutela dos adotantes.

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 40, do ECA:

Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se
já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.

Vejamos os erros das demais alternativas:

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a) O adotando deve contar com, no máximo, dezesseis anos à data do pedido, salvo se já
estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.

b) O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, mesmo se já
estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.

c) O adotando deve contar com, no máximo, vinte anos à data do pedido, salvo se já estiver
sob a guarda ou tutela dos adotantes.

e) O adotando deve contar com, no máximo, dezesseis anos à data do pedido, mesmo se
já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.

254. (IBADE/SEJUDH-MT - 2017) No Brasil, para que a adoção possa ser realizada, o Estatuto da Criança
e do Adolescente, Lei n° 8.069/1990, prevê que o adotante tem que ser mais velho que o adotado pelo
menos:
a) 16 anos.
b) 21 anos.
c) 5 anos.
d) 10 anos.
e) 18 anos.

Comentários

O Estatuto da Criança e do Adolescente, prevê que o adotante tem que ser mais velho que o adotado pelo
menos, dezesseis anos. Vejamos o §3º, do art. 42:

§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando.

Dessa forma, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

255. (IBADE/SEJUDH-MT - 2017) O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece o estágio de


convivência prévio à adoção. Considerando a adoção de uma criança de 6 (seis) anos de idade por um casal
residente fora do país, considerando a lei supracitada, o estágio de convivência será cumprido:
a) no local de preferência dos adotantes por no mínimo 120 dias.
b) no pais de origem do adotante por no máximo 90 dias.
c) em território nacional por no mínimo 30 dias.
d) no país de origem do adotante por 60 dias
e) em território nacional por no máximo 60 dias.

Comentários

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Com base no §3º, do art. 46, do ECA, em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora
do País, o estágio de convivência será de, no mínimo, 30 dias.

§ 3o Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País, o estágio
de convivência será de, no mínimo, 30 (trinta) dias e, no máximo, 45 (quarenta e cinco)
dias, prorrogável por até igual período, uma única vez, mediante decisão fundamentada da
autoridade judiciária.

Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

256. (IBADE/Prefeitura de Rio Branco-AC - 2017) Sobre adoção de criança e de adolescentes, leia as
afirmativas.
I. Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre o
adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos parentes.
II. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda
ou tutela dos adotantes.
III. Os divorciados e os judicialmente separados não poderão adotar conjuntamente, independente de
qualquer condição.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) l.
b) ll.
c) I e III.
d) I e II.
e) II e III.

Comentários

Vamos analisar cada um dos itens.

O item I está correta, conforme prevê o §1, do art. 41, da Lei nº 8.069/90:

§ 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantêm-se os vínculos de


filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos parentes.

O item II está correto, pois é o que dispõe o art. 40, da referida Lei:

Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se
já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.

Por fim, o item III está incorreto. Os divorciados e os judicialmente separados poderão adotar
conjuntamente. Vejamos o §4º, do art. 42, do ECA:

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§ 4o Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar


conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o
estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de convivência e que
seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não
detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão.

Assim, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

257. (FUNRIO/SESAU-RO - 2017) Em relação ao direito à vida e à saúde, conforme estabelece o Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA), as seguintes afirmativas estão corretas, EXCETO:
a) a criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais
públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de
existência.
b) é assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às políticas de saúde da mulher e de
planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e
ao puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema Único de Saúde
c) o atendimento pré-natal será realizado por profissionais da atenção primária.
d) os profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua vinculação, desde o primeiro trimestre
da gestação, ao estabelecimento em que será realizado o parto, garantido o direito de opção da mulher
e) os serviços de saúde onde o parto for realizado assegurarão às mulheres e aos seus filhos recém-nascidos
alta hospitalar responsável e contrarreferência na atenção primária, bem como o acesso a outros serviços e
a grupos de apoio à amamentação.

Comentários

A alternativa A está correta, pois é o que dispõe o art. 7º, caput, do ECA.

A alternativa B está correta, pois é o que dispõe o art. 8º, caput, do ECA.

A alternativa C está correta, pois é o que dispõe o art. 8º, §1º, do ECA.

A alternativa D está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 8º, §2º, do ECA, os profissionais
de saúde de referência da gestante garantirão sua vinculação, no último trimestre da gestação, ao
estabelecimento em que será realizado o parto, garantido o direito de opção da mulher.

A alternativa E está correta, pois é o que dispõe o art. 8º, §3º, do ECA.

258. (FUNDEP/MPE-MG - 2017) Assinale a alternativa INCORRETA:


São direitos das gestantes e parturientes, garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente:
a) Atendimento pré-natal no estabelecimento em que será realizado o parto, garantido o direito de opção
da mulher.
b) Um acompanhante, de sua preferência, durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-
parto imediato.

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c) Alta hospitalar responsável e contrarreferência na atenção primária, bem como o acesso a outros serviços
e a grupos de apoio e amamentação.
d) Acompanhamento saudável durante toda a gestação, parto natural cuidadoso, aplicação de cesariana e
outras intervenções cirúrgicas por motivos médicos.

Comentários

A alternativa A está incorreta e é o gabarito da questão. O erro está em afirmar a vinculação entre o local
em que a mulher realizou o atendimento pré-natal e o local onde será realizado o parto. O correto é a
existência de vinculação entre a equipe que atendeu a mulher nos últimos 3 meses de gestação e a que
realizará o seu parto, caso a mulher assim deseje. Vejamos o §2º, do art. 8º, da Lei nº 8.069/90:

§ 2o Os profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua vinculação, no


último trimestre da gestação, ao estabelecimento em que será realizado o parto, garantido
o direito de opção da mulher.

A alternativa B está correta, conforme prevê o §6º, do art. 8º, do ECA:

§ 6o A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência


durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato.

A alternativa C está correta, pois é o que dispõe o §3º, do art. 8º, da referida Lei:

§ 3o Os serviços de saúde onde o parto for realizado assegurarão às mulheres e aos seus
filhos recém-nascidos alta hospitalar responsável e contrarreferência na atenção primária,
bem como o acesso a outros serviços e a grupos de apoio à amamentação.

A alternativa D está correta, com base no §8º, do art. 8º, do ECA:

§ 8o A gestante tem direito a acompanhamento saudável durante toda a gestação e a parto


natural cuidadoso, estabelecendo-se a aplicação de cesariana e outras intervenções
cirúrgicas por motivos médicos.

259. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - 2017) Considere as normas da Lei Federal nº 8.069, de 13/07/1990,
para assinalar a alternativa correta sobre os direitos à vida e à saúde.
a) A gestante e a parturiente têm direito a 2 (dois) acompanhantes de sua preferência durante o período do
pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato.
b) A gestante tem direito a 2 (dois) acompanhantes de sua preferência durante o período do pré-natal e a
parturiente tem direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência durante o período do trabalho de parto.
c) A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência durante o período do
pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato.
d) A gestante tem direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência durante o período do pré-natal e a
parturiente tem direito a 2 (dois) acompanhantes de sua preferência durante o período do trabalho de parto.

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e) A gestante e a parturiente têm direito a quantos acompanhantes desejarem durante o período do pré-
natal e a 2 (dois) acompanhantes de sua preferência durante o período do trabalho de parto e do pós-parto
imediato.

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o §6º, do art. 8º, da Lei nº 8.069/90:

§ 6o A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência


durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato.

Vejamos os erros das demais alternativas:

a) A gestante e a parturiente têm direito a 2 (dois) acompanhantes de sua preferência


durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato.

b) A gestante tem direito a 2 (dois) acompanhantes de sua preferência durante o período


do pré-natal e a parturiente tem direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência durante
o período do trabalho de parto.

d) A gestante tem direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência durante o período do


pré-natal e a parturiente tem direito a 2 (dois) acompanhantes de sua preferência durante
o período do trabalho de parto.

e) A gestante e a parturiente têm direito a quantos acompanhantes desejarem durante o


período do pré-natal e a 2 (dois) acompanhantes de sua preferência durante o período do
trabalho de parto e do pós-parto imediato.

260. (Instituto Excelência/Prefeitura de Cruzeiro-SP - 2016) De acordo com a lei 8.069/90 Art. 8º É
assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às políticas de saúde da mulher e de
planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e
ao puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema Único de Saúde.
Assinale a alternativa CORRETA que refere-se à assistência psicológica do § 5º :
a) deverá ser prestada também a gestantes e mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para
adoção, bem como a gestantes e mães que se encontrem em situação de privação de liberdade.
b) deverá receber orientação sobre aleitamento materno, alimentação complementar saudável e
crescimento e desenvolvimento infantil, bem como sobre formas de favorecer a criação de vínculos afetivos
e de estimular o desenvolvimento integral da criança.
c) a acompanhamento saudável durante toda a gestação e a parto natural cuidadoso, estabelecendo-se a
aplicação de cesariana e outras intervenções cirúrgicas por motivos médicos.
d) assegurarão às mulheres e aos seus filhos recém-nascidos alta hospitalar responsável e contra referência
na atenção primária, bem como o acesso a outros serviços e a grupos de apoio à amamentação.

Comentários

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A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Vejamos os §§ 4º e 5º, do art. 8º, do ECA:

§ 4o Incumbe ao poder público proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe, no


período pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as consequências do
estado puerperal

§ 5o A assistência referida no § 4o deste artigo deverá ser prestada também a gestantes e


mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção, bem como a
gestantes e mães que se encontrem em situação de privação de liberdade.

As demais alternativas não estão incorretas, porém não falam de assistência psicológica, objeto de cobrança
que consta no enunciado da questão.

261. (IBFC/SES-PR - 2016) Quanto ao direito à vida e à saúde, previsto no estatuto da criança e do
adolescente, analise os itens abaixo e a seguir, assinale a alternativa correta:
I. O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao aleitamento
materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa de liberdade.
II. Os estabelecimentos de atendimento à saúde deverão proporcionar condições para a permanência em
tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança e em pelo menos meio
período nos casos de intenação de adolescente.
III. Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente àqueles que necessitarem os medicamentos, próteses
e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.
a) Apenas I e III estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas II está correta.
d) I, II e III estão corretas.

Comentários

Vamos analisar cada um dos itens.

O item I está correto, com base no art. 9º, da Lei nº 8.069/90:

Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições


adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida
privativa de liberdade.

O item II está incorreto. De acordo com o art. 12, da referida Lei, os estabelecimentos de atendimento à
saúde, inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de cuidados intermediários, deverão
proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de
internação de criança ou adolescente.

O item III está correto, pois é o que dispõe o §2º, do art. 11, do ECA:

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§ 2o Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente, àqueles que necessitarem,


medicamentos, órteses, próteses e outras tecnologias assistivas relativas ao tratamento,
habilitação ou reabilitação para crianças e adolescentes, de acordo com as linhas de
cuidado voltadas às suas necessidades específicas.

Portanto, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

262. (IBFC/SES-PR - 2016) Considerando o estatuto da criança e do adolescente, analise os itens abaixo
e a seguir, assinale a alternativa correta:
I. Sistema Único de Saúde promoverá programas de assistência médica e odontológica para a prevenção das
enfermidades que ordinariamente afetam a população infantil, e campanhas de educação sanitária para pais,
educadores e alunos.
II. A parturiente será atendida preferencialmente pelo mesmo médico que a acompanhou na fase pré-natal.
III. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente serão
obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras
providências legais.
a) I, II e III estão corretas.
b) Apenas I e III estão corretas.
c) Apenas I e II estão corretas.
d) Apenas II está correta.

Comentários

Vamos analisar cada um dos itens.

O item I está correto, conforme estabelece o art. 14, caput, do ECA:

Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas de assistência médica e


odontológica para a prevenção das enfermidades que ordinariamente afetam a população
infantil, e campanhas de educação sanitária para pais, educadores e alunos.

O item II está incorreto. A Lei nº 13.257/16, determinada que a parturiente não tem mais atendimento
preferencial pelo mesmo médico que a acompanhou na fase pré-natal.

De acordo com o §2º, do art. 8º, do ECA, a gestante será vinculada, no último trimestre da gestação, ao
estabelecimento em que será realizado o parto, se assim ela desejar.

§ 2o Os profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua vinculação, no


último trimestre da gestação, ao estabelecimento em que será realizado o parto, garantido
o direito de opção da mulher.

O item III está correto, com base no art. 13, caput, da Lei nº 8.069/90:

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Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou


degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente
comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras
providências legais.

Desse modo, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

263. (FUNDATEC/Prefeitura de Porto Alegre-RS - 2016) De acordo com a Lei nº 8.069/90 – Estatuto da
Criança e do adolescente, em relação ao Direito à Vida e à Saúde, analise as assertivas abaixo:
I. Incumbe ao poder público garantir à gestante e à mulher com filho, na primeira infância, que se encontrem
sob custódia em unidade de privação de liberdade, ambiência que atenda às normas sanitárias e assistenciais
do Sistema Único de Saúde para o acolhimento do filho, em articulação com o sistema de ensino competente,
visando ao desenvolvimento integral da criança.
II. É assegurado às mulheres que demonstrarem hipossuficiência econômica o acesso aos programas e às
políticas de saúde da mulher e de planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada, atenção
humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no
âmbito do Sistema Único de Saúde.
III. Incumbe ao poder público proporcionar assistência psicológica à gestante, somente no período pré-natal,
inclusive como forma de prevenir ou minorar as consequências do estado puerperal.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II e III.

Comentários

A questão exige o conhecimento do art. 8º, da Lei nº 8.069/90. Vamos analisar cada um dos itens.

O item I está correto, conforme prevê o §10:

§ 10. Incumbe ao poder público garantir, à gestante e à mulher com filho na primeira
infância que se encontrem sob custódia em unidade de privação de liberdade, ambiência
que atenda às normas sanitárias e assistenciais do Sistema Único de Saúde para o
acolhimento do filho, em articulação com o sistema de ensino competente, visando ao
desenvolvimento integral da criança.

O item II está incorreto. Com base no art. 8º, caput, é assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas
e às políticas de saúde da mulher e de planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada, atenção
humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no
âmbito do Sistema Único de Saúde.

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O item III está incorreto. O §4º, estabelece que incumbe ao poder público proporcionar assistência
psicológica à gestante e à mãe, no período pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as
consequências do estado puerperal.

Assim, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

264. (FUNDATEC/Prefeitura de Porto Alegre-RS - 2016) Nos termos da Lei nº 8.069/90 – Estatuto da
Criança e do adolescente, em relação ao Direito à Vida e à Saúde, analise as assertivas abaixo:
I. A criança e o adolescente com deficiência serão atendidos sem discriminação ou segregação, em suas
necessidades gerais de saúde e específicas de habilitação e reabilitação e ainda incumbe ao poder público
fornecer gratuitamente, àqueles que necessitarem, medicamentos, órteses, próteses e outras tecnologias
assistivas relativas ao tratamento, habilitação ou reabilitação para crianças e adolescentes, de acordo com
as linhas de cuidado voltadas às suas necessidades específicas.
II. Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de
cuidados intermediários, deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral dos pais
ou responsáveis, nos casos de internação de criança ou adolescente.
III. Os casos de suspeita de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança
ou adolescente poderão ser comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de
outras providências legais.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

Comentários

O item I está correto, pois é o que dispõe os §§ 1º e 2º, do art. 11, da Lei nº 8.069/90:

§ 1o A criança e o adolescente com deficiência serão atendidos, sem discriminação ou


segregação, em suas necessidades gerais de saúde e específicas de habilitação e
reabilitação.

§ 2o Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente, àqueles que necessitarem,


medicamentos, órteses, próteses e outras tecnologias assistivas relativas ao tratamento,
habilitação ou reabilitação para crianças e adolescentes, de acordo com as linhas de
cuidado voltadas às suas necessidades específicas.

O item II está incorreto. O art. 12, caput, da referida Lei, prevê que os estabelecimentos de atendimento à
saúde, inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de cuidados intermediários, deverão
proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de
internação de criança ou adolescente.

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O item III está incorreto. De acordo com o art. 13, caput, do ECA, os casos de suspeita ou confirmação de
castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão
obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras
providências legais.

Dessa forma, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

265. (FUNRIO/IF-PA - 2017) Sobre a lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre a proteção
integral de crianças e adolescentes, a criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde,
mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento, o desenvolvimento sadio
e harmonioso, em condições dignas de existência. Podemos citar como direcionamento no que tange a
assistência a gestante, à puérpera e ao recém-nascido o seguinte:
a) Os profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua vinculação, no último trimestre da
gestação, ao estabelecimento em que será realizado o parto, garantido o direito de opção da mulher.
b) O atendimento pré-natal será realizado por profissionais da atenção secundária.
c) A gestante e a parturiente não terão direito a acompanhante durante o período do pré-natal, do trabalho
de parto e do pós-parto imediato.
d) A gestante tem direito a acompanhamento saudável durante toda a gestação e preferencialmente a opção
pelo parto cesárea.
e) O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao aleitamento
materno, com exceção aos filhos de mães submetidas a medida privativa de liberdade.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o §2º, do art. 8º, do ECA:

§ 2o Os profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua vinculação, no


último trimestre da gestação, ao estabelecimento em que será realizado o parto, garantido
o direito de opção da mulher.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 8º, §1º, da referida Lei, o atendimento pré-natal será
realizado por profissionais da atenção primária, e não secundária.

§ 1o O atendimento pré-natal será realizado por profissionais da atenção primária.

A alternativa C está incorreta. Com base no §6º, do art. 8º, da Lei nº 8.069/90, a gestante e a parturiente
terão direito a um acompanhante durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto
imediato.

§ 6o A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência


durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato.

A alternativa D está incorreta. O §8º, do art. 8º, da referida Lei, estabelece que a gestante tem direito a
acompanhamento saudável durante toda a gestação e a parto natural cuidadoso.

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§ 8o A gestante tem direito a acompanhamento saudável durante toda a gestação e a parto


natural cuidadoso, estabelecendo-se a aplicação de cesariana e outras intervenções
cirúrgicas por motivos médicos.

A alternativa E está incorreta. Segundo o art. 9º, do ECA, o poder público, as instituições e os empregadores
propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida
privativa de liberdade.

Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições


adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida
privativa de liberdade.

266. (REIS & REIS/Prefeitura de Cipotânea-MG - 2016) Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente,
é incorreto afirmar:
a) A criança e o adolescente com deficiência serão atendidos, com discriminação ou segregação, em suas
necessidades gerais de saúde e específicas de habilitação e reabilitação.
b) A atenção odontológica à criança terá função educativa protetiva e será prestada, inicialmente, antes de
o bebê nascer, por meio de aconselhamento pré-natal, e, posteriormente, no sexto e no décimo segundo
anos de vida, com orientações sobre saúde bucal.
c) Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos
contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva
localidade, sem prejuízo de outras providências legais.
d) É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em
família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu
desenvolvimento integral.

Comentários

A alternativa A está incorreta e é o gabarito da questão. Conforme prevê o §1º, do art. 11, do ECA, a criança
e o adolescente com deficiência serão atendidos, sem discriminação ou segregação, em suas necessidades
gerais de saúde e específicas de habilitação e reabilitação.

A alternativa B está correta, com base no §3º, do art. 14, da referida Lei:

§ 3o A atenção odontológica à criança terá função educativa protetiva e será prestada,


inicialmente, antes de o bebê nascer, por meio de aconselhamento pré-natal, e,
posteriormente, no sexto e no décimo segundo anos de vida, com orientações sobre saúde
bucal.

A alternativa C está correta, pois é o que dispõe o art. 13, caput, da Lei nº 8.069/90:

Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou


degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente

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comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras


providências legais.

A alternativa D está correta, segundo o art. 19, caput, da referida Lei:

Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família
e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e
comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.

267. (Fundação La Salle/FHGV - 2017) Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente a gestante e a


parturiente têm direito a ____ acompanhante(s) do sua preferência durante o período do pré-natal, do
trabalho de parto e do pós-parto imediato
O texto acima estará correto se a lacuna for preenchida por
a) 1 (um)
b) 2 (dois)
c) 3 (três)
d) 4 (quatro)
e) 5 (cinco)

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o §6º, do art. 8º, do Estatuto da Criança e
do Adolescente:

§ 6o A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência


durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato.

268. (UECE-CEV/SEAS-CE - 2017) O direito ao respeito, previsto no ECA, consiste


a) na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a
preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos
pessoais.
b) em brincar, praticar esportes e divertir-se.
c) em participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação.
d) no direito de buscar refúgio, auxílio e orientação.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 17, do ECA:

Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e


moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade,
da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SEDUC-AL - 2021 Pré-Edital 268


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As alternativas B, C e D estão incorretas, pois se referem ao direito à liberdade.

269. (UTFPR/UTFPR - 2017) De acordo com a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é correto afirmar que:
a) os direitos enunciados na referida Lei são aplicados exclusivamente às crianças e adolescentes em
condições de hipossuficiência econômica.
b) direito ao esporte e ao lazer não são assegurados às crianças e aos adolescentes.
c) direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, não abrangendo os aspectos psíquicos
e morais da criança e do adolescente.
d) compete somente ao poder público a efetivação dos direitos previstos na referida Lei.
e) participar da vida política, na forma da lei, é um dos aspectos compreendidos no direito à liberdade.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 3º, parágrafo único, da Lei nº 8.069/90, os direitos
enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento,
situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de
desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra
condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem.

A alternativa B está incorreta. O direito ao esporte e ao lazer são sim assegurados às crianças e aos
adolescentes. Vejamos o art. 4º, caput, da referida Lei:

Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público


assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,
ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

A alternativa C está incorreta. Com base no art. 3º, caput, do ECA, o direito ao respeito consiste na
inviolabilidade da integridade física, mental, moral, espiritual e social.

Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à


pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-
lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar
o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e
de dignidade.

A alternativa D está incorreta. Conforme estabelece o art. 4º, caput, é dever da família, da comunidade, da
sociedade em geral e do poder público assegurar a efetivação dos direitos previstos na referida Lei.

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 16, VI, da Lei nº 8.069/90:

Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SEDUC-AL - 2021 Pré-Edital 269


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VI - participar da vida política, na forma da lei;

270. (Alternative Concursos/Prefeitura de Sul Brasil-SC - 2017) De acordo com o Estatuto da Criança e
do Adolescente, Lei n.º 8.069/90, art. 18-B, os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis,
os agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de
crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento
cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto estarão
sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo
com a gravidade do caso:
I. Encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família.
II. Obrigação de tratamento psicológico ou psiquiátrico.
III. Encaminhamento a cursos ou programas de orientação.
IV. Obrigação de encaminhar os responsáveis a tratamento especializado.
V. Advertência para a criança.
a) Somente I, II e IV estão corretas.
b) Somente II, III, IV e V estão corretas.
c) Somente I e III estão corretas.
d) Somente I e IV estão corretas.
e) Todas estão corretas.

Comentários

Vejamos o art. 18-B, da Lei nº 8.069/90:

Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos


executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de
crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico
ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou
qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às
seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso:

I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família;

II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;

III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;

IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado;

V - advertência.

Assim, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

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271. (Instituto Excelência/Prefeitura de Cruzeiro-SP - 2016) Conforme o Estatuto da Criança e do


Adolescente Art. 17. O direito ao respeito consiste. Complete o referido artigo assinalando a alternativa
CORRETA:
a) na dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento,
aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
b) no direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante,
como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da
família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por
qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.
c) no direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento
e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.
d) na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a
preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos
pessoais.

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o art. 17, do ECA:

Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e


moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade,
da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.

As alternativas A e B estão incorretas, pois referem-se ao direito à dignidade.

A alternativa C está incorreta, pois não há essa previsão no ECA.

272. (FEPESE/SJC-SC - 2016) De acordo com a Doutrina da Proteção Integral a Criança e o adolescente
têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de
desenvolvimento e como sujeitos de direitos garantidos na Constituição Federal de 1988 e nas leis.
Nesse sentido, o direito de liberdade, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, compreende:
a) liberdade de buscar refúgio, auxílio e orientação e ter liberdade de opinião e expressão.
b) ter limitado o seu direito de ir e vir com base no toque de recolher.
c) liberdade de crença e de culto, desde que seja aquela vinculada à vontade de seus pais ou do responsável
legal.
d) liberdade de brincar, praticar esportes e divertir-se, sempre acompanhado de um responsável legal.
e) ter negada a sua participação na vida política em razão da incapacidade civil.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O art. 16, do Estatuto da Criança e do Adolescente,
prevê quais os aspectos que o direito à liberdade compreende:

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Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:

I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições
legais;

II - opinião e expressão;

III - crença e culto religioso;

IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;

V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;

VI - participar da vida política, na forma da lei;

VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.

Vejamos os erros das demais alternativas:

b) ter limitado o seu direito de ir e vir com base no toque de recolher.

c) liberdade de crença e de culto, desde que seja aquela vinculada à vontade de seus pais
ou do responsável legal.

d) liberdade de brincar, praticar esportes e divertir-se, sempre acompanhado de um


responsável legal.

e) ter negada a sua participação na vida política em razão da incapacidade civil.

273. (COMPERVE/Câmara de Natal-RN - 2016) As crianças e os adolescentes, qualificados pelo direito


hoje vigente como pessoas em desenvolvimento, receberam do direito positivo brasileiro, tutela especial
através da Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990, mais conhecida como Estatuto da Criança e do
Adolescente. Seguindo as diretrizes traçadas pela Constituição de 1988, o Estatuto da Criança e do
Adolescente trouxe a previsão normativa da absoluta prioridade e de variados direitos fundamentais. Em
tal seara, foi determinado que as crianças e os adolescentes têm direito,
a) à liberdade, de forma a compreender a liberdade de ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços
comunitários, ressalvadas as restrições legais; a liberdade de opinião e de expressão; a liberdade de brincar
e de praticar esportes, a liberdade de participar da vida familiar e comunitária; a liberdade de buscar refúgio,
auxílio e orientação, excetuadas dessa tutela a liberdade de crença e culto religioso e de participar da vida
política.
b) ao respeito, consistente na inviolabilidade da sua integridade física, psíquica e moral, abrangendo a
preservação da imagem, da identidade, da autonomia, de seus valores, ideias e crenças, excluída a tutela dos
seus espaços e objetos pessoais.
c) de serem educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como
formas de correção, disciplina, educação ou a qualquer outro pretexto, por parte dos pais, de integrantes da

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família ampliada, dos responsáveis, dos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por
qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.
d) de serem criados e educados no seio de sua família biológica, não se admitindo a sua inserção em família
substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento
integral.

Comentários

A alternativa A está incorreta. O art. 16, do ECA, prevê quais os aspectos o direito à liberdade compreende.
Vejamos:

Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:

I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições
legais;

II - opinião e expressão;

III - crença e culto religioso;

IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;

V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;

VI - participar da vida política, na forma da lei;

VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 17, caput, da referida Lei, o direito ao respeito consiste
na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a
preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos
pessoais.

A alternativa C está correta, pois é o que dispõe o art. 18-A, caput, da Lei nº 8.069/90:

Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de
castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina,
educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada,
pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por
qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.

A alternativa D está incorreta. Com base no art. 19, caput, da referida Lei, é direito da criança e do
adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta,
assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.

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274. (FUNRIO/IF-PA - 2016) A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade
como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e
sociais garantidos na Constituição e nas leis. De acordo com o estatuto da criança e do adolescente é dever
de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento
desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor. Para fins de proteção integral podemos
considerar:
a) Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis tratá-los, educá-los ou protegê-los que
utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação
ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos às sanções cabíveis com exceção dos agentes públicos
executores de medidas socioeducativas.
b) Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional
terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 2 (dois) anos, devendo a autoridade judiciária competente,
com base em relatório elaborado por equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma
fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família substituta.
c) A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará
por mais de 5 (cinco) anos, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse,
devidamente fundamentada pela autoridade judiciária.
d) A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de
tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto,
pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de
medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou
protegê-los.
e) Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado de liberdade, por
meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento institucional, pela
entidade responsável, mediante autorização de autoridade judicial.

Comentários

A alternativa A está incorreta. Os agentes públicos também têm o dever de cuidar de crianças e de
adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los, conforme prevê o art. 18-B, da Lei nº 8.069/90:

Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos


executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de
crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico
ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou
qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às
seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso:

A alternativa B está incorreta. Com base no §1º, do art. 19, da referida Lei, no máximo a cada 3 meses, e não
dois anos, toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou
institucional terá sua situação reavaliada.

§ 1o Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento


familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 3 (três) meses,

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devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe
interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de
reintegração familiar ou pela colocação em família substituta, em quaisquer das
modalidades previstas no art. 28 desta Lei.

A alternativa C está incorreta. O §2º, do art. 19, do Estatuto da Criança e do Adolescente, estabelece que, a
permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará por
mais de 18 meses.

§ 2o A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional


não se prolongará por mais de 18 (dezoito meses), salvo comprovada necessidade que
atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 18-A, caput, da referida Lei:

Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de
castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina,
educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada,
pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por
qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.

A alternativa E está incorreta. Independentemente de autorização judicial, será garantida a convivência da


criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado de liberdade. Vejamos o §4º, do art. 19, do ECA:

§ 4o Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado


de liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses
de acolhimento institucional, pela entidade responsável, independentemente de
autorização judicial.

275. (FUNRIO/Prefeitura de Trindade-GO - 2016) Em seu Capítulo II, o ECA trata do direito à liberdade,
ao respeito e à dignidade.
Um aspecto que compreende o direito à liberdade de crianças e adolescentes está definido em:
a) Brincar, praticar esportes e divertir-se.
b) Afastar-se de qualquer participação na vida política.
c) Atrelar suas opiniões às orientações de seus pais ou responsáveis.
d) Ir, vir e estar nos logradouros públicos, desde que sob tutela de um responsável.
e) Participar da vida familiar e comunitária, de acordo com as restrições e distinções cabíveis.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, com base no art. 16, do ECA:

Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:

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I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições
legais;

II - opinião e expressão;

III - crença e culto religioso;

IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;

V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;

VI - participar da vida política, na forma da lei;

VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.

Vejamos os erros das demais alternativas:

b) Afastar-se de qualquer participação na vida política.

c) Atrelar suas opiniões às orientações de seus pais ou responsáveis.

d) Ir, vir e estar nos logradouros públicos, desde que sob tutela de um responsável.

e) Participar da vida familiar e comunitária, de acordo com as restrições e distinções


cabíveis.

276. (UEM/UEM - 2017) De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, qual é o procedimento
que deverá ser adotado pelos dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental nos casos de
reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares, e os casos de
elevados níveis de repetência?
a) Encaminhar ao Ministério Público, para a devida advertência ao aluno.
b) Comunicar ao Juiz da Infância e Juventude.
c) Notificar a secretaria da escola, para devido registro no livro de ocorrências.
d) Registrar no diário de classe, para posterior notificação ao Conselho Escolar.
e) Comunicar ao Conselho Tutelar.

Comentários

De acordo com o art. 56, do Estatuto da Criança e do Adolescente, a comunicação ao Conselho Tutelar, é o
procedimento que deverá ser adotado pelos dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental nos
casos de reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares, e os casos
de elevados níveis de repetência.

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Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao


Conselho Tutelar os casos de:

I - maus-tratos envolvendo seus alunos;

II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;

III - elevados níveis de repetência.

Assim, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

277. (IBADE/Prefeitura de Rio Branco-AC - 2017) É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:
1. progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio.
2. atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência.
3. atendimento em creche e pré-escola às crianças de seis anos de idade.
4. oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador.
Estão corretos apenas os itens:
a) 1, 2 e 4.
b) 2, 3 e 4.
c) 1 e 3.
d) 1 e 4.
e) 1, 3 e 4.

Comentários

A questão exige o conhecimento do art. 54, do ECA, onde prevê os deveres que o Estado deve assegurar à
criança e o adolescente.

O item 1 está correto, conforme prevê o inciso II:

Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

O item 2 está correto, conforme prevê o inciso III:

III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,


preferencialmente na rede regular de ensino;

O item 3 está incorreto. De acordo com o inciso IV, é dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente
atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade.

O item 4 está correto, conforme prevê o inciso VI:

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VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador;

Os itens 1, 2 e 4 estão corretos. Desse modo, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

278. (FCM/IF-RJ - 2017) “A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho”.
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, é um direito assegurado a esse público no âmbito da
educação
a) o questionamento da posição ideológica do professor.
b) um professor exclusivo para quem necessite de reforço escolar.
c) o livre acesso aos conselhos administrativos, pedagógicos e de classe da escola.
d) a contestação dos critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores.
e) a aprovação automática de adolescentes trabalhadores para evitar sua evasão escolar.

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 53, do ECA:

Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno


desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para
o trabalho, assegurando-se-lhes:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - direito de ser respeitado por seus educadores;

III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares


superiores;

IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;

V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.

279. (Quadrix/SEDF - 2017) Julgue o item:


Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os dirigentes de estabelecimentos de Ensino
Fundamental devem comunicar ao conselho tutelar os casos de evasão escolar, não sendo necessária tal
providência na hipótese de reiteração de faltas injustificadas.

Comentários

O art. 56, do ECA, estabelece que os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao
Conselho Tutelar os casos de maus-tratos envolvendo seus alunos; reiteração de faltas injustificadas e de
evasão escolar, esgotados os recursos escolares; e elevados níveis de repetência. Assim, a assertiva está
incorreta.

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280. (FUNRIO/Prefeitura de Trindade- GO - 2016) O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) assegura


à criança e ao adolescente o direito à educação.
Um outro direito garantido pelo ECA é:
a) Respeito do corpo docente, desde que faça por merecer.
b) Igualdade de condições para acesso e permanência na escola.
c) Acesso à escola pública e gratuita, respeitando a existência de vaga.
d) Contestação de critérios de avaliação no âmbito da própria unidade escolar.
e) Participação em atividades pedagógicas na escola e extracurriculares, excluindo aquelas ligadas a
entidades estudantis.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o art. 53, do ECA:

Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno


desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para
o trabalho, assegurando-se-lhes:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - direito de ser respeitado por seus educadores;

III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares


superiores;

IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;

V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.

281. (FUNIVERSA/IF-AP - 2016) À luz do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.º 8.069/1990 e suas
alterações), assinale a alternativa correta em relação ao direito do adolescente à educação.
a) É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição
das propostas educacionais.
b) É dever dos pais ou responsáveis assegurar atendimento no ensino fundamental por meio de programas
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
c) Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão aos pais ou responsáveis a
reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares.
d) O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público objetivo.
e) É dever do Estado assegurar a todos os adolescentes acesso ao nível superior de ensino.

Comentários

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A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 53, parágrafo único, do ECA:

Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico,
bem como participar da definição das propostas educacionais.

A alternativa B está incorreta, pois se refere a um dever do Estado, e não dos pais ou responsáveis. Vejamos
o art. 54, I, da Lei nº 8.069/90:

Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram
acesso na idade própria;

A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 56, II, da referida Lei, os dirigentes de estabelecimentos
de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar, e não aos pais ou responsáveis, a reiteração de
faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares.

Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao


Conselho Tutelar os casos de

II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;

A alternativa D está incorreta. Com base no §1º, do art. 54, do ECA, o acesso ao ensino obrigatório e gratuito
é direito público subjetivo, e não objetivo.

§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.

A alternativa E está incorreta. O art. 54, I, mencionado acima, prevê que é dever do Estado assegurar à
criança e ao adolescente ensino fundamental.

282. (FUNRIO/IF-BA - 2016) Segundo o Art. 53 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a criança
e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o
exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. Para que este exercício seja pleno é necessário:
I. impor limites à presença dos pais na escola, especialmente se desejarem participar da definição das
propostas educacionais;
II. assegurar, às crianças e aos adolescentes, o direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às
instâncias escolares superiores;
III. garantir o direito de organização e participação em entidades estudantis;
IV. dar liberdade aos educadores, de forma que possam utilizar de constrangimento moral ou físico, para
que as crianças sejam disciplinadas.
Pode-se afirmar que
a) somente o item I está coerente com o ECA.
b) somente os itens I e IV estão coerentes com o ECA.

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c) somente os itens II e III estão coerentes com o ECA.


d) somente os itens II, III e IV estão coerentes com o ECA.
e) nenhum dos itens está coerente com o ECA.

Comentários

Vejamos o art. 53, do ECA:

Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno


desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para
o trabalho, assegurando-se-lhes:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - direito de ser respeitado por seus educadores;

III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares


superiores;

IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;

V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.

Somente os somente os itens II e III estão coerentes com o ECA. Assim, a alternativa C está correta e é o
gabarito da questão.

283. (UEM/UEM - 2017) Assinale a alternativa correta em relação à profissionalização e ao trabalho da


criança e do adolescente.
a) A remuneração que o adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a participação na venda dos produtos
de seu trabalho desfigura o caráter educativo.
b) O adolescente que se enquadra na categoria de aprendiz estará amparado apenas pelas normas do Código
de Processo Civil.
c) Ao adolescente portador de deficiência é proibida a prática de atividade laboral.
d) A realização de atividades perigosas, insalubres ou penosas é permitida ao adolescente aprendiz que
estiver em regime familiar de trabalho.
e) Ao adolescente é vedado o trabalho noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco
horas do dia seguinte.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o §2º, do art. 68, da Lei nº 8.069/90, a remuneração que o
adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a participação na venda dos produtos de seu trabalho não
desfigura o caráter educativo.

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A alternativa B está incorreta. Com base no art. 61, do ECA, a proteção ao trabalho dos adolescentes é
regulada por legislação especial, sem prejuízo do disposto nesta Lei.

A alternativa C está incorreta. O art. 66, da Lei nº 8.069/90, estabelece que ao adolescente portador de
deficiência é assegurado trabalho protegido.

A alternativa D está incorreta. A realização de atividades perigosas, insalubres ou penosas é vedada ao


adolescente. Vejamos o art. 67, II, da referida Lei:

Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de


escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado
trabalho:

II - perigoso, insalubre ou penoso;

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 67, I, do ECA:

Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de


escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado
trabalho:

I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte;

284. (UEM/UEM - 2017) O Estatuto da Criança e do Adolescente define aprendizagem como a formação
técnico-profissional ministrada segundo quais critérios?
a) As diretrizes e bases da legislação de educação em vigor.
b) As diretrizes e bases da legislação da previdência em vigor.
c) As diretrizes e bases da legislação de trânsito em vigor.
d) As diretrizes e bases da legislação trabalhista em vigor.
e) As diretrizes e bases da legislação civil em vigor.

Comentários

De acordo com o art. 62, do Estatuto da Criança e do Adolescente, considera-se aprendizagem a formação
técnico-profissional ministrada segundo as diretrizes e bases da legislação de educação em vigor.

Desse modo, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

285. (Big Advice/Prefeitura de Pradópolis-SP - 2017) De acordo com o ECA, Art. 63. A formação técnico-
profissional obedecerá aos seguintes princípios:
I - Garantia de acesso obrigatória ao ensino regular;
II - Atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;
III - Horário usual para o exercício das atividades.

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Das afirmativas dadas, a alternativa que apresenta incorreção é:


a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) Todas estão corretas.
e) N.D.A.

Comentários

Vamos analisar cada um dos itens.

O item I está incorreto. De acordo com o art. 63, I, do ECA, a formação técnico-profissional obedecerá à
garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular.

O item II está correto, com base no art. 63, II, da Lei nº 8.069/90:

Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios:

II - atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;

O item III está incorreto. Segundo o art. 63, III, da referida Lei, a formação técnico-profissional obedecerá ao
horário especial para o exercício das atividades.

Portanto, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

286. (Big Advice/Prefeitura de Pradópolis-SP - 2017) De acordo com o ECA, Art. 64. Ao adolescente até
quatorze anos de idade _________________.
A alternativa que preenche corretamente a lacuna é:
a) São assegurados direitos trabalhistas.
b) São assegurados direitos previdenciários.
c) São assegurados direitos trabalhistas e previdenciários.
d) É assegurada bolsa de aprendizagem.
e) É assegurado o trabalho protegido.

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o art. 64, da Lei nº 8.069/90:

Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é assegurada bolsa de aprendizagem.

Além disso, o art. 65, estabelece que ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são assegurados os
direitos trabalhistas e previdenciários.

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Enquanto o art. 66, prevê que ao adolescente portador de deficiência é assegurado trabalho protegido.

287. (FCM/IF-RJ - 2017) Considere as seguintes afirmações sobre o direito à profissionalização e à


proteção no trabalho, preconizados no título II, capítulo V do Estatuto da Criança e do Adolescente.
I- Ao adolescente portador de deficiência, é assegurado trabalho protegido.
II- Ao adolescente até quatorze anos de idade, são assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários.
III- O adolescente tem direito à profissionalização e à proteção no trabalho, observados o respeito à condição
peculiar de pessoa em desenvolvimento, a capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho,
dentre outros aspectos.
IV- A formação técnico-profissional obedecerá aos princípios da garantia de acesso e frequência obrigatória
ao ensino regular, da atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente e do horário especial para
o exercício das atividades.
V- Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido
em entidade governamental ou não governamental, é permitido trabalho noturno realizado entre as vinte e
duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte de modo a garantir seu acesso à escola.
São corretas apenas as afirmativas
a) I, II e V.
b) I, III e IV.
c) II, III e V.
d) II, IV e V.
e) I, II, III e IV.

Comentários

Vamos analisar cada um dos itens.

O item I está correto, pois é o que dispõe o art. 66, do Estatuto da Criança e do Adolescente:

Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é assegurado trabalho protegido.

O item II está incorreto. De acordo com o art. 64, da referida Lei, ao adolescente até quatorze anos de idade
é assegurada bolsa de aprendizagem.

Ademais, o art. 65 estabelece que ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são assegurados os
direitos trabalhistas e previdenciários.

O item III está correto, conforme prevê o art. 69, da Lei nº 8.069/90:

Art. 69. O adolescente tem direito à profissionalização e à proteção no trabalho,


observados os seguintes aspectos, entre outros:

I - respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento;

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II - capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho.

O item IV está correto, com base no art. 63, da referida Lei:

Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios:

I - garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular;

II - atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;

III - horário especial para o exercício das atividades.

Por fim, o item V está incorreto. Segundo o art. 67, I, do ECA, ao adolescente empregado, aprendiz, em
regime familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-
governamental, é vedado trabalho noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas
do dia seguinte.

Desse modo, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

288. (Alternative Concursos/Prefeitura de Sul Brasil-SC - 2016) De acordo com o Estatuto da Criança e
do Adolescente, Lei n.º 8.069/90, art. 60, é proibido qualquer trabalho a menores:
a) De quatorze anos de idade, inclusive na condição de aprendiz.
b) De quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz.
c) De dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz.
d) De dezesseis anos de idade, inclusive na condição de aprendiz.
e) De dezessete anos de idade, inclusive na condição de aprendiz.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 60, do Estatuto da Criança
e do Adolescente:

Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na
condição de aprendiz.

Vejamos os erros das demais alternativas:

a) De quatorze anos de idade, inclusive na condição de aprendiz.

c) De dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz.

d) De dezesseis anos de idade, inclusive na condição de aprendiz.

e) De dezessete anos de idade, inclusive na condição de aprendiz.

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289. (Alternative Concursos/Prefeitura de Sul Brasil-SC - 2016) De acordo com o Estatuto da Criança e
do Adolescente, Lei n.º 8.069/90, art. 69, o adolescente tem direito à profissionalização e à proteção no
trabalho, observados os seguintes aspectos:
I. Respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
II. Capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho.
III. Remuneração do adolescente em relação ao trabalho prestado.
a) Somente I e III estão corretas.
b) Somente I e II estão corretas.
c) Somente II e III estão corretas.
d) Somente I está correta.
e) Todas estão corretas.

Comentários

Vejamos o art. 69, da Lei nº 8.069/90:

Art. 69. O adolescente tem direito à profissionalização e à proteção no trabalho,


observados os seguintes aspectos, entre outros:

I - respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento;

II - capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho.

Os itens I e II estão corretos. Assim, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

290. (IDECAN/Prefeitura de Natal-RN - 2016) Sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, analise as


afirmativas a seguir.
I. Considera-se criança, para os efeitos do Estatuto da Criança e do Adolescente, a pessoa até doze anos de
idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
II. É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta
prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao
lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária.
III. Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem
comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como
pessoas em desenvolvimento.
IV. Os estabelecimentos de atendimento à saúde deverão proporcionar condições para a permanência em
tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente.
Estão corretas as afirmativas
a) I, II, III e IV.

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b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.

Comentários

Todas as assertivas estão corretas. Vejamos o fundamento de cada uma delas.

A assertiva I está correta, com base no art. 2º, do Eca. Esse é o conceito mais central da disciplina e deve ser
decorado.

Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade
incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.

A assertiva II está correta pelo que dispõe o art. 4º, do ECA.

Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público


assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,
ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

A assertiva III está correta, pois reproduz o art. 6º, do ECA. Note que a transcrição é literal, por isso estude
os artigos de lei.

Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige,
as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição
peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.

Já a assertiva IV está correta, conforme disposto no art. 12.

Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as unidades neonatais, de


terapia intensiva e de cuidados intermediários, deverão proporcionar condições para a
permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação
de criança ou adolescente.

Assim, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

291. (FAEPESUL/Prefeitura de Nova Veneza-SC - 2016) Em relação ao processo de adoção assinale a


alternativa CORRETA:
a) Podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando.
b) Podem adotar os maiores de 16 (dezesseis) anos, independentemente do estado civil.
c) A morte dos adotantes restabelece o poder familiar dos pais naturais.
d) O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando.

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e) Em se tratando de adotando maior de 5 (cinco) anos de idade, será também necessário o seu
consentimento.

Comentários

Vejamos cada uma das alternativas.

A alternativa A está incorreta, pois, de acordo com o art. 42, § 1º, NÃO poderão adotar os ascendentes e os
irmãos do adotando.

A alternativa B está incorreta, pois só é permitido adotar aos maiores de 18 anos.

A alternativa C está incorreta. O art. 49 fala o exato contrário: a morte dos adotantes NÃO reestabelece o
poder familiar.

Art. 49. A morte dos adotantes não restabelece o poder familiar dos pais naturais.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o art. 42, § 3º, do ECA.

§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando.

A alternativa E está incorreta, pois será necessário o consentimento da criança, apenas após os doze anos
de idade, consoante previsto no art. 45, § 2º.

§ 2º. Em se tratando de adotando maior de doze anos de idade, será também necessário o
seu consentimento.

292. (Prefeitura de Fortaleza-CE - 2016) Assinale o item correto quanto à definição de família extensa ou
ampliada para o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA).
a) É aquela comunidade formada pelos pais ou qualquer membro consanguíneo e seus descendentes.
b) É aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes
próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.
c) É aquela unidade residencial para a qual a criança ou adolescente deve ser encaminhado de maneira
excepcional, por meio de qualquer das três modalidades possíveis, que são: guarda, tutela e adoção.
d) É aquela configuração numerosa, composta não só do núcleo conjugal e de seus filhos, mas incluindo um
grande número de parentes, aderentes e agregados submetidos todos ao poder do homem pai.

Comentários

O conceito de família extensa é um conceito legal e está disposto no art. 25, do ECA, em seu parágrafo único.

Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles
e seus descendentes.

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Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para
além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com
os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.

Portanto, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

293. (MPE-SC - 2016) Julgue:


Em harmonia com as normas sobre incapacidade (arts. 3º e 4º, Código Civil), a Lei n. 8.069/90 fixa que na
guarda, na tutela e na adoção os incapazes serão ouvidos por equipe interdisciplinar acerca de sua opinião,
sendo necessário o consentimento, expresso em audiência, apenas para os adolescentes relativamente
incapazes.

Comentários

A assertiva está incorreta.

Os adolescentes relativamente incapazes são os maiores de 16 anos e menores de 18. Já o art. 28, § 2º, do
ECA, menciona que tratando-se de maior de 12 anos, será necessário o consentimento do menor, que deverá
ser colhido em audiência.

Assim, o erro da questão está em dizer que o consentimento do menor é necessário apenas após os 16 anos,
ou seja, dos relativamente incapazes.

294. (MPE-SC - 2016) Julgue:


A adoção, segundo a Lei n. 8.069/90, será precedida de estágio de convivência, por prazos a serem fixados
pela autoridade judiciária que, tendo em conta peculiaridades do caso, poderá dispensar o referido estágio
se o adotando já estiver sob a tutela ou guarda, legal ou de fato, dos adotantes, por tempo suficiente para
que seja possível avaliar a conveniência da constituição do vínculo.

Comentários

A assertiva está incorreta. O estágio de convivência apenas será dispensado em caso de guarda legal, a
guarda de fato não acarreta a dispensa do estágio de convivência. Inclusive, o ECA é expresso em dizer que
a guarda de fato, por si só, não afasta a necessidade da convivência familiar. Além disso, a adoção deve ser
procedida por estágio de convivência pelo prazo máximo de noventa dias, e não por prazo fixado pela
autoridade judiciária.

Vejamos o art. 46 e seus parágrafos, que disciplina a adoção.

Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente,
pelo prazo máximo de 90 (noventa) dias, observadas a idade da criança ou adolescente e
as peculiaridades do caso.

§ 1º O estágio de convivência poderá ser dispensado se o adotando já estiver sob a tutela


ou guarda legal do adotante durante tempo suficiente para que seja possível avaliar a
conveniência da constituição do vínculo.

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§ 2º A simples guarda de fato não autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio
de convivência.

295. (MPE-GO - 2016) Quanto ao direito à convivência familiar e comunitária previsto no Estatuto da
Criança e do Adolescente, assinale a alternativa correta:
a) poderão ser utilizados recursos federais, estaduais, distritais e municipais para a manutenção dos serviços
de acolhimento em família acolhedora, obrigando-se o repasse de recursos para a própria família acolhedora.
b) toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional
terá sua situação reavaliada, no mínimo, a cada 6 (seis) meses, devendo a autoridade judiciária competente,
com base em relatório elaborado por equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma
fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família substituta, em quaisquer
das modalidades previstas no art. 28 desta Lei.
c) a adoção sempre produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença constitutiva.
d) a União apoiará a implementação de serviços de acolhimento em família acolhedora como política pública,
os quais deverão dispor de equipe que organize o acolhimento temporário de crianças e de adolescentes em
residências de famílias selecionadas, capacitadas e acompanhadas que não estejam no cadastro de adoção.

Comentários

Vejamos cada uma das alternativas.

A alternativa A está incorreta, pois o repasse de recursos para a própria família acolhedora é facultativo e
não obrigatório. Vejamos o § 4º, do art. 34, do ECA.

§ 4º Poderão ser utilizados recursos federais, estaduais, distritais e municipais para a


manutenção dos serviços de acolhimento em família acolhedora, facultando-se o repasse
de recursos para a própria família acolhedora.

A alternativa B está incorreta, tendo em vista que a situação do menor, em acolhimento familiar ou
institucional, será reavaliada, NO MÁXIMO, A CADA 3 MESES, conforme o § 1º, do art. 19, do ECA.

§ 1o Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento


familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 3 (três) meses,
devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe
interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de
reintegração familiar ou pela colocação em família substituta, em quaisquer das
modalidades previstas no art. 28 desta Lei.

A alternativa C está incorreta. Há uma exceção para a produção de efeitos da sentença após o transito em
julgado, conforme prevê o art. 47. É o caso de falecimento do adotante no curso do processo de adoção.

§ 7o A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença constitutiva,


exceto na hipótese prevista no § 6o do art. 42 desta Lei, caso em que terá força retroativa
à data do óbito.

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A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, com base no art. 34, § 3º, do ECA.

§ 3o A União apoiará a implementação de serviços de acolhimento em família acolhedora


como política pública, os quais deverão dispor de equipe que organize o acolhimento
temporário de crianças e de adolescentes em residências de famílias selecionadas,
capacitadas e acompanhadas que não estejam no cadastro de adoção.

296. (MPE-GO - 2016) Sobre a colocação em família substituta, assinale a opção INCORRETA:
a) O consentimento do adolescente é necessário para colocação em família substituta e deverá ser realizado
em audiência, o mesmo não se exigindo quando se tratar de criança.
b) O ECA admite a colocação em família substituta estrangeira desde que seja adolescente e que se realize
através de tutela ou adoção.
c) Somente em relação ao guardião e ao tutor exige-se o compromisso, mediante termo nos autos, de bem
e fielmente desempenhar o encargo.
d) Em se tratando de colocação em família substituta de criança ou adolescente indígena é, entre outros,
obrigatório a intervenção e oitiva de representantes do órgão federal responsável pela política indigenista e
de antropólogos, perante equipe interprofissional ou multidisciplinar que irá acompanhar o caso.

Comentários

A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão.

De fato, o Eca admite a colocação da criança e do adolescente em família substitua estrangeira, contudo, se
trata de medida excepcional. O único requisito mencionado no ECA para esse tipo de colocação é que ocorra
na modalidade de adoção. Vejamos o art. 31, do ECA.

Art. 31. A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional,


somente admissível na modalidade de adoção.

A alternativa A está correta, com base no art. 28, § 2º.

A alternativa C está correta pelo que dispõe o art. 32.

A alternativa D está correta, tendo em vista o disposto no art. 28, § 6º.

297. (MPE-GO - 2016) Em relação a adoção de crianças e adolescentes, assinale a alternativa correta:
a) A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, desligando-o de
qualquer vínculo com os pais e parentes sem qualquer exceção.
b) Não podem adotar os ascendentes e os colaterais até o terceiro grau do adotando.
c) O adotante há de ser, pelo menos, dezoito anos mais velho do que o adotando.
d) A adoção produz efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença constitutiva, exceto na hipótese de
adoção póstuma.

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Comentários

A alternativa A está incorreta. Os vínculos com os pais naturais serão desligados, exceto quanto aos
impedimentos matrimoniais. Assim, a alternativa está incorreta ao mencionar “sem exceção”. Vejamos o art.
41, do ECA.

Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres,
inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os
impedimentos matrimoniais.

A alternativa B está incorreta. Não podem adotar os ascendentes e os irmãos, que são parentes colaterais
de 2º grau e não de terceiro.

A alternativa C está incorreta. O adotante deve ser, ao menos, 16 anos mais velho que o adotado, e não 18
anos como menciona a questão.

A alternativa D está correra e é o gabarito da questão, conforme o art. 47, § 7º.

§ 7o A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença constitutiva,


exceto na hipótese prevista no § 6o do art. 42 desta Lei, caso em que terá força retroativa
à data do óbito.

298. (UFMT/DPE-MT - 2016) Sobre o direito à convivência familiar e comunitária firmado no Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA), assinale a afirmativa correta.
a) A família natural compreende aquela formada por parentes próximos com os quais a criança ou o
adolescente convive e mantém vínculo de afinidade e afetividade.
b) A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela e curatela, independentemente da
situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
c) O tutor testamentário somente será admitido se comprovado que a medida é vantajosa à família, e que
não existe outra pessoa em melhores condições para assumi-lo.
d) O estágio de convivência para a adoção poderá ser dispensado se o adotando já estiver sob a guarda legal
do adotante durante tempo suficiente para análise da conveniência do vínculo.
e) A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer
antes da propositura do procedimento judicial.

Comentários

A alternativa A está incorreta. O conceito dado na alternativa é o de família extensa. Família natural é apenas
aquela formada pelos pais e seus descendentes.

A alternativa B está incorreta. A curatela não é uma forma de colocação em família substituta. A colocação
em família substituta ocorrerá por meio da guarda, tutela ou adoção, de acordo com o art. 28.

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A alternativa C está incorreta. Lembre-se que o Eca tem como princípio o melhor interesse do menor. Dessa
forma, o tutor testamentário somente será admitido se comprovado que a medida é vantajosa ao tutelando,
conforme art. 37.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o art. 46, § 1º.

§ 1º O estágio de convivência poderá ser dispensado se o adotando já estiver sob a tutela


ou guarda legal do adotante durante tempo suficiente para que seja possível avaliar a
conveniência da constituição do vínculo.

A alternativa E está incorreta, pois a adoção será deferida apenas se a manifestação inequívoca de vontade
ocorrer no curso do procedimento de adoção.

299. (IBFC/MGS - 2016) Assinale a alternativa correta, considerando as disposições da Lei Federal n°
8.069, de 13/07/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.
a) O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda
ou tutela dos adotantes.
b) O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, mesmo se já estiver sob a
guarda ou tutela dos adotantes.
c) O adotando deve contar com, no máximo, dezesseis anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda
ou tutela dos adotantes.
d) O adotando deve contar com, no máximo, dezesseis anos à data do pedido, mesmo se já estiver sob a
guarda ou tutela dos adotantes.

Comentários

Essa é uma questão fácil que exige o conhecimento, apenas, do art. 40, do ECA.

Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se
já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.

Assim, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

300. (IDECAN/Prefeitura de Natal-RN - 2016) De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, os


hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, são
obrigados a:
a) Manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe, ao pai, tios e avós.
b) Manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, pelo prazo de dezoito
anos.
c) Fornecer declaração de nascimento onde constem, mas, não necessariamente, as intercorrências do parto
e do desenvolvimento do neonato.
d) Proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no metabolismo do recém-
nascido, sem a obrigação de prestar orientação aos pais.

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Comentários

A questão cobra o art. 10, do ECA.

Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos


e particulares, são obrigados a:

I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, pelo


prazo de dezoito anos;

II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão plantar e digital e da


impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras formas normatizadas pela autoridade
administrativa competente;

III - proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no


metabolismo do recém-nascido, bem como prestar orientação aos pais;

IV - fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente as intercorrências


do parto e do desenvolvimento do neonato;

V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe.

Portanto, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

301. (IDECAN/Prefeitura de Natal-RN - 2016) Estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente que a


criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de
tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro
pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos
executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los,
educá-los ou protegê-los. Para os fins do referido estatuto, considera-se tratamento cruel ou degradante
a conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao adolescente que:
a) Ridicularize ou resulte em lesão.
b) Resulte em sofrimento físico ou lesão.
c) Humilhe ou resulte em sofrimento físico.
d) Humilhe, ameaça gravemente ou ridicularize.

Comentários

Mais uma questão que trata da conceituação de tratamento cruel e degradante prevista no ECA. Essas
informações constam do art. 18-A, inciso II.

II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à


criança ou ao adolescente que:

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a) humilhe; ou

b) ameace gravemente; ou

c) ridicularize.

Desta forma, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

302. (IDECAN/UFPB - 2016) O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece que “a criança e o
adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o
exercício da cidadania e qualificação para o trabalho”. Sobre o direito à educação, à cultura, ao esporte e
ao lazer de crianças e adolescentes, é correto afirmar que
a) o acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público objetivo.
b) os pais ou responsáveis não têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.
c) o não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular não importa
responsabilidade da autoridade competente.
d) compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar,
junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola.

Comentários

A alternativa A está incorreta. O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público SUBJETIVO,
conforme o art. 54, § 1º.

§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.

A alternativa B está incorreta. É o exato contrário, os pais e responsáveis TÊM a obrigação de matricular seus
filhos e pupilos na rede regular de ensino, conforme o art. 55.

A alternativa C está incorreta, com base no art. 54, § 2º. O não fornecimento de ensino obrigatório pelo
poder público IMPORTA responsabilidade da autoridade competente.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, consoante dispõe o art. 54, § 3º.

§ 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes


a chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela freqüência à escola.

303. (FUNDEP/CBM-MG - 2018) Segundo o Estatuto próprio, a criança e o adolescente em programa de


acolhimento institucional ou familiar poderão participar de programa de apadrinhamento.
Consoante ao que prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente, sobre o referido programa é correto
afirmar:
a) Somente pessoas físicas podem apadrinhar crianças ou adolescentes.

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b) Para ser padrinho ou madrinha, além de cumprir os requisitos específicos do programa de que faz parte e
de ter mais de 18 anos de idade, a pessoa não poderá estar inscrita no cadastro de adoção.
c) Os programas e serviços de apadrinhamento apoiados pela Justiça da Infância e da Adolescência só podem
ser executados por órgãos públicos integrantes do Poder Executivo.
d) No âmbito do programa de apadrinhamento, têm prioridade as crianças ou adolescentes com maior
chance ou facilidade de inserção familiar ou colocação em família adotiva.

Comentários

A questão cobra uma alteração legislativa recentemente trazida pela Lei 13.509/201.

Quanto ao programa, veja a definição dada pelo CNJ em seu site: “O apadrinhamento afetivo de crianças e
adolescentes com poucas chances de adoção que vivem em abrigos no Distrito Federal tem proporcionado a
esses jovens a convivência em família e o incentivo nos estudos. As crianças têm encontros quinzenais –
geralmente passam o fim de semana na casa dos padrinhos –, fazem passeios e participam dos eventos da
família. Tanto os padrinhos quanto os jovens são preparados previamente por meio da Instituição Aconchego,
que coordena o programa de apadrinhamento afetivo com o objetivo de possibilitar a esses jovens a
construção de vínculos fora da instituição em que vivem”6.

Depois dessa breve introdução sobre o programa recentemente introduzido, vejamos cada uma das
alternativas:

A alternativa A está incorreta, pois o art. 19-B, §3º, do ECA, garante que pessoas jurídicas também podem
apadrinhar crianças e adolescentes, veja:

Art. 19-B. A criança e o adolescente em programa de acolhimento institucional ou familiar


poderão participar de programa de apadrinhamento.

§ 3o Pessoas jurídicas podem apadrinhar criança ou adolescente a fim de colaborar para o


seu desenvolvimento.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois atende aos requisitos estipulados pelo art. 19-B,
§2º, do ECA, veja:

§ 2º Podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores de 18 (dezoito) anos não inscritas
nos cadastros de adoção, desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de
apadrinhamento de que fazem parte.

A alternativa C está incorreta, pois não há a restrição legal a órgãos do poder executivo, permitindo-se ainda
a execução por OSC´s (organizações da sociedade civil).

6
(http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/79680-apadrinhamento-afetivo-proporciona-convivencia-familiar-
para-criancas-do-df).

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§ 5o Os programas ou serviços de apadrinhamento apoiados pela Justiça da Infância e da


Juventude poderão ser executados por órgãos públicos ou por organizações da sociedade
civil.

A alternativa D está incorreta pois o intuito desse novo programa de apadrinhamento foi realmente inserir
no convívio familiar crianças e adolescentes que não possuem essa facilidade. Veja o amparo legal:

§ 4o O perfil da criança ou do adolescente a ser apadrinhado será definido no âmbito de


cada programa de apadrinhamento, com prioridade para crianças ou adolescentes com
remota possibilidade de reinserção familiar ou colocação em família adotiva.

304. (MPE-PR - 2019) Entre as garantias de prioridade estabelecidas expressamente pelo Estatuto da
Criança e do Adolescente (art. 4º, parágrafo único, da Lei n. 8.069/90), não há previsão de:
a) Primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias.
b) Precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública.
c) Destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à
juventude.
d) Viabilização prioritária de formas alternativas de participação, ocupação e convívio com as demais
gerações.
e) Preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas.

Comentários

Preconiza o art. 4º, parágrafo único, do ECA que:

Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público


assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,
ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:

a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;

b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;

c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;

d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à


infância e à juventude.

Deste modo, a viabilização prioritária de formas alternativas de participação, ocupação e convívio com as
demais gerações é dever estabelecido em favor do idoso, prevista no art. 3º do Estatuto do Idoso, e não da
criança e adolescente. Logo, a alternativa D é a incorreta e gabarito da questão.

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305. (MPE-PR - 2019) Nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. 8.069/90), assinale a
alternativa correta:
a) A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou foro regional, um registro de crianças e adolescentes
em condições de serem adotados e outro de pessoas interessadas na adoção.
b) O vínculo da adoção constitui-se por inscrição no registro civil.
c) A desistência do pretendente em relação à guarda para fins de adoção ou a devolução da criança ou do
adolescente depois do trânsito em julgado da sentença de adoção importará na sua exclusão dos cadastros
de adoção e na vedação de renovação da habilitação, de forma irreversível.
d) A adoção deve ser deferida quando representar vantagens para o adotando, sendo despiciendo aquilatar-
se a existência de motivos legítimos.
e) Em observância ao princípio da proteção integral, a preferência das pessoas cronologicamente
cadastradas para adotar determinada criança é absoluta.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O art. 50 do ECA traz as regras relacionadas ao
cadastro de adoção e estabelece que a autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou foro regional, um
registro de crianças e adolescentes em condições de serem adotados e outro de pessoas interessadas na
adoção. D

O vínculo da adoção constitui-se por sentença judicial, que será inscrita no registro civil mediante mandado
do qual não se fornecerá certidão (art. 47 do ECA), de modo que a alternativa B está incorreta.

A alternativa C está incorreta, pois, é possível por decisão judicial fundamentada, haver a renovação da
habilitação no caso de desistência do pretendente em relação à guarda para fins de adoção ou a devolução
da criança ou do adolescente depois do trânsito em julgado da sentença de adoção (art. 197-E, §5º, do ECA).

A incorreção da alternativa D consta da afirmação de que é desnecessária a análise dos motivos legítimos
da adoção, uma vez que o art. 43 do ECA preconiza que para que a adoção seja deferida é necessário que:
(a) haja reais vantagens para o adotando; e (b) exista motivos legítimos.

Por fim, a alternativa E está errada, pois vai de encontro com algumas regras constantes do ECA:

Art. 197-E. [...]§1o A ordem cronológica das habilitações somente poderá deixar de ser
observada pela autoridade judiciária nas hipóteses previstas no § 13 do art. 50 desta Lei,
quando comprovado ser essa a melhor solução no interesse do adotando.

***

Art. 50. [...] §13. Somente poderá ser deferida adoção em favor de candidato domiciliado
no Brasil não cadastrado previamente nos termos desta Lei quando:

I - se tratar de pedido de adoção unilateral;

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II - for formulada por parente com o qual a criança ou adolescente mantenha vínculos de
afinidade e afetividade;

III - oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda legal de criança maior de 3 (três)
anos ou adolescente, desde que o lapso de tempo de convivência comprove a fixação de
laços de afinidade e afetividade, e não seja constatada a ocorrência de má-fé ou qualquer
das situações previstas nos arts. 237 ou 238 desta Lei.

306. (MPE-PR - 2019) Nos termos do que expressamente estabelece a Lei n. 8.069/90 (Estatuto da
Criança e do Adolescente), assinale a alternativa incorreta:
a) É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição
das propostas educacionais.
b) É dever do Estado assegurar atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de
idade.
c) É assegurado às crianças e aos adolescentes o direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer
às instâncias escolares superiores.
d) No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto
social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da criação e o acesso às fontes de
cultura.
e) Entende-se por trabalho educativo a atividade laboral em que prevalecem as exigências pedagógicas
relativas ao desenvolvimento profissional e produtivo do educando.

Comentários

A alternativa A está correta, pois vai ao encontro da redação constante do ECA:

Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno


desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para
o trabalho, assegurando-se-lhes:

Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico,
bem como participar da definição das propostas educacionais.

A assertiva B está correta, uma vez que o ECA foi alterado pela Lei 13.306/2016, em seu art. 54, IV, para
garantir atendimento em creche e pré-escola às crianças de 0 a 5 anos de idade, de modo a acompanhar a
redação constitucional sobre o tema.

A assertiva C também está correta, visto que transcreve o ECA:

Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno


desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para
o trabalho, assegurando-se-lhes:

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III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares


superiores;

Por fim, prevê o ECA que no processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos
próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da criação e o
acesso às fontes de cultura (art. 58). Deste modo, a alternativa D também está certa.

A alternativa E está incorreta e é o gabarito da questão, pois, segundo o ECA, entende-se por trabalho
educativo a atividade laboral em que as exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal e
social do educando prevalecem sobre o aspecto produtivo (art. 68, §1º).

LISTA DE QUESTÕES

FCC

1. (FCC/MPE-MT - 2019) A Lei nº 8.069/1990 aplica-se


a) às crianças até 12 anos de idade incompletos e adolescentes entre 12 e 18 anos de idade, podendo ser
aplicada excepcionalmente às pessoas entre 18 e 21 anos de idade.
b) exclusivamente às crianças até 11 anos completos e adolescentes entre 12 e 18 anos, podendo ser
aplicada, excepcionalmente, às pessoas entre 18 e 21 anos de idade.
c) exclusivamente às crianças até 12 anos completos e adolescentes entre 12 e 18 anos de idade.
d) indistintamente aos indivíduos até 18 anos de idade.
e) indistintamente aos indivíduos entre 18 e 21 anos de idade.

2. (FCC/MPE-MT - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente assegura o direito à liberdade, ao


respeito e à dignidade,
a) inclusive o da preservação da imagem.
b) inclusive o de trabalhar em qualquer idade.
c) exceto o de participar da vida política, na forma da lei.
d) exceto o de brincar, praticar esportes e divertir-se.
e) exceto o de buscar refúgio, auxílio e orientação.

3. (FCC/TJ-MA - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990), ao tratar


especificamente da perda do Poder Familiar, define que
a) esse poder familiar será exercido preferencialmente pela mãe, na forma do que dispuser a legislação civil,
assegurado à mãe o direito de, em caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária competente para a
solução da divergência.
b) a perda e a suspensão do poder familiar serão decretadas pelo Conselho Tutelar; e as condições de vida,
a relação familiar e o acesso a direitos deverão ser acompanhados pelas secretarias municipais das diferentes
políticas sociais, em consonância com suas atribuições.

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c) a perda do poder familiar, nos casos de carência na provisão de bens materiais, deverá ser decretada e só
será suspensa com a inclusão em programas oficiais de auxílio, além da obrigatoriedade de
acompanhamento do Conselho Tutelar e da Secretaria Municipal de Assistência Social.
d) a falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão
do poder familiar. Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a criança ou o
adolescente será mantido, em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente ser incluída em
programas oficiais de auxílio.
e) a perda do poder familiar deverá ser decretada em casos de maus-tratos e as crianças e adolescentes
serão acolhidos pela família extensa, definida no ECA como aquela que contempla, exclusivamente, os avós
paternos e maternos, e a escolha entre os dois deverá seguir o critério de maior vínculo

4. (FCC/TJ-MA - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente, ao tratar do programa de acolhimento


institucional, estabelece regras com vistas ao cumprimento do direito da criança e do adolescente à
convivência familiar e comunitária. Para tanto,
a) a permanência da criança e do adolescente não se prolongará por mais de vinte e quatro meses, salvo
comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pelo Conselho
Tutelar e Ministério Público.
b) toda criança ou adolescente terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada três meses, devendo a
autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe interprofissional ou
multidisciplinar, decidir, de forma fundamentada, pela possibilidade de reintegração familiar ou pela
colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas na legislação.
c) os dirigentes de entidades que desenvolvem programas de acolhimento familiar ou institucional
remeterão à autoridade judiciária, no máximo a cada vinte e quatro meses, relatório circunstanciado acerca
da situação de cada criança ou adolescente acolhido e sua família, para fins da reavaliação.
d) a entidade de acolhimento deverá observar, no atendimento, o vínculo da criança e do adolescente com
a família extensa, considerando que a colocação da criança ou adolescente em família substituta terá
preferência em relação a qualquer outra providência.
e) a garantia da convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai, por meio de visitas periódicas,
deverá ser promovida obrigatoriamente mediante autorização judicial.

5. (FCC/TJ-MA - 2019) No que se refere à colocação em família substituta, o Estatuto da Criança e do


Adolescente prevê que:
a) nos casos de adoção internacional, depois de completo o processo em território nacional e a adoção
sendo aprovada, o acompanhamento posterior se dará só no país de acolhida.
b) a guarda não dá à criança a condição de dependente, no que se refere aos direitos previdenciários.
c) ainda permanece uma preferência em relação ao acolhimento institucional em detrimento ao
acolhimento familiar, quando acontece por um curto período de tempo.
d) a adoção confere a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, desligando-o de
seus pais e parentes biológicos.
e) nesse processo, somente as crianças com 12 anos ou mais poderão ser ouvidas pela equipe
interdisciplinar.

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6. (FCC/DPE-AM - 2018) Os programas de apadrinhamento, segundo disciplinados no Estatuto da


Criança e do Adolescente,
a) consistem em estabelecer e proporcionar, à criança e ao adolescente em programa de acolhimento
institucional ou familiar, vínculos externos à instituição para fins de convivência familiar e comunitária.
b) dependem, para seu funcionamento, de autorização do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente, ao qual compete deferir ou não o registro do programa.
c) dirigem-se a crianças que vivenciem, no seio de sua família, situação de risco social crônico, tendo como
principal escopo prover apoio de modo a evitar eventual aplicação de medidas de acolhimento.
d) são mantidos pelas Varas da Infância e Juventude, e consistem na seleção, pelas equipes interprofissionais
do Judiciário, dentre os pretendentes à adoção devidamente cadastrados, de voluntários aptos a oferecer
apoio material e afetivo a crianças e adolescentes acolhidos que não recebam visitas de familiares há mais
de seis meses.
e) podem ter como padrinhos e/ou madrinhas pessoas físicas, desde que maiores de 21 anos ou pessoas
jurídicas, desde que tenham dentre seus objetivos estatutários a promoção de direitos de crianças e
adolescentes.

7. (FCC/DPE-AM - 2018) A comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes
corresponde, no Estatuto da Criança e do Adolescente, ao conceito de família
a) biológica.
b) consanguínea.
c) natural.
d) vertical.
e) parental.

8. (FCC/DPE-AP - 2018) O estágio de convivência, conforme regulamentado no Estatuto da Criança e


do Adolescente,
a) deve preceder a adoção, pelo prazo máximo de noventa dias, observadas a idade da criança ou
adolescente e as peculiaridades do caso.
b) fica dispensado nas hipóteses em que o adotante já detenha a guarda de fato do adotando.
c) em caso de adoção por pessoa domiciliada fora do Brasil, terá duração de no mínimo quarenta e cinco
dias, facultado, em casos excepcionais, seu término no país de domicílio do adotante.
d) será exigido, no caso de criança acolhida, sempre que a criança não tiver história de convívio anterior com
o pretende à guarda, tutela, adoção ou apadrinhamento. e) é a última etapa do processo de habilitação para
a adoção, precedendo necessariamente a sentença judicial.

9. (FCC/DPE-AP - 2018) Manifestando a mãe interesse em entregar seu filho para adoção, segundo
dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente,
a) é garantida fruição do direito à licença maternidade até o momento da entrega.
b) é garantido a ela o direito ao sigilo sobre o nascimento, respeitado o direito do adotado em conhecer sua
origem biológica.

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c) será indagada sobre eventuais pessoas, de seu conhecimento, interessadas em adotar seu filho.
d) será orientada quanto aos efeitos de sua decisão, podendo retratar-se até o início do estágio de
convivência com o pretendente à adoção.
e) será obrigatoriamente inserida em programas de planejamento familiar e atendimento psicossocial.

10. (FCC/DPE-RS - 2018) Sobre a adoção, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, é correto
afirmar:
a) É possível a adoção por casal homoafetivo, independentemente do estado civil, desde que maiores de 21
anos.
b) O adotante há de ser, pelo menos, 12 anos mais velho do que o adotando.
c) Não podem adotar os ascendentes e os colaterais até terceiro grau do adotando.
d) O adotando deve contar com, no máximo, 18 anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou
tutela dos adotantes.
e) A adoção será precedida de estágio de convivência obrigatório com a criança ou adolescente, pelo prazo
mínimo de 90 dias, observadas a idade da criança ou adolescente e as peculiaridades do caso.

11. (FCC/DPE-AP - 2018) Conforme o ordenamento penal pátrio e o entendimento dos tribunais
superiores:
a) Compete à Justiça Estadual do local do upload processar e julgar os crimes consistentes em disponibilizar
ou adquirir material pornográfico envolvendo criança ou adolescente (arts. 241, 241-A e 241-B da Lei no
8.069/1990) quando praticados por meio da rede mundial de computadores.
b) Para a configuração do crime de corrupção de menores, atual artigo 244-B do Estatuto da Criança e do
Adolescente, se faz necessária a prova da efetiva corrupção do menor, uma vez que se trata de delito
material, cujo bem jurídico tutelado pela norma visa, sobretudo, a impedir que o maior imputável induza ou
facilite a inserção ou a manutenção do menor na esfera criminal.
c) Não configura o crime de corrupção de menores na hipótese em que o maior imputável pratica com o
menor a infração penal ou induz a praticá-la, quando o adolescente possui outros antecedentes infracionais,
pois, a cada nova prática criminosa em que o menor participa não se pode falar de um aumento da
degradação de sua personalidade.
d) Para a caracterização do crime de estupro de vulnerável previsto no art. 217-A, caput, do Código Penal,
basta que o agente tenha conjunção carnal ou pratique qualquer ato libidinoso com pessoa menor de 14
anos. O consentimento da vítima, sua eventual experiência sexual anterior ou a existência de relacionamento
amoroso entre o agente e a vítima não afastam a ocorrência do crime.
e) Ocorre erro de tipo no crime de corrupção de menores, não cabendo à defesa apresentar elementos
probatórios capazes de sustentar a alegação de desconhecimento do acusado acerca da menoridade do
coautor.

12. (FCC/DPE-AP - 2018) Acerca da Convenção sobre os Direitos da Criança:


a) Considera-se como criança todo ser humano com menos de dezoito anos de idade, ainda que, em
conformidade com a lei aplicável à criança, a maioridade seja alcançada antes.

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b) O seu Protocolo Facultativo relativo ao Envolvimento de Crianças em Conflitos Armados dispõe


expressamente, como dever dos Estados Partes, que menores de 16 anos não serão recrutados
compulsoriamente em suas forças armadas.
c) A Convenção estabeleceu a constituição do Comitê para os Direitos da Criança, determinando que os
Estados Partes se comprometam a apresentar a este, por intermédio do Secretário-Geral das Nações Unidas,
relatórios anuais sobre as medidas adotadas com vistas a tornar efetivos os direitos reconhecidos na
Convenção.
d) O Comitê para os Direitos da Criança, após o recebimento dos relatórios elaborados pelos Estados Partes
e de informes de organizações não governamentais, emite relatório final contendo recomendações, com
força vinculante para os Estados Partes.
e) O seu 3° Protocolo estabelece mecanismo de petição individual das vítimas de violação da Convenção e
dos dois Protocolos Facultativos ao Comitê para os Direitos da Criança.

13. (FCC/DPE-AM - 2018) Segundo a Convenção sobre os Direitos da Criança,


a) toda criança, desde que sua idade e maturidade lhe permita algum discernimento, tem direito de
expressar suas opiniões livremente.
b) incumbe aos pais manifestar e representar a opinião e o interesse dos filhos nos assuntos que os afetem,
cabendo-lhes, nessa missão, zelar sempre pela prevalência do superior interesse da criança.
c) os Estados Partes devem estipular em seus ordenamentos internos uma idade a partir da qual a opinião
pessoal e direta da criança poderá ser considerada na decisão sobre assuntos que a afetem.
d) os Estados Partes discriminarão, em suas normas internas, as situações em que a opinião da criança será
considerada independentemente da opinião de seus pais ou responsável.
e) será proporcionada à criança a oportunidade de ser ouvida em todo processo administrativo que a afete,
quer diretamente quer por intermédio de um representante ou órgão apropriado.

14. (FCC/DPE-RS - 2017) Sobre a adoção de criança e adolescente, nos termos preconizados pela Lei n°
8.069/1990, é correto afirmar:
a) Se o adotando tiver idade igual ou superior a 10 anos de idade é necessário o seu consentimento para a
adoção.
b) O adotante há de ser, pelo menos, 18 anos mais velho do que o adotando.
c) Falecendo o adotante no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença, a adoção não poderá ser
deferida.
d) É expressamente vedada a adoção conjunta pelos divorciados e os ex-companheiros.
e) O adotando deve contar com, no máximo, 18 anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou
tutela dos adotantes.

15. (FCC/DPE-SC - 2017) Sem considerar a interpretação mais flexível eventualmente dada pela
jurisprudência aos dispositivos que regem o instituto da adoção, é regra hoje prevista no Estatuto da
Criança e do Adolescente que
a) a adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer
antes do início do procedimento.

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b) para adoção conjunta, é indispensável, no mínimo, que os adotantes sejam ou tenham sido casados
civilmente ou que mantenham ou tenham mantido união estável.
c) se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, rompem-se os vínculos de filiação entre o
adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos parentes.
d) a adoção internacional pressupõe a intervenção de organismos nacionais e estrangeiros, devidamente
credenciados, encarregados de intermediar pedidos de habilitação à adoção internacional.
e) a guarda de fato autoriza, por si só, a dispensa do estágio de convivência.

16. (FCC/DPE-SC - 2017) Dentre as atribuições específicas que lhe são expressas na lei, ao Conselho
Tutelar cabe
a) zelar por sua autonomia, apresentando anualmente proposta orçamentária do órgão ao Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente a quem deve prestar contas de suas atividades.
b) fiscalizar o cumprimento das portarias judiciais relacionadas ao acesso de crianças e adolescentes
desacompanhados de seus pais a espetáculos públicos.
c) aplicar medida de encaminhamento a tratamento psicológico ao professor que utilizar de castigo físico
como forma de disciplina de crianças que sejam suas alunas.
d) coordenar a elaboração e fiscalizar a execução dos planos individuais de atendimento de crianças cujo
acolhimento institucional foi por ele deliberado.
e) executar suas decisões, aplicando sanções administrativas em caso de obstrução de sua ação.

17. (FCC/TJ-SC - 2017) Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, são regras que devem ser
observadas para a concessão da guarda, tutela ou adoção,
a) o consentimento do adolescente, colhido em audiência, exceto para a guarda.
b) a opinião da criança que, sempre que possível, deve ser colhida por equipe Inter profissional e considerada
pela autoridade judiciária competente.
c) a prevalência das melhores condições financeiras para os cuidados com a criança ou adolescente.
d) a prioridade da tutela em favor de família extensa quando ainda coexistir o poder familiar.
e) a preferência dos pais ou responsável por algum dos eventuais pretendentes à guarda, tutela ou adoção.

18. (FCC/TRT-1ªR - 2016) É considerado tratamento cruel à criança ou adolescente, conforme


disposição expressa do Estatuto da Criança e do Adolescente − ECA:
a) menoscabo.
b) ridicularização.
c) castigo físico.
d) admoestação.
e) obtemperação.

19. (FCC/TRT-1ªR - 2016) A formação técnico-profissional do adolescente NÃO deverá obedecer a


a) horário especial, estabelecido em lei.
b) horário especial, de acordo com a atividade.

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c) peculiaridades do seu desenvolvimento pessoal.


d) adequação ao mercado de trabalho.
e) prevalência das atividades educativas sobre as produtivas.

20. (FCC/TRT-1ªR - 2016) NÃO está compreendido, nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente
− ECA (Lei n° 8.069/90), dentro do direito ao respeito à criança e do adolescente, a preservação
a) da autonomia.
b) da imagem.
c) dos recursos materiais.
d) dos objetos pessoais.
e) das ideias.

CESPE

21. (CESPE/TJ-PR - 2019) A atual doutrina da proteção integral, que rege o direito da criança e do
adolescente, reconhece crianças e adolescentes como
a) objetos de proteção do Estado e de medidas judiciais, mas que devem ser responsabilizados pela própria
situação de irregularidade.
b) sujeitos de direito, devendo o Estado, a família e a sociedade lhes assegurar direitos fundamentais.
c) objetos de proteção do Estado e de medidas judiciais, sendo o Estado o principal responsável por lhes
assegurar direitos.
d) sujeitos de direito que devem ser responsabilizados pela própria situação de irregularidade.

22. (CESPE/SLU DF - 2019) Com base nas legislações que regem as políticas de saúde, de assistência
social e previdência social, julgue o item a seguir, considerando que as siglas PNAS, SUAS e LOAS referem-
se, respectivamente, à Política Nacional de Assistência Social, ao Sistema Único de Assistência Social e à
Lei Orgânica de Assistência Social.
Os centros de referência especializados de assistência social (CREAS) devem imputar máxima prioridade ao
atendimento de crianças entre zero a seis anos de idade com suspeita de terem sofrido violência física.

23. (CESPE/SLU DF - 2019) Acerca de políticas, diretrizes, ações e desafios na área da família, da criança
e do adolescente, julgue o item subsecutivo.
Em atendimento a gestante adulta, o assistente social deve informar-lhe que o acompanhamento pré-natal
será realizado por profissionais da atenção secundária.

24. (CESPE/TJ-AM - 2019) Angélica, de vinte e cinco anos de idade, deu à luz gêmeos em uma
maternidade pública, e, durante sua internação manifestou à assistente social Joana, que a acompanhava,
o interesse em entregar seus filhos recém-nascidos à adoção, em razão de já ter Pedro, com seis anos de
idade, passar por situação socioeconômica precária e carecer de apoio familiar, visto que tinha uma
relação difícil com seu companheiro e pai das três crianças, Alan, de quarenta e cinco anos de idade, que

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cumpria, havia dois meses, pena de dois anos pelo crime de furto e não havia recebido bem a notícia da
gravidez. Angélica também relatou a Joana que morava em um cômodo cedido pela vizinha, mas que
precisava desocupar em noventa dias o imóvel.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item seguinte, considerando os dispositivos do Estatuto da
Criança e do Adolescente.
São assegurados a Angélica dois acompanhantes de sua preferência durante o período imediato do pós-
parto.

25. (CESPE/TJ-AM - 2019) Angélica, de vinte e cinco anos de idade, deu à luz gêmeos em uma
maternidade pública, e, durante sua internação manifestou à assistente social Joana, que a acompanhava,
o interesse em entregar seus filhos recém-nascidos à adoção, em razão de já ter Pedro, com seis anos de
idade, passar por situação socioeconômica precária e carecer de apoio familiar, visto que tinha uma
relação difícil com seu companheiro e pai das três crianças, Alan, de quarenta e cinco anos de idade, que
cumpria, havia dois meses, pena de dois anos pelo crime de furto e não havia recebido bem a notícia da
gravidez. Angélica também relatou a Joana que morava em um cômodo cedido pela vizinha, mas que
precisava desocupar em noventa dias o imóvel.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item seguinte, considerando os dispositivos do Estatuto da
Criança e do Adolescente.
Como forma de minorar as consequências do estado puerperal, a equipe da maternidade deve proporcionar
a Angélica assistência psicológica durante sua internação e referenciar esse serviço para que ele também
ocorra no pós-alta.

26. (CESPE/TJ-AM - 2019) Angélica, de vinte e cinco anos de idade, deu à luz gêmeos em uma
maternidade pública, e, durante sua internação manifestou à assistente social Joana, que a acompanhava,
o interesse em entregar seus filhos recém-nascidos à adoção, em razão de já ter Pedro, com seis anos de
idade, passar por situação socioeconômica precária e carecer de apoio familiar, visto que tinha uma
relação difícil com seu companheiro e pai das três crianças, Alan, de quarenta e cinco anos de idade, que
cumpria, havia dois meses, pena de dois anos pelo crime de furto e não havia recebido bem a notícia da
gravidez. Angélica também relatou a Joana que morava em um cômodo cedido pela vizinha, mas que
precisava desocupar em noventa dias o imóvel.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item seguinte, considerando os dispositivos do Estatuto da
Criança e do Adolescente.
Em razão da privação de liberdade de Alan, o convívio de Pedro com o genitor será interrompido, devendo
ser reestabelecido após o cumprimento da pena.

27. (CESPE/TJ-PA - 2019) O pai que usa de força física contra seu filho menor de idade para discipliná-
lo incide no que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) denomina
a) tratamento degradante.
b) tratamento cruel.
c) vexame.

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d) violência doméstica.
e) castigo físico.

28. (CESPE/TJDFT - 2019) Uma gestante, pretendendo entregar para adoção o seu filho que vai nascer,
dirigiu-se ao cartório de registro civil.
Nessa situação hipotética, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, a gestante deverá ser
encaminhada para
a) o Ministério Público local.
b) a justiça da infância e da juventude local.
c) assistente social cadastrado na serventia.
d) o conselho tutelar local.
e) o conselho de direitos da criança e do adolescente local.

29. (CESPE/TJ-AM - 2019) Angélica, de vinte e cinco anos de idade, deu à luz gêmeos em uma
maternidade pública, e, durante sua internação manifestou à assistente social Joana, que a acompanhava,
o interesse em entregar seus filhos recém-nascidos à adoção, em razão de já ter Pedro, com seis anos de
idade, passar por situação socioeconômica precária e carecer de apoio familiar, visto que tinha uma
relação difícil com seu companheiro e pai das três crianças, Alan, de quarenta e cinco anos de idade, que
cumpria, havia dois meses, pena de dois anos pelo crime de furto e não havia recebido bem a notícia da
gravidez. Angélica também relatou a Joana que morava em um cômodo cedido pela vizinha, mas que
precisava desocupar em noventa dias o imóvel.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item seguinte, considerando os dispositivos do Estatuto da
Criança e do Adolescente.
A condenação criminal de Alan implica na destituição de seu poder familiar como medida protetiva na defesa
da prole.

30. (CESPE/TJ-PA - 2020) O Estatuto da Criança e do Adolescente reconhece o grupo familiar formado
por pais, filhos e demais parentes próximos como família
a) extensa ou ampliada.
b) natural.
c) adotiva.
d) nuclear.
e) substituta.

31. (CESPE/SLU DF - 2019) Acerca de políticas, diretrizes, ações e desafios na área da família, da criança
e do adolescente, julgue o item subsecutivo.
O Estatuto da Criança e do Adolescente compreende o conceito de família extensa ou ampliada com base
nos laços parentais, consanguíneos e nas relações de afinidade e afetividade.

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32. (CESPE/TJDFT - 2019) A adoção de pessoas maiores de dezoito anos de idade deverá ser realizada,
necessariamente,
a) por ato extrajudicial, mediante registro em registro público, sem necessidade de consentimento dos pais
biológicos, ainda que estes sejam conhecidos.
b) por ato extrajudicial, mediante averbação em registro público, sem necessidade de consentimento dos
pais biológicos, ainda que estes sejam conhecidos.
c) por sentença judicial, não sendo admissível a adoção por ato extrajudicial.
d) por ato extrajudicial, mediante registro em registro público, se houver consentimento dos pais biológicos,
caso estes sejam conhecidos.
e) tanto por sentença judicial como por ato extrajudicial, mediante escritura em registro público, se houver
consentimento dos pais biológicos, caso estes sejam conhecidos.

33. (CESPE/Pref Campo Grande - 2019) Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente, julgue o
item subsequente.
Pessoa solteira e maior de dezoito anos de idade pode adotar, desde que a diferença de idade entre ela e o
adotando seja de, pelo menos, dezesseis anos.

34. (CESPE/Pref Campo Grande - 2019) Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente, julgue o
item subsequente.
O instituto da guarda confere à criança ou ao adolescente a condição de dependente para todos os fins de
direito.

35. (CESPE/SEJC DF - 2019) Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), julgue o item a
seguir.
O deferimento da tutela independe da idade da pessoa a ser tutelada.

36. (CESPE/SEJC DF - 2019) Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), julgue o item a
seguir.
A revogação de guarda de menor de idade dispensa ato judicial.

37. (CESPE/SEJC DF - 2019) Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), julgue o item a
seguir.
A adoção de criança é medida irrevogável.

38. (CESPE/SEJC DF - 2019) Acerca da adoção de crianças e adolescentes no Brasil, julgue o item
seguinte, de acordo com a Lei n.º 12.010/2009.
É vedada a adoção de crianças brasileiras por estrangeiros.

39. (CESPE/SEJC DF - 2019) Acerca da adoção de crianças e adolescentes no Brasil, julgue o item
seguinte, de acordo com a Lei n.º 12.010/2009.
É permitida a adoção por procuração em caso de o solicitante ser brasileiro que reside no exterior.

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40. (CESPE/TJ-PA - 2020) Pedro, aluno do 6º ano do ensino fundamental II, fez uma prova objetiva de
matemática em sua escola e tirou nota 9,0, de um total de 10 pontos, por ter errado uma questão,
conforme indicado na prova pela professora. Ao comparar sua prova com a do colega Saulo, da mesma
turma, verificou que Saulo havia registrado para a questão o mesmo gabarito que ele, mas a resposta do
colega tinha sido considerada correta enquanto a dele havia sido considerada errada.
Nessa situação hipotética, considerando-se o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente, os critérios
avaliativos adotados pela professora na atribuição das notas
a) não podem ser contestados diretamente por Pedro nem por Saulo, pois cabe aos pais/responsáveis deles
buscar a solução do conflito junto à direção da escola.
b) podem ser contestados diretamente tanto por Pedro quanto por Saulo, que podem, ainda, recorrer às
instâncias escolares superiores se não solucionarem o conflito junto à professora.
c) não podem ser contestados por Saulo, porque o problema afeta diretamente a nota de Pedro, e não a
dele.
d) podem ser contestados por Pedro apenas se ele for integrante do grêmio estudantil da escola.
e) não podem ser contestados por Pedro, porque a professora tem autonomia para adotar critérios
avaliativos distintos se assim considerar necessário.

41. (CESPE/Pref Campo Grande - 2019) Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente, julgue o
item subsequente.
É permitido que menor de quatorze anos de idade trabalhe, na condição de aprendiz, em atividade
compatível com o seu desenvolvimento, devendo-lhe ser garantidos o acesso e a frequência obrigatória ao
ensino regular e horário especial para o exercício das atividades.

42. (CESPE/DPDF - 2019) Joana, de vinte e cinco anos de idade, é mãe de Maria, de dois anos de idade,
cujo pai falecera antes de ela ter nascido. Para que Joana fosse submetida a tratamento médico em outro
estado da Federação, a guarda judicial de Maria foi concedida aos avós paternos, João e Clarissa. Na
sentença que concedeu a guarda, o magistrado impôs a Joana o dever de prestar alimentos a Maria. Por
todos serem hipossuficientes, Clarissa procurou a Defensoria Pública para orientação jurídica.
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue os itens seguintes, de acordo com a legislação
pertinente e a jurisprudência dos tribunais superiores.
Segundo jurisprudência pacificada do STJ, Maria é dependente previdenciária dos seus avós paternos.

43. (CESPE/DPDF - 2019) Joana, de vinte e cinco anos de idade, é mãe de Maria, de dois anos de idade,
cujo pai falecera antes de ela ter nascido. Para que Joana fosse submetida a tratamento médico em outro
estado da Federação, a guarda judicial de Maria foi concedida aos avós paternos, João e Clarissa. Na
sentença que concedeu a guarda, o magistrado impôs a Joana o dever de prestar alimentos a Maria. Por
todos serem hipossuficientes. Clarissa procurou a Defensoria Pública para orientação jurídica.
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue os itens seguintes, de acordo com a legislação
pertinente e a jurisprudência dos tribunais superiores.
A guarda dada aos avós paternos de Maria é irrevogável, porque foi concedida por sentença judicial e obriga
a prestação de assistência material, moral e educacional.

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44. (CESPE/DPDF - 2019) Joana, de vinte e cinco anos de idade, é mãe de Maria, de dois anos de idade,
cujo pai falecera antes de ela ter nascido. Para que Joana fosse submetida a tratamento médico em outro
estado da Federação, a guarda judicial de Maria foi concedida aos avós paternos, João e Clarissa. Na
sentença que concedeu a guarda, o magistrado impôs a Joana o dever de prestar alimentos a Maria. Por
todos serem hipossuficientes. Clarissa procurou a Defensoria Pública para orientação jurídica.
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue os itens seguintes, de acordo com a legislação
pertinente e a jurisprudência dos tribunais superiores.
Agiu equivocadamente o magistrado ao impor a Joana o dever de prestar alimentos a Maria: os alimentos
prestados pelos pais são incompatíveis com a guarda, modalidade de colocação de criança e adolescente em
família substituta.

45. (CESPE/DPDF - 2019) Maurício, com treze anos de idade, foi atendido em hospital público. Depois
de realizados os exames clínicos e a entrevista pessoal com o adolescente, o médico que o atendeu
comunicou ao conselho tutelar local a suspeita de que Maurício havia sido vítima de castigo físico
praticado pelos próprios pais. O conselho tutelar averiguou o caso e concluiu que os pais de Maurício
haviam lesionado os braços do garoto, mediante emprego de pedaço de madeira, em razão de ele ter se
recusado a ir à escola. Com base nisso, o conselho tutelar aplicou aos pais uma advertência e os
encaminhou para tratamento psicológico.
Com referência a essa situação hipotética, julgue os itens que se seguem, de acordo com o Estatuto da
Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990).
O Estatuto da Criança e do Adolescente faz distinção entre castigo físico e tratamento cruel ou degradante
e, nos termos desse Estatuto, a lesão sofrida por Maurício não é considerada tratamento cruel ou
degradante.

46. (CESPE/DPDF - 2019) Em 15 de abril de 2019, Ricardo, com 17 anos de idade, praticou ato infracional
análogo ao crime de roubo. O Ministério Público ofereceu representação contra Ricardo quando ele já
estava com 18 anos de idade. Ao final do procedimento judicial, o magistrado aplicou a Ricardo, então
com 18 anos de idade, a medida socioeducativa de internação. Por ocasião de reavaliação da medida, foi
concedida a Ricardo a progressão para o regime de semiliberdade. Durante o cumprimento da medida em
regime de semiliberdade, foi prolatada nova sentença, aplicando a Ricardo, agora com 19 anos de idade,
medida de internação em razão da prática, em 15 de março de 2019, de ato infracional análogo ao crime
de homicídio. A partir dessa situação hipotética, jugue os itens subsecutivos, de acordo com a legislação
pertinente e com a jurisprudência dos tribunais superiores.
O cumprimento de medida socioeducativa de internação sempre dependerá de plano individual de
atendimento (PIA), instrumento de previsão, registro e gestão das atividades a serem desenvolvidas com o
adolescente; diferentemente, nos casos de cumprimento de medida socioeducativa em regime de prestação
de serviços à comunidade, o PIA é dispensável.

47. (CESPE/DPDF - 2019) Em 15 de abril de 2019, Ricardo, com 17 anos de idade, praticou ato
infracional análogo ao crime de roubo. O Ministério Público ofereceu representação contra Ricardo
quando ele já estava com 18 anos de idade. Ao final do procedimento judicial, o magistrado aplicou a

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Ricardo, então com 18 anos de idade, a medida socioeducativa de internação. Por ocasião de reavaliação
da medida, foi concedida a Ricardo a progressão para o regime de semiliberdade. Durante o cumprimento
da medida em regime de semiliberdade, foi prolatada nova sentença, aplicando a Ricardo, agora com 19
anos de idade, medida de internação em razão da prática, em 15 de março de 2019, de ato infracional
análogo ao crime de homicídio. A partir dessa situação hipotética, jugue os itens subsecutivos, de acordo
com a legislação pertinente e com a jurisprudência dos tribunais superiores.
A nova sentença prolatada que aplica a Ricardo novamente medida de internação, desta vez pela prática do
ato infracional análogo ao delito de homicídio, contraria a legislação vigente.

48. (CESPE/TJ-SC - 2019) Com relação ao direito fundamental das crianças à educação, julgue os itens
a seguir à luz do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e do entendimento dos tribunais superiores.
I - Direito social fundamental, a educação infantil constitui norma de natureza constitucional programática
que orienta os gestores públicos dos entes federativos.
II - Em se tratando de questões que envolvam a educação infantil, poderá o juiz, ao julgá-las, sensibilizar-se
diante da limitação da reserva do possível do Estado, especialmente da previsão orçamentária e da
disponibilidade financeira.
III - O Poder Judiciário não pode impor à administração pública o fornecimento de vaga em creche para
menor, sob pena de contaminação da separação das funções do Estado moderno.
Assinale a opção correta.
A) Nenhum item está certo.
B) Apenas o item I está certo.
C) Apenas o item II está certo.
D) Apenas os itens I e III estão certos.
E) Apenas os itens II e III estão certos.

49. (CESPE/MPE-PI - 2019) O professor de uma escola suspeitou, durante a aula, de que um de seus
alunos, de doze anos de idade, estava sendo vítima de maus-tratos.
Nesse caso, o ECA determina que o caso seja obrigatoriamente reportado
a) ao Ministério Público.
b) ao conselho tutelar.
c) ao juízo da infância e da juventude.
d) à autoridade policial mais próxima.
e) ao centro especializado de assistência social mais próximo.

50. (CESPE/MPE-PI - 2019) De acordo com o ECA, considera-se uma forma de tratamento cruel ou
degradante
a) a lesão.
b) a humilhação.
c) o sofrimento físico.

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d) o castigo.
e) a punição física.

51. (CESPE/MPE-PI - 2019) A respeito da colocação de criança ou adolescente em família substituta,


julgue os itens seguintes.
I – Pode ser padrinho ou madrinha pessoa maior de dezoito anos não inscrita nos cadastros de adoção, desde
que cumpra os requisitos do programa de apadrinhamento de que faz parte.
II – Para que um adolescente seja colocado em família substituta, ele sempre deverá ser ouvido previamente
por equipe interprofissional, o que faz que sua opinião seja terminativa para a realização do ato.
III – Em regra, o deferimento da guarda de criança a terceiros faz cessar o dever dos pais de prestar alimentos
e o direito a visitas.
IV – O falecimento do adotante no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença, desde que ele
tenha apresentado inequívoca manifestação de vontade sobre o ato, não obsta que seja a adoção deferida.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e IV estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Apenas os itens III e IV estão certos.

52. (CESPE/TJ-BA - 2019) Com referência a adoção, guarda, medidas pertinentes aos pais ou
responsáveis e direitos fundamentais da criança e do adolescente, julgue os itens a seguir.
I A princípio, para a constatação da adoção à brasileira, o estudo psicossocial da criança, do pai registral e da
mãe biológica não se mostra imprescindível.
II A omissão na lei previdenciária impede que os infantes recebam pensão por morte do guardião, uma vez
que, pelo critério da especialidade, não basta a norma prevista no ECA que declara a condição de dependente
de crianças e adolescentes, porque ela se afigura como meramente programática.
III O descumprimento da obrigação de prestação material do pai que dispõe de recursos ao filho gera a
responsabilização do genitor e o seu dever de pagamento de indenização por danos morais.
IV Diante da efetiva comprovação de hipossuficiência financeira do genitor, o juiz deverá deixar de aplicar
multa por descumprimento dos deveres inerentes ao poder familiar, tendo em vista o seu caráter
exclusivamente preventivo e pedagógico.
Estão certos apenas os itens
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.

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53. (CESPE/DPE-PE - 2018) Acerca dos institutos guarda, tutela e adoção, previstos no ECA, assinale a
opção correta.
a) A morte dos adotantes restabelece o poder familiar dos pais naturais se estes ainda estiverem vivos e não
lhes tiver sido destituído o poder familiar.
b) O tutor nomeado por testamento deverá, no prazo de trinta dias após a abertura da sucessão, registrar
no cartório competente a sua anuência, sendo dispensada a análise judicial.
c) Em caso de adoção por pessoa ou casal residente fora do Brasil, o estágio de convivência cumprido no
território nacional poderá ser dispensado, desde que comprovado o exercício de guarda de fato.
d) O deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros impossibilita o exercício do direito de visita
dos pais e extingue o dever de prestar alimentos.
e) Divorciados podem adotar conjuntamente, desde que haja acordo sobre a guarda e o regime de visitas e
desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do casamento e seja comprovada a
existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor da guarda.

54. (CESPE/DPE-PE - 2018) A respeito do poder familiar dos pais, assinale a opção correta.
a) A condenação criminal do pai ou da mãe implica a destituição automática do poder familiar, especialmente
no caso de condenação por crime doloso sujeito à pena de reclusão praticado contra o próprio filho ou filha.
b) O poder familiar será exercido apenas pelo pai, a quem compete prover o sustento e o bem-estar da
família.
c) O fato de a mãe e o pai terem direitos iguais e deveres e responsabilidades compartilhados no cuidado e
na educação da criança implica que apenas as crenças e culturas que lhes sejam comuns deverão ser
transmitidas às crianças.
d) A perda do poder familiar poderá ser decretada pelo conselho tutelar do município no caso de
descumprimento injustificado dos deveres de sustento, guarda e educação dos filhos.
e) A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do
poder familiar; nesse caso, a família deverá ser incluída em serviços e programas oficiais de proteção, apoio
e promoção.

55. (CESPE/Procurador do Município de João Pessoa - 2018) Caso ocorram violações às regras de
apadrinhamento de criança e adolescente, os responsáveis pelo programa e pelos serviços de acolhimento
deverão imediatamente
a) suspender o ato de apadrinhamento.
b) instaurar processo administrativo para apuração da falta.
c) comunicar o fato ao Ministério Público.
d) notificar o fato à autoridade judiciária competente.
e) proibir o contato da criança com o representante do apadrinhador.

56. (CESPE/TJ-CE - 2018) Considerando o disposto no ECA e a jurisprudência do STJ acerca da adoção
unilateral, assinale a opção correta.
A) Nessa espécie de adoção, há ruptura total da relação entre o adotado e seus pais biológicos, substituindo-
se a linha biológica originária do adotado para todos os efeitos, inclusive os civis.

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B) Caso o poder familiar de um dos genitores do adotando seja destituído, será necessária consulta ao grupo
familiar estendido, a fim de a adoção unilateral ser concluída.
C) Mesmo depois de transitada em julgado a sentença de adoção unilateral, é possível a sua revogação em
razão de arrependimento do adotado, em favor do melhor interesse dele.
D) O objeto da adoção unilateral é o menor completamente desassistido, cuja percepção de pertencimento
familiar é impactada pelo próprio processo de adoção.
E) O adotado unilateralmente por cônjuge pode, ao atingir a maioridade, requisitar a revogação da adoção
por não mais ter interesse nela.

57. (CESPE/MPE-RR - 2017) Segundo o ECA, “A criança e o adolescente têm o direito de ser educados
e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção,
disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos
responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa
encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.” Nesse sentido, entende-se por
I castigo físico a ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a criança
ou o adolescente e que lhes cause sofrimento físico ou lesão.
II tratamento cruel ou degradante a conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao
adolescente que lhes humilhe, ameace gravemente ou ridicularize.
III tratamento cruel ou degradante a alienação parental praticada por um dos genitores, por ser uma forma
de humilhar a criança ou o adolescente.
Assinale a opção correta.
a) Nenhum item está certo.
b) Apenas o item III está certo.
c) Apenas os itens I e II estão certos.
d) Todos os itens estão certos.

58. (CESPE/MPE-RR - 2017) Com base na legislação relativa às crianças e aos adolescentes, julgue os
itens que se seguem.
I A criança e o adolescente têm o direito de ser criados em suas famílias naturais, embora, em determinados
momentos, possa ser necessária sua colocação em família substituta.
II A guarda pressupõe a obrigação da prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou ao
adolescente, e o seu detentor poderá opor-se a terceiros, destes excetuados os pais da criança ou do
adolescente.
III A tutela pressupõe a prévia perda do poder familiar, mas nem sempre implicará o dever de guarda.
IV Além de ser orientada pelo princípio do melhor interesse da criança ou do adolescente, a adoção deverá
representar real vantagem para o adotando e fundar-se em motivos legítimos.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e IV.

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c) II e III.
d) III e IV.

59. (CESPE/TCE-PA - 2016) Julgue o item subsecutivo, acerca do Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA).
A participação na vida política e a prática de esportes são consideradas aspectos do direito à liberdade do
adolescente.

60. (CESPE/SEDF - 2017) À luz do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) — Lei n.º 8.069/1990 — e
da CF, julgue o item seguinte.
Situação hipotética: Lorena, que tem dez anos de idade, relatou à sua professora que está sofrendo maus-
tratos em casa. Assertiva: Nesse caso, a professora deverá relatar o episódio ao diretor da escola; este, por
sua vez, terá de, imediatamente, comunicar o caso ao conselho tutelar, sendo o injustificável retardamento
e(ou) a omissão puníveis na forma estabelecida no ECA.

61. (CESPE/TCE-PA - 2016) Julgue o item subsecutivo, acerca do Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA).
É responsabilidade dos pais ou responsáveis matricular seus filhos na rede regular de ensino, devendo os
dirigentes de estabelecimentos de ensino comunicar ao conselho tutelar os casos de reiteração de faltas
injustificadas.

62. (CESPE/SEDF - 2017) À luz do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) — Lei n.º 8.069/1990 —
e da CF, julgue o item seguinte.
Situação hipotética: Maurício completou quatorze anos de idade e deseja trabalhar, mas não quer abandonar
seus estudos. Assertiva: Nesse caso, o direito de proteção especial permite que Maurício seja admitido ao
trabalho, cabendo ao Estado garantir seu acesso à escola.

63. (CESPE/INSS - 2016) Com fundamento no Estatuto do Idoso e no ECA, julgue o item subsequente.
O acolhimento familiar configura medida de proteção de caráter definitivo da criança e do adolescente.

64. (CESPE/MPE-RR - 2017) De acordo com os princípios orientadores do direito da criança e do


adolescente, em favor deles deve ser dada primazia em todas as esferas de interesse, seja no campo
judicial, extrajudicial, administrativo, social ou familiar. Tal tratamento não comporta questionamentos
ou ponderações, pois foi essa a escolha nacional por meio do legislador constituinte. De acordo com a
doutrina, tal primazia corresponde ao princípio
a) da municipalização.
b) da prevenção especial.
c) da prioridade absoluta.
d) do interesse superior da criança e do adolescente.

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VUNESP

65. (VUNESP/Pref Itapevi - 2019) Conforme o artigo 3º da Lei nº 8.069, de 1990, a criança e o
adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da
proteção integral de que trata essa Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e
social, em condições de
a) autonomia e independência.
b) liberdade e dignidade.
c) sociabilidade e emancipação.
d) diversidade e inclusão.
e) respeito e convivência.

66. (VUNESP/Pref Itapevi - 2019) Enquanto o antigo Código de Menores destinava-se somente àqueles
em situação irregular ou inadaptados, a Lei nº 8.069/90 reconhece o direito de todas as crianças e
adolescentes à cidadania, independentemente de classe social. No Código havia um caráter
discriminatório, que associava a pobreza à delinquência, encobrindo as reais causas das dificuldades
vividas por esse público. Diferentemente, no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) os direitos
adquiridos têm um caráter universal. Define o ECA, em seu art. 3º, que criança e o adolescente gozam de
todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros
meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral,
espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade, sem prejuízo
a) do cumprimento de deveres.
b) do acesso específico.
c) da proteção integral.
d) das conquistas do Código.
e) da conduta adequada.

67. (VUNESP/TRANSERP - 2019) O cuidado com as crianças vítimas de violência sexual sem integração,
de fato, com a rede de atenção, implica não se comprometer com o real enfrentamento do problema nos
âmbitos individual e coletivo. O Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente estabelece a
estruturação desse cuidado a partir da articulação e integração em rede das instâncias públicas
governamentais e da sociedade civil. Nessa perspectiva, é correto afirmar que o assistente social é um elo
nessa rede que, por meio de sua relação de horizontalidade com outros profissionais e instituições, pode
contribuir para o planejamento e a execução de programas e ações mais amplas de
a) proteção.
b) culpabilização.
c) adequação.

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d) compensação.
e) averiguação.

68. (VUNESP/Pref Peruíbe - 2019) Em relação às disposições preliminares do Estatuto da Criança e do


Adolescente – ECA, assinale a alternativa correta.
a) O ECA adota como princípio geral a proteção da situação singular e individual do menor de dez anos.
b) O ECA adota como princípio fundamental a proteção integral à criança e ao adolescente.
c) Os casos expressos no ECA não se aplicam às pessoas de 21(vinte e um) anos de idade, mesmo que
excepcionalmente.
d) Para os fins do ECA, considera-se adolescente a pessoa a partir dos 13 (treze) anos de idade.
e) Na interpretação do ECA, deverá ser levado em conta apenas os fins individuais de cada criança ou
adolescente a que ele se dirige.

69. (VUNESP/Pref Cerquilho - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069/90, é
específica para a proteção integral a um grupo de pessoas mais vulneráveis, que são as crianças e os
adolescentes. Nesse grupo estão inseridas crianças
a) de até 12 anos de idade incompletos, e adolescentes aqueles entre 12 e 18 anos de idade.
b) de até 10 anos de idade completos, e adolescentes aqueles entre 11 e 21 anos. E, excepcionalmente, as
pessoas cuja idade mental não ultrapassou os 10 anos.
c) entre 1 e 7 anos completos, pré-adolescentes dos 8 aos 12 anos e adolescentes dos 13 aos 21 anos (24 se
estiver estudando).
d) que se encontram na faixa etária de 0 a 15 anos e adolescentes na faixa etária compreendida entre 16 e
21 anos.
e) que, independentemente da idade, sejam incapazes de exercer uma atividade remunerada, e
adolescentes, que são todos os indivíduos até 24 anos capazes de exercer uma atividade remunerada, mas
que ainda residem na casa dos pais.

70. (VUNESP/Pref Cerquilho - 2019) Para os efeitos do Estatuto da Criança e do Adolescente, considera-
se criança a pessoa até 12 (doze) anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre 12 (doze) e 18
(dezoito) anos de idade, mas
a) o juiz poderá alterar essa definição legal, desde que seja para beneficiar a criança ou o adolescente
infrator.
b) as medidas socioeducativas não se submetem a essa regra quando tiverem por escopo garantir a proteção
do seu destinatário.
c) essas regras legais poderão ser afastadas pela Justiça da Infância e da Juventude quando se tratar de casos
de grande repercussão que demandem tratamento diferenciado.
d) o Estatuto poderá ser aplicado, independentemente da idade, ao adulto que cometer ato infracional
considerado grave.
e) aplica-se, excepcionalmente, o Estatuto às pessoas entre 18 (dezoito) e 21 (vinte e um) anos de idade,
nos casos expressos em lei.

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71. (VUNESP/SEMAE PIRACICABA - 2019) A criança deve estar plenamente preparada para o
desenvolvimento harmonioso de sua personalidade, crescer no seio da família, em um ambiente de
felicidade, amor e compreensão; deve, ainda, estar plenamente preparada para uma vida independente
na sociedade. Nesse sentido, determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no art. 5º, que
nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão, ferindo seus direitos fundamentais, sendo punido na forma da lei
qualquer atentado, por ação ou
a) premeditação.
b) omissão.
c) vingança.
d) justiça.
e) determinação.

72. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) Ao se adotar os termos genéricos “criança” e “adolescente”, é


necessário explicitar quais são os indivíduos considerados criança e adolescente. Nesse sentido, a Lei
Federal nº 8.069/1990, ao fixar o estatuto da criança e do adolescente, estabelece que se considera criança
a pessoa
a) entre quatro e doze anos completos de idade, e adolescente, aquela entre treze e vinte anos completos
de idade.
b) até doze anos de idade incompletos, e adolescente, aquela entre doze e dezoito anos de idade.
c) cursando a educação infantil ou o ensino fundamental, e adolescente, aquela cursando o ensino médio.
d) que não é capaz de responder por seus atos, e adolescente, aquela que tem discernimento dos fatos e,
portanto, capaz de responder por seus atos.
e) inimputável perante a lei, isto é, não é capaz de entender uma conduta ilícita e, assim, não pode ser
penalizada; já o adolescente é uma pessoa imputável.

73. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) De acordo com o art. 6º do ECA, Lei Federal nº 8.069/1990, em sua
interpretação: “levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os
direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas
a) carentes”.
b) em desenvolvimento”.
c) em situação de risco”.
d) vulneráveis socialmente”.
e) frágeis emocionalmente”.

74. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) Conforme o art. 4º da Lei Federal nº 8.069/1990, que trata do
Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do
Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação, entre outros, do direito à alimentação.

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Desse modo, também as escolas devem servir alimentação nos horários determinados e de forma
orientada, pois, além de promover o desenvolvimento saudável, esse serviço é
a) parte do processo educativo.
b) um modo de liberar os pais dessa responsabilidade.
c) condição para que os educandos nunca sejam reprovados.
d) elemento necessário para garantir boa estatura aos alunos.
e) um dos meios de garantir que os alunos não tenham nenhuma doença.

75. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) De acordo o art. 4º da Lei Federal nº 8.069/1990, que trata do
Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do
Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação, entre outros, dos direitos referentes à
vida e à saúde. Nesse sentido, cabe, também à escola e a seus profissionais, desenvolver, junto às crianças,
atividades e hábitos de higiene,
a) usando medidas corretivas para que elas aprendam os hábitos de higiene rapidamente.
b) orientando-as para que elas os aprendam e os incorporem como parte de uma vida saudável.
c) priorizando apenas os hábitos de higiene bucal como os mais necessários a serem ensinados para todas
as crianças.
d) mantendo cobrança rigorosa e até punição, junto aos pais, para que eles se obriguem a ensinar, em casa,
os hábitos de higiene a seus filhos.
e) oferecendo cuidados de higiene para as crianças da creche e limitando-se a ensinar, aos alunos da pré-
escola e do ensino fundamental, apenas o asseio das mãos.

76. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) Odila é iniciante na função de Auxiliar de Atendimento Educacional,
no município de Francisco Morato. Decidiu fazer um curso com noções básicas de primeiros socorros
porque observou que os alunos se machucam com frequência em sua unidade de trabalho e, segundo
verificou no art. 4º da Lei Federal nº 8.069/1990, Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever do Poder
Público, dentre outros participantes, assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação, dentre outros, dos
direitos referentes à vida, à saúde, ao esporte, ao lazer. Por sua vez, o parágrafo único desse artigo explicita
que a garantia de prioridade compreende
a) providência de socorro em unidade particular e só excepcionalmente em unidade pública.
b) aviso imediato aos pais para que eles ofereçam o socorro à criança.
c) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias.
d) destinação de recursos públicos prioritariamente às áreas relacionadas com a proteção da juventude.
e) adoção de políticas públicas voltadas primeiramente às atividades esportivas e posteriormente às ações
da saúde.

77. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) O ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, estabelece, no art.
3º, que “a criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana,
sem prejuízo da proteção integral”, da qual ele trata, assegurando-se-lhes “todas as oportunidades e

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facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições
de liberdade e de dignidade”. No parágrafo único desse artigo, acrescido em 2016, o ECA afirma que esses
direitos, os quais enuncia, “aplicam-se a todas as crianças e aos adolescentes, sem discriminação” de
nenhuma espécie. Considerando essa totalidade das crianças e dos adolescentes, à qual o ECA se refere,
Tomás e Eliene, Auxiliares de Atendimento Educacional no município de Francisco Morato,
compreenderam, corretamente que, ao atuarem na escola pública, na recepção a alunos com deficiência,
no auxílio do transporte de materiais e objetos pessoais,
a) privilegiam esses alunos porque só prestam esse atendimento a eles.
b) estão fazendo mais que sua obrigação porque desejam ajudar a quem precisa.
c) estão cumprindo ordens superiores, mas isso deveria ser obrigação dos pais ou de cuidadores.
d) participam da eliminação de barreiras ao acesso desses alunos a bens e serviços que lhes assegurem o
direito à educação.
e) substituem o educar pelo cuidar, desviando-se das atribuições legais do cargo de auxiliar de atendimento
educacional.

78. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) A Lei Federal nº 8.069/90 (ECA), em seu art. 5º, determina que
“Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou
omissão, aos seus direitos fundamentais”. Tratando de tema correlacionado, o parágrafo único do art. 2º
da Lei Federal nº 13.185/2015, que institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying),
dispõe sobre a intimidação sistemática na rede mundial de computadores (cyberbullying), e coloca que
isso ocorre “quando se usarem os instrumentos que lhe são próprios para depreciar, incitar a violência,
adulterar fotos e dados pessoais com o intuito de criar meios de
a) passatempo.
b) ostentação.
c) divulgação de boatos.
d) constrangimento psicossocial.
e) obtenção de vantagem financeira.

79. (VUNESP/Pref São Roque - 2019) Conforme o artigo 4º, da Lei Federal nº 8.069/1990, Estatuto da
Criança e do Adolescente, é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público
assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida,
à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Entre outros elementos, a garantia de
prioridade compreende:
a) agilidade, no prazo máximo de vinte e quatro horas, em processos e decisões judiciais nos quais haja
criança envolvida.
b) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias.

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c) destinação extemporânea de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à
juventude.
d) preterição na formulação e na execução das políticas sociais públicas para crianças e adolescentes.
e) postergação de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública.

80. (VUNESP/Pref Itapevi - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069/1990, é
reconhecido internacionalmente como uma das mais avançadas legislações dedicadas à garantia dos
direitos da população infanto-juvenil. De acordo com o art. 13 do ECA, os casos de suspeita ou confirmação
de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente, sem
prejuízo de outras providências legais, serão obrigatoriamente comunicados ao
a) responsável legal.
b) Conselho Tutelar.
c) Conselho de Direitos.
d) Delegado de polícia.
e) Juizado Especial.

81. (VUNESP/TRANSERP - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente considera os casos de castigo


físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente como questões
de saúde e obriga sua comunicação ao Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais. De
acordo com o art. 13 (§ 2º) do ECA, os serviços de saúde em suas diferentes portas de entrada, os serviços
de assistência social em seu componente especializado, o Centro de Referência Especializado de
Assistência Social (Creas) e os demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do
Adolescente deverão conferir máxima prioridade ao atendimento das crianças na faixa etária da primeira
infância com suspeita ou confirmação de violência de qualquer natureza, formulando projeto terapêutico
singular que inclua intervenção em rede e, se necessário,
a) afastamento do agressor.
b) acompanhamento domiciliar.
c) busca ativa.
d) guarda compartilhada.
e) reintegração institucional.

82. (VUNESP/Pref Peruíbe - 2019) Nos termos do que disciplina o Estatuto da Criança e do Adolescente,
os profissionais que atuam no cuidado diário ou frequente de crianças na primeira infância receberão
formação específica e permanente para
a) a detecção de sinais de risco para o desenvolvimento psíquico.
b) a detecção de sinais de risco de negligência por parte da família.
c) o acompanhamento da família da criança.
d) a constante atualização de aplicação de atividades lúdicas.

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e) o acompanhamento da escolarização.

83. (VUNESP/Pref Peruíbe - 2019) Nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente, quando ocorrer
a suspeita ou a confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante contra crianças ou
adolescentes, sem prejuízo de outras providências legais, será
a) obrigatoriamente comunicado aos pais ou responsáveis legais.
b) facultativamente comunicado à autoridade policial competente.
c) obrigatoriamente comunicado ao Conselho Tutelar da respectiva localidade.
d) obrigatoriamente comunicado a qualquer Conselho Tutelar.
e) facultativamente comunicado ao Diretor da Escola onde estuda a criança ou o adolescente.

84. (VUNESP/Pref Peruíbe - 2019) A juíza Gladys Pinheiro, da Primeira Vara da Infância e Juventude da
Serra, alerta que tem recebido muitos casos de abusos que acontecem dentro de casa onde as crianças
moram, segundo ela: “Os criminosos podem ser os próprios pais, ou amigos, padrastos, pessoas próximas
da família que nem se imagina que se trata de um pedófilo, um abusador.”
(https://www.gazetaonline.com.br/noticias/cidades/2018/06/escolas-saoobrigadas- a-relatar-maus-tratos-dizem-especialistas-
1014136792.html)

Ao tomar conhecimento da reportagem sobre o caso, uma professora procurou o secretário da escola e
confidenciou que estava desconfiada que um de seus alunos estava sendo vítima de maus-tratos. O
secretário, com fundamento no Estatuto da Criança e do Adolescente, orientou acertadamente a professora
a:
a) comunicar ao Conselho Tutelar os casos de suspeita de maus tratos que tenha conhecimento.
b) antes de qualquer providência, conversar com a criança para que ela confirme suas suspeitas.
c) manter sigilo da conversa, já que assuntos de natureza sexual não são afetos a sua função e você não tem
como ajudar.
d) procurar os pais ou responsáveis para conversar e confirmar ou não suas suspeitas.
e) por não se tratar de assunto do âmbito educacional, não deve se envolver na situação.

85. (VUNESP/Pref Arujá - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei Federal nº
8.069/1990, trata dos direitos das crianças e adolescentes em todo o Brasil. A partir do Estatuto, crianças
e adolescentes brasileiros, sem distinção de raça, cor ou classe social, passaram a ser reconhecidos como
sujeitos de direitos e deveres, considerados como pessoas em desenvolvimento a quem se deve prioridade
absoluta do Estado. De acordo com previsões definidas no artigo 7º do ECA, a criança e o adolescente têm
direito a proteção à vida e à saúde, ao nascimento e ao desenvolvimento sadio e harmonioso, em
condições dignas de existência, mediante a efetivação de
a) políticas sociais públicas.
b) atendimento suplementar eficaz.
c) proteção familiar seletiva.
d) monitoramento de sua conduta.

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e) estratégias adequadas de ação.

86. (VUNESP/Pref Arujá - 2019) Paula, professora de uma turma de 3 anos, percebeu que uma criança,
Aline, apresentou mudança de comportamento: chora ou se irrita com facilidade, isola-se e não aceita tirar
o casaco mesmo em dias quentes. Certo dia, ao convencer Aline a tirar o casaco, Paula percebeu uma
grande marca no ombro da criança. Ao observar melhor, foram constatadas inúmeras lesões pelo corpo
da menina, que chorava intensamente ao ser questionada sobre o que teria acontecido. Diante da
situação, Paula comunicou o fato à diretora da unidade escolar que agiu de acordo com o artigo 13, da Lei
Federal nº 8.069 de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), que entre outros, afirma:
a) Apenas os casos confirmados de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra
crianças serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem a
necessidade de outras providências legais pela instituição de ensino.
b) Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-
tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva
localidade, sem prejuízo de outras providências legais.
c) Os casos de suspeita e confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos
contra criança serão, se necessário, comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, após
conversa com a família e anuência dos responsáveis.
d) Os casos de suspeita de maus-tratos reiterados contra crianças serão comunicados ao Conselho Tutelar.
Os casos confirmados de maus-tratos e abusos devem ser obrigatoriamente encaminhados ao hospital
público mais próximo para que as autoridades policiais sejam acionadas.
e) Os casos de suspeita e confirmação de castigo físico e de maus-tratos contra criança serão comunicados
preferencialmente ao Conselho Tutelar e serão obrigatoriamente comunicados pelos responsáveis pela
instituição de ensino ao Ministério Público e à Secretaria Municipal de Educação.

87. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) O art. 13 da Lei Federal nº 8.069/1990 determina que nos casos de
suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos, contra
criança ou adolescente, serão obrigatoriamente comunicados ao
a) Conselho Tutelar da capital do Estado, sem prejuízo de outras providências legais.
b) Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais.
c) Conselho Tutelar da capital do Estado, independentemente de quaisquer outros dispositivos legais.
d) Juizado de Menores da Capital do Estado, independentemente de quaisquer outros dispositivos legais.
e) Juizado de Menores da respectiva localidade, mesmo com prejuízo de outras providências legais.

88. (VUNESP/Pref SJRP - 2019) O Estatuto da Criança do Adolescente (ECA), em vista do


desenvolvimento integral desse segmento, no cap. I, dedica especial atenção ao direito à vida e a saúde.
Nesse sentido, prevê a garantia desse direito mediante a efetivação de políticas sociais públicas que
permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso. Para tanto, o art. 11 do ECA define que
é assegurado acesso integral às linhas de cuidado voltadas à saúde da criança e do adolescente, por
intermédio do Sistema Único de Saúde (SUS), observado o princípio da equidade no acesso a ações e
serviços. O parágrafo 3º desse artigo, define que os profissionais, que atuam no cuidado diário ou

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frequente de crianças na primeira infância, receberão formação específica e permanente para o


acompanhamento que se fizer necessário e para
a) a reparação de problemas amplos e de ordens diversas.
b) a convivência harmoniosa no ambiente escolar.
c) a plena e harmoniosa adaptação orgânica.
d) a detecção de sinais de risco para o desenvolvimento psíquico.
e) a superação e solução de desordens familiares.

89. (VUNESP/Pref Valinhos - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) dispõe sobre a
proteção integral à criança e ao adolescente. Os artigos 1º a 6º trazem regras e princípios a serem
observados quando da análise de todas as disposições nele contidas. Dentre outras previsões expressas
no ECA, é correto afirmar que é assegurado atendimento integral à saúde da criança e do adolescente, por
intermédio do Sistema Único de Saúde, garantido o acesso universal e igualitário às ações e aos serviços
para promoção, proteção e recuperação da saúde. Conforme determina o art. 12 do ECA, os
estabelecimentos de atendimento à saúde deverão proporcionar condições para a permanência de um
dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente,
a) em casos excepcionais.
b) em tempo integral.
c) conforme ordem médica.
d) a critério do gestor.
e) definido pelo grau de dependência.

90. (VUNESP/Pref Valinhos - 2019) Ísis é maior de idade e, há um mês, deu à luz uma criança. No
entanto, como ela não tem condições de sustentar a sua prole, Ísis procurou a Guarda Civil de Valinhos
manifestando o interesse em entregar seu filho para adoção. Nessa hipótese, o Estatuto da Criança e do
Adolescente estabelece que a conduta da Guarda deverá ser a seguinte:
a) acompanhar Ísis e a criança até a Delegacia de Polícia para formalizar o ato de encaminhamento da criança
para adoção.
b) receber a criança, mediante o termo próprio, para o devido encaminhamento à autoridade competente,
e dispensar Ísis.
c) encaminhar Ísis à Justiça da Infância e da Juventude para os devidos procedimentos legais.
d) lavrar o competente boletim de ocorrência e comunicar o Ministério Público.
e) levar a criança para o Conselho Tutelar, que a encaminhará a um abrigo, e conduzir Ísis à presença do
Ministério Público.

91. (VUNESP/Pref Cerquilho - 2019) De acordo com o art. 11 do Estatuto da Criança e do Adolescente
(1990), é assegurado acesso integral às linhas de cuidado voltadas à saúde da criança e do adolescente,
por intermédio do Sistema Único de Saúde, observado o princípio da equidade no acesso a ações e serviços
para promoção, proteção e recuperação da saúde. Sabendo disso, os professores de uma creche

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procuraram respeitar o disposto no parágrafo 3º do art. 11 desse estatuto, que trata dos profissionais que
atuam no cuidado diário ou frequente de crianças na primeira infância, conforme descrito a seguir:
Saulo: matriculou-se em um curso específico sobre tecnologias assistivas para aprender a utilizá-las com
crianças e adolescentes com deficiência.
Carlos: obteve formação específica e permanente para a detecção de sinais de risco para o desenvolvimento
psíquico da criança e do adolescente, bem como para o acompanhamento que se fizer necessário.
Ester: recebeu orientações gerais e esporádicas para reconhecimento de sinais de maus-tratos, castigo físico
e tratamento cruel e/ou degradante contra a criança e o adolescente.
Assinale a alternativa que indica o(s) professor(es) que seguiu(ram) fielmente o disposto no parágrafo 3 do
art. 11 do ECA.
a) Saulo, apenas.
b) Carlos, apenas.
c) Ester, apenas.
d) Carlos e Ester.
e) Saulo e Carlos.

92. (VUNESP/Pref Campinas - 2019) Para responder à questão, considere o relato a seguir.
Há cerca de 10 dias, E.S., 19 anos, trouxe seu filho de dois anos para fazer curativo em um ferimento na
perna. Ao realizar o procedimento, o enfermeiro observou que a criança estava muito assustada e arredia e
apresentava equimoses, em estágios diferentes, nas pernas, braços e tronco. Suspeitando tratar-se de um
caso de maus tratos contra a criança, realizou visitas domiciliárias de acompanhamento constatando que o
pai e a mãe da criança faziam abuso do álcool, tornando-se agressivos. A presença de novas lesões no corpo
da criança, seu comportamento e o relato de vizinhos confirmaram as suspeitas iniciais do enfermeiro.
Frente a essa situação, de acordo com o estabelecido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, o
enfermeiro deve, obrigatoriamente, entre outras ações,
a) comunicar o Conselho Tutelar da localidade.
b) solicitar o acompanhamento da família por assistente social.
c) encaminhar o caso ao Núcleo de Apoio à Saúde da Família – NASF, para orientação e providências.
d) providenciar a remoção da criança para casa de parente próximo ou verificar a disponibilidade de vaga
em família substituta cadastrada na região para recebê-la.
e) encaminhar os pais a atendimento em centro de apoio a fim de avaliação e tratamento para o abuso do
álcool.

93. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) traz a concepção de
que crianças e adolescentes são sujeitos de direito e cidadãos em situação específica de desenvolvimento,
o que demanda um tipo de proteção especial e prioritária. Para garantir essa proteção, o Estatuto
concebeu um Sistema de Garantia de Direitos (SGD), que estabelece uma ampla parceria entre o Poder
Público e a sociedade civil. Conforme determina o art. 7º do ECA, a criança e o adolescente têm direito à
proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam, em condições
dignas de existência, o nascimento e o desenvolvimento sadio e

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a) autônomo.
b) humano.
c) solidário.
d) harmonioso.
e) adequado.

94. (VUNESP/TJ-RJ - 2019) Quanto ao direito à saúde e à vida da criança e do adolescente, à luz dos
artigos 7º e seguintes do Estatuto da Criança e do Adolescente, é correto afirmar que
a) o descumprimento das obrigações impostas pelo artigo 10 do Estatuto da Criança e do Adolescente
configura ilícito de natureza administrativa, nos termos do artigo 228 do mesmo diploma legal.
b) as gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos à adoção serão obrigatoriamente
encaminhadas à Justiça da Infância e da Juventude.
c) o fornecimento gratuito de medicamentos, próteses e outros recursos necessários ao tratamento,
habilitação ou reabilitação de crianças e adolescentes constitui obrigação do Poder Público e a reserva do
possível afasta interferência judicial no desempenho de políticas públicas na área da saúde, em caso de
descumprimento.
d) a assistência odontológica, com o fito de garantir a saúde bucal de crianças e adolescentes, representa
medida de respeito à integridade física da pessoa em desenvolvimento, e, por isso, não se aplica à gestante,
que será inserida em programa específico voltado à saúde da mulher.
e) a obrigação de manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, terá seu
prazo de dezoito anos reduzido ou dispensado, se as entidades hospitalares fornecerem declaração de
nascimento vivo, em que constem necessariamente as intercorrências do parto e do desenvolvimento do
neonato.

95. (VUNESP/Pref Barretos - 2019) Sobre o Estatuto da Criança e do Adolescentes, assinale a alternativa
correta.
a) O SUS promoverá programas de assistência médica e odontológica para a prevenção das enfermidades
que ordinariamente afetam a população infantil, e campanhas de educação sanitária para pais, educadores
e alunos.
b) É facultativa a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias.
c) O SUS promoverá a atenção à saúde bucal das crianças e gestantes de baixa renda.
d) A criança com necessidade de cuidados odontológicos especiais será atendida em clínicas conveniadas
pelo SUS.
e) É obrigatória a aplicação a todas as crianças, nos seus primeiros seis meses de vida, de protocolo com a
finalidade de facilitar a detecção de risco para o seu desenvolvimento psíquico.

96. (VUNESP/Pref Itapevi - 2019) O ECA é portador de uma nova ordem jurídica, a partir da proposta
de mudança de mentalidade da sociedade em relação às suas crianças e adolescentes. Trata-se de
entender a criança e o adolescente como pessoas em desenvolvimento e como sujeitos de direitos.
Conforme expressa o art. 16 do ECA, crianças e adolescentes têm, entre outros, o direito de brincar,

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praticar esportes e divertir-se; de opinião e expressão; de participar da vida familiar e comunitária; de


participar na vida política. Tais aspectos definem no ECA o direito à
a) liberdade.
b) compreensão.
c) segurança.
d) saúde.
e) confiança.

97. (VUNESP/Pref Itapevi - 2019) De acordo com o artigo 18 da Lei Federal nº 8.069, de 1990, (ECA),
com relação à criança e ao adolescente,
a) é dever de todos velar pela sua dignidade, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento,
aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
b) sua imagem pode ser revelada de qualquer forma e por quaisquer meios para fins de proteção e resguardo
de sua identidade.
c) devem ser educados e cuidados pelos pais ou responsáveis com o uso de castigo físico, como formas de
correção e disciplina.
d) podem ser considerados perante a sociedade como pessoas sem direitos civis, humanos e sociais, de
acordo com as leis.
e) os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico e de maus-tratos contra eles deverão ser
obrigatoriamente comunicados à polícia.

98. (VUNESP/Pref Peruíbe - 2019) Maria, que é auxiliar de transporte escolar, com a intenção de corrigir
um escolar que não queria colocar o cinto de segurança, chamou sua atenção de forma humilhante,
ridicularizando-o perante aos demais escolares presentes. Nos termos do Estatuto da Criança e do
Adolescente, considera-se a conduta de Maria como
a) castigo físico.
b) lesão moral.
c) sofrimento psíquico.
d) tratamento cruel ou degradante.
e) tratamento educativo.

99. (VUNESP/Pref Peruíbe - 2019) De acordo com o artigo 15 do Estatuto da Criança e do Adolescente
(Lei nº 8.069/1990), a criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como
pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais
garantidos na Constituição e nas leis. O direito à liberdade, ao respeito e à dignidade compreendem,
respectivamente, os seguintes aspectos:
a) preservação da autonomia; participação da vida política; ser educado sem o uso de castigo físico.
b) preservação dos valores, ideias e crenças; participação da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
crença e culto religioso.

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c) ser colocado a salvo de qualquer tratamento desumano; preservação da autonomia; crença e culto
religioso.
d) preservação da identidade; ser colocado a salvo de qualquer tratamento vexatório; brincar, praticar
esportes e divertir-se.
e) opinião e expressão; inviolabilidade da integridade física; ser educado e cuidado sem o uso tratamento
cruel ou degradante.

100. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) No que concerne ao direito à liberdade, ao respeito e à dignidade
previstos na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), é correto afirmar
que
a) o direito à liberdade não compreende, entre outros aspectos, brincar, praticar esportes e se divertir.
b) é dever exclusivamente da União velar pela dignidade da criança e do adolescente.
c) a opinião e expressão, entre outros aspectos, são compreendidos como direito à liberdade.
d) o direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, porém não abrange a preservação
dos espaços e objetos pessoais.
e) o direito à liberdade não compreende, entre outros aspectos, a crença e culto religioso.

101. (VUNESP/Pref Arujá - 2019) A violência sexual de crianças e adolescentes, ainda que usualmente
ocorra no âmbito privado, é uma questão social e legal. É considerada uma ofensa aos seus direitos
básicos, tais como o direito ao respeito, à dignidade, à integridade física e emocional, à convivência
familiar e social saudável, trazendo graves repercussões sobre sua vida pessoal, familiar e social. Nos casos
de violência sexual, deve-se acionar uma das instituições que atuam na investigação, diagnóstico,
enfrentamento e atendimento à vítima e suas famílias, entre as quais o
a) Centro de Referência da Assistência Social.
b) Conselho Tutelar.
c) Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente.
d) Centro de Atenção Psicossocial.
e) Centro de Defesa da Criança e do Adolescente.

102. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) Conforme a Lei Federal nº 8.069/1990 (ECA), Art. 18-A, “A criança e
o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados
a) com carinho, atenção e castigos leves quando necessário”.
b) conforme a visão de educação da família a que pertencem”.
c) com o uso de prêmios e de recompensas quando obedientes”.
d) sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante”.
e) sem sanções disciplinares quando cometerem atos considerados infracionais”.
103. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) Carlos e Joana vão prestar um concurso para o cargo de monitor de
creche do município de Olímpia. Sendo assim, estão estudando a Lei nº 8.069, de 1990 (ECA). Para

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responder corretamente às questões do certame, com relação aos arts. de 15 a 18-A dessa Lei, eles
precisam saber que a criança e o adolescente
a) podem ser educados pela força física, como forma de correção, educação e disciplina.
b) têm direito à liberdade e participação da vida política, na forma da lei.
c) são isentos de direitos civis em função de sua idade e capacidades.
d) devem ter sua dignidade velada pela família, eximindo a sociedade dessa responsabilidade.
e) têm direito de estar nos logradouros públicos, sem nenhum tipo de ressalva ou restrição legal.

104. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) De acordo com o item II do art. 18-A da Lei Federal nº 8.069/1990, a
conduta que humilhe, ou ameace gravemente ou ridicularize à criança ou ao adolescente, é considerada
a) castigo.
b) correção penal.
c) tratamento corretivo.
d) tratamento cruel ou degradante.
e) tratamento disciplinar.

105. (VUNESP/Pref SJRP - 2019) LFS, oito anos, é uma criança saudável e frequenta o 3º ano do ensino
fundamental de uma escola pública. Está acima do peso e gosta de levar em sua mochila um carrinho com
o qual brinca desde pequeno, por isso é alvo de bullying pelos colegas e de entrega compulsória do seu
brinquedo à professora, sem devolução. Tais práticas ferem a um dos direitos fundamentais definido pelo
art. 17 do ECA que garante a inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do
adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, das ideias
e crenças, dos espaços e objetos pessoais. Trata-se do direito fundamental
a) à tolerância.
b) ao protagonismo.
c) ao respeito.
d) à generosidade.
e) à privacidade.

106. (VUNESP/Pref SJRP - 2019) Dentre os tipos de violência, os maus-tratos praticados contra crianças
e adolescentes pelos próprios pais ou responsáveis são extremamente comuns. Na dinâmica familiar,
muitas vezes a violência ou a negligência é considerada natural, ou mesmo como uma forma de resolução
de conflitos. Contrário a essa prática, o ECA determina em seu art. 18-A que a criança e o adolescente têm
o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante,
definido como conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao adolescente que o
humilhe ou o ameace gravemente ou o
a) corrija.
b) ridicularize.

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c) culpabilize.
d) eduque.
e) valorize.

107. (VUNESP/Pref Cerquilho - 2019) Durante o intervalo, um aluno do segundo ano confessou e
mostrou marcas de uma surra que havia levado de sua mãe por derrubar o leite na hora do café. De acordo
com a legislação vigente, tal fato chegou ao conhecimento do Conselho Tutelar do município. Em situações
de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou
qualquer outro pretexto, pelos pais, a genitora poderá estar sujeita a sanções. De acordo com Estatuto da
Criança e do Adolescente, artigo 18-B e incisos, o Conselheiro Tutelar poderá asseverar, de acordo com a
gravidade do caso, aplicando, entre outras, a seguinte medida:
a) perda e destituição do poder familiar.
b) emancipação da criança ou adolescente, nos termos da lei civil.
c) encaminhamento a cursos ou programas de orientação.
d) transferência da tutela da criança para esfera escolar.
e) multa de até dois salários mínimos por castigo ou tratamento cruel a que tenha conhecimento.

108. (VUNESP/Pref Cerquilho - 2019) Nos moldes do que prevê, expressamente, o Estatuto da Criança e
do Adolescente, a inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente é um
dos aspectos do direito
a) à liberdade.
b) ao respeito.
c) público.
d) coletivo.
e) à cidadania.

109. (VUNESP/Pref Cerquilho - 2019) Conforme o art. 18-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei
nº 8.069/1990), os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos
executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de crianças e de
adolescentes, de tratá-los, educá-los ou protegê-los, que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou
degradante como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos,
sem prejuízo de outras sanções cabíveis, a medidas que serão aplicadas de acordo com a gravidade do
caso.
Considere que os responsáveis a seguir praticaram castigo físico e/ou tratamento cruel à criança e/ou ao
adolescente. Em face do exposto no art. 18-B do ECA, assinale a alternativa que apresenta a correta aplicação
da medida legal.
a) Carmem (responsável legal de uma criança de 4 anos) passou por uma entrevista com a assistente social.
b) Márcio (pai de criança de 9 anos) foi encaminhado a um juiz da vara de infância e juventude.
c) Luis Paulo (professor em pré-escola) foi interrogado pelo delegado de polícia.

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d) Júlio César (responsável legal de adolescente) foi preso por 5 (cinco) dias.
e) Heloísa (mãe de adolescente) foi encaminhada a programa comunitário de proteção à família.

110. (VUNESP/Pref Cerquilho - 2019) Segundo a Lei Federal nº 8.069/1990, Estatuto da Criança e do
Adolescente, artigo 18-A : A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso
de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou
qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos
agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar
deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.
Para os fins dessa Lei, considera-se tratamento cruel ou degradante conduta ou forma cruel de tratamento
em relação à criança ou ao adolescente que
a) faça uso da força física sobre a criança ou o adolescente e que resulte em sofrimento físico ou lesão.
b) comprovadamente tenha realizado abusos físicos, psicológicos e sexuais.
c) humilhe; ou ameace gravemente; ou ridicularize.
d) discrimine; ou abandone, ou agrida fisicamente causando feridas ou marcas.
e) negligencie; ou contrarie; ou bata com paus, fios ou objetos cortantes; ou obrigue a realizar alguma ação
contra a vontade do menor.

111. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) O ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Federal nº
8.069/1990, inclui o “brincar, praticar esportes e divertir-se” no inciso IV de seu art. 16, estabelecendo-o,
desse modo, como um dos sete aspectos compreendidos
a) pela premiação ao bom comportamento.
b) pelo desenvolvimento motor.
c) pelo direito ao respeito.
d) pela saúde mental.
e) pelo direito à liberdade.

112. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) Entre as atribuições do cargo de Auxiliar de Atendimento


Educacional (AAE), está a de criar um ambiente de acolhimento, que dê segurança e confiança às crianças,
garantindo-lhes oportunidades para o seu desenvolvimento integral. Nessa perspectiva, encontramos no
art. 18 da Lei nº 8.069/90 (ECA) que “É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente,
pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou
constrangedor”. Levando-se em conta tanto a alegada atribuição do cargo quanto o que está disposto no
art. 18 da Lei nº 8.069/90, quando houver conflitos ou problemas de disciplina entre alunos, o AAE deverá,
como primeira medida,
a) escutá-los e principiar um diálogo, buscando compreender o ocorrido.
b) repreendê-los na frente de todos os colegas e direcioná-los, em seguida, à diretoria.
c) criticá-los verbalmente e mantê-los longe uns dos outros, evitando que conversem entre si.

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d) avisar rispidamente os alunos envolvidos no conflito de que o ocorrido será, de imediato, reportado aos
pais.
e) chamar um professor para que este, no gozo de sua autoridade, censure verbalmente os alunos e decida
qual punição dar a eles.

113. (VUNESP/Pref Itapevi - 2019) Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, art. 19, “É direito da
criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família
substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu
desenvolvimento integral”. Desse modo,
a) toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional
terá sua situação reavaliada, no mínimo a cada 12 meses.
b) a permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará,
em hipótese alguma, por mais de 6 meses.
c) a mãe ou o pai privado de liberdade não terão direito à convivência com a criança ou adolescente, em
hipótese alguma.
d) a manutenção ou a reintegração de criança ou adolescente à sua família terá preferência em relação a
qualquer outra providência.
e) a mãe adolescente em acolhimento institucional será assistida por equipe especializada e, dependendo
de autorização judicial, poderá ter convivência integral com a criança.

114. (VUNESP/Pref Valinhos - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei Federal nº
8.069/1990) estabelece no artigo 19 que é direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio
de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e
comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral. Conforme o § 2º deste artigo, a
permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará
por mais de
a) 12 meses, salvo comprovada necessidade atestada por equipe multidisciplinar.
b) 18 meses, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente
fundamentada pela autoridade judiciária.
c) 24 meses, salvo comprovada necessidade atestada pelo pedagogo e pelo assistente social.
d) 12 meses, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente
fundamentada pela defensoria pública.
e) 24 meses, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente atestada
pelo Ministério Público.

115. (VUNESP/Pref Sorocaba - 2019) A convivência familiar e comunitária, um dos direitos fundamentais
definidos pelo ECA, é também objetivo de serviços da Assistência Social voltados para esse segmento. A
permanência da criança e do adolescente em sua família de origem é princípio que rege normativas e
serviços de convívio e fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Nessa direção, o artigo 23 do
ECA estabelece que a falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda
ou a suspensão do poder familiar. Ainda de acordo com o referido artigo (§ 1º), não existindo outro motivo

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que por si só autorize a decretação da medida, a criança ou o adolescente será mantido em sua família de
origem, a qual deverá obrigatoriamente ser incluída em serviços e programas oficiais de
a) planejamento familiar.
b) seleção e prestação de serviços.
c) orientação socioeconômica.
d) proteção, apoio e promoção.

116. (VUNESP/Pref Cerquilho - 2019) A convivência familiar e comunitária é um dos direitos


fundamentais estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Assim é que, toda criança ou
adolescente que, excepcional e provisoriamente, estiver inserido em programa de acolhimento familiar
ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada três meses. Ainda de acordo com o ECA
(art. 19, § 2º), a permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não
se prolongará por mais de 18 (dezoito meses), salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior
interesse, devidamente fundamentada
a) pelo Conselho Tutelar.
b) pela assistente social de referência.
c) pela autoridade judiciária.
d) pelos pais ou responsável.
e) pela equipe técnica do acolhimento.

117. (VUNESP/Pref Cerquilho - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente garante que a permanência
de uma criança ou adolescente em um programa de acolhimento institucional
a) precisa ser reavaliada depois de três meses, para que sejam, obrigatoriamente, reintegrados à sua família
de origem após esse período.
b) protege essa criança e esse adolescente de qualquer contato com pai ou mãe privados de liberdade
durante o período de acolhimento.
c) terá preferência em relação à manutenção e reintegração à sua família, nos casos de denúncia que
envolvam negligência ou maus-tratos.
d) agiliza o processo de inserção de crianças e adolescentes que foram vítimas de violência em famílias
substitutas.
e) pode se prolongar por mais de dezoito meses, quando for comprovada necessidade que atenda ao seu
superior interesse.

118. (VUNESP/TJ-RO - 2019) O apadrinhamento de crianças ou adolescentes acolhidos


institucionalmente consiste em estabelecer e proporcionar a eles vínculos externos à instituição para fins
de convivência familiar e comunitária e colaborar com o seu desenvolvimento nos aspectos social, moral,
físico, cognitivo e financeiro. A respeito do apadrinhamento de crianças e adolescentes acolhidos
institucionalmente, nos termos do art. 19-B do ECA, é correto afirmar:

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a) O perfil da criança ou adolescente a ser apadrinhado será definido no âmbito do programa de


apadrinhamento de cada Vara da Infância e Juventude, priorizando-se os acolhidos com remota possibilidade
de reinserção familiar ou colocação em família adotiva e observada a idade mínima de 10 anos.
b) Podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores de 18 anos de idade não inscritas nos cadastros de
adoção, desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de apadrinhamento de que fazem parte,
não havendo exigência legal expressa no ECA de que residam na mesma Comarca que a criança ou
adolescente.
c) Podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores de 18 anos idade, desde que residentes na mesma
Comarca da criança ou adolescente. O perfil da criança ou adolescente a ser apadrinhado será definido pelo
programa de apadrinhamento da respectiva Vara da Infância e Juventude, observada a idade mínima de 07
anos.
d) Podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores de 18 anos de idade, inscritas ou não nos cadastros
de adoção, residentes ou não na mesma Comarca que a criança ou adolescente, observada a diferença
mínima de 16 anos entre padrinho ou madrinha e apadrinhado.
e) O perfil da criança ou adolescente a ser apadrinhado observará a remota possibilidade de reinserção
familiar ou colocação em família adotiva e a idade mínima de 08 anos.
119. (VUNESP/TJ-RO - 2019) Com relação à chamada família extensa ou ampliada, nos termos do que
prevê o art. 25, parágrafo único, do ECA, é correto afirmar:
a) Família extensa é aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal e é
formada por parentes próximos, entendidos como os ascendentes e colaterais até o terceiro grau, ao passo
que a família ampliada é formada por pessoas, parentes ou não, com as quais a criança ou adolescente
convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.
b) Família extensa ou ampliada, expressões sinônimas para o parágrafo único do art. 25 do ECA, é tanto
aquela formada por parentes próximos, entendidos como os ascendentes e colaterais até o terceiro grau,
quanto aquela formada por pessoas, parentes ou não, com as quais a criança ou adolescente convive e
mantém vínculos de afinidade e afetividade.
c) Família extensa ou ampliada, expressões sinônimas para o parágrafo único do art. 25 do ECA, é aquela
que se estende para além da unidade pais e filhos e é formada por pessoas com grau de parentesco próximo
ou por pessoas com as quais a criança convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.
d) Família extensa é aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal e é
formada por parentes próximos, entendidos como os ascendentes e os colaterais até o quarto grau, ao passo
que a família ampliada é aquela formada por pessoas, parentes ou não, que convivem e mantêm com a
criança ou adolescente efetivos laços de afinidade e afetividade.
e) Família extensa ou ampliada, expressões sinônimas para o parágrafo único do art. 25 do ECA, é aquela
que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos
com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.

120. (VUNESP/Pref Itapevi - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece que pessoas
maiores de 18 anos são aptas a adotar crianças ou adolescentes, independentemente se seu estado civil,
desde que
a) a adoção seja precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente, pelo prazo máximo de
90 dias, observadas a idade da criança ou adolescente e as peculiaridades do caso.

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b) o adotante seja, pelo menos, dez anos mais velho do que o adotando.
c) na adoção conjunta, os adotantes sejam obrigatoriamente casados civilmente.
d) os divorciados comprovem a união marital de pelo menos 10 anos antes da separação.
e) o adotando, sendo maior de 8 anos, consinta na adoção pelos adotantes.

121. (VUNESP/TJ-RS - 2019) José, no curso do procedimento de adoção de Pedro, faleceu em


01/01/2019. Antes do falecimento já havia, diversas vezes, manifestado o desejo de adotar Pedro. Todos
os requisitos legais para a adoção já estavam devidamente comprovados nos autos do processo de adoção.
Foi prolatada a sentença de adoção em 10/02/2019.
Tendo em vista a disciplina constante do Estatuto da Criança e do Adolescente, é correto afirmar que
a) a sentença deve ser revista, tendo em vista que a morte do adotante impede a continuidade do processo
de adoção.
b) a sentença é válida, retroagindo à data do óbito de José.
c) a sentença é válida, somente produzindo efeitos a partir do trânsito em julgado, por ter natureza
constitutiva.
d) a sentença somente será válida se os sucessores de José concordarem em dar continuidade ao processo
de adoção.
e) a sentença é nula de pleno direito, tendo em vista que não pode constituir uma relação jurídica de uma
parte que já faleceu.

122. (VUNESP/Pref Sorocaba - 2019) Historicamente, a adoção de crianças e adolescentes pautava- se


por práticas seletivas que colocavam o adotando em posição de objeto, para suprir um desejo de quem
adotava. Com o ECA e as alterações nele introduzidas pela Lei nº 12.010/2009, são estabelecidas as
garantias e os procedimentos para colocação da criança ou adolescente em família substituta, mediante
guarda, tutela ou adoção. O processo para adoção percorre um caminho rigoroso, prevendo as condições,
os procedimentos, o preparo e o acompanhamento posterior ao seu deferimento, concluído somente se
fundar-se em motivos legítimos e apresentar reais vantagens para o adotando. De acordo com o artigo 39
§ 1º do ECA, deve-se recorrer à adoção apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança
ou do adolescente na família natural ou extensa, sendo esta uma medida excepcional e
a) flexível.
b) satisfatória.
c) irrevogável.
d) reversível.

123. (VUNESP/TJ-RJ - 2019) Pedro, criança de 4 anos, com pais desconhecidos, vive em uma instituição
de menores abandonados. Em razão de sua aparência física (branco e de olhos claros) despertou o
interesse na adoção por um casal alemão. Entretanto, outro casal brasileiro, regularmente cadastrado para
adoção na forma da lei, também manifestou interesse em adotar Pedro.
Acerca do caso hipotético, assinale a alternativa correta.

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a) Deverá ser deferida a adoção ao casal que melhor apresentar condições de satisfazer os interesses da
criança.
b) Deverá ser dada preferência ao casal estrangeiro, tendo em vista que a adoção irá representar a Pedro a
possibilidade de ser cidadão da comunidade europeia, o que significa uma manifesta vantagem em seu
interesse.
c) Caso seja deferida a adoção ao casal alemão, a saída de Pedro do território nacional somente poderá
ocorrer a partir da publicação da decisão proferida pelo juiz em primeira instância, mesmo sem o trânsito
em julgado, vedada a concessão de tutela provisória.
d) Deverá ser dada preferência ao casal brasileiro, se este apresentar perfil compatível com a criança.
e) Pedro deverá previamente ser inserido no programa de apadrinhamento e, apenas no caso de insucesso
deste, poderá ser deferida a adoção, com preferência ao casal brasileiro.

124. (VUNESP/TJ-RJ - 2019) Quanto às diretrizes sobre a guarda, forma de colocação em família
substituta, de acordo com os artigos 28 e seguintes do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069,
de 13 de julho de 1990), é correto afirmar que
a) a guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente,
conferindo aos seus pais o direito de opor-se aos seus detentores e terceiros.
b) o maior de doze anos deverá comparecer, obrigatoriamente, em audiência judicial, mas por não se tratar
de adoção, seu consentimento à guarda será avaliado de acordo com o laudo técnico apresentado pela
equipe técnica judicial e as provas reunidas em instrução.
c) a guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial fundamentado, ouvido o Ministério
Público, porque destinada à regularização da posse de fato.
d) a inclusão de crianças e adolescentes em programas de acolhimento, como forma de guarda, tem caráter
temporário e excepcional, mas não prefere o acolhimento institucional.
e) a guarda confere à criança ou adolescente a condição de segurado, dos quais seus detentores poderão
ser dependentes, se houver requerimento de benefício previdenciário, com expresso consentimento de seus
pais.

125. (VUNESP/TJ-RO - 2019) Com relação à adoção, nos termos dos artigos 39 e seguintes do ECA, é
correto afirmar:
a) Conforme art. 46 do ECA, o prazo máximo do estágio de convivência será de 90 dias, improrrogável,
dispensando-se referido estágio se o adotando já estiver sob a tutela ou guarda legal do adotante durante
tempo suficiente para que seja possível avaliar a conveniência da constituição do vínculo.
b) Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar conjuntamente,
contanto que tenham formalizado o pedido de adoção em juízo enquanto ainda conviviam e acordem sobre
guarda e regime de visitas, independentemente do início do estágio de convivência, conforme § 4º do art.
42 do ECA.
c) Nos termos do § 6º do art. 42 do ECA, a adoção poderá ser deferida, se comprovadamente benéfica à
criança ou adolescente, ao cônjuge ou companheiro já falecido do adotante supérstite quando da data de
propositura da ação ou formalização do pedido por este, desde que se comprove no curso do processo que
a pessoa falecida tinha inequívoca vontade de adotar e desde que não se tenham passado mais de dois anos
entre o falecimento e a propositura da ação ou formalização do pedido.

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d) A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença constitutiva, exceto na hipótese
prevista no § 6º do art. 42 do ECA, caso em que terá força retroativa à data do óbito, conforme prevê o § 7º
do art. 47 do ECA.
e) Em se tratando de adotando maior de dez anos de idade, será necessário seu consentimento expresso,
conforme § 2º do art. 45 do ECA. No caso de adolescente maior de doze anos de idade, tal consentimento
deverá ser colhido em audiência, na presença do Ministério Público.

126. (VUNESP/ESEF - 2019) No que diz respeito às regras de adoção de crianças e adolescentes, assinale
a alternativa correta.
a) Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil, desde que não sejam
ascendentes ou irmãos do adotando.
b) O adotante há de ser, pelo menos, dezoito anos mais velho do que o adotando.
c) É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus descendentes, o adotante, seus ascendentes,
descendentes e colaterais até o 3º grau, observada a ordem de vocação hereditária.
d) A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios,
desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, inclusive os impedimentos matrimoniais.
e) É permitida a adoção por procuração pública.

127. (VUNESP/Pref Piracicaba - 2020) Conforme o artigo 53 da Lei nº 8.069/90, que dispõe sobre o
Estatuto da Criança e do Adolescente, a criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, ao preparo para o exercício da cidadania e à qualificação para o trabalho.
De acordo com o inciso V desse mesmo artigo, é assegurado à criança e ao adolescente o acesso à escola
pública e gratuita,
a) na instituição de ensino e no horário escolhidos pela família, desde que a instituição esteja localizada na
cidade de residência do aluno.
b) próxima de sua residência, garantindo-se vagas no mesmo estabelecimento a irmãos que frequentem a
mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica.
c) em jornada de tempo integral, a ser garantida até o ano de 2024, além do acesso a material didático e
alimentação durante o tempo de permanência na escola.
d) bem como a garantia de transporte escolar gratuito a todos os educandos da educação básica que residam
a mais de um quilômetro e meio de distância da escola.
e) sendo asseguradas vagas no mesmo estabelecimento exclusivamente a irmãos gêmeos ou irmãos de
criança com deficiência, menores de 12 anos, desde que estejam matriculados no mesmo ciclo do ensino
fundamental.

128. (VUNESP/Pref Itapevi - 2019) Mirela, aluna do 6º ano de uma escola de Itapevi, procurou a diretora
para conversar sobre três assuntos:
a. que a diretora converse com a professora de Geografia, tendo em vista que ela está desrespeitando um
aluno de forma recorrente;
b. questionar os critérios avaliativos das provas adotados pelo professor de Matemática;
c. propor a organização de um grêmio estudantil.

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Diante do exposto, é correto afirmar que


a) os três pedidos de Mirela são procedentes e a diretora pode acatá-los porque estão assegurados pela Lei
nº 8.069, de 1990 (ECA).
b) Mirela está equivocada, pois seus pedidos não estão garantidos por nenhuma lei, e os dois primeiros
desrespeitam o poder de liderança do professor.
c) a Lei nº 8.069, de 1990 (ECA), não menciona a possibilidade de os alunos organizarem entidades
estudantis, tampouco de questionarem procedimentos de avaliação dos docentes.
d) o professor não pode ter os critérios de avaliação de provas questionados, mas a formação do grêmio
estudantil é possível, pois é respaldada pela Lei nº 8069, de 1990 (ECA).
e) a forma como o professor trata o aluno faz parte de sua metodologia de ensino, não cabendo
interferências. Os dois outros pedidos poderão ser atendidos, em função da Lei nº 8.069, de 1990 (ECA).

129. (VUNESP/Pref Itapevi - 2019) Assinale, dentre as alternativas a seguir, aquela que está de acordo
com os artigos 53 e 54 da Lei Federal nº 8.069, de 1990, (Eca).
a) Júlia, uma criança de 8 anos com deficiência visual, foi impedida de ser matriculada em uma escola regular,
porque o atendimento educacional para portadores de deficiência só pode ser feito em escola de educação
especial.
b) Kleber, aluno de 13 anos, foi suspenso de uma escola regular por criticar o critério de avaliação do
professor de História.
c) Suzana, uma adolescente de 14 anos, estuda em uma escola pública bem distante de sua residência,
porque ao matricular-se foi informada de que não podia estudar na escola pública próxima a sua casa.
d) Orestes tem 17 anos e trabalha durante a noite. Ao buscar matricular-se no curso noturno, foi impedido
por ser muito jovem.
e) Maíra tem 15 anos e espírito de líder. Organizou em sua escola um grêmio estudantil e constantemente
faz reuniões com os colegas e com a direção para atuar nas melhorias da unidade escolar.

130. (VUNESP/Pref Itapevi - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei nº 8.069/90)
determina que os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular
de ensino. A lei diz que o governo precisa controlar quantas crianças estão na escola, fazer a chamada
todos os dias e, junto como os pais, cuidar para que a criança não fique faltando à aula. Em seu artigo 56,
afirma que os dirigentes de estabelecimento de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar,
entre outros, os casos de
a) elevados níveis de repetência.
b) comparecimento reiterado de aluno sem uniforme e sem material escolar.
c) consumo de drogas nas imediações da escola.
d) brigas e desentendimentos entre alunos na sala de aula.
e) alunos portando armas dentro da instituição.

131. (VUNESP/Pref Peruíbe - 2019) A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho; e

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para garantia desses direitos, o Estatuto da Criança e do Adolescente determina que é dever do Estado
assegurar
a) atendimento no ensino fundamental, por meio de programas suplementares de material didático-escolar,
transporte, alimentação e assistência à saúde.
b) atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, exclusivamente na rede regular de
ensino.
c) acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, independentemente da
capacidade de cada um.
d) progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade do ensino superior.
e) acesso ao ensino médio obrigatório para os que a ele não tiveram acesso na idade própria.

132. (VUNESP/Pref Peruíbe - 2019) Ana, que é Diretora de uma Escola Municipal de Ensino Fundamental
em Peruíbe, verificando que Paulinho não vem comparecendo à Escola há mais de trinta dias, sem
justificativa, utilizou todos os recursos escolares possíveis para sanar a situação e evitar a repetência do
aluno, porém não obteve sucesso. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, Ana deverá
comunicar o fato
a) ao representante legal de Paulinho.
b) ao defensor público do Município de Peruíbe.
c) à autoridade judiciária da Vara da Infância e Juventude local.
d) ao representante do Ministério Público local.
e) ao Conselho Tutelar.

133. (VUNESP/Pref Peruíbe - 2019) Considerando-se o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente


– Lei nº 8.069/1990 – em seu Art. 53, “A criança e o adolescente têm direito ___________ , visando ao
pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho
(...)”.
Assinale a alternativa que completa a lacuna de acordo com a legislação.
a) à saúde
b) ao lazer
c) à cultura
d) ao esporte
e) à educação

134. (VUNESP/Pref Peruíbe - 2019) Em uma escola de ensino fundamental da rede pública municipal de
Peruíbe, o Inspetor de Alunos notou que uma aluna faltava às aulas com bastante frequência. Conversando
com um professor, soube que se tratavam de faltas injustificadas e que todos os recursos escolares para a
solução do problema já haviam sido esgotados. De acordo com a Lei Federal nº 8.069/90, Art. 56, o
dirigente desse estabelecimento de ensino deve comunicar o caso ao

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a) Conselho Tutelar.
b) Supervisor de Ensino.
c) Secretário da Educação.
d) Conselho de Classe e Série.
e) pai ou responsável pela criança.

135. (VUNESP/Pref Peruíbe - 2019) No início do ano letivo, em uma escola pública municipal de ensino
fundamental, estavam sendo definidas as propostas educacionais. O pai de uma adolescente,
regularmente matriculada nessa escola, compareceu e queria participar da definição das propostas
educacionais, mas foi impedido de participar pelo diretor da escola. Conforme a Lei Federal nº 8.069/90,
art. 53, é correto afirmar que
a) o diretor da escola cometeu um erro, pois os pais têm o direito de participar da definição das propostas
educacionais.
b) a participação na definição das propostas educacionais fica reservada apenas aos membros do Conselho
de Classe e Série.
c) o diretor da escola agiu corretamente, pois é direito dos membros do corpo docente participar da
definição das propostas educacionais.
d) a lei assegura aos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, sem fazer menção de sua
participação na definição das propostas educacionais.
e) os pais ou responsáveis têm acesso às propostas educacionais após sua definição pela escola, mas não
têm direito de intervir em sua construção.

136. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) No que concerne ao direito à educação, à cultura, ao esporte e ao
lazer previstos na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), é correto
afirmar que
a) a criança e o adolescente têm direito à educação, sendo, entretanto, vedado a estes contestar quaisquer
critérios avaliativos.
b) é dever do Estado ofertar ensino noturno regular, adequado às condições da criança e do adolescente
trabalhador.
c) o acesso ao ensino obrigatório e gratuito não é considerado um direito público subjetivo.
d) o não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular importa
responsabilidade da autoridade competente.
e) é dever dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, sendo, entretanto, vedada a
participação na definição das propostas educacionais.

137. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) Eduardo, inscrito no concurso para Inspetor de Alunos promovido
pelo município de Olímpia, participou de um encontro sobre “educação inclusiva” desenvolvido por uma
ONG. Assim, Eduardo tomou conhecimento de que a educação inclusiva pode ser entendida como uma
concepção de ensino contemporânea que tem como objetivo garantir o direito de todos à educação, pois
as diferenças não são vistas como obstáculos, mas tão somente como diversidades. Tomou conhecimento,

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também, que esse direito está garantido pela Lei Federal nº 8.069/1990, Estatuto da Criança e do
Adolescente, Art. 54.
De acordo com esse artigo, “É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: (...) atendimento
educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente
a) em escolas especiais”.
b) em classes especiais”.
c) na rede regular de ensino”.
d) em classes comuns, regidas por especialistas”.
e) em salas especiais anexas às escolas da rede regular de ensino”.

138. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) Em relação à concepção democrática da escola, o ECA (Estatuto da
Criança e do Adolescente), Lei Federal nº 8.069/1990, aborda os direitos da participação da comunidade
em assuntos da gestão escolar. Segundo o seu artigo 53, parágrafo único, os pais/responsáveis usufruem
o direito de ter “ciência do processo pedagógico, bem como
a) participar de todas as reuniões pedagógicas”.
b) participar da definição das propostas educacionais”.
c) supervisionar os trabalhos desenvolvidos pelos docentes”.
d) decidir sobre os critérios de avaliação das diferentes disciplinas”.
e) participar dos Conselhos de Classe, decidindo o futuro educacional dos alunos”.

139. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) Preparando-se para o concurso de Inspetor de Alunos, promovido
pelo Município de Olímpia, Andréa tomou conhecimento de que o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA), Lei Federal nº 8.069, de 1990, constitui, para os brasileiros, o marco legal e regulatório dos direitos
humanos de crianças e adolescentes. No quesito relativo à valorização das diferenças individuais, de
gênero, étnicas e socioculturais e o combate à desigualdade, o ECA dispõe, nº art. 58, que “No processo
educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da
criança e do adolescente, garantindo-se a estes
a) um currículo diversificado, que abarque temas das diversas culturas que compõem a nação brasileira”.
b) a liberdade de escolha e o acesso às tecnologias voltadas à disseminação da cultura”.
c) atividades extraclasse que possam atender aos interesses da maioria dos alunos”.
d) disciplinas optativas, que atendam às origens culturais de cada aluno”.
e) a liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura”.

140. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) Márcia é diretora de uma escola de ensino fundamental e percebeu
que um aluno de 9 anos apresentava diariamente manchas roxeadas na pele e alguns ferimentos
superficiais. Conversando com o estudante, este lhe disse que não tinha, nem brincava com animais como
gatos e cães, tampouco alguém na escola o havia machucado. Nesse caso, Márcia classificou esse episódio

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como suspeita de maus tratos, envolvendo o aluno, e encaminhou o fato ao Conselho Tutelar. A atitude
dessa dirigente, de acordo com o art. 56 da Lei nº 8.069, de 1990 (ECA), está
a) errada, porque ocorrências desse tipo devem ser comunicadas ao Ministério Público.
b) correta, pois é seu dever comunicar ao Conselho Tutelar esse tipo de ocorrência.
c) errada, porque esses casos devem ser conversados e resolvidos apenas com os pais ou responsáveis.
d) errada, porque, enquanto diretora, não deve se envolver em situações desse tipo.
e) parcialmente correta, porque deve conversar com o aluno para averiguar o problema, porém, jamais
comunicar a algum órgão.

141. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) Considere as situações a seguir para responder à questão.
I. Júlio tem 16 anos e frequenta a escola à noite, pois trabalha durante o dia.
II. Mara tem 52 anos e cursa a Educação de Jovens e Adultos porque precisou interromper seus estudos
quando jovem.
III. Beatriz nasceu há um mês e foi impedida de ser matriculada na creche em função de sua idade.
IV. Pedro tem 10 anos e a escola pública onde estuda exige que seus pais paguem uma mensalidade.
Diante do exposto, os estudantes cuja situação descrita está garantida pela Lei no 8.069 de 1990 (ECA), art.
54, são
a) Pedro e Júlio.
b) Beatriz e Pedro.
c) Júlio e Mara.
d) Júlio, Pedro e Beatriz.
e) Júlio, Mara e Beatriz.

142. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) Paulo é um jovem de 19 anos que deixou de frequentar a escola na
idade própria, referente ao ensino fundamental, em decorrência de morar na zona rural junto de seus pais
que lá trabalhavam. Agora, ele quer voltar a estudar e, por isso, procurou uma escola pública que lhe
propôs uma estrutura de curso com seriação, calendário e metodologia diferentes do ensino regular. De
acordo com a Lei nº 8.069 de 1990 (ECA), art. 57, Paulo
a) deverá se matricular em uma escola de ensino privado que aceita situações diferenciadas de currículo.
b) perderá tempo estudando nas condições descritas, porque essas alterações prejudicam o aprendizado.
c) permanecerá sem estudar, pois a lei citada impede as pessoas excluídas do ensino fundamental
obrigatório de prosseguir seus estudos.
d) poderá voltar a estudar nessa escola porque a lei permite alterações de seriação, calendário e
metodologia, dentre outras, nesse caso.
e) deverá voltar a estudar, porém, somente com alterações no calendário e no sistema de avaliações.

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143. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) Com base no artigo 56 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei
nº 8.069/90), casos de maus-tratos envolvendo os alunos e de elevados níveis de repetência deverão ser
comunicados pelos dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental
a) ao Conselho Tutelar.
b) ao Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente.
c) à autoridade judiciária da comarca ou foro regional.
d) ao Ministério Público.
e) à Autoridade Central Estadual.

144. (VUNESP/Pref SJRP - 2019) Uma das transformações trazidas pela mobilização popular da década
de 1980 foi a conquista da condição cidadã para a criança e o adolescente, promulgada no ECA. Nessa
direção, o Estatuto dedica diferentes artigos na especificação dos direitos legalmente previstos. Assim, é
que o ECA prevê o direito de acesso à escola pública e gratuita próxima à residência da criança ou do
adolescente. Ampliando essa perspectiva, o art. 56 determina que os dirigentes de estabelecimentos de
ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar, esgotados os recursos escolares, os casos de: maus-
tratos envolvendo seus alunos, reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, e, também,
a) incidência de baixo desempenho.
b) desrespeito ao regulamento escolar.
c) ocorrências de agressões.
d) envolvimento com drogas.
e) elevados níveis de repetência.

145. (VUNESP/Pref Cerquilho - 2019) De acordo com o artigo 54 do Estatuto da Criança e do Adolescente,
é dever do Estado assegurar atendimento, através de programas suplementares de material didático-
escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde para estudantes
a) com baixo poder aquisitivo.
b) internados em ambiente hospitalar.
c) residentes em comunidades quilombolas.
d) do ensino fundamental.
e) com necessidades educacionais especiais.

146. (VUNESP/Pref Cerquilho - 2019) Ao chegar na escola com vários vergões vermelhos e marcas de
cinta nas costas, um aluno de 5 anos contou que por conta de um ato de indisciplina (ofender com
palavrões seu avô) ele foi castigado por sua mãe. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA, 1990), ao tomar ciência de situações como essa
a) a escola não deve tomar medida, alguma, pois o castigo ocorrido fora da escola, se deu para educar o
garoto.
b) os profissionais devem, obrigatoriamente, comunicar o fato ao Conselho Tutelar.

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c) a única medida cabível à escola, é a de conversar com o aluno orientando sobre a inconveniência de seu
ato.
d) a instituição escolar deve elaborar um projeto de trabalho sobre a importância de respeito aos “mais
velhos”.
e) os profissionais precisam ignorar o fato, uma vez que ocorreu fora da escola, no seio da família.

147. (VUNESP/Pref Cerquilho - 2019) De acordo com o artigo 53 do Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA, 1990), o direito à educação de crianças e adolescentes deve assegurar-lhes
a) que as punições advindas de ato de indisciplina escolar, por parte daqueles que são encarregados de sua
educação sejam de caráter vexatório e não incluam castigos físicos.
b) direito a atividade laboral, sempre que seus genitores, carente de recursos financeiros para subsistência,
acompanharem a atividade em tempo integral.
c) oferta de atendimento médico especializado, dentro do Conselho Tutelar de sua cidade, em particular
para casos clínicos complexos e de assistência à drogadição.
d) vaga em estabelecimento público gratuito, em tempo integral, para todos alunos em idade escolar de
educação básica.
e) acesso à escola pública e gratuita, garantindo-se vagas no mesmo estabelecimento a irmãos que
frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica.

148. (VUNESP/Pref Campinas - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe, expressamente,


que os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar, entre
outros, os casos de
a) violência contra o corpo docente.
b) reclamações quanto à qualidade do ensino.
c) comportamentos inadequados.
d) fraco desempenho escolar.
e) elevados níveis de repetência.

149. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) Ana, uma professora de Arte na Rede Municipal de Francisco
Morato, aproveitando as notícias veiculadas na mídia sobre a exposição das obras de Tarsila do Amaral no
MASP, propôs aos seus alunos do 6º ano do ensino fundamental, dentro da abordagem triangular, fazer
uma apreciação de uma reprodução da obra Abaporu da artista. Ao receber seu trabalho corrigido, um
aluno não concordou com a avaliação feita pela professora e a questionou. A professora foi até à Diretora
da Escola para reclamar de tal absurdo. A Diretora, com base no artigo 53 da Lei Federal nº 8.069/1990,
ponderou que a criança
a) tem direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores.
b) deve respeito aos professores, não devendo questionar a autoridade do professor e, portanto, deverá ser
repreendida.
c) deve ser considerada ingênua em seu comentário sobre a avaliação de seu trabalho feita pela professora.
d) está correta ao questionar a professora, pois não deve ter entendido a sua proposta de avaliação.

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e) tem direito de igualdade em relação aos seus colegas que receberam notas maiores, visto que todos têm
os mesmos direitos perante a lei.

150. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) Helena e Roger, candidatos a Auxiliares de Atendimento


Educacional no município de Francisco Morato, ao analisarem juntos o ECA – Estatuto da Criança e do
Adolescente, Lei Federal no 8.069/90, perguntaram-se onde encontrariam, nessa Lei, algo que
correspondesse a ter postura como educador. Após leitura atenta, concordaram que essa postura
equivaleria àquela que cumpre o que determina o art. 58 do ECA: “No processo educacional respeitar-se-
ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente,
garantindo-se, a esses, a liberdade da criação e o acesso às fontes de
a) prazer”.
b) cultura”.
c) riqueza”.
d) sucesso”.
e) produtividade”.

151. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) No capítulo IV do ECA, estabelece-se o direito à Educação, à Cultura,
ao Esporte e ao Lazer. O art. 59, contido nesse capítulo, determina que os municípios, com apoio ________,
estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de
lazer voltadas para a infância e a juventude.
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna.
a) das famílias
b) da comunidade
c) dos professores
d) da gestão educacional
e) dos estados e da União

152. (VUNESP/TJ-RJ - 2019) Assinale a alternativa que revela o atual entendimento do STJ sobre a
interpretação do corte etário para ingresso de crianças na educação básica.
a) Determinou que é papel do Poder Judiciário suprir as omissões legislativas sobre o tema, e definiu que o
acesso ao Ensino Infantil se dá aos 4 anos de idade e ao Ensino Fundamental aos 6 anos, completados até 31
de março do ano da matrícula.
b) Afirmou que os órgãos administrativos têm plena liberdade para fixarem, dentro dos critérios das regiões
em que atuam, as faixas etárias que melhor expressarem as necessidades da comunidade, tendo em vista
que a legislação federal que tutela o assunto não admite a intervenção judicial nesse sentido, por ser matéria
administrativa.
c) Foi declarada a legalidade dessa medida, contanto que tal limitação seja feita por Lei Municipal, uma vez
que compete a esse ente federativo legislar sobre a matéria.

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d) Declarou a inconstitucionalidade de legislação estadual que trate desse recorte, informando que compete
ao legislador municipal e federal legislarem sobre o tema, por se tratar de ensino fundamental e não médio
ou superior.
e) Decidiu que não é dado ao Judiciário substituir-se às autoridades públicas de educação para fixar ou
suprimir requisitos para o ingresso de crianças no ensino fundamental, quando os atos normativos de
regência não revelem traços de ilegalidade, abusividade ou ilegitimidade.

153. (VUNESP/Pref São Roque - 2019) A escola X é reconhecida na região sul da cidade de São Roque
como uma instituição de qualidade. A família Souza matriculou sua filha mais velha no 4º ano do ensino
fundamental I, mas não conseguiu vaga para matricular o filho mais novo no 1º ano do ensino
fundamental. Diante da situação, a diretora informou-lhes que deveriam esperar o próximo ano para
avaliar a possibilidade de surgimento de vaga. A família Souza, inconformada com a decisão da diretora,
consultou o supervisor de ensino Josias. Com fundamento na Lei Federal nº 8.069/90 (ECA), artigo 53, V o
supervisor decidiu corretamente que
a) o caso não é de sua competência profissional e, portanto, deve ser submetido ao conselho tutelar do
município.
b) havendo transporte escolar, os irmãos podem ser matriculados em escolas distintas, desde que na mesma
região.
c) o caso não é de sua competência profissional e, portanto, deve ser submetido ao Ministério Público
Estadual.
d) havendo transporte escolar, os irmãos podem ser matriculados em escolas distintas, em distância não
superior a 10 km uma da outra.
e) se devem garantir vagas no mesmo estabelecimento a irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo
de ensino da educação básica.

154. (VUNESP/Pref Itapevi - 2019) Nos termos do artigo 67 do Estatuto da Criança e do Adolescente, ao
adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido em
entidade governamental ou não governamental, é vedado trabalho noturno realizado
a) entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte.
b) entre as vinte e três horas de um dia e as seis horas do dia seguinte.
c) fora do período compreendido entre e aurora e o crepúsculo.
d) entre as vinte e duas horas de um dia e as seis horas do dia seguinte.
e) entre as vinte e três horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte.

155. (VUNESP/Pref Olímpia - 2019) De acordo com o disposto no art. 62 da Lei Federal nº 8.069/1990,
considera-se aprendizagem
a) a formação técnico-profissional ministrada, segundo os critérios autônomos da escola,
independentemente de quaisquer outras prerrogativas.
b) a formação técnico-profissional ministrada, segundo as diretrizes e bases da legislação de educação em
vigor.

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c) o processo de aquisição de conhecimento formal dentro dos prazos estabelecidos pelo Projeto Político-
Pedagógico de cada escola.
d) o resultado das avaliações periódicas dos conteúdos estabelecidos pelas diretrizes e bases da legislação
em vigor.
e) a mediação da escola na avaliação e no desempenho do alunado quanto ao conteúdo a ser adquirido.

156. (VUNESP/Pref F Morato - 2019) Os efeitos da inserção de crianças em ocupações perigosas podem
ser constatados de forma imediata e também a longo prazo: as atividades consideradas de risco podem
levar à morte ou comprometer seu desenvolvimento. Além dessas consequências, o trabalho infantil
também se configura como um elemento de perpetuação do ciclo da pobreza. Funciona como um círculo
vicioso: é tanto causa como consequência. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) dedica especial
atenção a esse tema e, no artigo 66, prevê que ao adolescente portador de deficiência é assegurado
trabalho
a) circunstancial.
b) reduzido.
c) temporário.
d) protegido.
e) permanente.

157. (VUNESP/TJ-AC - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente é orientado pelo princípio da


proteção integral da criança e do adolescente, que tem como marco legal o artigo 227 da Constituição
Federal. Sob tal ótica, quanto à técnica empregada pelo diploma menorista para definir criança e
adolescente, bem como para considerá-los sujeitos de direitos e obrigações frente à família, à sociedade
e ao Estado, é correto afirmar que
a) a condição psíquica pode ser considerada de forma complementar à biológica porque a idade,
isoladamente considerada, pode não levar à segura qualificação do menor como criança ou adolescente,
adotando-se critério cronológico mitigado.
b) ao se permitir que o maior de 18 (dezoito) anos permaneça no pólo passivo de ação de execução de
medida socioeducativa, o Estatuto da Criança e do Adolescente não restou adstrito ao critério cronológico
absoluto.
c) é de diferenciação e tem por objetivo impedir a tipificação de condutas perpetradas por pessoa menor de
12 (doze) anos como infração penal, nos termos da legislação aplicável.
d) de acordo com o artigo 2º, caput, criança é pessoa com até 12 (doze) anos incompletos, e adolescente
aquela que tiver entre 12 (doze) e 18 (dezoito) anos, adotando-se critério cronológico absoluto.

158. (VUNESP/TJ-AC - 2019) Com relação à assistência médica prestada pelo Sistema Único de Saúde
para prevenção de enfermidades que ordinariamente afetam a população infantil, é correto afirmar que

a) a atenção à saúde bucal das crianças e das gestantes será promovida de forma transversal, integral e
intersetorial com as demais linhas de cuidado direcionadas à mulher e à criança.

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b) a atenção odontológica à criança terá função educativa e será prestada quando o bebê nascer, e, após, no
sexto e no décimo segundo anos de vida, com orientação sobre saúde bucal.

c) nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias, não será obrigatória a vacinação das crianças se
justificada a recusa pelos pais ou responsável, por crença pessoal ou religiosa, no prazo estabelecido pelo
calendário de vacinação estabelecido pelo PNI.

d) a obrigatoriedade de aplicação de protocolo ou outro instrumento desenvolvido para a detecção de risco


para o desenvolvimento psíquico da criança tem como marco inicial o primeiro ano de vida.

159. (VUNESP/TJ-AC - 2019) Com relação à família substituta, o artigo 28 e seguintes do Estatuto da
Criança e do Adolescente oferece diretrizes sobre a adoção, sendo correto afirmar:
a) o direito à convivência familiar entre o adotado e o adotante inicia-se no estágio de convivência, decorre
do princípio da igualdade entre os filhos adotados e biológicos e tem graduação orientada pela intenção de
adotar.
b) a adoção realizada em troca de promessa de pagamentos ou afim pode ser deferida se demonstrado o
benefício ao adotado, à luz do espírito humanitário que norteia o ato de adotar.
c) fundando-se o pedido em motivos legítimos e representando vantagem ao adotado será deferida a
adoção, mediante compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo, mediante termo nos autos.
d) a falta de estudo social e psicológico à época do deferimento da adoção macula o procedimento e permite
a sua revogação ou retratação, pela possibilidade de violação do princípio do melhor interesse do menor.

160. (VUNESP/TJ-MT - 2018) No que se refere à garantia da prioridade absoluta, da forma como prevista
no Estatuto da Criança e do Adolescente, tem-se que esta compreende:
a) garantia de imunidade contra todo tipo de exploração sexual.
b) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas.
c) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública, salvo se houver idoso.
d) destinação privilegiada de recursos públicos e privados nas áreas relacionadas com o meio ambiente e os
direitos sociais.
e) a extensão da proteção quando atingida a idade adulta em situações expressamente previstas na lei.
161. (VUNESP/TJ-MT - 2018) A respeito da adoção, assinale a assertiva correta.
a) A adoção por procuração é admitida em caso de comoriência.
b) O adotando deve contar com, no máximo, dezesseis anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda
ou tutela dos adotantes.
c) Em caso de conflito entre direitos e interesses do adotando e de outras pessoas, inclusive seus pais
biológicos, devem prevalecer os direitos e os interesses do adotando.
d) A adoção é medida excepcional, porém revogável em certos casos, à qual se deve recorrer apenas quando
esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa.
e) A simples guarda de fato autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio de convivência.

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162. (VUNESP/MP-SP - 2018) Nos termos do disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em
relação à Família Natural, Substituta, Guarda, Tutela ou Adoção, é correto afirmar que
a) poderá ser deferida adoção em favor de candidato domiciliado no Brasil não cadastrado previamente nos
termos expressos da Lei no 8.069/90 (ECA) quando for formulada por parente com o qual a criança ou
adolescente mantenha vínculos de afinidade e afetividade.
b) os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no
próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro documento público, qualquer
que seja a origem da filiação, não podendo tal reconhecimento preceder o nascimento do filho.
c) salvo expressa e fundamentada determinação em contrário, da autoridade judiciária competente, o
deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros não impede o exercício do direito de visitas
pelos pais, afastando apenas o dever de prestar alimentos.
d) o deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou suspensão do poder familiar e
estabelece, salvo decisão expressa da autoridade judiciária, o dever de guarda.
e) a colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, independentemente da
situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos da Lei no 8.069/90 (ECA), sendo que em se tratando
de criança maior de 10 (dez) anos de idade, será necessário seu consentimento, colhido em audiência.

163. (VUNESP/TJSP - 2018) “Depois que Dona Benta concluiu a história do mundo contada à moda dela,
os meninos pediram mais.
– Mais, quê? – perguntou a boa avó. – Poderei contar muitas histórias assim – história da Física, história da
Química, história da Geologia, história da Geografia...
– Conte a história da Geografia – pediu Pedrinho, que andava sonhando com viagens pelos países
estrangeiros.
E Dona Benta contou a Geografia.”
(Monteiro Lobato. Geografia de Dona Benta – in Obras Completas. vol. 1. Série B. Editora Brasiliense: São
Paulo, 1972. p. 47)
Para o Estatuto da Criança e do Adolescente, a avó, Dona Benta, integra a família
a) natural de Pedrinho, formada pelos ascendentes e descendentes, podendo viajar somente com ela para o
exterior, com autorização do pai ou da mãe, ou do juiz.
b) extensa ou ampliada de Pedrinho, formada de parentes próximos com os quais a criança convive e
mantém vínculos de afinidade, podendo viajar somente com ela para o exterior, independentemente de
qualquer autorização.
c) extensa ou ampliada de Pedrinho, formada de parentes próximos com os quais a criança convive e mantém
vínculos de afinidade, mas não pode, somente com ela, viajar para o exterior, sem autorização de ambos os
pais ou do juiz.
d) natural de Pedrinho, formada pelos ascendentes e descendentes, mas não pode, somente com ela, viajar
para o exterior, sem autorização de ambos os pais ou do juiz.

164. (VUNESP/TJSP - 2018) A adoção internacional de criança brasileira, ou domiciliada no Brasil,


somente terá lugar quando

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a) o estrangeiro ou casal estrangeiro apresentar situação socioeconômica vantajosa para a criança, se não
houver adotantes habilitados no Brasil, na mesma situação ou melhor.
b) comprovado que a colocação em família adotiva estrangeira, independentemente de qualquer outro
requisito, é solução que não traz prejuízo à criança, salvo se esta manifestar o desejo de permanecer no
Brasil.
c) independentemente da existência de adotantes habilitados residentes no Brasil com perfil compatível com
a criança, o juiz concluir que aquela é a melhor solução para a criança.
d) comprovado que a colocação em família adotiva é a solução adequada ao caso concreto e que foram
esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança em família adotiva brasileira, com a comprovação,
certificada nos autos, da inexistência de adotantes habilitados residentes no Brasil com perfil compatível
com a criança, após consulta aos cadastros mencionados no Estatuto da Criança e do Adolescente.

165. (VUNESP/TJRS - 2018) No que diz respeito aos dispositivos previstos no Estatuto da Criança e do
Adolescente relativos ao período de gestação até o final da amamentação, assinale a alternativa correta.
a) O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao aleitamento
materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa de liberdade, à exceção daquelas
incluídas em regime disciplinar diferenciado.
b) Em virtude dos efeitos do estado gestacional ou puerperal, é vedado à gestante ou à mãe que manifeste
interesse em entregar seu filho para adoção, antes ou logo após o nascimento.
c) A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência durante o período do
pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato.
d) A gestante ou mãe que manifeste interesse em entregar seu filho para adoção, antes ou logo após o
nascimento, será encaminhada à Justiça da Infância e da Juventude, sendo que após a formalização do
interesse manifestado em audiência ou perante a equipe interprofissional, é vedada a desistência da entrega
da criança, pela mãe, após o nascimento.
e) Os estabelecimentos de atendimento à saúde, à exceção das unidades neonatais e de terapia intensiva,
deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos
casos de internação de criança ou adolescente.

166. (VUNESP/TJ-SP - 2017) Assinale a alternativa correta.


a) O deferimento da tutela não pressupõe a decretação da perda ou da suspensão do poder familiar.
b) A criança ou o adolescente colocado em família substituta pode ser transferido a terceiros ou a entidades
governamentais ou não governamentais, desde que mediante autorização judicial.
c) A criança ou o adolescente colocado sob guarda fica sob a dependência material e moral do detentor,
exceto para efeitos previdenciários.
d) A revogação da guarda exige o esgotamento do duplo grau de jurisdição, a elaboração de parecer pelo
Conselho Tutelar e a oitiva do Ministério Público.

167. (VUNESP/TJ-SP - 2017) Ação de anulação de registro de nascimento cumulada com pedidos de
investigação e reconhecimento de paternidade, proposta em março de 2017, por filho nascido em
dezembro de 2003, contra A, que consta do assento de nascimento como pai do autor, e contra B, a quem
se atribui a verdadeira paternidade. Realizado o exame de DNA, conclui-se que A, com quem o autor não

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estabeleceu vínculo socioafetivo, não é o pai biológico do autor da ação, mas sim B. O suposto pai (B)
morre no curso do processo, antes do julgamento. Deve, então, o juiz
a) converter o julgamento em diligência e, obtendo o depoimento pessoal do autor, avaliar se persiste seu
interesse na obtenção de julgamento harmonizado com a verdade real e biológica.
b) julgar extinto o processo com resolução do mérito, reconhecendo a prescrição.
c) julgar extinto o processo sem resolução do mérito em razão do falecimento do suposto pai e,
consequentemente, da perda do objeto da ação.
d) julgar procedente a ação, após a inclusão dos herdeiros do falecido no polo passivo do feito.

168. (VUNESP/Prefeitura de Andradina-SP - 2017) Em relação aos direitos fundamentais da criança e do


adolescente, conforme prescreve o Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a alternativa correta.
a) A falta ou a carência de recursos materiais constitui um motivo para a perda ou suspensão do poder
familiar.
b) A colocação em família substituta do menor de doze anos de idade será precedida de seu consentimento,
colhido em audiência.
c) No caso de maus-tratos envolvendo crianças e adolescentes, os dirigentes de estabelecimentos de ensino
comunicarão à autoridade judicial competente.
d) O adolescente portador de deficiência não poderá ser incluído no programa de formação técnico-
profissional.
e) É proibido qualquer trabalho aos menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz.

169. (VUNESP/MPE-SP - 2017) As diretrizes conceituais do III Congresso Mundial de Enfrentamento da


Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes estabelecem que a violência sexual contra crianças e
adolescentes é um macroconceito que envolve duas expressões:
a) abuso sexual praticado contra crianças, como todo ato, de qualquer natureza, atentatório ao direito
humano ao desenvolvimento sexual da criança; e exploração sexual, quando praticado por agente em
situação de poder e de desenvolvimento sexual desigual em relação ao adolescente vítima.
b) abuso sexual praticado por agente em situação de poder e de desenvolvimento sexual desigual em relação
ao adolescente vítima e exploração sexual praticada por diferentes agentes da sociedade, em relação à
criança vítima.
c) abuso sexual e exploração sexual, como todo ato, de qualquer natureza, atentatório ao direito humano ao
desenvolvimento sexual da criança e do adolescente, praticado por agente em situação de poder e de
desenvolvimento sexual desigual em relação à criança e adolescente vítimas.
d) abuso sexual praticado por adultos da família contra crianças, atentatório ao seu direito humano ao
desenvolvimento sexual, e exploração sexual, praticada pelas diferentes mídias, atentatório ao direito
humano ao desenvolvimento sexual do adolescente vítima.
e) abuso sexual praticado pela mídia contra crianças, atentatório ao seu direito humano ao desenvolvimento
sexual e exploração sexual, praticada por adultos contra jovens adolescentes, atentatório ao direito humano
ao desenvolvimento sexual do adolescente vítima.

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170. (VUNESP/TJM-SP - 2016) Nos termos preconizados pela Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, a
criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em
processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na
Constituição e nas leis. E, ainda, estabelece que o direito ao respeito consiste
a) em buscar refúgio, auxílio e orientação, bem como crença e culto religioso.
b) na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente.
c) na participação da vida política, na forma da lei, como também da vida familiar e comunitária, sem
discriminação.
d) em ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais.
e) em ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta.

171. (VUNESP/MPE-SP - 2016) O artigo 4º da Lei Federal nº 8.069/90, Estatuto da Criança e do


Adolescente – estabelece que é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder
público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária e, em seu parágrafo único, esclarece que a garantia de
prioridade compreende, além de outras, a
a) primazia na destinação de recursos voltados à proteção e ao socorro nas instituições públicas.
b) primazia na destinação de recursos para atendimento emergencial, exclusivamente no sistema público de
saúde.
c) primazia na formulação e na execução das políticas públicas voltadas ao esporte.
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à
juventude.
e) destinação privilegiada de recursos materiais e financeiros voltados ao atendimento em instituições
particulares especializadas.

FGV

172. (FGV/Pref Angra - 2019) A foto a seguir, mostra a passeata realizada em Salvador (BA) para celebrar
o 27º ano da publicação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A respeito da mensagem da faixa, “Caminhada do ECA. Criança e Adolescente não é Futuro e sim Presente”,
analise as afirmativas a seguir.
I. A mensagem enfatiza a necessidade de aplicar de imediato as diretrizes do Estatuto, que define o cuidado
com crianças e adolescentes como uma prioridade no presente.
II. A mensagem defende o cumprimento do Estatuto para efetivar os direitos de cidadania das crianças e
adolescentes, dando-lhes perspectivas de uma vida melhor no presente e no futuro.
III. A mensagem celebra a inovação trazida pelo Estatuto, de considerar crianças e adolescentes como adultos
em miniatura, por isso sujeitos jurídicos com os mesmos direitos e responsabilidades.

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Assinale a opção que indica as afirmativas que interpretam corretamente a mensagem.


a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.

173. (FGV/DPE-RJ - 2019) Solteira, desempregada e mãe de três meninos, Kelly desesperou-se com a
quarta gravidez e decidiu que abandonaria o bebê no hospital. Então uma amiga apresentou-lhe uma
conhecida, Vera, e Kelly concordou em entregar a criança para ela. Vera decorou o quarto e fez um enxoval
para o bebê, uma menina. Na maternidade, Kelly se arrependeu e decidiu ficar com a filha recém-nascida.
Inconformada, Vera procurou a Defensoria Pública.
Considerando o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente:
a) Kelly não será obrigada a entregar a filha para Vera, mas caberá ação contra a genitora de indenização à
pretendente por danos morais e materiais;
b) a situação deverá ser informada à Justiça da Infância e da Juventude, que imediatamente encaminhará o
bebê para adoção por adotantes habilitados;
c) o Conselho Tutelar providenciará o acolhimento institucional do bebê no aguardo do resultado da
audiência de conciliação entre Vera e Kelly;
d) a menina será mantida com a mãe e caberá o encaminhamento da hipótese à Justiça da Infância e da
Juventude, que determinará o acompanhamento familiar;
e) Kelly será destituída do poder familiar por abandono de incapaz e Vera terá preferência para consumar a
adoção combinada na gestação.

174. (FGV/DPE-RJ - 2019) A jovem Débora, de 20 anos, ficou grávida de um namorado que não quis
assumir o filho. Considerando-se muito jovem, a gestante decidiu entregar o filho para adoção.
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90), a jovem deverá ser obrigatoriamente
encaminhada sem constrangimento para:
a) o Conselho Tutelar;
b) o Ministério Público;
c) o CREAS;
d) o CRAS;
e) a Justiça da Infância.

175. (FGV/Pref Salvador - 2019) Michel, de 15 anos, foi baleado na perna quando “trabalhava” em uma
boca de fumo, o que o levou à internação hospitalar em estado grave. A mãe do rapaz se prontificou a
permanecer junto ao filho durante o período de hospitalização, mas o hospital se recusou, alegando que
se tratava de adolescente autor de ato infracional.

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Sobre a conduta do hospital, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), assinale a afirmativa
correta.
a) Correta, porque os hospitais só precisam garantir condições para permanência em tempo integral de um
dos pais ou responsável nos casos de internação de criança.
b) Correta, já que o adolescente cometeu ato infracional, devendo ser acompanhado, no período de
internação hospitalar, por agente de segurança, que zelará por sua permanência no local.
c) Incorreta, pois o estabelecimento de atendimento à saúde deve proporcionar condições para a
permanência em tempo integral de pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente.
d) Incorreta, pois os hospitais devem comunicar a internação hospitalar de crianças e adolescentes para o
Conselho Tutelar, pedindo a autorização para permanência de familiar no local.
e) Correta, já que o estado de saúde do adolescente era grave, e a permanência de acompanhante
representaria um estresse desnecessário à família.

176. (FGV/Pref Angra - 2019) Uma família recusou-se a vacinar seu filho recém-nascido e foi denunciada
ao Conselho Tutelar. Considerando a situação acima e o que dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente,
assinale a afirmativa correta.
a) O Estado não deve legislar sobre a obrigatoriedade de vacinas.
b) O Conselho Tutelar não deve interferir em casos dessa natureza.
c) O Conselho Tutelar deve aprovar (ou reprovar) as motivações alegadas pelas famílias.
d) O Estado deve garantir vacinas, mas sua aplicação é facultada à decisão familiar.
e) O Estado deve obrigar a vacinação nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias.

177. (FGV/DPE-RJ - 2019) Em uma instituição destinada à execução de medidas socioeducativas, a


assistente social Irene recebe um adolescente que relata estar sendo constantemente humilhado e
ameaçado por um dos agentes que trabalha na instituição.
Irene imediatamente entra em contato com o Conselho Tutelar, que pode aplicar a seguinte medida ao
agente, sem prejuízo de outras providências legais:
a) advertência;
b) multa;
c) demissão;
d) transferência;
e) suspensão.

178. (FGV/Pref Angra - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu Capítulo sobre o Direito à
Liberdade, ao Respeito e à Dignidade, afirma que o direito ao respeito consiste
a) na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente.
b) na proteção dos menores, por serem indefesos de fato e incapazes perante a lei.
c) no suporte moral e material aos jovens, para a consolidação de sua futura autonomia.
d) no suprimento das carências ou necessidades da criança e do adolescente.

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e) na preservação dos interesses da criança e do adolescente, segundo o discernimento da família e do


Estado.

179. (FGV/Pref Angra - 2019) O Art. 15 da Lei nº 8.069/90 define a criança e o adolescente como
a) objetos de tutela social e moral.
b) seres portadores de direitos parciais.
c) pessoas em processo de desenvolvimento.
d) menores de idade com amplo direito à assistência.
e) indivíduos em condição infanto-juvenil.

180. (FGV/DPE-RJ - 2019) Michelle, 20 anos, presa em flagrante com grande quantidade de drogas
escondida nas roupas de sua filha Ana Júlia, 3 anos, foi, posteriormente, condenada a 5 anos de reclusão.
Assim que a mãe foi presa, a criança foi encaminhada para uma entidade de acolhimento.
Considerando o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente, a reintegração familiar da menina poderá
ser feita na forma de:
a) adoção simples por pessoa com comprovados laços de consanguinidade e parentesco;
b) adoção plena pelos progenitores maternos ou por tutores indicados pela genitora;
c) guarda temporária por pretendentes habilitados do Cadastro Nacional de Adoção;
d) permanência no abrigo no aguardo do cumprimento integral da pena de reclusão pela mãe;
e) inserção em família extensa com quem ela tenha convivência e vínculos de afinidade e afetividade.

181. (FGV/DPE-RJ - 2019) Verificou-se que a menina Maria Luísa, de 4 anos, estava sendo submetida a
maus-tratos, o que ensejou seu acolhimento institucional.
Segundo o ECA (Lei nº 8.069/90), a permanência em programa de acolhimento, exceto se comprovada
necessidade fundamentada pela autoridade judiciária, NÃO se prolongará por mais de:
a) 6 meses;
b) 12 meses;
c) 18 meses;
d) 24 meses;
e) 30 meses.

182. (FGV/DPE-RJ - 2019) Adriana tem 15 anos e deu entrada em um serviço de acolhimento institucional
no final de sua gestação.
Após o nascimento, a criança:
a) por determinação judicial, será colocada em família substituta;
b) terá garantida a convivência integral com a mãe;
c) será entregue aos avós maternos, caso existam;
d) deverá ser entregue para a adoção;

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e) ficará sob os cuidados de uma entidade religiosa.

183. (FGV/DPE-RJ - 2019) Desde o início do século XX, as políticas produzidas para os ditos “menores”
priorizavam o afastamento de suas famílias de origem e a “internação”.
A partir da década de 1970, todavia, a internação maciça passou a não atender mais os anseios sociais, dado
o entendimento de que os “internatos” funcionariam como escolas de crime, e a família passou a ser
considerada o melhor espaço para o desenvolvimento físico e psicológico de uma criança.
A criação da Agência de Adoção, em 1979, inseria-se nessa conjuntura.
Com relação à adoção, atualmente, analise as afirmativas a seguir.
I. Trata-se de uma importante estratégia de oferecer oportunidades de desenvolvimento e um futuro melhor
às crianças pobres.
II. Decorre diretamente da desorganização familiar e de gravidezes indesejadas.
III. Consiste em uma medida excepcional e irrevogável, à qual se se deve recorrer apenas quando esgotados
todos os recursos para manter a criança (ou adolescente) na família natural ou extensa.
Está correto o que se afirma em:
a) somente I;
b) somente II;
c) somente III;
d) somente I e III;
e) I, II e III.

184. (FGV/DPE-RJ - 2019) Maurício e Rita residem no Uruguai, mas desejam adotar uma criança
brasileira, como eles. Entram com o pedido de adoção no Brasil. Depois de todos os trâmites legais, o casal
é chamado para iniciar o processo de estágio de convivência com uma criança.
Nesse sentido, o ECA determina que esse estágio:
a) realizar-se-á no país de residência dos postulantes à adoção, pelo prazo máximo de 90 (noventa) dias,
retornando ao Brasil para avaliação;
b) inicialmente se dará no Brasil por 30 (trinta) dias, sob a supervisão diária de uma instituição de
acolhimento;
c) ocorrerá no país de residência dos postulantes à adoção, desde que este seja signatário da Convenção de
Haia;
d) será cumprido no território nacional, preferencialmente na comarca de residência da criança ou
adolescente;
e) acontecerá na capital do estado de nascimento da criança, de modo que a Vara da Infância ou a Defensoria
Pública possam acompanhar o processo.

185. (FGV/MPE-RJ - 2019) Ezequiel e Maria, devidamente habilitados, propõem ação de adoção de Paulo
Henrique, de 8 anos. O casal é entrevistado pela equipe técnica da Vara da Infância e Juventude, no curso
do estágio de convivência iniciado com a criança, e ratifica o interesse na adoção, pois já consideram Paulo
Henrique como seu filho, nutrindo muito afeto pela criança. O estudo técnico conclui que a adoção

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apresenta reais vantagens para o adotando, sendo favorável ao deferimento do pedido. Antes da
realização da audiência de instrução e julgamento, Ezequiel sofre grave acidente de trânsito e vem a
falecer. Maria se mantém firme no propósito de adotar Paulo Henrique e deseja que a adoção seja julgada
procedente inclusive em relação a Ezequiel, para que o nome deste conste do novo registro de nascimento
que será efetuado para Paulo Henrique, após o trânsito em julgado da sentença de adoção.
Tendo em vista o disposto na Lei nº 8.069/90 (ECA) e as peculiaridades do caso ora apresentado:
a) a ação deve ser obrigatoriamente extinta em relação a Ezequiel, em virtude de seu falecimento,
prosseguindo em relação a Maria, que poderá adotar a criança;
b) a sentença de adoção tem natureza constitutiva, motivo pelo qual o pedido formulado por Ezequiel não
poderia prevalecer após o seu falecimento, em razão de impossibilidade jurídica;
c) a morte do adotante Ezequiel restabelece o poder familiar do pai biológico da criança, razão pela qual seu
nome não poderá constar do novo registro de nascimento da criança;
d) a adoção produz efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença, exceto na hipótese narrada, caso em
que retroage à data do óbito;
e) a manifestação de vontade de Ezequiel no estudo técnico realizado pela equipe da Vara da Infância não
é válida, pois a Lei nº 8.069/90 exige escritura pública para essa finalidade.

186. (FGV/Pref Angra - 2019) De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90),
relacione as situações listadas a seguir às suas respectivas atribuições legais.
1. Guarda
2. Tutela
3. Adoção
( ) É deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito) anos incompletos e pressupõe a prévia
perda ou suspensão do poder familiar.
( ) É uma medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos
de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa.
( ) Obriga a prestação de assistência material, moral e educacional ao menor, que assume a condição de
dependente, para todos os fins e efeitos de direito.
Assinale a opção que mostra a relação correta, segundo a ordem apresentada.
a) 1, 2 e 3.
b) 2, 1 e 3.
c) 3, 2 e 1.
d) 1, 3 e 2.
e) 2, 3 e 1.

187. (FGV/DPE-RJ - 2019) Maria Lúcia, mãe de Paulo, 9 anos, procurou o Conselho Tutelar após ter sido
chamada pela Escola Municipal ABC, onde o menino cursa o 4º ano do Ensino Fundamental. Paulo é
cadeirante e, segundo relato da mãe, a diretora solicitou sua transferência para outra unidade escolar,

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alegando que as necessidades do menino e a cadeira de rodas traziam transtornos para a turma de alunos
e para a equipe escolar.
Considerando o disposto no ECA e na lei que trata dos direitos da pessoa com deficiência, a diretora da escola
está:
a) correta, porque apenas a rede particular está obrigada a garantir atendimento aos portadores de
necessidades especiais físicas ou intelectuais;
b) correta, porque Paulo deverá preferencialmente ser inserido em unidade de ensino especial adequada às
suas reais necessidades como deficiente físico;
c) errada, porque Paulo tem direito à educação pública em sistema educacional inclusivo com condições de
acesso e permanência na escola;
d) errada, porque a própria escola deve prover tanto a escolaridade regular quanto a assistência na área de
reabilitação e saúde para alunos com deficiência;
e) correta, porque a atenção demandada por um aluno portador de necessidades especiais prejudica o
aproveitamento dos alunos com autonomia.

188. (FGV/Pref Salvador - 2019) Com relação ao Estatuto da Criança e do Adolescente, analise as
afirmativas a seguir.
I. A criança e o(a) adolescente têm direito à educação, centrando-se no pleno desenvolvimento para o
trabalho.
II. Os Municípios, com apoio dos Estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos e
espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude.
III. Os dirigentes de estabelecimentos de Ensino Fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar apenas os
casos de maus tratos envolvendo seus alunos.
Está correto o que se afirma em
a) I, somente.
b) II, somente.
c) I e II, somente.
d) II e III, somente.
e) I, II e III.

189. (FGV/Pref Angra - 2019) Temos nós, educadores, garantido em sala de aula os direitos de nossas
crianças e adolescentes?
Em reunião pedagógica, os profissionais de Educação Infantil discutem os direitos das crianças previstos pelo
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90) e listam um conjunto de procedimentos que
promovem, na escola, oportunidades para o exercício da cidadania desde a infância.
As opções a seguir exemplificam corretamente os procedimentos listados para uma vivência democrática, à
exceção de uma. Assinale-a.
a) Saber expressar a própria opinião sem ofender e agredir.
b) Saber escutar os outros, concordando ou divergindo.

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c) Resolver os conflitos, recorrendo à autoridade do professor.


d) Sensibilizar-se diante da injustiça ou da discriminação.
e) Colocar-se no lugar do outro e ser solidário.

190. (FGV/Pref Angra - 2019) Guilherme é aluno do Ensino Fundamental e, ao final do primeiro semestre,
contabiliza uma quantidade de faltas acima de cinquenta por cento do percentual permitido por lei. A
escola já comunicou o fato aos responsáveis, mas as ausências injustificadas não diminuíram.
Nesse caso, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, a escola deve
a) reprovar o aluno e pedir que seja retirado do estabelecimento escolar pelo Ministério Público.
b) estabelecer um plano de recuperação para que sejam repostas as atividades não realizadas.
c) suspender a matrícula do aluno na Secretaria de Educação e notificar a família da situação de abandono
escolar.
d) comunicar a situação ao Conselho Tutelar, uma vez esgotados os recursos escolares.
e) solicitar que a família transfira a criança para outra escola, dotada de um programa de aceleração de
estudos.

191. (FGV/Pref Angra - 2019) A respeito dos direitos que o Estado deve assegurar à criança e ao
adolescente, assinale (V) para a afirmativa verdadeira e (F) para a falsa.
( ) Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade
própria.
( ) Acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência, durante a educação básica.
( ) Atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade.
Assinale a opção que mostra a relação correta, segundo a ordem apresentada.
a) F – V – F.
b) F – V – V.
c) V – F – F.
d) V – V – V.
e) F – F – V.

192. (FGV/Pref Angra - 2019) Em todo o Brasil, a mão de obra de crianças e adolescentes ainda é
explorada de forma indiscriminada. Seja nos semáforos, nos lixões, em feiras, ou dentro de casa, os
direitos à infância e à educação são negados para quase três milhões de crianças e adolescentes no país,
de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
https://www.cartacapital.com.br/sociedade/o-triste-aumento-dotrabalho- infantil-no-brasil/

O texto denuncia a exploração indiscriminada da mão de obra infantil e adolescente. Segundo o Estatuto da
Criança e do Adolescente, o trabalho de menor de 14 anos
a) é proibido, salvo na condição de aprendiz com garantia de frequência na escola.
b) é facultado, desde que na área rural.

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c) é permitido, desde que os pais ou responsáveis notifiquem a escola.


d) é proibido, à exceção de atividade com direitos trabalhistas, fora do horário da escola.
e) é autorizado, salvo na condição de filho único e com acesso à escola.

193. (FGV/Pref Angra - 2019) Com relação ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), assinale (V)
para a afirmativa verdadeira e (F) para a falsa.
( ) O ECA garante que as crianças e adolescentes não sejam considerados meros objetos de intervenção da
família e do Estado e sejam tratados como sujeitos de direitos.
( ) O ECA, além dos direitos individuais que são garantidos a todos, considera que crianças e adolescentes
estão na condição de pessoas em desenvolvimento.
( ) O ECA incentiva o direito à profissionalização e estabelece a idade de 12 anos para o início de atividades
produtivas registradas na carteira de trabalho.
As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente,
a) F – V – F.
b) F – V – V.
c) V – F – F.
d) V – V – F.
e) F – F – V.

194. (FGV/Pref Angra - 2019) Com base no Art. 67 da Lei nº 8.069/90, as opções a seguir caracterizam
restrições legais ao exercício de atividade laboral por parte de adolescente empregado, à exceção de uma.
Assinale-a.
a) Ele está impedido de realizar trabalho noturno, entre as 22 horas de um dia e as 05 horas do dia seguinte.
b) Ele não deve ter remuneração, pois a atividade laboral deve visar à dimensão pedagógica e não ao aspecto
lucrativo.
c) Ele está proibido de exercer trabalho perigoso, insalubre ou penoso, com risco de prejuízo à sua saúde.
d) Ele está impedido de prestar trabalho em horários e locais que não lhe permitam frequentar a escola.
e) Ele não pode trabalhar em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico,
moral e social.

195. (FGV/TJ-RS - 2020) Nos juizados especiais, O processo orienta-se pelos critérios da oralidade,
simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade.
Ao tratar das intimações e das citações no âmbito dos Juizados Especiais Cíveis, a Lei n. 9.099 de 1995
estabelece que:
a) a citação não separar por edital;
b) a citação é feita exclusivamente por oficial de justiça;
c) O comparecimento espontâneo não suprirá a falta ou nulidade da citação;
d) dos atos praticados na audiência, considerar-se-ão cientes as partes presentes após intimação por oficial
de justiça;

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e) dos atos praticados na audiência, considerar-se-ão cientes as partes presentes após a publicação no Diário
Oficial.

196. (FGV/TJ-SC/2018) José, 20 anos, na companhia do irmão João, 16 anos, procura o Oficial da Infância
e Juventude buscando orientação de como proceder para que o adolescente não perca uma grande chance
de aprendizagem. Isso porque João precisa, com urgência, assinar um contrato de trabalho e abrir uma
conta bancária. Acontece que os pais dos irmãos estão viajando, com retorno previsto para dois dias após
a data limite para a assinatura do termo.
Segundo o princípio da proporcionalidade e atualidade previsto no ECA, João poderá assinar o contrato e
abrir a conta bancária:
a) sozinho, pois menor púbere;
b) com o direito de representação pelo irmão José;
c) com a suspensão do poder familiar;
d) com a ratificação posterior dos pais;
e) com a tutela pelo irmão José.

197. (FGV/TJ-SC - 2018) Oficial da Infância e Juventude recebe denúncia de que Márcio e Marcelo, com
15 e 16 anos, que vivem na zona rural, estão fora dos bancos escolares por opção dos pais, que preferem
não os matricular na rede regular de ensino, para que continuem a auxiliá-los em tempo integral com a
plantação de milho. O Oficial da Infância e Juventude presta toda a orientação e apoio ao casal, mas os
pais insistem que o melhor para os filhos é permanecer no trabalho rural, pois já terminaram o ensino
fundamental.
Diante da negativa dos pais, e com base nas atribuições do Oficial da Infância e Juventude previstas no ECA,
o procedimento a ser adotado é:
a) efetuar relatório à autoridade judicial;
b) comunicar o fato ao Ministério Público;
c) acionar o Conselho Tutelar;
d) registrar a ocorrência em sede policial;
e) lavrar auto de infração.

198. (FGV/TJ-SC - 2018) Maria, mãe de Joana, de 17 anos, desaparecida há 2 meses, procura o Juízo da
Infância e da Juventude a fim de tentar localizar a filha, na companhia de Júlia, 3 anos, sua neta, filha de
Joana. Ao ser atendida pelo Oficial da Infância e Juventude, descobre que a filha está internada pela prática
de ato infracional.
Na oportunidade, o Oficial da Infância e Juventude lhe informa a entidade de internação em que a filha está
e os direitos dos adolescentes privados de liberdade, destacando-se:
a) visita íntima entre Joana e Júlia;
b) atendimento em creche e pré-escola para Júlia;
c) visitas de Maria, mas não de Júlia;

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d) telefonemas diários para Júlia;


e) visitas externas para ver Júlia.

199. (FGV/TJ-SC - 2018) Marcelo e Márcio vivem em união estável e decidem adotar uma criança. Para
tanto, encaminham-se até o Juízo da Infância e da Juventude, recebendo do Oficial da Infância e Juventude
a seguinte orientação sobre a habilitação de pretendentes à adoção prevista no ECA:
a) somente serão habilitados para adoção de criança ou adolescente com deficiência ou doença crônica;
b) um se habilita e, após a adoção, o outro ingressa com pedido de adoção unilateral;
c) é vedada a adoção conjunta por pessoas que vivem em união homoafetiva;
d) não poderão se habilitar, pois apenas os casados podem adotar conjuntamente;
e) terão prioridade no cadastro, caso desejem adotar criança ou adolescente com deficiência ou doença
crônica.

200. (FGV/TJ-SC - 2018) O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece ser assegurada, com absoluta
prioridade, a efetivação dos direitos da criança e do adolescente. Assim, Oficial da Infância e Juventude
orientou os profissionais da saúde de um hospital particular sobre o dever que possuem de respeitar tal
princípio, quando do atendimento de crianças e adolescentes na emergência.
A orientação do Oficial da Infância e Juventude, nessa hipótese, está:
a) correta, porque a prioridade compreende a primazia de receber proteção e socorro;
b) incorreta, pois a prioridade compreende a primazia de receber proteção e socorro apenas na rede pública;
c) incorreta, já que a prioridade abrange a precedência de atendimento nos serviços de relevância pública;
d) incorreta, pois inexiste prioridade, quando não há destinação privilegiada de recursos públicos;
e) correta, uma vez que a garantia da prioridade abrange a necessidade de uma intervenção mínima.

201. (FGV/TJ-SC - 2018) Vinte adolescentes entre 15 e 17 anos, todos desacompanhados, montam
acampamento, na rua, em frente à porta de entrada do show de uma famosa banda internacional de pop
rock, que ocorrerá daqui a cinco dias. Oficial da Infância e Juventude dirige-se até lá para conversar com o
grupo, a fim de que evitem pernoitar no local, por ser muito perigoso.
Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente, conclui-se que os adolescentes:
a) poderão pernoitar no local, considerando o direito à liberdade;
b) não poderão pernoitar no local, uma vez que violariam o direito à própria dignidade;
c) poderão pernoitar no local, pela abrangência do direito ao respeito;
d) não poderão pernoitar no local, pois o direito à liberdade não abrange a permanência;
e) poderão pernoitar no local, em razão do direito à cultura.

202. (FGV/TJ-SC - 2018) Maria, criança com 7 anos, testemunhou o seu padrasto praticar violência física
contra a sua irmã Joana, de 12 anos, o que causou na adolescente intenso sofrimento. Cientificado dos
fatos, o Promotor de Justiça ingressou com ação penal em face do abusador, pugnando pela oitiva das
irmãs em Juízo.

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SEDUC-AL - 2021 Pré-Edital 363


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Considerando o sistema de garantia de direitos introduzido pela Lei nº 13.431/2017, a oitiva das meninas
será realizada da seguinte forma:
a) escuta especializada de Joana, vítima, e depoimento comum de Maria, testemunha;
b) depoimentos especiais de Maria e Joana, testemunha e vítima, respectivamente;
c) escutas especializadas de Maria e Joana, testemunha e vítima, respectivamente;
d) depoimento especial de Joana, vítima, e depoimento comum de Maria, testemunha;
e) depoimentos comuns de Joana, vítima, e Maria, testemunha, por não se tratar de violência sexual.

203. (FGV/TJ-SC - 2018) Em visita hospitalar à maternidade pública, Oficial da Infância e Juventude é
abordado por gestante, reclamando do atendimento que lhe vem sendo prestado pelo hospital, já que não
está lhe sendo garantida a presença de um acompanhante. Reclama também porque lhe afirmaram que
não poderá aguardar o parto natural, sendo a cesariana o procedimento rotineiro.
De acordo com os ditames da Lei nº 13.257/2016, que estabeleceu políticas públicas para a primeira infância,
o procedimento hospitalar está:
a) correto, pois a garantia de acompanhante da gestante é apenas da parturiente, e não existe direito ao
parto natural;
b) incorreto, quanto ao direito à acompanhante da gestante e correto quanto à ausência de direito ao parto
natural;
c) incorreto, quanto aos direitos à acompanhante da gestante e à realização do parto natural;
d) correto, quanto ao direito à acompanhante da gestante e incorreto quanto ao direito ao parto natural;
e) correto, pois a presença do acompanhante da gestante e a realização do parto natural são decisões
técnicas do médico.

204. (FGV/TJ-SC - 2018) Oficial da Infância e Juventude, ao sair para diligência de fiscalização no final de
semana, passa em frente a uma entidade de acolhimento institucional, quando observa dois policiais
efetuando a entrega de uma criança de 4 anos de idade. A mãe agrediu a criança em um parque, e está
sendo conduzida até a delegacia de polícia.
Considerando os princípios que regem a aplicação das medidas de proteção, a atuação dos policiais está:
a) correta, diante da proporcionalidade e atualidade da medida;
b) incorreta, desrespeitada a obrigatoriedade da informação;
c) correta, observada a proteção integral e prioritária;
d) incorreta, violada a prevalência da família;
e) correta, respeitado o interesse superior da criança.

205. (FGV/Prefeitura de Paulínia-SP - 2016) Joana, mãe de Júlio, criança com deficiência, procura a
Secretaria Municipal de Educação para obtenção de vaga para seu filho no 1º ano do Ensino Fundamental
da rede pública municipal. Ao indagar sobre a existência de vagas na rede regular de ensino, recebe
imediatamente a resposta de que deverá matricular seu filho na única escola especial da cidade, que fica
muito distante de sua residência.

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Considerando o desejo de Joana, a conduta adotada pelo município


a) não está correta, pois Júlio possui preferencialmente o direito de receber atendimento especializado na
rede regular de ensino, ainda que a escola seja distante de sua residência.
b) está correta, pois Júlio deverá se matricular na escola pública especial indicada, desde que o município lhe
forneça o transporte.
c) não está correta, pois Júlio deverá ser matriculado em uma escola especial próxima de sua residência.
d) está correta, pois Júlio deverá se matricular na escola pública especial indicada, ainda que o município não
lhe forneça o transporte.
e) não está correta, pois Júlio possui preferencialmente o direito de receber atendimento especializado na
rede regular de ensino próxima de sua residência.

CONSULPLAN

206. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2018) Quanto à família substituta, analise as afirmativas a seguir.


I. A colocação da criança ou adolescente em família substituta se fará mediante a guarda, tutela ou adoção
e independentemente da sua situação jurídica.
II. Os grupos de irmãos deverão ser colocados sob adoção, tutela ou guarda da mesma família substituta,
ressalvada a comprovada existência de risco de abuso ou outra situação que justifique plenamente a
excepcionalidade de solução diversa.
III. A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional, somente admissível nas
modalidades de tutela e adoção.
IV. Tratando-se de menor de 12 (doze) anos de idade, não será necessário seu consentimento expresso.
Estão corretas as afirmativas
A) I, II, III e IV.
B) II e III, apenas.
C) I, II e IV, apenas.
D) II, III e IV, apenas.

207. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2018) Considerando o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente


(ECA) sobre a proteção integral à criança e ao adolescente, analise as afirmativas a seguir.
I. Criança, para os efeitos do ECA, é a pessoa que possuiu até 12 (doze) anos de idade completos. Em
situações excepcionais, expressas em lei, o Estatuto poderá ser aplicado às pessoas entre 18 (dezoito) anos
e 21 (vinte e um) anos de idade.
II. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em
família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu
desenvolvimento integral. A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento
institucional não se prolongará por mais de 24 (vinte e quatro meses), salvo comprovada a necessidade que
atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária.

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III. A convivência integral da criança com a mãe adolescente que estiver em acolhimento institucional será
devidamente garantida.
IV. Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado de liberdade, por
meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento institucional, pela
entidade responsável, independentemente de autorização judicial.
Estão corretas as afirmativas
a) I, II, III e IV.
b) III e IV, apenas.
c) I, III e IV, apenas.
d) II, III e IV, apenas

208. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2018) Quanto à adoção, analise as afirmativas a seguir.


I. Em caso de conflito entre direitos e interesses do adotando e de outras pessoas, inclusive seus pais
biológicos, devem prevalecer os direitos e os interesses do adotando.
II. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios,
desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais. É recíproco o
direito sucessório entre o adotado, seus descendentes, o adotante, seus ascendentes, descendentes e
colaterais até o 4º grau, observada a ordem de vocação hereditária.
III. O prazo máximo para conclusão da ação de adoção será de 120 (cento e vinte) dias, prorrogável uma
única vez por igual período, mediante decisão fundamentada da autoridade judiciária.
IV. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o país de acolhida e a adoção não tenha sido deferida no
país de origem porque a sua legislação a delega ao país de acolhida ou, ainda, na hipótese de, mesmo com
decisão, a criança ou o adolescente ser oriundo de país que não tenha aderido à Convenção referida, o
processo de adoção seguirá as regras da adoção nacional.
Estão corretas as afirmativas
a) I, II, III e IV.
b) III e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.

209. (CONSULPLAN/Prefeitura de Cascavel-PR - 2016) O trabalho infantil é proibido no Brasil, exceto na


condição de aprendiz. A condição de aprendiz vale para adolescentes a partir de:
a) 12 anos.
b) 13 anos.
c) 14 anos.
d) 15 anos.
e) 16 anos.

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Outras Bancas

210. (IBFC/Pref Cruzeiro do Sul - 2019) Regina é mãe de Larissa, de 8 (oito) anos de idade e de Matheus,
que completou 12 (doze) anos de idade. Ela cuida dos dois filhos sozinha. Regina não vê a hora do filho
Matheus se tornar um adolescente. Sobre este caso e considerações trazidas pelo ECA, assinale a
alternativa correta.
a) Segundo o ECA, Matheus já é um adolescente.
b) Tanto Larissa, quanto Matheus são crianças.
c) Matheus será um adolescente quando completar 13 (treze) anos de idade.
d) Tanto Larissa, quanto Matheus são adolescentes.

211. (IBFC/Pref Cuiabá - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n° 8069/90) traz normas que
têm como objetivo a proteção integral da criança e do adolescente. Sobre as disposições desse diploma
jurídico, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.
I. Considera-se criança a pessoa de doze anos de idade completos, e adolescente aquela entre treze e
dezessete anos de idade.
II. É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta
prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao
lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária.
III. A garantia de prioridade compreende a preferência na formulação e na execução das políticas sociais
públicas.
a) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
b) Apenas as afirmativas I e II estão corretas
c) As afirmativas I, II e III estão corretas
d) Apenas a afirmativa I está correta

212. (IBFC/Pref Cuiabá - 2019) O contexto histórico tem apresentado a necessidade de proteger crianças
e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, tornando-se de extrema importância atentar-se às
condições de desenvolvimento infantil. Visto que, algumas legislações já citavam a importância familiar
no processo de desenvolvimento da infância. Considere o século que tal reconhecimento recebeu maior
ênfase e analise as afirmativas abaixo.
I. No final do século XX, por meio de uma nova constituição e a criação do Estatuto da Criança e do
Adolescente.
II. No final do século XIX, por meio do Estatuto da Criança e do Adolescente.
III. No início do século XX, por meio de uma nova constituição e a criação do Estatuto da Criança e do
Adolescente.
Assinale a alternativa correta.

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a) Apenas a afirmativa I está correta


b) Apenas a afirmativa II está correta
c) Apenas a afirmativa III está correta
d) As afirmativas I, II e III estão corretas

213. (IBFC/Pref Cuiabá - 2019) Sobre o objetivo do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), assinale a
alternativa correta.
a) De somente proteger a criança e ao adolescente do trabalho.
b) De se efetivar apenas a garantia de direitos de crianças.
c) De definir apenas a forma de atuação das entidades governamentais e não governamentais na prevenção
e nos casos de violação desse direito.
d) De se efetivar a garantia de direitos de crianças e adolescentes. Contém em seus artigos a proibição do
trabalho infantil, a proteção ao trabalhador adolescente e define a forma de atuação das entidades
governamentais e não governamentais na prevenção e nos casos de violação desse direito.

214. (IBFC/Pref Cuiabá - 2019) Sobre a força significativa do ECA, assinale a alternativa correta.
a) Representa força da Lei, que nem sempre institui mecanismos de ordenamento jurídico.
b) Representa um conjunto de Normas que não têm peso relevante para ordenamento jurídico.
c) Representa um marco Legal e não Regulatório dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes.
d) Representa a força da Lei, que institui mecanismos de exigibilidade.

215. (QUADRIX/CRESS SC - 2019) Julgue o item, relativo ao Estatuto da Criança e do Adolescente.


Os estabelecimentos de atendimento à saúde, excluindo as unidades de terapia intensiva, deverão
proporcionar condições para a permanência, em tempo integral, de um dos pais ou responsáveis, nos casos
de internação de criança ou adolescente.

216. (IBFC/Pref Vinhedo - 2019) Ao que se refere a Lei nº 8.069/90 do “Estatuto da Criança e do
Adolescente”, em seu Título II, Capítulo I (Do Direito à Vida e à Saúde) em seu artigo 13º em que se lê: “Os
casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente
comunicados ao ____________ da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais”.
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna.
a) Juizado de menores
b) Conselho Tutelar
c) Departamento de Polícia
d) Centro de Atenção Psico Social

217. (IBFC/Pref Conde - 2019) Sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990), analise
as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.
I. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos
contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva
localidade, sem prejuízo de outras providências legais.

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II. As disposições do Estatuto da Criança e do Adolescente não abrangem as gestantes.


III. A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas
sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas
de existência.
a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas
b) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
c) As afirmativas I, II e III estão corretas
d) Apenas as afirmativas I e III estão corretas

218. (IBFC/Pref Vinhedo - 2019) Em uma discussão dentro da sala de aula, professora e aluno divergem
de opinião. Ela argumentativamente se sobressai à fala do aluno e mal o deixa expor verbalmente o que
ele pensou e sentiu a respeito do assunto do qual divergiram. De acordo com o Estatuto da Criança e do
Adolescente, o direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da
criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos
valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais. Pode-se afirmar que a professora privou o aluno
de parte deste direito. Contudo, há pais, responsáveis e profissionais que ainda recorrem aos castigos
físicos para disciplinar as crianças e os adolescentes. No Estatuto, o castigo físico “é entendido como a
ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a criança ou o adolescente
que resulte em”:
I. Sofrimento físico ou lesão.
II. Tratamento cruel ou degradante que ridicularize e/ou humilhe.
III. Conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança e/ou ao adolescente que ameace
gravemente.
Assinale a alternativa correta
a) I, apenas
b) II, apenas
c) III, apenas
d) I, II, III

219. (IBFC/Pref C Sto Agostinho - 2019) Sobre os aspectos que envolvem o direito à liberdade, segundo
o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), assinale a alternativa incorreta.
a) buscar refúgio, auxílio e orientação
b) brincar, praticar esportes e divertir-se
c) participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação
d) ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, sem ressalvas de restrições legais

220. (IBFC/Pref Cruzeiro do Sul - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90)
disciplina sobre os direitos de crianças e adolescentes no Brasil. De acordo com essa legislação, artigo 15

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a criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e a dignidade. Considere o disposto no artigo
16 e assinale a alternativa incorreta.
a) O direito a liberdade corresponde à inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do
adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e
crenças, dos espaços e objetos pessoais
b) O direito à liberdade compreende buscar refúgio, auxílio e orientação
c) O direito à liberdade corresponde também à opinião e expressão
d) O direito à liberdade corresponde a ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários,
ressalvadas as restrições legais

221. (IBFC/Pref Cruzeiro do Sul - 2019) De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em
seu art. 17 o direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança
e do adolescente, abrangendo a preservação da(o) , da(o) , da autonomia, dos valores, ideias
e crenças, dos espaços e objetos pessoais. A esse respeito, assinale a alternativa que preencha correta e
respectivamente as lacunas.
a) imagem / identidade
b) idade / família
c) cultura / corpo
d) gosto / vontade

222. (IBFC/Pref Cruzeiro do Sul - 2019) Segundo o Art. 18-A do ECA, “a criança e o adolescente têm o
direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como
formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da
família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou
por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los”. Nesse contexto,
analise as afirmativas abaixo.
I. Castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a criança ou
o adolescente que resulte em lesão.
II. Tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao
adolescente que humilhe.
III. Sofrimento físico: toda e qualquer ação que resulte em ameaça.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas a afirmativa I está correta
b) Apenas a afirmativa II está correta
c) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
d) Apenas as afirmativas I e II estão corretas

223. (QUADRIX/CRESS SC - 2019) Julgue o item, relativo ao Estatuto da Criança e do Adolescente.

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Nas situações em que a mãe ou o pai estiver em privação de liberdade, será garantida a convivência da
criança e do adolescente com o(a) genitor(a) por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou,
no caso de acolhimento institucional, pela entidade responsável, independentemente de autorização
judicial.

224. (QUADRIX/CRESS SC - 2019) Julgue o item, relativo ao Estatuto da Criança e do Adolescente.


Um dos critérios para a realização da adoção é que o adotante seja, pelo menos, dezesseis anos mais velho
que o adotando.

225. (IBFC/Pref C Sto Agostinho - 2019) Encontramos referências legais para a adoção de crianças e
adolescentes no Brasil junto ao Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº. 8069/1990). Na referida
legislação há indicações de aspectos que devem ser observados no que diz respeito a adoção internacional.
Considere o disposto no ECA sobre a adoção internacional, analise as afirmativas abaixo e dê valores de
Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) É permitido o repasse de recursos provenientes de organismos estrangeiros encarregados de intermediar
pedidos de adoção internacional a organismos nacionais ou a pessoas físicas.
( ) Considera-se adoção internacional aquela na qual o pretendente possui residência habitual em país parte
da Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993, relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria
de Adoção Internacional, promulgada pelo Decreto no 3.087/ 1999, e deseja adotar criança em outro país-
parte da Convenção.
( ) Os brasileiros residentes no exterior terão preferência aos estrangeiros, nos casos de adoção internacional
de criança ou adolescente brasileiro.
( ) A adoção internacional pressupõe a intervenção das Autoridades Centrais Estaduais e Federal em matéria
de adoção internacional.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
a) F, V, V, V
b) V, V, V, F
c) V, F, F, F
d) V, V, F, F

226. (IBFC/Pref Cruzeiro do Sul - 2019) A adoção constitui uma das muitas medidas que são apresentadas
pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), sendo abordada a partir do artigo 39. Considere o
disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente sobre a adoção e analise as afirmativas abaixo.
I. A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos
de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa.
II. É permitida a adoção por procuração.
III. A adoção não atribui a condição de filho ao adotado, não possuindo assim os mesmos direitos e deveres,
inclusive sucessórios de outros filhos, uma vez que são mantidos os vínculos com a família de origem ou
biológica.
IV. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda
ou tutela dos adotantes.

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Assinale a alternativa correta.


a) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas
b) Apenas as afirmativas I e III estão corretas
c) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
d) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas

227. (IBFC/Pref Vinhedo - 2019) Está descrito no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que é dever
da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, a efetuação dos direitos
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,
ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária de todas as crianças e adolescentes. Dentro
do ECA existem normas referentes às crianças e adolescentes com deficiência.
A esse respeito, assinale a alternativa incorreta:
a) É dever do Estado garantir um sistema educacional inclusivo em todos os níveis, sem discriminação e com
base na igualdade de oportunidades ao longo de toda a vida e inclusão no sistema educacional geral.
b) É imprescindível garantir o ensino fundamental gratuito e compulsório para todas as crianças e
adolescentes com qualquer tipo de deficiência, assegurando as adaptações de acordo com as necessidades
individuais, visando facilitar sua educação.
c) É necessário o apoio técnico e financeiro pelo poder público às instituições privadas sem fins lucrativos,
especializadas e, com atuação exclusiva, em educação especial.
d) É eletivo a adoção de medidas de apoio individualizadas e efetivas, em ambientes que maximizem o
desenvolvimento acadêmico e social, de acordo com a meta de inclusão plena.

228. (IBFC/Pref Vinhedo - 2019) De acordo com a Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990, assinale a
alternativa incorreta.
a) Compete ao Poder Público recensear os educandos, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou
responsável, pela frequência à escola
b) O acesso ao ensino obrigatório e gratuito, é direito público subjetivo
c) É direito dos pais ou responsáveis, matricular ou não seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino
d) É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição
das propostas educacionais

229. (IBFC/Pref Vinhedo - 2019) De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), assinale a
alternativa correta.
a) O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular, importa
responsabilidade de autoridade competente.
b) Os pais ou responsáveis têm obrigação de matricular seus filhos ou pupilos nas redes particulares.
c) Os professores de ensino fundamental, comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de maus-tratos
envolvendo seus alunos.
d) É dever dos municípios assegurar à criança e ao adolescente progressiva extensão da obrigatoriedade e
gratuidade ao ensino médio.

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230. (IBFC/Pref Vinhedo - 2019) A Lei nº 8.069, de 13 de Julho de 1990, dispõe sobre o Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA) e dá outras providências. Assinale a alternativa incorreta quanto aos
deveres do Estado em relação à Educação.
a) Garantir o ensino fundamental à criança e ao adolescente, sendo que a sua gratuidade se restringe apenas
àqueles que estudarem na idade própria
b) Possibilitar o atendimento educacional especializado aos deficientes, preferencialmente na rede regular
de ensino
c) Permitir o acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a
capacidade de cada um
d) Atendimento ao ensino fundamental, por meio de programas suplementares para que haja material
didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde

231. (IBFC/Pref Vinhedo - 2019) A Lei n° 8.069/1990, estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA), entre outras disposições, traz os direitos sociais e a proteção integral desse público.
No que se refere ao que o documento estabelece sobre o direito à educação de alunos e alunas com
deficiência, assinale a alternativa correta:
a) Segundo o documento, crianças e adolescentes abrigadas devem ter garantida a escola no abrigo onde
moram, não sendo obrigatória a frequência na escola regular
b) A Lei nº 8.069 não estabelece diretrizes referentes à educação de alunos e alunas com deficiência, o
documento apenas dispõe as ações do Conselho Tutelar, em caso de maus tratos
c) O ECA defende que as crianças com deficiência devem estar matriculadas em escolas especiais, espaços
que garantem a aprendizagem desse público-alvo
d) O ECA estabelece que o Estado deve assegurar atendimento educacional especializado aos alunos e alunas
com deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino

232. (IBFC/Pref C Sto Agostinho - 2019) Lúcia é uma mãe muito dedicada e prefere ensinar sua filha Júlia
de 7 (sete) anos em casa. Lúcia alega que sua filha não aprende na escola. Neste ano Júlia não está
matriculada em nenhuma instituição e está com aquisições de aprendizagem que já ultrapassam a fase
que vivenciaria em uma instituição formal. Sobre este contexto, analise as afirmativas abaixo e dê valores
Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.
( ) Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de
reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares.
( ) No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto
social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade de aprenderem saberes diversos em
uma instituição formal ou somente no seio familiar.
Assinale a alternativa que apresente a sequência correta de cima para baixo.
a) V, V, F
b) F, V, V
c) V, F, F

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d) F, F, V

233. (IBFC/Pref C Sto Agostinho - 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seus artigos
53 e 54, estabelecem o direito ao acesso à educação e as responsabilidades do Estado sobre esse direito.
Em relação ao dever do Estado, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.
I. Oferecer atendimento educacional especializado as pessoas com deficiência, preferencialmente na rede
de ensino regular.
II. Oferecer o acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, respeitando a
capacidade de cada um.
III. Garantir a oferta gratuita do ensino regular apenas nos horários matutino e vespertino.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas a afirmativa II está correta
b) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
c) Apenas as afirmativas I e II estão corretas
d) Apenas a afirmativa I está correta

234. (IBFC/Pref Cruzeiro do Sul - 2019) Lucas tem 10 (dez) anos, e é o filho caçula de Dona Matilde e
Senhor João. Eles moram em um terreno arrendado na área rural, mas não tão distante do centro da
cidade. Ele ajuda, em todas as manhãs, seus pais no plantio de hortaliças e, posteriormente, na parte da
tarde, acompanha seus pais à comercialização dessas hortaliças. Lucas se considera um adulto e fica
orgulhoso de ajudar os pais no sustento da casa. Com base neste caso e o estabelecido no Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA, Lei nº 8.069/1990), assinale a alternativa correta.
a) Lucas já é considerado um adolescente e pode trabalhar como aprendiz junto com seus pais
b) Lucas é uma criança, mas acompanhado dos pais ele pode exercer qualquer atividade profissional
c) Segundo o ECA, Lucas é uma criança e deveria estar na escola
d) O ECA não proíbe que Lucas trabalhe, mas também deveria estar estudando

235. (IBFC/Pref Cruzeiro do Sul - 2019) Cristiano, de 11 (onze anos e meio) é um menino muito
empenhado em aprender. Seus pais o incentivam desde os seus 3 (três) anos de idade a estudar e a
valorizar o que a escola lhe proporciona. Neste ano, Cristiano abandonou a escola e pediu para que seus
pais o ensinassem em casa. Sobre esse contexto e o que prevê o ECA, analise as afirmativas abaixo e dê
valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.
( ) No que se refere ao papel da escola, os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental
comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar,
esgotados os recursos escolares.
( ) Os pais efetuaram a matrícula do filho no início do ano, mas se Cristiano não quer frequentar a escola, os
pais podem acatar a vontade do filho e deixá-lo em casa para estudar.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.

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a) V, V, V
b) V, V, F
c) F, F, V
d) F, V, V

236. (IBFC/Pref Cruzeiro do Sul - 2019) O ECA traz considerações importantes acerca do dever do Estado
para com a criança e o adolescente. A esse respeito, assinale a alternativa incorreta.
a) Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular
de ensino
b) Progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio
c) Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador
d) Atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade

237. (IBFC/Pref Cruzeiro do Sul - 2019) César é um pai muito empenhado na educação dos filhos. Sua
esposa, Cristina ensina Língua Portuguesa e Matemática todas as manhãs ao filho do meio, Pedro, de 8
(oito) anos de idade. César ensina, em todas as tardes, assuntos de cultura geral, à criança. Ambos
decidiram que devem ensinar Pedro e, posteriormente o filho caçula, dentro de casa. Sobre este caso,
analise as afirmativas.
I. Segundo o ECA, os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular
de ensino.
II. O ECA não obriga pais ou responsável a matricularem seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino,
mas ao Poder Público é exigido que sejam disponibilizadas escolas e vagas a todas as crianças em idade
escolar.
III. O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo, portanto os pais não podem privar
seus filhos deste direito inegociável.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas a afirmativa I está correta
b) Apenas a afirmativa II está correta
c) Apenas a afirmativa III está correta
d) Apenas as afirmativas I e III estão corretas

238. (IBFC/Pref Vinhedo - 2019) Recentemente, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº
8.069/1990, completou 28 (vinte e oito) anos de publicação. Ao longo desses anos é possível perceber que
este documento legislador contribuiu para proteger, dentre outros, a integridade física e emocional de
crianças e adolescentes por todo Brasil. No âmbito do trabalho infantil coerentemente, o ECA prevê:
I. Ao adolescente até doze anos de idade é assegurada bolsa de aprendizagem.
II. Crianças e adolescentes podem prestar serviços comunitários (realização de tarefas gratuitas de interesse
geral), por período não excedente a 12 (doze) meses, junto a entidades assistenciais, hospitais, escolas e
outros estabelecimentos congêneres, bem como em programas comunitários ou governamentais.

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III. Ao adolescente aprendiz (maior de quatorze anos), são assegurados os direitos trabalhistas e
previdenciários.
IV. O ECA proíbe qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz.
V. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido
em entidade governamental ou não-governamental, é vedado, dentre outros, o trabalho noturno, realizado
entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte.
Está correto o que se apresenta em:
a) III, IV e V apenas
b) I, II e IV apenas
c) II, III e V apenas
d) I, III e IV apenas

239. (IBFC/Pref Cruzeiro do Sul - 2019) O trabalho é abordado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente
nos artigos 60 a 69. Considere o disposto em tal legislação, analise as afirmativas abaixo e assinale a
alternativa correta.
I. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são assegurados os direitos trabalhistas e
previdenciários.
II. Ao adolescente portador de deficiência é opcional que o trabalho seja protegido.
III. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são assegurados os direitos trabalhistas e
previdenciários.
a) Apenas a afirmativa II está correta
b) Apenas a afirmativa III está correta
c) Apenas as afirmativas I e III estão corretas
d) Apenas as afirmativas I e II estão corretas

240. (QUADRIX/CRESS-SC - 2019) Julgue o item:

Os estabelecimentos de atendimento à saúde, excluindo as unidades de terapia intensiva, deverão


proporcionar condições para a permanência, em tempo integral, de um dos pais ou responsáveis, nos casos
de internação de criança ou adolescente.

241. (QUADRIX/CRESS-SC - 2019) Julgue o item:


Nas situações em que a mãe ou o pai estiver em privação de liberdade, será garantida a convivência da
criança e do adolescente com o(a) genitor(a) por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou,
no caso de acolhimento institucional, pela entidade responsável, independentemente de autorização
judicial.

242. (QUADRIX/CRESS-SC - 2019) Julgue o item:


Um dos critérios para a realização da adoção é que o adotante seja, pelo menos, dezesseis anos mais velho
que o adotando.

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243. (CEFETBAHIA/MPE-BA - 2018) Considerando as disposições contidas no Estatuto da Criança e do


Adolescente (ECA), lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, é incorreto afirmar que
a) o poder público estimulará, por meio de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, o acolhimento,
sob a forma de adoção, de criança ou adolescente afastado do convívio familiar.
b) a guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou ao adolescente,
conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais.
c) a guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos
procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por estrangeiros.
d) poderão ser utilizados recursos federais, estaduais, distritais e municipais para a manutenção dos serviços
de acolhimento em família acolhedora, facultando-se o repasse de recursos para a própria família
acolhedora.
e) excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção, para atender a situações
peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou responsável, podendo ser deferido o direito de
representação para a prática de atos determinados.

244. (FUNDEP/Bombeiros-MG - 2018) Segundo o que dispõe o seu Estatuto, a criança e o adolescente
têm direito de serem educados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante como
formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto por parte dos pais, integrantes da
família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes executores de medidas socioeducativas ou por
qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.
Considerando os termos do citado Estatuto, é correto afirmar que
a) para a caracterização de castigo físico, não é necessário o uso de força física.
b) o tratamento cruel ou degradante se manifesta mediante ridicularização e humilhação, não se
caracterizando pelo uso de ameaça, ainda que grave.
c) o castigo físico aplicado à criança e ao adolescente não acarreta sanção quando se tratar de
comportamento manifestamente incorporado na cultura local, sendo, assim, socialmente aceito como
método de disciplina.
d) sem prejuízo de outras sanções cabíveis, as pessoas que praticarem castigo físico ou tratamento cruel ou
degradante contra criança e adolescente estão submetidas, entre outras medidas, ao encaminhamento a
tratamento psicológico ou psiquiátrico.
245. (FUNDEP/MPMG - 2018) Assinale a alternativa CORRETA:
a) Uma das diretrizes da política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente é a federalização
do atendimento.
b) O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de
zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, sendo composto por 5 (cinco) membros,
escolhidos pela população local para mandato de 3 (três) anos, permitida uma recondução.
d) Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de
cuidados intermediários, deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral de todos
os titulares do poder familiar, de forma conjunta, nos casos de internação de criança ou adolescente.

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d) Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional
terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 3 (três) meses.

246. (UEM - 2017) De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a alternativa correta
em relação à adoção.
a) O adotando deve contar com, no máximo, dezesseis anos à data do pedido, mesmo se já estiver sob a
guarda ou a tutela dos adotantes.
b) A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios,
desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.
c) A idade mínima para adotar é de 21 (vinte e um) anos, independentemente do estado civil.
d) Para adoção conjunta, não é necessário que os adotantes sejam casados civilmente ou que mantenham
união estável.
e) O adotante há de ser, pelo menos, cinco anos mais velho do que o adotando.

247. (FMP Concursos/MPE-RO - 2017) Considerando o direito fundamental da criança e do adolescente


à convivência familiar, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, é CORRETO afirmar:
a) Para a concessão da guarda, tutela e adoção de criança e adolescente, é imprescindível a prévia suspensão
ou destituição do poder familiar de ambos os pais.
b) E garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou pai privado de liberdade, por meio
de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento institucional, pela
entidade responsável, independentemente de autorização judicial.
c) Por expressa determinação do Estatuto da Criança e do Adolescente, buscando preservar a integridade
emocional, as crianças com idade inferior a sete anos não podem visitar os pais privados de liberdade.
d) A falta ou a carência de recursos materiais dos pais, por si só, autoriza o Ministério Público a ajuizar ação
de suspensão ou destituição do poder familiar.
e) Todas as alternativas anteriores estão incorretas.

248. (FMP Concursos/MPE-RO - 2017) Segundo a Lei n° 8.069/1990 e posteriores alterações, é CORRETO
afirmar:
a) Salvo expressa e fundamentada determinação em contrário da autoridade judiciária competente ou,
quando a medida for aplicada em preparação à adoção, o deferimento da guarda de criança e de adolescente
a terceiros não impede o exercício do direito de visitas pelos pais, assim como o dever de prestar alimentos,
que serão objeto de regulamentação específica, a pedido do interessado ou do Ministério Público.
b) O responsável pelo programa de acolhimento familiar ou institucional, verificando a possibilidade de a
criança ou de o adolescente reintegrar-se na família de origem, fará imediata comunicação à autoridade
judiciária, que dará vista ao Ministério Público, pelo prazo de 15 dias, decidindo em igual prazo.
c) Na adoção, exige a lei que os pretendentes sejam maiores de vinte e um anos, independentemente do
estado civil.
d) Não exige a lei diferença mínima de idade entre o adotante e o adotado.
e) Nas ações de suspensão ou destituição do poder familiar, estando o pai ou a mãe da criança ou do
adolescente privados de liberdade, a autoridade judiciária dispensará a sua oitiva.

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249. (UECE-CEV/SEAS-CE - 2017) No que concerne ao instituto jurídico da tutela, tomando-se por base o
ECA, é correto afirmar que
a) as normas de decretação de perda ou suspensão do poder familiar aplicam-se à destituição da tutela.
b) o tutor nomeado por testamento ou qualquer documento autêntico, conforme previsto no Código Civil,
deverá, no prazo de 60 (sessenta) dias após a abertura da sucessão, ingressar com pedido destinado ao
controle judicial do ato, observando o procedimento previsto no ECA.
c) o deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou suspensão do poder familiar, mas não
implica, necessariamente, o dever de guarda.
d) a tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito) anos completos.

250. (UECE-CEV/SEAS-CE - 2017) No que tange à adoção, é correto afirmar que


a) é o instituto que atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive
sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, inclusive os impedimentos matrimoniais.
b) a guarda de fato autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio de convivência.
c) a morte dos adotantes restabelece o poder familiar dos pais naturais.
d) em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País, o estágio de convivência,
cumprido no território nacional, será de, no mínimo, 30 (trinta) dias, e, no máximo, 45 (quarenta e cinco)
dias, prorrogável por até igual período, uma única vez, mediante decisão fundamentada da autoridade
judiciária.

251. (UECE-CEV/SEAS-CE - 2017) No que diz respeito à assistência médica e odontológica arrolada no
Estatuto da Criança e do Adolescente — ECA — (Lei Federal nº 8.069/90), é correto afirmar que
a) não é obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias.
b) a atenção odontológica à criança terá função educativa protetiva e será prestada, inicialmente, no sexto
e no décimo segundo anos de vida, com orientações sobre saúde bucal.
c) o Sistema Único de Saúde promoverá a atenção à saúde bucal das crianças e das gestantes, de forma
transversal, integral e intersetorial com as demais linhas de cuidado direcionadas à mulher e à criança.
d) somente a criança com necessidade de cuidados odontológicos especiais será atendida pelo Sistema Único
de Saúde.
252. (PUC-PR/TJ-PR - 2017) Sobre os direitos fundamentais à vida e à saúde da mulher gestante previstos
no Estatuto da Criança e do Adolescente, leia as assertivas a seguir e, depois, assinale a alternativa
CORRETA.
I. A gestante tem direito a 02 (dois) acompanhantes de sua preferência durante o período do pré-natal, do
trabalho de parto e do pós-parto imediato.
II. Caso os profissionais de saúde de referência já tenham vinculado a gestante, no último trimestre da
gestação, ao estabelecimento em que será realizado o parto, a mulher não tem o direito de optar por outro
local.
III. A obrigação do poder público de proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe se limita ao
período pré-natal.
IV. O atendimento pré-natal será realizado por profissionais da atenção primária.

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a) Apenas as assertivas I e IV estão corretas.


b) Apenas a assertiva IV está correta.
c) Apenas as assertivas II e IV estão corretas.
d) Apenas as assertivas I e III estão corretas.
e) Apenas a assertiva III está correta.

253. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - 2017) Considere as normas da Lei Federal nº 8.069, de 13/07/1990,
para assinalar a alternativa correta sobre adoção.
a) O adotando deve contar com, no máximo, dezesseis anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda
ou tutela dos adotantes.
b) O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, mesmo se já estiver sob a guarda
ou tutela dos adotantes.
c) O adotando deve contar com, no máximo, vinte anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou
tutela dos adotantes.
d) O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda
ou tutela dos adotantes.
e) O adotando deve contar com, no máximo, dezesseis anos à data do pedido, mesmo se já estiver sob a
guarda ou tutela dos adotantes.

254. (IBADE/SEJUDH-MT - 2017) No Brasil, para que a adoção possa ser realizada, o Estatuto da Criança
e do Adolescente, Lei n° 8.069/1990, prevê que o adotante tem que ser mais velho que o adotado pelo
menos:
a) 16 anos.
b) 21 anos.
c) 5 anos.
d) 10 anos.
e) 18 anos.

255. (IBADE/SEJUDH-MT - 2017) O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece o estágio de


convivência prévio à adoção. Considerando a adoção de uma criança de 6 (seis) anos de idade por um casal
residente fora do país, considerando a lei supracitada, o estágio de convivência será cumprido:
a) no local de preferência dos adotantes por no mínimo 120 dias.
b) no pais de origem do adotante por no máximo 90 dias.
c) em território nacional por no mínimo 30 dias.
d) no país de origem do adotante por 60 dias
e) em território nacional por no máximo 60 dias.

256. (IBADE/Prefeitura de Rio Branco-AC - 2017) Sobre adoção de criança e de adolescentes, leia as
afirmativas.

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I. Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre o
adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos parentes.
II. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda
ou tutela dos adotantes.
III. Os divorciados e os judicialmente separados não poderão adotar conjuntamente, independente de
qualquer condição.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) l.
b) ll.
c) I e III.
d) I e II.
e) II e III.

257. (FUNRIO/SESAU-RO - 2017) Em relação ao direito à vida e à saúde, conforme estabelece o Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA), as seguintes afirmativas estão corretas, EXCETO:
a) a criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais
públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de
existência.
b) é assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às políticas de saúde da mulher e de
planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e
ao puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema Único de Saúde
c) o atendimento pré-natal será realizado por profissionais da atenção primária.
d) os profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua vinculação, desde o primeiro trimestre
da gestação, ao estabelecimento em que será realizado o parto, garantido o direito de opção da mulher
e) os serviços de saúde onde o parto for realizado assegurarão às mulheres e aos seus filhos recém-nascidos
alta hospitalar responsável e contrarreferência na atenção primária, bem como o acesso a outros serviços e
a grupos de apoio à amamentação.

258. (FUNDEP/MPE-MG - 2017) Assinale a alternativa INCORRETA:


São direitos das gestantes e parturientes, garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente:
a) Atendimento pré-natal no estabelecimento em que será realizado o parto, garantido o direito de opção
da mulher.
b) Um acompanhante, de sua preferência, durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-
parto imediato.
c) Alta hospitalar responsável e contrarreferência na atenção primária, bem como o acesso a outros serviços
e a grupos de apoio e amamentação.
d) Acompanhamento saudável durante toda a gestação, parto natural cuidadoso, aplicação de cesariana e
outras intervenções cirúrgicas por motivos médicos.
259. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - 2017) Considere as normas da Lei Federal nº 8.069, de 13/07/1990,
para assinalar a alternativa correta sobre os direitos à vida e à saúde.

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a) A gestante e a parturiente têm direito a 2 (dois) acompanhantes de sua preferência durante o período do
pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato.
b) A gestante tem direito a 2 (dois) acompanhantes de sua preferência durante o período do pré-natal e a
parturiente tem direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência durante o período do trabalho de parto.
c) A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência durante o período do
pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato.
d) A gestante tem direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência durante o período do pré-natal e a
parturiente tem direito a 2 (dois) acompanhantes de sua preferência durante o período do trabalho de parto.
e) A gestante e a parturiente têm direito a quantos acompanhantes desejarem durante o período do pré-
natal e a 2 (dois) acompanhantes de sua preferência durante o período do trabalho de parto e do pós-parto
imediato.

260. (Instituto Excelência/Prefeitura de Cruzeiro-SP - 2016) De acordo com a lei 8.069/90 Art. 8º É
assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às políticas de saúde da mulher e de
planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e
ao puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema Único de Saúde.
Assinale a alternativa CORRETA que refere-se à assistência psicológica do § 5º :
a) deverá ser prestada também a gestantes e mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para
adoção, bem como a gestantes e mães que se encontrem em situação de privação de liberdade.
b) deverá receber orientação sobre aleitamento materno, alimentação complementar saudável e
crescimento e desenvolvimento infantil, bem como sobre formas de favorecer a criação de vínculos afetivos
e de estimular o desenvolvimento integral da criança.
c) a acompanhamento saudável durante toda a gestação e a parto natural cuidadoso, estabelecendo-se a
aplicação de cesariana e outras intervenções cirúrgicas por motivos médicos.
d) assegurarão às mulheres e aos seus filhos recém-nascidos alta hospitalar responsável e contra referência
na atenção primária, bem como o acesso a outros serviços e a grupos de apoio à amamentação.

261. (IBFC/SES-PR - 2016) Quanto ao direito à vida e à saúde, previsto no estatuto da criança e do
adolescente, analise os itens abaixo e a seguir, assinale a alternativa correta:
I. O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao aleitamento
materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa de liberdade.
II. Os estabelecimentos de atendimento à saúde deverão proporcionar condições para a permanência em
tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança e em pelo menos meio
período nos casos de intenação de adolescente.
III. Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente àqueles que necessitarem os medicamentos, próteses
e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.
a) Apenas I e III estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas II está correta.
d) I, II e III estão corretas.

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262. (IBFC/SES-PR - 2016) Considerando o estatuto da criança e do adolescente, analise os itens abaixo
e a seguir, assinale a alternativa correta:
I. Sistema Único de Saúde promoverá programas de assistência médica e odontológica para a prevenção das
enfermidades que ordinariamente afetam a população infantil, e campanhas de educação sanitária para pais,
educadores e alunos.
II. A parturiente será atendida preferencialmente pelo mesmo médico que a acompanhou na fase pré-natal.
III. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente serão
obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras
providências legais.
a) I, II e III estão corretas.
b) Apenas I e III estão corretas.
c) Apenas I e II estão corretas.
d) Apenas II está correta.

263. (FUNDATEC/Prefeitura de Porto Alegre-RS - 2016) De acordo com a Lei nº 8.069/90 – Estatuto da
Criança e do adolescente, em relação ao Direito à Vida e à Saúde, analise as assertivas abaixo:
I. Incumbe ao poder público garantir à gestante e à mulher com filho, na primeira infância, que se encontrem
sob custódia em unidade de privação de liberdade, ambiência que atenda às normas sanitárias e assistenciais
do Sistema Único de Saúde para o acolhimento do filho, em articulação com o sistema de ensino competente,
visando ao desenvolvimento integral da criança.
II. É assegurado às mulheres que demonstrarem hipossuficiência econômica o acesso aos programas e às
políticas de saúde da mulher e de planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada, atenção
humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no
âmbito do Sistema Único de Saúde.
III. Incumbe ao poder público proporcionar assistência psicológica à gestante, somente no período pré-natal,
inclusive como forma de prevenir ou minorar as consequências do estado puerperal.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II e III.

264. (FUNDATEC/Prefeitura de Porto Alegre-RS - 2016) Nos termos da Lei nº 8.069/90 – Estatuto da
Criança e do adolescente, em relação ao Direito à Vida e à Saúde, analise as assertivas abaixo:
I. A criança e o adolescente com deficiência serão atendidos sem discriminação ou segregação, em suas
necessidades gerais de saúde e específicas de habilitação e reabilitação e ainda incumbe ao poder público
fornecer gratuitamente, àqueles que necessitarem, medicamentos, órteses, próteses e outras tecnologias
assistivas relativas ao tratamento, habilitação ou reabilitação para crianças e adolescentes, de acordo com
as linhas de cuidado voltadas às suas necessidades específicas.

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II. Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de


cuidados intermediários, deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral dos pais
ou responsáveis, nos casos de internação de criança ou adolescente.
III. Os casos de suspeita de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança
ou adolescente poderão ser comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de
outras providências legais.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

265. (FUNRIO/IF-PA - 2017) Sobre a lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre a proteção
integral de crianças e adolescentes, a criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde,
mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento, o desenvolvimento sadio
e harmonioso, em condições dignas de existência. Podemos citar como direcionamento no que tange a
assistência a gestante, à puérpera e ao recém-nascido o seguinte:
a) Os profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua vinculação, no último trimestre da
gestação, ao estabelecimento em que será realizado o parto, garantido o direito de opção da mulher.
b) O atendimento pré-natal será realizado por profissionais da atenção secundária.
c) A gestante e a parturiente não terão direito a acompanhante durante o período do pré-natal, do trabalho
de parto e do pós-parto imediato.
d) A gestante tem direito a acompanhamento saudável durante toda a gestação e preferencialmente a opção
pelo parto cesárea.
e) O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao aleitamento
materno, com exceção aos filhos de mães submetidas a medida privativa de liberdade.

266. (REIS & REIS/Prefeitura de Cipotânea-MG - 2016) Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente,
é incorreto afirmar:
a) A criança e o adolescente com deficiência serão atendidos, com discriminação ou segregação, em suas
necessidades gerais de saúde e específicas de habilitação e reabilitação.
b) A atenção odontológica à criança terá função educativa protetiva e será prestada, inicialmente, antes de
o bebê nascer, por meio de aconselhamento pré-natal, e, posteriormente, no sexto e no décimo segundo
anos de vida, com orientações sobre saúde bucal.
c) Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos
contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva
localidade, sem prejuízo de outras providências legais.

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d) É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em
família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu
desenvolvimento integral.

267. (Fundação La Salle/FHGV - 2017) Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente a gestante e a


parturiente têm direito a ____ acompanhante(s) do sua preferência durante o período do pré-natal, do
trabalho de parto e do pós-parto imediato
O texto acima estará correto se a lacuna for preenchida por
a) 1 (um)
b) 2 (dois)
c) 3 (três)
d) 4 (quatro)
e) 5 (cinco)

268. (UECE-CEV/SEAS-CE - 2017) O direito ao respeito, previsto no ECA, consiste


a) na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a
preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos
pessoais.
b) em brincar, praticar esportes e divertir-se.
c) em participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação.
d) no direito de buscar refúgio, auxílio e orientação.

269. (UTFPR/UTFPR - 2017) De acordo com a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é correto afirmar que:
a) os direitos enunciados na referida Lei são aplicados exclusivamente às crianças e adolescentes em
condições de hipossuficiência econômica.
b) direito ao esporte e ao lazer não são assegurados às crianças e aos adolescentes.
c) direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, não abrangendo os aspectos psíquicos
e morais da criança e do adolescente.
d) compete somente ao poder público a efetivação dos direitos previstos na referida Lei.
e) participar da vida política, na forma da lei, é um dos aspectos compreendidos no direito à liberdade.

270. (Alternative Concursos/Prefeitura de Sul Brasil-SC - 2017) De acordo com o Estatuto da Criança e
do Adolescente, Lei n.º 8.069/90, art. 18-B, os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis,
os agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de
crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento
cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto estarão
sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo
com a gravidade do caso:
I. Encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família.

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II. Obrigação de tratamento psicológico ou psiquiátrico.


III. Encaminhamento a cursos ou programas de orientação.
IV. Obrigação de encaminhar os responsáveis a tratamento especializado.
V. Advertência para a criança.
a) Somente I, II e IV estão corretas.
b) Somente II, III, IV e V estão corretas.
c) Somente I e III estão corretas.
d) Somente I e IV estão corretas.
e) Todas estão corretas.

271. (Instituto Excelência/Prefeitura de Cruzeiro-SP - 2016) Conforme o Estatuto da Criança e do


Adolescente Art. 17. O direito ao respeito consiste. Complete o referido artigo assinalando a alternativa
CORRETA:
a) na dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento,
aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
b) no direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante,
como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da
família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por
qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.
c) no direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento
e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.
d) na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a
preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos
pessoais.

272. (FEPESE/SJC-SC - 2016) De acordo com a Doutrina da Proteção Integral a Criança e o adolescente
têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de
desenvolvimento e como sujeitos de direitos garantidos na Constituição Federal de 1988 e nas leis.
Nesse sentido, o direito de liberdade, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, compreende:
a) liberdade de buscar refúgio, auxílio e orientação e ter liberdade de opinião e expressão.
b) ter limitado o seu direito de ir e vir com base no toque de recolher.
c) liberdade de crença e de culto, desde que seja aquela vinculada à vontade de seus pais ou do responsável
legal.
d) liberdade de brincar, praticar esportes e divertir-se, sempre acompanhado de um responsável legal.
e) ter negada a sua participação na vida política em razão da incapacidade civil.

273. (COMPERVE/Câmara de Natal-RN - 2016) As crianças e os adolescentes, qualificados pelo direito


hoje vigente como pessoas em desenvolvimento, receberam do direito positivo brasileiro, tutela especial
através da Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990, mais conhecida como Estatuto da Criança e do

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Adolescente. Seguindo as diretrizes traçadas pela Constituição de 1988, o Estatuto da Criança e do


Adolescente trouxe a previsão normativa da absoluta prioridade e de variados direitos fundamentais. Em
tal seara, foi determinado que as crianças e os adolescentes têm direito,
a) à liberdade, de forma a compreender a liberdade de ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços
comunitários, ressalvadas as restrições legais; a liberdade de opinião e de expressão; a liberdade de brincar
e de praticar esportes, a liberdade de participar da vida familiar e comunitária; a liberdade de buscar refúgio,
auxílio e orientação, excetuadas dessa tutela a liberdade de crença e culto religioso e de participar da vida
política.
b) ao respeito, consistente na inviolabilidade da sua integridade física, psíquica e moral, abrangendo a
preservação da imagem, da identidade, da autonomia, de seus valores, ideias e crenças, excluída a tutela dos
seus espaços e objetos pessoais.
c) de serem educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como
formas de correção, disciplina, educação ou a qualquer outro pretexto, por parte dos pais, de integrantes da
família ampliada, dos responsáveis, dos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por
qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.
d) de serem criados e educados no seio de sua família biológica, não se admitindo a sua inserção em família
substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento
integral.

274. (FUNRIO/IF-PA - 2016) A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade
como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e
sociais garantidos na Constituição e nas leis. De acordo com o estatuto da criança e do adolescente é dever
de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento
desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor. Para fins de proteção integral podemos
considerar:
a) Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis tratá-los, educá-los ou protegê-los que
utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação
ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos às sanções cabíveis com exceção dos agentes públicos
executores de medidas socioeducativas.
b) Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional
terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 2 (dois) anos, devendo a autoridade judiciária competente,
com base em relatório elaborado por equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma
fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família substituta.
c) A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará
por mais de 5 (cinco) anos, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse,
devidamente fundamentada pela autoridade judiciária.
d) A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de
tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto,
pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de
medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou
protegê-los.

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e) Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado de liberdade, por
meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento institucional, pela
entidade responsável, mediante autorização de autoridade judicial.

275. (FUNRIO/Prefeitura de Trindade-GO - 2016) Em seu Capítulo II, o ECA trata do direito à liberdade,
ao respeito e à dignidade.
Um aspecto que compreende o direito à liberdade de crianças e adolescentes está definido em:
a) Brincar, praticar esportes e divertir-se.
b) Afastar-se de qualquer participação na vida política.
c) Atrelar suas opiniões às orientações de seus pais ou responsáveis.
d) Ir, vir e estar nos logradouros públicos, desde que sob tutela de um responsável.
e) Participar da vida familiar e comunitária, de acordo com as restrições e distinções cabíveis.

276. (UEM/UEM - 2017) De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, qual é o procedimento
que deverá ser adotado pelos dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental nos casos de
reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares, e os casos de
elevados níveis de repetência?
a) Encaminhar ao Ministério Público, para a devida advertência ao aluno.
b) Comunicar ao Juiz da Infância e Juventude.
c) Notificar a secretaria da escola, para devido registro no livro de ocorrências.
d) Registrar no diário de classe, para posterior notificação ao Conselho Escolar.
e) Comunicar ao Conselho Tutelar.

277. (IBADE/Prefeitura de Rio Branco-AC - 2017) É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:
1. progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio.
2. atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência.
3. atendimento em creche e pré-escola às crianças de seis anos de idade.
4. oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador.
Estão corretos apenas os itens:
a) 1, 2 e 4.
b) 2, 3 e 4.
c) 1 e 3.
d) 1 e 4.
e) 1, 3 e 4.

278. (FCM/IF-RJ - 2017) “A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho”.
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, é um direito assegurado a esse público no âmbito da
educação

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a) o questionamento da posição ideológica do professor.


b) um professor exclusivo para quem necessite de reforço escolar.
c) o livre acesso aos conselhos administrativos, pedagógicos e de classe da escola.
d) a contestação dos critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores.
e) a aprovação automática de adolescentes trabalhadores para evitar sua evasão escolar.

279. (Quadrix/SEDF - 2017) Julgue o item:


Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os dirigentes de estabelecimentos de Ensino
Fundamental devem comunicar ao conselho tutelar os casos de evasão escolar, não sendo necessária tal
providência na hipótese de reiteração de faltas injustificadas.

280. (FUNRIO/Prefeitura de Trindade- GO - 2016) O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) assegura


à criança e ao adolescente o direito à educação.
Um outro direito garantido pelo ECA é:
a) Respeito do corpo docente, desde que faça por merecer.
b) Igualdade de condições para acesso e permanência na escola.
c) Acesso à escola pública e gratuita, respeitando a existência de vaga.
d) Contestação de critérios de avaliação no âmbito da própria unidade escolar.
e) Participação em atividades pedagógicas na escola e extracurriculares, excluindo aquelas ligadas a
entidades estudantis.

281. (FUNIVERSA/IF-AP - 2016) À luz do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.º 8.069/1990 e suas
alterações), assinale a alternativa correta em relação ao direito do adolescente à educação.
a) É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição
das propostas educacionais.
b) É dever dos pais ou responsáveis assegurar atendimento no ensino fundamental por meio de programas
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
c) Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão aos pais ou responsáveis a
reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares.
d) O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público objetivo.
e) É dever do Estado assegurar a todos os adolescentes acesso ao nível superior de ensino.

282. (FUNRIO/IF-BA - 2016) Segundo o Art. 53 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a criança
e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o
exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. Para que este exercício seja pleno é necessário:
I. impor limites à presença dos pais na escola, especialmente se desejarem participar da definição das
propostas educacionais;
II. assegurar, às crianças e aos adolescentes, o direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às
instâncias escolares superiores;
III. garantir o direito de organização e participação em entidades estudantis;

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IV. dar liberdade aos educadores, de forma que possam utilizar de constrangimento moral ou físico, para
que as crianças sejam disciplinadas.
Pode-se afirmar que
a) somente o item I está coerente com o ECA.
b) somente os itens I e IV estão coerentes com o ECA.
c) somente os itens II e III estão coerentes com o ECA.
d) somente os itens II, III e IV estão coerentes com o ECA.
e) nenhum dos itens está coerente com o ECA.

283. (UEM/UEM - 2017) Assinale a alternativa correta em relação à profissionalização e ao trabalho da


criança e do adolescente.
a) A remuneração que o adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a participação na venda dos produtos
de seu trabalho desfigura o caráter educativo.
b) O adolescente que se enquadra na categoria de aprendiz estará amparado apenas pelas normas do Código
de Processo Civil.
c) Ao adolescente portador de deficiência é proibida a prática de atividade laboral.
d) A realização de atividades perigosas, insalubres ou penosas é permitida ao adolescente aprendiz que
estiver em regime familiar de trabalho.
e) Ao adolescente é vedado o trabalho noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco
horas do dia seguinte.

284. (UEM/UEM - 2017) O Estatuto da Criança e do Adolescente define aprendizagem como a formação
técnico-profissional ministrada segundo quais critérios?
a) As diretrizes e bases da legislação de educação em vigor.
b) As diretrizes e bases da legislação da previdência em vigor.
c) As diretrizes e bases da legislação de trânsito em vigor.
d) As diretrizes e bases da legislação trabalhista em vigor.
e) As diretrizes e bases da legislação civil em vigor.
285. (Big Advice/Prefeitura de Pradópolis-SP - 2017) De acordo com o ECA, Art. 63. A formação técnico-
profissional obedecerá aos seguintes princípios:
I - Garantia de acesso obrigatória ao ensino regular;
II - Atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;
III - Horário usual para o exercício das atividades.
Das afirmativas dadas, a alternativa que apresenta incorreção é:
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.

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d) Todas estão corretas.


e) N.D.A.

286. (Big Advice/Prefeitura de Pradópolis-SP - 2017) De acordo com o ECA, Art. 64. Ao adolescente até
quatorze anos de idade _________________.
A alternativa que preenche corretamente a lacuna é:
a) São assegurados direitos trabalhistas.
b) São assegurados direitos previdenciários.
c) São assegurados direitos trabalhistas e previdenciários.
d) É assegurada bolsa de aprendizagem.
e) É assegurado o trabalho protegido.

287. (FCM/IF-RJ - 2017) Considere as seguintes afirmações sobre o direito à profissionalização e à


proteção no trabalho, preconizados no título II, capítulo V do Estatuto da Criança e do Adolescente.
I- Ao adolescente portador de deficiência, é assegurado trabalho protegido.
II- Ao adolescente até quatorze anos de idade, são assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários.
III- O adolescente tem direito à profissionalização e à proteção no trabalho, observados o respeito à condição
peculiar de pessoa em desenvolvimento, a capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho,
dentre outros aspectos.
IV- A formação técnico-profissional obedecerá aos princípios da garantia de acesso e frequência obrigatória
ao ensino regular, da atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente e do horário especial para
o exercício das atividades.
V- Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido
em entidade governamental ou não governamental, é permitido trabalho noturno realizado entre as vinte e
duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte de modo a garantir seu acesso à escola.
São corretas apenas as afirmativas
a) I, II e V.
b) I, III e IV.
c) II, III e V.
d) II, IV e V.
e) I, II, III e IV.

288. (Alternative Concursos/Prefeitura de Sul Brasil-SC - 2016) De acordo com o Estatuto da Criança e
do Adolescente, Lei n.º 8.069/90, art. 60, é proibido qualquer trabalho a menores:
a) De quatorze anos de idade, inclusive na condição de aprendiz.
b) De quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz.
c) De dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz.
d) De dezesseis anos de idade, inclusive na condição de aprendiz.

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e) De dezessete anos de idade, inclusive na condição de aprendiz.

289. (Alternative Concursos/Prefeitura de Sul Brasil-SC - 2016) De acordo com o Estatuto da Criança e
do Adolescente, Lei n.º 8.069/90, art. 69, o adolescente tem direito à profissionalização e à proteção no
trabalho, observados os seguintes aspectos:
I. Respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
II. Capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho.
III. Remuneração do adolescente em relação ao trabalho prestado.
a) Somente I e III estão corretas.
b) Somente I e II estão corretas.
c) Somente II e III estão corretas.
d) Somente I está correta.
e) Todas estão corretas.

290. (IDECAN/Prefeitura de Natal-RN - 2016) Sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, analise as


afirmativas a seguir.
I. Considera-se criança, para os efeitos do Estatuto da Criança e do Adolescente, a pessoa até doze anos de
idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
II. É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta
prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao
lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária.
III. Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem
comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como
pessoas em desenvolvimento.
IV. Os estabelecimentos de atendimento à saúde deverão proporcionar condições para a permanência em
tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente.
Estão corretas as afirmativas
a) I, II, III e IV.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.

291. (FAEPESUL/Prefeitura de Nova Veneza-SC - 2016) Em relação ao processo de adoção assinale a


alternativa CORRETA:
a) Podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando.
b) Podem adotar os maiores de 16 (dezesseis) anos, independentemente do estado civil.
c) A morte dos adotantes restabelece o poder familiar dos pais naturais.
d) O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando.

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e) Em se tratando de adotando maior de 5 (cinco) anos de idade, será também necessário o seu
consentimento.

292. (Prefeitura de Fortaleza-CE - 2016) Assinale o item correto quanto à definição de família extensa
ou ampliada para o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA).
a) É aquela comunidade formada pelos pais ou qualquer membro consanguíneo e seus descendentes.
b) É aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes
próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.
c) É aquela unidade residencial para a qual a criança ou adolescente deve ser encaminhado de maneira
excepcional, por meio de qualquer das três modalidades possíveis, que são: guarda, tutela e adoção.
d) É aquela configuração numerosa, composta não só do núcleo conjugal e de seus filhos, mas incluindo um
grande número de parentes, aderentes e agregados submetidos todos ao poder do homem pai.

293. (MPE-SC - 2016) Julgue:


Em harmonia com as normas sobre incapacidade (arts. 3º e 4º, Código Civil), a Lei n. 8.069/90 fixa que na
guarda, na tutela e na adoção os incapazes serão ouvidos por equipe interdisciplinar acerca de sua opinião,
sendo necessário o consentimento, expresso em audiência, apenas para os adolescentes relativamente
incapazes.

294. (MPE-SC - 2016) Julgue:


A adoção, segundo a Lei n. 8.069/90, será precedida de estágio de convivência, por prazos a serem fixados
pela autoridade judiciária que, tendo em conta peculiaridades do caso, poderá dispensar o referido estágio
se o adotando já estiver sob a tutela ou guarda, legal ou de fato, dos adotantes, por tempo suficiente para
que seja possível avaliar a conveniência da constituição do vínculo.

295. (MPE-GO - 2016) Quanto ao direito à convivência familiar e comunitária previsto no Estatuto da
Criança e do Adolescente, assinale a alternativa correta:
a) poderão ser utilizados recursos federais, estaduais, distritais e municipais para a manutenção dos serviços
de acolhimento em família acolhedora, obrigando-se o repasse de recursos para a própria família acolhedora.
b) toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional
terá sua situação reavaliada, no mínimo, a cada 6 (seis) meses, devendo a autoridade judiciária competente,
com base em relatório elaborado por equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma
fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família substituta, em quaisquer
das modalidades previstas no art. 28 desta Lei.
c) a adoção sempre produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença constitutiva.
d) a União apoiará a implementação de serviços de acolhimento em família acolhedora como política pública,
os quais deverão dispor de equipe que organize o acolhimento temporário de crianças e de adolescentes em
residências de famílias selecionadas, capacitadas e acompanhadas que não estejam no cadastro de adoção.

296. (MPE-GO - 2016) Sobre a colocação em família substituta, assinale a opção INCORRETA:
a) O consentimento do adolescente é necessário para colocação em família substituta e deverá ser realizado
em audiência, o mesmo não se exigindo quando se tratar de criança.
b) O ECA admite a colocação em família substituta estrangeira desde que seja adolescente e que se realize
através de tutela ou adoção.

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c) Somente em relação ao guardião e ao tutor exige-se o compromisso, mediante termo nos autos, de bem
e fielmente desempenhar o encargo.
d) Em se tratando de colocação em família substituta de criança ou adolescente indígena é, entre outros,
obrigatório a intervenção e oitiva de representantes do órgão federal responsável pela política indigenista e
de antropólogos, perante equipe interprofissional ou multidisciplinar que irá acompanhar o caso.

297. (MPE-GO - 2016) Em relação a adoção de crianças e adolescentes, assinale a alternativa correta:
a) A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, desligando-o de
qualquer vínculo com os pais e parentes sem qualquer exceção.
b) Não podem adotar os ascendentes e os colaterais até o terceiro grau do adotando.
c) O adotante há de ser, pelo menos, dezoito anos mais velho do que o adotando.
d) A adoção produz efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença constitutiva, exceto na hipótese de
adoção póstuma.

298. (UFMT/DPE-MT - 2016) Sobre o direito à convivência familiar e comunitária firmado no Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA), assinale a afirmativa correta.
a) A família natural compreende aquela formada por parentes próximos com os quais a criança ou o
adolescente convive e mantém vínculo de afinidade e afetividade.
b) A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela e curatela, independentemente da
situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
c) O tutor testamentário somente será admitido se comprovado que a medida é vantajosa à família, e que
não existe outra pessoa em melhores condições para assumi-lo.
d) O estágio de convivência para a adoção poderá ser dispensado se o adotando já estiver sob a guarda legal
do adotante durante tempo suficiente para análise da conveniência do vínculo.
e) A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer
antes da propositura do procedimento judicial.

299. (IBFC/MGS - 2016) Assinale a alternativa correta, considerando as disposições da Lei Federal n°
8.069, de 13/07/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.
a) O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda
ou tutela dos adotantes.
b) O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, mesmo se já estiver sob a
guarda ou tutela dos adotantes.
c) O adotando deve contar com, no máximo, dezesseis anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda
ou tutela dos adotantes.
d) O adotando deve contar com, no máximo, dezesseis anos à data do pedido, mesmo se já estiver sob a
guarda ou tutela dos adotantes.

300. (IDECAN/Prefeitura de Natal-RN - 2016) De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, os


hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, são
obrigados a:
a) Manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe, ao pai, tios e avós.

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b) Manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, pelo prazo de dezoito
anos.
c) Fornecer declaração de nascimento onde constem, mas, não necessariamente, as intercorrências do parto
e do desenvolvimento do neonato.
d) Proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no metabolismo do recém-
nascido, sem a obrigação de prestar orientação aos pais.

301. (IDECAN/Prefeitura de Natal-RN - 2016) Estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente que a


criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de
tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro
pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos
executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los,
educá-los ou protegê-los. Para os fins do referido estatuto, considera-se tratamento cruel ou degradante
a conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao adolescente que:
a) Ridicularize ou resulte em lesão.
b) Resulte em sofrimento físico ou lesão.
c) Humilhe ou resulte em sofrimento físico.
d) Humilhe, ameaça gravemente ou ridicularize.

302. (IDECAN/UFPB - 2016) O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece que “a criança e o
adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o
exercício da cidadania e qualificação para o trabalho”. Sobre o direito à educação, à cultura, ao esporte e
ao lazer de crianças e adolescentes, é correto afirmar que
a) o acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público objetivo.
b) os pais ou responsáveis não têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.
c) o não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular não importa
responsabilidade da autoridade competente.
d) compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar,
junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola.

303. (FUNDEP/CBM-MG - 2018) Segundo o Estatuto próprio, a criança e o adolescente em programa de


acolhimento institucional ou familiar poderão participar de programa de apadrinhamento.
Consoante ao que prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente, sobre o referido programa é correto
afirmar:
a) Somente pessoas físicas podem apadrinhar crianças ou adolescentes.
b) Para ser padrinho ou madrinha, além de cumprir os requisitos específicos do programa de que faz parte e
de ter mais de 18 anos de idade, a pessoa não poderá estar inscrita no cadastro de adoção.
c) Os programas e serviços de apadrinhamento apoiados pela Justiça da Infância e da Adolescência só podem
ser executados por órgãos públicos integrantes do Poder Executivo.

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d) No âmbito do programa de apadrinhamento, têm prioridade as crianças ou adolescentes com maior


chance ou facilidade de inserção familiar ou colocação em família adotiva.

304. (MPE-PR - 2019) Entre as garantias de prioridade estabelecidas expressamente pelo Estatuto da
Criança e do Adolescente (art. 4º, parágrafo único, da Lei n. 8.069/90), não há previsão de:
a) Primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias.
b) Precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública.
c) Destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à
juventude.
d) Viabilização prioritária de formas alternativas de participação, ocupação e convívio com as demais
gerações.
e) Preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas.

305. (MPE-PR - 2019) Nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. 8.069/90), assinale a
alternativa correta:
a) A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou foro regional, um registro de crianças e adolescentes
em condições de serem adotados e outro de pessoas interessadas na adoção.
b) O vínculo da adoção constitui-se por inscrição no registro civil.
c) A desistência do pretendente em relação à guarda para fins de adoção ou a devolução da criança ou do
adolescente depois do trânsito em julgado da sentença de adoção importará na sua exclusão dos cadastros
de adoção e na vedação de renovação da habilitação, de forma irreversível.
d) A adoção deve ser deferida quando representar vantagens para o adotando, sendo despiciendo aquilatar-
se a existência de motivos legítimos.
e) Em observância ao princípio da proteção integral, a preferência das pessoas cronologicamente
cadastradas para adotar determinada criança é absoluta.

306. (MPE-PR - 2019) Nos termos do que expressamente estabelece a Lei n. 8.069/90 (Estatuto da
Criança e do Adolescente), assinale a alternativa incorreta:
a) É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição
das propostas educacionais.
b) É dever do Estado assegurar atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de
idade.
c) É assegurado às crianças e aos adolescentes o direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer
às instâncias escolares superiores.
d) No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto
social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da criação e o acesso às fontes de
cultura.
e) Entende-se por trabalho educativo a atividade laboral em que prevalecem as exigências pedagógicas
relativas ao desenvolvimento profissional e produtivo do educando.

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GABARITO
1. A 45. CORRETA 89. B
2. A 46. INCORRETA 90. C
3. D 47. CORRETA 91. B
4. B 48. A 92. A
5. D 49. B 93. D
6. A 50. B 94. B
7. C 51. C 95. A
8. A 52. A 96. A
9. B 53. E 97. A
10. D 54. E 98. D
11. D 55. D 99. E
12. E 56. C 100. C
13. E 57. C 101. B
14. E 58. B 102. D
15. B 59. CORRETA 103. B
16. C 60. CORRETA 104. D
17. B 61. CORRETA 105. C
18. B 62. CORRETA 106. B
19. A 63. INCORRETA 107. C
20. C 64. C 108. B
21. B 65. B 109. E
22. CORRETA 66. C 110. C
23. INCORRETA 67. A 111. E
24. INCORRETA 68. B 112. A
25. CORRETA 69. A 113. D
26. INCORRETA 70. E 114. B
27. E 71. B 115. D
28. B 72. B 116. C
29. INCORRETA 73. B 117. E
30. A 74. A 118. B
31. CORRETA 75. B 119. E
32. C 76. C 120. A
33. CORRETA 77. D 121. B
34. CORRETA 78. D 122. C
35. INCORRETA 79. B 123. D
36. INCORRETA 80. B 124. C
37. CORRETA 81. B 125. D
38. INCORRETA 82. A 126. A
39. INCORRETA 83. C 127. B
40. B 84. A 128. A
41. CORRETA 85. A 129. E
42. CORRETA 86. B 130. A
43. INCORRETA 87. B 131. A
44. INCORRETA 88. D 132. E

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133. E 180. E 227. D


134. A 181. C 228. C
135. A 182. B 229. A
136. D 183. C 230. A
137. C 184. D 231. D
138. B 185. D 232. A
139. E 186. E 233. C
140. B 187. C 234. C
141. C 188. B 235. B
142. D 189. C 236. D
143. A 190. D 237. D
144. E 191. D 238. A
145. D 192. A 239. C
146. B 193. D 240. INCORRETA
147. E 194. B 241. CORRETA
148. E 195. A 242. CORRETA
149. A 196. B 243. A
150. B 197. E 244. D
151. E 198. B 245. D
152. E 199. E 246. B
153. E 200. A 247. B
154. A 201. D 248. A
155. B 202. B 249. A
156. D 203. C 250. D
157. D 204. D 251. C
158. A 205. E 252. B
159. C 206. C 253. D
160. B 207. B 254. A
161. C 208. A 255. C
162. A 209. C 256. D
163. C 210. A 257. D
164. D 211. A 258. A
165. C 212. A 259. C
166. B 213. D 260. A
167. D 214. D 261. A
168. E 215. INCORRETA 262. B
169. C 216. B 263. A
170. B 217. D 264. A
171. D 218. A 265. A
172. B 219. D 266. A
173. D 220. A 267. A
174. E 221. A 268. A
175. C 222. D 269. E
176. E 223. CORRETA 270. C
177. A 224. CORRETA 271. D
178. A 225. A 272. A
179. C 226. A 273. C

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274. D
275. A
276. E
277. A
278. D
279. INCORRETA
280. B
281. A
282. C
283. E
284. A
285. B
286. D
287. B
288. B
289. B
290. A
291. D
292. B
293. INCORRETA
294. INCORRETA
295. D
296. B
297. D
298. D
299. A
300. B
301. D
302. D
303. B
304. D
305. A
306. E

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