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16/08/2021

População idosa no Brasil

❑ A população brasileira está


envelhecendo;

❑ Número de idosos cresceu 18% em


5 anos e ultrapassou 30 milhões
em 2017;

❑ Mulheres - 56% dos idosos;

❑ Homens - 44% dos idosos.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

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Porém... Avaliação geriátrica


com o avançar da idade,
aumentam também os riscos de desenvolver ❑ Para quem está perto ou já chegou aos 60 anos, alguns exames
tornam-se ainda mais importantes para:
várias doenças.
▪ Conferir o estado geral do organismo;

▪ Detectar precocemente doenças que ainda não se


Por isso, é necessário redobrar os manifestaram.
cuidados para viver esse período com
muita saúde! Quanto mais cedo forem diagnosticadas, maiores as
chances de cura ou controle.

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Avaliação geriátrica Avaliação geriátrica

Alguns problemas sistêmicos no


paciente idoso poderão: Relatar esses problemas na
anamnese.
Os pacientes idosos
poderão:
complicar,
Sequer suspeitar das suas
alterar o prognóstico
presenças.
ou até contraindicar,
pelo menos temporariamente,
a realização de alguns procedimentos. É dever do cirurgião-dentista investigá-los clinicamente e através
da solicitação de exames laboratoriais específicos.

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Avaliação geriátrica

É dever ético dos profissionais de


Odontologia:

Adquirir as noções e habilidades


compatíveis com o bem-estar dos pacientes
e os valores bioéticos e morais,
evitando-se o erro odontológico.

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Aspectos Patológicos em Geriatria Cinco is da Geriatria

1. Instabilidade postural;
Atenção diferenciada ao

Alterações fisiológicos decorrentes do 2. Incontinência urinária;


envelhecimento.
paciente idoso:

3. Imobilismo;
Ocorrência de múltiplas patologias.

4. Iatrogenia;
Consumo de vários tipos de
medicamentos.
5. Incapacidade cognitiva.

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1 Instabilidade postural e quedas

Resultado de Neuronais
Estabilidade diversos mecanismos
postural
(equilíbrio)
Musculoesqueléticos

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1 Instabilidade postural e quedas 1 Instabilidade postural e quedas


Situações de estresse... ▪ 40% dos idosos caem;

▪ Consequências: injúrias leves à fraturas;

Que superem a capacidade desses mecanismos em manter o ▪ 1 em 40 necessita de tratamento hospitalar;


equilíbrio:
▪ Fraturas do fêmur e do quadril.

Quedas!

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1 Instabilidade postural e quedas 1 Instabilidade postural e quedas


▪ Fraturas: ▪ Principais fatores de risco para quedas:

▪ A maioria ocorre em pessoas acima de 70 anos; ▪ Idade;

▪ Impacto grande sobre a qualidade de vida;

▪ 40% necessitarão de cuidados por longo prazo.

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1 Instabilidade postural e quedas 1 Instabilidade postural e quedas


▪ Principais fatores de risco para quedas:

▪ Idade;

▪ História prévia de queda;

▪ Déficit cognitivo;

▪ Uso de medicamentos.

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1 Instabilidade postural e quedas 1 Instabilidade postural e quedas

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1 Instabilidade postural e quedas


O que podemos
▪ Prevenção e tratamento:
fazer na clínica
▪ Intervenção de diversos profissionais da equipe de saúde;
odontológica
▪ O CD, que usualmente mantém contato por períodos
longos com os idosos em tratamento, poderá participar de para evitar
maneira fundamental desse processo.
quedas do
paciente idoso?

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1 Instabilidade postural e quedas 1 Instabilidade postural e quedas


▪ Luminosidade adequada mesmo em corredores, áreas de ▪ Cuidado ao posicionar o paciente na cadeira, mantendo-o em
acesso e salas de espera; posição confortável;

▪ Evitar tapetes ou fixá-los com antiderrapantes; ▪ Ao ajudá-lo a levantar-se, fazê-lo devagar, sentando-o por
alguns segundos e finalmente o auxiliando a ficar em pé.
▪ Fiações dos equipamentos e outros eventuais obstáculos devem
ser removidos das vias de acesso do paciente;

▪ Toaletes devem ser equipados com barras de apoio.

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1 Instabilidade postural e quedas

A primeira avaliação do idoso pelo CD deve incluir dados para


determinar sua independência funcional e autonomia.

A fim de planejar o tratamento dentro das possibilidades.

Fazer o encaminhamento do idoso aos demais profissionais de


saúde, quando assim for necessário.

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2 Incontinência urinária 2 Incontinência urinária


▪ Perda de urina em hora e local inapropriados; ▪ Transitória:

▪ 30% idosos; ▪ Causada por doença aguda ou iatrogenia;

▪ Principalmente mulheres; ▪ Ex.: Delirium, infecção urinária, hiperglicemia, hipercalcemia,


uso de diuréticos e drogas anticolinérgicas.
▪ Causa de isolamento social;
▪ Persistente:
▪ Predispõe à infecção do trato urinário e a lesões da pele do
períneo (principalmente em pacientes que permanecem com ▪ Condições anatômicas que propiciam a manutenção da
fraldas continuamente); incontinência.

▪ Contribui para o estabelecimento de um quadro depressivo.

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2 Incontinência urinária 2 Incontinência urinária


▪ IU de esforço (ou de estresse): perda de pequenas
quantidades de urina durante a tosse, riso, esforço físico ou
outra atividade que aumente a pressão intra-abdominal; O idoso dependente para atividades básicas de vida diária
provavelmente é incontinente.
▪ IU de urgência: incapacidade de reter a urina até o alcance
de local adequado para fazê-lo;
Caso compareça ao consultório odontológico:
▪ IU por transbordamento: secundária aos processos que
promovem obstrução à saída da urina (câncer da próstata);
Abordagem específica.
▪ IU funcional: perda urinária devido o idoso não ter condições
físicas de ir ao toalete.

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2 Incontinência urinária
O que podemos
fazer ao atender ▪ Recomendar que esvazie a bexiga ao acordar e ao chegar ao
consultório odontológico, reduzindo o desconforto de reter;
um idoso com ▪ Beber volume menor de líquidos na manhã do tratamento
incontinência odontológico;

urinária? ▪ Ter o toalete ao alcance e com as adaptações necessárias.

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2 Incontinência urinária

Predispõe à cárie e à DP

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3 Imobilismo 3 Imobilismo
▪ Redução dos limites do espaço vital de um indivíduo; Consequências:

▪ Ex.: paciente com demência em fase avançada, que ▪ Perda de massa muscular com encurtamento dos músculos e
permanece geralmente restrito ao leito. consequente flexão dos membros, levando o idoso a assumir
uma postura fetal;

▪ Úlceras de pressão;

▪ IU do tipo funcional;

▪ Deglutição alterada, com aspiração de saliva e alimento para


a árvore traqueobrônquica, o que justifica elevada frequência
de pneumonia.

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3 Imobilismo 3 Imobilismo
Consequências: Obstáculos para o atendimento odontológico:

▪ Próteses dentárias antigas podem ficar mal aderidas, com ▪ Posicionamento do paciente na cadeira odontológica exigirá
mobilidade que traz riscos, como o surgimento de feridas na manobras para permitir o acesso adequado do profissional à
mucosa bucal e possibilidade de aspiração da prótese. cavidade bucal;

▪ Almofada sob os joelhos, sob a nuca e entre a região lombar e


Idoso imóvel que utiliza a mesma prótese há a cadeira;
anos, necessita de reavaliação periódica.
▪ Pode demandar atendimento domiciliar.

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3 Imobilismo
Obstáculos para o atendimento odontológico:

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4 Iatrogenia 4 Iatrogenia

Procedimento
diagnóstico. Subtrativa Aditiva

• Profissional não identifica • Intervenção desnecessária,


Qualquer doença ou Intervenção terapêutica um problema, deixando em que são realizados
dano à saúde (farmacológica ou não). de tratá-lo por atribuir à procedimentos ou
decorrente de: senilidade toda e prescrições dispensáveis,
qualquer manifestação na tentativa de se
clínica que não lhe seja tratarem todos os
Incapacidade de se familiar. sintomas.
instituir um cuidado à
saúde.

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4 Iatrogenia 4 Iatrogenia
▪ Restrição dietética rigorosa;

▪ Restrição de atividades físicas; Cascata iatrogênica:

▪ Postergação de procedimentos cirúrgicos eletivos;

▪ Não reconhecimento da dor. Prescrição de um novo tratamento com a finalidade de tratar o


efeito colateral do tratamento anterior.

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4 Iatrogenia 4 Iatrogenia
Idoso que tem uma prótese dentária mal adaptada que cause dor Reações adversas a drogas.
e é incapaz de queixar-se objetivamente pode apresentar-se
Complicações cirúrgicas e pós-
agitado. operatórias.

Principais Úlceras de pressão.


Prescrição de sedativo ou tranquilizante que tem o efeito adverso
eventos
de tornar lentos e diminuir os reflexos de tosse e posturais. iatrogênicos: Quedas e imobilidade.

Problema da prótese: aumento do risco de disfagia e de aspiração Infecções hospitalares.


pulmonar.
Desidratação e desnutrição.

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5 Incapacidade cognitiva
▪ Demências;

▪ Demência e envelhecimento não são sinônimos;

▪ Pouco diagnosticadas;

▪ Falha no diagnóstico na fase inicial da doença;

▪ Alterações cognitivas leves podem ser encontradas no


envelhecimento normal, mas não são progressivas, nem
incapacitantes.

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5 Incapacidade cognitiva 5 Incapacidade cognitiva


Memória
▪ É fundamental que todos os profissionais da saúde que lidam
com idosos estejam sempre alertas ao reconhecimento dos Pensamento
primeiros sintomas de demência.
Orientação

Déficits Compreensão
cognitivos
Linguagem

Cálculo

Capacidade de aprendizagem, do pensamento abstrato


e do julgamento.

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5 Incapacidade cognitiva 5 Incapacidade cognitiva


▪ O comprometimento das funções cognitivas usualmente é ▪ Evidências de esquecimento aparente (ex.: pacientes
acompanhado ou antecedido por alterações psicológicas do demasiadamente repetitivos durante a conversação,
comportamento e da personalidade. inobservantes quanto à marcação de consultas e
frequentemente confusos quanto ao uso correto da medicação
e do seguimento das orientações recebidas);

▪ Alterações psicológicas, de personalidade e do cuidado pessoal


adequado.

Podem ser as primeiras pistas para detecção da


deterioração cognitiva.

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5 Incapacidade cognitiva
▪ Comprometimento da memória é, em geral, um sintoma
proeminente e precoce, sobretudo na Doença de Alzheimer.

▪ Lentidão de pensamento e dificuldade de manipular novas


informações são características comuns das demências
subcorticais (demências vasculares, doença de
Parkinson).

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