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DESENVOLVIMENTO

PSICOMOTOR
CONHEÇA A AUTORA
A Professora Maria Carolina Lolli tem
formação nas áreas da Saúde e da
Educação.
Além de diretora, atua na FOCO como
psicopedagoga, psicomotricista, e
supervisora de profissionais no início
da carreira.
A professora é palestrante e autora de
artigos científicos, de livros e
capítulos de livros nas áreas da saúde
e educação.
Maria Carolina é ainda docente de
cursos de pós-graduação, em
Educação Especial, Psicopedagogia,
Neuropsicopedagogia, Neurociências,
Psicomotricidade, Educação Infantil,
Farmacologia e Análises Clínicas em
vários estados do Brasil.

Todos os direitos reservados.


É expressamente proibida a reprodução deste
material, no todo ou em parte, por quaisquer meios,
sem o consentimento por escrito da editora.

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2020
O1
ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
INFANTIL
ENTENDA MELHOR...
O desenvolvimento psicomotor
é contínuo e é determinado
por fases comuns observadas
em todas as crianças.
Mas atenção!!!
Como cada indivíduo é único e
vive em um ambiente próprio
(família, grupo social), é certo
que cada pessoa recebe
estímulos diferentes. Assim,
crianças que têm a mesma
idade, podem apresentar
comportamentos diferentes.

As etapas do desenvolvimento mais importantes


acontecem no primeiro ano de vida, e transtornos
nesta fase podem trazer inúmeras preocupações
futuras.
A família é um elemento decisivo por ser responsável
pela primeira oferta de estímulos a uma criança.
Então, a interação criança-família e família-criança é
fundamental para seu desenvolvimento global.
O comportamento motor de uma criança é
dependente do contexto em que ela vive! Então, o
indivíduo pode ser capaz de iniciar um movimento
complicado antes do previsto desde que sejam
preenchidas determinadas condições.
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ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
0 a 3 meses:
Fase reflexa.
O bebê está sob o
predomínio dos reflexos
tônicos.
Começa a sorrir, prefere
rostos e cores brilhantes;
estende a mão, descobre
pés e mãos; ergue a cabeça
e vira na direção do som.
Chora, mas, geralmente é
acalmado ao ser apanhado
no colo e acalentado.

A mãe assume papel fundamental nessa fase.

Com a amamentação que, além de promover a


saciedade das necessidades orgânicas, é uma forma
de levar ao bebê proteção contra doenças, estímulos
sensoriais variados e ainda a presença estável da mãe
que se relacionada à satisfação, prazer, segurança e
confiança.
Depois, é a mãe que desempenha o ato de conectar o
bebê com o mundo, e ainda de garantir o suprimento
das necessidades físicas e sensoriais do bebê.

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ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
3 a 6 meses:
Fase voluntária.
A boca é o principal
instrumento do bebê para
conhecer o mundo. No final do
3º mês, o bebê consegue
erguer a cabeça, o tronco,
esticar braços e movimenta a
cabeça na procura de objetos
e sons. Ele começa a virar o
corpo para o lado. Do terceiro
para o quarto mês aparecem
os arrulhos ou balbucios.
Tenta pegar brinquedos suspensos e pode passá-los
de uma mão para outra. De bruços, fica cada vez mais
com a cabeça firme e equilibrada. Começa a erguer o
tórax. As mãos devem se abrir, o que é um bom sinal.
Crianças com problemas cerebrais não abrem o
polegar.
No 4º mês a percepção aumenta e o bebê chora
quando é deixado sozinho, gosta de brincar de
esconde-esconde com a mãe que tapa o rosto com as
mãos, já explora o corpo e o ato de tocar os
calcanhares, indica que ele começou a usar a
musculatura da perna.

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ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
No 4 º mês já está mais atentos às sequencias sonoras
emitidas.
No 5º mês, consegue girar a cintura. Deitada, a criança
primeiro joga a bacia para o lado, depois as pernas e então o
corpo. É um girar um pouco desconectado do tórax. Significa
que o fortalecimento da musculatura atingiu a cintura. O
bebê está perto de sentar. Seus braços e pernas adquirem
agilidade, não sossegam  durante o banho. Já conseguem
ficar em pé quando são segurados pela cintura.
No 6º mês bebê se senta com
apoios, porque adquire o
controle total da parte torácica e
da bacia. A criança interage mais
com o ambiente. Não gosta de
ficar sozinha e sorri quando
alguém conhecido está por
perto. Estica os braços pedindo
colo. Deixa as pernas
estendidas quando deitada de
bruços. A preensão palmar,
antes reflexa, torna-se
totalmente voluntária. O bebê
pega os objetos que deseja.
Também chuta, se balança, se
debate e bate, esfrega, arranha,
se inclina de modo rítmico e
repetitivo.

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ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
7 a 9 meses:
Postura de gato.
A coordenação motora se refina.
O bebê começa a usar o dedo
indicador e o polegar para pinçar
os objetos. Parece que está
escolhendo as coisas ou com nojo.
O movimento se estenderá para o
restante dos dedos entre o oitavo
e o nono mês. A melhora na pega
indica que os ossos do bebê estão
endurecendo.

Entre o sétimo e o nono mês, pode bater palma. Unir


as mãos significa ter o controle do ombro e também
ausência de problemas cerebrais.
No 8º mês a compreensão aumenta. O bebê pára uma
atividade quando lhe dizem "não". Percebe, que é um
ser separado da mãe, mas ainda precisa se assegurar
de que quando ela some não deixou de existir. Senta
sem apoio e pega objetos próximos sem cair.
No 9º mês a criança poderá se arrastar com a barriga
porque o controle das pernas ainda não é total. Ela
não são tão firmes quanto os braços. O dispositivo do
medo, inato, é acionado duas semanas depois do início
do ato de engatinhar, pela experiência ou alertas dos
pais.
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ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
10 a 12 meses:
Exploração do ambiente.
O bebê aperfeiçoa suas
noções de distância, altura,
tamanho.
Por volta dos 10 meses se
completam as reações
protetoras dos membros
superiores. Inicia a marcha
lateral com apoio.
O desejo de ficar em pé é
incontrolável. Para isso, o bebê
precisa de três pontos de
apoio – duas pernas e um
braço, dois braços e uma
perna ou dois pés e o apoio do
tórax em algum lugar.
Aos 12 meses marcha para
frente com as pernas fletidas e
braços abertos para ajudar no
equilíbrio.
Faz pinça definitiva, já libera o dedo indicador, tem
interesse pelo ato de soltar que passa a ser voluntário.
Explora, bate, sacode e atira objetos.

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ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO
13 a 18 meses:
Marcha.
Inicia a marcha com passos e
sem auxílio, diminui a base de
sustentação. Por volta dos 15
meses melhora o agachar e o
elevar do chão.
Aos 18 meses inicia o subir e
descer rampas e escadas com
auxílio. Inicia o empilhar e o
colocar dentro da caixa.

18 a 36 meses:
Melhora o empilhar e a coordenação
para o colocar dentro de caixa. Inicia
o rabisco. Pega do lápis com flexão
total.
Aos 2 anos, consegue folhear várias
folhas ao mesmo tempo. Aprimora o
rabisco e já consegue obedecer
limites. Consegue encaixar peças.
Entre os 2,5 e 3 anos, consegue
pintar dentro de limites, pula e já
consegue rasgar. Aos 3 anos,
consegue recortar com uma tesoura.
O2

ESTIMULAÇÃO
INFANTIL
MATERNAÇÃO

Tanto o desenvolvimento cognitivo quanto


o emocional ou físico podem ser
prejudicados pela falta de afeto por parte
dos responsáveis pela criança. Daí a
importância do cuidado!

O desenvolvimento motor é dependente do


contexto em que o indivíduo vive.

A família, então, é responsável pela


manutenção de um ambiente estimulante e
saudável, capaz de gerar condições
favoráveis para o desenvolvimento cognitivo
de uma criança.
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MATERNAÇÃO
Os contatos cutâneos são
tão importantes quanto as
necessidades nutritivas de
um bebê.
São esses contados que
acontecem por meio do
toque, do abraço, das
brincadeiras, etc... que
favorecerão o equilíbrio
tônico-emocional da
criança.

A atividade sensório-motora desenvolve-se


a partir de estímulos recebidos do meio
externo (cutâneos, auditivos, visuais), das
informações proprioceptivas, labirínticas e
articulares. As reações de equilíbrio e os
primeiros ajustamentos posturais são
originadas destas informações.

O que devemos fazer então?

ESTIMULAR!
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ESTIMULAÇÃO
SENSORIAL
O cérebro infantil, no primeiro ano de vida,
está repleto de neurônios prontos para
serem desenvolvidos com estímulos por
conta da plasticidade neuronal (capacidade
de o sistema nervoso reorganizar e modificar
as suas funções, como reação à diversidade
do meio envolvente).

Grande parte da ativação neural acontece


devido a estimulação feita através dos
sentidos: a visão, a audição, o tato, o olfato, o
paladar, o vestibular e o propriocetivo, por
isso, é importante que a criança esteja num
ambiente saudável, estimulante, lúdico e
com oportunidades de desenvolvimento das
suas habilidades, pois as conexões que não
forem exercitadas acabam sendo eliminadas.

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CONHEÇA MAIS SOBRE
A ESTIMULAÇÃO
SENSORIAL
VISÃO:  habilidade de discriminar, processar e
perceber corretamente o que vemos;

AUDIÇÃO:  habilidade de discriminar sons, a


percepção de ritmos e saber reagir aos mesmos;

TATO: resposta dos receptores da pele ao toque, à


pressão, à temperatura, ao movimento, à textura e
a dor;

OLFATO:  relacionado com o cheiro, habilidade de


discriminar, processar e saber responder a
diferentes odores;

PALADAR:  capacidade de perceber, discriminar,


processar os paladares e os diferentes estímulos
dentro da boca;

VESTIBULAR:  está situado no interior do ouvido, é


responsável pelas nossas reações ao movimento e
ao equilíbrio;

PROPRIOCEPTIVO:  forma como o cérebro


interpreta a posição do corpo, o peso e o
movimento. É a capacidade de interpretar
espacialmente, cada segmento corporal, tanto em
situações estáticas como nas atividades dinâmicas
(com movimento).
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ESTIMULAÇÃO
SENSORIAL
A estimulação sensorial é importante porque
é por meio dos sentidos que as crianças
conhecem o mundo em que vivemos.

É com a estimulação que elas adquirem


ferramentas que, mais tarde, as ajudarão
nas competências como a preparação para a
aprendizagem da escrita, da matemática, o
desenvolvimento da coordenação motora,
da atenção, do equilíbrio, da memória, da
criatividade e na interação social.

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ESTIMULAÇÃO
SENSORIAL
Quando as sensações das crianças são
estimuladas, ajudamos a despertar o
desejo de aprender e assim,
desenvolvemos suas funções cognitivas
também.
Brinquedos sensoriais podem também
auxiliar na expressão dos sentimentos,
por exemplo: cheiros familiares, texturas
calmantes, sabores que dão prazer ou que
o façam descobrir uma sensação ruim.
Eles ainda podem também ajudar no
desenvolvimento da fala por meio de
estímulos sonoros diferentes e de um
vocabulário mais extenso.

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DICAS DE
ESTIMULAÇÃO
SENSORIAL
Como fazer? É simples, é barato, é fácil!
Basta usar a criatividade!

- Ofereça brinquedos com pesos, cores, tamanhos,


texturas diferentes às crianças. Não se esqueça dos
brinquedos sonoros!
- Ofereça alimentos com gostos variados: salgado,
doce, azedo, amargo. Lembre-se de variar a
temperatura em que eles são dados às crianças
também.
- Coloque músicas durante o banho, durante a
alimentação, durante as brincadeiras.
- Incentive a oralidade, conversando com a criança!
- Sempre que possível, permita que a criança ande
descalça em diferentes superfícies – areia, grama,
piso gelado, terra, tapetes, cimento.
- Faça massagem com hidratante ou óleo (prescrito
pelo pediatra) diariamente.
-Brincar de pular, correr, subir e descer de locais
também é um ótimo estímulo.

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DICAS DE
ESTIMULAÇÃO
SENSORIAL
- Na hora da alimentação, ofereça pedaços maiores
do que ela estiver comendo, para que segurando,
ela perceba as diferentes sensações e texturas dos
alimentos.
- No banho, deixe que a água do chuveiro caia em
seu rosto. Mude a temperatura da água sempre
que possível.
- Passe pelas mãos, pés e rosto, texturas
diferentes, vindas de peças de roupas, bolinhas,
brinquedos, gelo, algodão…
- Brinque de massinha de modelar, massinha de
areia, água, tinha guache, giz de cera, sempre
buscando sensações diferentes.

SE A CRIANÇA TIVER OPORTUNIDADES, ELA TENTARÁ


EXPERIMENTAR, EXPLORAR, SABER O QUE ELA PODE
FAZER COM TUDO O QUE ESTÁ A SUA VOLTA. DESDE
QUE SEJA SEGURO, DEIXE-A LIVRE PARA TESTAR E
DESCOBRIR O MUNDO!

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