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negociações
reivindicações em pauta
Sindjorsp cobra respostas
Desde setembro do ano pas-
sado, a Diretoria do Sindicato
dos Jornaleiros de São Paulo
(Sindjorsp) está em negociação
com a Dinap, empresa comer-
cial de distribuição das publica-
ções da Editora Abril, algumas
reivindicações para melhorar a
relação comercial da categoria
com essa empresa. Após rece-
ber reclamações e propostas dos
jornaleiros, a Diretoria apresen-
tou as reivindicações à Dinap e
está cobrando respostas.
O presidente do Sindjorsp, Ri-
cardo L. Carmo esteve reunido
em dezembro do ano passado
com o gerente comercial em São
Paulo da Dinap, Everton Mota, e
explica os pontos que foram trata-
dos. “Estamos na expectativa da
resposta ao pedido que apresen-
tamos para que a Dinap passe a
Ano XI l Edição 49 l São Paulo l Março de 2011 l www.sindjorsp.org.
cobrar R$ 2 por pedido como faz
a Chinaglia e não R$ 1 por revista
como é hoje”, revela Ricardo.
Outra questão e que tem pre-
judicado os jornaleiros no seu
dia a dia também mereceu aten-
ção. “Muitas vezes o boleto para
pagamento chega com atraso na
banca, por volta da hora do al-
moço e com vencimento no pró-
prio dia”, comenta o presidente.
“O fato é que o jornaleiro às ve-
zes é pego de surpresa com va-
lores altos no boleto e acaba não
tendo o dinheiro em cima da
hora. Em outras oportunidades,
a Dinap resolve cobrar muitas
publicações no mesmo dia”.
Em relação reivindicação
para estender em mais um dia
a cobrança do boleto bancário
de pagamento diário dos jor-
naleiros, o gerente se mostrou
temeroso durante a reunião
de dezembro, pois considerou
que pode aumentar o risco de
inadimplência. O presidente do
Sindjorsp, então propôs fazer
uma experiência de três me-
ses com essa medida. “Se de-
pois disso ficar provado que a
inadimplência aumentou, abri-
mos mão dessa reivindicação”,
comentou Ricardo. “Não pode-
mos aceitar suposições contra.
E, também, estamos no aguardo
dessa resposta”.
PONTOS ALTERNATIVOS
Outro assunto tratado na
reunião foram os pontos alter-
nativos de venda de jornais e re-
vistas, que preocupam os jorna-
leiros por causa da concorrência
desleal com as tradicionais ban-
cas. Cada vez mais esses pontos
tomam conta das entradas das
padarias e das lojas de conveni-
ências dos postos de combustí-
veis e até dos supermercados. A
Diretoria do Sindicato tem nego-
ciado com a Dinap formas que
não prejudiquem a categoria.
“Temos oferecido a proposta
para que esses locais sejam ex-
tensões das bancas mais próxi-
mas com lucros negociados en-
tre as partes sobre as vendas de
produtos dos carros-chefes de
cotas excedentes repassados pe-
los jornaleiros para esses novos
pontos”, comentou na reunião o
gerente da Dinap. “O problema
é que alguns jornaleiros não es-
tão aceitando essa medida”.
O presidente do Sindjorsp
entende que devem ser encontra-
das maneiras de conciliar os inte-
resses. “Apresentamos proposta
para que sejam instalados dis-
plays nas padarias e postos com
o nome da banca identificada. A
Editora Abril se comprometeu
a estudar essa alternativa para
assumir os custo do display”,
comentou Ricardo. “A Editora
Abril não pode deixar de ven-
der suas revistas, mas deveria ter
mais consideração pelo jornalei-
ro Queremos discutir caso a caso.
Estamos cobrando as respostas
para todas essas questões”. n
reivindicações em pauta
Estadão recebe
reclamações
Após receber uma chuva de
reclamações dos jornaleiros de
que o Estadão estava cobran-
do valores integrais dos enca-
lhes de revistas que distribui e
que não foram recolhidas pe-
los entregadores, o Sindjorsp
entrou em contato com a em-
presa e conseguiu entrar num
acordo sobre essa questão. O
presidente do Sindicato dos
Jornaleiros, Ricardo L. Carmo,
reiterou que todos os casos
que chegou ao Sindjorsp fo-
ram encaminhados e resolvi-
dos pelo Estadão. “O Sindica-
to se encontra à disposição da
categoria para ajudar a sanar
as suas pendências”, explicou.
No acerto, ficou estabeleci-
do que nos dois primeiros fins
de semana de abril (dias 2, 3,
9 e 10), o Estadão ampliou os
horários de atendimento das
7h às 18h, exclusivamente
para corrigir esses boletos.
O presidente conta que ou-
tro problema é que o Estadão
retirou o acesso do número
de telefone do prefixo 0800
para atendimento. “Com
isto, pelos novos números
disponíveis, as linhas ficam
congestionadas com espera
de ligações de até meia hora
pelos jornaleiros”, disse.
“Queremos o 0800 de volta”.
À reportagem o supervi-
sor de Vendas do Estado de
São Paulo, Renato Levi, in-
formou que estará agendan-
do reunião com a Diretoria
Comercial para tratar dessa
questão. “Vamos receber o
Sindicato na próxima sema-
na para os esclarecimentos
necessários”, afirmou. n